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Dino Cavalo
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Arminda António Vicente
Dino Cavalo
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
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Índic
e
1. Introdução...............................................................................................................................3
3. Conclusão..............................................................................................................................14
4. Bibliografia...........................................................................................................................15
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema ˝O Processo de Ensino-Aprendizagem da Escrita˝. A
escrita é uma actividade importante na vida das pessoas, pois, é através dela que deixamos as
nossas informações gravadas em forma de textos ou notas. Muitos estudiosos advogam pelo
ensino minucioso desta habilidade, pois, se ela não for bem transmitida, então o aluno terá
dificuldades durante a aprendizagem de vários conteúdos, pois, uma das maneiras de guardar
as nossas informações para posterior uso é através dos nossos manuscritos. O que se pretende
dizer, é que a escrita deve ser ensinada desde cedo, não estando dependente apenas de um
sistema formal. Para a materialização do trabalho, traçamos os seguintes objectivos:
Mas para que o aluno escreva é preciso que se lhe criem algumas condições:
Para além disso, o professor deve dar aos alunos indicações precisas sobre a finalidade com
que escrevem e sobre o destinatário para quem escrevem. Essa finalidade, que poderá ser, por
exemplo, contar, informar, aconselhar, explicar, e o destinatário do texto condicionam
apresentação e a organização do texto, a escolha dos actos de fala e do tipo de linguagem.
Oferece por principio a possibilidade e ser relida, o que torna desnecessário o uso das
repetições, características da linguagem oral;
Recorre a sinais de pontuação para produzir as pausas, o ritmo e a entoação da
linguagem oral;
Pode utilizar frases mais extensas, com recursos a construções sintácticas por vezes
complexas, enquanto na linguagem oral predomina as frases simples e curtas;
Apresenta uma organização mais linear do texto, ao contrário do que acontece na
linguagem oral em que são frequentes os avanços, os recuos as paragens: repetições,
bordões da fala, frases inacabadas;
Recorre a discrição para significar gestos, entoações e acentos de intensidade próprios
da linguagem oral;
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A escrita desempenha um papel muito crucial no ensino da língua portuguesa. É através dela
que deixamos as nossas informações gravadas em forma de textos ou notas. Muitos estudiosos
advogam pelo ensino minucioso desta habilidade, pois, se ela não for bem transmitida, então o
aluno terá dificuldades durante a aprendizagem de vários conteúdos, pois, uma das maneiras
de guardar as nossas informações para posterior uso é através dos nossos manuscritos. O que
se pretende dizer, é que a escrita deve ser ensinada desde cedo, não estando dependente
apenas de um sistema de formal.
Se, por um lado, é posta em evidência a importância da escrita como forma de transmissão do
conhecimento organizado, e resistente à passagem do tempo, também é, por outro, a forma
socialmente valorizada e a que se impõe como referência normativa.
Alguns autores, nos últimos anos, têm-se debruçado sobre a descoberta e apropriação das
funções da escrita. Consideram esta descoberta como precoce e que a sua apropriação só é
possível através de um contacto contextualizado e significativo com a escrita.
Na linha de pensamento de MATA (2008), as crianças que desde cedo contactam com a
utilização da escrita, e que vêm outros a ler e a escrever, vão interiorizando o que é a leitura e
a escrita e vão desenvolvendo capacidades e vontade para participarem em acontecimentos de
leitura e escrita. Por conseguinte, o seu conhecimento sobre as funções da escrita vai-se
estruturando e tornando-se cada vez mais complexo, descobrindo quando, como e com que
objectivos da escrita é utilizada. Neste processo de aprendizagem é essencial a participação e
apoio dos adultos que lhe são próximos e dos próprios colegas.
Neste contexto, o documento Orientações Curriculares para o Pré – Escolar refere o seguinte:
“Se a escrita e a leitura fazem parte do quotidiano familiar de muitas crianças, que assim
aprendem para que serve ler e escrever, todas as crianças deverão ter estas experiências na
educação pré-escolar.” (Ministério da Educação, 1997).
De acordo com ALVES et al (2007), o educador deve propor aos seus alunos actividades de
interacção com a escrita, através da disponibilização de materiais de escrita e de leitura na
sala e do incentivo à sua exploração. As estratégias e actividades específicas a desenvolver
deverão ter como finalidade facilitar a apropriação da funcionalidade da própria escrita.
Por outro lado, as crianças que não conseguem atribuir finalidades à escrita, nem referir
eventuais benefícios que dela se possam tirar, poderão sentir mais dificuldades no processo de
aprendizagem da escrita.
Para se desenvolver esta competência é necessário considerar quatro aspectos, aos quais o
educador deve estar atento: demonstrar interesse pela funcionalidade; adequar a função à
situação; identificar características dos suportes e identificar funções.
Segundo MATA (2008), os ambientes de aprendizagem que as crianças frequentam devem ser
ricos em oportunidades de escrita, promovendo o seu contacto e exploração. Devem ser
ambientes estimulantes, onde se criem incentivos intencionais na utilização e reflexão sobre a
escrita e suas características. Em seguida, são apresentadas algumas das características de um
ambiente promotor da aprendizagem da escrita:
Nos recreios ou jardim-de-infância por exemplo, existem diversas situações que podem ser o
ponto de partida para actividades contextualizadas e ricas de utilização da escrita. São
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exemplos, entre outros, o envio de uma carta para uma colega, livros construídos a partir das
imagens recolhidas pelos alunos sobre temas do seu interesse, nos quais se faz uma legenda
ou, ainda, a continuação de uma actividade já iniciada pela criança.
