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94 Ar.ó Kafina C. R.

de-Farias v Cnis,

Skinnor, B. F, ( 1 9 7 4 / 2 0 0 0 ) . S o b r e n b e k m i o r i s - Velasco, G . & Cirino, S. D . ( 2 0 0 2 ) . A relação te- Capítulos


m o ( M . da P. Villalobos, ttad.). S ã o Paulo: rapêutica como í b c o de análise. Erii A. M . S.
Cultrix. Ifeixeií-a, A. M . L é Sénéchal-Machado, N . M .
Tour)nl:o, B . Z . ( 2 0 0 3 ) . A prodiiçíío de conheci- S. Castro & S. D . Cirino (Orgs.), C i a n c i a d o Comportamento Governado Por
i n c m n em P.sit:ologia: A análise do compor- c o m p o r t a m e n t o : conhecer e avançar fVol. 11,
tamento. P s i c o l o Q i a Ciência e Profissão, pp. 27-35), Santo Andi-é: t S H f t c . R e g r a s n a Clínica C o m p o r t a m e n t a l
30-41.
A l g u m a s Considerações
Carlos Augusto de Medeiros

ks manuais d ePsicologia e d e Psico- t a n t o , caso o c o n s e l h o seja o d c l a r g a l o ,


'terapia sustentam que fazer terapia a tendência d e s e g u i - l o será m u i i o niauir.
não é d a r c o n s e l h o s , sugestões, ordens U m detalhe i m p o r t a n t e nesse e x e m p l e é
ou instruções. Zaro e colaboradores o fato d eque concordar o u não c o m o
(1977/1980), e m s e u m a n u a l introdutó- c o n s e l h o t a m b é m n ã o é tão i m p o n a n r c ,
l i o a a p r e n d i z e s d e clínica, s u g e r e m ; A pessoa q u e recebe o c o n s e l h o m u i t a s ve-
zes c o n c o r d a c o m ele. M e s m o a s s i m , t e n -
Se o t e r a p e u t a está constaniemente d e a f a z e r o q u e já e s t a r i a p r o p e n s a a j a -
preocupado eill 'trabalhar p a r a v a - zer, m e s m o q u e c o n t r a r i e o c o n . ^ c D n i loni
l e r ' m a i s d o q u e o c l i e n t e , poderá n a o qual concordara.
v e r d a d e c o m p r o m e t e r o p r o j e t o , não
C o m b a s e n i s s o , o u s o d e conscihíis.
d a n d o a o cliciiLe a o p o r t u n i d a d e d c
instruções, sugestões e o r d e n s C Í J I - Í I , for-
desenvolver habiliilades que lhe per-
m a d e inl;er\'enção n a clínica psico]ó;,i':;i
mitam lidar com situações e t o m a r
não p a r e c e indicado. A o mesmo icnipo,
decisões n a v i d a . E s t a a b o r d a g e m por
a l g u m a s questões l e v a n t a d a s a c i m a p i - e c i -
p a r t e d ot e r a p e u t a p o d e a i n d a m a n t e r
s a m d eresposta, p o r exemplo.- o q u e faz
p a d r õ e s d e dependência n a interação
u m a pessoa pedir u m conselho? Oq u e
q u e s ã o problemáticos p a r a o s c l i e n t e s
faz u m a pessoa dar u i n c o n s e l h o ? O q u e
n o s seus r e l a c i o n a m e n t o s sociais n a
faz u m a pessoa seguir u m conselh,,? O
vida eotidiana (p. 4).
que faz u m a pessoa pedir u m conselho,
N o dia a dia, por outro lado, pessoas c o n c o r d a r c o m e l e e não s e g u i - l o ? U u a i s
frequentemente d i z e m o que fazer u m a s seriam asalternativas para fazer c o m ,iue
às o u t r a s , í. c o m u m a crença d e q u e s a - a s p e s s o a s m u d e m s e u s c u r s o s d e aç;;o?
ber ouvir B saber J a rconselhos. N a m a i o - T a i s questões, p o r d i z e r e m r e s p c i t " a o
ria das vezes, as pessoas, q u a n d o p e d e m c o m p o r t a m e n t o , d e v e n j s e r r c s p . luàidas
conselhos, pretenilem apenas serouvidas. p e l a P s i c o l o g i a c o m o ciência c pioiii.são.
U m a evidência d i s s o é a b a i x a incidência A Análise d o C o m p o r t a m e n t o , a b o r -
d o s e g u i m e n t o d e c o n s e l h o . ? , sugestões, d a g e m psicológica f u n d a d a p o r Skinncc
instruções o u o r d e n s . S e g u i r a opinião e sistematizada e r a seu livro Ctcuciíi e
d o s o u t r o s d e p e n d e d e s e e l a é compatível comportamento humano, dc 19fi3 Len-
o u não c o m a q u i l o q u e a p e s s o a já f a r i a . t a o f e r e c e r r e s p o s t a s p a r a essas e outc.;.s
P o r e x e m p l o , s e u m a p e s s o a está p r e s t e s questões e m P s i c o l o g i a , a p a n i r da>. r e l a -
a a b a n d o n a r u m estágio p r o f i s s i o n a l i z a n - ções d o o r g a n i s m o c o m o a m b i e n t e ( ' l o u -
t e malremuiíerado, d i f i c i l m e n t e seguirá o s r i n h o , 2 0 0 3 ) . E m Análise d o C o m ) i i ) ; t a -
conselhos para permanecer nele. Entre- i n e n t o , c o n s e l h o s , instrações, s u g c s i , i c ' ; c
9í Aiiii Kariia C . R. de-Farias e Cols. .Análise Conipoii-amental Clinica 97

