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Geometria Métrica
Perímetros e Áreas
Teorema de Pitágoras
Relações Métricas
Sistema de Coordenadas
Autores
Equipe Programa Cientista-Chefe em Educação Básica
UFC/FUNCAP/SEDUC
P. iii SUMÁRIO
|Sumário
1 Geometria Métrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Perímetro e Áreas - Noções Básicas 1
1.2 Recorte e remonte de áreas 13
1.3 Teorema de Pitágoras 20
1.4 Construindo Malhas 30
1.5 Mais sobre círculos 35
1.6 Plano cartesiano 43
1.7 Retas no Plano Cartesiano 52
1.7.1 Equação reduzida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
1.8 Exercícios resolvidos e propostos 61
1.8.1 Sequência 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
1.8.2 Sequência 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
1.8.3 Sequência 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
1.8.4 Sequência 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
P. 1
1 |Geometria Métrica
Uma das principais utilidades da Geometria Plana é sua capacidade
de modelar situações reais e resolver problemas que envolvem conheci-
mentos sobre cálculos de medidas de comprimento, área e ângulo. Ao
longo desse material desenvolveremos algumas técnicas de resolução
de problemas da maneira mais prática possível: resolvendo-os.
v Saiba mais
190m
81m 81m
Rio
Solução. Uma vez que um dos lados é margeado pelo rio, devemos
desconsiderar esse lado ao calcular o perímetro do terreno, pois não
utilizaremos tela alguma aí. Desse modo, a quantidade de tela utilizada
para cercar todo o terreno é igual a 81 + 81 + 190 = 352 metros. Por
outro lado, a tela é vendida em rolos de 48 metros. Assim, para
calcular a quantidade mínima de rolos que deve ser comprada para
cercar o terreno, devemos começar dividindo 352 por 48:
352 48
16 7
Veja que 7 rolos de tela não são suficientes para cercar o terreno, pois
ainda ficariam 16 metros sem cerca. Assim, a quantidade mínima de
rolos para cercar o terreno é 7 + 1 = 8, embora o oitavo rolo não seja
utilizado completamente.
v Saiba mais
P. 5 Seção 1.1
(a) 10 cm.
(b) 50 cm.
(c) 80 cm.
(d) 100 cm.
(e) 20 cm.
x + 2x + 3x + 4x + 4x = 280, ou seja,
8m
2m
4m
3m
A 3m B 5m C
2m 2m
4m F D
5m
2m
H 3m G
4 + 8 + 2 + 5 + 2 + 3 = 24 metros.
20 cm
100 cm
10m
15m
10m
5m
15m
25m
x y
15m
20m
15m
x
5m
20m
Figura 1.2: Decompondo uma figura complexa em outras mais simples.
seja,
A = (5 · 20 + 5 · 20 + 15 · 20) m2
= 20 · (5 + 5 + 15) m2 = 20 · 25 m2 = 500 m2 .
15m 25m
15m
20m
5m
20m
Figura 1.3: Completando um retângulo e subtraindo a área do que foi
acrescentado.
Perímetro 42 cm
Perímetro 48 cm
D C
A E B F
d
B C
d×h
[ABC] = .
2
h C
d
A
B
Seção 1.2 P. 16
60 · 25
[ABC] = = 750 cm2 .
2
h×50
[ABC] = = 750 cm2 .
2
Assim, h = 30 cm.
A B
D E F C
1 cm
1 cm
A1 A5
A4
A3
A2
3 · 5 = 15 cm2 .
A1 + A2 + A3 + A4 + A5 = 1 + 0,5 + 2 + 0,5 + 3
= 7 cm2 .
P. 19 Seção 1.2
15 − 7 = 8 cm2 .
v Saiba mais
x+7
(d) 10,0 e 17,0.
15 m
(e) 13,5 e 20,5.
3m
x 15 m
x(x + 7) = 144.
A E
A C
b2 + c2 = a2 . (1.1)
primento dos lados AE e DE, pois eles estão sobre as grades da malha.
