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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Problemas Da Escrita No Ensino Secundário

Marilia De Sousa Martins - 71231635

Quelimane, Abril de 2024


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA
FACULDADE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Problemas Da Escrita No Ensino Secundário

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
Ensino de Português na cadeira de
Análise e Produção Textual I na
UnISCED

Marilia De Sousa Martins - 71231635

Quelimane, Abril de 2024


Indice
Introdução..................................................................................................................... 4

Objectivos ..................................................................................................................... 4

Objectivo Geral............................................................................................................. 4

Objectivo Especifico ..................................................................................................... 4

Problemas Da Escrita No Ensino Secundário ................................................................ 5

Dificuldades Na Leitura ................................................................................................ 5

Dificuldades Na Escrita................................................................................................. 6

A Contribuição Dos Professores .................................................................................... 8

Ações Dos Professores Com Objetivo De Facilitar O Aprendizado Da Leitura E Escrita


................................................................................................................................. 9

Conclusão ............................................................................................................... 15

Referências Bibliograficas .......................................................................................... 16


Introdução
O presente trabalho da cadeira de Análise e Produção Textual I tem como tema:
Problemas Da Escrita No Ensino Secundário. O processo de leitura não é somente um
produto final do processo escolar, mas representa também um importante avanço para o
desenvolvimento de uma determinada sociedade. Através da leitura, o aluno desenvolve
melhor a linguagem, e se torna um indivíduo mais comunicativo, inserido num grupo
social que possui vida e histórias individuais.

Objectivos

Objectivo Geral
 Detectar e mencionar os Problemas da Escrita no Ensino Secundário

Objectivo Especifico
 Propor estratégias de melhorias
 Descrever as causas das dificuldades
Problemas Da Escrita No Ensino Secundário

Dificuldades Na Leitura
De acordo com Fonseca (1984), a linguagem é composta por uma estrutura formada por
fonologia, léxico, morfologia, semântica e sintaxe. Já para Vitor Cruz (2009), a leitura é
formada por dois elementos de grande importância e indissociáveis, sendo eles a
decodificação e a compreensão. A decodificação se dá por meio do reconhecimento e
identificação das letras, símbolos e palavras, enquanto a compreensão é o processo que
acarreta no aprendizado da informação disposta no texto.

A decodificação não se trata apenas de diferenciar ou identificar as letras, palavras e


símbolos, mas trata também da união dos símbolos com os sons. As dificuldades de
aprendizagem que podem aparecem durante esse processo são os erros na leitura das
letras, sílabas e palavras inteiras, além de uma lentidão na leitura, ou mesmo repetições
desnecessárias.

Já no que diz respeito à compreensão do que se está lendo, o mais importante é


compreender a mensagem que está presente no texto, e com isso, o processo de
compreensão do mesmo acontece através da extração e organização da linguagem.

Citoler (1996), entende que as dificuldades de aprendizagem no âmbito da leitura podem


resultar de dificuldade na decodificação, vocabulário limitado, falta de experiências
anteriores que podem auxiliar na compreensão da mensagem, déficit de memória, falta
de técnicas para captação, e até mesmo desinteresse por parte do leitor.

Existem autores ainda que acreditam serem quatro os fatores que podem influenciar na
aprendizagem da leitura de um aluno, sendo eles, a dificuldade da percepção da fonética
e na maneira de desenvolver o alfabeto, falta de estratégias de compreensão da leitura,
dificuldade em se motivar para a leitura, e a falta de professores preparados nas
instituições de ensino.

Os problemas na leitura, na maioria das vezes, acontecem no reconhecimento e


entendimento da palavra escrita. O ato de reconhecer a palavra é o fator mais básico e
importante durante o processo de leitura, tendo em vista que ele é anterior à compreensão
da palavra, e por isso, é caracterizado por uma leitura ora devagar, onde palavras ou letras
são omitidos, distorcidos, podendo chegar até mesmo na substituição de palavras, com
interrupções e a necessidade de correções. (DOCKRELL; MCSHANE, 1997)
Existem crianças que possuem dificuldades somente no reconhecimento das palavras,
mas possuem a capacidade de entender uma mensagem oral. Outros alunos podem ainda
saber ler as palavras, mas enfrentam grandes dificuldades na compreensão do que foi lido.
Em casos mais problemáticos, as crianças possuem dificuldade em ambas as áreas, seja
na leitura, ou compreensão de mensagens orais. (SÁNCHEZ MIGUEL; MARTÍNEZ
MARTÍN, 1998).

