UMA PUBLICAÇÃO DA KBH
KEHILÁ DOS BRASILEIROS DE HARISH
Informativo semanal, diretamente de Harish para todo o mundo! AM ISRAEL CHAI VEKAIAM!
HARISH | VELAS ► 17:18 | SHACHARIT ►08:30 |
PARASHAT
ENSINAMENTO DA SEMANA
Por R. A. Kummer
Rabino da Sinagoga dos Brasileiros
A Torá nos relata que foi pedido para o
povo judeu a doação de fios e lãs, dentre
outros materias necessários para
confeccionar as mantas que cobriam o
Mishkan (tabernáculo) que
acompanhavam o povo em suas viagens,
bem como para produzir a roupa dos
Cohanim (sacerdotes).
Depois que todos estes acessórios
estavam prontos, trouxeram para Moshe
dar seu aval. Ele fica satisfeito por tudo
estar sendo feito conforme a orientação
do Todo-Poderoso, e ele abençoa o povo
para que a presença divina fique presente
dentro do tabernáculo.
Nosso D-us ordena para Moshe levantar
o Mishkan, no início do mês de nissan, e
assim Moshe o faz, e neste momento a
Shechiná (presença divina) se revela
através de uma nuvem que ficava sempre
em cima do tabernáculo. Quando esta
nuvem subia aos céus, era sinal de que o
povo deveria levantar o acampamento e
seguir viagem no deserto. Quando a
nuvem ficava baixa, o povo deveria
estacionar neste local em que estavam.
O Zohar nos conta que na vida de cada
pessoa, o peso significa a “hassiá”, a
forma como o judeu pode cumprir os bons
mandamentos que nosso D-s nos
ordenou. E para se cumprir estes
mandamentos, existem duas etapas
necessárias, que é a parte material do
cumprimento, e por outro lado o motivo
espiritual do motivo, a kavaná pelo qual a
pessoa fez este bom mandamento.
E justamente aqui que o Zohar traz o
exemplo de tzedaká (caridade), dizendo
que é uma excessão por ser uma das
poucas mitzvot onde não é necessário
saber o motivo pelo qual a pessoa fez
este bom ato. Ou seja, o entendimento
mundando pelo qual é necessário fazer
este ato é irrelevante, diferente das
doações para o Mishkan onde o
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SINAGOGA DOS BRASILEIROS DE HARISH | RUA RIMON 4 (ULPENA)
EDIÇÃO
PARASHAT PEKUDEI
SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2024
5 DE ADAR BÊT DE 5784
SOF KIRYAT SHEMÁ ►09:14 |
Machatzit haShekel, a doação para o Templo,
tinha a necessidade de se saber o motivo da
doação.
Nesta parashat finalizamos o livro de Shemot,
bem como a construção do Mishkan. Moshe e
Itamar, seu sobrinho, bem como Betzalel e
Aholiav fazem um levantamento de todas as
doações recebidas e fazem um resumo do que
foi recebido. Existiam três doações principais,
que é o zahav, kessef e nechoshef (ouro, prata
e cobre). A Torá resume a quantidade
recebida, mas não detalha o quanto foi usada
em cada peça. Porém, na prata e no cobre, a
Torá detalhou cada uso feito e em cada produto
criado.
Os Mefareshim (comentaristas) relatam que a
contabilidade das doações foram feitas de
forma parcial. Ou seja, não foi feita a
contabilidade do ouro e o resto das doações
com outras utilidades.
VIVENDO COM MASHIACH
OR HASHAVÚA
Mística Judaica
Neste Shabat terminamos o Chumash Shemot, quase em seu fim
é contado o erguimento do Mishkan e a revelaçao Divina dentro
dele. Mas ele finaliza contando que quando a Glória de D'us
partia do Mishkan o povo seguia em frente.
Mas qual a ligaçao destes dois assuntos, o erguimento do
Mishkan com as viagens de Am Israel? E por que as viagens e
consequente aproximaçao da Terra de Israel estao ligadas com
o partimento da Glória de D'us?
Todo o propósito da criaçao do mundo e da construçao do
Mishkan j que Am Israel "viaje" sem a Glória de D'us. E muito
fácil cumprir a vontade de D'us quando Ele se revela aqui
embaixo.
Todo o verdadeiro propósito é chegar à santidade quando nos
parece que D'us nao está aqui. O Midrash diz que D'us desejou
uma moradia nos mundos inferiores, entao criou o mundo.
Mas o que significa para D'us mundo inferior e mundo superior?