o i x l c n s são traladàs c o m o r e g r a s ' (Baum, c a s o s , a p r e n d e r f a z e n d o ; a s instruções n ã o d e f o r m a incontestável. ' E r a t a - s e a p e n a s d e pensamenl:os obsessivos e de com-
1994/1099). D e acordo c o m Slíinner conseguem substituir as sutilczas d e u m u m l e v a n t a t n e n t o d e Cfuestões r e l a t i v a s a o pulsões d e l a v a r a s m.ãos. S e u s p c c s a -
{ • ) 9 6 ' J - i O S + y r e g r a s são e s t h i i u l o s d i s c r i - e o n t a t o d i r e t o c o m a s contingências'' ( p l i s o d e r e g r a s e o s possíveis r e s u l t a d o s d e r n e n t o s g i r a m e mt o r n o d c gostar d e
!níriri;.i'.'os v e r b a i s c ] u c d e s c r e v e m o u e s p e - 2 7 7 ) . O u t r a diferença d i s c u t i d a p o r C a t a - s e u s u s o s c o m o f o r m a d e intervenção ( v e r h o m e n s o u de m u l h e r e s . P a u l o come-
c i f i c a m u r n a contingência. C o n t i n g ê n c i a s n i a é a d e ciue o c o m p o r t a m e n t o a p r e n d i - também q , c a p i t u l o d e A l v e s e I s i d r o - i W a - ça a t e n t a r s e c o n v e n c e r d eq u e gosta
sso relações d o t i p o " s e . . . e n t ã o . . . " . E l a s d o p o r e.vposição d i r e t a é m a i s sensível a s r m h o , n e s t e l i v r o ) . T a l discussão t e n d e a d e m u l l i e r e s . e n ã o d e h o m e n s , várias
descrevera a s relações e n t r e o compor- mudanças n a s contingências q u e o a p r e n - deixar m a i s claro para aprendizes algumas vezes a o d i a . E malguns momcnios,
t a m e n t o e as suas consequências: s e u m d i d o p o r regras: " p o r vezes, nossas suposi- consequências d e ,suas a ç õ e s e , t a m b é m , só c o n s e g u e parar d epensar quando
d a d o c o r n p o t t a m e n t o o c o r r e , então u m a ções s e interpõem n a situação d e t a l f o r m a l e v a r ã reflexão t e r a p e u t a s m a i s experien- passa pelo menos meia hora lavando
dada c o n s e q u ê a c i a é provável. Quando que fazem nosso corriportamento tornar-se t e s a c e r c a c i e s u a s práticas.
as mãos. P o r m e i o de outros ques-
alguém a c o n s e l h a u m a m i g o (recém l e j e i - insensível a a l g u m a s contingências q u e , d e tionamentos, o terapeuta f o r m u l o u a
t a d o p e i a namorai.Iíi) a s a i r m a i s , a c o n h e - outra forma, poderiam modelar e manter hipótese d e q u e P a u l o a p r e s e n t a tais
R E G R A S : U S A R O U N Ã O U S A R ? EIS
c e r i i ( n ' a s pesíoas e a p a s s a r m a i s tempo o c o m p o r l : a m e n t o e m questão" ( p . 2 7 8 ) . pensamentos e m momentos ociosos.
A QUESTÃO
c o m o s a m i g o s , está, n a t e r m i n o l o g i a d a D e s s e m o d o , c a s o a relação e n t r e o c o m -
Análi.c d o C o m p o r t a m e n t o , fornecendo p o r t a m e n t o e a s con;iequèneias s e m o d i - A o verificar o sdiferentes posicionamentos O t e r a p e u t a d c P a u l o traçou c o n i o c>h-
rc!;r:!i F m outras palavras, sinaliza q u e se f i q u e , o c o m p o r t a m e n t o instruído l e v a r a descritos a c e r c a d c s e u t i U z a r o u não a s j e t i v o a u m e n t a r a Irequência d e a t i v i d a d e s
ele e m i t i r tais c o m p o r t a m e n t o s , p r o v a v e l - m a i s t e m p o para se adaptar a essa nova r e g r a s c o m o f o r m a d e intervenção clíni- q u e e n l : r e m e m competição c o m s e u s j . i c n -
m c n r e conseguirá s u p e r a r a rejeição. E m condição. V o l t a n d o a o e x e i u p l o a n t e r i o r , ca, o p r e s e n t e t r a b a l h o s u s t e n t a que elas samentos obsessivos. Para tanto, optou
t e n i i o s b e m s i m p l e s , r e g r a s são e m i t i d a s c a s o s u r j a u n i a n o v a versão d o p r o g r a m a somente d e v e m s e r u t i l i z a d a s e m situa- pelo u s o d aseguinte regra:
q u a n d o sediz a u m a pessoa o q u e fazer e que exija c o m a n d o s diferentes, as pessoas ções m u i t o e s p e c i f i c a s . A r i g o r , a tese d o
capitrúo é a d e q u e r e g r a s n ã o d e v a m s e r T e r a p e u t a ( T ) : Percebo q u e setis p e n -
qiNiií ds consequências d e s s a s a ç õ e s . q u e a p r e n d e r a m p o r r e g r a s levarão mais
irtilizadas a m e n o s q U e existam justifica- samentos obsessivos ocorrem mais
.;\n d a s relações d e c o n - t e m p o p a r a a p r e n d e r a operá-la ~ a n ã o
tivas claras d a suan e c e s s i d a d e . E s s a tese frequentemente quando você t r . i
iing''"K:ias p o d e o c o r r e r p o r regras o up o r ser q u er e c e b a m novas regras - d o q u e
s e b a s e i a e m d a d o s empíricos a d v i n d o s d a ocioso. Logo. ocupar seu teniiio c o m
e x p o s i ç ã o d i r c t a . P o r e x e m p l o , é possível a q u e l a s q u e a p r e n d e r a m p o r e.vposição.
arca d e pesquisa e mc o m p o r t a m e n t o go- a t i v i d a d e s e s t i m u l a n t e s e pKizeiosas
a?)render a usar u m p r o g r a m a d e c o m p u - N a s p u b l i c a ç õ e s e m clínica compor-
v e r n a d o p o r regras n o s contextos básico é u m af o r m a eficaz d ec o n t r o l a r seus
ffidor fazendo u m curso o u explorando-o. t a m e n t a l , c ijossível o b s e r v a r que o uso
e a p l i c a d o . O s tópicos q u e s e s e g u e m são pensamentos.
N o curso, s a o tornecidas regras C[ue e s - de regras é r e c o m e n d a d o como forma de
a argument;ição e m f a v o r d e s s a t o s e . O s
I c 1 q 1 1 terminados comandos intervenção; r e c o m e n d a d o e m a l g u m a s s i - Cliente ( C ) ; f : , f a z s c ; i t i d o , v o u c.\--
a r g u m e n t o s serão d i v i d i d o s e i n d u a s cate-
II / rr c 1 c •juencias especificas. E s - tuações; r e c o m e n d a d o e m último c a s o o u p e r i m e n i a r . Q u e m sabe, c o m isso, e u
gotias; ( 1 )q u a n d o a s regras são seguidas
; E I ! ; relações e n u e c o m a n d o s e consequên- não é r e c o m e n d a d o e m hipótese a l g u m a , p r e c i s e p a s s a r a l a v a r m e n o s a s mãos e
e ( 2 ) q u a n d o a s r e g r a s n ã o são s e g u i d a s .
n d l ^ei iprendidas p o r tentativas l á i s posições d i s c r e p a n t e s c o m relação a o possa m e dedicar mais a otrab,i!ho.
a ) s o p o r exposição c h r e t a às uso d eregras l a m b e m o c o r r e m q u a n d o se
A p ó s a l g u m a s sessões, o t e r a p e u t : - i :
" 1 Slmner (19B8) resume as o b s e i v a m orientações d e estágio e m c l i n i - Q u a n d o as regras s ã o s e g u i d a s
1 c ^ c s lois tipos d e aprendiza- ca d e d i f i ; r e n t e s s u p e r v i s o r e s . E s s e q u a d r o T: E eiitã;j, P a u l o . C o m o andam os
" n e n d fq te a aprendizagem por p r o v a v e l m e i r t e g e r a u m a confusão entre seus p e n s a m e n t o s obsessivos'?
M e s m o quando os clientes seguem as regras
m US l a p i d a e p r o d u z m e n o s c o n - os tera[)cutas m e n o s experientes, o s quais
propostas pelo terapeuta, efeitos indesejáveis G: D e f a t o , aíjuela d i c a q u e v o c c m e
•nv- r.i\,\s a v e r s i v o s . A o m e s m o procuram dcscsperadiimente conhecer as p o d e m surgir
d e u t e m f u n c i o n a d o . E ut e n h o con-
(1994-/1999), compor- iormas mais b e m sucedidas d e auiação
s e g u i d o e v i t a r p e n s a r . Pera s i d o n.vio
tjílidosos c o m o cantar, ( p a r a m a i o r discussão a c e r c a d a a p r e n d i -
E m u m a situação hipotética, o t e r a p e u t a cansativo jiorque e utenho que arru-
]-iodem ser aiircndidos z a g e m d e t e t a p e i i t a s i n i c i a n t e s , \'e,r o c a p i -
fornece u m a regra p a r a s e u cliente ee l e m a r c o i s a s p a r a f a z e r o t e m p o Uídi.i.
c u u t I c o r a a s consequências tulo d eAbreu-iVIotta, de-Farias e C o e l h o ,
: i s e g u e . Além d i s s o , a o s e g u i - l a , s e u c o m - D e qualquer forma, t e m valido a
h 1 1c i r l a s o m . D e a c o r d o c o m neste livro).
p o r t a m e n t o é reforçado. P o r e x e m p l o : pena.
e ta ) 9 81999); "devemos, nesses C o m base nisso, o presente capítulo
aborda o u s o d eregras n achnica como Paulo^ é u m h o m e m d c ,32 anos q u e • Nessa c o n d i ç ã o i d e a l , é possível o b -
a e de-Farias paríi olncr aiais
forma d e intervenção. E i n a b s o l u t o s e procurou a terapia queixando-sc d e servar q u eo t e r a p e u t a e m i t i u a icp,t,i. c
f f 1 iTiportameutD ouvenjado poi firerende esgotai a qucstiio o u gerar u m f o i reforçado p e l o s e g u i m e n r r j d a m e s m a
m a n u a l q u e deva serutilizado p o r todos ' O s nomes ai>íi:sentados í&o ficdi:Jos, p e l o c h e n t c . Além d i s s o , o c l i e n t e t a m b é m
98 Ana Karina C. R, de-Farias e Cols Análise Comportamental Clinica 99

t e m s e u c o m p o r t a m e n t o reforçado n e g a t i - (b) Insensibilidade: a s contingências C: Deixc-me v e r . . . S ã o situações e m n a d o a a n a l i s a r a s relações e n t r e o c o m -


