Você está na página 1de 15

Engenharia de Segurança

Seminário

Riscos Respiratórios

Ednei Soares de Azevedo Junior R.A.: 191052566

Pedro Henrique Teixeira Alves R.A.: 191052396

Patrick Luiz Neuhaus Andrade R.A.: 191050393

Gustavo Valério Lima R.A.: 182055141

Professor: Miguel Ângelo Menezes

Novembro de 2023
Nota do Recursos de Média do
Integrante R.A.
trabalho Apresentação Trabalho
Ednei 191052566
Patrick Luiz 191050393
Pedro
191052396
Henrique
Gustavo
182055141
Valério
1. Introdução.............................................................................................................................................................................
2. Sistema Respiratório e Seus Componentes.........................................................................................................................
2.1 Componentes do Sistema Respiratório..........................................................................................................................
2.2 Detalhes Anatômicos.....................................................................................................................................................
2.3 Pulmões e Troca Gasosa................................................................................................................................................
3. Riscos Respiratórios e Caracterização da Atmosfera........................................................................................................
3.1 Definição de Risco.........................................................................................................................................................
3.2 Riscos Respiratórios e Caracterização da Atmosfera....................................................................................................
3.3 Agentes Químicos Contaminantes.................................................................................................................................
3.3.1 Aerodispersóides...................................................................................................................................................
3.3.2 Gases e Vapores....................................................................................................................................................
4. Doenças Respiratórias Relacionadas...................................................................................................................................
5. Programa de Proteção Respiratória....................................................................................................................................
6. Riscos Específicos em Ambientes Laborais........................................................................................................................
6.1 Gases Tóxicos: Monóxido de Carbono..........................................................................................................................
6.2 Residual de Hidrocarbonetos Voláteis...........................................................................................................................
6.3 Água/Vapor de Água no Ar Respirável.........................................................................................................................
6.4 Material Particulado no Ar.............................................................................................................................................
7. Normas e Padrões no Brasil.................................................................................................................................................
8. Classificação e Gerenciamento dos Riscos Respiratórios..................................................................................................
9. Conclusão...............................................................................................................................................................................
10. Referências Bibliográficas..................................................................................................................................................
1. Introdução

Este relatório visa aprofundar de maneira abrangente a compreensão dos riscos respiratórios
inerentes aos ambientes laborais, reconhecendo a importância crítica de salvaguardar a saúde dos
trabalhadores. A exposição a substâncias tóxicas e contaminantes atmosféricos pode representar uma ameaça
significativa, exigindo uma análise detalhada e a implementação de medidas preventivas eficazes.

Ao longo deste documento, exploraremos as principais ameaças que os trabalhadores podem


enfrentar, destacando substâncias específicas que apresentam riscos respiratórios. Além disso, examinaremos
as normas regulamentadoras vigentes no Brasil, buscando compreender as diretrizes que orientam a gestão
desses riscos em ambientes de trabalho diversos.

A discussão não se limita apenas à identificação dos perigos, mas também aborda estratégias
proativas para mitigar esses riscos. Uma análise detalhada dos equipamentos de proteção respiratória,
considerando sua seleção, treinamento adequado e gestão contínua, será apresentada como parte fundamental
na promoção de ambientes laborais seguros e saudáveis.

Portanto, este relatório busca fornecer uma visão abrangente e integrada dos riscos respiratórios,
capacitando as organizações a implementarem medidas efetivas de proteção e assegurando que os
trabalhadores possam desempenhar suas funções em um ambiente de trabalho seguro e saudável.
2. Sistema Respiratório e Seus Componentes

O sistema respiratório desempenha um papel vital na regulação da aquisição e eliminação de gases


no organismo, sendo fundamental para a manutenção da homeostase. Composto por pulmões, vias aéreas e
outros órgãos, esse sistema é responsável pela transferência eficiente de oxigênio para as hemácias e pela
eliminação do dióxido de carbono, desempenhando uma função essencial na respiração celular.

2.1 Componentes do Sistema Respiratório

O sistema respiratório abrange uma série de componentes, incluindo fossas nasais, faringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Cada um desses componentes desempenha funções específicas,
desde a filtração e umedecimento do ar nas fossas nasais até a troca gasosa nos alvéolos. Essas funções
garantem não apenas a oxigenação adequada do sangue, mas também a remoção eficaz do dióxido de
carbono.

2.2 Detalhes Anatômicos

Os detalhes anatômicos desempenham um papel crucial na compreensão do funcionamento


adequado do sistema respiratório. Características específicas das fossas nasais, faringe, laringe e traqueia
contribuem para a condução eficiente do ar, preparando-o para a troca gasosa nos pulmões.

