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DIREITO CONSTITUCIONAL

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Poder e processo legislativo

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SUMÁRIO

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SUMÁRIO ..........................................................................................................................................................
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DIREITO CONSTITUCIONAL......................................................................................................................... 6

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1. FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO..................................................................................................... 6

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2. ESTRUTURA ................................................................................................................................................ 7

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2.1 Poder Legislativo Federal ...............................................................................................................................7

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2.2 Poder Legislativo Estadual .............................................................................................................................7

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2.3 Poder Legislativo Municipal ...........................................................................................................................7

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3. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL ...................................................................................... 8

11
4. CÂMARA DOS DEPUTADOS ................................................................................................................... 8

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5. SENADO FEDERAL..................................................................................................................................... 9
05

6. REMUNERAÇÃO DOS PARLAMENTARES ......................................................................................... 11


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7. DAS REUNIÕES ......................................................................................................................................... 11


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7.1 Sessão Legislativa Ordinária: .....................................................................................................................


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7.2 Sessão legislativa extraordinária .............................................................................................................. 11


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7.3 Reunião em Sessão Conjunta:.................................................................................................................... 12


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7.4 Sessão Preparatória e mesas diretoras: ................................................................................................. 12


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8. COMISSÕES PARLAMENTARES ........................................................................................................... 12


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8.1 Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI ............................................................................................. 13


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8.1.1 CPIs Estaduais ......................................................................................................................................... 18


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8.1.2 CPIs Distritais ........................................................................................................................................... 18


2 5D

8.2 CPIS Municipais........................................................................................................................................... 18


1 14

9. IMUNIDADES PARLAMENTARES ......................................................................................................... 18


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9.1 Imunidade Parlamentar Federal ................................................................................................................ 18


05

9.2 Outras garantias.............................................................................................................................................. 27


ES

9.3 Observações Importantes ............................................................................................................................ 27


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9.4 Parlamentares Estaduais.............................................................................................................................. 28


A

9.5. Parlamentares Municipais .......................................................................................................................... 28


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10. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS PARLAMENTARES (ART. 54, I e II –


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DECORAR): ..................................................................................................................................................... 28
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Poder e processo legislativo

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11. PERDA DO MANDATO ......................................................................................................................... 29

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11.1 Sentença penal condenatória transitada em julgado e perda do mandato dos
parlamentares .......................................................................................................................................................... 31

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12. PROCESSO LEGISLATIVO ................................................................................................................... 32

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12.1. Processo Legislativo de Leis Ordinárias e complementares ....................................................... 32

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12.2. Emendas Constitucionais ......................................................................................................................... 39

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12.3. Lei Complementar e Lei Ordinária ........................................................................................................ 41

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12.4. Lei Delegada ................................................................................................................................................. 41

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12.5. Medida Provisória ....................................................................................................................................... 42

5D
12.6. Decreto Legislativo ..................................................................................................................................... 46

42
12.7. Tratados Internacionais ............................................................................................................................ 46

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12.8. Resolução ....................................................................................................................................................... 47
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Poder e processo legislativo

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DIREITO CONSTITUCIONAL

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TODOS OS ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA

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CF/88
⦁ Art. 2º

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Arts. 44 ao 58

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⦁ Arts. 59 ao 75

CR
ARTIGOS MAIS IMPORTANTES – NÃO DEIXE DE LER!

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CF/88

AN
⦁ Art. 2°

5D
⦁ Arts. 44, 45 e 46

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⦁ Arts. 48 e 49 (importantíssimos!!!)

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⦁ Arts. 51 e 52 (importantíssimos!!!)
00
⦁ Art. 53 (importantíssimo!!!)
05

⦁ Arts. 54 a 56
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⦁ Art. 58, §3º


GO

⦁ Art. 60 47319
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Art. 61, §1º


LIM

⦁ Arts. 62, 66 e 67
NA

⦁ Arts. 71 e 74
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1. FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO


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a) FUNÇÃO TÍPICA
2
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· Função legiferante – elaborar leis


1
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· Função de fiscalização e controle dos atos do Executivo


00
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É evidente que a função típica do legislativo é legislar, a possibilidade de editar leis que
ES

inovem na ordem jurídica, criando novos direitos e obrigações jurídicas. Essa função decorre da
M
GO

própria legitimidade democrática do Poder Legislativo. Mas, no direito contemporâneo, se reconhece


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como função típica a função de fiscalização da Administração Pública, cujo instrumento mais
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importante são as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).


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Poder e processo legislativo

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b) FUNÇÃO ATÍPICA

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O Poder Legislativo também desempenha funções atípicas:

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· Função judicial – Senado Federal julga o Presidente por crimes de responsabilidade

A
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· Função administrativa – Quando a Câmara dos Deputados e o Senado Federal se organizam
internamente através da criação de cargos públicos.

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Obs.: É a possibilidade de os Poderes realizarem funções típicas e atípicas que viabiliza o princípio

CR
da separação dos poderes e o sistema de Freios e Contrapesos.

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2. ESTRUTURA

5D
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A forma federativa de Estado confere uma estrutura tríplice ao Poder Legislativo, que é composto:

11
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· Poder Legislativo Federal
00
· Poder Legislativo Estadual
05
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· Poder Legislativo Municipal


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2.1 Poder Legislativo Federal 47319


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· Vigora o bicameralismo federativo:


·
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Câmara dos deputados – Representa o povo;


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· Senado Federal – Representa os Estados + DF.


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2.2 Poder Legislativo Estadual


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· Unicameral, composto por deputados estaduais, na Assembleia legislativa;


I
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· Número de deputados estadual da assembleia legislativa = 3x a representação da câmara


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dos deputados, e atingido o número de 36, será acrescido de tantos quantos forem os
2
14

deputados acima de 12 (Y = (X-12) + 36);


1
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· Mandato de 04 anos;
00
05

· Subsídio fixado por lei da assembleia legislativa, NÃO podendo ser superior a 75% do
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estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.


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2.3 Poder Legislativo Municipal


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· O Poder Legislativo Municipal é unicameral;


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· Apresenta apenas 1 Casa legislativa - Câmara dos Vereadores;


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· Eleitos pelo Sistema proporcional com lista aberta;


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Poder e processo legislativo

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·

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Mandato: de 4 anos;

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· Subsídios dos vereadores são fixados pela própria Câmara Municipal em cada legislatura

GO
para a legislatura subsequente, observados os critérios previstos na Lei Orgânica e na CF/88.

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Obs.1: A Câmara Municipal não pode gastar mais de 70% da própria receita com folha de
pagamento, incluindo o gasto com subsídio dos Vereadores. O desrespeito a essa norma acarreta

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crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal (art. 29-A, §3º).

IS
Obs.2: A Câmara Municipal, ao elaborar sua Lei orgânica, não exerce o Poder Constituinte Derivado

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Decorrente!

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3. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

5D
42
São artigos muito importantes!!! É imprescindível fazer a leitura constante deles!!!

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00
· Art. 48 CF: dependem de sanção do Presidente;
05
S

Entenda...existem matérias que exigem sanção do presidente, o que isso quer dizer? Que
ME

se exige que essas matérias sejam tratadas por lei formal, visto que é no processo legislativo que há
GO

a exigência de sanção do presidente. Elas não podem


47319 ser tratadas por ato interno do congresso como
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decreto legislativo ou resolução. Desse modo, todas as matérias inscritas no art. 48 demandam lei
formal.
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· Art. 49 CF: é dispensada a manifestação do Presidente, e são materializadas por


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decreto legislativo.
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Matérias do art. 49, 51 e 52 da Constituição, que são as competências privativas do


I
AN

Congresso Nacional e de suas casas. Essas competências privativas podem ser exercidas por atos
5D

internos, que independem de sanção presidencial. Elas são: o decreto legislativo e a resolução.
2
14
1
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4. CÂMARA DOS DEPUTADOS


00
05

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo,


MES

eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no


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Distrito Federal.
A

§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e


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pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar,


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proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no


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Poder e processo legislativo

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ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação

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tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei

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Complementar nº 78, de 1993)

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§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

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· Casa legislativa que representa o POVO;

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· Eleitos pelo sistema proporcional;

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· Mandato: prazo de 4 anos;

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· Nenhuma das unidades pode ter menos do que 08 e mais do que 70 deputados;

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· Requisitos para a candidatura dos Deputados Federais:

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✔ Brasileiro nato ou naturalizado (para ser presidente da Câmara dos Deputados, exige

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que seja brasileiro nato);

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✔ Maior de 21 anos;
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✔ Pleno exercício dos direitos políticos;
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✔ Alistamento eleitoral;
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✔ Domicílio eleitoral na circunscrição;


GO

✔ Filiação partidária. 47319


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· Competências privativas – DECORAR ART. 51. Materializadas por meio de resoluções e NÃO
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dependem de sanção presidencial.


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ATENÇÃO: Todas as atribuições da Câmara dos Deputados são materializadas através de decreto
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legislativo, sem sanção presidencial. EXCETO a competência para iniciativa de projeto de lei que vise
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à fixação da remuneração, hipótese em que exige lei específica, com sanção presidencial.
2 5D
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5. SENADO FEDERAL
1
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00

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do


05
ES

Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.


M

§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato


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de oito anos.
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§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de


quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º Cada
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Senador será eleito com dois suplentes.


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Poder e processo legislativo

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Casa Legislativa que representa os Estados e o DF;

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Eleitos pelo sistema majoritário;

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Serão 03 senadores para cada unidade da Federação, cada um com 02 suplentes;
O Mandato é de 08 anos (duas legislaturas), sendo a renovação de 4 em 4 anos, por 1/3 e 2/3;

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Requisitos:

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✔ Brasileiro nato ou naturalizado (para ser presidente do Senado Federal, deve ser

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brasileiro nato);

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✔ Maior de 35 anos;

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✔ Pleno exercício dos direitos políticos;

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✔ Alistamento eleitoral;

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✔ Domicílio eleitoral na circunscrição;

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✔ Filiação partidária.
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Obs.: A Perda do mandato por infidelidade partidária não se aplica a cargos eletivos majoritários.
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Se o titular do mandato eletivo,


47319 sem justa causa, decidir sair do partido
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político no qual foi eleito, ele perderá o cargo que ocupa? a) Se for um cargo
eletivo MAJORITÁRIO: NÃO A perda do mandato em razão de mudança de
NA

partido não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob
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pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. No


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sistema majoritário, o candidato escolhido é aquele que obteve mais votos,


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não importando o quociente eleitoral nem o quociente partidário. Nos pleitos


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dessa natureza, os eleitores votam no candidato e não no seu partido político.