Os problemas na leitura acarretam ainda na dificuldade que o aluno possui em recordar


palavras vistas anteriormente, dificuldade em soletrar palavras, troca de letras e palavras
e vocabulário deficiente, o que acaba por diminuir o interesse pela leitura que a criança
possui.

Nielsen (1999) esclarece que a leitura é de grande importância para a vida do ser humano,
independente do período, pois é através dela que se obtém novos conhecimentos, sendo
preciso verificar atenciosamente os sinais que podem facilitar a identificação de
problemas nessa área do aprendizado, pois é este elemento o responsável pela formação
de ideias, opiniões e posicionamentos individuais.

4.2. Dificuldades Na Escrita


A escrita é uma ferramenta de comunicação de grande importância para todo o
desenvolvimento do aprendizado, pois tem uma atuação ativa na vida em sociedade,
sendo este um fator relevante para o exercício da cidadania pelo indivíduo.

Segundo o entendimento de Ajuriaguerra e Grajan (1995), a escrita surge de um processo


de aprendizado que se relaciona a vários fatores, principalmente os que dizem respeito a
questões subjetivos dos alunos, como o interesse pela escola, e também a relação entre a
família do aluno e a instituição educacional.

De acordo com Andrew Ellis, o processo de aprendizagem da escrita deve ser muito bem
trabalhado, tendo em vista que necessita que o aluno domine uma variedade de
habilidades em várias áreas, como coordenação motora e habilidades ortográficas. Além
disso, é um procedimento que lida com a forma de aprendizagem, através de níveis
estruturais.

A escrita é caracterizada por quatro fatores fundamentais. O primeiro trata do processo


de construção, elaboração e interpretação do significado. Já o segundo, corrobora a
necessidade de o indivíduo atuar de maneira mais ativa para ser possível compreender o
conteúdo, ao elaborar estratégias de aprendizagem que servem para a solução de
problemas. O terceiro fator lida com o processo afetivo e diz respeito à vontade de
escrever, a condição emocional do indivíduo e seu interesse pela aprendizagem. O quarto
e último, abrange os fatores afetivo-motivacionais que se relacionam com o rendimento
do aluno dentro da sala de aula. (CRUZ, 2009)

A dificuldade na escrita não caracteriza a falta de capacidade do aluno, porém, pode


demonstrar que a criança possui algum outro tipo de obstáculo que prejudique a
aprendizagem. Assim, o seu desenvolvimento no campo da escrita pode estar
qualitativamente diferente de outros alunos, entretanto, não é mais lento ou pior.
(VYGOTSKY, 1991)

Nieto (1998) entende que os problemas enfrentados pelos alunos na aprendizagem da


escrita, é um fator que deve ser analisado, e a realidade deve ser transformada com foco
na interação entre os três elementos mais importantes para o processo da aprendizagem,
que são o sujeito, o professor que, de fato, atua no processo de aprendizagem do aluno, e
os conteúdos que constituem o objeto de ensino. Ou seja, a relação entre o aluno, o
professor e o conteúdo estudado devem ser analisados, objetivando colocá-los mais
próximos e conexos, e assim é possível compreender qual a dificuldade o aluno vem
enfrentado no seu processo de aprendizagem.

Segundo o referido autor, para ser possível analisar e avaliar os problemas presentes no
processo de aprendizagem, estes precisam antes ser compreendidos, não sendo
relacionados às propriedades biológicas ou cognitivas. (NIETO, 1998)

Assim, os problemas na escrita estão diretamente relacionados às dificuldades que os


alunos possuem no desenvolvimento das habilidades necessárias para a escrita (disgrafia),
e podem ser apresentar desde erros na soletração, chegando até erros na sintaxe, formação
e pontuação de sentenças, ou organização de parágrafos. (GARCIA, 1998)

Vale destacar ainda que podem existir alunos que possuem uma boa capacidade de se
comunicarem oralmente, mas que enfrentam dificuldades na escrita das palavras
(disgrafia), ou vice-versa. Neste caso, determinados alunos possuem facilidade na
escrita, mas dificuldade de se comunicarem via oral, e até mesmo alunos que enfrentam
problemas nas duas áreas, ou seja, escrevem com dificuldade e também se expressam
mal. (MIGUEL; MARTÍN, 1998)
A Contribuição Dos Professores

