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Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs e Classes
Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de Educação e com
Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a 2011, as matrículas
do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado, presencial e a distância)
evoluíssem de 92.578 para 162.105. Em 2017, no segundo semestre, somam 186.564.
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
Luiz Antonio Tozi
REALIZAÇÃO
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Coordenador
Almério Melquíades de Araújo
Parecer Técnico
Roseli Sanches Hausch
Revisão de Texto
Contexto Comunicação
Este material está organizado a partir de atividades que integram formação teó-
rica e prática, em função das capacidades profissionais que propõe desenvolver.
Trata-se de um importante instrumento de flexibilização do itinerário profissio-
nal, incorporando a ele expedientes de organização de serviços à mesa.
Bruna Fiore
Professora e coordenadora de projetos do Eixo
Tecnológico de Turismo, Hospitalidade e Lazer
Cetec - 2018
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
MÓDULO 1 – TIPOS DE ENCONTRO À MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
MÓDULO 2 – PLANO DE MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
MÓDULO 3 – SERVIÇOS À MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
MÓDULO 4 – ORDEM DE ENTRADA DOS PRATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
MÓDULO 5 – TAÇAS E COPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
MÓDULO 6 – TALHERES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
MÓDULO 7 – GUARDANAPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
MÓDULO 8 – JOGO AMERICANO OU TOALHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
MÓDULO 9 – DECORAÇÃO DE MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
MÓDULO 10 – ACESSÓRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
MÓDULO 11 – VINHOS E ESPUMANTES: COMO GELAR? . . . . . . . . . . . . . . . 27
MÓDULO 12 – SOBREMESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
MÓDULO 13 – CAFÉ E LICOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
MÓDULO 14 – CARDÁPIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
MÓDULO 15 – POSTURA E MESA POSTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
MÓDULO 16 – CONVERSA À MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
MÓDULO 17 – TIMING . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
MÓDULO 18 – STAFF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
MÓDULO 19 – CHECKLIST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
MÓDULO 20 – ARMADILHAS À MESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
MÓDULO 21 – MESAS E OCASIÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
MÓDULO 22 - ONZE PÉSSIMOS
HÁBITOS QUE DERRUBAM QUALQUER UM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
MÓDULO 23 – MESA: RESGATE OU MASSACRE ? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
MÓDULO 24 – ACERTE AS CONTAS COM O BUFÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
MÓDULO 25 – AZEITE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
MÓDULO 26 – GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
MÓDULO 1 – TIPOS DE ENCONTRO À MESA
Se antes eram obrigatórios longos almoços em restaurantes com serviços elabo-
rados, hoje esses encontros tornaram-se mais objetivos e dinâmicos. É bom estar
atento a essas mudanças para não sair do tom.
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ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Cardápio leve. Se antes era bacana oferecer a seu cliente um almoço farto, com
entrada, primeiro prato e sobremesa, hoje ninguém aguenta comer tanto e vol-
tar a trabalhar.
O ideal é pedir uma ou duas entradas para toda a mesa, e pedir apenas mais um
prato depois.
Quem paga a conta. Ainda vale a tradição de que quem convida paga, pelo me-
nos no primeiro encontro. Mas nada de discutir ou de insistir demais para pa-
gar ou para dividir. Aceite o convite com graça e lembre-se de retribuir. Simples
assim.
MÓDULO 2 – PLANO DE MESA
Pode parecer antiquado, mas um bom plano de mesa – ou seja, uma indicação
adequada dos lugares dos convidados – continua sendo importante no mundo
dos negócios, onde existe uma hierarquia e um jogo de interesses a serem
observados.
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O plano de mesa pode ser feito pelo anfitrião na hora, de maneira informal, ou
por pequenos prismas de papel colocados à frente de cada lugar. Em reuniões
sociais, é possível até colocar uma foto do convidado no prisma de papel indicando
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ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
b) andar em torno da mesa e, quando lhe indicarem onde deve sentar, res-
ponder “Oh, não, não pode ser” e se posicionar atrás da cadeira no lugar cor-
reto. Em geral a anfitriã pede desculpas e o muda de lugar.
c) aceitar o erro, mas não tocar na comida – e voltar para casa logo após ela
ser servida.
Nos dias de hoje, essas regras ficaram um pouquinho mais flexíveis. Mas mes-
mo no Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, não é incomum um
empresário ou um político influente perguntarem onde irá se sentar antes de
confirmar sua presença no evento.
