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Laudo Técnico
Bloco Multiuso 04 Pavimentos
Unidade III - Marabá
UNIFESSPA
End. Avenida dos Ipês, Sn, Cidade Jardim, Nova Marabá, Marabá – PA - CEP 68507-590
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2. ATO ADMINITRATIVO
2.1. Em fevereiro do ano corrente (2021) foi emitida a Portaria sob nº 0002/2021
estabelecendo a Comissão técnica especial constituída pelos seguintes Servidores:
• Alexsander de Oliveira Zen - Engenheiro Civil;
• Benilcia Gomes de Abreu - Engenheira Civil;
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3. DO OBJETIVO
3.1. O propósito deste Laudo colima atender a solicitação arraigada a Portaria nº
0002/2021, ordem 04 do processo.
4. DO OBJETO
4.1. O Referido imóvel é um prédio de Sala de Aulas, localizado no Campus III da
Cidade Universitária pertencente a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
(figura1). O imóvel tem 4 pavimentos, tendo em média 480 m² por pavimento e área
construída total de 1919 m².
Coordenadas: E = 718.972,98 N = 9.406.572,96
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5. DA METODOLOGIA
5.1. Uma vez que o prédio está em uso desde o ano de 2018, solicitou-se a Divisão
de Manutenção desta IFES que fizesse a abertura pontual do forro PVC em alguns
trechos de viga previamente indicados pelos membros da comissão técnica. Após a
abertura do forro, fez-se uma inspeção visual em todos os trechos de vigas
descobertos, além de outros procedimentos indicados como necessários e viáveis pela
comissão técnica.
5.2. A avaliação se embasou nas normas técnicas nacionais, mormente na ABNT
NBR 13752:1996 (Norma Brasileira para Perícias de Engenharia na Construção Civil)
da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
5.3. Materiais e equipamentos utilizados: Câmera fotográfica digital, trena,
prancheta, esclerômetro digital, marreta, ponteiro, canetas e formulários para
anotações.
5.4. Os procedimentos inicias de execução do trabalho consistiram em:
5.4.1. Coletar dados para a caracterização da local avaliação do local;
5.4.2. Descrever das características do imóvel analisado, com respectivo levantamento
fotográfico;
5.4.3. Verificar da homogeneização do material (concreto armado) em alguns elementos
estruturais;
5.4.4. Evidenciar as patologias existentes por imagem;
5.4.5. Avaliar por amostragem a deformação em alguns elementos estruturais.
5.5. A área escolhida para avaliação se deu com critérios técnicos, escolhendo as
vigas nas quais haviam maiores carregamentos, e também analisando as situações
onde ocorreu o maior destacamento de piso cerâmico. Deste modo, a comissão
escolheu a viga V14 (destacada pelo retângulo amarelo) no 2° e 3° pavimento para
ser analisada.
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6. DAS CONSTAÇÕES
6.1. SISTEMA DE PISO
6.1.1. Averiguou-se que a estratificação do sistema de piso interno consiste, em ordem
ascendente: base (laje) + camada única (regularização e contrapiso) + argamassa
colante + revestimento cerâmico.
6.1.2. Atendo-se a camada única (regularização + contrapiso) no exame foi realizada
uma pequena abertura na camada logo abaixo da peça cerâmica destacada, a
profundidade foi limitada ao encontro do agregado graúdo da camada de
cobrimento da laje. Nas duas sondagens efetuadas se notou a variação da
espessura entre 03 cm e 06 cm (figuras 3 a 6). Também foi percebido uma “talisca”,
metodologia executiva tradicional que se vale de pedaços de cerâmica espaçados
em nível para execução do contrapiso. Todavia é patente a irregularidade da
superfície; em muitos locais é visível desde as variações de relevo a sobressalto
das peças cerâmicas.
6.1.3. A patologia inerente ao desplacamento e “estufamento” das placas cerâmicas do
piso foi apurada em todos os pavimentos. Nesta ocasião computou-se 223 m² de
pisos com avarias, contabilizando as placas ora removidas e as que apresentam
som “cavo” indicativo de vazio, oriundo da anomalia entre placa, argamassa e/ou
contrapiso. A área avariada representa, percentualmente, 16 % da área útil da
edificação. Torna-se pertinente rememorar que no ano passado (2020), quando
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Figura 7: Cerâmica estufada no Hall de entrada do 2 Figura 8: Cerâmica estufada no Hall de entrada do 2
Pavimento. Pavimento.