A identificação do conhecimento se apresenta nas atividades que a criança pratica com


os objetos e fenômenos ao seu redor. Para se concretizar a aprendizagem, é preciso que
haja uma comunicação prática e verbal com as pessoas que estão próximas, semelhante a
um espelho que reflete as ações de cada indivíduo. (PAIVA; BATISTA, 2013)

Nas escolas, uma parte dos alunos podem apresentar problemas para se adaptarem à
instituição ou dificuldades no aprendizado, que podem ou não estar ligados à certas
limitações no processo de desenvolvimento, o que pode ensejar numa série de
dificuldades e obstáculos para acompanhar o ritmo da turma nas atividades curriculares,
prejudicando até mesmo o convívio social com os colegas e professores, sendo necessário
um apoio e auxílio pedagógico curricular. (PAIVA; BATISTA, 2013)

Ross (1921) entende que a aprendizagem não é um comportamento, mas sim, uma
modificação deste, uma vez que o aluno poderá se transformar ao obter mais
conhecimento.

Durante esses processos, os alunos podem estagnar no que diz respeito ao aprendizado, e
o professor pode nem identificar o momento em que o aluno deixou de aprender. É nesse
momento que o aluno começa a demonstrar, tanto na escola quanto em casa, dificuldades
no processo de aprendizado. (PAIVA; BATISTA, 2013)

O processo de aprendizagem experimentado pelo aluno é complexo e contempla inúmeras


condições e oportunidades. Se o professor exigir uma atividade que o aluno não consiga
realizar, seu cérebro pode parecer estagnado, como explica a professora do Núcleo
Regional de Educação de Curitiba,

Em nossa prática do dia a dia são comuns as situações nas quais


nos deparamos com os distúrbios de aprendizagem, notamos com
bastante frequência a dificuldade de muitas crianças na aquisição
e desenvolvimento da leitura e escrita. Sabemos que para muitas
crianças a leitura e a escrita são processos muito complexos e as
dificuldades podem ocorrer de muitas maneiras. Nós professores,
pedagogo muitas vezes não conseguimos transpor estas
dificuldades, pois em diversas situações não sabemos qual é a
melhor estratégia para podermos ajudar nossos alunos a
superarem estas dificuldades ou mesmo qual instrumento
devemos utilizar para buscar um caminho mais adequado tendo
em vista que todos os indivíduos são únicos e possuem
características próprias (P3).
Ross (1921) defende que se o aluno conseguir expandir sua capacidade de resolver
problemas adquire, de fato, a aprendizagem. E essa aprendizagem só ocorrerá de maneira
efetiva se, através das observações acerca da modificação no comportamento do aluno,
for possível identificar que este aumento sua capacidade de resolução de problemas ou
realização de alguma tarefa específica.

Ações Dos Professores Com Objetivo De Facilitar O Aprendizado Da Leitura E


Escrita
Em um estudo publicado no ano de 2012, Santos (2012) destacou uma série de estratégias
que podem ser utilizadas pelo docente para vencer a dificuldade de aprendizagem, as
quais utilizaremos para fundamentar o presente capítulo.

Para que o aluno possa, de fato, aprender o conteúdo passado pelo professor, é preciso
que o mesmo realize um trabalho constante, utilizando-se de estratégias diversificadas
dentro da sala de aula, através do material disponibilizado pela própria escola, e também
com textos trazidos pelos alunos, ou extraídos da convivência do meio social em que os
professores e alunos estão inseridos. Assim, é de grande importância que o professor
ensine certas estratégias de leitura a sua turma, de forma com que ela desenvolva sua
leitura de maneira mais fácil e eficaz.

Essas estratégias consistem em técnicas conscientes e inconscientes que o leitor utiliza


para decodificar, compreender e também interpretar o que está lendo, ao mesmo tempo
em que soluciona os problemas observados durante a leitura.

De acordo com Solé (1998, p. 68), uma técnica é frequentemente “[...] chamada também
de regra, método, destreza ou habilidade, é um conjunto de ações ordenadas e finalizadas,
isto é, dirigidas à consecução de uma meta”.

No que diz respeito ao modelo de ensino direto, este é caracterizado pela necessidade de
ser ensinado de maneira sistemática, oferecendo uma proposta bastante rígida para o
ensino, mesmo que este deva ser adequado a cada caso ou contexto, através de
flexibilizações. Ou seja, é preciso analisar o cenário da sala de aula, para garantir ao aluno
um aprendizado de qualidade, efetivo, cooperando através do ensino e do aprendizado
para a formação de uma visão geral acerca do que é o processo de leitura. Assim, o
professor deve fazer uso de todos os recursos disponíveis para fazer de seus alunos
leitores ativos e independentes que, de fato, conseguiram aprender estratégias e técnicas
para realizarem uma leitura eficiente.