Atente para isso, pois, além de não ser complicado, pode garantir um bom retor-
no e a satisfação de seus parceiros de negócios.
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Há várias formas de ser servir uma refeição, e o critério para escolhê-la pode ser:
1. Espaço
2. Número de convidados
3. Apoio (ou staff )
4. Informalidade ou não dos convidados
5. Tempo (a mesa francesa demora mais do que a americana, por exemplo)
6. Cardápio (um cardápio com poucos pratos colocado todo na mesa, como
no serviço à brasileira, parece mais farto do que um com mais pratos ser-
vido à francesa, por exemplo)
Tipo de serviço informal, que pode ser usado quando não há espaço para receber
todos sentados. Encoste a mesa em uma parede para aumentar a área de circula-
ção ou use um aparador. Dê preferência a uma toalha lisa ou de renda branca. Se
usar estampas, prefira tons suaves.
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Numa das extremidades, coloque pilhas de no máximo dez pratos, junto dos
guardanapos. Na outra extremidade, disponibilize os talheres: facas acima, gar-
fos abaixo. O espaço central é reservado às travessas.
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Os pratos devem ser servidos pelos empregados, pelo lado esquerdo, para que
os convidados se sirvam. A entrada e a sopa não são servidas uma única vez. Os
pratos principais e o segundo prato devem ser passados duas vezes.
Conforme o jantar avança, os pratos devem ser retirados pelo lado direito.
Jantar franco-americano
16 Serviço empratado
Serviço à brasileira
Sendo assim, uma refeição pode ter até dez fases, se considerarmos as etapas do
café e licores digestivos:
1. Entrada fria (ou, no inverno, sopa/caldo quente)
2. Primeiro prato (massas ou outro a base de carboidratos, como risotos)
3. Segundo prato (carne acompanhada de legumes e/ou saladas)
4. Peixe com acompanhamento (opcional, se já tiver sido servida carne)
5. Queijos com frutas secas e/ou geleias 17
6. Sorbet (para preparar o paladar para a sobremesa)
Mas também é perfeitamente possível fazer um bom serviço de mesa com me-
nos etapas, eliminando, por exemplo, a entrada, os queijos e o sorbet, e resumin-
do a refeição a sete cursos.
MÓDULO 5 – TAÇAS E COPOS
COMO FAZER UM BONITO MIX DE TAÇAS
Muita gente pergunta se não tem problema misturar jogos diferentes de taças a
18 mesa. Veja as fotos acima: a taça de água é colorida, e a de vinho, conforme orien-
tam os entendidos em vinho, é transparente, para perceber melhor a cor da be-
bida. No entanto, reparem que o modelo é muito similar, conferindo harmonia
ao conjunto. Já o jogo de taças abaixo é diferente na estampa e igual na cor.
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Aliás, o material, quando estamos falando de taças, é importante: para água e vi-
nhos, o ideal é usar vidro ou cristal. Não é frescura: é uma questão de peso e tato
que, nesses materiais, fica mais agradável, além de não deixar odores residuais
depois de usados.
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Usá-los virados para baixo sem que se tenha um detalhe como esse para exibir
pode ser considerado uma atitude no mínimo pernóstica. Atenção: melhor colo-
car os talheres virados para cima, ok?
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ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
MÓDULO 7 – GUARDANAPOS
Um toque especial em sua mesa
Onde ele deve ficar? De papel ou de pano, o guardanapo deve ser sempre colo-
cado à direita do prato. Dentro do copo e sobre o prato é a prática mais usada em
bufês comerciais. E dobraduras do tipo “escultura” só mesmo em grandes festas.
No colo ou na coxa? Guardanapo de papel não se põe no colo nem se abre. Fica
sobre a mesa naturalmente. Já os de pano devem ser desdobrados e colocados
no colo.
Não deixe marcas. Sempre limpe a boca antes de tomar água ou vinho para não
deixar aquela marca de gordura no copo e embaçá-lo.
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Nada elegante. Ao contrário do que muita gente imagina, guardanapo de papel
para batom é horrível de qualquer jeito! Em casa, use de papel ou pano, mas nun-
ca os dois ao mesmo tempo. Assuma o de papel ou conforme-se com precisar
Sem frescura. Como usar? Não se esfrega o guardanapo na boca, bastam umas
batidinhas para absorver a gordura. Não precisa fazer careta para usar só a pon-
tinha. Seja natural.