5D

Desse modo, no sistema majoritário, a imposição da perda do mandato por


2
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infidelidade partidária é antagônica (contrária) à soberania popular. b) Se for


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um cargo eletivo PROPORCIONAL: SIM O mandato parlamentar conquistado


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no sistema eleitoral proporcional pertence ao partido político. Assim, se o


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parlamentar eleito decidir mudar de partido político, ele sofrerá um processo


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na Justiça Eleitoral que poderá resultar na perda do seu mandato. Neste


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processo, com contraditório e ampla defesa, será analisado se havia justa


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causa para essa mudança. STF. Plenário. ADI 5081/DF, Rel. Min. Roberto
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Barroso, julgado em 27/5/2015 (Info 787). Quais as hipóteses que


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atualmente podem ser consideradas como justa causa para a mudança de


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partido? As situações estão elencadas no art. 22-A da Lei nº 9.096/95

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(Incluído pela Lei nº 13.165/2015). Importante citar também a exceção

GO
prevista no § 5º do art. 17 da CF/88 (Incluído pela EC 97/2017).

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· Competências privativas: materializadas através de resoluções, NÃO dependendo de sanção

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presidencial. DECORAR Art. 52 CF/88.

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6. REMUNERAÇÃO DOS PARLAMENTARES

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· A CF NÃO determina que o subsídio dos Deputados e Senadores seja igual ao dos Ministros

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do STF, mas o estabelece apenas como limite remuneratório.

42
· Além do subsídio, os parlamentares recebem algumas espécies remuneratórias:

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· Cota para o exercício da atividade parlamentar (CEAP) – Para os Deputados Federais,
00
destina-se a custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício de atividade parlamentar,
05

abrangendo as despesas como, por exemplos, passagens Aéreas, Telefonia e Serviços


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Postais, vedada a aquisição de selos, dentre outros.


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Atenção à jurisprudência: É inconstitucional lei estadual que vincula a remuneração dos


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Deputados Estaduais à dos Deputados Federais (Info 1090).


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7. DAS REUNIÕES
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7.1 Sessão Legislativa Ordinária:


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5D

O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 02/02/ a 17/07 e de


2
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01/08 a 22/12 (períodos de sessão legislativa ordinária).


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A sessão legislativa NÃO será interrompida sem a aprovação do projeto de LDO.


00

Legislatura = 04 sessões legislativas.


05
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7.2 Sessão legislativa extraordinária


M
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A

De 18 a 31/07 e 23/12 a 01/02, há o recesso parlamentar e, havendo necessidade, os


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parlamentares serão convocados extraordinariamente nas seguintes hipóteses (art. 57, §6º CF):
NA

a) Presidente do Senado Federal: nos seguintes casos:


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DIREITO CONSTITUCIONAL

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Poder e processo legislativo

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⮚ Decretação de intervenção Federal;

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⮚ Pedido de autorização para a decretação de estado de sítio;

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⮚ Para o compromisso e posse do Presidente da República.

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b) Presidente da República, da Câmara e do Senado: Em caso de urgência ou interesse
público relevante, e SEMPRE com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das

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casas do CN.

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● Exige requerimento da maioria absoluta dos membros de ambas as casas.

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● Na convocação extraordinária, o Congresso só deliberará sobre a matéria para o qual foi

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convocado, VEDADO o pagamento de parcela indenizatória ou ajuda de custo => VEDAÇÃO

5D
de reprodução obrigatória nos Estados e Municípios.

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7.3 Reunião em Sessão Conjunta:
00
· Para inaugurar sessão legislativa;
05
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· Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas casas;


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· Receber o compromisso do Presidente e vice da República;


GO

· Conhecer o veto e sobre ele deliberar. 47319


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7.4 Sessão Preparatória e mesas diretoras:


NA
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Cada uma das casas se reunirá em sessão preparatória, a partir de 1º de Fevereiro, no primeiro
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ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas mesas, para mandato de
CR

02 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.


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· Mesas Diretoras: exercem funções administrativas, sendo o Presidente o presidente do


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Senado e os demais cargos ocupados alternadamente entre Câmara e Senado.


2
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Não é possível a recondução dos Presidentes da Câmara dos Deputados e


00

do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente


05

subsequente, dentro da mesma legislatura. ADI 6524, Rel. Min. Gilmar


ES
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Mendes, julgado em 14/12/2020.


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8. COMISSÕES PARLAMENTARES
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DIREITO CONSTITUCIONAL

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Poder e processo legislativo

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Na Constituição das mesas e de cada Comissão é assegurado, tanto quanto possível, a

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representação proporcional dos partidos.

GO
As comissões podem ser:

A
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a) Permanentes ou Temporárias
▪ Comissão parlamentar permanente (temática) - É quando a existência da comissão não está

NA
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submetida a prazo. É chamada também de comissão temática, pois não se vincula a prazo,

TI
IS
mas sim a tema (estabelecem-se em razão da matéria). (DECORAR ART. 58, §2º CF).

CR
▪ Comissão parlamentar temporária - Criadas para apreciar matéria específica, extinguindo-

LA
se ao término da legislatura ou cumprida a finalidade para a qual foram criadas.

IE
AN
5D
As comissões temporárias podem ser:

42
a) Comissão especial - É criada somente em duas situações. São elas:

11
69
(1) Análise de proposta de emenda à constituição;
00
(2) Análise de projeto de lei.
05

b) Comissão externa - É criada na hipótese de diligência externa à casa. A casa precisa realizar uma
S
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diligência investigatória. Essa diligência será externa à casa. Para que venha a ser feita uma
GO

diligência externa, deverá ser constituída a comissão


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temporária externa.
A

c) Comissão Mista: Formada por deputados e senadores para apreciar os assuntos que devam ser
LIM

examinados em sessão conjunta pelo CN.


NA

d) Comissão Representativa: Constitui-se somente no recesso parlamentar.


TI
IS

e) Comissão de inquérito - Será criada na situação de investigação do inquérito parlamentar. Será


CR

criada para que o inquérito parlamentar venha a ser instaurado, desenvolvido e concluído. CPI
A
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são comissões temporárias de inquérito.


I
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5D

8.1 Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI


2
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1

a) Previsão Legal: art. 58, §3°, CF/88


69
00
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§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


ES

investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos


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GO

regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados
A

e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante


LIM

requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato


NA

determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,


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DIREITO CONSTITUCIONAL

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Poder e processo legislativo

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encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade

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civil ou criminal dos infratores.

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b) Definição: Comissões temporárias, destinadas a investigar fato certo e determinado
c) Criação: Pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,

NA
mediante requerimento de 1/3 de seus membros.

TI
IS
É possível instaurar CPIs simultâneas dentro de uma mesma casa, ao limite de 05, segundo

CR
regimento interno da Câmara dos Deputados.

LA
Requisitos:

IE
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· Requerimento subscrito por, no mínimo, 1/3 de parlamentares;

5D
· Indicação, com precisão, de fato determinado, a ser apurado na investigação parlamentar;

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· Indicação de prazo certo para o desenvolvimento dos trabalhos.

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69
00
A instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito depende unicamente
05

do preenchimento dos requisitos previstos no art. 58, § 3º, da Constituição


S
ME

Federal, ou seja:
GO

a) o requerimento de um terço
47319 dos membros das casas legislativas;
A

b) a indicação de fato determinado a ser apurado; e


LIM

c) a definição de prazo certo para sua duração. (STF, Info 1013)


NA
TI
IS

Direito Subjetivo das minorias: A maioria legislativa NÃO pode frustrar o exercício, pelos grupos
CR

minoritários que atuam no Congresso, do direito público subjetivo que lhes é assegurado pela CF,
A
EL

que confere a prerrogativa de ver efetivamente instaurada a investigação parlamentar, por período
I
AN

certo, sobre fato determinado.


2 5D
14

d) Objeto:
1
69

· Apuração de fato determinado.


00

· Fato de interesse para a vida pública e a ordem constitucional. Ou seja: não pode a CPI ser
05

instaurada para apurar fato exclusivamente privado ou de caráter pessoal.


ES
M
GO

Obs.1: diante de um mesmo fato, pode ser criada CPI na Câmara e também no Senado, ou ainda a
47319
A

investigação poderá ser conduzida pelo Judiciário, por outros órgãos, ou até por CPIs nos outros
LIM

entes federativos, se houver interesse comum, devendo cada qual atuar nos limites de sua
NA

competência.
TI
IS
CR

14
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
ME
Obs.2: É vedado a CPI investigar sobre assuntos de:

GO
1. Interesse exclusivo de outros entes federativos - a CPI deve respeitar o Pacto Federativo.

A
LIM
Uma CPI federal somente pode ser instaurada para a investigação de interesse federal ou
nacional. O limite da competência fiscalizatória é a competência do Congresso Nacional.

NA
2. As atribuições do Poder Judiciário - em prestígio ao Princípio da Separação dos Poderes,

TI
IS
atos de conteúdo jurisdicional constituem verdadeiros limites materiais à atuação parlamentar

CR
(ex.: não podem rever fundamentos de uma sentença judicial).

LA
IE
AN
e) Prazo: Deve 47319
ter prazo certo. Na Câmara, a CPI poderá também atuar durante o recesso

5D
parlamentar, possuindo o prazo de 120 dias, prorrogável até a metade do prazo, mediante

42
deliberação em plenário, para a conclusão de seus trabalhos.

11
69
É possível a prorrogação do prazo da CPI, desde que:
· Seja definido novo termo final;
00
05

· Sua atuação não ultrapasse o final da legislatura.


S
ME
GO

f) Poderes da CPI: As CPIs terão poderes de47319


investigação, próprios das autoridades judiciais,
A

além de outros previstos no Regimento Interno das Casas.


LIM

A CPI pode, por autoridade própria, sempre por decisão fundamentada e motivada,
NA

observadas todas as formalidades legais, determinar:


TI
IS

✔ Quebra de sigilo fiscal;


CR

✔ Quebra de sigilo bancário – Segundo o STF, a validade jurídica da quebra de sigilo bancário
A
EL

determinada por CPI demanda aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o
I
AN

órgão de investigação legislativa => Princípio da colegialidade.


5D

✔ Quebra do sigilo de dados, com destaque para o sigilo dos dados telefônicos.
2
14
1
69

INF. 890, STF – CPI pode quebrar sigilo de dados, porém deve respeitar o
00

caráter sigiloso dos mesmos, não podendo torná-los públicos. Há uma


05

transferência de sigilo. Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos


ES

bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Assim, a página
M
GO

do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio
A

da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI).