v a m e n t e por evitar respostas que trazem descritas pela regra formulada q u e e u e s t o u e m u m a a t i v i d a d e mecâ- p o r t a m e n t o e a s consequências. D e posse
consequências a v e r s i v a s , n o c a s o , o s p e n - pelo terapeuta podem se mo- nica o u quando eu estou à toa. d e s s e repertório, o c U e n t e f i c a m a i s apto
samentos. Q u a l seria, p o r t a n t o , o proble- dificar. S o b o c o n t r o l e d a regra a l i d a r c o m n o v a s contingências e c o m a s
T ; Você m e r e l a t o u q u e g o s t a m u i t o d e
m a d eusar regras nesse caso? do terapeuta, o comportamento m u d a n ç a s d a s contingências v i g e n t e s . A o
l e r l i t e r a t u r a e assistir, a s t i r i a d o ? . de,te;;
E x i s t e m três p o s s i b i l i d a d e s i dependên- descrito n a regra pode demorar m e s m o t e m p o , o e m p r e g o d e regras pelo
levisão. C o m o f i c a m òs p e h s a m é i i t o s
m u i t o p a r a Se a d a p t a r à n o v a c o n - n o s m o m e n t o s e m q u e você está o c u - terapeuta, m e s m o que seguidas pelo clien-
cia, insensibilidade, b a i x a assertividade o u
t i n g ê n c i a o u , até m e s m o , pode p a d o c o m essas a t i v i d a d e s ? t e , a i n d a p o d e r e s u l t a r n a manutenção d e
s u b m i s s ã o e punição o u n ã o reforçamento
não s e a d a p t a r . E x i s t e m diversas u m padrão c o m p o r t a n r e n t a l d e ^ u b m i s -
do seguimento da regra.
pesquisas sobre insensibilidade C : E ur a r a m e n t e p e n s o q u a n d o faço são o u baixa-asseitividade.
(a) Dependência: d e f a t o , e s s a não é às m u d a n ç a s n a s c o n t i n g ê n c i a s , . e s s a s c o i s a s , a não s e r q u e o l i v r o o u o
a i m i c a questão q u e a f U g e o c l i e n - filme sejam m u i t o chatos. (c) Submissão ou Baixa-Assertiviíiade:
(p. ex., C a t a n i a , M a t t h e w s e Sehi-
os conceitos d e agressividade, dc
t e e, n o v a s questões p o d e m s u r g i r . moff, 1982; Matthews, Catania e T : B e m , b a s e a d o n o q u e você m e f a -
assertividade e d e baixa-assertivi-
Q u a n d o o terapeuta diz a o clien- Schinioff, 1985), demonstrando lou, o q u e você p o d e r i a f a z e r para
d a d e são m u i t o u s a d o s e m t e r a p i a s
t e o q u e f a z e r , não c r i a condições que o comportamento governa- controlar o s seus pensamentos obses-
c o m p o i t a m e n t a i s . E x i s t e m técnicas
para c [ u e o próprio e n c o n t r e a s d o p o r r e g r a s é m e n o s sensível às sivos?
específicas v i s a n d o o a u m e n t o d a
suas soluções; n o c a s o , q u e e l e mudanças n a s contingências d o
C : A c h o q u e eles a p a r e c e m m a i s q u a n - assertividade o u estabelecimento
emita as suas autoreg^as^ E m ou- que o comportamento adquirido
d o e u e s t o u c o m a cabeça v a z i a . T a l v e z de habilidades sbeiais (Caballo,
t t a s p a l a v r a s , o t e r a p e u t a não c r i a p o r e x p o s i ç ã o d i r e t a . N o c a s o clí-
eu precise m eocupar c o m coisas d e 1 9 9 6 ) . A despeito dos problemas
conàições p a r a q u e o c l i e n t e a p r e n - nico citado, se os pensamentos
que eu goste. conceituais envolvidos nos termos
d a a a n a l i s a r a situação d e m o d o obsessivos adquirirem u m a nova
acima, o s quais f o g e m a b escopo
a i d e n t i f i c a r a s variáveis c o n t r o l a - função, c o m o d e e s q u i v a d e s i t u a - T : É u m a possibilidade. C o m o é que
d e s t e capítulo, o u s o d e r e g r a s pode
doras d oseu c o m p o r t a m e n t o e o s ções m a i s a v e r s i v a s , t e n t a r s e e n - você p o d e f a z e r p a r a s a b e r s e f u n c i o -
estar relacionado à dificuldade dos
possíveis c u r s o s d e ação a p a r t i r d e gajar e matividades reforçadoras na?
clientes d e argumentar c m favor
t a l análise. D e s s e m o d o , o c l i e n t e que compitam c o m o s pensamen-
C : T e n h o q u e t e n t a r , n ã o éV d a s próprias opiniões o u r a e s m o ,
precisará q u e o t e r a p e u t a execute t o s n ã o será m a i s e f i c a z . A i n t e r -
m e r a m e n t e , d e d i z e r "não".-
essa tarefa p a r a ele. A o l e m b r a r venção p r e c i s a r i a s e r o u t r a , como, T : O k . Então, v a m o s v e r q u e t i p o s d e
o e x e m p l o acima, as pessoas que por exemplo, o treino d e enfren- a t i v i d a d e você p o d e r i a f a z e r p a r a evi-
tamento d a s situações aversivas. tar pensar? Pessoas que provavelmente foram punidas no
aprenderam a usar o p r o g r a m a d e
A o se falar e minsensibilidade, o passado ao discordarem de opiniões, princi-
c o m p u t a d o r p o r instruções p r e c i - A p r i m e i r a c o i s a q u e c h a m a a atenção
cliente citado poderia insistir n o palmente as proferidas por figuras de auto-
sarão d e n o v a s instnições q u a n d o n e s s a o u t r a p o s s i b i l i d a d e d e intervenção é
s e g u i m e n t o d aregra i m p o s t a p e l o ridade (p. ex., terapeuta), t e n d e r ã o a assentir,
o p r o g r a m a m u d a r d e versão. E m a s u a extensão. S e m dúvida a l g u m a , a i n -
terapeuta, m e s m o q u e não f o s s e m e s m o que a opinião' dos outros n ã o laça o
outras palavras, dependerão d e tervenção p o r r e g r a s é m a i s rápida. U s a r
m e n o r sentido para elas. Esse é um p a d r ã o
mais eficaz.
novas regras. O m e s m o processo r e g r a s c o m o f o r m a d e intervenção é t e n t a - c o m p o r t a m e n t a l que provavelmente precisa
provavelmente ocorrerá c o mo dor, justamente pela possibilidade de pro- ser modificado. O uso de regras nesse cont.3x-
D e f a t o , é possível l e v a r o c l i e n t e a
cliente, precisando de novas regras duzir resultados imediatos. O u t r o ponto to, m e s m o que possa produ^^ir relorçadc;res
chegar à mesma conclusão s e m q u e o
cmiudas pelo terapeuta para lidar q u e c h a m a a atenção é q u e a m e s m a re- quando seguidas pelo cliente, pode m a n t ê lo
t e r a p e u t a f o r m u l e a regra p a r a ele. Por
gra p r o f e r i d a pelo terapeuta n o p r i m e i r o no p a d r ã o comportannental pouco'assertivo.
c o m n o v a s sittiações n o s e u d i a a exemplo:
exemplo foi, n osegundo, formulada pelo
dia. Logo, o cliente provavelmente
, T ; E m que.situàções d o s e u d i a a d i a próprio c l i e n t e . O u seja, as perguntas
s e tornará d e p e n d e n t e d o t e r a p e u - Veja o e x e m p l o a seguir:
os p e n s a m e n t o s aparecem mais? abertas d o terapeuta criaram condições
ta, t e n d o dificuldade e m lidar c o m
p a r a q u e o próprio c l i e n t e a n a l i s a s s e o Marta é u m a mulher de3 7 anos que
n o v a s situações. C : E m várias; n o t r a b a l h o , e m c a s a t o - seu c o m p o r t a m e n t o e decidisse o q u e fa- apresenta d i f i c u l d a d e s d e d i z e r não,
m a n d o b a n h o , n o trânsito... z e r a p a r t i r daí. Q u a n d o o c l i e n t e emite de fazer reclamações, p e d i d o s , cri-
AutniTegms, de acordo cora Skíiiner (1969/1984),
T : O q u e e s s a s situações têm e m c o - autorregras, a probabilidade d e ficar de- dcas e d e arguracnrar e mfavut tios
são regras i.-milidas e ^íí-jJiiidas pela própria pessoa,
p e n d e n t e é m e n o r , já q u e está s e u d o trei- p r ó p r i o s i n t e r e s s e s e opiniões Suss
qep excrcf os papéis de íaiance e ouvinte. mum?
100 /^na Ivarina C. R. de-Farias e Coís, Aiiãiisç C o : - n p o r : a m ; - n t a ' C l i n i , : a 101

d i ' i c u l c i a d e s o c o i T e m e m \'ários c o n - d o o c o m p o i t a T i i e n t o o q u a l e l a se d e s t i - T : B e m , então o que"você p o d e r i a fa- c o n t r i b u i u p a r a a manutenção d o p a d i a o