Água e lixo. Os de pano podem ser usados pelo menos duas vezes, antes de
lavar. Mas para isso é preciso que não estejam muito marcados e sujos. Já os de
papel, são descartáveis.
Há quem ache que os jogos americanos são mais informais. Eles podem ser en-
contrados em todo tipo de material, dos mais elegantes, como rendas e crochês,
até os reciclados, como papel tratado e cortiça.
Mais tradicionais, as toalhas hoje são mais fáceis de manter, lavar e passar. Há
inclusive as de tecido tratado, que não mancham.
Assim, o que vai orientar a escolha é o gosto pessoal e, muitas vezes, o tampo
de mesa – uma vez que tampos de madeira mais nobre ou de mármore podem
ser valorizados com um bonito jogo americano, que deixe a superfície aparente.
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ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
O mesmo vale para toalhas, mas, como elas cobrem toda a superfície, acabam
dando uma aparência de maior unidade e permitem o uso de jogos de porcelana 23
mais trabalhados.
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dendo receber flores ou mesmo fruteiras, que também têm uma utilidade. Evite
exageros, como presentinhos, enfeites, fitas ou barbantes (como o da foto acima,
à esquerda), que depois ficam jogados sobre a mesa, poluindo o visual. Se não
tem utilidade imediata naquela refeição, procure não usar.
Objetos que servem apenas para enfeitar ocupam espaço e podem poluir o visual da
mesa. Compare essas duas mesas: qual faz melhor uso dos enfeites?
MÓDULO 10 – ACESSÓRIOS
JANTARES INFORMAIS – PRISMAS E CARTÕES
Em um jantar ou almoço na sua casa, a partir de dez pessoas, você já pode usar
prismas. Mas, por favor, escritos à mão! Aliás, essa é a regra para todo tipo de
jantar: dos informais, aos de negócios, na empresa e até o oficial, protocolar. Sabe 25
por quê? Porque escrever à mão, além de ser mais elegante e personalizado
(mostra que a anfitriã ou o anfitrião ocupou-se pessoalmente de cada cartão),
facilita alguma mudança ou substituição de última hora. O que já não acontece
Os prismas sempre agradam, porque eles mostram aos convidados como você
pensou em cada um deles e o capricho com que organizou o evento. Longe de
ser uma frescura, a designação de um lugar ao lado desta ou daquela pessoa faz
seu convidado se sentir prestigiado, pois poderá ter mais afinidade com os con-
vivas e desfrutar melhor de tudo.
Material e formato. Os prismas, tanto da mesa quanto dos lugares individuais
à mesa, podem ser feitos em um papel cartão um pouco mais encorpado. Os
individuais são dobrados ao meio para que se sustentem em frente ao prato de
cada um dos convidados.
Álcool na água. O álcool ajuda a manter a temperatura no balde mais baixa. Mas
não se engane: para o gelo fazer efeito, adicione bastante água ao balde, para 27
que todo aquele frio envolva a garrafa e aja mais rápido.
Espere 8 minutos ou mais para servir. Não tenha pressa, coloque as bebidas
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Para não errar. Faça com que o café chegue à mesa rapidinho, logo depois de
servida a sobremesa ou o doce. Deixe no jeito as xícaras na bandeja, e, se não for
30 expresso, no momento da sobremesa já coloque a chaleira com água na quanti-
dade certa e prepare o coador.
Cardápio Físico. É importante definir se você vai usar um cardápio físico sobre a
mesa. Nesse caso, evite colocá-lo sobre o prato, como na foto acima. Lembre que,
além de informar, o cardápio pode ser um elemento decorativo. Se for usá-lo,
é preciso imprimir, no caso de uma mesa longa e retangular, cópias o suficiente
para colocar uma a cada dois lugares.
Formato. O cardápio mais usado é o retangular, vertical e duplo, para poder se
sustentar semiaberto. Na capa pode haver uma alusão ao evento, como o logoti-
po da empresa ou as iniciais dos anfitriões.
Com serviço à francesa (como na foto acima), quando são poucos convidados (até doze e, nesse caso, recomendam-se
dois garçons para agilizar o serviço), a dona ou o dono da casa instrui para que passem uma segunda vez as travessas.
34 Em geral, passa-se uma segunda vez apenas o prato principal, e não a entrada.
Mas não é regra e nada impede que se passem todos os pratos duas vezes.
passe à próxima etapa: “Alguém quer mais um pouco do ravióli?” ou o que estiver
sendo servido.