Temos que AE = 9 cm e que DE = 1 cm. Para determinar os compri-
mentos dos lados AB, BC e CD construa três triângulos retângulos,
todos eles com catetos sobre a grade e cada um deles tendo como
hipotenusa um dos lados AB, BC ou CD. Para tanto, considere os
pontos P , Q e R da figura.
Agora, pelo Teorema de Pitágoras nos triângulos P AB, QBC e
RDC, temos que
2 2 2
AB = P B + P A = 42 + 32 = 16 + 9 = 25,
2 2 2
BC = QB + QC = 32 + 42 = 9 + 16 = 25 e
2 2 2
CD = CR + RD = 82 + 62 = 64 + 36 = 100.
Portanto, AB = BC = 5 e CD = 10. Consequentemente, o perímetro
do pentágono é 5 + 5 + 10 + 1 + 9 = 30 cm.
Q C R
P A E
3m
4m
6m
J 3m K
5m
4m 4m
I 3m M 3m L
4 + 3 + 5 + 6 = 18 metros.
P. 25 Seção 1.3
D C A
` `
A ` B B ` M ` C
2 2
(a) B (b) E x
x I
6 √
6 2 5
A C
H
8 4 2
F 4 G
D
(c) 9 (d) N OQ = QP
J M
10
x 10
√ 13
2
K 17 L O x Q x P
Solução.
2
(a) Usando Pitágoras no ∆ACD, temos AC = 42 +82 = 80. Usando
2 2 2
Pitágoras no ∆ABC,√ temos BC = AB + AC = 36 + 80 = 116.
Assim, x = BC = 116.
2
(b) No ∆EF G, temos EG = 62 + 42 = 52. No ∆EGH, temos
2 2 2 2
EH = EG + GH = 52 + 4 = 56. No ∆EHI, temos EI =
2 2 √
EH + HI = 56 + 20 = 76. Logo, x = EI = 76.
(c) Seja P o pé da perpendicular de M até KL (faça uma figura
para acompanhar). Note que o quadrilátero KJM P tem todos
os ângulos retos, logo é um retângulo. Como todo retângulo
é paralelogramo, os seus lados opostos são iguais, logo KP =
JM = 9. Também, M P L é um triângulo retângulo em P , com
P L = KL − KP = KL − JM = 17 − 9 = 8. Usando Pitágoras
2 2 2 2
no ∆M P L, temos M P +P L = M L , ou seja, M P +82 = 102 .
2
Logo, M P = 36 e, daí, M P = 6. Por fim, novamente pelo fato
P. 27 Seção 1.3
escada
7m
252 = 72 + x2 .
c b
h
B m H n C
b·c
h= . (1.2)
a
Agora, aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo AHB, temos
que m2 + h2 = c2 . Substituindo o valor de h encontrado na equação
(1.2) e isolando o termo m2 , obtemos
2 ! !
b·c b2 a2 − b2 c4
m =c −h =c −
2 2 2 2
=c
2
1− 2 =c
2
= .
a a a2 a2
c2
m= . (1.3)
a
De modo análogo, o Teorema de Pitágoras aplicado ao ∆AHC dá
b2
n= . (1.4)
a
As fórmulas (1.2), (1.3) e (1.4) são conhecidas como as relações
métricas do triângulo retângulo. Elas também podem ser deduzidas
utilizando semelhança de triângulos. Optamos por aplicar diretamente
o conceito de área e o Teorema de Pitágoras para apresentar uma
perspectiva diferente da maioria dos livros didáticos.
A seguir, resolveremos um exercício simples em que podemos
empregar as relações métricas do triângulo retângulo de maneira quase
imediata.
Problema 18 Nas seguintes figuras temos o desenho de um triângulo
retângulo e da altura relativa à hipotenusa. Calcule o valor x.
Seção 1.4 P. 30
A A
5 12 5
3
B H x C B x H C
Solução.
2
(a) Usando Pitágoras no triângulo ABC, temos que BC = 52 +
122 = 25 + 144 = 169. Logo, BC = 13. Agora, usando a relação
2
(1.4), temos x = 12
13 = 13 .
144
2
(b) Usando Pitágoras no triângulo AHC, temos HC + 33 = 52 .