li-xvjs, p r i n c i p a l m e n t e c o m o s c o l e g a s no a s t i p i i n i i i ' , ,^ r e s p o s t a d a cliente nada z e r p a r a q u e e l a não p e d i s s e m a i s p a n i c o i r i p o r ( : a m e n t a l d a c l i e n t e q u e p r e c i s . i si;i
ne Ircbalho. Dentre as habilidades m a i s c d o q u e u m a lepeticão d e s e u pa- você? m u d a d o . E m o u t r a s p a l a v r a s , e l a Lião p r e -
sociais q n eM a r t a precisa desenvol- drão c o m p o r t a m e n t a l m a l s u c e d i d o n a s re- c i s a d i z e r s i r g p o r a o t e r a p e u t a c o m e - i3,-irte
vei,.nma dasmais importantes é di- lações s o c i a i s . C o n c o r d a r c u m a resposta C : P o d i a mandá-la p a r a a q u e l e lugar.
d o t r a t a m e n t o p a r a a p r e n d e r a d i z e r não
•/.:;;• irão. D e f a t o . M a t t o , , p o r sempre d e e s q u i v a d a estimulação a v e r s i v a e n v o l - P a r a e l a d e i x a r d e ser .abusada.
aos o u t r o s .
dizer sim, acaba representando u m v i d a n a a r g u m e n t a ç ã o c i o o u t r o , Aíesrao T: É u m a possibilidade. Q u a l seria a
estímulo discriminativo'^ para seus q u e M a r t a p a s s e a d i z e r não p a r a o s co- (d) Quando Tudo dá Errado: n ã o se
reação d e l a n a h o r a ?
colegas d e trabalho fazerem pedidos, l e g a s d e t r a b a l h o , d i f i c i l m e n t e conseguirá pode esquecei o s casos e mq u e o
C: fiem, c i a p o d e r i a começar a b a t e r terapeuta fornece u m a regra C[uc,
K s s c s p e d i d o s , m u i t a s v e z e s , não são d i z e r n ã o e m o u t r o s c o n t e x t o s , já q u e , n a
razoáveis e d i f i c i l m e n l c s e r i a m feitos relação terajiêutica, está s e n d o t r e i n a d a a b o c a c o m i g o e i a s e r horrível. C [ u a n d o s e g u i d a p e l o c l i e n t e , i-.:iCi
),)3ra o u t t a s p e s s o a s . M a r t a s e s e n t e djzer sim. produz a s consequências d escri-
T : E nos dias seguintes?
m u i t o d e s i e s i r e i t a d a n e s s a s situações, Outra possibilidade d e intervenção • t a s . O u s e j a , o c o m p o r t a r e e n t r i LÍ:.I
C; N o s dias seguintes, acho que iria cliente sobconb-ole d o regv,-i-Ibi-
.Para q u eos p e s s o a s p a r e m d e fazer C(jm o m e s m o f i m s e r i a a s e g u i n t e :
ficar aquele d i m i n h a c h a t o n o traba- i n u l a d a p e l o íeiapcutanão c r e f o r -
pedidos pouco razoáveis p a r a e l a ,
T: Como você s e s e n t e cprando pe- lho. É, a c h o q u e e s s a n ã o é a m e l h o r
A U ' ] l a p r e c i s a m o d i f i c a r a s u a função çado o u é p u n i d o .
dem c o i s a s q u e v o c c não g o s t a r i a d e m a n e i r a , a i n d a m ; i i s e m a m b i e n t e de
dc '•-stiuiulo, i r a n s f o r m a n d o - s e e m u m
ccrlcr? t r a b a l h o . Já p e n s o u ? N ó s d u a s fazen-
estímulo d e l t a . P a r a i s s o , e l a p r e c i s a
O terapeuta, ao realizar suas análises, cnega
d o b a r r a c o nj. f r e n t e d e t o d o i n u n d o ?
c o m c ( , - a r a d i z e r não a o s p e d i d o s p o u - C : t m u i t o c h a t o . T e m g e n t e q u e não
a c o n c l u s õ e s que n e m s e m p r e - s ã o corretas.
Era capaz d ee u acabar n a r u a .
c o razoáveis. A f i m d e começar u m se t o c u , p c d o c a d a c o i s a 1 A m i n h a c o l e - Ao emitir uma regra; o terapeuta assume urní.
treinamento dessa habihdade, o tera- ga d etraballio fez isso o n t e m raesrno. T : Q u a l seria o u t r a f o r m a d efazer isso grande responsabilidade. C a s o ele se engane,
];cn'j necessita que Marta comprecn- A cara d ep a u me p e d i u p a t a sair m a i s então? o q o e n â o - é raro,, q u e c o n s e q u ê n c i a s p o d e m
i l i i e s s a relação d e c o n i i n g è n c i a e n t r e cedíj p a r a i r a u m salão q u e fechava ocbrrer-,para-d'.cliente?'Ao deixar o próprio
J i / c r não c a diminuição d a p r o b a - às ó h . T i i f : q u e f a z e r o r n e i i rtíil.ialho e C: S e i lá... S i m p l e s m e n t e dizer q u e
cliente formular as regras, o terapeut,3 r-.t,o
bihdíide d e p e d i d o s p o u c o razoáveis o dcln. Scud-me desrespeitada... Abu- não d a v a ? corre esse risco.
i c - i i o s ]){U"a e l a . s a d a . V. o p i o r é q u e e u n ã o consegui T: Bem, c umá o u t r a possibijidade.
f a l a r n a d a , só P i q u e i d e c a r a fechada. Q u a i s s e r i a m a s consequências d a s u a
. M e d i a n t e esse caso, o t e r a p e u t a pode Situações c o m o essas p o d e m s e de-
P u s o u u m a banana m e s m o . fala?
c r n i l i r o s e g u i n t e regra-. s a s t r o s a s p a r a o vínculo terapêutico e p a r a
T: C i t t c n d o . O 11'jç t e f a z s e s e n t i r C: Nesse caso, acho q u e e l a não b . a - a relação d e c o n f i a n ç a e n t r e o c l i e n t e e ci
T: Veio que as pessoas tendem a abu-
c o m o uma b o n a n a V tcria boca comigo, m a s acho que ela terapeuta. Por exemplo:
• dc vocc porque v t i c c não argu-
m e n t a c m f a v o r d a s próprias opiniões ficaria chateada.
C : E s s a situação d e s e m p r e pedirem M a r c o s , 3 7 , p o s s u i u m a rc-laç,!-.- m u i -
c não c u i i s e g u e d i z e r não. P a r a q u e esses a b s u r d o s p a r a m i m . X J i n bando T : T a l v e z . N e s s e c a s o , a chateação d e to c o n t u r b a d a c o m Jorge, 6 7 ,seu inii.
passem a t e r e s p e i t a r , você p r e c i s a s e d e g e n t e n a m i n h a sessão e s e m p r e m e quem é mais importante? Jorge sempre f o i m u i i o critico e m rela-
i m p o r e d i z e r não. em[)uifam essas c o i s a s . ção às e s c o l h a s d e r M a r c o s , c o m o , por
Cl É verdade, antes cia d o q u e eu.
e x e m p l o , o c u r s o s u p e i - i o r , a prohssôo.
C - C l a r o , c l a r o , você t e m razão. T: Q u a n t a s p e s s o a s há n a . s u a sessão
T: H u m , I-Ium. a e s p o s a , etc. M a r c o s q u c : x a - s c d r que
no raesmo nível d e h i e r a r q u i a q u e
Por m a i s q u e a regra d o t e r a p e u t a pos- T o r g e t e m u m a prechleção p o r ,:c-i i i -
vocc? C : É f a z s e n t i d o . P a r a as p e s s o a s pas-
s-i i i i z c r C O ' a q u e M a r t a d i g a n ã o p a r a o s mão m a i s n o v o , G i l m a . r 2 9 . M a r c o - :
i : > ) ! : e : i : , cic t v a b a l l t o , p o d e a c a b a r m a n t e n - s a r e m a me respeitar, t e n h o que come-
C; Chico. apresenta m u i t a s dtu-idas q u t m t o à sua
çar a d i z e r n ã o . S e f i c a r e m chateadas,
competência p r o f i s s i o n a l , o c i i p . i : . - ; o
T: A q u e você a t r i b u i s u a c o l e g a t e r p r o b l e m a . .'\nteE e l a s d o q u e e u .
f ; ' : ' ' i T i i l o s discritninattvos, fie acordo com Moreira ura c a r g o m u i t o i n f e r i o r à s u a íorma-
e Mci'í-.iros (2007), ^-iio aqueles que sinalizam que
p e d i d o i s s o p a r a você e não p a r a o u t r a
Novamente-, nessa linha d e conver- ção. S u a q u e i x a i n i c i a l f o i disfunção
'.!ni,-i ciiida respnsla será refor<;ada. No e.vemplo it pessoa?
sação, o t e r a p e u t a c o n d u z i u a cliente a erélil s e m c o r i e l a í o hsiológico.^ A ) ; 6 s
ívlarn -bi {• urn cslímulo discrimiiiaúvo no sentido
fv'! (]ne sinaliza que ns pedidos das outras pessoas C; A s outras n ã o são tão trouxas einitir a m e s m a regra q u e f o i dada n o o u -
atendidos. Já o^' estímuioe delta sinalizam, jus- corno eu. Elas n u n c a aceitariam u m Iro exemplo. M e s m o sendo u m caminho '• i' i:-3 maior dctrilhani':-nto ctista disiucç.io, ver r ca-
taniena', qiLe o compouamenlo não será reforça.Llo. abuso desses. m a i s l o n g o c t r a b a l h o s o , o t e r a p e u t a não piíuio de Mnrtins l i l h o e de-i:arias ncsíi- iivro.
101. A M K K . I S C R. de-Farias e Cols. Análise Comportan:cntal Clinica 105

O d i v o r c i o , Márcio e n f r e n t a grandes d s a m e n t c , c o m o fazer. O c o n t r o l e a procurá-lo. Será q u e t ; l c n ã o a r e : -


