Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
O objetivo deste estudo foi conhecer o fluxo de processos básicos de exportação com
base em uma trading company do ramo madeireiro. Tal avaliação foi feita com base no
levantamento bibliográfico em literatura específica e coleta de dados primários por meio de
questionário escrito auto aplicado, com a finalidade de conhecer os processos que envolvem as
transações comerciais de uma trading company, tendo como o estudo de caso uma trading do
ramo madeireiro. Os resultados demostraram que há 497 empresas cadastradas como
representantes comerciais no Pará. Em 2020 o estado ocupou a quarta posição em exportação de
produtos madeireiros com retração em relação a 2019. A empresa estudada possui larga
experiência como agência intermediadora e consolidação no mercado e, mesmo diante das
dificuldades existentes no ramo de atuação e as enfrentadas durante a pandemia do covid-19,
conseguiu se manter devido as estratégias comerciais adotadas. Conclui-se que os processos de
comercialização no comércio exterior através da atuação de trading companies configura-se
como essenciais para empresas expandirem os seus mercados, tendo esta pesquisa, evidenciado
esses processos básicos na intermediação comercial internacional de produtos de madeira
tropical.
1. INTRODUÇÃO
1
Acadêmicos do Curso de Bacharelado em Administração do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
(UNIFAMAZ), Belém, PA.
2
Professor do Curso de Bacharelado em Administração do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
(UNIFAMAZ), Belém, PA.
2
2. METODOLOGIA
planejamento, da coleta e da análise de dados, podendo considerar tanto estudos de caso único
quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa.
Os dados primários foram coletados por meio de questionário escrito e auto aplicado,
conforme Gil (2008), com perguntas abertas semiestruturadas e previamente definidas, que, de
acordo com Oliveira (2020) é ideal para responder aos objetivos do estudo, pois possibilita que
cada membro participante possa se manifestar livremente. O questionário foi aplicado no mês de
outubro de 2021, com três representantes de uma trading company, direcionado para permitir a
caracterização da empresa, formas de atuação, mercados e requisitos comerciais, além da
compreensão do cenário antes e pós pandemia do covid-19 no mundo, que afetou os principais
mercados fornecedores e consumidores de produtos madeireiros.
Os dados secundários foram coletados nas bases de dados de órgãos oficiais e de
instituições públicas e privadas, bem como na literatura específica, subsidiando a discussão dos
resultados.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
O comércio exterior é a forma pela qual um país se organiza em termos de políticas, leis,
normas e regulamentos que disciplinam a execução de operações de importação e exportação de
mercadorias e serviços com o exterior. O comércio exterior contempla as operações comerciais
de exportação e importação (POPEYER, 2017).
Exportação é a saída de mercadoria. Essa saída está baseada em especialização do país na
produção de bens para os quais tenha maior disponibilidade de fatores produtivos, garantindo
excedentes exportáveis. A exportação implica entrada de divisas. Já a Importação é a entrada de
mercadorias em um país procedentes do exterior, as quais se configuram, perante a legislação
brasileira, no momento do desembaraço aduaneiro (POPEYER, 2017).
Segundo Kunzler (2000) o comércio exterior é uma das principais políticas de uma nação,
ao lado das políticas monetárias, fiscal e cambial. Para o autor a competitividade internacional de
uma nação depende diretamente de suas empresas e do conjunto de informações, meios e
instrumentos legais, comerciais e financeiros disponíveis. Souza
4
(2008) caracteriza o Comércio Exterior como uma estrada via de mão dupla, sendo as vias a
exportação e a importação.
Moneta (2008) ressalta que o desenvolvimento do comércio internacional é ocasionado
pelo processo da globalização dos mercados, dentre as transformações, pode-se destacar a
mundialização dos sistemas de produção, das transferências financeiras, da disseminação de
informação, através dos meios de comunicação social e das deslocações de pessoas.
