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Módulo XI
A relação família e escola no processo de alfabetização
Unidade 2
Alfabetização e o papel da escola:
conectividade, organização, e intencionalidade
na interação com as famílias
FICHA TÉCNICA
Agenciamento:
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ
Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – PR2/UERJ
Título:
Especialização em Alfabetização, Leitura e Escrita.
Título do Módulo XI:
A relação família e escola no processo de alfabetização
Autores – Módulo XI:
Cristiane Gomes de Oliveira
Maria Clara de Lima Santiago Camões
Design Gráfico:
Mario Ricardo da Silva Lima (Fundação Cecierj)
Fábio Gouvêa Andrezo Carneiro (Fundação Cecierj)
Produção de Audiovisual:
Vittorio Leandro Oliveira Lo Bianco - Designer Instrucional (Fundação Cecierj)
Judith Almeida de Mello - Designer Instrucional (Fundação Cecierj)
Equipe administrativa:
Ricardo Lodi Ribeiro – Reitor (UERJ)
Mario Sergio Alves Carneiro –Vice-reitor (UERJ)
Luiz Antônio Campinho Pereira da Mota – Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (UERJ)
Apoio técnico:
Ambiente Virtual de Aprendizagem Saberes Docentes (UERJ)
Coordenação Acadêmica:
Rita de Cássia Prazeres Frangella – Coordenação Acadêmica (UERJ)
Marize Peixoto da Silva Figueiredo – Vice-coordenação Acadêmica (UERJ)
Equipe de Apoio:
Débora Raquel Alves Barreiros – Coordenação Material Didático e Professora de Apoio
Conteudista (EDU/UERJ)
Maria do Socorro dos Santos – Assessora de Material Didático (Doutora ProPEd/EDU/UERJ)
Ana Paula Pereira Marques de Carvalho – Coordenação de Material Didático (Coordenadora do
Programa de Bolsas de Iniciação Científica – Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa/UERJ)
Judith Almeida de Mello - Designer Instrucional (Fundação Cecierj)
Márcia Taborda – Coordenadora LaTIC/PR1
Nataly da Costa Afonso – Assessora de Material Didático (Doutoranda ProPEd/EDU/UERJ e
Professora de Anos Iniciais da SME-RJ)
Vittorio Leandro Oliveira Lo Bianco - Designer Instrucional (Fundação Cecierj)
Revisão Textual:
Alexandre Alves (Fundação Cecierj)
Licia Matos (Fundação Cecierj)
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ÍNDICE
1. Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
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1. Apresentação
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são parte do processo de ensino-aprendizagem e da alfabetização. A escuta
atenta ao que o outro narra, constitui, portanto, um repertório de possibilidades
de atravessamentos das nossas certezas, pelos mistérios de outros.
A apropriação da leitura e a escrita, alimentada pela oralidade e diferentes for-
mas de narrar, vão sendo significadas como processo de pensar sobre nossas pró-
prias formas de ser e de estar no mundo, na potencialização de saberes. Docentes,
famílias e crianças são, nesse contexto, identificadas e valorizadas como seres
criativos, criadores, que escrevem histórias e transformam uns aos outros. Com
suas singularidades, na coletividade, em um processo onde as diferentes estraté-
gias pedagógicas, apesar de planejadas, não estão previamente dadas de forma
totalmente previsível e calculada no processo de alfabetização. Diante das diferen-
tes experiências, formas de escuta, reconhecimento e legitimação da participação
do outro, nas interações entre crianças, educadores e contextos familiares.
Nesse processo, torna-se necessário o movimento de, ao olhar para as crian-
ças, identificar que existe uma história familiar que precisa ser identificada, vista,
respeitada e observada nas suas relações de conhecimento. E, nesse movimento,
traçar os caminhos e estratégias de integralidade no atendimento educacional. A
lógica institucional não deve se sobrepor, portanto, às diferentes culturas e con-
dições de produção de conhecimento durante o processo de alfabetização, mas
considerá-las em seu planejamento.