2.3 Pulmões e Troca Gasosa

Os pulmões, revestidos pela pleura, consistem em brônquios que se ramificam em bronquíolos,


culminando nos alvéolos. Essas estruturas alveolares são o local essencial para a troca gasosa, onde o
oxigênio é absorvido e o dióxido de carbono é liberado. A eficácia desse processo é crucial para manter
níveis adequados de oxigênio no corpo e eliminar resíduos gasosos resultantes do metabolismo celular.
O entendimento abrangente desses componentes e processos anatômicos é essencial para apreciar a
complexidade e a importância do sistema respiratório na sustentação da vida. Essa compreensão é crucial
tanto para profissionais de saúde quanto para a promoção de hábitos saudáveis que beneficiem a função
respiratória.

3. Riscos Respiratórios e Caracterização da Atmosfera

3.1 Definição de Risco

O risco é definido como a combinação entre a probabilidade de ocorrência e as consequências


associadas a eventos perigosos.

3.2 Riscos Respiratórios e Caracterização da Atmosfera

Os riscos respiratórios surgem em ambientes com deficiência de oxigênio ou presença de


contaminantes químicos. Uma atmosfera considerada ideal contém 20,9% de oxigênio, enquanto atmosferas
classificadas como IPVS (Imediatamente Perigosas à Vida e à Saúde) apresentam riscos imediatos à saúde
respiratória dos trabalhadores.

Figura 1 - Efeitos do oxigênio por concentração na atmosfera


Fonte: [1]
3.3 Agentes Químicos Contaminantes

3.3.1 Aerodispersóides

Os aerodispersóides, englobando poeira, fumos, fumaça, névoas e neblinas, apresentam


características físicas e químicas que podem provocar danos à saúde respiratória dos indivíduos expostos.

3.3.2 Gases e Vapores

Gases e vapores, categorizados como irritantes, asfixiantes, narcóticos e tóxicos sistêmicos,


representam riscos respiratórios significativos. A exposição a esses agentes químicos pode ter efeitos
adversos na saúde pulmonar e sistêmica, enfatizando a necessidade de medidas preventivas e de proteção
respiratória adequadas.

A compreensão detalhada desses riscos e a caracterização precisa da atmosfera em ambientes de


trabalho são fundamentais para implementar estratégias eficazes de gestão de riscos respiratórios, garantindo
a proteção da saúde dos trabalhadores e a conformidade com normas e regulamentações pertinentes.

4. Doenças Respiratórias Relacionadas

As Doenças Respiratórias Relacionadas a Poeiras, Fumos, Névoas e Gases representam uma


preocupação significativa para a saúde ocupacional. Essas condições englobam uma variedade de doenças
respiratórias, incluindo pneumoconioses e a conhecida "febre dos fundidores", todas associadas à exposição
a partículas suspensas no ar. As pneumoconioses, por exemplo, são doenças pulmonares causadas pela
inalação crônica de poeiras minerais, como sílica e amianto, com impactos adversos na função pulmonar ao
longo do tempo. A "febre dos fundidores" é um exemplo específico de condição relacionada à exposição a
fumos metálicos, geralmente ocorrendo em trabalhadores expostos a vapores e fumos durante processos de
fundição.
A abordagem para prevenir e controlar essas doenças respiratórias envolve a implementação de
medidas eficazes no local de trabalho. Isso inclui a utilização de equipamentos de proteção respiratória
adequados, como máscaras e respiradores, para evitar a inalação de substâncias prejudiciais. Além disso, é
essencial estabelecer práticas de controle de poeiras e fumos no ambiente, adotando tecnologias e processos
que minimizem a liberação desses contaminantes.

Figura 2 - Exemplo de EPR sendo utilizado


Fonte: [2]

O monitoramento regular da qualidade do ar é uma ferramenta crucial para avaliar a exposição dos
trabalhadores a poeiras, fumos, névoas e gases. Isso permite ajustes contínuos nas práticas de segurança e no
uso de EPIs, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável. Portanto, a gestão eficaz da saúde
respiratória em ambientes de trabalho expostos a esses elementos demanda uma abordagem abrangente,
integrando a prevenção, a monitorização constante e a adaptação contínua de medidas de proteção. Essas
práticas são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores que lidam com poeiras,
fumos, névoas e gases no exercício de suas atividades laborais.
Figura 3 - Principais danos a saúde por substâncias metálicas
Fonte: [2]

5. Programa de Proteção Respiratória

O Programa de Proteção Respiratória representa um conjunto abrangente de medidas adotadas para


mitigar a contaminação do ambiente de trabalho, priorizando a saúde e a segurança dos colaboradores. Uma
peça-chave desse programa é a utilização de máscaras respiratórias, sendo essenciais para prevenir a inalação
de substâncias nocivas presentes no ar.