LIM

STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info
NA

899)
TI
IS
CR

15
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
ME
A CPI ainda pode:

GO
· Determinar diligências que reportarem necessárias;

A
LIM
· Requerer convocação de Ministros de Estado;
· Tomar depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais;

NA
TI
· Ouvir os indiciados: Deve respeitar o direito ao silêncio, podendo o indiciado deixar de

IS
responder às perguntas que possam incriminá-lo;

CR
· Inquirir testemunhas sob compromisso, sob pena de condução coercitiva: As testemunhas

LA
IE
prestam o compromisso de dizer a verdade, sob pena de falso testemunho, e a elas é

AN
assegurado o direito ao silêncio, caso tenha que prestar alguma informação que a

5D
incrimine.

42
11
69
Atenção: A obrigação de prestar o depoimento encontra certa mitigação diante de indagações
00
em cujas respostas a testemunha possa se incriminar. Em inúmeras decisões, o Supremo Tribunal
05
47319

Federal garantiu que depoentes em comissões parlamentares de inquérito se mantivessem em


S
ME

silêncio diante de perguntas que lhes pudessem ser de alguma forma prejudiciais. E o mesmo
GO

Supremo tem proferido decisões nas quais faz referência


47319 à ilicitude da prova colhida em depoimentos
A
LIM

testemunhais sem a observância do direito à não autoincriminação.


NA

· Requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos;


TI
IS

· Transporta-se aos lugares onde seja necessária a sua presença.


CR
A
EL

OBS: Se a testemunha é esposa de investigado, o CPP prevê que a testemunha NÃO poderá se
I
AN

eximir da obrigação de depor, mas sendo cônjuge de um dos investigados, NÃO é obrigada a firmar
5D

o compromisso de dizer a verdade.


2
14
1
69

A CPI NÃO poderá praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao


00

Poder Judiciário – cláusula de reserva de jurisdição, como:


05

· Diligência de busca domiciliar;


ES
M

· Interceptação telefônica;
GO

· Ordem de prisão, SALVO em flagrante delito por crime de falso testemunho;


A
LIM

· Decretar medidas assecuratórias (arresto, sequestro, hipoteca legal), se inserem no poder


geral de cautela do Juiz, sendo atos tipicamente jurisdicionais;
NA

· Levantar o segredo de justiça;


TI
IS
CR

16
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
Decretar busca e apreensão em local sujeito à inviolabilidade domiciliar.

ME
GO
IMPORTANTE: O investigado é obrigado a comparecer na sessão da CPI na qual seria

A
LIM
ouvido?
Há divergência jurisprudencial veiculada no Informativo 942 do STF! Contudo, em caso de

NA
empate, prevalece a decisão mais favorável ao paciente. Assim, a 2ª Turma do STF concedeu a ordem

TI
IS
de habeas corpus para transformar a compulsoriedade de comparecimento em facultatividade e

CR
deixar a cargo do paciente a decisão de comparecer ou não à Câmara dos Deputados, perante a CPI,

LA
para ser ouvido na condição de investigado. STF. 2ª Turma. HC 171438/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,

IE
AN
julgado 28/5/2019 (Info 942).

5D
42
a)Motivação: Toda CPI será motivada, sob pena de padecer de vício de ineficácia.

11
69
b)Conclusões: As CPIs NUNCA podem impor penalidades ou condenações. Os Presidentes da
00
Câmara dos Deputados, Senado Federal ou CN encaminharão o relatório da CPI e a resolução que o
05

aprovar aos chefes do MPU ou dos Estados para a responsabilização civil, administrativa ou criminal
S
ME

dos infratores.
GO

47319
A

Posição do STF:
LIM
NA

As Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI possuem permissão legal


TI
IS

para encaminhar relatório circunstanciado não só ao Ministério Público e à


CR

Advocacia-Geral da União, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo


A
EL

veicular, inclusive, documentação que possibilite a instauração de inquérito


I
AN

policial em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados (art. 58, § 3º,
5D

47319
CRFB/88, c/c art. 6º-a da Lei 1.579/52, incluído pela Lei 13.367/2016). STF.
2

Plenário. MS 35216 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/11/2017.


114
69
00

OBS.1: É competência originária do STF processar e julgar MS e HC impetrados contra CPIs


05

constituídas no âmbito do CN ou de quaisquer de suas casas.


ES

OBS.2: STF E REGRA DA PREJUDICIALIDADE: Será prejudicada as ações de MS e HC sempre que,


M
GO

impetrados contra CPIs, vierem estas a se extinguir em virtude de conclusão de seus trabalhos
A

investigatórios, independente da aprovação ou não do relatório final (Há ainda precedente do STF
LIM

que NÃO aceita a regra da prejudicialidade).


NA
TI
IS
CR

17
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
8.1.1 CPIs Estaduais

S
ME
NÃO há regra na CF que preveja CPIs NÃO Federais. No entanto, é possível a criação de CPIs

GO
Estaduais, em decorrência do equilíbrio do pacto federativo e princípio da separação de poderes.

A
LIM
Existem precedentes que admitem o poder de quebra do sigilo fiscal pela CPI Estadual,
desde que fundamentado o pedido. Pelo princípio da simetria, entendeu o STF que as prerrogativas

NA
decorrentes do art. 58, §3º também se aplicam às CPIs criadas em âmbito estadual (ACO 1.271/RJ).

TI
IS
CR
8.1.2 CPIs Distritais

LA
IE
AN
É possível, ante a simetria

5D
42
8.2 CPIS Municipais

11
69
00
A Câmara dos Vereadores, apesar de poder instaurar a CPI, não terá, por si, o poder de quebra
05

do sigilo bancário, devendo haver autorização judicial.


S
ME

STF (Ministro Joaquim Barbosa): Os poderes instrutórios NÃO são extensíveis às CPIs
GO

municipais, pois se trata de modelo de separação de poderes da CF, de excepcional derrogação deste
47319
A

poder para dar a uma casa legislativa poderes jurisdicionais, posto que instrutórios. Como o Município
LIM

NÃO dispõe de jurisdição nem poder jurisdicional, não se admite essa transferência de poderes
NA

jurisdicionais.
TI
IS

Logo: Municípios podem criar CPIs, mas NÃO podem quebrar sigilo bancário.
CR
A
EL

9. IMUNIDADES PARLAMENTARES
I
AN
5D

São prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras da liberdade do exercício das


2

funções. Podem ser:


14
1

47319

A) Imunidade Material, Real ou Substantiva: Inviolabilidade civil pelas Opiniões, palavras e


69
00

votos;
05

B) Imunidade Processual, Formal ou Adjetiva: Regras sobre prisão e processo dos


ES

parlamentares.
M
GO
A

9.1 Imunidade Parlamentar Federal


LIM
NA

A) IMUNIDADE MATERIAL OU INVIOLABILIDADE PARLAMENTAR


TI
IS
CR

18
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
ME
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por

GO
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda

A
LIM
Constitucional nº 35, de 2001)

NA
Os parlamentares são invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras

TI
IS
e votos, desde que proferidos em razão de suas funções parlamentares, no exercício do mandato,

CR
NÃO se restringindo ao âmbito do CN.

LA
É irresponsabilidade geral, desde que decorrente do exercício do mandato.

IE
AN
Abrangência: Em regra: A jurisprudência tradicional do STF sempre entendeu que, se os atos

5D
forem praticados dentro do Congresso Nacional, a imunidade será absoluta, dispensando o nexo

42
funcional. Ao passo que, se fora do recinto parlamentar, a imunidade exige o nexo funcional.

11
69
· Dentro do parlamento – 47319
nexo funcional é presumido;
00
· Fora do Parlamento – a imunidade exige a demonstração do nexo funcional.
05

No entanto, no Informativo 831, a primeira turma do STF entendeu que a imunidade material
S
ME

absoluta do parlamentar deve ser relativizada, dependendo de análise de nexo funcional, quando
GO

este proferir palavras e opiniões, dentro do recinto


47319 parlamentar, PORÉM DIRIGIDO A VEÍCULO
A
LIM

DE IMPRENSA E DESTINADO À PUBLICIDADE EXTERNA e não, ao âmbito parlamentar, em


plenário.
NA
TI
IS

B) IMUNIDADE FORMAL OU PROCESSUAL


CR
A
EL

I) Para a prisão: (Art. 53, §2º, CF/88)


I
AN
5D

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não


2
14

poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os


1
69

autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para
00

que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação
05

dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)


ES
M
GO

Relacionada à prisão dos parlamentares e ao processo. Os parlamentares passam a ter


A

imunidade formal para a prisão a partir do momento em que são diplomados pela Justiça Eleitoral
LIM

(antes da posse), configurando o termo inicial para a atribuição de imunidade formal para a prisão.
NA
TI
IS
CR

19
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Fonte do quadro a seguir: Dizer o Direito:

S
ME
REGRA: DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES NÃO PODERÃO SER

GO
PRESOS.

A
LIM
Exceção 1: Exceção 2:
Poderão ser presos em flagrante O Deputado ou Senador

NA
TI
de crime inafiançável. condenado por sentença judicial

IS
transitada pode ser preso para cumprir

CR
pena.

LA
IE
Trata-se de exceção prevista Trata-se de exceção construída

AN
expressamente na CF/88. pela jurisprudência do STF.

5D
42
Obs.: os autos do flagrante serão Obs.: o parlamentar condenado

11
69
remetidos, em até 24h, à Câmara ou ao por sentença transitada em julgado será
00
Senado, para que se decida, pelo voto preso mesmo que não perca o mandato.
05
S

aberto da maioria de seus membros, Poderíamos ter por exemplo, em tese, a


ME

pela manutenção ou não da prisão do esdrúxula situação de um Deputado


GO

parlamentar. condenado ao regime semiaberto que,


47319
A
LIM

durante o dia vai até o Congresso


47319

Nacional trabalhar e, durante a noite,


NA

fica recolhido no presídio.


TI
IS
CR

Obs.: existe divergência na doutrina sobre a possibilidade de o Deputado ou Senador ser


A
EL

preso por conta de atraso no pagamento da pensão alimentícia (prisão civil). Admitem: Uadi Bulos e
I
AN

Marcelo Novelino. Não admitem: Pedro Lenza e Bernardo Fernandes. Não há precedente do STF
5D

sobre o tema.
2
14

Em suma, pode-se dizer que o § 2º do art. 53 da CF/88 veda apenas a prisão penal cautelar
1
69

(provisória) do parlamentar, ou seja, não proíbe a prisão decorrente da sentença transitada em


00

julgado, como foi a hipótese do ex-Deputado Federal Natan Donadon condenado pelo STF na AP
05

396/RO.
ES
M

No caso do Senador Delcídio, ele ainda nem foi formalmente denunciado. Dessa forma, não
GO

estamos falando em condenação definitiva.


