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Ebooksuicidio
Ebooksuicidio
DO COMPORTAMENTO SUICIDA:
UM GUIA PARA
PROFISSIONAIS
DA SAÚDE
SUMÁRIO INTRODUÇÃO
UM FENÔMENO GLOBAL
2
3
O QUE É COMPORTAMENTO SUICIDA 5
FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO 6
ASPECTOS COGNITIVOS DO COMPORTAMENTO SUICIDA 8
Aspectos do conteúdo cognitivo 9
Aspectos relacionados ao processamento de informações 10
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO SUICIDA 12
MANEJO DO COMPORTAMENTO SUICIDA 15
Psicoeducação 16
Plano de segurança 17
Caixa da esperança/kit de sobrevivência 20
Estratégias de resolução de problemas 20
Desenvolvimento de habilidades interpessoais 21
Uso de distratores e estratégias tranquilizantes 22
Cartões de enfrentamento 22
Comemorar pequenas conquistas 22
PREVENÇÃO DE RECAÍDA 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS 24
A ARTMED 26
REFERÊNCIAS 27
INTRODUÇÃO
Quando se trata do comportamento suicida, a informação
2
UM FENÔMENO GLOBAL
Apenas uma pequena parcela das pessoas que apresen-
29 anos.
3
No cenário brasileiro, o Sistema de Informação de Agravos de Notifi-
elevado, pois uma grande parte dos casos não são registrados. Já o Sis-
suicídio no Brasil entre 2011 e 2015, com taxas variando entre 5,3 e 5,7 a
cos indicam que, entre 2000 e 2019, houve uma diminuição de 36% na
4
O QUE É O COMPORTAMENTO
SUICIDA? O comportamento suicida é um fenômeno complexo e multifato-
rial e, por isso, ainda não há consenso entre os pesquisadores sobre um esquema
5
Fatores de risco e proteção para o comportamento suicida:
FATORES DE RISCO FATORES DE PROTEÇÃO
FATORES DE
Tensões na vida (ex.: rompimentos român- Estar empregado;
RISCO E PROTEÇÃO
ticos, problemas legais, falhas acadêmicas, Ter criança em casa;
Talvez você já tenha tido
etc.); Ausência de sintomas psicopatológicos;
contato com uma lista gi-
Tentativas anteriores de suicídio; Senso de responsabilidade com a famí-
gantesca de fatores de risco Exposição ao suicídio de outras pessoas; lia;
e proteção para o comporta- Quadros psicopatológicos (ex.: depressão, Capacidade de solucionar problemas;
mento suicida. Entendemos transtorno bipolar, transtornos de persona- Suporte familiar adequado;
por fator de risco um atribu- lidade, problemas de abuso de substâncias, Crenças religiosas, culturais ou étnicas;
sição de um indivíduo que Problemas de saúde física graves ou crônicos; Ter animal de estimação;
6
Apesar de os estudos indicarem uma associação entre os
fatores de risco e de proteção e o comportamento suicida, ais que tenham o potencial de ser mais direcionadas na
quando são realizados estudos longitudinais prospectivos, compreensão e explicação do comportamento suicida
os fatores de risco e proteção acabam não sendo predito- (Nock, 2014). Atualmente, as variáveis cognitivas são com-
res confiáveis! preendidas como aspectos centrais para abordar o sui-
o acaso para explicar o comportamento suicida. Esse re- Por isso, há algum tempo, os suicidologistas redireciona-
sultado pode parecer bastante estranho em um primeiro ram seus esforços para identificar características indi-
momento, mas ele confirma o que já sabíamos: o com- viduais que tenham o potencial de ser mais direciona-
portamento suicida é complexo e, para sua compreensão, das na compreensão e explicação do comportamento
faz-se importante considerar modelos e propostas mais suicida (Nock, 2014). Atualmente, as variáveis cognitivas
amplas sobre os processos de saúde (Franklin et al. 2017; são compreendidas como aspectos centrais para abor-
Friedman & Kern, 2014; Wenzel et al., 2010). dar o suicídio. Além de serem em grande parte passíveis
7
ASPECTOS COGNITIVOS As crenças tendem a se manter estáveis ao longo do tempo
DO COMPORTAMENTO SUICIDA e podem se ativar ou não, a depender das situações de vida
A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) compreen- experienciadas. Quando ativadas, as pessoas tendem a focar
de que os sentimentos, pensamentos e comportamen- nas informações que confirmam suas crenças e a desconsi-
tos estão intimamente relacionados. Para a abordagem, derar informações contrárias a essa ideia central (Wenzel et
as interpretações e percepções que as pessoas têm a al., 2010). Essas crenças podem se tornar desadaptativas, e,
respeito do ambiente são regidas por meio de três es- por isso, as intervenções objetivam modificá-las para alterar
truturas mentais que se conectam às reações fisiológi- os padrões de cognição, emoção e comportamento.