A seleção adequada das máscaras respiratórias é uma etapa crucial, determinada pela avaliação
cuidadosa dos riscos presentes no ambiente de trabalho. Essa avaliação considera fatores como a natureza e
concentração dos contaminantes, a duração da exposição e as condições específicas do local.

Em ambientes classificados como IPVS (Atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e à Saúde), a


exigência por equipamentos mais especializados é evidente. Nesses casos, máscaras autônomas tornam-se
indispensáveis. Esses dispositivos oferecem uma proteção abrangente, garantindo que os trabalhadores
possam respirar de forma independente de qualquer atmosfera potencialmente letal.

Além da seleção adequada de equipamentos, o Programa de Proteção Respiratória deve abranger


outros elementos essenciais, como treinamento eficaz para os trabalhadores. Esse treinamento engloba a
correta colocação, ajuste e remoção das máscaras, bem como a compreensão dos limites de exposição e a
importância da manutenção regular dos equipamentos.
A gestão contínua do programa é vital, incluindo a revisão periódica da avaliação de riscos à medida
que as condições do ambiente de trabalho evoluem. A implementação de práticas eficazes de monitoramento
da qualidade do ar e a atualização constante do treinamento dos trabalhadores são componentes cruciais para
garantir a eficácia contínua do Programa de Proteção Respiratória.

Em resumo, o Programa de Proteção Respiratória não apenas enfatiza a importância do uso de


máscaras respiratórias, mas também destaca a necessidade de uma abordagem holística, que inclui a escolha
apropriada de equipamentos, treinamento adequado e uma gestão contínua para garantir a proteção efetiva
dos trabalhadores em ambientes potencialmente perigosos.

6. Riscos Específicos em Ambientes Laborais

6.1 Gases Tóxicos: Monóxido de Carbono

O monóxido de carbono é uma ameaça significativa em ambientes industriais, tornando crucial a


implementação de detecção contínua e estratégias específicas para garantir a segurança dos trabalhadores.

Figura 4 - Detector de CO com registro de alarmes


Fonte: [2]

6.2 Residual de Hidrocarbonetos Voláteis


O óleo lubrificante de compressores representa um risco para a qualidade do ar respirável,
destacando a necessidade de detectores eficientes para monitorar e controlar a presença desses
hidrocarbonetos voláteis.

6.3 Água/Vapor de Água no Ar Respirável

A presença de água condensada no ar respirável pode contribuir para problemas respiratórios,


enfatizando a importância de estratégias de purificação eficazes para manter a qualidade do ar respirável.

6.4 Material Particulado no Ar

A presença de partículas sólidas no ar representa um perigo para a saúde respiratória, ressaltando a


necessidade crítica de sistemas de purificação adequados para minimizar a exposição dos trabalhadores a
material particulado nocivo.

7. Normas e Padrões no Brasil

O cumprimento das normas brasileiras relacionadas à qualidade do ar respirável é fundamental para


assegurar ambientes de trabalho saudáveis. Diversas normas, como a ABNT NBR 12543, as
regulamentações da ANVISA (RDC 50 e RDC 307) e as disposições da NR 15 - Anexo 13, estabelecem
diretrizes e padrões que devem ser seguidos para garantir a qualidade do ar que os trabalhadores respiram.
Abaixo estão detalhes sobre alguns aspectos relevantes:

1. ABNT NBR 12543: Esta norma estabelece critérios e procedimentos para a avaliação da qualidade
do ar em ambientes internos, incluindo aspectos relacionados à ventilação, contaminantes atmosféricos
e parâmetros de conforto térmico. O cumprimento dessa norma contribui para a criação de ambientes
internos mais saudáveis e confortáveis.

2. ANVISA (RDC 50 e RDC 307): As Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) 50 e RDC 307,
emitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelecem requisitos sanitários
para serviços de saúde, incluindo aspectos relacionados à qualidade do ar. O cumprimento dessas
regulamentações é crucial em ambientes como hospitais, clínicas e laboratórios, onde a qualidade do ar
pode ter impacto direto na saúde dos pacientes e profissionais de saúde.