Mas, quer saber? Tudo o que falamos aqui está correto, mas, de verdade, exceto
em banquetes oficiais de Estado, você sempre – sempre mesmo – pode pedir
para repetir o que achar gostoso, e mais de uma vez. Para qualquer anfitrião, esse
é um dos maiores prazeres de se receber a mesa. Bom apetite!
MÓDULO 16 – CONVERSA À MESA
Embora nem toda mesa tenha a formalidade desta ao lado, da série inglesa
Downton Abbey, ainda assim é preciso cuidado. Quem está à mesa não pode
sair a qualquer hora. Convém ter um certo traquejo para a conversa fluir de forma
agradável e eficiente. Esse tipo de atenção é essencial se você quiser deixar uma
boa impressão e ser convidado novamente.
Evite grudar em uma pessoa só (ou, pior ainda, na anfitriã ou no anfitrião) para
garantir que vai se enturmar noite afora. Ela ou ele tem mais o que fazer e outras
pessoas a quem dar atenção. Se você for do tipo extrovertido, pode se apresentar
e ajudar as outras pessoas a interagirem. Se for o caso, pode até se oferecer para
ajudar em alguma coisa referente ao serviço.
Atrasos. Ainda que algum convidado não tenha chegado, sirva o jantar ou almoço
rigorosamente uma hora e meia depois da hora marcada. Mais do que isso pode ser
considerado falta de consideração para com os que chegaram no horário.
Depois que você servir primeiro prato, segundo prato e sobremesa, é superimpor-
tante que o cafezinho seja servido no máximo 15 minutos depois da sobremesa.
O ideal mesmo é que ele chegue em seguida. Assim, já deixe tudo preparado na
cozinha: bandeja, xícaras, cafeteria, água para ferver. Desse modo, você vai servir
o café logo após a sobremesa, fechando com chave de ouro a refeição.
Serviço de apoio (limpeza). Também chegam em grupos, alguns por meios pró-
prios. São conduzidos ao vestiário para colocar o uniforme e, depois, recebem
seus equipamentos de trabalho (vassouras, carrinhos de lixo, panos etc.).
MÓDULO 19 – CHECKLIST
ALÉM DA MESA POSTA E DA DECORAÇÃO
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Certo – É mais fácil do que parece: Se você adora comer frango com a mão, não
peça. À passarinho então, esqueça. Ou aprenda a comer com garfo e faca (garfo
na esquerda e faca na direita), separando delicadamente a carne do osso.
Certo – Puxar poucos fios para a borda do prato, firmar o garfo na vertical e girar
até enrolar uma porção média que dê para abocanhar firmemente e morder para
cortar o fio. Se for com molho, dependendo do restaurante, dá para proteger a
roupa com o guardanapo junto a gola ou colarinho.
Errado – Chupar os fios. Além de fazer barulho, você corre o risco de sujar a rou-
pa. Também não se deve cortar os fios: é um sacrilégio ante os chefs. E pedir uma
colher para ajudar a enrolar só vai complicar sua vida. Que tal pedir um nhoque
ou outra massa mais compacta?
Alfaces, folhas e cia.
Certo – Cortar em dois para facilitar o manuseio e dobrar usando o garfo como
eixo e a faca para a manobra. Muito mais fácil do que comê-las picadas, espa-
lhando-as pelo prato.
Errado – Picar, pois ficam difíceis de espetar. Se tentar comer inteiras, provavel-
mente fará com que o azeite escorra queixo abaixo.
Errado – Abaixar sobre o prato com a mão na frente, como se fosse cuspir (o ges-
to é feio e desnecessário) ou tentar equilibrá-las no garfo, para com ele depositá-
-las no prato. É difícil e antinatural.
Certo – Quebrar lagostas com martelinho e separar a carne da casca com a fa-
quinha especial é a coisa mais normal do mundo em um país que tem os quilô-
metros de costa que nós temos. O problema é fazê-lo enquanto organizamos
as ideias para convencer um cliente sobre determinado assunto: fica mais difícil
e desvia a atenção do foco. O mesmo acontece com a pinça do esgargot – que 43
deve ser segurada com firmeza para não escapar. Ou com as ostras – igualmente
trabalhosas para comer. Se não for um craque no manuseio desses instrumentos,
evite pedir esses pratos. Se for inevitável, observe como fazem os outros e não
Errado – Tentar comer comidas especiais com os talheres normais. Além de não
dar certo, deixa claro seu pouco traquejo. Que não é um pecado. O que não dá é
fingir ser uma coisa que não somos.