Popeyer (2017) em seus trabalhos enfatiza que os benefícios do comércio internacional
podem ser percebidos nas empresas pela ampliação de mercados consumidores, possibilitando
aos produtores: ganhos de escala e aumento de produtividade; acesso a novos fornecedores de
insumos e matérias-primas, além da possibilidade de obtenção de novas tecnologias e novos
padrões de produção; criação de novas alternativas de produção, concentrando atividades em
determinados lugares, ou seja, fragmentando o processo de produção e aproveitando-se de
vantagens comparativas. Assim, no âmbito das nações, podem ser percebidos os seguintes
benefícios: aumento do fluxo monetário entre os países; ampliação do mercado de consumo;
acesso a uma maior diversidade de mercadorias pela oferta de produtos importados; capacitação
tecnológica do parque fabril e; geração de empregos, dentre outros.
Quando uma empresa decide exportar, é necessária a seleção do canal de venda. Deste
modo, deve-se determinar se a exportação será direta ou indireta. De acordo com Santos, Gomes
e Credencio (2007),o canal de venda direta ocorre quando o próprio fabricante tem
responsabilidade por toda a etapa da exportação, desde a negociação até a prática para a inserção
do produto no mercado externo. Já a indireta consiste na produção e venda do produto a qualquer
empresa comercial no mercado interno, que futuramente o venderá ao mercado internacional.
Para Minervine (1997) apud Souza (2008) a Trading Company é uma estrutura
comercial, administrativa, financeira, com capacidade de detectar negócios e concentrá- los nas
diferentes partes do mundo.
As trading companies destacam-se como um dos mais relevantes canais de distribuição
participantes da exportação e importação (Garcia, 2001), e auxiliam muitas
5
empresas brasileiras com os processos necessários para que possam atuar no mercado externo
(Kunzler, 2000; Garcia, 2001). Assim, em operação de importação ou exportação, atuam na
intermediação comercial entre empresas fabricantes e empresas compradoras (BRASIL-MRE,
2011).
Kunzler (2000) define as Trading Companies como empresas globais,
predominantemente comerciais exportadoras, podendo ser constituídas com capital público,
privado ou misto; operam em grande escala e com elevada especialização; praticam importantes
funções na cadeia de valor dos produtos e serviços. Geralmente sujeitam-se a uma legislação
específica que lhes pode atribuir funções operacionais e ou estratégicas, visando a inserção
competitiva internacional de um país.
No Brasil, segundo o Sistema de Comércio Exterior (SISCOMEX) do Governo Federal
no Brasil, as Empresas Comerciais Exportadoras (ECE) são comumente conhecidas como
“Trading Companies”. Segundo o art. 247 da Portaria SECEX 23, de 14 de julho de 2011,
considera-se Empresa Comercial Exportadora, para os efeitos de que trata o Decreto-Lei nº
1.248, de 29 de novembro de 1972, as empresas que obtiverem o Certificado de Registro
Especial, concedido pela Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior (SUEXT) em
conjunto com a Subsecretaria-Geral da Receita Federal (BRASIL-ME, 2020).
A expressão Trading Company, por sua vez, não é utilizada na legislação brasileira e na
doutrina há confusão entre as definições de Empresa Comercial Exportadora e Trading
Company. A distinção se faz entre as empresas comerciais exportadoras (ECE) que possuem o
Certificado de Registro Especial e as que não o possuem (BRASIL-ME, 2020).
Após a expedição do Decreto-Lei nº 1.248/72, as compras e vendas de produtos a partir
de Trading Companies foram oficializadas e as organizações começaram a buscar pela
inserção no mercado internacional através destas empresas intermediadoras (Peres, 2017). O
Decreto-lei 1.248, de 29 de novembro de 1972 – marco inicial da legislação acerca das
comerciais exportadoras e trading companies visava facilitar a inserção das empresas
brasileiras no comércio internacional, fazendo com que seu uso tornasse as vendas internacionais
tão simples quanto as vendas nacionais (YARID, 2019).
Neste sentido, as ECEs se responsabilizam tanto pela parte comercial do processo, quanto
pela parte burocrática. As vantagens de seu uso estão fortemente atreladas aos benefícios fiscais
que possuem e repassam a seus clientes (YARID, 2019).
6
melhor atendimento aos clientes, por oferecer uma gama variada de produtos; redução de custos
operacionais; atuação em diversos mercados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
(CASA DOS DADOS, 2021), o total de 18.895 empresas ativas em todo o Brasil e destas, 497
empresas cadastradas como representantes comerciais no Estado do Pará.