Após d i s c u t i r e m a c a r t a , i M a r c o s a e n -
dificuldades quando tem chance d e ter pelas contingências é m a i s forte p e i t a r i a m a i s c a s o você n ã o o p r o c u
via para o pai, q u esimplesinente a ignora
relações s e x u a i s c o m a l g u m a m u l h e r , e fica m a i s distante a i n d a d eM a r c a s . D i - que o controle, pelas regras (Slcin- rasse?
líie r e l a t a f o r t e s r e s p o s t a s d e ansieda- f i c i l m e n t e u m e v e n t o c o m o e s s e não c o m - ner, 1 9 6 9 / 1 9 8 4 ) . Veja o seguinte C : É q u ee u s o uu m a idiota m e s m o ,
de anteriores a om o m e n t o d a penetra- p r o m e t e r i a o vínculo tera|)éutico. C a s o o exemplo: m a s a g o r a e u t e r e i b r i o e não v o u r n a i s
ção. D e n t r e a s r e s p o s t a s d e a n s i e d a d e , terapeuta tivesse apenas l e v a d o M a r c o s ligar para aquele cachorro.
Júlia é u m a m u l h e r d e ' 2 4 à n o s . q u e
o c o r r e a p e r d a d e ercção. L o g o antes a p e n s a r p o r s i m e s m o e m soluções p a r a
f o i r e j e i t a d a p e l o e x - n a r a o r a d o (Fá- T : M u i t o b e m ! Você p o d e até s o f r e r n o
d a penetração. M a r c o s r e l a t a pensar m e l h o r a r a s u a relação c o m J o r g e , o v i n -
b i o ) . E l a l i g a p a r a e l e c o m frequência. início, m a s n o final, verá q u e valerá a
a c e r c a d e s u a s dúvidas q u a n t o às s u a s c u l o terapêutico n ã o f i c a r i a c o m p r o m e -
E m a l g u m t i s v e z e s , Fábio é g r o s s e i r o pena.
habilidades n ac a m a c u m desejo m u i - tido, m e s m o q u e suas iniciativas fossem
e a evita. E moutras, principalmen-
to grande d e i m p r e s s i o n a r a s u a par- fmsti'adas. A d e s p e i t o d a r e g r a e d a concordância
t e . q u a n d o não t e m o u t r o s p l a n o s , c
ceira. A p a r e n t e m e n t e , desde jovem. c o m e l a , a s contingências r e l a c i o n a d a s a o
m u i t o acessível. E m a l g u n s d e s s e s t e -
M a r c o s quis agradar a s e up a i e n u n c a Q u a n d o as regras n ã o s ã o seguidas c o m p o r t a m e n t o d e l i g a r p a r a Fábio c o n t i -
l e f o n e m a s , eles s a e m , ficam juntos e
foi reconhecido. Q u a n d o tirava boas n u a m e m vigor. O q u em u d o u n a v i d a dela
O u t r o padrão m u i t o c o m u m e m c a s o s têm r e l a ç õ e s s e x u a i s . P ^ e p o i s desses
n o t a s , s e u p a i l h e d i z i a c j u e não f i z e - p a r a q u e e l a c o n s i g a não l i g a r ? E l a a i n d a
d e c l i e n t e s c o m d i f i c u l d a d e d e d i z e r não e n c o n t r o s , Fábio a r e l e m b r a d e q u e
r a m a i s d o q u e obrigação, enquanto possui baixa disponibilidade d eoutroÍ ic-
é aceitar a regra d o terapeuta n o m o m e n - não q u e r v o l t a r p a r a e l a e d e s a p a r e c e
Gilmar era presenteado nas mesmas forçadores, o b t e n d o reforço d e c o m p o r t a -
t o e m q u e é e m i t i d a , porém não s e g u i - l a . por semanas. O b v i a m e n t e , e l ase sen-
circunstâncias. m e n t o d eo u v i n t e c o n t i n g e n t e a o c o m p o r -
Q u a n d o o s c h e n t e s não s e g u e m a s r e g r a s , t e p é s s i m a c o m t o d a e s s a situação e
t a m e n t o d ef a l a r dele { M e d e i r o s , 2 0 0 2 a ;
O t e r a p e u t a d e M a r c o s supôs q u e o s d o i s padrões s ã o prováveis: f o r m u l a r u m a se q u e i x a c o n s t a n t e m e n t e p a r a o t e r a -
M e d e i r o s , 2 0 0 2 b ) , e está s u b m e t i d a a u m
p r o b l e m a s profissionais dele e a s u a difi- a u t o r r e g r a q u e o t o r n a i n c a p a z d es e e n - p e u t a . N ã o h á dúvidas d e q u e t o d a s e s q u e m a d e reforçamento intemútente,
c u l d a d e d e greção e s t a v a m r e l a c i o n a d o s à gajar e m terapia e o f a zsentir p i o r ainda; a s s u a s a m i g a s já f a l a r a m p a r a e l a n ã o o q u a l a u m e n t a a resistência extinção
falta d er e c o n h e c i m e n t o d es e up a i . L o g o , a outra é dizer q u eseguiu a regra para o hgar mais para ele.Elas d i z e m q u e (Keller e Schoenfeld, 1 9 5 0 / 1 9 6 6 ) . L o g o , a
e s t a b e l e c e u ;Como m e t a d a t e r a p i a levar t e r a p e u t a , m e s m o s e m tê-la s e g u i d o , s o b F á b i o a está u s a n d o , q u e n ã o v o l t a - p r o b a b i l i d a d e d e s e g u i r a r e g r a é míràir.a,
Marcos a t o m a r iniciativas e mprol d a me- c o n t r o l e d a s consequências i m p o s t a s p e l o rá p a r a e l a e q u e t o d a e s s a situação é u m a v e z q u e a s contingências q u e c o n t r o -
l h o r i a d a relação c o m J o r g e . D e s s e m o d o , t e r a p e u t a e n ã o p e l a s consequências n a t u - h u m i l h a n t e . V a l e a pena ressaltar q u e l a m o c o m p o r t a m e n t o d e l i g a r são timiío
r a i s d es e g u i r a r e g r a . O não s e g u i m e n t o Júlia s a i p o u c o c o m a s a m i g a s . Q u a n -
iiaitiu a seguinte regra: i n a i s f o r t e s . O provável é q u e e l a l i g u e , o u
t a m b é m o c o r r e e m c a s o s d e resistência, d o s a i c o m elas, gasta s e u t e m p o para s e j a , não c o n s i g a s e g u i r a r e g r a i m p o , - : -
T : C o m o já havíamos d i s c u t i d o , c o n - e m q u e a emissão d e r e g r a s p o r o u t r a s f a l a r d o e x - n a m o r a d o . "h'ilia também ta p e l o terapeuta. B e m , o u s o d aregra é
sidero essencial a melhora d asua re- p e s s o a s r e p r e s e n t a u m a condição a v e r s i v a , f r e q u e n t a u m c u r s o s u p e r i o r e está e m d e s v a n t a j o s o p o r q u e e l a não f o i s e g u i d a
lação c o m o s e u p a i p a r a q u e o t r a t a - ocasionando respostas d e fuga.
u m estágio, a m b o s p o u c o reforçado- e , p a r a p i o r a r , além d e s e s e n t i r m a l p e l a s
m e n t o t e n h a p r o g r e s s o q u a n t o às s u a s
r e s . S e u c o m p o r t a m e n i o d e procurá-lo consequências n a t u r a i s d e t e r l i g a d o , e l a
o u t r a s questões. P e n s e i s e não s e r i a ( a ) Formulação da autorregra: "sou
está s o b u m e s q u e m a d e reforçamento p o d e s e s e n t i r i n c o m p e t e n t e p o r não l e r
u m a b o aideia escrever u m a carta p a r a incompetente". Muitos clientes
i n t e r m i t e n t e e, o b v i a m e n t e , e l a a i n d a seguido a regra i m p o s t a pelo terapeuta.
o seupai, expressando t o d o s o s seus concordam plenamente c o mas
não d e s i s t i u . O próprio t e r a p e u t a a
s e n t i m e n t o s e m relação a e l e . regras i m p o s t a s p e l o terapeuta. E m a l g u n s c a s o s , a c l i e n t e p c . d e até
N ã o é r a r o já s a b e r e m p r e c i s a m e n - e s c u t a falar s o b r e esse r e l a c i o n a m e n -
abandonar a terapia, consideraudo-se u m
C : S e m dúvida, é u m a b o a i d e i a . E u já te o q u e p r e c i s a m fazer. P r o v a v e l - t o e m 9 0 % d o t e m p o d a s sessões, h á
c a s o p e r d i d o até p a r a a t e r a p i a . D e f a t o ,
tinha pensado nisso. Principalmente, m e n t e , s e u s a m i g o s e f a m i l i a r e s já m a i s d e 1 0 sessões.
não é e l a q u e é u m c a s o p e r d i d o , s i m p l e s -
p o r q u e t e m m u i t a s c o i s a s q u e não t e - d i s s e r a m p a r a eles o q u efazer, o u m e n t e o u s o d e r e g r a s não f o i e f i c a z n o
Caso o terapeuta conclua q u eo com-
n h o c o r a g e m d e d i z e r cara a cara. A c h o : , : . , ^ e l e s raejmoç concluíram s o z i n h o s . s e u c a s o e a g r a v o u a s conthções a v e r s i v a s
p o r t a m e n t o - a l v o d e ligar para ele precise
( ; u e a c a r t a será m u i t o m a i s fácil. A o e l a b o r a r o óbvio, e m i t i n d o às q u a i s e l a e s t a v a e x p o s t a .
t e r s u a frequência r e d u z i d a a z e r o , pode
T : Q u e tal vocc escrever u m a p r i m e i r a u m a regra era termos pomposos, utilizar u m a regra c o m o f o r m a d einter-
o t e r a p e u t a está s e n d o apenas ( b ) Distorção do tato: u m a p e r g - . m t a
versão e t r a z e r a q u i p a r a d i s c u t i r m o s venção, p o r e x e m p l o :
m a i s u m a o p r i m i r o s e ucliente d i - m u i t o c o m u m d ea l u n o s d c Psrco-
juntos?
z e n d o a q u i l o q u eele precisa fazer. T : B a s e a d o e m t u d o o q u e você t e m l o g i a é: " c o m o é possível s a b e r s e
C : S i m . V o u fazer isso. S e m a n a q u e O p r o b l e m a , n a m a i o r i a d a s vezes, s o f r i d o q u a n d o U g ap a r a ele, m e per- o c l i e n t e está i n e n t i n r i o ? " . E n t r e -
v e m e u trago. não é s a b e r o q u e f a z e r , e s i m , p r e - g u n t o s et e m v a l i d o a p e n a continuar t a n t o , e s s a não é a p e r g u n t a r n t i i s
Anáiise C o m p o r t a r n e . n t a l C l l n i c e ' iOS

r<!Ícv«nte. h p e r g u n t a m a i s apro- d i s t o r c i d o s . Não s ã o r a r o s o s t e r a p e u t a s comportamento verbal q u e des- teiicentes às contingênci.is d c s c n u i s p o r


p i ' ; ; u i a talvc'/ fosse: " o q u e l e v a o q u e , além d c e u i i d r r e g r a s , questíonam o ; c r e v e contingências, o u s e j a , a o s e elas. A s regras a p e n a s alteram a sua pro-
f.iicute a m e n t i r ? " O u seja, q u e s e u s c l i e n t e s s e a s s e g u i r a m o u não, e p u - f i p r e s e n t a r o i t m o d i f i c a r r e g r a s , não b a b i l i d a d e d e ocorrência, a d e p e n d e r d e
contingé.ntias c o n t r o l a m a e m i s - nem o relato d onão s e g u i m e n t o . O u seja, necessariamente o comporttimenlo l u n g r a n d e c o n j u n t o d e condições.
íuo d e t a t o s d i s t o r c i d o s (Skinncr, além d e l i d a r c o m o s e f e i t c i s c o l a t e r a i s d o d e s c r i t o p o r e l a s e modificará. A alternativa Uabalhosa. c modificar as
J9F7/1978; Ribeiro, 1 9 8 8 ; M e - u s o d e r e g r a s c o m o f o r m a d e intervenção, contingências q u e o p e r a m s o b r e o com-
dciroí. 2 0 0 2 a : I M e d e i r o s , 2002b). e l e s tarnliém têm l i d a r c o m o s e f e i t o s c c i l a - portamento descrito n a regra o u fazer
Por que as pessoas m u d a m o jeito de pensar
O : - i s o d e r e g i a s n a clínica é u m a t e r a i s d o u s o d a p u n i ç ã o n a clínica ( F e r s - (falar) sobre um assunto e m suas vidas e não se c o m q u e o cliente as m o d i f i q u e . Semus;ir,
dcfrs. ter e tal., 1 9 6 8 / 1 9 7 7 ; M o r e i r a e M e d e i r o s . c o m p o r t a m de acordo c o m esse novo jeito? e n t r e t t m t o , r e g r a s p a r a levá-lo a f a z e r i s s o .
2 0 0 7 ; S i d m a n , 1 9 8 9 / 1 9 9 5 . V e r também o
O'iaiido os pais mandam os fdbos
capítulo d c A h ' e s e I s i d r o - M . a r i n h o ) .
t:snij:i: (íaiCL q u e s e j a i i t alguéin n a v i d a A Análise d o C o m p i o r t c r r i e n t o o f e r e - O U T R A S DISCUSSÕES ACERCA D O

ou rirnimar o quarto para encontrarem (c) Resistência: m u i t o s clientes rea- ce a l g u m a s respostas, e a p r i n c i p a l delas USO D E REGRAS . _

l i s s u a s c o i s a s , estão f o r m u l a n d o r e g r a . . . g e m d e f o r m a agressiva cjuando é a d e q u e falar sobre o comp.ortamento A i n d a s o b r a r a m a l g u n s tópicos s o b r e o