MÓDULO 21 – MESAS E OCASIÕES
Mesas – escolha seu estilo e arrase!
A decoração da mesa não precisa ser luxuosa nem complicada, mas, sim, propor-
cionar o clima certo para seu evento. Veja a seguir quatro sugestões de mesas
originais e fáceis, e inspire-se para montar a que mais combina com você:
Mesa ao ar livre. Ideal se estiver pensando em fazer finger food (pratos para
comer com a mão). Comer ao ar livre é um luxo, ainda mais no nosso clima tro-
pical, em uma noite de verão. Vale montar a mesa na varanda, no jardim, em um
canto do quintal etc. Use e abuse de pratos de alturas diferentes para apresentar
os salgadinhos. Guardanapos de papel colorido e lisos dão um toque de alegria
e são práticos. Lance mão de flores grandes e exóticas como antúrios, estrelícias
e outras de uma haste só, que fazem vista em jarros grandes, com muito verde.
Mesa jovem combinada com bar. Se puder, invista e contrate um bar montável
com profissionais que preparam coquetéis e outros drinques. Se o forte forem as
caipirinhas e cervejas, não podemos nos esquecer de pensar em comidas mais
substanciosas, para contrabalançar o álcool. Porcelanas lisas, em até duas cores,
contrastando com um faqueiro em aço e taças coloridas dão um tom moderno.
Mesa clássica e romântica. Suavidade nos tons é o truque para dar mais classe
ainda a essa mesa. Flores amarelas e brancas ou mesmo rosa-chá e lilás são uma
44 boa pedida, bem como toalhas e/ou jogos americanos brancos, rosa claro ou cre-
me. Use traças transparentes, sem ostentar na cor ou extrapolar em acessórios.
Se usar rendas, mesmo que em detalhes, fica mais bonito ainda. E, no caso de
querer usar guardanapos de papel, prefira os estampados em prata ou dourado.
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Mesa família. Cores, acessórios divertidos, enfeites e muita comida fazem uma
mesa bem à moda brasileira. Se quiser, deixe lembrancinhas em cada lugar, car-
tões de mesa feitos em casa e até acessórios de presente, como porta-guardana-
pos e apoios de talher, para mostrar seu carinho por todos os que estão ali. Não
importa se o serviço é americano e todos vão se servir no bufê: deixe a mesa com
os lugares já colocados e apenas as travessas dispostas no aparador. Se coube-
rem todos, melhor: afinal, nada como uma dose extra de carinho e de capricho.
MÓDULO 22 - ONZE PÉSSIMOS HÁBITOS
QUE DERRUBAM QUALQUER UM
Duvida? Pois veja a lista abaixo com as queixas mais frequentes de dirigentes de
empresas, como diretores de RH e mesmo CEOs. Elas se repetem e mostram o
quanto estamos ficando cada vez mais deseducados e, pior, incomodando fami-
liares e colegas, e travando boas oportunidades de crescimento professional por
pura falta de atenção.
1. Limpar os dentes com o dedo. Horrível, né? Mas tem gente que faz isso
na mesa de trabalho. Uma vez, em um bom restaurante de Fortaleza, uma
senhora toda elegante foi vista passando fio dental à mesa e, depois, dei-
xou-o sobre o tampo, enquanto levantava e desfilava rumo a saída.
2. Sentar de perna aberta. É deselegante para homens e mulheres. Simples
assim. Antes de se sentar com aquela postura escancarada, pergunte-se,
afinal, quem precisa de tanta intimidade?
3. Coçar. Não só as partes íntimas – o que ainda é muito frequente – mas
coçar-se em público de forma geral é muito indelicado. 45
4. Pentear o cabelo na mesa. Tem quem faça e tem até quem coce a cabeça
Passamos pela nouvelle cuisine, com suas porções minúsculas, que mais pare-
ciam pinturas abstratas. Também passamos anos achando lindo saborear es-
puminhas apresentadas em colheres, da chamada gastronomia molecular, que
pulveriza alimentos em queimas e cozimentos a temperaturas altíssimas, até
transformá-los em espumas e em outras texturas.