Será que existe diferença para D'us, que é infinito, algo grande
ou pequeno? Elevado ou nao?
A resposta é que mundo inferior é onde ele nao se encontra de
maneira revelada, e é justamente neste local que Ele deseja
morar, isso quando cumprimos sua vontade, a Terá e as mitzvót.
Entao quando a presença Divina está revelada aqui embaixo,
nao podemos chamar este local de "inferior", entao nao podemos
concretizar o propósito da criaçao.
Somente quando a Glória de D'us se retirava, começavam as
viagens de Am Israel em direçao à Terra de Israel e para
concretizar Sua vontaâe.
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#67
ANO II
2024
5784
MINCHÁ ► 16:30 | TÉRMINO ► 18:25
Rashi pergunta o motivo, e ele mesmo
responde dizendo que Moshe, por ser o
responsável pela construção do Mishkan, era
o responsável pela contabilidade diretamente
com o Todo-Poderoso e com a ajuda de
Itamar. Por isso, ele não viu necessidade de
detalhar cada item e item de ouro, e sim
somente informar o peso recebido,
diferentemente da prata e do cobre que sim
foram detalhados.
O Zohar finaliza explicando que o peso
significa o lado material do ato, e o valor é o
lado espiritual. Como o ouro é o mais valioso,
e serviu como exemplo para o povo de que o
Mishkan foi feito pelo seu peso, e por mais
que era um lugar material construido pelo
povo, teve seu mérito em ser a moradia de
nosso D-us junto ao seu povo na jornada em
qual estavam no deserto.
Shabat Shalom! ►
O Mishkan era destinado a dar forças para Am Israel trazer
santidade para este mundo,
Justamente quando a Glória de D-us se retirava. Por isso, a
história da construção do Mishkan termina justamente quando
a presença divina se retira, já que este é o propósito do
Mishkan.
Agora na época da galut, é o momento que precisamos nos
esforçar no cumprimento das mitzvot, não devemos nos
impressionar com a escuridão, pelo contrário, é preciso
enteder que este é justamente o momento de se iluminar o
mundo com a luz da Torá. ►
LEIS DA TORÁ
HALACHOT
Por Shimon Mishaev
É permitido vestir-se antes de fazer netilat yadaim
(lavagem das mãos) pela manhã?
De acordo com a halachá é permitido trocar de roupas antes
de fazer netilat yadaim (lavar as mãos).
É permitido à uma mulher amamentar sua criança ou
preparar sua comida ao se despertar do sono pela manhã
sem lavar as mãos?
De acordo com a halachá, a mulher que precisar preparar um
alimento com urgência para seu bebê, e ela não pode esperar
para fazer netilat yadaim, ela pode preparar este alimento,
desde que tome cuidado para não tocar com as mãos
diretamente na comida,e sim utilizar algo como uma colher,
uma garrafa ou coisas do gênero. ►
 15/03 16:30H
KABALAT
EVENTOS&ATIVIDADES SHABAT
LOCAL: SINAGOGA
REFLEXÃO
REFLEXÃO
MOTIVAÇÃO
Por R. Lord Jonathan Sacks
Pekudei às vezes é chamado de “A Parashá do Contador”,
porque é assim que começa, com as contas auditadas do
dinheiro e materiais doados ao Santuário. É a maneira da
Torá nos ensinar a necessidade de transparência
financeira.
Mas sob a superfície por vezes seca encontram-se duas
histórias extraordinárias, uma contada na parashá da
semana passada, a outra na semana anterior, ensinando-
nos algo profundo sobre a natureza judaica que ainda é
verdade hoje.
A primeira tem a ver com o próprio Santuário. D-s disse a
Moshe para pedir às pessoas que fizessem
contribuições. Alguns trouxeram ouro, alguns prata,
alguns cobre. Alguns deram lã, linho ou peles de
animais. Outros contribuíram com madeira de acácia,
óleo, especiarias ou incenso. Alguns deram pedras
preciosas para o peitoral do Sumo Sacerdote. O que foi
notável foi a disposição com que deram:
O povo continuou trazendo presentes adicionais para
[Moshe] todas as manhãs. Então todos os
trabalhadores qualificados que faziam todo o trabalho
no santuário deixaram o que estavam fazendo e
disseram a Moshe:
“O povo está trazendo mais do que o suficiente para a
obra que D-s nos ordenou que fizéssemos”.
Moshe ordenou que um anúncio fosse feito em todo o
acampamento:
“Que nenhum homem ou mulher faça mais nada como
oferenda ao Santuário.”
