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Christian Wolff foi um filósofo e professor universitário alemão nascido em

Breslau em 1679, estudou em várias universidades europeias, ele começou


seus estudos em sua cidade natal, Breslau atualmente (Wroclaw) na Polônia,
onde frequentou a escola jesuíta Elisabethanum e mais tarde a Universidade
de Leipzig, onde estudou filosofia, teologia e direito, onde recebeu seu
doutorado em filosofia em 1703. Wolff começou a lecionar na universidade
como professor de matemática e física, antes de se mudar para universidade
de Halle em 1706, onde se tornou professor de filosofia. Wolff estudou também
na universidade de Jena, onde lecionou por um tempo antes de se mudar pra
Helle, e na Universidade de Marburg, onde recebeu seu segundo doutorado em
teologia em 1719. Depois de ter ganho um título nobiliárquico, passou-se a se
chamar Christian Freiherr Von Wolff, foi um dos mais importantes filósofos
alemão entre Leibniz e Kant. Wolff era conhecido por suas ideias claras e
coerentes e sua integridade pessoal.

Christian Wolff era bastante reputado por suas aulas interativas e


acessíveis, eram populares entre os estudantes e atraia grande audiência,
Wolff foi um professor bastante entusiasmo e bem preparado, ele utilizava uma
abordagem sistemática e didática em suas aulas, fornecendo informações
claras e objetivas de conceitos filosóficos complexos. Além disso wolff
encorajava seus alunos para o diálogo e o debate em sala de aula, a fazer
perguntas e expressar suas opiniões, ele acreditava que isso era fundamental
para o processo de aprendizagem.

Christian Wolff foi casado duas vezes, sua primeira esposa Dorothea
Kreutzfeldt e tiveram quatros filhos, e sua segunda esposa onde teve mais
quatro filhos, Johanna Justina Moser, que era filha de um professor de teologia.
Wolff era Luterano, e defensor da tolerância religiosa, ele acreditava que as
pessoas deveriam ser livres, para seguir a religião que quisessem, desde que
isso não prejudicasse à ordem pública. Wolff defendia a ideia de que a razão
era a principal fonte de conhecimento e que a religião era uma questão de fé,
que não podia ser demonstrada pela razão. Wolff argumentava que a religião
não deveria entrar em conflito com a razão, e que a razão poderia ser usada
para interpretar e entender os ensinamentos religiosos.

Wolff acreditava no contexto que a Psicologia, como sendo uma parte da


“filosofia“ que trata da alma. Resumidamente “das coisas possíveis, através
das almas humanas. Wolff sentiu uma necessidade de fazer uma divisória entre
a Psicologia empírica e racional, ele tendia a adotar uma abordagem prescrita
para a filosofia, argumentando que as verdades filosóficas podiam ser definidas
através da razão pura, sem a obrigação de experiência empírica.

No pensamento Wolffiano a psicologia não poderia ter autoridade própria


para se tornar uma ciência, pois dependia da “filosofia”. A partir do século XIX
foram surgindo projetos de psicologia científica, Wilhelm Wundt foi um filósofo
alemão que criou um laboratório de psicologia experimental e assim
consolidando a psicologia como ciência. Logo após a psicologia de Christian
Wolff foi descartada. Há várias razões pelas quais o projeto de Wolff não
obteve sucesso, primeiramente sua filosofia era considerada excessivamente
sistemática e inflexível, seu estilo de escrita era considerado tedioso e
complicado de ler e entender, seu racionalismo excessivo, sua falta de
originalidade por copiar ideias de outros filósofos, como Descartes e Leibniz,
assim sendo alvo de críticas de outros filósofos importantes da sua época, a
oposição do Estado e da igreja, o que limitava o alcance dos seus projetos.
Wolff também foi alvo de críticas por Immanuel Kant, ele argumentava que a
filosofia de Wolff era minúscula, em sua habilidade de lidar com questões
metafísicas e epistemológicas mais profundas.

Enxergavam a filosofia de Christian Wolff como uma ameaça à ordem


estabelecida, em contrapartida, Wolff foi proibido de Lecionar em várias
Universidades alemãs, seu trabalho foi rejeitado, também foi preso em 1723
pelo governo prussiano, pois suas ideias causaram polêmica e
descontentamento entre às autoridades religiosas e políticas da Prússia. Wolff
foi preso sob acusação de Blasfêmia e Heresia e suas obras foram
censuradas, ele foi mantido na prisão por vários meses, até que uma
campanha internacional liderada pelo filósofo francês Voltaire pressionou o
governo a libertá-lo, após ser libertado, Wolff foi exilado da Prússia e passou o
resto da sua vida em marbugo, na Alemanha, onde continuou a desenvolver
seus estudos e filosofia.

Christian Wolff morreu de causas naturais aos 75 anos de idade, em 9 de


abril de 1754, em Halle, Alemanha, Wolff deixou um legado significativo como
um dos principais filósofos da era iluministas, tendo escrito uma ampla
variedade de trabalhos e projetos que influenciaram as áreas de filosofia,
matemática, direito, psicologia e teologia, suas obras também foi fundamental
não só para a cultura alemã do século XVIII, como para o desenvolvimento da
filosofia racionalista alemã, que enfatizava o uso da razão para obter
conhecimento e verdade.

"A liberdade é a faculdade de agir de acordo com nossa própria vontade, desde
que não violemos os direitos dos outros". ~ Christian Wolff

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