Os estudiosos e os teóricos desenvolveram hipóteses diferentes para explicar a
origem dos pensamentos, das motivações e das emoções que servem de base para a personalidade. Também há diferentes conceitos sobre o que é a personalidade que foram elaborados ao longo da história. Uma delas está no livro Teorias da personalidade, dos autores Jess Feist, Gregory J. Feist e Tomi- Ann Roberts: “um padrão de traços relativamente permanentes e características únicas que dão consistência e individualidade ao comportamento de uma pessoa”. O livro Teorias da personalidade também divide as teorias em algumas subdivisões: teorias cognitivas e da aprendizagem, teorias psicodinâmicas, teorias humanistas existenciais, teorias biológico-evolucionistas e teorias disposicionais. Entre as teorias psicodinâmicas, dois autores, os psiquiatras Sigmund Schlomo Freud e Carl Gustav Jung, desenvolveram fundamentos sobre a personalidade que se consolidaram ao longo do tempo. Freud foi o primeiro a formular o conceito de teoria da personalidade. Ele sistematizou o aparelho psíquico em três categorias: ID, ego e superego. O ID é relacionado aos instintos e funciona por meio de desejos inconscientes. O ego controla os instintos e é racional. Já o superego fica em conflito com o ID e está relacionado aos valores morais. Além de acreditar na existência do consciente e do inconsciente, Jung defendia o conceito de inconsciente coletivo, que aborda a experiência obtida pela humanidade. Conforme essa teoria, nascemos com uma herança psicológica que existe além da biológica. Desse modo, assim como ocorre uma evolução da estrutura do corpo, a mente teria arquétipos que herdamos ao longo dos anos. Esses arquétipos, na maioria das vezes, abrangem temas de culturas longínquas que existiriam em sua mente e podem surgir geralmente em seus sonhos.