A tirinha de quadrinhos abaixo nos ajuda nesta problematização. Como a
escola tem dialogado com os desejos e necessidades das crianças? De que
forma, aproximar-se delas potencializa a alfabetização que se dá na relação com
o mundo, com o outro, e com as famílias nas diferentes relações?
Tirinha de “Calvin e Haroldo”: exemplo de como a escola pode podar e silenciar seus alunos.
Fonte: WATTERSON, Bill. 1991.
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método ou na codificação e decodificação, assumem um caráter preponderante.
Nossa provocação, porém, potencializa uma reflexão sobre caminhos de conec-
tividade, escuta, aproximação para/com as crianças.
Como vimos na Unidade 1, não se trata de um movimento de responsabiliza-
ção unilateral deste ou daquele, mas de pensar sobre como os diferentes setores
da sociedade e instituições podem se implicar neste processo de aprendizagem
e desenvolvimento. E nesta unidade, colocamos foco nos movimentos e cami-
nhares que a escola, como espaço institucionalizado e privilegiado de partilha de
saberes, pode criar para estabelecer conexões com as famílias.
Para refletir: Que estratégias de participação e diálogo são construídos para
os contatos e estabelecimento de relação com as crianças e com suas famí-
lias, para além da escuta, que não seja unilateral, reconhecendo e legitimando o
conhecimento de todos e de cada um no processo de alfabetização?
Goulart (2019) traz reflexões que caminham na direção daquilo que propo-
mos no início desta unidade: a possibilidade de buscar caminhos que auxi-
liem as escolas e famílias nessa aproximação, assim, nos juntamos a ela
para perguntar:
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Conectar-se ao outro, reconhecendo a criança também como esse outro parti-
cipante do processo, inviabiliza discursos prescritivos e avança em direção a uma
escola que caminha em diálogo com elas. Na perspectiva de Paulo Freire (2000),
também nós, professoras e professores, precisamos guardar nossa conectivi-
dade com as infâncias, pois esse é o caminho para compreendermos nossa con-
dição e inacabamento. Aprendemos uns com os outros e neste movimento per-
guntamos: Que significados são construídos com as crianças?
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O trabalho alfabetizador, mobilizando atos cognitivos
e criadores de sujeitos em interação, abre-se para o
ensino-aprendizagem da escrita com sentido, humano
e cultural. Não se trata de atualizar conhecimentos,
mas de repensar o sentido político de estar na escola e
de aprender a ler e a escrever. (GOULART, 2019, p. 76)
Sublinhamos que as relações nas famílias, nas escolas e entre ambas envol-
vem múltiplas dimensões, de modo que, na perspectiva aqui abordada, proble-
matizamos a assunção de um método prescritivo no processo educacional
e de alfabetização, como uma regra ou um conjunto de técnicas e tarefas
a serem aplicadas nas diferentes instâncias (às crianças, aos docentes ou
na intenção de incluir as famílias no processo), como garantia da qualidade
e efetivação da aprendizagem de forma generalizada. Insistimos em dizer que a
diferença constituinte da nossa sociedade precisa ser considerada em direção a
uma educação descolonizadora, sem imposição de padrões discriminatórios
e excludentes, dominadores. Segundo, Faria, Macedo e Santos (2013), para isso
é preciso apostar no dissenso e não o consenso, bem como na desconstrução de
valores eurocêntricos, etnocentristas, androcêntricos, heteronormativos, adulto-
cêntricos e homofóbicos, em direção a uma educação emancipatória.
Nesse contexto, com o intuito de caminhar em direção à necessidade de refle-
xões que nos levem à construção de práticas que tornem o processo de alfabeti-
zação significativo para as crianças e famílias, retomamos a ideia problematizada
na unidade I, de que nenhuma estratégia de alfabetização será capaz de negli-
genciar ou determinar o papel da família no processo de alfabetização, apon-
tando para o estudo de metodologias que promovam intervenções pedagógicas
que estimulem a cooperação e a integração da família na comunidade escolar,
investindo na parceria família-escola.