cas, comportamentais e emocionais (Assumpção et al.,
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Aspectos do conteúdo cognitivo
Desesperança: expectativa negativa ou falta de expec- Sentir-se como um peso/estorvo: crença de que
tativas com relação ao futuro e está associada ao aumento a incompetência pessoal afeta negativamente as
da ideação e intenção suicida. É um dos principais aspectos outras pessoas. Trata-se de uma variável cognitiva,
relacionados ao comportamento suicida e pode explicar as pois não é uma medida objetiva do quanto as ou-
associações entre os fatores de risco e a ideação suicida. Por tras pessoas se sentem afetadas (Nock, 2014).
o nível de desesperança pode aumentar e contribuir para o Baixo pertencimento: percepção individual de
(Nock, 2014; Wenzel et al., 2010). isolamento social é comum em pessoas que rela-
Perfeccionismo: estabelecimento de padrões elevados rem por suicídio (Nock, 2014; Wenzel, 2021).
tica elevada e uma preocupação constante em evitar falhas Perceber situações como insuportáveis: tendên-
e erros. A dimensão de Perfeccionismo Socialmente Pres- cia em reagir negativamente, a nível emocional,
crito, advinda do modelo proposto por Hewitt e Flett (1991), cognitivo e comportamental, às situações aversi-
é a que apresenta maior relação com a ideação suicida e vas, além de dificuldade de encontrar estratégias
fala sobre a percepção de que as outras pessoas esperam adequadas para lidar com as situações. O compor-
um desempenho perfeito e estabelecem padrões de de- tamento suicida é visto como uma fuga de tal dor
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Aspectos relacionados ao processamento de informações
Déficits de resolução de problemas: falha pessoal samento dicotômico tem o potencial de limitar os in-
em gerar soluções alternativas para os problemas da divíduos com ideação suicida a identificar e avaliar de
vida. Assim, o comportamento suicida aparece como forma precisa as soluções múltiplas para os problemas
uma solução viável (Nock, 2014; Wenzel, 2021). de vida (Nock, 2014; Wenzel, 2021).
Estilo de memória generalizada: os indivíduos com Pensamento futuro: os indivíduos com ideação sui-
ideação suicida são mais propensos a recuperar me- cida demonstram prejuízo na geração de expectativas
mórias mais genéricas e demoram mais para recupe- positivas para o futuro. Ainda, quando geram expecta-
rar memórias específicas. Isso pode gerar dificuldade tivas positivas (como metas), essas tendem a ser acom-
na resolução de problemas e em imaginar eventos fu- panhadas de uma série de razões pelas quais não se-
turos, colaborando para a desesperança (Nock, 2014). rão alcançadas (Nock, 2014).
Pensamento dicotômico: tendência em fazer jul- Alocação de atenção: tendência a direcionar a aten-
gamentos extremos e polarizados (popularmente ção para aspectos negativos do ambiente, que con-
conhecido como uma atitude “8 ou 80”), com pouca firmam as crenças desadaptativas. Por exemplo, uma
consideração dada às informações ou evidências que pessoa pode se voltar para os erros cometidos em uma
podem levar a uma avaliação mais equilibrada. O pen- prova e ignorar os acertos (Nock, 2014; Wenzel, 2021).