A
LIM

Os parlamentares só poderão ser cautelarmente presos nas hipóteses de flagrante de


NA

crime inafiançável (“ESTADO DE RELATIVA INCOERCIBILIDADE PESSOAL DOS


TI
IS
CR

20
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
CONGRESSISTAS” – Celso de Melo). => Nesse caso, os autos deverão ser encaminhados à Casa

S
ME
Parlamentar respectiva, no prazo de 24hrs para que, pelo voto (ABERTO) da maioria absoluta de

GO
seus membros, resolva sobre a prisão.

A
LIM
Nota-se que a aprovação pela Casa é condição necessária para a manutenção da prisão em
flagrante delito de crime inafiançável. Logo, há duas hipóteses:

NA
(1) Se a Casa decidir pela não manutenção do cárcere, a prisão deverá ser imediatamente

TI
IS
relaxada;

CR
(2) Se a Casa mantiver a prisão em flagrante, os autos deverão ser encaminhados, no prazo de

LA
24hrs, ao STF, para que este analise a legalidade da prisão.

IE
AN
5D
ATENÇÃO! Se a prisão for decorrente de sentença judicial transitada em julgado, prevê a

42
CF/88 que a perda do mandato será decidida pela Câmara ou Senado, por voto secreto e maioria

11
69
absoluta (modalidade: cassação do mandato), em razão da especialidade do art. 53 em relação ao
art. 15 da CF/88.
00
05
S
ME

OBS.: CASO DELCÍDIO DO AMARAL -> O requisito da flagrância restou satisfeito, já que o
GO

parlamentar praticou o crime de organização criminosa,


47319
que é crime permanente. A inafiançabilidade
A

resulta do fato de o art. 324, IV do CPP proibir a fiança quando estiverem satisfeitos os requisitos da
LIM

prisão preventiva.
NA
TI

47319
IS

OBS.: CASO DANIEL SILVEIRA -> No dia 16/02/2021, o Deputado Federal Daniel Silveira (PSL/RJ)
CR

publicou vídeo de 19m9s, no YouTube, no atacou frontalmente os Ministros do STF, por meio de
A
EL

diversas ameaças e ofensas, e propagou a adoção de medidas antidemocráticas contra a Corte. No


I
AN

mesmo dia, o Min. Alexandre de Moraes entendeu que as afirmações proferidas configuraram crime
5D

e, no âmbito do Inquérito 4.781/DF, determinou a prisão em flagrante do Deputado.


2

O Deputado estava em flagrante delito?


14
1

R.: Para o Min. Alexandre de Moraes, sim. O Ministro afirmou que:


69
00

“as condutas criminosas do parlamentar configuram flagrante delito, pois


05

verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos acima


ES

mencionados, uma vez que o referido vídeo permanece disponível e acessível


M
GO

a todos os usuários da rede mundial de computadores, sendo que até o


A

momento, apenas em um canal que fora disponibilizado, o vídeo já conta com


LIM

mais de 55 mil acessos. Relembre-se que, considera-se em flagrante delito


NA

aquele que está cometendo a ação penal, ou ainda acabou de cometê-la. Na


TI
IS
CR

21
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
presente hipótese, verifica-se que o parlamentar DANIEL SILVEIRA, ao

S
ME
postar e permitir a divulgação do referido vídeo, que repiso, permanece

GO
disponível nas redes sociais, encontra-se em infração permanente e

A
LIM
consequentemente em flagrante delito, o que permite a consumação de sua
prisão em flagrante.”

NA
TI
IS
Os crimes supostamente praticados pelo Deputado são inafiançáveis?

CR
R.: O Ministro entendeu que sim, pois dois motivos:

LA
1) Porque foram praticados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 323,
47319

IE
AN
III, do CPP); e

5D
2) Porque, no caso concreto, estão presentes os motivos que autorizam a decretação da

42
prisão preventiva, de sorte que estamos diante de uma situação que não admite fiança,

11
69
com base no art. 324, IV, do CPP. (Mesmo argumento invocado no Caso Delcídio do
Amaral)
00
05
S
ME

OBS.: CASO AÉCIO NEVES - O STF decidiu que é possível a aplicação de medidas cautelares
GO

diversas da prisão (art. 319 do CPP) aos congressistas,


47319
sem que isso implique em mácula a sua
A

imunidade à prisão. Contudo, sempre que tais medidas interferirem no exercício da atividade
LIM

parlamentar (como no caso do afastamento do mandato) deve-se remeter os autos à Casa


NA

Legislativa para que delibere no prazo de 24 (vinte e quatro) horas sobre a manutenção das
TI
IS

medidas cautelares impostas ao parlamentar (ADI 5526/DF).


CR
A
EL

II) Para o processo (Art. 53, §3° a 5º da CF/88)


I
AN
5D

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, POR CRIME


2

OCORRIDO APÓS A DIPLOMAÇÃO, o Supremo Tribunal Federal dará


1 14

ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela


69
00

representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão


05

final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda


ES

Constitucional nº 35, de 2001)


M
GO

§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo


A

improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa


LIM

Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)


NA
TI
IS
CR

22
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o

S
ME
mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

GO
A
LIM
A imunidade formal abrange apenas processos criminais.
Início: com a DIPLOMAÇÃO. Assim, não há imunidade material para crimes praticados ANTES

NA
DA DIPLOMAÇÃO.

TI
IS
Procedimento:

CR
· Oferecida denúncia, o Ministro do STF poderá recebê-la sem prévia licença da Casa

LA
Parlamentar. Após o recebimento da denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime

IE
AN
ocorrido após a diplomação, o STF dará ciência à Casa respectiva que, por iniciativa de

5D
partido político nela representado e pelo voto da maioria absoluta de seus membros, decidirá

42
sustar o andamento da ação.

11
69
· O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 45
00
dias do seu recebimento pela mesa diretora, e a sustação do processo suspende a
05
47319

prescrição enquanto durar o mandato.


S
ME
GO

Obs.: Qual efeito dessa sustação? Trata-se de causa


47319
suspensiva da prescrição. O prazo não zera, ele
A

é interrompido, voltando a correr ao final do mandato.


LIM
NA

STF: Já decidiu pelo desmembramento do processo, em razão da diferença do regime de prescrição,


TI
IS

em caso de ter havido a sustação do processo de crime praticado após a diplomação, em concurso
CR

de agentes, por parlamentar e outro indivíduo que não goze da imunidade.


A
EL
I
AN

III) Prerrogativa de foro (art. 53, §1º, CF/88)


2 5D
14

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão


1

submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.


69
00
05

REDUÇÃO TELEOLÓGICA FEITA PELO STF EM RELAÇÃO AO FORO POR PRERROGATIVA DE


ES

FUNÇÃO DOS PARLAMENTARES FEDERAIS.


M
GO

· Em 2018 o STF mudou de entendimento a respeito da abrangência do foro de prerrogativa


A

de função para parlamentares federais fixando a sua existência apenas para a fatos
LIM

praticados no cargo de parlamentar federal e em razão de seu exercício;


NA
TI
IS
CR

23
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
O STF adotou uma interpretação restritiva do foro de prerrogativa de função previsto na CF

ME
para os parlamentares federais.

GO
(1) A CF prevê um sistema de foro extremamente ampliado que alcança inúmeros agentes

A
LIM
públicos, tão alargado que gera consequências graves e indesejáveis para a justiça.
(2) O modelo de foro por prerrogativa tal qual delineado impede o gozo de garantias

NA
importantes como o direito ao duplo grau de jurisdição, previsto em alguns diplomas

TI
IS
internacionais de que o Brasil é signatário como CADH.

CR
(3) Foro por prerrogativa de função é garantia para resguardar a função exercida e não, o

LA
agente público nela investido de forma que sua incidência deve ficar adstrita às

IE
AN
infrações comuns praticadas após a diplomação e em razão do cargo.

5D
Nesse sentido, chegamos à seguinte conclusão:

42
✔ Infração cometida durante o exercício da função parlamentar: A competência será

11
69
do STF, sendo desnecessário pedir autorização à Casa respectiva, bastando dar
00
ciência ao Legislativo, que poderá sustar o andamento da ação;
05

✔ Delito cometido ANTES do exercício parlamentar: Antigamente, diplomando-se o


S
ME

réu, o processo deveria ser remetido imediatamente ao STF que, entendido


GO

preenchidos os requisitos, daria prosseguimento


47319 à ação penal. Pela nova regra, como
A

foi crime praticado antes da diplomação, NÃO há mais imunidade processual. Findo o
LIM

mandato, caso o processo não tenha terminado, será encerrada a competência do STF,
NA

devendo o processo retornar para o juiz natural.


TI
IS

✔ Delito cometido APÓS o encerramento do mandato: NÃO há foro por prerrogativa


CR

de função (Art. 451 STF)


A
EL
I
AN

Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo


5D

Deputado Federal não se relacionam ao exercício do mandato, a competência


2
14

para julgá-los não é do STF, mas sim do juízo de 1ª instância. Isso porque o
1
69

foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos


00

durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF


05

AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018).


ES
M
GO

·
47319
Ciranda de Processos: No mesmo julgamento em que o STF reduziu o alcance da
A

interpretação sobre o foro por prerrogativa de função, a Corte também estabeleceu um marco
LIM

temporal para perpetuar a competência dos Tribunais, de modo a evitar uma ciranda de
NA

processos e a burla à competência constitucional.


TI
IS
CR

24
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Assim, segundo o STF, o momento processual em que se operará a perpetuação da

S
o

ME
jurisdição, ainda que haja renúncia ou ausência de reeleição, é o FIM DA INSTRUÇÃO.

GO
A instrução é considerada encerrada com a publicação do despacho de intimação

A
LIM
para a apresentação das alegações finais.
▪ Trata-se de marco temporal objetivo importante para impedir os constantes

NA
deslocamentos de competência das ações penais, um sobe-e-desce processual

TI
IS
seja pela ausência de reeleição, seja pela renúncia do mandato, em especial com

CR
o intuito fraudulento, com o intuito de se esquivar do juiz natural. Ser um marco

LA
objetivo é importante, pois diminui a margem de possibilidade de manipulação

IE
AN
sobre as regras de competência.

5D
▪ Essa flutuação de competências retarda a prestação jurisdicional com evidente

42
prejuízo para a eficácia, racionalidade e credibilidade do sistema penal. Em

11
69
muitos casos havia até prescrição.
00
05

Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por prerrogativa de função


S
ME

aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e


GO

relacionados às funções 47319


desempenhadas. Marco para o fim do foro:
A

término da instrução. Após o final da instrução processual, com a


LIM

publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações


NA

finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais
TI
IS

afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o


CR

cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937
A
EL

QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900).