Durante o processo de ensino da leitura e escrita, é necessário a utilização de uma grande


variedade de textos com estruturas diferentes, para que o aluno possa utilizar-se desses
materiais para facilitar o processo de aprendizado. De acordo com Bronckart (1984), os
textos podem ser divididos em categorias, que passaremos a analisar individualmente a
partir de agora.

Os textos narrativos buscam explicar algo, como acontecimentos, por exemplo. Alguns
textos dessa categoria seguem uma mesma organização, contanto com estado inicial,
complicação, ação, resolução e estado final, enquanto outros trazem uma estrutura de
diálogo, inserindo-a numa estrutura narrativa. São exemplos dessa modalidade de textos
os contos, as lendas e os romances. (BRONCKART, 1984)

Os textos descritivos possuem o objetivo de descreverem um objeto ou fenômeno, através


de comparações ou outra técnica específica. Essa modalidade textual se faz presente tanto
na literatura quando nos dicionários, guias turísticos, dentre outros. (BRONCKART,
1984)

Já os textos expositivos trazem a definição de certos fenômenos, ou em outras situações


apresenta informações acerca de tais fenômenos. (BRONCKART, 1984)

Os textos instrutivos e indutivos podem ser agrupados numa só categoria, pois possuem
o objetivo de induzir o leitor a agir, através do uso de palavras de ordem, instruções de
uso ou montagem de algo. (BRONCKART, 1984)

É importante dizer que o professor não tem o papel somente de ensinar o que é um texto
narrativo ou comparativo, mas deve também auxiliar seus alunos a distingui-los,
caracteriza-los, ou seja, devem tornar os alunos capazes de identificar qual o tipo de texto
de maneira independente, através do uso de informações que facilitarão a compreensão
dos mesmos. (SANTOS, 2012)

O professor não deve ser o responsável por transmitir ao aluno um conhecimento


engessado, mas deve ensiná-lo a pensar por si mesmo, a ser capaz de resolver os
problemas de forma autônoma. Com isso, incentivar a práticas das estratégias de leitura
e escrita ensinadas é muito importante, pois o ato de escrever ou ler textos contribui de
maneira impactante no processo de aprendizagem. Assim, os alunos devem fazer uso dos
textos na escola de maneira constante, tendo em vista que estes devem ser trabalhados
para que aprendam a ler, e leiam para compreender, o que, consequentemente, auxiliará
na escrita. (SANTOS, 2012)

Por isso é tão importante que o professor transmita as estratégias de leitura e escrita
durante o desenvolvimento das atividades. Através dessas estratégias, os alunos realizarão
as atividades de maneira espontânea e prazerosa, pois estarão cientes do que estão
fazendo, sendo mais fácil motivá-los a avançarem cada vez mais no aprendizado. Vale
destacar que o professor deve desassociar a leitura e a escrita à competição, para que todos
os alunos se sintam à vontade com a atividade, facilitando a identificação de alunos com
dificuldades e outros com determinadas aptidões.

Ao realizarem a atividade de leitura e escrita, os alunos devem se sentir motivados, e isso


pode acontecer através do professor, que deve encorajá-los a continuar no caminho do
aprendizado e aperfeiçoamento. É dever do docente encorajar os estudantes, fornecendo
os recursos necessários e auxiliando sempre que julgar necessário. (SANTOS, 2012)

Um elemento que pode ajudar o professor a motivar os alunos e buscar demonstrar o


significado do que está sendo proposto dentro da sala de aula é sempre apresentar o
motivo pelo qual é importante realizar tais tarefas. Outro fator é buscar a união da turma,
que pode ser realizada através da leitura fragmentada, onde cada aluno faz a leitura de um
parágrafo, ou determinado trecho do texto, como, por exemplo, representando os
personagens presentes na história. Essas são técnicas muito utilizadas atualmente dentro
da sala de aula, pois têm o poder de incentivar a leitura, mas não devem ser usadas de
maneira única, e sim, intercalada com outras práticas prazerosas e atrativas.

