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Objectivos ..................................................................................................................... 4
Objectivo Geral............................................................................................................. 4
Dificuldades Na Escrita................................................................................................. 6
Conclusão ............................................................................................................... 15
Objectivos
Objectivo Geral
Detectar e mencionar os Problemas da Escrita no Ensino Secundário
Objectivo Especifico
Propor estratégias de melhorias
Descrever as causas das dificuldades
Problemas Da Escrita No Ensino Secundário
Dificuldades Na Leitura
De acordo com Fonseca (1984), a linguagem é composta por uma estrutura formada por
fonologia, léxico, morfologia, semântica e sintaxe. Já para Vitor Cruz (2009), a leitura é
formada por dois elementos de grande importância e indissociáveis, sendo eles a
decodificação e a compreensão. A decodificação se dá por meio do reconhecimento e
identificação das letras, símbolos e palavras, enquanto a compreensão é o processo que
acarreta no aprendizado da informação disposta no texto.
Existem autores ainda que acreditam serem quatro os fatores que podem influenciar na
aprendizagem da leitura de um aluno, sendo eles, a dificuldade da percepção da fonética
e na maneira de desenvolver o alfabeto, falta de estratégias de compreensão da leitura,
dificuldade em se motivar para a leitura, e a falta de professores preparados nas
instituições de ensino.
Nielsen (1999) esclarece que a leitura é de grande importância para a vida do ser humano,
independente do período, pois é através dela que se obtém novos conhecimentos, sendo
preciso verificar atenciosamente os sinais que podem facilitar a identificação de
problemas nessa área do aprendizado, pois é este elemento o responsável pela formação
de ideias, opiniões e posicionamentos individuais.
De acordo com Andrew Ellis, o processo de aprendizagem da escrita deve ser muito bem
trabalhado, tendo em vista que necessita que o aluno domine uma variedade de
habilidades em várias áreas, como coordenação motora e habilidades ortográficas. Além
disso, é um procedimento que lida com a forma de aprendizagem, através de níveis
estruturais.
Segundo o referido autor, para ser possível analisar e avaliar os problemas presentes no
processo de aprendizagem, estes precisam antes ser compreendidos, não sendo
relacionados às propriedades biológicas ou cognitivas. (NIETO, 1998)
Vale destacar ainda que podem existir alunos que possuem uma boa capacidade de se
comunicarem oralmente, mas que enfrentam dificuldades na escrita das palavras
(disgrafia), ou vice-versa. Neste caso, determinados alunos possuem facilidade na
escrita, mas dificuldade de se comunicarem via oral, e até mesmo alunos que enfrentam
problemas nas duas áreas, ou seja, escrevem com dificuldade e também se expressam
mal. (MIGUEL; MARTÍN, 1998)
A Contribuição Dos Professores
Nas escolas, uma parte dos alunos podem apresentar problemas para se adaptarem à
instituição ou dificuldades no aprendizado, que podem ou não estar ligados à certas
limitações no processo de desenvolvimento, o que pode ensejar numa série de
dificuldades e obstáculos para acompanhar o ritmo da turma nas atividades curriculares,
prejudicando até mesmo o convívio social com os colegas e professores, sendo necessário
um apoio e auxílio pedagógico curricular. (PAIVA; BATISTA, 2013)
Ross (1921) entende que a aprendizagem não é um comportamento, mas sim, uma
modificação deste, uma vez que o aluno poderá se transformar ao obter mais
conhecimento.
Durante esses processos, os alunos podem estagnar no que diz respeito ao aprendizado, e
o professor pode nem identificar o momento em que o aluno deixou de aprender. É nesse
momento que o aluno começa a demonstrar, tanto na escola quanto em casa, dificuldades
no processo de aprendizado. (PAIVA; BATISTA, 2013)
Para que o aluno possa, de fato, aprender o conteúdo passado pelo professor, é preciso
que o mesmo realize um trabalho constante, utilizando-se de estratégias diversificadas
dentro da sala de aula, através do material disponibilizado pela própria escola, e também
com textos trazidos pelos alunos, ou extraídos da convivência do meio social em que os
professores e alunos estão inseridos. Assim, é de grande importância que o professor
ensine certas estratégias de leitura a sua turma, de forma com que ela desenvolva sua
leitura de maneira mais fácil e eficaz.