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Existem diferentes modelos desenvolvidos para a com- cognitivos associados a distúrbios psiquiátricos, refe-
preensão do comportamento suicida e, dentre eles, Amy re-se à ativação de crenças centrais associadas a quadros
Wenzel e colaboradores (2010) propuseram o modelo cog- psicopatológicos, como sintomas depressivos, ansiosos,
nitivo integrativo, composto por três processos centrais: transtornos de personalidade, etc. Por fim, os processos
PROCESSOS COGNITIVOS ASSOCIADOS À CRISE. tos que desencadearam a crise e, juntamente às crenças
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AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO SUICIDA
O processo de avaliação visa a observar o risco do comportamento Não raramente, as pessoas com comportamen-
suicida, a fim de instruir adequada conduta terapêutica. Para isso, tos suicidas recebem tratamentos inadequados
a melhor abordagem de avaliação é utilizar uma combinação de ou um suporte apenas nos momentos de crise, o
diferentes técnicas, como entrevistas (estruturadas, semiestrutura- que pode levar a um ciclo vicioso de múltiplas ten-
das ou não-estruturadas), escalas de auto ou heterorrelato, obser- tativas. Por isso, conhecer a respeito do processo
vação, testes situacionais, anamneses, entre outros. Abaixo seguem de tratamento anterior acaba sendo fundamental.
alguns aspectos relevantes que devem ser observados durante a Um exemplo desse ciclo vicioso foi ilustrado por
avaliação (Wenzel, 2021; Wenzel et al., 2010): Wenzel (2021) e está representado a seguir:
do(a) paciente (por exemplo, se está feliz ou triste por ter sobre-
Desesperança Problemas
em relação ao interpessoais
vivido); tratamento Ciclo vicioso em casa
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Com relação aos instrumentos disponíveis para o contexto brasileiro, Teodoro e colaboradores (2020) realizaram a
adaptação transcultural do Frequency of Suicidal Ideation Inventory (FSII), um instrumento de autorrelato compos-
to por 5 itens respondidos em uma escala likert, que objetiva avaliar a frequência de ideação suicida no ano anterior.
Instruções
Menos do que Quase
Aproximadamente
Por favor, indique a frequência com Nunca três ou quatro
uma vez por mês
todos os
vezes no ano dias
que você teve pensamentos so-
vezes no ano
tas vezes você se perguntou o 1 2 3 4
que teria acontecido se tivesse
acabado com sua vida?
3 = Aproximadamente uma vez
4. Durante o último ano, quan-
por mês tas vezes você pensou em co- 1 2 3 4
meter suicídio?
4 = Aproximadamente uma vez
5. Durante o último ano, quan-
por semana
tas vezes você desejou não
1 2 3 4
existir?
5 = Quase todos os dias
13
Ainda, para investigar as princi- Parâmetros para Avaliação de Risco de Comportamento Suicida
pais razões individuais para não
cometer suicídio, Baptista & Go- PARÂMETRO ALTO RISCO BAIXO RISCO
pontos.
Psicopatologia Presente e grave Ausente ou leve
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MANEJO DO COMPORTAMENTO SUICIDA
Antes de iniciar o acompanhamento e tratamento de pacien- composto por diversos especialistas (dentre eles psi-
tes com comportamento suicida, certifique-se de estar con- cólogos, psiquiatras, nutricionistas, terapeutas ocupa-
fortável com o caso. Fique atento(a) às preocupações e sensa- cionais, entre outros). Além disso, a TCC tem se mos-
ções que o(a) paciente desperta em você. Ainda, certifique-se trado como uma excelente ferramenta para manejo
de estar disponível para o acompanhamento, pois não é re- dos casos (Nock, 2014). Por isso, listamos a seguir uma
comendado acolher muitos pacientes com comportamentos série de técnicas comumente utilizadas na TCC para
autolesivos ou suicidas ao mesmo tempo. abordar o comportamento suicida e que visam a al-
Quando possível, busque trabalhar com uma equipe mul- (Wenzel, 2021; Nock, 2014). Você pode adequá-las para
tidisciplinar, pois os(as) pacientes podem se beneficiar bas- facilitar a compreensão e engajamento do(a) pacien-
tante de um trabalho em rede, desenvolvido por um time te.