I
AN
5D

· Foro por prerrogativa de função e jurisdições de categorias diversas: Em razão de


2
14

circunstâncias especiais, demonstradas no caso concreto, no concurso de jurisdições de


1
69

diversas categorias predominará a de maior graduação, podendo


47319
se deliberar no julgamento
00

conjunto de todos os corréus (caso do mensalão).


05

· O congressista em licença mantém o foro por prerrogativa de função. Decidiu o STF que,
ES

“embora licenciado para o desempenho de cargo de secretário de estado, nos termos


M
GO

autorizados pelo art. 56, I, da CF, o membro do Congresso Nacional não perde o mandato de
A

que é titular e mantém, em consequência, nos crimes comuns, a prerrogativa de foro, ratione
LIM

muneris, perante o STF” (Inq. 3.357 – 2014).


NA
TI
IS
CR

25
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05

S
Por outro lado, o congressista investido em cargo de ministro de estado perde ambas

ME
as imunidades (formal e material), mas mantém o foro por prerrogativa de função (Inq-

GO
QO 1070/TO – 2001; Inq 104; Inq 777-QO).

A
LIM
▪ Por fim, vale ressaltar que a prerrogativa de foro conferida aos membros do Congresso
Nacional somente se estenderá ao suplente no caso de efetivo exercício da atividade

NA
TI
parlamentar (AP 665/MT).

IS
CR
ATENÇÃO!!! Embora estejamos tratando das imunidades sobre os PARLAMENTARES FEDERAIS,

LA
IE
por questões meramente didáticas e de pertinência com o tema, iremos falar da aplicação da decisão

AN
acima aos desembargadores e aos agentes políticos que ocupam cargos eletivos. (Essa ordem facilita

5D
a compreensão, pois os argumentos utilizados estão dentro da mesma decisão!).

42
11
69
Obs.1: A RESTRIÇÃO DO FORO POR PRERROGATIVA NÃO SE APLICA A
00
DESEMBARGADORES E NEM AOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
05
S

O entendimento que restringiu o âmbito do foro por prerrogativa no que diz respeito aos
ME

agentes políticos não se aplica aos desembargadores dos TJ´s. Dessa forma, o STJ continua sendo
GO

competente para julgar quaisquer crimes imputados


47319 a Desembargadores, não apenas os que
A
LIM

tenham relação com o exercício do cargo.


Igualmente, também não se aplica aos membros do Ministério Público.
NA
TI
IS

Obs.2: PRORROGAÇÃO DO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E REELEIÇÃO


CR

47319

O foro por prerrogativa de função é uma prerrogativa funcional e por isso, somente subsiste
A
EL

enquanto o agente público estiver no exercício da função (regra da atualidade). Isso significa que,
I
AN

uma vez praticado um crime durante o exercício da função e com nexo funcional, a autoridade com
5D

foro por prerrogativa de função deverá ser processada e julgada perante o Tribunal competente. No
2
14

entanto, é sabido que os processos criminais demoram muitos anos até alcançarem o trânsito em
1
69

julgado e, muitas vezes, o tempo de duração ultrapassa o tempo de mandato daquela autoridade
00

com foro por prerrogativa. Como fica a questão do foro por prerrogativa nesses casos?
05

R.: O STF tem decisão entendendo que a prorrogação do foro por prerrogativa de função só
MES

ocorre se houver reeleição sucessiva e ininterrupta, não se aplicando em caso de eleição para um
GO

novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar função pública.
A
LIM

Atenção ao tema quente: Foro de Prerrogativa e “mandato cruzado”: quando o investigado


NA

continua ocupando cargo com foro, mas em cargo diverso. Ex. Era deputado e virou senador. O
TI
IS
CR

26
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Plenário do STF, em julgamento virtual encerrado no dia 01/04/2022, manteve o entendimento de

S
ME
que “o foro por prerrogativa de função persiste em caso de “mandatos cruzados no Congresso

GO
Nacional. Ex.: o parlamentar muda de casa legislativa, do Senado para a Câmara ou vice-versa, desde

A
LIM
que não haja intervalo entre os mandatos” (Cf. Leonardo Barreto).

NA
"Questão de ordem resolvida para assentar a prorrogação da competência

TI
IS
criminal originária do Supremo Tribunal Federal exclusivamente nos casos de

CR
mandatos cruzados de parlamentar federal, ou seja, quando investido em

LA
mandato em casa legislativa diversa daquela que deu causa à fixação da

IE
AN
competência originária, nos termos do art. 102, I, b, da Constituição Federal,

5D
sem solução de continuidade”. STF, Inq. 4342, julgado em 01/04/2022.

42
11
69
9.2 Outras garantias
47319
00
05

Sigilo da fonte: Deputados e senadores NÃO são obrigados a testemunhar sobre


S
ME

informações recebidas ou prestadas em razão de exercício ou mandato, nem sobre as pessoas em


GO

que lhes confiaram ou deles receberam a informação.


47319
A

Obs.: É inconstitucional norma da Constituição Estadual que preveja a possibilidade de a


LIM

Assembleia Legislativa convocar o Presidente do TJ ou o PGJ para prestar informações, sob pena de
NA

crime de responsabilidade (STF, Info 977).


TI
IS
CR

Incorporação às Forças armadas: dependerá de prévia licença da casa respectiva;


A
EL

Imunidades durante estado de sítio e de defesa subsistem: Apenas durante o estado de


I
AN

sítio as imunidades poderão ser suspensas, pelo voto de 2/3 dos membros da Casa respectiva, nos
5D

casos de atos praticados fora do recinto do Congresso que sejam incompatíveis com a execução da
2
14

medida.
1
69
00

9.3 Observações Importantes


05
ES

As imunidades parlamentares são IRRENUNCIÁVEIS, pois decorrem da função exercida, e


M
GO

não da figura do parlamentar (prerrogativa de caráter institucional);


A

As imunidades NÃO se estendem aos suplentes, pois são prerrogativas decorrentes do


LIM

exercício da função parlamentar.


NA
TI
IS
CR

27
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
9.4 Parlamentares Estaduais

S
ME
GO
Possuem as mesmas regras quanto a sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,

A
LIM
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às forças armadas.
Por força do § 1º do art. 27 da Constituição Federal de 1988, as imunidades

NA
materiais e formais conferidas aos membros do Congresso Nacional

TI
IS
(deputados federais e senadores) estendem-se aos deputados estaduais.

CR
ADI 5.824/RJ, relator Ministro Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em

LA
16.12.2022 ADI 5.825/MT, relator Ministro Edson Fachin, julgamento virtual

IE
AN
finalizado em 16.12.2022.

5D
Deputados Estaduais gozam das mesmas imunidades formais previstas

42
para os parlamentares federais no art. 53 da CF/88. (STF, Info 939).

11
69
9.5. Parlamentares Municipais
00
05
S
ME

O vereador só terá imunidade material (excluindo-se a responsabilidade penal e civil), desde


GO

que o ato tenha sido praticado na circunscrição municipal,


47319
em razão do seu ofício.
A

Cuidado! Parlamentares municipais NÃO GOZAM DE IMUNIDADE FORMAL – prisional ou


LIM

processual. Trata-se de norma de exceção, devendo, portanto, ser interpretada restritivamente.


NA
TI
IS

É possível que o Juiz de primeiro grau, fundamentadamente, imponha a


CR

parlamentares municipais as medidas cautelares de afastamento de suas


A
EL

funções legislativas sem necessidade de remessa à Casa respectiva para


I
AN

deliberação (STF, Info 617).


2 5D

47319
Cuidado! As imunidades parlamentares se sujeitam ao princípio da simetria, de modo que as
14
1

Constituições Estaduais não podem ampliar ou restringir a imunidade dos parlamentares municipais
69
00

estabelecida na CF/88.
05
ES

10. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS PARLAMENTARES (ART. 54, I e II –


M
GO

DECORAR):
A
LIM

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


NA

I - DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA:


TI
IS
CR

28
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,

S
ME
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária

GO
de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

A
LIM
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de
que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea

NA
anterior;

TI
IS
II - DESDE A POSSE:

CR
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor

LA
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer

IE
47319

AN
função remunerada;

5D
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas

42
entidades referidas no inciso I, "a";

11
69
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se
refere o inciso I, "a";
00
05

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.


S
ME
GO

11. PERDA DO MANDATO 47319


A
LIM

HIPÓTESES PECULIARIDADES
NA

I - infringir qualquer das proibições §2º a perda do mandato será decidida pela
TI
IS

estabelecidas no artigo anterior; Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal,


CR

por maioria absoluta, mediante provocação da


A
EL

CASSAÇÃO respectiva Mesa ou de partido político


I
AN

representado no Congresso Nacional,


5D

assegurada ampla defesa.


2
14

II - cujo procedimento for declarado § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar,


1

incompatível com o decoro parlamentar; além dos casos definidos no regimento interno,
69
00

o abuso das prerrogativas asseguradas a


05

CASSAÇÃO membro do Congresso Nacional ou a percepção


ES

de vantagens indevidas. Conforme o §2º, a perda


M
GO

do mandato será decidida pela Câmara dos


A

Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria


LIM

absoluta, mediante provocação da respectiva


NA
TI
IS
CR

29
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
Mesa ou de partido político representado no

ME
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

GO
III - que deixar de comparecer, em cada sessão §3º. A perda será declarada pela Mesa da Casa

A
LIM
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias respectiva, de ofício ou mediante provocação de
da Casa a que pertencer, salvo
47319 licença ou qualquer de seus membros, ou de partido

NA
missão por esta autorizada; político representado no Congresso Nacional,

TI
IS
assegurada ampla defesa.

CR
EXTINÇÃO DO MANDATO

LA
IE
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos §3º. A perda será declarada pela Mesa da Casa

AN
políticos; respectiva, de ofício ou mediante provocação de

5D
EXTINÇÃO qualquer de seus membros, ou de partido

42
político representado no Congresso Nacional,

11
69
assegurada ampla defesa.
00
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos §3º. A perda será declarada pela Mesa da Casa
05

casos previstos nesta CF; respectiva, de ofício ou mediante provocação de


S
ME

EXTINÇÃO qualquer de seus membros, ou de partido


GO

político representado no Congresso Nacional,


47319
A

assegurada ampla defesa.


LIM

VI - que sofrer condenação criminal em §2º a perda do mandato será decidida pela
NA

sentença transitada em julgado. Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal,


TI
IS

CASSAÇÃO por maioria absoluta, mediante provocação da


CR

respectiva Mesa ou de partido político


A
EL

representado no Congresso Nacional,


I
AN

assegurada ampla defesa.