O hábito de comer com as mãos voltou a ser bacana, com a volta da chamada fin-
ger food, que agrega vários elementos auxiliares, como guardanapos de papel,
pratos e copos descartáveis mais decorativos que os fabricados antigamente,
bem como talheres de plástico que imitam perfeitamente aço ou metal.
Nos anos de crise, no final do século XX, empresas de catering e bufês inventa-
ram as miniporções: assumidamente pequenas e servidas em todo tipo de re-
cipientes, também minúsculos, como utensílios de brinquedo para casinhas de
46 boneca. Tudo para economizar matéria-prima. Foi tendência por um tempo, mas
onerava por outro lado: esse expediente dá muito mais trabalho e exige mais
mão de obra, encarecendo o serviço.
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Surgiram então os food trucks, com enorme sucesso, para fazer companhia às mesas
comunitárias – as quais já haviam feito seu retorno a restaurantes desde os anos 80.
E, para provar que tudo na história são ciclos, o enólogo Carlos Cabral, em seu
livro “Mesas do Brasil”, traça uma ilustrativa e didática linha do tempo das mesas
e banquetes da diplomacia pelos palácios de governo de nosso país. Ao longo do
livro, encontramos imagens preciosas de banquetes e recepções oficiais ofereci-
das por nossos presidentes a outros chefes de Estado, e notamos que a mesa do
poder no Brasil acompanhava, com dignidade e bastante propriedade, as mesas
oficiais de outros lugares do mundo.
Ora, é natural o movimento para simplificar a mesa popular. Afinal, essa é a era
da informalidade. No entanto, em uma recepção oficial, onde a mesa é o mo-
mento de negociar com delicadeza e compartilhar momentos um pouco mais
descontraídos, é lamentável fazer com que convidados ilustres – e de cerimônia
– tenham de se levantar, interrompendo assim o fluxo da conversa ou de nego-
ciação, ou mesmo o envolvimento com o anfitrião, para se servir.
Se achar que determinada entrada está cara, sugira uma substituição mais em
conta. Se achar um exagero tantos quilos de soverte, discuta isso com o gerente.
Jamais, nunca mesmo, aceite um orçamento com os itens descritos “por alto” ou
com o total por pessoa.
Além do preço da comida, você deve observar os preços de cada item separada-
mente na hora de tratar do aluguel. Algo que faz a maior diferença são as cadei-
ras. O bufê pode apresentar uma conta de cadeiras em que cada uma custa cinco
vezes mais do que outra, de modelo perfeitamente adequado.
Informações importantes
Visual dos pratos. A apresentação é tão importante quanto o sabor, por isso não
deixe de pedir para ver fotos de outras festas a fim de ter uma noção do que no
esperar no dia da sua.
Estabeleça seu limite. Desconfie de bufês que não ajustam os preços ao seu
orçamento. Sempre existem soluções, e cabe a eles sugeri-las a contento.
• Verifique a distância da igreja ao local da festa (se for perto, facilita muito).
• O local tem uma boa área de estacionamento?
• É necessário contratar serviço de manobrista?
• Você vai precisar alugar mesas e cadeiras ou o bufê fornece esse material?
• Talheres, pratos e copos: o bufê tem ou você deve alugar?
• Há espaço para uma pista de dança?
• Como é a instalação elétrica? (Com todos os recursos e apoios eletrônicos
48 hoje, esse detalhe é fundamental.)
• Você pode trazer quaisquer profissionais da sua escolha (chefs, garçons,
floristas etc.)?
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
Um bom ponto de partida. Entender que há azeites mais adequados para tem-
peros de saladas, outros para incorporar no preparo de pratos, substituindo de
forma mais saudável a manteiga e margarina. E há ainda os que são utilizados na
finalização de pratos como peixes, massas e outros assados.
Dica. Muitas vezes os óleos compostos têm rótulos muito parecidos com os dos
azeites. Mas são completamente diferentes – no sabor, no preço e, principalmen-
te, nos benefícios que o verdadeiro azeite traz a saúde.
MÓDULO 26 – GLOSSÁRIO
DEZ DICAS PARA ACERTAR A PRONÚNCIA DOS PRATOS
Alguns pratos são mais populares e já estão incorporados na nossa cultura. Ainda
assim, dependendo da região de nosso imenso Brasil, um prato nem sempre é
conhecido pelo mesmo nome. Escolhemos alguns dos mais frequentes para que
50 você se aventure em novos sabores e aromas!
ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS À MESA
IMAGENS
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2018