FÉ & EMUNAH
VIVER COM A TORÁ
Por R. David Ashear
O livro Maor v’Shemesh escreve que David HaMelech
colocou em palavras no sefer Tehillim tudo que o Povo
Judeu pudesse precisar até a vinda do Mashiach. Ele
rezou para que pessoas doentes fossem curadas, rezou
para que as pessoas saudáveis não adoecessem, rezou
para que a parnassah das pessoas fosse abençoada,
rezou para anular decretos severos e por muitas outras
coisas.
As pessoas, ao longo das gerações, derramaram muitas
lágrimas sobre o livro de Tehillim enquanto abriram seus
próprios corações a Hashem. Cada palavra do Tehillim é
uma Mitzvah e percorre um longo caminho. Pode
acontecer que uma pessoa esteja lendo Tehillim em
zechut de alguém que precisa de refuah shelemah e,
vendo que as coisas não estão mudando, começa a
perder o entusiasmo ou pula alguns dias sem ler o
Tehillim. Embora não possamos ver o que estamos
realizando nos Mundos Superiores com as nossas rezas
ou com a leitura do Tehillim, devemos continuamente nos
fortalecer, no sentido de que nosso Tehillim realiza muito
por nós.
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KEHILÁ DOS BRASILEIROS DE HARISH
16/03 08:30H 22/03 16:30H
TEFILÁ&KIDUSH KABALAT TEFILÁ&KIDUSH
ESPECIAL SHABAT
LOCAL: SINAGOGA LOCAL: 1º ANDAR LOCAL: 1º ANDAR
E assim o povo não trouxe mais, porque o que já tinha era
mais que suficiente para todo o trabalho que tinha de ser
feito. (Ex. 36:3-7)
Eles trouxeram muito. Moshe teve que dizer-lhes para
pararem. Não são os israelitas como nos acostumamos a vê-los,
argumentativos, briguentos, ingratos. Este é um povo que anseia
por dar.
Uma parashá antes, lemos uma história muito diferente. As
pessoas estavam ansiosas. Moshe já estava no alto da
montanha há muito tempo. Ele ainda estava vivo? Aconteceu
algum acidente com ele? Se sim, como receberiam a palavra
divina dizendo-lhes o que fazer e para onde ir? Daí a sua
exigência de um Bezerro – essencialmente um oráculo, um
objeto através do qual a instrução Divina pudesse ser ouvida.
Aharon, de acordo com a explicação mais favorável, percebeu
que não poderia deter o povo diretamente recusando seu pedido,
então adotou uma manobra de protelação. Ele fez algo com a
intenção de atrasá-los, confiando que, se a obra pudesse ser
adiada, Moshe reapareceria. Isto é o que Aharon disse:
“Tirem os brincos de ouro das orelhas de suas mulheres, de
seus filhos e de suas filhas e tragam-nos para mim”.
(Ex. 32:2)
Segundo o Midrash, ele pensou que isso iria criar discussões
dentro das famílias, haveria resistência aos pedidos de joias e o
projeto seria adiado. Em vez disso, imediatamente depois, sem
pausa, lemos:
Então todo o povo tirou as argolas de ouro das orelhas e as
trouxe a Aharon. (Ex. 32:3)
Novamente a mesma generosidade. Agora, esses dois projetos
não poderiam ser menos parecidos. Um deles, o Tabernáculo,
era santo. O outro, o Bezerro, esteve perto de ser um
ídolo. Construir o Tabernáculo era uma mitsvá suprema; fazer o
Bezerro foi um pecado terrível. No entanto, a resposta deles foi
a mesma em ambos os casos.
Daí este comentário dos Sábios:
Não se pode compreender a natureza deste povo. Se eles
são solicitados por um bezerro, eles dão. Se apelados para
o Tabernáculo, eles dão. (Yerushalmi Shekalim 1, 45)
O fator comum era a generosidade. Os judeus podem nem
sempre fazer as escolhas certas naquilo a que doam, mas dão.
O Rav Michael Peretz, do México, contou uma história sobre um
episódio ocorrido que envolveu seu neto Yaakov Rechimi. Um
dia Yaakov recebeu uma ligação de um homem o convidando
para uma seudat hoda’ah (refeição de agradecimento). A pessoa
que ligou disse seu nome e qual sinagoga ele frequentava.