De acordo com Solé (1998, p. 68), uma técnica é frequentemente “[...] chamada também
de regra, método, destreza ou habilidade, é um conjunto de ações ordenadas e finalizadas,
isto é, dirigidas à consecução de uma meta”.
No que diz respeito ao modelo de ensino direto, este é caracterizado pela necessidade de
ser ensinado de maneira sistemática, oferecendo uma proposta bastante rígida para o
ensino, mesmo que este deva ser adequado a cada caso ou contexto, através de
flexibilizações. Ou seja, é preciso analisar o cenário da sala de aula, para garantir ao aluno
um aprendizado de qualidade, efetivo, cooperando através do ensino e do aprendizado
para a formação de uma visão geral acerca do que é o processo de leitura. Assim, o
professor deve fazer uso de todos os recursos disponíveis para fazer de seus alunos
leitores ativos e independentes que, de fato, conseguiram aprender estratégias e técnicas
para realizarem uma leitura eficiente.
Os textos narrativos buscam explicar algo, como acontecimentos, por exemplo. Alguns
textos dessa categoria seguem uma mesma organização, contanto com estado inicial,
complicação, ação, resolução e estado final, enquanto outros trazem uma estrutura de
diálogo, inserindo-a numa estrutura narrativa. São exemplos dessa modalidade de textos
os contos, as lendas e os romances. (BRONCKART, 1984)
Os textos instrutivos e indutivos podem ser agrupados numa só categoria, pois possuem
o objetivo de induzir o leitor a agir, através do uso de palavras de ordem, instruções de
uso ou montagem de algo. (BRONCKART, 1984)
É importante dizer que o professor não tem o papel somente de ensinar o que é um texto
narrativo ou comparativo, mas deve também auxiliar seus alunos a distingui-los,
caracteriza-los, ou seja, devem tornar os alunos capazes de identificar qual o tipo de texto
de maneira independente, através do uso de informações que facilitarão a compreensão
dos mesmos. (SANTOS, 2012)
Por isso é tão importante que o professor transmita as estratégias de leitura e escrita
durante o desenvolvimento das atividades. Através dessas estratégias, os alunos realizarão
as atividades de maneira espontânea e prazerosa, pois estarão cientes do que estão
fazendo, sendo mais fácil motivá-los a avançarem cada vez mais no aprendizado. Vale
destacar que o professor deve desassociar a leitura e a escrita à competição, para que todos
os alunos se sintam à vontade com a atividade, facilitando a identificação de alunos com
dificuldades e outros com determinadas aptidões.
O professor deve optar por utilizar textos que incentivem a reflexão, que instiguem os
alunos a opinarem e demonstrarem o que compreenderam da leitura, através de
abordagens que se relacionam com a realidade vivenciada pelos discentes, o que pode
incentivar ainda mais a leitura. Além disso, é dever do professor valorizar o conhecimento
que o aluno já possuía antes de trabalhar o texto, tendo em vista que o conhecimento surge
através da leitura de textos, e também do mundo em que vivemos. (SANTOS, 2012)
Durante o desenvolvimento das práticas pedagógicas previstas pelo professor, este deve
atuar de acordo com o contexto da sala de aula, adaptando atividades, se for necessário,
para extrair o máximo dos alunos. Isso pode fazer com que as dificuldades enfrentadas
pelos discentes sejam ao menos amenizadas.
É possível identificar um bom leitor quanto este é crítico quanto ao conteúdo lido, e não
somente reproduz o que foi escrito pelo autor, mas sim relaciona as informações obtidas
pela leitura com as situações fáticas vivenciadas, construindo uma compreensão ampla
do que foi lido, o que acaba por facilitar a escrita também.
Outro aspecto importante é que o professor deve propor atividades ao longo do período
letivo com diferentes níveis de dificuldade, para que os alunos desenvolvam a capacidade
de resolver problemas cada vez mais complexos. Por exemplo, a leitura realizada pelo
professor não exige nenhuma ação do aluno, devendo este apenas assimilar o texto lido,
e por isso, o professor deve fazer a leitura de vários textos dos mais variados gêneros,
para que o aluno se aproprie das características individuais de cada tipo textual. O
professor pode oferecer esse tipo de leitura diariamente, ou em determinados dias da
semana, mas o importante é que o aluno tenha contato contínuo com os textos, para se
familiarizarem com os mesmos.
