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Apesar das crít icas, a acção da Companhia t rouxe grandes benefícios a São Luís: o comércio

com a met rópole, ant es incipient e, floresceu. Se, at é ent ão, o moviment o resumia-se a um
navio por ano para a Met rópole, ent re 1760 e 1771 set ent a e um navios dali part iram para o
reino, t ransport ando, em seus porões, cargas de algodão, arroz, cacau, gengibre, madeira e
out ras.

Com relação ao moviment o de escravos, calcula-se que, at é 1755, dat a de sua criação,
ingressaram apenas t rês mil africanos no Est ado do Grão-Pará e Maranhão. Ent re 1755 e 1777,
esse número salt ou para doze mil.[3] A aquisição dessa mão de obra em Cacheu, Bissau e
Angola era financiada pela Companhia.

Maria I de Port ugal ext inguiu-lhe o monopólio, no início da década de 1780, no cont ext o da
chamada "Viradeira", ext inguindo a própria Companhia em 25 de Fevereiro de 1778. A sua
liquidação, ent ret ant o, arrast ou-se ao longo das décadas, sendo concluída apenas em 1914.

Bandeira

Bandeira da Companhia de Comércio do


Grão-Pará e Maranhão em1755.

A sua bandeira era ret angular, de fundo branco, t endo descent rada, à esquerda, uma est rela
grande, amarela, de set e pont as sobre uma âncora, e; sobre a est rela ret rat o represent ando a
Virgem Maria com o menino Jesus no colo e est a sobre um andor nuval com t rês anjos de
guarda. A imagem da virgem é encimada por 7 est relas.[4]
Ciclo do algodão
Com a crescent e demanda do algodão, mat éria-prima fundament al para a indúst ria t êxt il
inglesa, bem como a int errupção da export ação nort e-americana, em razão da Guerra de
Independência dos Est ados Unidos, declarada em 1776, a colônia experiment ou fort e
cresciment o econômico. Out ro import ant e comprador do algodão maranhense era a
França.[5][6]

Desde 1661, se t êm regist ro de produção de algodão no Maranhão, porém est ava volt ada ao
abast eciment o int erno.[6]

Ent re 1760 e 1771, as export ações de algodão no Maranhão aument aram de 651 para 25 473
arrobas. A moviment ação anual de navios em São Luís aument ou de t rês para vint e e seis, em
1788.[5]

A expansão da cult ura algodoeira se deu no vale do rio It apecuru, alcançando as cidades de
Caxias e Codó (cerca de dois t erços da produção) e Coroat á. A produção era t ransport ada
pelo rio It apecuru at é o port o de São Luís. Out ras regiões produt oras eram no rio Mearim, em
Alcânt ara e em Guimarães.[6]

Em 1780, o algodão represent ava cerca de 24% das export ações brasileira, enquant o o açúcar
respondia por cerca de 34%.[6]

Em 1818, a economia maranhense at ingiram um milhão de libras e moviment ou 155 navios,


sendo a quart a maior economia brasileira. Nesse período, São Luís era a quart a cidade mais
populosa no Brasil. O apogeu econômico dest e período pode ser represent ado com a
const rução dos casarões do Cent ro Hist órico de São Luís e de Alcânt ara.[6]

O algodão represent ava cerca ent re 73% e 82% das export ações do Maranhão no final do
século XVIII e início do século XIX.[6]

Cerca 83,70% das export ações brasileira de algodão vinham do Grão-Pará e Maranhão e de
Pernambuco (que englobava a Paraíba).[6]

Ent re 1791 a 1801, o algodão brasileiro era responsável por 40% da fibra negociada em
Liverpool, o principal mercado para o produt o.[6]
Notas

1. Antiga moeda portuguesa de ouro,


com o valor de 400 réis. Denominada
de "pinto" por ser a menor das
moedas de ouro (com peso de 0,89
gramas), após a reforma monetária
de D. João V passou a denominar-se
"cruzado novo", para distingui-lo do
"cruzado velho" também de ouro, que
remontava ao século XVI, cujo valor
nominal também havia sido de 400
réis, mas com maior peso em ouro
(cerca de 1$820, segundo a cotação
do metal após 1722).
Ver também

Lista de companhias monopolistas


portuguesas

Referências

1. OS PRIMEIROS MISSIONÁRIOS E
DESCOBRIDORES DO MARANHÃO (h
ttp://www.outrostempos.uema.br/OJ
S/index.php/outros_tempos_uema/a
rticle/viewFile/73/59) , acesso em
04 de novembro de 2016.

2. Collecção da Legislação Portugueza


- Legislação de 1750 a 1762, pp. 391
(http://www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/
verlivro.php?id_parte=105&id_obra=7
3&pagina=530) a 392 (http://www.iu
slusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivro.php?id
_parte=105&id_obra=73&pagina=53
1) Arquivado em (https://web.archiv
e.org/web/20161104205119/http://
www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivr
o.php?id_parte=105&id_obra=73&pa
gina=531) 4 de novembro de 2016,
no Wayback Machine., acesso em 04
de novembro de 2016.

3. Vilela Santos, Maria Januária (1983).


A Balaiada e a Insurreição de
Escravos no Maranhão. São Paulo:
Ática. pp. 14–15

4. RIBEIRO, João Guilherme C.


Bandeiras que contam histórias. Rio
de Janeiro: Zip gráfica e editora,
2003.Pág. 63. ISBN 85-89907-02-3

5. Francisco Benedito da Costa


Barbosa (2005). CONTRIBUIÇÕES
DA ECONOMIA ALGODOEIRA E
CAFEEIRA AO DESENVOLVIMENTO
DO MARANHÃO E DE SÃO PAULO.
Brasília: Cadernos de Ciência &
Tecnologia,

6. Diego de Cambraia Martins; Felipe


Souza Melo. «O ALGODÃO DO
BRASIL E A ECONOMIA ATLÂNTICA:
COMPARAÇÕES ENTRE MARANHÃO
E PERNAMBUCO (C.1750- =C.1810)»
(http://www.abphe.org.br/uploads/En
contro_2018/MARTINS_%20MELO.%
20O%20ALGOD%C3%83O%20DO%20
BRASIL%20E%20A%20ECONOMIA%2
0ATL%C3%82NTICA_COMPARA%C
3%87%C3%95ES%20ENTRE%20MAR
ANH%C3%83O%20E%20PERNAMBU
CO%20(C.1750-C.1810).pdf) (PDF)

Bibliografia

CARREIRA, António. As Companhias


pombalinas de navegação, comércio e
tráfico de escravos entre a costa
africana e o nordeste brasileiro. Bissau:
Centro de Estudos da Guiné
Portuguesa, 1969.
MARCOS, Rui de Figueiredo. As
Companhias Pombalinas: Contributo
para a História das Sociedades por
Acções em Portugal. Coimbra: 1997.

SANTOS, Maria Januária Vilela. A


balaiada e a insurreição de escravos no
Maranhão. São Paulo: Ática, 1983.
145p.

Ligações externas

Álvaro Ricardino e Sofie Tortelboom


Aversari Martins. Governança
corporativa: um novo nome para
antigas práticas? (http://www.scielo.br/
scielo.php?pid=S1519-7077200400030
0008&script=sci_arttext)
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Pará_e_Maranhão&oldid=66873244"

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