Em ralação a contribuição das atividades madeireiras na Balança Comercial, segundo
dados da plataforma Comex (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), em 2018 o
Brasil exportou cerca de US$ 2,9 bilhões em produtos madeireiros, sendo a participação dos
estados da Amazônia Brasileira de 15,7% desse volume, no valor de US$ 459,5 milhões
(LENTINI et al, 2020). Nesse mesmo ano, o Estado do Pará se colocou como o 3º principal
estado exportador de produtos de madeira (US$ 247,6 milhões), o Mato Grosso como o quinto
(US$ 118,5 milhões) e Rondônia como o sétimo (US$ 62 milhões).
Em relação a quantidade produzida de madeira em tora, segundo o Anuário Estatístico do
Pará 2020 (FAPESPA, 2021), entre os 10 municípios com a maior quantidade produzida
estacaram-se os municípios de Portel, na região do Marajó, Santarém, na região Oeste e
Paragominas na região nordeste (Tabela 1). No entanto, segundo a Associação das Indústrias
Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará- AIMEX (AIMEX, 2021), o Pará ficou na 4ª
posição entre os Estados exportadores, atrás apenas dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, respectivamente.
Tabela 1. Quantidade Produzida na Extração Vegetal, por Tipo de Produto Extrativo - 2014 a 2018 -
10 principais municípios com maior produção.
Tabela 2. Exportação paraense de madeira – comparativo de valores (US$ FOB) entre 2018 e 2020.
ANO
MÊS 2018 2019 2020
US$ Peso (kg) US$ Peso (kg) US$ Peso (kg)
Janeiro 19.092.341 20.193.426 17.231.065 19.114.416 18.070.619 18.976.774
Fevereiro 16.319.155 16.873.705 22.415.605 23.730.091 13.277.500 14.577.641
Março 19.698.151 19.546.857 23.960.988 23.878.629 20.748.458 20.994.647
Abril 20.306.920 20.354.436 17.892.534 19.808.024 18.680.341 19.332.936
Maio 12.483.161 13.276.615 26.035.990 27.699.269 27.699.269 18.736.073
Junho 20.973.232 20.415.577 13.837.037 15.635.839 12.277.874 11.438.128
Julho 12.632.749 12.281.281 20.343.387 24.902.515 20.531.912 19.761.264
Agosto 13.632.316 12.622.075 16.808.629 20.106.917 14.967.257 15.680.584
Setembro 17.593.545 18.298.973 12.022.576 15.206.904 15.085.865 14.209.094
Outubro 19.080.685 18.451.314 17.754.546 21.156.255 16.926.663 17.160.153
Novembro 20.035.756 21.483.023 22.250.978 22.705.678 22.382.884 22.811.137
Dezembro 23.964.618 24.930.398 17.664.976 18.856.205 20.727.086 22.632.450
TOTAL 215.812.629 218.727.680 228.218.311 252.800.742 211.829.426 216.310.881
Fonte: Comex Stat – Elaboração: AIMEX, 2021.
Para Lentini et al (2020), essa retração pode ser explicada pela queda no interesse de
consumir esses produtos nos principais mercados, e pode estar atrelado tanto por questões
relacionadas à sua pretensa ligação com o desmatamento na Amazônia, de acordo com o autor,
como também pelo surgimento de alternativas de baixo custo na indústria de construção civil,
podendo esses produtos estarem sendo substituídos por outros.
Segundo a AIMEX (2021), os dez (10) principais países importadores de produtos
madeireiros do Pará entre 2019 e 2020 estão os Estados Unidos da América, França, Holanda,
Bélgica, Dinamarca, Índia, Japão, Reino Unido, Espanha e Alemanha.
Os resultados são apresentados na forma de texto corrido com base nas respostas dos
participantes da pesquisa às perguntas do questionário (Apêndice).