2 5D
14

Obs.: É perfeitamente possível a renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou


1
69

possa levá-lo à perda do mandato. Todavia, a renúncia terá seus efeitos suspensos até a decisão
00

final, se não concluir pela perda do mandato (efeito suspensivo).


05

Obs.: Conforme já mencionado, a perda do mandato por infidelidade partidária não se aplica
ES

a cargos eletivos majoritários.


M
GO
A

NÃO HAVERÁ A PERDA DO MANDATO (ART. 56 CF/88):


LIM

· I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado,


NA

do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática


TI
IS
CR

30
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
temporária => Apesar de não perder o mandato, as imunidades ficarão suspensas, mas a

S
ME
prerrogativa de foro em matéria penal permanece (STF);

GO
· II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração,

A
LIM
de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte
dias por sessão legislativa.

NA

TI
§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções

IS
previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

CR
▪ § 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se

LA
IE
faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

AN
▪ § 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração

5D
do mandato.

42
11
69
11.1 Sentença penal condenatória transitada em julgado e perda do mandato dos parlamentares
00
05
47319

A discussão toda gira em torno do conflito aparente entre os artigos. 15 c/c 55, IV, e 55, VI,
S
ME

da CF. O art. 15 c/c 55, IV dá a entender que a perda do mandato seria efeito automático de
GO

condenação criminal transitada em julgado a ser 47319


meramente declarada pela Mesa, ao passo que o
A

art. 55, VI diz que a perda decorrente de condenação criminal deve ser deliberada da Casa respectiva.
LIM

Leia os dispositivos para compreender melhor o imbróglio.


NA

O STF, no julgamento do "mensalão", (AP 470 - decisões em 17 e 21.12.2012) decidiu que


TI
IS

se deve reconhecer a perda automática do mandato com o trânsito em julgado de condenação do


CR

próprio STF (art. 15, III). Assim, se o STF declara na decisão condenatória a perda do mandato, não
A
EL

se aplica o art. 55, §2º e a Casa respectiva deve apenas acatar a decisão do Supremo.
I
AN

Contudo, em momento seguinte (08.08.2013), no julgamento da AP 565 (Senador Ivo


5D

Cassol), o STF passou a estabelecer que a perda do mandato de parlamentar condenado não é
2
14

automática, devendo ser observada a regra do art. 55, § 2º, CF/88, ou seja, a perda deve ser
1
69

submetida à votação na Casa respectiva.


00

Mais adiante, já em 2017, o STF decidiu da seguinte maneira (dizer o direito):


05

1- Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto: a


ES

condenação criminal não gera a perda automática do cargo. O Plenário da Câmara ou do Senado
M
GO

irá deliberar, nos termos do art. 55, § 2º, se o condenado deverá ou não perder o mandato.
A

2- Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado (ou seja, um
LIM

terço das sessões), ele deverá cumprir a pena em penitenciária e não poderá sair para trabalho
NA
TI
IS
CR

31
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
externo. Logo, não poderá frequentar o Congresso Nacional, devendo, por consequência, perder o

S
ME
mandato com base no art. 55, III, da CF/88.

GO
A
LIM
12. PROCESSO LEGISLATIVO

NA
Abrange a formação das seguintes espécies normativas:

TI
IS
· Emendas à CF;

CR
· Leis Complementares;

LA
·

IE
Leis Ordinárias;

AN
· Leis delegadas;

5D
· MP;

42
· Decretos Legislativos;

11
69
· Resoluções
00
05
S

12.1. Processo Legislativo de Leis Ordinárias e complementares


ME
GO

a) Iniciativa 47319
A
LIM

Regra Geral, podem propor:


· Qualquer deputado ou Senador;
NA
TI

· Comissão da Câmara, Senado e CN;


IS

· Presidente da República (EP);


CR

· STF (EP);
A
EL

· Tribunais Superiores (EP);


I
AN

· PGR (EP);
5D

· Cidadãos (EP) – 1% do eleitorado, em pelo menos 05 Estados, não menos do que 0,3%
2
14

de eleitores em cada, mediante apresentação que PL ordinária ou complementar à


1
69

Câmara dos Deputados. O projeto de lei de iniciativa popular NÃO poderá ser
00

rejeitado por vício de forma.


05
MES

EP – Iniciativa Extraparlamentar.
GO

A iniciativa pode ser concorrente ou privativa a determinadas pessoas (sob pena de se


47319
A
LIM

configurar vício formal de iniciativa).


⮚ Iniciativa reservada ao Presidente: DECORAR art. 61, §1º CF, aplicado pelo princípio da
NA
TI

simetria aos Governadores dos Estados e DF, e aos prefeitos.


IS
CR

32
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
⮚ Iniciativa reservada ao Judiciário: Matérias de seu interesse exclusivo e elaboração do

S
ME
estatuto da magistratura (STF).

GO
⮚ Iniciativa da Câmara e do Senado dispor sobre assuntos de seu interesse exclusivo.

A
LIM
OBSERVAÇÕES:

NA
TI
1) NÃO se pode falar em iniciativa reserva em matéria tributária, pois o art. 61, §1º, II, b da

IS
CF/88 se refere apenas à iniciativa reservada do Presidente para leis que disponham sobre matéria

CR
tributária dos territórios;

LA
47319

IE
2) STF: É competência exclusiva do Poder Executivo a iniciativa do processo legislativo das

AN
matérias pertinentes ao PPA, LDO e LOA.

5D
3) STF: NÃO pode o legitimado exclusivo ser compelido a deflagrar o processo legislativo, já

42
que a competência reservada traz implicitamente a discricionariedade para decidir o momento

11
69
adequado para encaminhar o projeto de lei.
00
4) STF: Cabe emenda parlamentar em projetos de iniciativa reservada, desde que respeitados
05

os seguintes requisitos:
S
ME

➢ Os dispositivos introduzidos pela Emenda parlamentar NÃO podem estar destituídos


GO

de pertinência temática com o projeto


47319 original;
A

➢ Os dispositivos introduzidos por emenda parlamentar não podem acarretar aumento


LIM

de despesa ao projeto original.


NA

➢ Embora possível a apresentação de emendas parlamentares a projetos de iniciativa


TI
IS

privativa do chefe do Poder Executivo, são inconstitucionais os atos normativos


CR

resultantes de alterações que promovem aumento de despesa (CF/1988, art. 63, I),
A
EL

bem como que não guardem estrita pertinência com o objeto da proposta original,
I
AN

ainda que digam respeito à mesma matéria. ADI 6.091/MS, relator Ministro Dias
5D

Toffoli, julgamento virtual finalizado em 19.5.2023 (Info 1096 STF).


2
14

5) Excepcionalmente, nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do Presidente da


1

República, admitem-se emendas parlamentares, mesmo que impliquem aumento de despesas:


69
00

➢ Ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem, desde que:


05

➢ Compatíveis com o PPA e LDO;


ES

➢ Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


M
GO

despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos,
A

serviço da dívida, transferência tributárias constitucionais para E, M, DF;


LIM

➢ Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do


NA

texto do projeto de lei.


TI
IS
CR

33
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
➢ Ao projeto de LDO, desde que as emendas parlamentares sejam compatíveis com o

S
ME
PPA.

GO
6) A sanção presidencial NÃO convalida vício de iniciativa, sendo vício insanável.

A
LIM
7) O Sistema brasileiro NÃO admitiu expressamente a iniciativa popular para propostas de
Emenda à Constituição (PEC), embora o autor Lenza entenda ser cabível, já que a soberania popular
47319

NA
será exercida mediante iniciativa popular. Algumas CEs admitem iniciativa popular para a emenda às

TI
IS
Constituições.

CR
STF pacificou o tema: É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa popular para

LA
a propositura de emenda à Constituição Estadual. A iniciativa popular de emenda à Constituição

IE
AN
Estadual é compatível com a Constituição Federal, encontrando fundamento no art. 1º, parágrafo

5D
único, no art. 14, II e III e no art. 49, XV, da CF/88.

42
11
69
Embora a Constituição Federal não autorize proposta de iniciativa popular
para emendas ao próprio
00
texto, mas apenas para normas
05

infraconstitucionais, não há impedimento para que as Constituições


S
ME

Estaduais prevejam a possibilidade, ampliando a competência constante


GO

da Carta Federal. STF. Plenário.


47319
ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes,
A

julgado em 25/10/2018 (Info 921).


LIM
NA

8) A iniciativa para apresentação de projeto de Lei complementar de organização do MPU é


TI
IS

concorrente entre o Presidente da República e o PGR (ART. 128, §5º) => iniciativa compartilhada
CR

(José Afonso da Silva).


A
EL

9) Quanto ao MP junto ao Tribunal de Contas, a iniciativa de lei sobre sua organização será
I
AN

privativa da Corte de Contas.


5D

10) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
2

projeto, na mesma sessão legislativa, pela proposta da maioria absoluta dos membros, de qualquer
1 14

das casas do CN => Princípio da irrepetibilidade dos projetos rejeitados na mesma sessão legislativa.
69
00

Dentre as diversas nuances do processo legislativo, garantido pela Constituição Federal, tem-
05

se o poder de emenda a projetos de lei, próprio do Poder Legislativo. No entanto, este não é absoluto,
ES

posto que nenhuma prerrogativa, conferida a qualquer dos Poderes da República, o é.


M
GO

Por isso, doutrina e jurisprudência do Supremo Tribunal Federal condenam o chamado


A

contrabando legislativo. Este qualifica-se como a prática utilizada pelo Poder Legislativo para incluir,
LIM

em projeto de lei de conversão de medida provisória, dispositivo cuja temática não tenha relação,
NA

direta ou indireta, com o tema tratado pelo Presidente da República originariamente.


TI
IS
CR

34
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
O Pretório Excelso anota que a citada tática legislativa se mostra inconstitucional, uma vez

S
ME
que viola o princípio democrático (art. 1º, caput, da Constituição Federal) e o devido processo legal

GO
(art. 5º, LIV, da Constituição Federal).

A
LIM
Isto posto que se qualifica como procedimento antidemocrático, na medida em que subtrai
do debate público e do ambiente deliberativo próprios ao rito ordinário dos trabalhos legislativos a

NA
discussão sobre as normas que irão regular a vida em sociedade. Pelo mesmo motivo, viola o devido

TI
IS
processo legislativo.

CR
LA
b) Fase Constitutiva – Deliberação Parlamentar: Via de regra, a discussão e votação dos projetos

IE
AN
de lei têm início na Câmara dos Deputados, salvo
47319 os projetos de iniciativa dos Senadores ou de

5D
Comissões do Senado, funcionando, nesses casos, a Câmara dos deputados como casa revisora.

