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Quanto à aplicação da Lei Processual Penal no espaço, vale, como regra geral,
o princípio da territorialidade (locus regit actum), consagrado no art. 1º, caput,
do Código de Processo Penal, segundo o qual é aplicada a lei processual
penal brasileira a todo crime ocorrido no território nacional. A esse respeito,
entende-se como lei processual penal brasileira, também como regra, o Código
de Processo Penal, que, no entanto, não se aplica para os crimes processados
no Brasil nas hipóteses previstas incisos I a V, do art. 1º, do Código de
Processo Penal.
Os crimes de imprensa são julgados pela Justiça Comum. Para tais crimes era
respeitado o procedimento previsto na Lei nº 5.250/67. Havia, portanto, um
procedimento especial para o julgamento dos crimes de imprensa, de modo
que o Código de Processo Penal não era utilizado nesses crimes. Entretanto, o
STJ, no julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF) nº 130/DF, julgou pela não recepção ou revogação de toda a lei de
imprensa, daí porque, para esses casos, deve haver a aplicação do Código de
Processo Penal.
Art. 53.
Art. 53.
Art. 53.
Art. 53.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo
Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
3.9 – Foro especial por prerrogativa de função (ratione personae) (art. 84): em
face da relevância do cargo ou da função exercida por determinadas pessoas,
são elas julgadas originariamente por órgãos superiores da jurisdição e não
pelos órgãos comuns. A competência por prerrogativa de função é do Supremo
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais
Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes
comuns e de responsabilidade.
a) Supremo Tribunal Federal (STF) – julga, nas infrações comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, Deputados Federais, Senadores,
os próprios Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador-Geral da
República. Julga, nas infrações comuns e nos crimes de responsabilidade,
os Ministros de Estado, membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST e
STM), os membros dos Tribunais de Contas da União, os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica e os chefes de missão diplomática de
caráter permanente (art. 102 da CF)
b) Superior Tribunal de Justiça (STJ) – julga, nos crimes comuns, os
Governadores de Estados e do Distrito Federal. Julga, nos crimes comuns e
nos de responsabilidade, os Desembargadores e membros dos Tribunais de
Contas dos Estados e Distrito Federal, dos Tribunais Regionais Federais,
Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunais Regionais do Trabalho, membros dos
Tribunais de Contas dos Municípios e os Membros do Ministério Público da
União que oficiem perante os Tribunais (art. 105 da CF).
c) Tribunais Regionais Federais – julgam os Juízes Federais, incluídos os da
Justiça Militar Federal e da Justiça do Trabalho e os membros do Ministério
Público da União que oficiem junto à primeira instância. (art. 108 da CF).
d) Tribunais de Justiça Estaduais – julgam os Prefeitos, os Juízes Estaduais,
(abrangendo os integrantes dos Tribunais de Alçada, do Tribunal de Justiça
Militar Estadual, os Juízes de primeira instância e os auditores da Justiça
Militar) e os membros do Ministério Público Estadual.