De acordo com o sócio (J. B. L) a empresa começou a ser pensada entre 2001 e 2002,
como parte da iniciativa de uma sociedade entre dois amigos (cidadãos dinamarqueses), que
trabalhavam no Brasil desde 1985, mais precisamente em Belém. Eles tiveram a visão sobre a
demanda de atuação de trading company no mercado, no segmento de exportação e importação
no setor madeireiro, dada a dificuldade de alguns produtores e fornecedores em possuírem
conhecimento suficiente para atuar no mercado internacional. Ambos possuíam grande
experiência no mercado de compra e venda de madeira tropical, onde, por quase 18 anos já
haviam atuado em algumas das principais empresas do setor à época, como Anco Træ, Buddinge
Trælast e DLH Nordisk A/S. Trabalharam tanto na Dinamarca, como no Brasil e na África.
Em 2003, após encerrarem seus ciclos como empregados contratados de uma dessas
grandes empresas do setor, os amigos P. T e J. B. L abriram sua própria trading, a NOREX
EXPORTAÇÃO & IMPORTAÇÃO EIRELI. Um dos sócios (P. T) atuou na NOREX até 2016,
onde, por questões de saúde se ausentou. Em julho de 2017 faleceu aos 55 anos, na Dinamarca,
tendo sua esposa (R. T) assumido a direção da empresa no Brasil e o outro sócio passou a atuar
na Europa (escritório na Dinamarca).
Segundo a consultora ambiental (M. N. K), em virtude da atual crise política no Brasil e
seus reflexos na área ambiental, a empresa tem procurado outros mercados fornecedores de
produtos de madeira tropical, para não ficar dependente exclusivamente de produtos oriundos do
Brasil. Os mercados consumidores têm pressionado os fornecedores quanto às exigências de
padrões ambientais sustentáveis e o cumprimento de requisitos legais tanto no país de origem dos
produtos quanto os requisitos legais nos países destino dos produtos. Por essa razão, a empresa
compra cerca de 95% dos seus produtos de fornecedores que possuem certificação ambiental e
que consigam comprovar por meio da cadeia de custódia desses produtos, a legalidade, a
rastreabilidade e o controle desde a origem (isso inclui a colheita na floresta, o processamento da
matéria prima na indústria, o armazenamento e o transporte), até o destino final dos produtos.
Para o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), a produção nacional de madeiras tropicais
via manejo de florestas naturais na Amazônia brasileira tende a continuar em um ritmo moderado
e deve mudar para um modelo cada vez mais sustentável devido a pressões ambientais e
legislação ambiental, cada vez mais protetora das florestas naturais. No entanto, segundo o
Instituto, a produção de madeira nativa da Amazônia deve baixar nos próximos vinte anos, sendo
que atualmente são extraídos 14 milhões de metros cúbicos e poderá cair para 5 milhões neste
período (IBF, 2020).
Entre os problemas enfrentados, alguns desses mais antigos e outros mais recentes, foram
destacados pelo sócio (J. B. L) e pela consultora ambiental (M. N. K) os seguintes:
Exploração ilegal: entre as principais dificuldades está a concorrência desleal do mercado
ilegal de madeira, que disponibiliza no mercado nacional madeira a preços impraticáveis para
quem opera legalmente; principalmente para quem tem altos custos para ter produtos florestais
com produção sustentável e certificados.
Política ambiental nacional: a instabilidade na política ambiental nacional tem trazido
reflexos negativos para o setor de exportação. O aumento de queimadas e desmatamento, bem
como as últimas operações da Polícia Federal contra a exploração ilegal de madeira na
Amazônia terminam por escancarar ao país e ao mundo as
19
ser afetado. Dados gerais sobre a quantidade do volume embarcada entre os anos de 2019 e 2021
comprovam uma diminuição em torno de 66,4%, o que consequentemente, refletiu na queda do
faturamento da empresa, que atingiu em torno de 80% nos últimos quatro meses ano de 2021 (até
outubro).