Tais metodologias atentam para a necessidade de identificação das diferenças
que constituem os contextos e condições familiares e, a partir delas, é preciso
estabelecer estratégias de ações pedagógicas e sociais diversificadas, intencio-
nalmente direcionadas aos diferentes grupos, de forma a incluir e legitimar suas
singularidades no processo coletivo. É sob essa perspectiva, que, a despeito das
inúmeras estratégias e práticas de alfabetização possíveis, consideramos que
o processo de criação de uma ambiência alfabetizadora não está previamente
definido e dado, mas pode ser potencializado nas diferentes interações entre a
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família e escola, onde são planejados, construídos e (re)constituídos processos
de alfabetização através da escuta e da legitimação do outro, em suas diferen-
ças, necessidades e experiências.
É na interação - com intencionalidade - que são reconhecidas as diferenças,
que é possível a promoção dos sentimentos de inclusão, de pertencimento e de
potencialização do conhecimento, em suas possibilidades de expansão. Quando
as ações pedagógicas promovem a aproximação, a conectividade e interligam
os sentidos de vida é atribuída significação às práticas de leitura e escrita. No
contramovimento, estão práticas que, sob a ideia de igualdade de oportunidades
para condições desiguais e ignoradas, correm o risco frequente de fomentar
a exclusão, segregação e estigmatização nos processos de aprendizagem e
apropriação da leitura e escrita.
No movimento de ações intencionais com as famílias, deve preponderar
a relação de ensino que se estabelece com as crianças, como uma trama de
conhecimento onde são consideradas as condições e potências de produção de
conhecimento dos professores, das crianças e de suas famílias, sem necessaria-
mente cindir da tarefa essencialmente escolar, ainda que identificados, os con-
textos sociais, a literatura e a ludicidade presentes no processo de apropriação
da escrita e da leitura, para que essa apropriação se dê de forma significativa.
A ação intencional na interação com as famílias deve caminhar, portanto, ao
encontro da ação de apropriação da leitura e escrita como construção das condi-
ções de cidadania: de encontro com o outro, adulto ou criança, em suas conectivi-
dades, em todas as suas relações e potências de argumentações, interlocuções,
reflexões, no movimento ininterrupto de aprender e ensinar, dando sentido às prá-
ticas de aprendizagem, como meninos conectivos, que participam do mundo, nos
múltiplos vínculos e significações cotidianas que constituem a visão de mundo e
a forma de nele se posicionar, se perceber e se expandir.
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sociais de aprendizagem e de produção de conhecimento considerando os con-
textos familiares e suas subjetividades como parte desse processo (GOULART,
CORAIS; 2020).
Para refletir: Como (e quando) começam os processos de alfabetização?
Como se estabelecem as relações primeiras da família e escola nas turmas de
alfabetização? Como são planejadas as intenções de parcerias, estabelecidos
os acordos e tratadas as tensões existentes nas relações de diferenças? Onde
o começo se esconde? Para alimentar essa inquietação, te convidamos a refletir
com um pouco de música e literatura infantil. Acesse o link:
A ideia de um processo linear, previsível, com início meio e fim, traz algumas
certezas, dúvidas e mistérios no livro “Como começa?” (TAVANO, 2014):
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Trazemos a ludicidade do universo infantil à importantes questões que per-
meiam o processo de alfabetização: a necessária reflexão sobre propostas pres-
critivas pautadas em uma base estrutural, em uma ideia idealizada de escola,
de família, e de etapas delimitadas – com um ponto de partida, um caminho
estruturante, e um ponto de chegada, priorizando categorias linguísticas, sílabas,
vogais, consoantes e textos base, sem autoria, sob a ideia de condições de igual-
dade para todos. Reconhecendo a importância do planejamento necessário, das
intencionalidades e pesquisa de métodos, estratégias e instrumentos de alfabeti-
zação, questionamos: que lugar as diversidades, subjetividades, necessárias ao
atendimento da pluralidade ocupam nesse processo?