O professor deve optar por utilizar textos que incentivem a reflexão, que instiguem os
alunos a opinarem e demonstrarem o que compreenderam da leitura, através de
abordagens que se relacionam com a realidade vivenciada pelos discentes, o que pode
incentivar ainda mais a leitura. Além disso, é dever do professor valorizar o conhecimento
que o aluno já possuía antes de trabalhar o texto, tendo em vista que o conhecimento surge
através da leitura de textos, e também do mundo em que vivemos. (SANTOS, 2012)
Durante o desenvolvimento das práticas pedagógicas previstas pelo professor, este deve
atuar de acordo com o contexto da sala de aula, adaptando atividades, se for necessário,
para extrair o máximo dos alunos. Isso pode fazer com que as dificuldades enfrentadas
pelos discentes sejam ao menos amenizadas.

É possível identificar um bom leitor quanto este é crítico quanto ao conteúdo lido, e não
somente reproduz o que foi escrito pelo autor, mas sim relaciona as informações obtidas
pela leitura com as situações fáticas vivenciadas, construindo uma compreensão ampla
do que foi lido, o que acaba por facilitar a escrita também.

Os especialistas destacam a relevância das várias formas de aprendizagem da escrita


através de leituras, como, por exemplo, a escrita de textos que são tradicionalmente
conhecidos de maneira oral, como as adivinhas, cantigas de roda, além, é claro, da
utilização dos textos abordados acima, como os narrativos, informativos, dentre outros.
Ou seja, na verdade, é importante que o professor faça uso de todo tipo de texto através
de uma sequência de atividades elaboradas e desempenhadas com o intuito de garantir a
melhora na escrita e na leitura do aluno. (SANTOS, 2012)

Outro aspecto importante é que o professor deve propor atividades ao longo do período
letivo com diferentes níveis de dificuldade, para que os alunos desenvolvam a capacidade
de resolver problemas cada vez mais complexos. Por exemplo, a leitura realizada pelo
professor não exige nenhuma ação do aluno, devendo este apenas assimilar o texto lido,
e por isso, o professor deve fazer a leitura de vários textos dos mais variados gêneros,
para que o aluno se aproprie das características individuais de cada tipo textual. O
professor pode oferecer esse tipo de leitura diariamente, ou em determinados dias da
semana, mas o importante é que o aluno tenha contato contínuo com os textos, para se
familiarizarem com os mesmos.

Já a leitura compartilhada entre professor e alunos deve ser realizada em textos que os
alunos conhecem profundamente, para ser possível que eles antecipem significados,
expressões ou palavras durante a leitura. Bons exemplos de textos assim são os dispostos
em cartazes pela sala, com os quais os alunos possuem contato diariamente. (SANTOS,
2012)

A leitura coletiva abrange a leitura, o conto, o recital e outros tipos de brincadeiras com
os textos previamente conhecidos. É muito importante que os alunos identifiquem, na
escola, que a leitura está diretamente relacionada ao prazer e à descontração. (SANTOS,
2012)

A leitura dirigida ocorre quando o professor propõe uma atividade em que os alunos
devam encontrar determinadas palavras num texto conhecido. Essa atividade acaba por
trabalhar também a escrita, tendo em vista que os alunos devem conhecer a palavra para
identificá-la e localizá-la. (SANTOS, 2012)

A leitura individual pode ser proposta quando os alunos já possuem um certo nível de
conhecimento dos textos, para que seja possível lê-los de maneira independente. Como o
aluno fará a leitura sozinho, é importante propor algum objetivo que pode ser atingido
com a leitura. Por exemplo, pode ser solicitado ao aluno que selecione a parte que mais
gostou de ler.

A pesquisa de outros textos deve ser utilizada para que os alunos tenham mais facilidade
em identificar qual o tipo de texto está sendo trabalho, uma vez que o professor pode
exigir que os alunos pesquisem outros textos do mesmo tipo em livros, revistas, jornais,
etc. Numa atividade desse tipo, pode ser interessante incluir algumas atividades extras,
como, por exemplo, entrevista com os avós acerca dos textos antigos. (SANTOS, 2012)

A propositura de uma roda de conversa ou leitura é uma boa opção se o desejo do


professor é ver a turma interagir, compartilhando conhecimento entre eles, o que beneficia
todos os alunos, até mesmo os que possuem certa dificuldade com algo. É nessa atividade
que é possível analisar quais as experiências e preferências próprias de cada aluno.
(SANTOS, 2012)

A escrita individual consiste em atividade que pode ser realizada através da escrita de
acordo com as capacidades individuais de cada um. Assim, é importante que os alunos se
sintam confortáveis em escreverem sozinhos. Destaca-se que o professor deve evitar
qualquer tipo de correção. (SANTOS, 2012)