Os fornecedores da empresa estão localizados em estados diferentes no Brasil, e alguns
em outros países, então os períodos de lockdown foram de acordo com as condições específicas
de cada local. Num contexto geral as atividades do setor foram afetadas em toda a cadeia de
suprimentos, ou seja, desde a colheita da madeira nas florestas, passando pelo beneficiamento
nas serrarias, os transportes e as atividades portuárias, além dos serviços dos órgãos públicos que
ficaram comprometidos em determinados períodos, como a fiscalização de agentes ambientais
para liberação das licenças de exportação, por exemplo. Desta forma todos esses eventos foram
sentidos de maneira negativa no faturamento, uma vez que alguns fornecedores tiveram sua
oferta de produtos diminuída e trabalharam apenas com a matéria prima já comercializada
anteriormente. Com a oferta diminuída, a concorrência aumentou e consequentemente os preços
dos produtos também aumentaram. Algumas cargas que chegaram aos países importadores
também ficaram paradas nos portos o que gerava custos logísticos e administrativos nos portos.
Um fato a ser destacado é que, como a empresa possui uma relação comercial com
fornecedores e/ou exportadores há muitos anos, isso possibilitou um planejamento estratégico
durante algum período, mantendo um volume mínimo para atender pelo menos a demanda de
alguns dos principais clientes importadores, e assim cobrir parte dos custos e receitas.
Ressaltando que a empresa possui o seu capital de giro.
Aspectos que podem melhorar no segmento de mercado: todos os aspectos citados aqui
demandam atenção especial, principalmente de uma contrapartida dos governos (federal,
estadual e algumas vezes municipal), para poder contribuir com o fortalecimento da cadeia
produtiva de produtos de base florestal. Especialmente no estado do Pará, onde as atividades do
setor contribuem com mais de 30 mil empregos diretos e que tem importante participação na
balança comercial paraense; mesmo diante de uma retração observada no último ano (2020-
2021). Dada a importância deste setor, os entes públicos e privados devem somar esforços
sobretudo para estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis e agregar valor
em toda a cadeia produtiva. Incentivos fiscais, garantia de mercado, garantia de preços dos
produtos e incentivos à exportação, são algumas das formas de estimular a cadeia.
21
Sobre os aspectos destacados pelos participantes (no item 4.2.5), Emiliano (2019)
comenta que o setor florestal vem demonstrando elevada capacidade de desenvolvimento, mas os
desafios evidenciam a importância de se gerir com mais eficiência todos os processos da cadeia
florestal, aí incluídas as etapas de planejamento, definição do mercado comprador da madeira,
escolha dos melhores fornecedores de materiais e serviços e controle eficiente na compra de
insumos. Segundo o autor, o objetivo é garantir melhores preços e prazos de entrega, escolha de
máquinas e equipamentos mais adequados conforme topologia e condições climáticas, dentre
outras variáveis. No entanto, a ausência de infraestrutura adequada para escoamento da
produção, falta de incentivos fiscais, a complexidade tributária brasileira e a instabilidade do
mercado cambial são algumas das principais dificuldades enfrentadas pelo setor florestal
brasileiro.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ABSTRACT
The objective of this study was to understand the flow of basic export processes based on a
trading company in the timber sector. This assessment was based on a bibliographic survey of
specific literature and primary data collection through a self-administered written questionnaire,
with the purpose of knowing the processes that involve the commercial transactions of a trading
company, having as the case study a trading company of the timber sector. The results showed
that there are 497 companies registered as commercial representatives in Pará. In 2020, the state
occupied the fourth position in exports of timber products with a retraction compared to 2019.
The studied company has extensive experience as an intermediary and consolidation agency in
the market, and even given the difficulties existing in the field of activity and those faced during
the covid-19 pandemic, it managed to maintain itself due to the adopted commercial strategies. It
is concluded that the commercialization processes in foreign trade through the performance of
trading companies are configured as essential for companies to expand their markets, where this
research evidenced these basic processes in the international commercial intermediation of
tropical timber products.
REFERÊNCIAS
LENTINI, M. et al. Como o mercado dos produtos madeireiros da Amazônia evoluiu nas últimas
duas décadas (1998-2018)? TIMBERFlow – A Plataforma da Madeira. n° 2, abril 2020.
Belém: IMAFLORA, 2020. Disponível em:
https://www.imaflora.org/public/media/biblioteca/boletim_timberflow_2_abril_2020.pdf -
Acesso: 23/10/2021.