3. NR 15 - Anexo 13: A Norma Regulamentadora 15, especificamente o Anexo 13, trata das atividades
e operações insalubres que envolvem exposição a agentes químicos. O cumprimento dessa norma é
essencial para proteger os trabalhadores que lidam com substâncias químicas potencialmente
prejudiciais, garantindo que os níveis de exposição estejam dentro dos limites estabelecidos.

Ao garantir o cumprimento dessas normas, as organizações podem criar ambientes de trabalho mais
seguros, prevenindo riscos à saúde associados à qualidade do ar respirável. Isso envolve a implementação de
práticas de ventilação adequadas, monitoramento regular da qualidade do ar e a adoção de medidas
corretivas quando necessário. O objetivo final é proporcionar condições de trabalho que não comprometam a
saúde respiratória dos trabalhadores e estejam em conformidade com os padrões estabelecidos pelas normas
brasileiras pertinentes.

8. Classificação e Gerenciamento dos Riscos Respiratórios

O Programa de Proteção Respiratória (PPR) é uma abordagem abrangente adotada por organizações
para gerenciar os riscos respiratórios que os trabalhadores podem enfrentar em determinados ambientes de
trabalho. Esse programa é projetado para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, protegendo-os
contra ameaças respiratórias presentes no ambiente de trabalho.

A seguir, são detalhados alguns dos elementos-chave envolvidos no PPR:

1. Análise de Riscos: Antes de implementar medidas de proteção respiratória, é essencial realizar uma
análise detalhada dos riscos no ambiente de trabalho. Isso inclui a identificação de substâncias
perigosas, avaliação da concentração dessas substâncias e a determinação do potencial impacto na saúde
respiratória dos trabalhadores.

2. Seleção de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual): Com base na análise de riscos, é


necessário selecionar os EPIs apropriados para proteger os trabalhadores. Isso pode incluir máscaras
respiratórias, respiradores, ou outros dispositivos que ajudem a filtrar ou isolar substâncias nocivas.

3. Ensaios de Vedação: A eficácia dos respiradores depende da vedação adequada ao rosto do usuário.
Ensaios de vedação são conduzidos para garantir que o equipamento se ajuste corretamente,
minimizando as chances de vazamento e garantindo uma proteção eficaz.

4. Treinamento: É crucial fornecer treinamento adequado aos trabalhadores sobre o uso correto dos
respiradores, a importância da manutenção e inspeção regular, bem como a compreensão dos riscos
associados ao trabalho. Isso inclui informações sobre como colocar, ajustar e retirar os respiradores.

5. Gestão Contínua: O PPR não é um processo estático. Deve ser continuamente gerenciado e
atualizado conforme as condições de trabalho e os riscos respiratórios evoluem. Isso inclui a revisão
periódica da análise de riscos, a avaliação da eficácia dos respiradores, a revisão do treinamento e a
adaptação do programa às mudanças nas normas e regulamentações.

O objetivo final do Programa de Proteção Respiratória é criar um ambiente de trabalho seguro, onde
os trabalhadores possam desempenhar suas funções sem riscos significativos para a saúde respiratória. Isso
requer uma abordagem integrada que abrange desde a identificação inicial dos riscos até a gestão contínua e
a adaptação às mudanças nas condições de trabalho.

9. Conclusão

O conhecimento detalhado do sistema respiratório, conscientização sobre os riscos associados e a


implementação rigorosa de medidas de proteção são cruciais. A seleção adequada de respiradores,
juntamente com práticas de segurança no ambiente de trabalho, contribui para ambientes laborais seguros e
promove a saúde dos trabalhadores, além de preservar a reputação e reduzir custos relacionados a multas e
indenizações.
10. Referências Bibliográficas

[1] Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/1-170127121502/95/nr-33-1-traab-autorizado-


e-vigia-16h-1-mod-i-definies-17-638.jpg?cb=1486665774>. Acesso em: 11 nov. 2023.

‌ [2] BREATHE. Riscos respiratórios nos trabalhos. Disponível em:


<https://protecaorespiratoria.com/riscos-respiratorios-nos-trabalhos/>. Acesso em: 11 nov. 2023.

[3] Asbestose: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção. Disponível em:
<http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/356899/asbestose+definicao+causas+sintomas+diagn
ostico+tratamento+prevencao.htm>. Acesso em: 10 nov. 2023.
[4] PINHEIRO, D. P. Perigos da inalação de fumaça em incêndios | MD.Saúde. Disponível em:
<http://www.mdsaude.com/2013/01/fumaca-incendio.html>. Acesso em: 10 nov. 2023.

[5] Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho 2013 - 10a Edição. [s.l.] Gerenciamento Verde
Editora, [s.d.].

Você também pode gostar