t . o m c e l e : r c : : i g c i R q u a n d o s e u s f i U i o s não lhes d i z e m o q u eiazer. Muitos e c i r i i t i l o são p o s h r r a s d i s d n t a s s o b c o n - u s o d e r e g r a s n a clínica c u j u discussàc' é
•!:• s e g u e m ? P r o v a v e l m e n t e , administrarão deles consideram a situação d i t r o l e , d c contingências d i f e r e r i t e s (Btium, válida.
oigun reforço n e g a t i v o (estímulo a v e r s i - controle como extreinamenti 1994/1999). Logo, não b a s t a apenas
aversiva e ultrajante. M u i t a s re- 7 . Qíuiis seriavi as condições especiais em
v o ) , c o m o u m a repreensão v e r b a l o u m e s - descrever o comportamento, identificar
gras precisas, às c | u a i s o s c l i e n t e s que se pode fornecer regras aos ciienles'-'
mo corj.iotal. C o m base nesse histrjrico s u a s variáveis c o n t r o l a d o r a s e especificar
precisam t e r acesso, são recha Ao mesmo t e m p o e m q u e o u s oc o -
c o c a u m f i m u i t a s p e s s o a s , a emissão d e r e - a s consequências d e n o v o s c u r s o s d e ação
çadas simplesmente p o r terem medido d e regras parece apropriado n a
g r a s ê a c o m p a n h a d a p e l e i reforço n e g a t i v o p a r a q u e o c o m p o r t a m e n t o m u d e . É es-
sido emitidas p o r outra pessoa. maioria d o scasos, a psicoterapia an,:il!-
p-u-a o s e u s e g u i m e n t o a p l i c a d o p o r q u e m s e n c i a l cjué s t m o d i f i q u e m a s s u a s contíii-
iMesscs casos, é m u i t o mais.iltil rico-comportamental preconiza a abor-
emite a rcgta. B a u m (1994/1999) sus- gêneias m a n t e n e d o r a s .
levar o cliente a f o r m u l a r ; i regra d a g e m idiográfica a o a d a p l a r p o s t u r a s e
t e n t a q u e o s e g u i m e n t o d a r e g r a está s o b Q u a n t a s v e z e s alguém p r o m e t e parar
P a r a i l u s t r a r e s s e p o n t o , é possí- p r o c e d i m e n t o s p a r a c a d a c a i ' 0 espccíGc.e
. - o n t r o i c ( h l . contingência p r ó x i m a . O p r r ) - d e b e b e r após a c o r d a r d e r e s s a c a ? Além
vel hiiaginar u m a situação e m P a r a a l g u n s c l i e n t e s , t a l v e z s e j a necessánu
I n c m n c r j u c a conringência p r ó x i m a p o d e de p r o m e t e r parar d e beber, essa pessoa
q u e alguém p r o p õ e u m a i d e i a c f o r n e c e r r e g r a s , n e m i^tie s e j a e m u m a fase
i c m e e t a t fi i i r o b a b i h d a d e d eu m segundo fornece muitos argumentos embasando a
a pessoa concorda. ) i mo u t r a si inicial d a terapia. M u i t o s clientes apre-
-omp vriarnento, o derelataro seguimento s u a resohição, d o t i p o : "hão c o m b i n a c o -
t u a ç ã o , a prój^iia p e s s o a propõe sentam repertórios m u i t o hraitados dc
íia i c , c r a . m e s m o c p i a n d o n ã o f o i s e g u i d a , m i g o e s s e t i p o d e c o m p o r t a m e n t o " ; "não
a ideia. E mqual d a sduas situa- observação e descrição d c contingências.
l i s s c c o m p o r t a m e n t o , também chamado fica b e m p a r a alguém d a m i n h a p o s i ç ã o
ções a d e f e s a d a i d e i a será m a i s Indepciidentenienle d a etiologia' dessa
dc tato distorcido, funciona c o m o u m a s e e m b r i a g a r " ; " f a z m a l p a r a m i n h a saú-
íipaixonada? Provavelmente n a f a l t a d e repertório, o u s o d c r e g r a s pode
c-;pc-cie d e c o n t r a c o n t r o l e v e r b a l (Ferstcr, d e " ; " o p r a z e r d e b e b e r não c o m p e n s a o
segunda, o useja. as pessoas ten- ser necessário, p r i n c i p a l m e n t e , quando
'..clbensou e Boren, 1968/1977; Moreira s o f r i m e n t o d od i aseguinte", etc.A ticspei-
dem a d e f e n d e r m a i s a s próprias se t e m p o u c o tempo para esrabelccé-Iu
c Metleiros, 2007; Sidman, 1989/1995). to d e t o d a e s s a mudança d e p e n s a m e n t o ,
ideias d o q u e as d a soutras pes- ( c o m o e m clínicas-escola,-em q u e o t n m i -
Ne) c o n t e x t o clínico, i s s o é especudmente n a s e m a n a s e g u i n t e , é m u i t o provável q u e
soas, rae,smo queconcordem c o m mento costuma d u r a r cerca d e 3 meses).
i^iubicniático, jír q u e o t e r a p e u t a n ã o t e m o comportamento debeber ocorra nova-
e l a s . A o l e v a r o próprio c l i e n t e a A i n d a assim, é f u n d a m e n t a l levar o cliente
m i ' ! o s d e v e r i f i c a r s e a r e g r a f o i o u não m e n t e d i a n t e d e c o n d i ç õ e s favoráveis. I s s o
formular u m a autorregra, a pro- a c o m p r e e n d e r a r e g r a e q i u i i s consequên-
s e g u i d a : l o g o , p o d e reforçar o r e l a t o d o s e dá p e l o f a t o d e q u e o c o m p o r t a m e n t o
babilidade d e ele segui-la é m u i t o c i a s s ã o prováveis a p a r t i r d o s e u s e g u i -
s e g u i m e n t o e não o s e g u i i n e n t o d a r e g r a de einitir tais a r g u m e n t o s ocorre e m u m
m a i o r , (^abe a o terapeuta apenas m e n t o , a o invés d e m e r a m c m e se d i z e r o
em si. conjunto d e condições d i f e r e n t e d a s d o
c r i a r condições p a r a q u e o c h e n t e que o cliente deve fazer. A o m e s m o tem-
R e s u m i n d o , m u i t o s clientes p o d e m re- c o m p o r t a m e n t o d e b e b e r . N ã o há dúvi-
fornmle a autorregra e para q u e po, o u s o d eregras deve servir c o m o pon-
littir q u e s e g u i r a m as regras m e s m o s e m das d e q u e regras o u autorregras exercem
consiga segui-la. to d e p a r t i d a para q u e o cliente passe a
t u - i a s . s e g u i d o , c o m o f o r m a d e e v i t a r eríti- c o n t r o l e s o b r e o c o m p o r t a m e n t o . Porém,
o b s e i - v a r a importância d a s consequências
ca.i e m c o m o f o r m a d e d e r e c e b e r reforços (d) Corresi>ondência entre dizer e fa- esse controle é m e r a m e n t e d i s c r i m i n a t i v o
positivos. P . m . o u t r a s palavras, a o d a rre- zer: outro p o n t o a se considerar, e não c a u s a l (Skinner, 1 9 6 9 / 1 9 8 4 ) . O u
.As o-i:;e;is podem ser ,as roais diversas, co:;e:' i-is-
g r a s , (1 t e r a p e u t a a u m e n t a a p r o b a b i l i d a d e talvez o iTiais i m p o r t a n t e d e t o d o s , s e j a , r e g r a s não c a u s a m a ocorrência o u
tórico de desimtriçãe da infância, falia de trem,-), eso
de e eiiiinte m e n t i r , o u seja, e m i t i r tatos é o fato d e q u e a o se modificar o n ã o ocorrência d o s c o m p o r t a m e n t o s p e r - prolongado de drogas, etc.
m Ana Karina C . R. de-Farias e Coís. A n a l i s e C o p n p o r t a i n e n t a i C.iieil,.& ÍO?

