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Geomorfologia de Moçambique
De acordo com Bondyrev (1983), a geomorfologia de Moçambique pode ser descrita pelas
morfoestruturas que se descrevem a seguir:
"Inselbergs' graníticos
Maciços erosivos-desnudados
Relevos graníticos aplanados e em vias de rejuvenescimento
As estruturas deste tipo estão situadas na provincia de Manica. De grande interesse é a Serra
Sitatonga, constituída por curtas e estreitas serras submeridionais com altitudes absolutas de 850
até 900 metros e desnivelação relativa de 400 a 450 metros.
Relevos de desligamento;
Relevos graníticos.
Este tipo de relevo é muito comum em Moçambique e pode ser visto em todo território, a norte
do rio Búzi.
Algumas formas assemelham-se a torres de fortalezas antigas, outras a dinossáurios, etc. Estas
morfoestruturas são constituídas em granitoides e as suas formas estão relacionadas com as
particularidades da alteração química, expressa na desagregação esferoidal que apresentam.
As morfoestruturas deste tipo ocorrem em todo o território de Moçambique e ocorrem nas zonas
periféricas dos sistemas montanhosos mais altos, exemplo monte Binga, Namúli, etc.
A litologia (arenitos, trílitos, conglomerados, xistos, etc.), determinou uma dissecção vertical
significativa. A desnudação selectiva originou uma paisagem de colinas grandes, mais
características nos vales dos rios Lunho e Messinge (província de Niassa) e no curso inferior dos
rios Panhame, Choe, Impata, Daque, Muze (afluentes da margem direita do rio Zambeze,
provincia de Tete).
As altitudes na provincia de Tete variam de 700 a 750m e na província de Niassa de 180 a 250m.
As morfoestruturas têm geralmente um aspecto aplanado e côncavo, relacionado com a tectónica
e com as particularidades da sedimentação das rochas do Karoo no graben de Messinge e do
Médio Zambeze.
Cornijas de cuestas
Um grupo destas morfoestruturas ocupa uma faixa entre o rio Luenha e a boca de Lupata. As
morfoestruturas estão situadas umas por detrás das outras, descaindo para o lado do rio Zambeze.
As altitudes dos cumes de cuestas são da ordem de 300 a 320m.
Há ainda de salientar um grupo de morfoestruturas de cuestas desenvolvidas no complexo
gnaissico migmatítico, resultantes da alteração selectiva, da erosão fluvial e da tectónica. Estas
morfoestruturas ocupam a região entre Muandina e Chilo (distrito de Morrumbala).
São processos que ocorrem utilizando energia proveniente do interior da Terra, formando e
modificando a composição e a estrutura da crosta, em uma ação mais construtiva.
As rochas existentes podem sofrer perturbações, devido a esforços que ocorrem no interior da
crosta, deformando ou quebrando-se, originando dobras e falhas. Tais esforços ao provocarem
reacomodações de partes da crosta produzem vibrações que se propagam em forma de ondas
constituindo os terramotos.
São processos que ocorrem usando a energia proveniente do exterior da Terra, consistindo
basicamente da energia solar que atua directa ou indirectamente sobre a superfície da crosta, em
uma acção mais destrutiva. São processos geológicos exógenos: o intemperismo e a ação das
águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos organismos. Os processos de
desagregação e decomposição de rochas por ação das águas superficiais e subterrâneas, do vento,
do gelo e dos organismos constituem o intemperismo. O intemperismo e a fotossíntese são dois
processos fundamentais para a vida pois sem o intemperismo não haveria destruição das rochas e
a formação dos solos, e sem a fotossíntese não haveria fixação da energia solar, vital ao ciclo de
vida da Terra.
A água atua tanto na superfície como na subsuperfície, tendo acção intempérica-é o principal
agente de intemperismo químico erosivo e transportadora. Ao percolar, a água transporta
(lixivia) solutos para o lençol freático, atingindo o mar ou outro ambiente de sedimentação,
podendo ocorrer aí precipitação e consequente formação de rochas sedimentares químicas. Ao
escoar pela superfície, transporta sedimentos (erosão), depositando-os com a diminuição de sua
energia, formando depósitos que originarão solos ou rochas sedimentares clásticas. O vento e O
gelo sā0 agentes intempericos e transportadores. O intemperismo se dá pela ação abrasiva de
partículas por eles transportadas.
Sumário Nesta unidade temática falamos da geomorfologia de Moçambique, sua origem e suas
características, descrevemos a morfoestruturas em diferentes regiðes de Moçambique
apresentamos exemplos elucidativos em cada de região do país. Trouxemos de forma sumaria os
processos endogenos e exógenos para o processo de formação das morfoestruturas da crosta
terrestre.