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Figura 11: Junta de assentamento do revestimento Figura 12: Junta de assentamento do revestimento
cerâmico do 1 Pavimento com 5 mm de cerâmico do 2 Pavimento com 4 mm de
espaçamento. espaçamento.
Figura 13: Junta de assentamento do revestimento Figura 14: Junta de assentamento do revestimento
cerâmico do 3 Pavimento com 3 mm de cerâmico do 3 Pavimento com 4 mm de
espaçamento. espaçamento.
Figura 15: Desnível abrupto. Figura 16: Irregularidade de nível entre as placas
cerâmicas.
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Figura 17: Junta de dilatação sem tratamento no Figura 18: Junta de dilatação do 3 Pavimento
Pavimento Térreo. preenchida com cerâmica. A mesma situação ocorre
no 2 Pavimento.
Figura 19: Bicheiras de concretagem no fundo da Figura 20: Bicheiras de concretagem no fundo da
viga. viga.
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OBS.: As deformações foram aferidas considerando como referencial uma base em nível sob
a face inferior da Viga carregada. Os pontos foram distanciados em 01 (um) metro e
mensurados com uma trena eletrônica.
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Figura 24: Remoção do chapisco e limpeza da área de Figura 25: Marcação dos pontos de ensaio.
ensaio.
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7. DO LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Na inspeção das fachadas foram verificadas fissuras nas alvenarias, nos cantos das
janelas, a armadura da laje do Pavimento Térreo exposta. Na cobertura, foi identificado
acúmulo de água na laje técnica e corrosão do guarda-corpo do reservatório superior.
Figura 32: Fissuras na alvenaria. Figura 33: Fissuras na viga do pavimento cobertura.
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Figura 34: Fachada lateral Figura 35: Fissuras nos cantos das janelas.
Figura 36: Destacamento do revestimento da laje. Figura 37: Laje de proteção com aço exposto.
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Figura 40: Fachada posterior. Figura 41: Fissuras nos cantos das janelas.
Figura 42: Acúmulo de água na laje técnica da Figura 43: Corrosão no guarda-corpo do reservatório
cobertura. superior.
8. CONCLUSÃO
Após todo o exposto conclui-se que as patologias ocorridas no sistema de piso,
principalmente as patologias referentes as do destacamento do piso, possivelmente,
não tem nexo de causalidade com o sistema estrutural do prédio, embasando-se na
inspeção visual dos elementos de concreto armado que se teve acesso e na análise
de deformação e homogeneidade das vigas sobreditas. Não foi constatado nenhuma
evidência de movimentação em seus elementos estruturais, ou seja, nem vigas, nem
pilares ou lajes apresentaram evidências que estão causando o problema do
destacamento das cerâmicas do piso.
Em relação as vigas com falhas de concretagem (bicheiras, armaduras
expostas, etc), recomenda-se que seja realizado um tratamento que pode ser feito
com a utilização de argamassa tixotrópica (Grout) para a recomposição do cobrimento
da peça.
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quebra ou retirada das demais peças com problemas e a colagem de novas peças,
o que proporciona um enorme barulho nesta etapa de trabalho prejudicando assim
a acústica das demais salas de aula. Posto isto, a segunda solução proposta pela
comissão, seria a integral remoção do piso cerâmico existente e a colocação de
um porcelanato do tipo técnico, voltado para áreas de grande circulação, como
ambientes escolares, supermercados aeroportos e etc. Este tipo de porcelanato
tem melhores características de expansibilidade, durabilidade, absorção entre
outras qualidades do que os materiais cerâmicos, e que acabam por reduzem
drasticamente as chances que este tipo de incidente ocorrer novamente.
Cabe aqui frisar que o problema de destacamento das cerâmicas, não é
exclusivo deste prédio, e que pela situação analisada também irá ocorrer (em maior
ou menor proporção) em outros ambientes, como foi o caso que nos foi relatado do
prédio de laboratórios de Xinguara.
9. ENCERRAMENTO
Encerra-se o presente laudo, constituído de 19 (cinco) laudas impressas no anverso,
devidamente assinado. Sendo composto de 02 (duas) laudas de anexo contendo o
resultado do ensaio de esclerometria e a tabela de conversão.
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10. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7584: Concreto endurecido
— Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão — Método de ensaio. Rio
de Janeiro, 2012.
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ANEXO 1
Resultados do ensaio de esclerometria
Emitido em 18/01/2022