42
Iniciado o processo legislativo, o projeto de lei passa à apreciação pela Comissão Temática,

11
69
que analisará a matéria da proposição e, em seguida, pela CCJ, que analisará a sua
constitucionalidade.
00
05

✔ Se envolver aspectos financeiros e orçamentários, após a CCJ, o projeto será apreciado pela
S
ME

Comissão de Finanças e Tributação, para o exame da compatibilidade e adequação


GO

orçamentária. 47319
A

As comissões, em razão da matéria de sua competência, poderão, além de discutir e emitir


LIM

pareceres sobre projeto de lei, aprová-los, desde que, na forma do regimento interno da Casa, haja
NA

dispensa da competência do plenário (delegação interna corporis) e inexista, também, interposição


TI
IS

de recurso de 1/10 dos membros da casa. Porém, NÃO poderão ser objeto de delegação interna
CR

corporis os seguintes projetos:


A
EL

· Lei Complementar;
I
AN

· Códigos;
5D

· de iniciativa popular;
2
14

· de Comissão;
1
69

· Relativos à matéria que não possa ser objeto de delegação;


00

· Oriundos do Senado;
05

· Que tenham pareceres divergentes;


ES
M

· Em Regime de Urgência.
GO

Nessas hipóteses de apreciação pelo plenário, o parecer das comissões temáticas é opinativo,
A

já que a matéria ainda será discutida ou votada. Porém, o parecer da CCJ, quanto à
LIM

constitucionalidade ou juridicidade da matéria, será terminativo, assim como o da comissão de


NA

finanças e tributação.
TI
IS
CR

35
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
ME
c) Processo de Votação: A votação pode ser:

GO
I – Ostensiva

A
LIM
· Processo Simbólico – utilizado na votação das proposições em geral, e os parlamentares das
respectivas casas, para aprovar a matéria, deverão permanecer sentados, levantando-se

NA
apenas os que votaram pela rejeição.

TI
IS
· Processo Nominal – Quando é requerida regimentalmente a verificação da votação. Será

CR
utilizado:

LA
✔ Nos casos em que seja exigido quórum especial de votação;

IE
AN
✔ Por deliberação do plenário, a requerimento de qualquer deputado;

5D
✔ Quando houver pedido de verificação de votação.

42
✔ Demais casos previstos no regimento.

11
69
II – Secreta:
00
· Sistema Eletrônico;
05
S

· Sistema de cédulas;
ME

Ocorre nas seguintes hipóteses:


47319
GO

⮚ Deliberação durante o estado de47319sítio, sobre a suspensão das imunidades de


A
LIM

deputado;
⮚ Por decisão do plenário, a requerimento de 1/10 dos membros da casa ou líderes que
NA
TI

representem este número, formulado antes de iniciada a ordem do dia;


IS

⮚ Para eleição do Presidente e demais membros da mesa diretora, presidente e vice de


CR

comissões permanentes e temporárias, dos membros da Câmara que irão compor a


A
EL

comissão representativa do CN e dos 02 cidadãos que irão integrar o Conselho da


I
AN

República e demais eleições;


5D

⮚ Caso de pronunciamento sobre a perda de mandato de Deputado ou suspensão das


2
14

imunidades constitucionais durante o estado de sítio.


1
69
00

d) Casa Revisora: Rejeitado o projeto na casa iniciadora, ele será arquivado. Se aprovado, seguirá
05
ES

para a casa revisora, passando também pelas Comissões e, ao fim, poderá ser aprovado, rejeitado ou
M

emendado:
GO

⮚ Se Aprovado, será enviado para sanção ou veto do chefe do executivo;


A
LIM

⮚ Se Rejeitado, será arquivado, só podendo ser reapresentado na mesma sessão


legislativa mediante proposta da maioria absoluta dos membros de quaisquer das
NA
TI

casas do CN, ou ser reapresentado na sessão seguinte;


IS
CR

36
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Se emendado, somente o que foi modificado será apreciado na casa iniciadora, sendo vedada

S
ME
a apresentação de emenda à emenda (subemenda) - No processo legislativo, há uma predominância

GO
da casa iniciadora sobre a revisora.

A
LIM
Havendo a aprovação do projeto de lei, será encaminhado para autógrafo.
É possível a inclusão a emendas ao projeto de lei, desde que não aumente a despesa prevista

NA
nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente, bem como nos projetos sobre a organização dos

TI
IS
serviços administrativos da Câmara dos deputados, Senado, Tribunais Superiores e MP

CR
Espécies de emendas:

LA
a) Supressiva: Manda erradicar qualquer parte de outra proposição;

IE
AN
b) Aglutinativa: Resulta da fusão de outras emendas;

5D
c) Substitutiva: É apresentada como sucedânea a parte de outra proposição;

42
d) Modificativa: Altera a proposição sem a modificar substancialmente;

11
69
e) Aditiva: Se acrescenta a outra proposição;
00
f) de Redação: Modificativa que visa a sanar vício de linguagem, incorreção de técnica
05

legislativa ou lapso manifesto.


S
ME
GO

OBS: O Presidente da República, nos projetos 47319


de sua iniciativa, poderá solicitar urgência na
A

apreciação dos congressistas, possuindo o procedimento sumário a duração máxima de 100 dias
LIM

47319

(45 dias em cada casa + 10 dias em caso de emenda do Senado, a ser apreciada pela Câmara).
NA
TI
IS

e) Deliberação executiva – Sanção e Veto: Recebido o projeto de lei, o Presidente da República o


CR

sancionará ou vetará.
A
EL
I
AN

e.1) Sanção: É a anuência com o projeto de lei, podendo ser expressa ou tácita (quando recebido o
5D

projeto, o Presidente NÃO se manifesta no prazo de 15 dias).


2

O Presidente terá 15 dias úteis para votar projeto de lei, e também para vetá-lo, contados da
14
1

data do recebimento.
69
00

O veto pode ser:


05

a) Parcial: Só abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, inexistindo


ES

veto de palavras.
M
GO

b) Total: Rejeição de todo o projeto de lei.


A

Os motivos do veto podem ser:


LIM

a) Jurídico: Por entender ser inconstitucional;


NA

b) Político: Contrário ao interesse público.


TI
IS
CR

37
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Vetando o projeto de lei, total ou parcialmente, o Presidente deverá comunicar ao Presidente

S
ME
do Senado os motivos do veto em 48 horas.

GO
A
LIM
OBS: Se o Presidente da República simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato,
estaremos diante da INEXISTÊNCIA do veto, de modo que veto sem motivação expressa produz

NA
os mesmos efeitos da sanção.

TI
IS
Sancionado o projeto de lei, passará à fase da promulgação e publicação.

CR
O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,

LA
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dada

IE
AN
pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013). Esta votação não é secreta.

5D
Derrubado o veto, o projeto deverá ser enviado ao Presidente da República para promulgação,

42
em 48 horas. Se não o fizer, caberá ao Presidente do Senado em igual prazo, e se não o fizer, caberá

11
69
ao Vice-Presidente do Senado.
00
05

f) Promulgação: É o atestado de existência válida da lei e de sua executoriedade. Por meio dela
S
ME

certifica-se o nascimento da lei. 47319


GO

47319
A

g) Publicação: Inserção do texto da lei no Diário Oficial, devendo ser determinada por quem a
LIM

promulgou. Regra geral, começa a vigorar 45 dias depois de oficialmente publicada, e nos Estados
NA

estrangeiros, 03 meses após oficialmente publicada.


TI
IS
CR

É possível republicar uma lei já sancionada, promulgada e publicada para incluir novos vetos,
A
EL

ainda que sob o argumento de que se trata de mera retificação de incorreção detectada na
I
AN

versão original do ato?


5D

R.: NÃO. Para o STF um novo veto relacionado com a mesma lei está em desconformidade com o art.
2

66 da Constituição Federal, além de representar violação ao preceito fundamental da separação dos


14
1

poderes (art. 2º, da CF/88). O art. 66 da CF/88 disciplina de forma clara as regras envolvendo a sanção
69
00

e veto, demarca elementos e formalidades essenciais, assinala prazos e estabelece consequências


05

jurídicas na hipótese de seu descumprimento. Tais normas, que disciplinam o processo legislativo,
ES

não configuram mera “formalidade”, possuindo caráter cogente.


M
GO

As fases do processo legislativo estão sujeitas ao princípio da preclusão, de forma que, depois
A

de o Presidente ter sancionado parcialmente a lei, vetando alguns artigos, essa etapa se encerrou.
LIM

Logo, não é possível que, alguns dias depois, seja republicada a lei vetando novos dispositivos. Isso
NA

porque o veto é um ato irretratável.


TI
IS
CR

38
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
S
ME
12.2. Emendas Constitucionais

GO
A
LIM
Fruto do trabalho do Poder Constituinte derivado reformador, sendo poder condicionado,
submetendo-se a limitações expressas e implícitas.

NA
TI
IS
a) Limitações Formais ou procedimentais:

CR
I – Iniciativa (art. 60, I, II, III): Trata-se de iniciativa privativa e concorrente de alteração da

LA
Constituição. A CF só poderá ser emenda mediante proposta:

IE
AN
· 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

5D
· Presidente da República;

42
· Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se,

11
69
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
00
05

II – Quórum de Aprovação: A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do CN, em
S
ME

02 turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos
GO

membros. 47319
A

O texto aprovado por uma Casa não pode ser modificado pela outra sem que a matéria volte
LIM

para apreciação na casa iniciadora.


NA
TI
IS

III – Promulgação: A promulgação da emenda deverá ser realizada pelas Mesas da Câmara dos
CR

Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (LEMBRAR QUE NÃO HÁ
A
EL

SANÇÃO OU VETO PRESIDENCIAL).


I
AN
5D

IV – Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada: A proposta de emenda rejeitada ou


2
14

prejudicada NÃO pode ser objeto de nova apresentação na mesma sessão legislativa
47319 (STF, Info 935).
1
69
00

b) Limitações Circunstanciais: A CF NÃO poderá ser emendada na vigência de:


05

· Intervenção Federal;
ES

· Estado de Defesa;
M
GO

· Estado de Sítio.
A
LIM

c) Limitações Materiais: São as Cláusulas Pétreas, de modo que NÃO será objeto de deliberação a
NA

proposta de emenda tendente a abolir:


TI
IS
CR

39
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
Forma federativa de Estado;

ME
· Voto direto, secreto, universal e periódico;

GO
· Separação de Poderes;

A
LIM
· Direitos e garantias individuais.

NA
TI
d) Limitações Temporais: No Brasil, foram previstas apenas na CF/1824. Trata-se de previsão de

IS
prazo durante o qual fica vedada qualquer alteração da Constituição.

CR
Logo, NÃO HÁ LIMITAÇÃO TEMPORAL PREVISTA NA CF/88.

