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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 13. n. 83. p.1100-1109. Suplementar 1. 2019. ISSN 1981-9927.
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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva
ISSN 1981-9927 versão eletrônica
P e r i ó d i c o do I n s t i t u t o B r a s i l e i r o de P e s q u i s a e E n s i n o e m F i s i o l o gi a do E x e r c í c i o
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DP 2,77 - 2,19 -
Legenda: IMC=Índice de massa corporal; DP= Desvio padrão. Fonte: O autor, 2019.
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O baixo consumo de kcal por parte dos valores normais, o atleta acaba tendo um
dos atletas que participam de modalidades de rendimento diminuído e apresentando sinais
luta, é algo visto rotineiramente. Essa prática é de exaustão mais cedo (Alves, Pierucci, 2008).
normalmente utilizada para que o atleta se Quanto as proteínas, segundo
adeque em uma categoria de peso que recomendações da SBME (2009), as
habitualmente não é a sua, com isso, ele necessidades de proteínas para praticantes de
acaba lutando com oponentes mais leves e atividades física de alta intensidade, está em
fracos (Carmo, Marins, Peluzio, 2014). torno de 1,2 e 1,6g/kg de peso/dia. A média de
Um estudo de Lopes e colaboradores consumo encontrada no presente estudo, foi
(2012), analisou 33 lutadores de judô, com de 1,62 g/kg de peso/dia (±0,60),
idade média de 21,7 anos (±7,5), que demonstrando adequação quanto ao
participam de competições no Brasil. consumo. Resultado semelhante referente a
Entre os lutadores 45% relataram ingestão de proteínas por lutadores de jiu-jitsu,
fazer restrição brusca de kcal para competir, e foi encontrado por Quintão e colaboradores
48% dos lutadores afirmaram que essa prática (2013), que avaliou 46 atletas com idade
prejudicou seu rendimento em competições. média de 23,6 anos (±7,4), de três equipes em
Essa prática pode afetar Ipatinga/MG, e verificou consumo de proteínas
drasticamente o lutador, levando a quadros de dentro do adequado.
desequilíbrios hormonais, com aumento do GH As proteínas, essas exercem inúmeras
(hormônio do crescimento) e diminuição da funções. O reparo de microlesões musculares
testosterona, desequilíbrio hidroeletrolítico, é uma das funções que vem recebendo
hipertermia, disfunção do sistema grande atenção por parte dos pesquisadores
cardiovascular, redução da densidade óssea, nas últimas décadas SBME (2009).
imunidade baixa, complicações nas funções O consumo adequado de proteínas,
cognitivas e, ao longo das perdas de peso têm papel fundamental na regulação do
sequenciais, o atleta tenha um ganho de peso metabolismo proteico. O consumo dos
maior e uma diminuição da TMB (taxa principais aminoácidos (Arginina, lisina,
metabólica basal) a longo prazo (Zandoná e glutamina, isoleucina, valina e principalmente
colaboradores, 2018). leucina), exercem função estimulante de
O consumo de macronutrientes foi hormônios anabólicos (insulina, GH, IGF-1) e
avaliado e sua adequação exerce papel na regulação metabólica da síntese protéica
fundamental no desempenho dos atletas. muscular, levando ao maior ganho de massa
Segundo a Sociedade Brasileira de muscular magra (Maestá e colaboradores,
Medicina do Esporte (2009) o consumo de 2008).
carboidratos por esportistas que praticam Em relação aos lipídios, segundo
esportes de alto gasto energético, necessitam recomendações da SBME (2009), a ingestão
de um consumo de carboidratos que esteja de lipídeos por atletas, deve ser de 1g/kg de
entre 5 e 10g/kg de peso/dia. Os valores peso ao dia, valor encontrado nos resultados
encontrados nos atletas do estudo, obteve da ingestão de lipídeos por parte dos atletas,
média de 3,13 g/kg (±1,22), resultado abaixo constatando ingestão adequada desse
do recomendado para essa população, macronutriente.
demonstrando inadequação quanto ao Os lipídios têm importante função no
consumo deste nutriente. metabolismo energético, além de ser
Os carboidratos são as maiores fontes componente das membranas celulares e
de energia para o funcionamento adequado transportadores das vitaminas lipossolúveis
dos músculos, seu consumo em quantidade são fundamentais para a síntese de hormônios
inadequada ou insuficiente, faz com que em esteroides e a modulação da resposta
exercícios de alta intensidade (>70% VO2 inflamatória, fatores importantes para um bom
max), depletem rapidamente seus estoques de desempenho do atleta (Fonseca, 2012; Rufino,
glicogênio aumentando a necessidade do 2013).
músculo pela glicose plasmática. Quando Também foram avaliados o consumo
existe uma ingestão baixa de carboidratos e a de micronutrientes dos atletas, estando
concentração de glicose se encontra abaixo descritos detalhadamente na tabela 3.
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Legenda: DP= Desvio padrão; mg/d= miligramas por dia. Fonte: O autor, 2019
O valor recomendado pelas DRI/EAR, 64,72 mg (±73,93). Pode-se observar que dos
(2019) para homens de 19 a 30 anos de 23 atletas, 8 não alcançaram 20mg de
vitamina E é de 12 mg/d, valor muito próximo vitamina C por dia, valor muito abaixo do
ao encontrado no presente estudo, que obteve recomendado pelas DRI/EAR, (2019) para
um valor médio de consumo de 13,27 mg homens de 19 a 30 anos, que é de 75mg por
(±7,31), contudo, vale destacar que dos 23 dia.
atletas, 11 não alcançaram valor mínimo de A vitamina C está envolvida em várias
ingestão. reações metabólicas, proporciona proteção
A vitamina E (α- tocoferol) é um dos contra os radicais livres, devido ao seu alto
antioxidantes mais abundantes na natureza. poder antioxidante, atua na síntese do
Essa vitamina exerce grande função como colágeno, está relacionada com a função
antioxidante, protegendo as cadeias de ácidos imunológica e ainda aumenta a absorção de
graxos insaturados dos fosfolipídios, ferro não heme, prevenindo a anemia
componentes de membranas biológicas e os ferropriva e apesar da necessidade de mais
das lipoproteínas plasmáticas (Oliveira, Koury, estudos, demonstra efeito positivo no
Donangelo, 2007). desempenho atlético (Almeida, Soares, 2003;
Em atletas, seu consumo pode Ribeiro e colaboradores, 2009; Couto,
melhorar seu desempenho, aumentando a Canniatti-brazaca, 2010).
resistência e a distância percorrida por atletas A média de magnésio consumido
do ciclismo (Takacs e colaboradores, 2015). pelos atletas, também se mostrou abaixo do
Em relação ao consumo de vitamina recomendado pelas DRI/EAR, (2019) para
C, a média de consumo dos atletas foi de
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