2
Logo, HC = 25 − 9 = 16. Assim, HC = 4. Seja BC = a. Pela
2
relação (1.4), HC = AC
BC
. Assim, 4 = 25
a . Portanto, a = 4 . Por
25
6 cm .
2
12 + 40 + 189 + 40 + 52 + 30 = 363.
(a) 40. (b) 44. (c) 48. (d) 52. (e) 56.
Solução. Uma vez que a praça tem formato circular com diâmetro
igual a 110 m, depois de uma volta, esse candidato terá percorrido
aproximadamente
3,14 · 110 = 345,4 m.
Portanto, depois de 15 voltas, o candidato terá percorrido um total de
15 · 345,4 = 5181 m.
P. 37 Seção 1.5
(a) 2,1 m.
(b) 2,2 m.
(c) 2,3 m.
(d) 2,4 m.
(e) 2,5 m.
π = 3,14159265...
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
(a) 2·π·1
3 + 8. (c) 2·π·3
+ 4. (d) 2·π·4
3 + 2.
3
(b) 2·π·2
3 + 6. (e) 2·π·5
3 + 2.
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
Seção 1.5 P. 40
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
Seção 1.5 P. 42
6
5
4
A 3
2 B
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4
−5
−6
0 x
Seção 1.6 P. 44
0 Q
P = (x,y)
y
x
0
Q P
sobre uma malha finita. Agora, iremos estender esse resultado para
calcularmos o perímetro de qualquer polígono cujas as coordenadas de
seus vértices seja conhecidas.
Problema 28 Qual é o perímetro do quadrilátero ABCD que tem
vértices com coordenadas A = (2,2), B = (3,5), C = (6,5) e
D = (8,1).
6 B C
Q R
5
2 A
1 P D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
logo
q
d(A,B) = AB = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 . (1.6)
yB B
A
yA
xA xB
11
10
9
8
7
6
5
P
4
O2
3
2
O1
1
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
-1
A B
C
A
? B
A3
y3
A2
y2 C
A1
y1 B
x1 x2 x3
A1 B A2 B A1 B A2 C
= , ou seja, = ,
A2 C A3 C A2 B A3 C
Em termos de coordenadas, a última igualdade pode ser reescrita
como
x2 − x1 x3 − x2
= . (1.7)
y2 − y1 y3 − y2
x1 y2 + x2 y3 + x3 y1 − x2 y1 − x3 y2 − x1 y3 = 0. (1.8)
y1 (x1 + x2 + x3 − x2 − x3 − x1 ) = 0,
y1 · 0 = 0.
Se a = y1 − y2 , b = x2 − x1 e c = x1 y2 − x2 y1 , então a equação
(1.10) toma a forma
ax + by + c = 0, (1.11)
a(x1 −x2 )+b(y1 −y2 ) = a(x2 −x3 )+b(y1 −y2 ) = a(x3 −x1 )+b(y3 −y1 ) = 0.
A2
A1 A2 A2
A1
A1
8−0 13 − 0
= ⇔ 40 = 39
3−0 5−0
que não é verdade. Caso A, E e C fossem colineares, pela equação
(1.7) deveria valer
5−0 13 − 0
= ⇔ 25 = 26
2−0 5−0
que não é verdade.
Assim como uma reta pode ser determinada por dois de seus pontos,
ela também pode ser determinada por um ponto e uma direção. A
direção de uma reta r é definida pelo ângulo que essa reta forma com
a horizontal, ou seja, o eixo das abscissas. Para evitar ambiguidades,
convenciona-se que esse ângulo é medido a partir da parte positiva do
eixo das abscissas, no sentido anti-horário (Figura 1.14).
No argumento a seguir, suporemos, por comodidade, que tal ângulo,
o qual denotaremos por θ, é agudo — o caso em que θ é obtuso pode
ser tratado de modo essencialmente análogo. Suponha que a reta r não
é vertical. Dados dois pontos A1 e A2 sobre a reta r, com coordenadas
(x1 , y1 ) e (x2 , y2 ), respectivamente, seja B o ponto de interseção entre
a reta horizontal que passa por A1 e a reta vertical que passa por A2
(Figura 1.14).