A escrita coletiva, por sua vez, é quando o professor apresenta um texto à sala de aula, e
os alunos ditam o texto para ele. Vale destacar aqui que é necessário que os alunos
conheçam amplamente o texto a ser utilizado posteriormente. (SANTOS, 2012)

Durante a atividade de escrita, é muito importante que o professor argumente com seus
alunos a maneira de escrever as palavras, tendo em vista que isto pode ajudar no
aprendizado de novas regras da língua escrita. A reflexão sobre a escrita pode ser feita
com mais frequência, sempre que o processor achar necessário que os alunos realizem
uma reflexão acerca do texto lido ou escrito.

Aprender com os outros é também uma forma de obter conhecimento, e o


compartilhamento de conhecimento entre os alunos é de grande importância. Além disso,
é possível aprender uma outra maneira de interpretar as ações humanas, por meio de
expressões faciais, gestos, etc. Como exemplo, o professor pode apresentar aos alunos
alguém que goste de ler ou escrever, que seja da comunidade da família, o que, por algum
outro motivo, os estudantes o conhecem, o que pode deixá-los mais à vontade durante o
desempenho da atividade.

Outras práticas são: a gravação que, como o próprio nome diz, consiste na gravação de
uma fita por parte dos alunos, contendo os textos preferidos de cada um; a produção de
um livro também pode ser tratada como uma boa atividade pelo professor, pois neste caso
o aluno deverá escrever seus próprios textos.

Por fim, os projetos apresentados pelos professores dizem respeito às propostas de


aprendizagem que devem garantir aos alunos um ambiente comunicativo e de interação,
envolvendo a leitura e escrita de diversas coisas. Esses projetos são boas opções para que
os alunos comessem a produzir textos de maneira contextualizada. E, dependendo da
maneira com que são elaborados, podem integrar a leitura e a escrita, além da produção
de textos orais. (SANTOS, 2012)

É dever do professor inovar e pesquisar novas estratégias para a aplicação dentro da sala
de aula, buscando obter o interesse dos alunos na realização das atividades propostas,
pois, com isso, o aprendizado se torna mais interessante e atrativo.
Conclusão
O presente trabalho abordou fundamentalmente o problema da aprendizagem no que diz
respeito à leitura e escrita dentro da sala de aula, através de uma pesquisa bibliográfica
de caráter qualitativo.

Restou demonstrado, logo no primeiro capítulo, a importância da leitura e da escrita na


vida das pessoas, tendo em vista que estes dois fatores estão intimamente relacionados ao
exercício da cidadania. Ademais, é por meio da leitura e escrita que o indivíduo
compreende melhor sua função no meio social em que vive.

Foi possível identificar que o conceito contemporâneo de leitura não diz respeito somente
à capacidade de saber o que está escrito, mas sim compreender o que o autor busca
transmitir e como isso pode ser aplicado de maneira prática em nosso cotidiano, ou seja,
é como uma espécie de diálogo entre o autor e o leitor, onde a leitura se transforma numa
ferramenta na busca pelo conhecimento. No mesmo sentido segue a escrita que, na
verdade, é a capacidade de o indivíduo tem de utilizar-se de símbolos para transmitir uma
mensagem, com clareza.

Esses problemas de aprendizagem podem ser facilmente identificados quando os alunos


apresentam um rendimento abaixo a média da turma e geralmente não se expressam bem
oralmente, não possuindo uma ortografia apropriada e tendo dificuldades em leituras
básicas.

Vale destacar ainda que foi abordado no trabalho o fato de que certas deficiências no
aprendizado podem estar associadas à realidade socioeconômica do aluno, e também a
questões relacionadas ao ambiente escolar, como infraestrutura precária ou professores
desmotivados.
Referências Bibliograficas

AJURIAGUERRA, J. & GRAJAN, A. Manual de Psicopatologia. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1995.

ANTUNES, Celso. Professores e professauros: reflexões sobre a aula e prática


pedagógica diversas. 2.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2008.

BRONCKART, Jean Paul. Le fonctionnement des discours: um modèle psychologique


et une méthode danalyse. Lausenne: Delachaux & Niestlé, 1984.

CAGLIARI, Carlos Luiz. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2009.

FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada; abordagem psicopedagógica clínica da


criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.

. Estratégias de leitura e de escrita. Porto Alegre: Artmed,1998.

VYGOTSKY, L.S.A. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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