Yaakov reconheceu o nome, mas não entendeu por que tinha
sido convidado. Yaakov perguntou-lhe o que a Seudah estava
comemorando. O homem contou que estava no hospital com
Covid e quase morreu, mas Baruch Hashem ele se recuperou e
agora queria agradecer publicamente a Hashem. Yaakov
confirmou sua presença.
Quando chegou o dia, Yaakov apareceu e viu outras 17 pessoas
presentes. As 18 pessoas formavam um grupo aleatório, cada
um de um bairro ou comunidade diferente. Todos falavam uns
para os outros que não conheciam bem o homem e que ficaram
surpresos que tinham sido convidados. Então o anfitrião, que
aparentava ter 60 anos, se levantou para falar algumas palavras.
“Quanto eu estava deitado no hospital”, disse ele, “quase morri
por causa do vírus, senti que estava subindo em direção ao céu.
A primeira pessoa que vi lá foi a minha mãe, que havia falecido
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PURIM NA PEKUDEI
PRÉ-PURIM
KEHILÁ! #67
No século XII, Moshe Maimônides interrompe duas vezes
sua habitual prosa jurídica calma em seu código legal, a
Mishneh Torá, para defender o mesmo ponto. Falando
sobre tzedaká, caridade, ele diz:
“Nunca vimos ou ouvimos falar de uma comunidade
judaica que não tivesse um fundo de caridade.” (Leis de
presentes para os pobres, 9:3)
A ideia de que uma comunidade judaica pudesse existir sem
uma rede de instituições de caridade era quase
inconcebível. Mais tarde no mesmo livro, Maimônides diz:
Somos obrigados a ser mais escrupulosos no
cumprimento do mandamento de tzedaká do que
qualquer outro mandamento positivo porque tzedaká é o
sinal da pessoa justa, um descendente de Abraham,
nosso pai, como está dito: “Pois eu o conheço, que ele
ordenará seus filhos… fazer tzedaká”… Se alguém é
cruel e não demonstra misericórdia, há motivos
suficientes para suspeitar de sua linhagem, já que a
crueldade só é encontrada entre as outras
nações… Quem se recusa a fazer caridade é chamado
de Belial, o mesmo termo aplicado aos idólatras. (Leis
das Dádivas aos Pobres, 10:1-3)
Maimônides está aqui dizendo mais do que o fato de os
judeus darem caridade. Ele está dizendo que uma disposição
de caridade está inscrita nos genes judaicos, parte do nosso
DNA herdado. É um dos sinais de ser filho de Abraham, tanto
que se alguém não faz caridade há “motivos para suspeitar
da sua linhagem”.
Quer isto seja natureza, criação ou ambos, ser judeu é dar.
Há uma característica fascinante na geografia da terra de
Israel. Contém dois mares: o Mar da Galileia e o Mar Morto.
O Mar da Galileia está cheio de vida. O Mar Morto, como o
próprio nome indica, não está. No entanto, são alimentados
pelo mesmo rio, o Jordão. A diferença – e isto é fundamental
– é que o Mar da Galileia recebe água e dá água.
O Mar Morto recebe mas não dá. Receber, mas não dar,
tanto na geografia judaica quanto na psicologia judaica,
simplesmente não é vida .
Assim foi no tempo de Moshe. Assim é hoje. Em
praticamente todos os países em que os judeus vivem, as
suas doações de caridade são desproporcionais ao seu
número. No Judaísmo, viver é dar. ►
alguns anos antes. Ela exclamou: ‘O que você está fazendo
aqui? Volte lá para baixo’. E eu respondi: ‘Mãe, quero voltar
para baixo, mas não posso’.
Minha mãe não aceitou minha resposta e disse: ‘Você pode
sim descer. Quer saber por quê? Basta olhar para baixo.’
Então eu me virei para olhar, e o que eu vi? Vi cada um de
vocês que estão sentados aqui agora, embora em lugares
diferentes, eu vi todos vocês de uma só vez enquanto estava
lá em cima. Vocês estavam lendo Tehillim por mim naquele
momento. Mesmo que vocês não tivessem ideia de quem eu
era, vocês mencionaram meu nome em hebraico e o nome
da minha mãe rezando pela minha recuperação.
“Minha mãe, então, me disse: ‘Você vê? Eles estão lhe
dando o poder de voltar vivo’. E foi exatamente isso que
aconteceu. É por isso que eu chamei cada um de vocês aqui
esta noite, para que conhecessem o poder dos seus Tehillim
e para agradecer por terem salvado minha vida.”
O poder do Tehillim é muito grande. Cada palavra que
dizemos sempre tem um tremendo efeito. ►
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