Já a leitura compartilhada entre professor e alunos deve ser realizada em textos que os
alunos conhecem profundamente, para ser possível que eles antecipem significados,
expressões ou palavras durante a leitura. Bons exemplos de textos assim são os dispostos
em cartazes pela sala, com os quais os alunos possuem contato diariamente. (SANTOS,
2012)
A leitura coletiva abrange a leitura, o conto, o recital e outros tipos de brincadeiras com
os textos previamente conhecidos. É muito importante que os alunos identifiquem, na
escola, que a leitura está diretamente relacionada ao prazer e à descontração. (SANTOS,
2012)
A leitura dirigida ocorre quando o professor propõe uma atividade em que os alunos
devam encontrar determinadas palavras num texto conhecido. Essa atividade acaba por
trabalhar também a escrita, tendo em vista que os alunos devem conhecer a palavra para
identificá-la e localizá-la. (SANTOS, 2012)
A leitura individual pode ser proposta quando os alunos já possuem um certo nível de
conhecimento dos textos, para que seja possível lê-los de maneira independente. Como o
aluno fará a leitura sozinho, é importante propor algum objetivo que pode ser atingido
com a leitura. Por exemplo, pode ser solicitado ao aluno que selecione a parte que mais
gostou de ler.
A pesquisa de outros textos deve ser utilizada para que os alunos tenham mais facilidade
em identificar qual o tipo de texto está sendo trabalho, uma vez que o professor pode
exigir que os alunos pesquisem outros textos do mesmo tipo em livros, revistas, jornais,
etc. Numa atividade desse tipo, pode ser interessante incluir algumas atividades extras,
como, por exemplo, entrevista com os avós acerca dos textos antigos. (SANTOS, 2012)
A escrita individual consiste em atividade que pode ser realizada através da escrita de
acordo com as capacidades individuais de cada um. Assim, é importante que os alunos se
sintam confortáveis em escreverem sozinhos. Destaca-se que o professor deve evitar
qualquer tipo de correção. (SANTOS, 2012)
A escrita coletiva, por sua vez, é quando o professor apresenta um texto à sala de aula, e
os alunos ditam o texto para ele. Vale destacar aqui que é necessário que os alunos
conheçam amplamente o texto a ser utilizado posteriormente. (SANTOS, 2012)
Durante a atividade de escrita, é muito importante que o professor argumente com seus
alunos a maneira de escrever as palavras, tendo em vista que isto pode ajudar no
aprendizado de novas regras da língua escrita. A reflexão sobre a escrita pode ser feita
com mais frequência, sempre que o processor achar necessário que os alunos realizem
uma reflexão acerca do texto lido ou escrito.
Outras práticas são: a gravação que, como o próprio nome diz, consiste na gravação de
uma fita por parte dos alunos, contendo os textos preferidos de cada um; a produção de
um livro também pode ser tratada como uma boa atividade pelo professor, pois neste caso
o aluno deverá escrever seus próprios textos.
É dever do professor inovar e pesquisar novas estratégias para a aplicação dentro da sala
de aula, buscando obter o interesse dos alunos na realização das atividades propostas,
pois, com isso, o aprendizado se torna mais interessante e atrativo.
Conclusão
O presente trabalho abordou fundamentalmente o problema da aprendizagem no que diz
respeito à leitura e escrita dentro da sala de aula, através de uma pesquisa bibliográfica
de caráter qualitativo.
Foi possível identificar que o conceito contemporâneo de leitura não diz respeito somente
à capacidade de saber o que está escrito, mas sim compreender o que o autor busca
transmitir e como isso pode ser aplicado de maneira prática em nosso cotidiano, ou seja,
é como uma espécie de diálogo entre o autor e o leitor, onde a leitura se transforma numa
ferramenta na busca pelo conhecimento. No mesmo sentido segue a escrita que, na
verdade, é a capacidade de o indivíduo tem de utilizar-se de símbolos para transmitir uma
mensagem, com clareza.
Vale destacar ainda que foi abordado no trabalho o fato de que certas deficiências no
aprendizado podem estar associadas à realidade socioeconômica do aluno, e também a
questões relacionadas ao ambiente escolar, como infraestrutura precária ou professores
desmotivados.
Referências Bibliograficas