Na prática, em muitas instituições escolares o começo dos processos de alfa-
betização é demarcado, nos primeiros contatos do ano letivo, através de entrevis-
tas individualizadas (anamneses, diagnoses com as famílias), e reuniões coletivas
reuniões de pais, responsáveis). Ações e períodos de acolhimento ou adaptação
também constituem esses inícios. Em linhas gerais, tais ações objetivam mapear
os contextos familiares das crianças (constituição familiar, condições sociais gerais,
graus de instrução da família, com quem as crianças ficam, brincam, se possuem
livros, desenvolvimento em seus aspectos biológicos, de saúde e emocionais, etc.)
e apresentar o planejamento, proposta e regras institucionais. E o que vem depois?
Quando coletadas, e de posse dessas informações, o que fazem as institui-
ções e os sujeitos envolvidos nesse processo? Como são tratadas as informa-
ções e atendidos os diferentes contextos identificados? Essas informações são
classificatórias das condições ou constituem planos de estratégias para o aten-
dimento plural e de constituição de redes sociais de apoio? Age a instituição
escolar em postura colonizadora sobre as condições familiares, estabelecendo
as regras e cobrando o cumprimento das ações esperadas e participação efetiva
na escolarização dos filhos, ou estabelecem estratégias de parceria de forma
democrática potencializando as diferentes constituições e saberes, possibilitando
a participação às diferentes condições? E quando se constata a ausência da rede
de proteção familiar e social no contexto da alfabetização? Como os caminhos
são trilhados com a criança?
No bojo de questões que implicam os mistérios do começar, trazemos, a con-
tribuição de Jaffe (2022): “Começar” vem de “com-initiare”, que significa “iniciar
junto”. Mas qual o significado de “iniciar”? É bem semelhante ao de começar,
mas com uma variação importante. “Iniciar”, historicamente, relaciona-se a pene-
trar nos mistérios”, “conhecer segredos”.
Sem a intenção de estabelecer receita ou passos descritivos sobre os movi-
mentos de iniciar as estratégias de alfabetização no âmbito institucional escolar,
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trazemos questões que contribuem para a pesquisa e definição de estratégias e
de (rel)ações potencializando o conhecimento, autonomia e compromisso polí-
tico docente nesse processo de refletir o trabalho e definir propostas, métodos
e estratégias diversificadas: Quem somos e o que desejamos com a nossa prá-
tica pedagógica? O que estamos fazendo para alfabetizar os nossos alunos?
Para tomar as decisões? Quem são as pessoas que estão conosco na nossa
sala de aula? O que querem? O que pensam? O que sabem? Como se consti-
tuem as diferentes subjetividades, quais são suas leituras de mundo e univer-
sos de conhecimento? Como as crianças aprendem? Que relação possuem
com o ensino? Como aprendem a ler e a escrever? (GOULART,CORAIS,2020;
GOULART,2021).
A participação das famílias no processo educacional da criança não deve
ser limitada à escuta ou consulta. Tampouco a parceria deve ser limitada à ideia
de aproximação e definição unilateral da relação. A importância dos registros
dedicados às famílias, ou realizados com as famílias, são problematizadas, quando
são estabelecidos através de práticas pedagógicas excludentes. Como alerta
Goulart (2021), na tradição, o processo de alfabetização tem sido um templo de
exclusão, com seleção de conteúdos e modos de ensinar, que formam barreiras
e exclusões, tornando pessoas periféricas. Superando uma classificação entre os
que sabem e os que não sabem, é necessário refletir “sobre o que sabem os que
não sabem”. Como registram, como significam o conhecimento?