Segundo FERREIRO e TEBEROSKY (1986: p. 185), constataram que crianças na faixa dos 4
aos 6 anos seguem uma sequência lógica básica na alfabetização. As etapas são as seguintes:
b) Nível de escrita silábica: modo de representações silábicas, com ou sem valor sonoro
convencional. A sílaba começa a actuar como indicador, mas impossível de ser coordenada
com outros da mesma natureza.
d) Nível de escrita alfabética: a criança, aqui, reconhece que não se pode adivinhar o que está
escrito, é necessário reconhecer os fonemas e as letras. Começa a escrever com princípios
alfabéticos, sem resíduos silábicos e usando as letras com seu valor fonético convencional.
Na escola actual, e mesmo na aula de português, o aluno escreve, quase exclusivamente, para
ser avaliado e é apenas, em relação ao produto final da escrita.
Segundo GOMES (1991:96), a criança deve escrever o que sabe ler e o que compreende.
Porém, elas têm dificuldades nos seguintes domínios:
Coordenação sensorial;
Lateralidade;
Adestramento do corpo a movimentos curtos e pouco amplos;
Distinção precisa e execução de formas variadas e bem definidas;
Face as dificuldades em causa convém que o professor:
Motivar as crianças para a aprendizagem da escrita;
Propor aos alunos actividades preparatórias, principalmente exercício de articulação
da mão e dos movimentos dos braços e dos dedos, numa progressão cada vez mais
reduzida na amplitude do movimento e cada vez mais precisa na forma.
Preparação para escrita
Cópia
A cópia é uma actividade de escrita que permite aos alunos fixarem as regras ortográficas, as
normas da escrita (pontuação, acentuação, translineação e ortografia), o desenvolvimento da
prática de escrever, para além de a desenvolver a concentração necessária para a escrita. O
texto para a cópia não deve ser longos e devem ser contextualizados em relação ao tema
abordado.
Neste contexto, a cópia deve ser uma actividade escrita planificada pelo professor e deve
merecer muita atenção dos alunos o momento de correcção. A correcção da cópia pode ser
feita pelos próprios alunos, em pares ou em grupos de modo a, com ajuda do professor,
identificarem e corrigirem os erros da escrita.
Ditado
Histórias ou contos
É muito comum entre crianças contarem histórias. Elas gostam muito de ouvir, contar,
recontar e ler histórias. Partindo desta motivação natural que as crianças têm, na aula de
língua, o professor deve encorajar, sempre que possível, os alunos a recontar oralmente as
histórias lidas ou ouvidas.
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Essa produção pode ser livre ou apoiada; quando o aluno produz o seu próprio texto por
iniciativa própria sem qualquer condicionalismo; e quando o aluno segue orientações
relativamente ao tema ou ao plano do texto a produzir, respectivamente.
Embora a produção livre seja um tipo de produção desejável, por proporcionar ao aluno uma
oportunidade de desenvolvimento do seu gosto pela escrita, a escola tende apetrechar o aluno
com a técnica de produção do texto que vão permitir o aperfeiçoamento da sua capacidade de
expressão e escrita.
Reconto: narrações de factos tal como elas aconteceram, de forma objectiva clara e
precisa;
Descrição: caracterização de personagens, contexto social, tempo e o espaço;
Resumo: apresentação concisa das ideias ou dos factos essências contidos num
texto;
Criação: organização de ideias próprias ou de dados informativos recolhidos ou
seleccionados.
A correcção da produção escrita exige um trabalho cuidadoso do próprio professor para que
dela se passam retirar resultados no sentido de levar o aluno a progredir na expressão escrita.
escritos que o professor considere importantes para a avaliação farão parte de fichas de
registo de avaliação construídas para cada exercício escrito;
Segundo XAVIER (2012˸14), o trabalho escrito dos alunos engloba diferentes aspectos tais
como:
Verifica-se, frequentemente, que escrever constitui uma tarefa difícil e pouco aliciante para
um grande número de crianças. Para que tal situação se modifique, é necessário que se invista
nesta actividade, tempo, trabalho, paciência e dedicação.
Compete ao professor criar condições que favoreçam os requisitos apontados, ele deve
desenvolver a imaginação e o poder criativo do aluno; proporcionar ocasiões para que o aluno
escreva e estimule a escrita.
O professor deve circular por entre as carteiras e controlar a escrita dos alunos, sempre que
estes estejam a escrever. Todos os exercícios feitos pelos alunos devem ser corrigidos, essa
correcção pode ser feita na sala, mas, na maior parte dos casos, o professor terá de levar os
cadernos dos alunos para corrigir em casa. Esta é também uma forma de avaliação, o
professor controla assim a escrita e a progressão da aprendizagem.
A importância da boa utilização do quadro: letra legível, boa ordenação e disposição dos
exercícios e um cuidado especial com a ortografia, evitando o erro ortográfico. Isso permitirá
que os alunos copiem e escrevem sem erros e com boa apresentação.
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3. Conclusão
Em jeito de conclusão, entende-se que para que haja aquisição desta habilidade é necessário
muita dedicação por parte do aprendente e muita paciência e vontade por parte de quem
ensina. Para que tal situação se modifique, é necessário que se invista nesta actividade, tempo,
trabalho, paciência e dedicação.
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4. Bibliografia
Martins, A. & Silva, A. (1999). O nome das letras e a escrita. Análise Psicológica 1.