d o c o m p o i t a r a e n t o p a r a s u a s ocorrências zer para o cliente fazer a q u e ele escolheu, T: Q u e b o m qxie deu certo! Q u e efeito T : E x i s t e m várias o u t r a s a t i v i d a d e s q u e
íiUruas. N a mecíida e m q u e o c l i e n t e p r o - e , s i m , a p e n a s reforçar q u a n d o o c l i e n t e t e m e m você o t e r n p o o c i o s o V você p o d e r i a r e a h z a r , j i o r e . v . i m p l o
. g r i d e q u a n t o a o s repertórios d e a u t o - o b - começar a fazê-la. O e x e m p l o a b a i x o p o d e íjoya, hidroginástica, v i o l a r ) , t r a h a i i j o s
C : É... Não c o s n i m a m e f a z e r m u i t o
servaçâo e d e autodeserição, o t e r a p e u t a i l u s t r a r e s s a situação. voluntários, t e a t r o , p i n n i r a , ténis...
b e m . E u começo a p e n s a r naquelas
p o d e c o m e ç a r a r c t i t a r . i s r e g r a s e levá-lo
M a t i a , 2 7 ,s e m p r e se q u e i x o u d e tra- coisas que m e entristecem. M a s tra- C: E vcidade, e u sempre quis fazer
a e m i t i r a u t o r r e g r a s , a p e n a s reforçando-as
balhar e m demasia. A o m e s m o tempo, balhar 8 horas p a r a m i m estava h o r - violão. E u s e m p r e q u i s t o c a r . A c i i o tão
diferencialnicute.
r e l a t a q u e seu t r a b a l h o é m u i t o esttes- rível, r e a l m e i r t e e u e s t a v a p r e c i s a n d o bonito.
E m casos d e encerramento d a terapia,
sante, apesar d e prazeroso. Sempre desacelerar. M a s ficar s e m fazer n a d a
o t e r a p e u t a tarabéin p o d e t n s t n j i t o c l i e n t e T: E u também a c h o . Mas e aí, ep.-ie
foi m u i t o dedicada a o sestudos e a o n u n c a m efez m u i t o b e m . T e n h o que
acerca d e q u a i s p o n t o s a i n d a p r e c i s a m ser e s t i l o m u s i c a l você g o s t a r i a d e a p r e n -
trabalho. Seus pais sempre valoriza- o c u p a r a cabeça c o m a l g u m a c o i s a .
trabalhados. Nesse contexto, o terapeuta der?
p o d e d e v o l v e r a s s u a s anáhses f u n c i o n a i s r a m m u i t o esses a s p e c t o s e m s u a v i d a , T : F a zs e n t i d o ' . Q u e t i p o d e coisas
m u i t o mais d o que o sucesso e m sua você p o d e r i a f a z e r p a r a o c u p a r a s u a C ; Não sei. A c h o q u e u m p o u c o d e
e m termos d e regras para que o chente
p o s s a t e n t a r o p e r a r n o s e u a m b i e n t e após v i d a p e s s o a l . D e f a t o , M a r i a só t e v e cabeça, além d e l e r e v e r televisão c o m t u d o . M a s o cjue e u g o s t o m e s m o e
a tctapia. u m n a m o r o d e d o i s a n o s , e m q u e não seus pais? d e JMPB. P a r a m i m , é o e s t i l o q u e fica
t e v e relações s e x u a i s . S u a s p a q u e r a s m a i s b a c a n a t r o violão, fá p c i . t o u e u
R e g r a s também p o d e m s e r u t i l i z a d a s C ; Não sei. T a l v e z c a m i n h a r n o p a r -
raramente e r a m bem-sucedidas e qua- tocando Caetano, Gil, Ana t/u.-oii-
c o m o sugestões d e l e i t u r a s o u d e f i l m e s q u e . . . , m a s m e dá u m a preguiça... E u
se n u n c a u l t r a p a s s a v a m u m e n c o n t r o . na...
liara o cliente. O terapeuta p o d e sugerir sei q u e faria b e m p a r a m i m . A j u d a r i a
E l a n u n c a t e v e relações s e x u a i s , e o n s i -
que o cliente entre e m eontato c o m a l g u m a e m a g r e c e r . Q u a n d o e u c o m e ç o até T : É . . . b a c a n a . P a r a q u e m você g o s t a -
derando-se a n o r m a l p o r conta disso.
m a t e r i a l q u ê p o s s a s e r útil n o p r o c e s s o d e q u e m e d i v i r t o . O difícil é s a i r d e c a s a ria d e tocar?
Possui poucos amigos e passa a m a i o r
terapia. M u i t o s clientes s o l i c i t a m suges- p a r a c o m e ç a r . E u s e m p r e fico i n v e n -
p a r t e d o p o u c o t e m p o livre e m casa, C : P o d e ser p a r a m e u s pais, nifius a m i -
tões d e l e i t o r a e d e f i l m e s . P o r e x e m p l o , t a n d o d e s c u l p a s . D i g o q u e está m u i t o
l e n d o c a s s i s t i n d o televisão c o m o s gos...
p e i d e s e r ú t i r e i n c a s o s c o m questões d e q u e n t e q u a n d o está q u e n t e , q u e está
p a i s . A o l o n g o d a s u a história, n u n -
o r d e m sexual, p r i n c i p a l m e n t e d e v i d o ã fal- m u i t o f r i o q u a n d o está f r i o . D e i x o T : E aí, c o m o s e r i a p a r a você o s o u -
ca s e p e r m i t i u a t i v i d a d e s extraclasse
ta d e c o n h e c i m e n t o s acerca d o f u n c i o n a - p a r a amanhã, o u p a r a s e g u n d a - f e i r a tros lhe v e r e m tocar?
- s u a dedicação p a r a o s e s t u d o s s e m -
m e n t o d os i s t e m a . r e p i o d u t i v o , o t e r a p e u t a que n u n c a chega..,
p r e f o i máxima. D e s s e m o d o , M a r i a é E m princípio, f o r a m s u g e r i d a s ativi-
fornecer m a t e r i a l escrito i n f o t m a t i v o o u ,
m u i t o o r g u l h o s a d e seu d e s e m p e n h o T ; O q u e m , n i s além d e c a m i n h a r n o dades diversas. Q u a n d o a cliente escolhe
m e s m o , s u g e r i r q u e o próprio c l i e n t e e n -
escolar. N o e n t a n t o , queixa-se m u i t o parque? u m a delas, n o caso, aprender a tocar vio-
c o n t r e t a ! niíiterial.
de p e n s a m e n t o s intrusivos. Ela costu-
C: U m a amiga m i n h a m e chamou lão, o t e r a p e u t a começa a c o n v e r s a r COÍTI
Q u a n d o o c l i e n t e está c o m d i f i c u l d a - m a pensar e m s i m e s m a c o m o fracas-
p a r a f a z e r dança d e s a l ã o . . . j V I a s , f o r a ela sobre a s u a escolha d e f o r m a rcrori,a"
d e s d e e n c o n t r a r o u t r a s a t i v i d a d e s reforça- sada d op o n t o d e vista pessoal, que
isso, estou s e m ideias. dora, s e m sugerir dirctamente que a clien-
d o r a s , t a i s c o m i O hobhies e e s p o r t e s , o t e r a - n u n c a v a i e n c o n t r a r alguém q u e a a m e
peuta pode ajudar listando atividades que te realizie a a t i v i d a d e escolhida.
e que vai m o r r e r solteira. Seus pensa- T : D a n ç a d e salão é l e g a l . Além d a
o . / e n t e a i n d a não t e n h a c o n j e c t u r a d o . É E s s e s foraní a p e n a s a l g u n s exemplos
mentos e l i d a m diversos respondentes dança d e salão e c a m i n h a r n o p a r q u e ,
c o m u m o cliente reconhecer a necessidade de casos especiais e m que o uso d e regras
a v e r s i v o s , o s q u a i s só p a r a m q u a n d o o q u e m a i s você p o d e r i a f a z e r ?
d c s e e n g a j a r e r a o u t r a s a t i v i d a d e s além p o d e r i a s e r útil. D e q u a l q u e r f o r m a , exis
M a r i a ingere grandes quantidades d e
C ; Não c o n s i g o p e n s a r e m m u i t a c o i - tem outros,
das rotineiras. O ideal é q u e o terapeuta d o c e s . E s s e padrão a t e m d e i x a d o a c i -
o questione acerca de quais possibilidades s a . Às v e z e s , a c h o q u e n ã o m e i n t e r e s -
m a d o peso. 2 . Se a opção for por usar regras, q n a l a
já p e n s o u . A o p e r c e b e r q u e o c l i e n t e a p r e - so por nada.
melhor forma de apresentá-las ao cliente''
senta d i f i c i d d a d e s e m listar tais a t i v i d a d e s , S e m dúvida, e x i s t e m f o r m a s e fvirmiis
o terapeuta pode fornecer u m conjunto b i a i i t ê d e úm possível avanço, q u e f o i Essa consequÈncia apresentada pelo terapeuta, con-
tingente ao coniportaraento da cliente, é quesuonads
d e s e e m i t i r u m a r e g r a . O t e r a p e u t a dc\'u
dc atividades, d a s quais o chente pode a redução n a j o r n a d a d e t r a b a l h o d e M a r i a ,
como SE losse sua opinião. Por outro lado. neste caso, c o n s i d e r a r três p o n t o s n a h o r a d e d e c i d i r
e s c o l h e r a l g u m a s . Após o c h e n t e a p o n t a r p o r i n i c i a t i v a d e l a , o t e r a p e u t a começa a
o terapeuta está apenas reforçando positivamente de c o m o emiti-las: ( a )a p r o b a b i l i d a d e tie a s
as a t i v i d a d e s q u e a c h a m a i s interessante, t r a b a l h a r o a c e s s o a o u t r o s reforçadores: forma natmal uma análise feita peia cliente. Esse tipo m e s m a s s e r e m s e g u i d a s ; (b) o e f e i t o soiíre
o t e t a p c u t a p o d e questioná-lo a c e r c a d a s de reforçamento é essencial para que o cliente passe
C ; Até q u e e n i i m e o f i s e g u i m u d a r a o vínculo terapêutico e ( c ) o e f e i t o s o b r e
consequências d e f a z e r c a d a u m a d e l a s . a analisar o seu próprio comportamento ou a emitir
m i n h a jornada detrabalho para seis comportamentos dinicamente relevantes do tipo 3 -
e s s e c l i e n t e específico, o u s e j a , a f o r m a d e
P o r o u t r o l a d o . não c a b e a o t e r a [ i e u t a d i - emissão d a r e g r a d e v e s e r terapêutica p a r a
h o r a s diárias. C R B s 3 - (Kohleiíberg eTsai, 199 i/2001).
' ^-í. 'vfirlnLi C. R, de-Farias e Cols. Ariãlí.ie C o m p o r t a m e n t a l C ^ n i c r j 1,09

anteriores n a medida c mq u e o terapeuta cazes n o controlt: r i o c o m p o r t a m e n t o q u e CONSIDERAÇÕES F i M A l S