Uma vez que θ é agudo, o ângulo ∠A2 A1 B, interno do triângulo
A1 A2 B, também tem medida θ. Usando a definição de tangente de um
ângulo em um triângulo retângulo e denotando tg(θ) por m obtemos
y2 − y1 −a
m = tg(θ) = = ,
x2 − x1 b
Seção 1.7 P. 58
P
y
A2
y2 θ C
A1
y1 B
θ
x1 x2 x
4a − 2b + c = 0.
Com isso, obtemos um sistema com duas equações e três incógnitas,
a, b e c, que, por isso, não tem solução única. Mas, subtraindo
uma equação da outra, obtemos a = 7b. Substituindo essa relação
em qualquer das equações, obtemos c = −26b. Assim, a equação
ax + by + c = 0 pode ser reescrita como 7bx + by − 26b = 0. Se b fosse
igual a zero, os três coeficientes da reta seriam nulos, o que não pode
ocorrer. Logo, podemos dividir essa última equação por b, obtendo
7x + y − 26 = 0.
Seção 1.7 P. 60
(a) (b) x
x
1 y 3
2 1
2
−3 y
(c) (d) x
x
1
2 1
2
y
−3 y 3
1.8.1 – Sequência 1
piscina flores
gramado quadra
I II
III
IV V
(a) 10. (b) 13. (c) 15. (d) 18. (e) 20.
2 cm
5 cm
A B
x+4
(a) 17/12. A
(b) 19/12.
(c) 23/12. 3 4
(d) 25/12.
(e) 29/12.
B H C
y
y = ax + b
• B
• x
A
6 = a · 0 + b.
Na segunda equação, chegamos à conclusão de que b = 6. Substituindo
esse valor na primeira equação, obtemos a = 2.
1.8.2 – Sequência 2
• Terreno 1: 55 m por 45 m.
• Terreno 2: 55 m por 55 m.
• Terreno 3: 60 m por 30 m.
P. 67 Seção 1.8
• Terreno 4: 70 m por 20 m.
• Terreno 5: 95 m por 85 m.
A B
28 m
6m
36 m
20 m
8m
40 m
(a) 63. (b) 68. (c) 69. (d) 71. (e) 83.
N
M
A C
O perímetro do triângulo M BN é:
(a) 8 cm.
(b) 12 cm.
√
(c) 8+ √ 2 cm.
(d) 8 + 2 √2 cm.
(e) 4(2 + 2) cm.
C1
C2
O
y(km)
F = (−1,1) 1
−1 1 x(km)
−1
B = (1, − 1)
(a) 44.
(b) 46.
(c) 48.
(d) 50.
(e) 56.
√ √
4 √2 e 97.
(b)
(a) 2√2 e 97.
√
(c) 2√2 e 2√27. y
(d) 4√2 e 2 27. 4cm x
(e) 4 2 e 97.
4cm 5cm
(d) 2.
(e) √2 .
2−1
E 1 P O G
D C
H
Problema
√ √ Considere os pontos A = (2,0), B =
58 — UFJF 2016.
(−1, 3) e C = (−1, − 3) em um plano cartesiano. Calcule a
medida do ângulo ∠ABC.
P. 73 Seção 1.8
1.8.3 – Sequência 3
3 cm
4 cm
5 cm
Seção 1.8 P. 74
C
O
A d B
(a) Figura 1 (b) Figura 2
(a) 1.√
(b) √ 10/5.
2
(c) 10/2.
(d) 2.
√
(e) 10.
(a) 220π.
(b) 150π. A C D B
(c) 200π.
(d) 100π.
(e) 160π.
1.8.4 – Sequência 4
Solução.
···
2 3
1
x + y = 10
(
x = 8.
A P
Q N
M C
E
R D S
Figura 1.16: problema com malha triangular.
[ABCDE] = 2 + 1 + 1 + 2 + 8 = 14 cm2 .
P. 83 Seção 1.8
1 1
1
D C
E
M
A B
D C
E
A B
y
D C
E
x
A B
Como
√ √ √ √
2 − (− ) − (−1) 3+1 3+2
3 1 3
√ 2 = 2
⇐⇒ √ =
2 −1 1− 3
1 3 1 −1
2 − 2
P A2 + P B 2 + P C 2 .