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Psicoeducação
Quanto mais informações sobre a condição de saú-
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Plano de segurança
O plano de segurança consiste em Ao listar as atividades, pense junto ao(a) paciente sobre possíveis obstáculos
uma lista de estratégias e recursos (ex.: chover torna mais difícil fazer caminhada em um parque). É recomendado
para enfrentar momentos de cri- indicar objetivamente a atividade, deixando-a bastante específica (ex.: coloque o
se. Ele precisa ser de fácil acesso e nome do filme e a forma como ele pode ser acessado);
construído de forma colaborativa. Pode ser feito um role-play ensaiando o que o(a) paciente poderia conversar
Ao lado, estão algumas orientações: com os(as) amigos(as) ou familiares ao ligar em momentos de crise. Verifique a
Liste um ou mais serviços de saúde que sejam próximos aos locais comumen-
que este seja de fácil acesso durante todos os momentos. Por isso, algumas có-
pias podem estar disponíveis nos principais locais frequentados pelo(a) paciente
e em dispositivos eletrônicos;
balé”);
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Plano de segurança
LEMBRE-SE:
Pensamentos suicidas podem ser muito fortes e pode parecer que
sempre.
Como pode ser difícil ter foco e pensar claramente quando você tem
18
1.
1 Fazer as seguintes atividades para me acalmar/confortar: 2.
3.
1.
2 Lembrar das minhas razões para viver: 2.
3.
Nome:
3 Telefonar para um amigo ou membro da família:
Telefone:
Nome:
5 Telefonar para meu(minha) psicólogo/psiquiatra:
Telefone:
1.
7 Ir a um lugar onde eu esteja seguro 2.
3.
Fonte: adaptado por Ana Irene Fonseca Mendes para uso nos atendimentos do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental da
Universidade de São Paulo (LaPICC-USP) do original de Stanley e colaboradores (2008). Retirado de Franzin et al. (2017).
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Caixa da esperança/kit de sobrevivência
DEFINIÇÃO OPERACIONAL DO PROBLEMA;
Podemos solicitar ao(à) paciente que crie uma caixa com
LEVANTAMENTO DE POSSÍVEIS SOLUÇÕES;
fotos, poesias, textos, cartas, bilhetes, cartões de enfrenta-
AVALIAÇÃO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS;
mento e qualquer outro item significativo que traga boas
TOMADA DE DECISÃO SOBRE QUAL SOLUÇÃO UTILIZAR;
recordações de motivos para viver e que possa ser aces-
IDENTIFICAÇÃO DE ETAPAS E OBSTÁCULOS PARA IMPLE-
sada em momentos de crise (Wenzel, 2021; Wenzel, et al.,
MENTAR A SOLUÇÃO;
2010).
E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS.
Estratégias de resolução de problemas
A técnica de estratégias de resolução de problemas ob- As etapas não são sempre lineares, e, caso necessário, po-
jetiva incentivar o(a) paciente a identificar as situações- demos retornar às etapas anteriores para prosseguir com
-problema (podem ser as já vivenciadas ou as esperadas), a melhor implementação da estratégia. Você pode per-
levantar e avaliar possíveis soluções, tomar decisões e ela- guntar como o(a) paciente resolveria um problema similar
borar e implementar um planejamento. Essa técnica pode ou como aconselharia outra pessoa a resolver o problema
20
Desenvolvimento de habilidades interpessoais
O desenvolvimento de habilidades interpessoais pode
21
Uso de distratores e estratégias tranquilizantes
Para os momentos de crise, os(as) pacientes podem se be-
22
PREVENÇÃO DE RECAÍDA
Quando os(as) pacientes relatarem não apresentar mais o
negativas;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperamos que este material tenha trazido contribuições relevantes
de Brasileira de Neuropsicologia.
24
Este material foi escrito por: Editora-chefe
WILLIAN DE SOUSA RODRIGUES CARMEM BEATRIZ NEUFELD
Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Psi- Psicóloga. Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade
Laboratório de Avaliação e Intervenção na Saúde (LAVIS/ Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
UFMG). Membro da Comissão Jovem da Associação de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP. Presi-
Terapias Cognitivas de Minas Gerais (ATC-Minas). Mem- dente da Associação Latino Americana de Psicoterapias
bro da Diretoria Consultiva da Liga de Terapias Cognitivo- Cognitivas - ALAPCO (2019-2022). Presidente da Associa-
AESBE (2020-2023).
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A ARTMED
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REFERÊNCIAS
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