jciikè.. c l i c i M e e s p e c i f i c o . A l g u m a s I b r n i a s
l e v a a c l i e n t e a l e l l e t i r s o b r e a s consequên- reforçadores a t r t t s a d o s , .;\lém d i s s o , o c o r r - E s s e p e q u e n o capítulo t e v e c o m o obi';l.ivo
c'e S I ; cciiíii' a r e g r a p o d e m s e r m u i t o e f e t i -
cias d oseguivuciito d a regra; c e i t o d e c u s t o d a r e s p o s t a também é m u i t o d i s c u t i t a l g u m a s d a s implicações d o u s o
vaí" p ; u ; ; '; s e u s e g u i m e n t o , porém, p o d e m
coinjiíeeieier o v i n c u l o . A o m e s m o t e m - p e r t i n e n t e . D e a c o r d o c o m ÍCeller e S c h o e n - d e r e g r a s n a clínica. Além d i s s o , tramiiéin
T : Júlia, q u a i s , s e r i a t u o s e f e i t o s , e m feld, q u a n t o m a i o r o custo d a resposta,
p r s . c : , " i ( e m t o r m . i s qrienÉio têm inHuência se p o n d e r o u b r e v e m e n t e sobre e n i qcie
você e n o Fábio, c a s o você n ã o l i g u e m e n o r a s u a p r o b a b i l i d a d e d e ocorrência.
bolsiç o v m c u l o , m a s n ã o são l e r a p c u t i c a s condições d e v e - s e u t i l i z a r r e g i n s . como
m a i s para ele? A o s e a n a l i s a r a s intervenções b a s e a -
p.-usi a e | u c l e c a s o . formulá-las e q u a i s variáveis estão e n v o l -
sierahncntc, dcvem-se emitir regras d e Outra alternativa muito utilizada para das e m fornecer regras a o s clientes, é pos- v i d a s e m s e u u s o . D e f o r m a . - l i g u m a , esíi-
l e e . d o i|i.ie o s c l i e n t e s p o s s a m discordar se f o r m u l a r r e g r a s n at e r a p i a é o u s od e sível p e r c e b e r q u e e l t t - , c n v n l ' , ' e m r e s p o s t a s .capítulo s e p r o p ô s a e s g o t a r o as-iinto.
o u s n i * ; . : i - s e l i v r e s p a r a não s e g u i - l a s . P o r - deveres d e casa. A regra nesse caso é e m i - menos custosas e p r o d u z e m mudanças e , s i m , l e v a n t a r a l g u m ; - i s questões C U Í : Í C -
t n n i r i , i i';-r;i!i " i ; ' ; i t i d a s d e f o r m a i m p e r a t i v a tida c o m o u m atarefa para casa; no comportamento (quando produzem) rapeuias experientes e, p r i n c i p a l m e n t e ,
s?o a sn.cnos aconselháveis.Voltando a o d e f o r m a m a i s rápida. L e v a r o c l i e n t e a noceros d e v e m l e v a r e m consiueraçãc n o
T : B e m Júha, c o m b a s e n o s r e s u l t a d o s
e - , v ! . - m n ! o d o c a s o d c Júlia, a p r e s e n t a d o a n - e m i t i r a s próprias r e g r a s , c o m o e x e m p l i f i - m o m e n t o d e intervir.
q u e você m e r e l a t o u d a s ligações q u e
t e i i o r m e i i t c , siin e x e m p l o d e u m a r e g r a d e c a d o a n i t e r i o r m t t n t e , e x i g e u r a número d e
você f e z p a r a Fábio n e s s a s e m a n a , e u A argumentação f o i n o s e n t i d o d e d e -
l o r u ; a i m p o s i t i v a seria: falas n m i t o m a i o r p o r parte d o ter.apeu-
p e n s e i e m c o m o s e r i a p a r a você p a s s a r fender u m u s o mais c o m e d i d o d e regras
t a . Formulíir p e r g u n t a s a b e r t a s q u e l e v e m
T : \ ' o c c não p o d e m a i s l i g a r p a r a e l e ! u m a s e m a n a i n t e i t a setti ligar para ele. n a c l i n i c a , além d e s u g e r i r a l g u m a s alter-
0 cliente a refletir e chegar a f o r m u l a ras
V o u tepassar c o m o dever d ecasa ficar nativas a os e u u s o .M e s m o reconhecendo
regras planejadas pelo terapeuta émiúto
Regras cinitidas dessa f o r m a t e n d e m a
essa s e m a n a i n t e i r a s e m ligar p a r a ele. o caráter c o n t i - o v e r s o d o t e m a , é p r u d e n t e
trabalhoso. A i n d a ' ' f n a i s formulá-las a o
g c i a r T c s i s t c n c i ; i o u a c o m p i - o m e t e r o vín-
G o s t a r i a q u e você r e g i s t r a s s e o s rao- que, antes d ef o r m u l a r regras a o s e u clien-
m e s m o t e m p o c mq u e s e atenta à fala d o
culo. C a s o o cliente seja s u b m i s s o , como
mentoscmque esteve m a i s tentada a t e , o t e r a p e u t a l e v e e m consideração a d i s -
c l i e n t e . N ã o r e s t a dúvida, e s s e q u e s t i o n a -
o i i i . s i r a i l o , m e s m o q u e não r e s i s t a e s i g a
l i g a r e q u a i s eslratégitis u t i h z o u para cussão l e v , i n t a d a .
m e n t o c m u i t o m a i s c u s t o s o d oq u e f o r n e -
a regra, a f o r m a c o m o esta f o i apresentada
c o n s e g u i r ttão l i g a r O u t r o p o n t o q u e merece destaque refe-
c e r a r e g r a d e u m a v e z , além d é m a i s d e -
contribuir para q u e e l eeonttiiue a
m o r a d o . P r i n c i p a l m e n t e p o r q u e o cliente r e - s e á ênfase d a d a às a u t o r r e g r a s (aqueias
cm'lir comportamentos submissos. Além N o fim d a s c o n t a s , e s s e d e v e r d e c a s a
p o d e não f o r n e c e r a s r e s p o s t a s necessá- f o r m u l a d a s ] : ) e l o c l i e n t e ) a o invés c i e r e g r a s
disso, a regra d oe x e m p l o acima ép r o - e n v o h ' e u a m c s t n a r e g r a d o início; "não l i -
rias para o encadeamento d e pergunt:as impostas pelo terapeuta. D elato, quando
blemática p o r s e r implícita. O u s e j a , n ã o g u e m a i s p a r a e l e ! " . Porém, c o m o n ã o t e m
q u e permitirá q u e e l e c h e g u e a f o r m u l a r o cliente emite autorregras, algumas d a s
aiircsciila todos o s elementos d acontin- u m f o r m a t o imperativo, tende a gerar m e -
1 r e g r a . O repertório d e p e r g u n t a s desse desvantagens e x p l i c i t a d a s são u l t r a p a s s a -
gcricia. U m a alternativa m a i s interessante n o s resistência.
tipo d e m o r a a serestabelecido, o q u ere- d a s . P o r é m , t a l v e z a m a i o r limitação do
seria: O p o n t o negativo dessa abordagem
presenta u m a limitação p a r a terapeutas u s o d e r e g r a s n a clínica a i n d a contmua:
é o c l i e n t e p e r c e b e r a lãlti m a n i p u l a t i v a
T: liascarlo e m c o m o você s e s e n t e menos experientes. m u d a r o c o m p o r t a m e n t o v e r b a l não muóa
do terapeuta. Presumindo que o terapeu-
q u c i u d o l i g a p a r a Fábio. C o m o elea O u t r o p o n t o importante é o valor re- necessariamente o comportamento descri-
ta seja u m m o d e l o " para o s e u cliente, é
trai;j q u a n d o a t e n d e . C o , m o você s e forçador d e s e e s t a i - c e r t o s o b r e a l g o . I 3 e t o p o r e l e . I s t o é, o c l i e n t e p o d e m u i t o b e m
p e r i g o s o o c l i e n t e começar a e m i t i r falas
s e n t e q u a n d o c i e não a t e n d e e não r e - f a t o , é m u i t o reforçador p a r a o t e r a p e u t a f o r m u l a r u m a a u t o r r e g r a e, s i m p l e s m e n t e
m a n i p u l a t i v a s também.
t o r i e i a s s u a s hgações. E u m e p e r g u n - c o n s t a t a r q u e s u a s análises f u n c i o n a i s são n ã o s e g u i - l a . Além d i s s o , a s a u t o r r e g r a s
t o SC v a l e a p e n a l i g a r p a r a e l e . O q u e 3 . O que leva a um uso tão exagerado de também g e r a m i n s e n s i b i l i d a d e c o m o d e -
pertinentes a o caso. tjesse m o d o , o cliente
você a c h a ? regras como forma de intervenção se ele monstrara Catania e colaboradores (19íi2)
aceitar u m a regra fortalece o s c o m p o r t a -
apresenta tantos pontos negativos? e M a t t h e w s e colaboradores (1935), Para-
FsUt alternativa é inais vantajosa q u e mentos d o terapeuta d eemiti-la e d e ar-
A l g u m a s variáveis p a r e c e m estar rela- l e l a m e n t e a o s q u e s t i o n a m e n t o s q u e lce;t,n.
;i a n t e r i o r p o r s e r cxphcita, o u seja, p o r g u m e n t a r e m f a v o r d e s u a precisão. N e s s e
cionadas a i s s o . .\l p a r e c e s e r a os clientes a fornuiltu- autorregras, outros
a p r e s e n t a r 0 3 e l e m e n t o s d a contingência. m o m e n t o , o terapeuta deve assumir u m a
i m e d i a t i c i d a d e d a s consequências ( K e l l e r c procedimentos d e v e m ser utilizados p.ira
Além d i s s o , e l a é c o l o c a d a d e u m a f o r m a p o s t u r a c r i t i c a e m relação a o s e u t r a b a l h o
S c h o e n f e l d , 1 9 5 0 / 1 9 6 6 ) . N ã o h á dúvidas fazer c o m q u e o s clientes a sigam o u . m e s
qite a cliente é c o n s u l t a d a acerca dela, d e e q u e s t i o n a r q u e reforçadores c o n t r o l a m
d e q u e reforçadores i m e d i a t o s são m a i s e f i - mo, para modificai' diretamente o seu com-
m o d o q u e e l a t e m m a i s condições d e d i s - os seus c o m p o r t a m e n t o s d eterapeuta. A s
intervenções d e v e m t e r fins terapêuticos e p o r t a m e n t o . O u s o d a relação terapêutica
cordar d o terapeuta.
" P a r a u m a I c i l u r a iiitrodLiiêria a c e r c a d a a p r e n d i - p a r e c e u m a a l t e r n a t i v a útil p a r a i s s o . D c
n ã o s e r v i r p a r a p r o d u z i r reforçadores p a r a
Por f i m , existe u m aterceira ttlternati- z a g e m p o r observação d e m o d e l o s , v e j a B a l d v v i n e
o tertipeuta. acordo cora Ferster (1972), o s compcrta-
v a q u e p a r e c e ttrais a p r o p r i a d a d o q u ea s B a l d w i n (1.989).
IIC Ana Karina C . R. de-har;as e COÍS,

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p i d o s p o d e m s e r d e s a s t r o s a s o u , n o mí- Conte, M . D-^íitii, M . Z . da S. B r a n d ã o , P R .
Derdyk, R . R . Kerbaiiy, R . C . Wielennlca, l í .
nimo, ineficazes. O c a m i n h o mais longo
A. Banaco, R . Starling, trads.). Santo Andre-.
pode produzir melhores resultados. Cabe
ESETfec.
a o t e r a p e u t a c r i a r condições p a r a q u e o
Matthews, B, A . . C a l u n i a , A . C , & Shinioff, K . T .
c l i e n t e r e s o l v a o s s e u s p r o b l e m a s , e não
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resolvêlos p o r e i e . vior on nonverbal responding: Contingencv
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