Nessa análise crítica, a ideia da família e a expectativa das práticas na escola,
são constituídas predominantemente, a partir da referência do modelo idealizado:
idealizam-se padrões que se replicam em modelos de trabalhos a serem realiza-
dos pelas crianças com as famílias, de estudo, de leitura, de registro, distantes
das crianças das famílias e realidades, classificando saberes e condições. Como
estabelecer então, parcerias para além de acordos de cumprimentos de tarefas
para a construção de um ambiente alfabetizador? Superando a perspectiva de
corresponsabilização na divisão de tarefas com a família no sucesso ou fracasso
na escola, deve ser privilegiada na relação, as condições e contextos familiares,
o compartilhamento, esclarecimento e construção da proposta pedagógica, as
intencionalidades das ações e práticas, as instruções sobre possibilidades de
redes de proteção social, e as relações com o processo de ensino.
De todo modo, uma vez identificadas e respeitadas as diferentes constituições
familiares, nos diferentes graus de condições e possibilidades de participação no
processo de alfabetização das crianças, devem ser construídas propostas de par-
ticipação das famílias e com as famílias, evidenciando: as intenções das ações
pedagógicas; as diferentes formas e possibilidades de participação na contri-
buição com as propostas de trabalho pelas famílias; a autonomia das crianças,
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ainda que relativa, na compreensão e execução das propostas, tornando as pre-
senças mais evidentes que as ausências nos processos colaborativos de cons-
trução; e ações que promovam o compromisso na valorização da família para o
processo educacional da criança.
Tais ações podem ser constituídas, conjuntamente, em um universo de
possibilidades que compõem o cotidiano de práticas educacionais: nas orien-
tações sobre a escolha e preparo de um espaço de estudo para a criança, na
importância do olhar para as crianças em suas potencialidades, nas suas nar-
rativas e diferentes formas de registros (desenho, oralidade, gêneros e regis-
tros escritos), na ludicidade, no encorajamento e intervenções colaborativas
- quando necessárias - movimentando o desejo de aprender, integrando os
diferentes saberes e práticas culturais das diferentes famílias, respeitando-as e
as expandindo na troca com os outros. É importante observar nesse processo:
os hábitos, frequências e tipos de leituras e escrita que os cercam, sobre o
que conversam, como se comunicam, o que consomem, o que assistem, as
palavras que constituem suas rotinas, os ambientes que frequentam, as notí-
cias que comentam e como se percebem, como se posicionam como cidadãos
nesses diferentes momentos e lugares, significando a importância da leitura e
escrita como prática social e política.
Sublinhamos, ao final deste módulo, o que foi se colocando como provocação
ao longo de todo ele: a perspectiva de que para alfabetizar é preciso legitimar o
conhecimento de todos e de cada um, incluindo as famílias.
Nessas diferentes redes e complexidades, o processo de alfabetização é parte
da educação, e, portanto, política social, de garantia de direito às crianças, que
deve ser significativa através da potencialização das diferenças nas famílias. O
atendimento à pluralidade é um indicador de qualidade, que pode contar com
intersetorialidade como estratégia de atendimento à necessidade de quem dela
necessita, compartilhando informações, integrando serviços, ampliando redes
de conhecimento que transformam o sujeito, no movimento com os outros na
escola, tendo - na sua singularidade - novas possibilidades de ser, de viver e agir
na coletividade.
Referências bibliográficas
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA Política Nacional
de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. – Brasília : MEC, SEALF, 2019.
13
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Texto
constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas
pelas Emendas Constitucionais nos 1/1992 a 76/2013, pelo Decreto Legislativo nº
186/2008 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nºs 1 a 6/1994. 40.ed. com
índice. Brasília: Centro de Documentação e Informação (CEDI), 2013. 464 p. Dispo-
nível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/Constituicoes_
Brasileiras/constituicao1988.html . Acesso em: jun. 2022.
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MAFRA, J. F. O menino conectivo: a infância como ontologia do ser social em
Paulo Freire. In: SILVA, M.R.P; MAFRA, J. R. (Orgs.). Paulo Freire e a Educação
das Crianças. São Paulo: BT Acadêmica, 2020.
PROENÇA, M.ª Alice. Caderno de Palavras: Começar. Texto inédito escrito espe-
cialmente para os associados do clube Diálogos Embalados, como apresentação
do caderno palavra “começar”. (2022).
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