Você está na página 1de 3

UFG/FACE/CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL II

PROF. JOHNNY JORGE DE OLIVEIRA

Balanço Orçamentário - Análise da Demonstração

Índices relacionados ao desempenho da execução orçamentária da receita e da despesa

Balanço orçamentário contendo a aprovação e a execução orçamentária

Quadro 1

RECEITA DESPESA
TÍTULOS Previsão Execução TÍTULOS Fixação Execução
Receitas 300.000 350.000 Despesas 250.000 250.000
correntes Corrente
Tributária 150.000 200.000 Pessoal 200.000 190.000
Patrimoniais 50.000 30.000 Juros 50.000 60.000
Contribuições 100.000 120.000
Receitas de 200.000 175.000 Despesas de 250.000 200,000
Capital Capital
Operações de 150.000 100.000 Investimentos 125.000 100.000
Crédito
Alienação de 50.000 75.000 Amortização 125.000 100.000
bens da dívida
SOMA 500.000 525.000 SOMA 500.000 450.000

Índices da execução orçamentária

Quadro 2

Fórmula Análise
Receita executada – Despesa executada Resultado orçamentário > 0 = superávit
orçamentário
Resultado orçamentário < 0 = déficit
orçamentário
Receita corrente executada – despesa Se > 0 = superávit corrente
corrente executada Se < 0 = déficit corrente
Receita de capital executada – despesa de Se > 0 = superávit de capital
capital executada Se < 0 = déficit de capital
Receita executada – receita prevista Se < 0 = insuficiência de arrecadação
Se > 0 = excesso de arrecadação
Despesa executada – despesa fixada Se < 0 = economia de despesa
Se > 0 = excesso de gastos
Exercício 1

- Aplicar e interpretar os índices de execução orçamentária.

Capitalização, Regra de ouro e endividamento

Suponha o Balanço Orçamentário contendo a aprovação orçamentária como no quadro 1.

Observa-se que a partir do orçamento aprovado, ainda sem execução, é possível iniciar a
análise dos seguintes índices: capitalização, cumprimento da regra de ouro e endividamento.

CAPITALIZAÇÃO

Mede a relação entre todas as receitas de capital e todas as despesas de capital. Assim, tem-se
a seguinte relação:

- Relação: receita de capital > despesa de capital ou receita corrente < despesa corrente

Análise: descapitalização. Isso acarreta que está se usando receitas de capital para pagar
despesas correntes. Situação indesejável.

- Relação: receita de capital <despesa de capital ou receita corrente > despesa corrente

Análise: capitalização. Isso acarreta que está se usando receitas correntes para pagar despesas
de capital. Situação desejável.

Exercício 2

- Aplicar a fórmula e interpretar os dados fornecidos no quadro 1.

REGRA DE OURO

Segundo o art. 167, inciso III, da Constituição federal, é vedada a realização de operações de
crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo
por maioria absoluta. Observar, também, os artigos 35, 36 e 44 da LRF.

Desse modo, o total das operações de crédito deve ser menor ou igual ao total de todas as
despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida). Ressalta-se
que as operações de créditos correspondem a um dos tipos das receitas de capital (operações
de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital, outras
receitas de capital).

- Relação: operação de crédito > despesas de capital

Análise regra desobedecida. Situação indesejável. Neste caso, será necessária autorização da
maioria absoluta do Legislativo.

- Relação: operação de crédito ≤ despesas de capital


Análise: regra obedecida. Situação desejável.

Exercício 3

- Aplicar a fórmula e interpretar os dados fornecidos no quadro 1.

ENDIVIDAMENTO

Mede a relação entre as operações de créditos (um dos tipos de receitas de capital) e a
amortização da dívida (uma das despesas de capital).

- Relação: operações de crédito > amortização da dívida

Análise: aumento do endividamento. Situação indesejável

- Relação: operações de crédito < amortização da dívida

Análise: diminuição do endividamento. Situação desejável

Exercício 4

- Aplicar a fórmula e interpretar os dados fornecidos no quadro 1.

Você também pode gostar