LA
IE
47319

AN
e) Limitações Implícitas

5D
Teoria da Dupla Revisão: Seria a possibilidade de, através de EC, revogar o art. 60, §4º CF e,

42
em segundo momento, dizer que a forma de Estado não é mais a federação, passando o Brasil a ser

11
69
Estado unitário (ou seja, em um primeiro momento se revoga cláusula pétrea para, em seguida,
00
modificar aquilo que a cláusula pétrea protegia).
05

O autor Lenza e doutrina majoritária estabelecem a total impossibilidade da teoria da dupla


S
ME

revisão, na medida em que existem limitações implícitas, decorrentes do sistema.


GO

Logo, as limitações expressas caracterizam-se


47319 como a primeira limitação implícita ou
A

inerente.
LIM

Outras limitações implícitas são a IMPOSSIBILIDADE DE SE ALTERAR O TITULAR DO


NA

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO E O TITULAR DO REFORMADOR.


TI
IS

Importante observar que a forma republicana de Estado e o sistema presidencialista de


CR

governo são cláusulas pétreas, de modo que é impossível haver emenda constitucional que institua
A
EL

uma monarquia ou o sistema parlamentarista no Brasil. Argumenta-se que, com base na consulta
I
AN

popular efetuada em abril de 1993, a República e o Presidencialismo passaram a corresponder à


5D

vontade expressa e diretamente manifestada do povo, titular do Poder Constituinte, não se


2
14

encontrando, portanto, à disposição do poder de reforma da Constituição. Ressalte-se, neste


1
69

contexto, que a decisão, tomada pelo Constituinte, no sentido de não enquadrar estas decisões
00

fundamentais no rol das ‘cláusulas pétreas’ (artigo 60, § 4.°), somada à previsão de um plebiscito
05

sobre esta matéria, autoriza a conclusão de que se pretendeu conscientemente deixar para o povo
ES

(titular do Poder Constituinte) esta opção”. Portanto, tais temas, por terem sido submetidos a
M
GO

plebiscito, teriam se tornado definitivos (ADCT, art. 2.°).


A
LIM

f) Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos: As convenções e tratados


NA

internacionais de direito humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em
TI
IS
CR

40
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas

S
ME
constitucionais.

GO
A
LIM
12.3. Lei Complementar e Lei Ordinária

NA
A LC possui as mesmas fases que a LO.

TI
IS
Diferenças:

CR
a) Aspectos Material: As hipóteses de regulamentação da LC estão TAXATIVAMENTE

LA
previstas na CF, enquanto a LO possui campo residual.

IE
AN
b) Aspecto Formal: Lei Complementar => Maioria Absoluta (maioria dos componentes, do

5D
total de membros dos integrantes da Casa) Lei Ordinária => Maioria Simples ou Relativa

42
(maioria dos presentes à reunião ou sessão que, naquele dia de votação,

11
69
compareceram).
00
05

OBS: ART. 47 – Quórum de Instalação => MAIORIA ABSOLUTA


S
ME
GO

⇨ STF: NÃO existe hierarquia entre a LC e LO!


47319
A
LIM

Obs.: A Constituição estadual só pode exigir lei complementar para tratar das matérias
NA

que a Constituição Federal também exigiu lei complementar (STF, Info 962).
TI
IS
CR

12.4. Lei Delegada


A
EL
I
AN

É exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições, pois sua elaboração é antecedida


5D

de delegação de atribuição do Poder Legislativo ao Executivo, através da delegação externa corporis.


2
14
1

a) 1ª Fase (Iniciativa solicitadora): A espécie normativa será elaborada pelo Presidente da


69
00

República, após prévia solicitação ao CN, delimitando assunto sobre o qual pretende legislar.
05

A solicitação será submetida à apreciação do CN que, no caso de aprovação, tomará a forma


ES

de resolução, especificando o conteúdo da delegação e os termos de seu exercício.


M
GO

É vedada a delegação:
A

· De atos da competência exclusiva do CN;


LIM

· Atos de competência privativa da Câmara e do Senado;


A

47319
N

· Matérias reservadas à LC;


TI
IS
CR

41
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
Legislação sobre:

ME
o Organização do Poder Judiciário e MP, carreira e garantia dos seus membros;

GO
o Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;

A
LIM
o Plano Plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Havendo exorbitância nos limites da delegação legislativa, caberá ao CN sustar o ato

NA
normativo, por meio de decreto legislativo, realizando o controle repressivo de constitucionalidade.

TI
IS
Por meio de resolução, o CN determinará se haverá ou não a apreciação do projeto de lei

CR
delegada (elaborada pelo Presidente) pelo CN. Havendo apreciação, o CN fará em votação única,

LA
sendo vedada qualquer emenda. Logo, há dois tipos de delegação:

IE
AN
5D
▪ Delegação Típica: NÃO haverá apreciação pelo CN, que autoriza o Presidente a elaborar,

42
promulgar e publicar a lei delegada;

11
69
▪ Delegação Atípica: Haverá apreciação pelo CN, em votação única, vedada qualquer emenda.
00
05

ATENÇÃO: Mediante Resolução, transfere-se apenas, e temporariamente, a competência para


S
ME

legislar sobre determinadas matérias, permanecendo a titularidade da aludida competência com o


GO

Legislativo, que poderá, mesmo tendo havido delegação,


47319 legislar sobre a mesma matéria.
A

Embora tenha havido delegação legislativa pelo CN ao Presidente, este NÃO estará obrigado
LIM

a efetivar a elaboração do ato normativo, possuindo total discricionariedade.


NA
TI
IS

12.5. Medida Provisória


CR
A
EL

Para o autor Pinto Ferreira, as medidas provisórias são mais específicas do regime
I
AN

parlamentarista, em que o gabinete é uma dependência do corpo legislativo, podendo cair em face
5D

do desacordo com o legislativo. No regime presidencialista, o chefe do executivo não está sujeito a
2
14

censura que provoque a sua demissão, e assim a MP é uma forma de concentração do poder no
1
69

Executivo.
00

A MP é adotada pelo Presidente da República por ato monocrático, unipessoal, sem a


05

participação do legislativo, chamado a discuti-la somente em momento posterior, quando já adotada


ES

pelo executivo, com força de lei e produzindo os seus efeitos jurídicos.


M

47319
GO
A

a) Processo de criação: Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


LIM

adotar medidas provisórias com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao CN.
N A
TI
IS
CR

42
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
I – Legitimado para a edição da MP: Presidente da República (competência exclusiva,

ME
indelegável).

GO
· II – Pressupostos Constitucionais: Relevância e urgência.

A
LIM
· III – Duração da MP: Adotada a MP pelo Presidente da República, ela vigorará por 60 dias,
prorrogável, de acordo com o art. 62, §7º, por igual período (mais 60 dias), contados de sua

NA
TI
publicação no Diário Oficial, sendo o prazo suspenso durante os períodos de recesso

IS
parlamentar.

CR
· IV – Prorrogação: A MP poderá ser prorrogada por novos 60 dias, totalizando o prazo de 120

LA
IE
dias, quando então, se não for convertida em lei, perderá a sua eficácia desde a sua edição

AN
(eficácia ex-tunc), confirmando a sua efemeridade e precariedade. Em caso de perda da

5D
eficácia, deve o CN disciplinar, por DECRETO LEGISLATIVO, as relações jurídicas delas

42
decorrentes.

11
69
· V – Tramitação: Adotada a MP pelo Presidente da República, ela será submetida, de imediato,
00
ao CN, cabendo a uma comissão mista de Deputados e Senadores examiná-la e sobre ela
05

emitir parecer, apreciando os seus aspectos constitucionais (relevância e urgência) e de


S
ME

47319

mérito, bem como a sua adequação financeira e orçamentária, além do cumprimento pelo
GO

Presidente da exigência contida no art. 2º,47319


§1º da Res. 1/2002-CN (no dia da publicação da
A
LIM

MP no DOU ter enviado seu texto ao CN, acompanhado da respectiva mensagem e de


documento expondo a motivação do ato). Posteriormente, a MP passará a apreciação do
NA

plenário de cada uma das casas. O processo de votação será em sessão separada, tendo
TI
IS

início da Câmara dos Deputados, sendo o Senado Federal a Casa revisora. O plenário de
CR

cada uma das casas decidirá, em apreciação preliminar, o atendimento dos pressupostos
A
EL

constitucionais de relevância e urgência, bem como a sua adequação financeira e


I
AN

orçamentária.
5D

· VI – Regime de Urgência: Se a MP NÃO for apreciada em até 45 dias, contados de sua


2
14

publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do


1
69

CN, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações
00

legislativas da Casa em que estiver tramitando.


05

· VII – Reedição de MP: É vedada a reedição de MP, na mesma sessão legislativa,


ES
M

expressamente rejeitada pelo CN ou que tenha perdido a eficácia por decurso de prazo.
GO
A

b) Parecer prévio da Comissão mista e inconstitucionalidade da Res. 1/2002-CN: O art. 62,


LIM

§9º, CF/88 deve ser interpretado restritivamente, e estabelece ser atribuição da comissão mista de
N A
TI
IS
CR

43
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
Deputados e Senadores examinar as MPs e sobre elas emitir parecer, de caráter opinativo, antes de

S
ME
serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das casas do CN.

GO
Segundo decidiu o STF no bojo da ADI 4029, a emissão de parecer sobre as medidas

A
LIM
provisórias, por comissão mista de deputados e senadores configura fase de observância obrigatória
e no processo legislativo das MPs.

NA
Contudo tal parecer é obrigatório apenas para as medidas provisórias assinadas e

TI
IS
encaminhadas ao Congresso Nacional a partir do julgamento da ADI 4029. Aquelas anteriores a tal

CR
da continuou regidas pelos artigos 5º e 6º da Resolução 1 do CN, que foram julgados

LA
inconstitucionais pelo STF, mas com efeitos ex nunc.

IE
AN
5D
47319

c) Medidas a serem adotadas pelo CN

42
· I – Aprovação SEM alteração: Será seu texto promulgado pelo Presidente da Mesa do CN,

11
69
para publicação em DOU.
00
· II – Aprovação COM alteração: Havendo emendas, o projeto de lei de conversão apreciado
05

por uma das Casas deverá ser apreciado pela outra (agora em sessão separada pelo plenário
S
ME

de cada uma das casas), devendo ser, posteriormente, levado à apreciação do Presidente da
GO

República para sancionar ou vetar a lei de conversão,


47319
e, em caso de sanção ou derrubada do
A

veto, promulgação e publicação pelo próprio Presidente da República.


LIM

⇨ Quando a matéria alterada, os efeitos decorrentes desse ponto específico deverão ser
NA

regulamentados por decreto legislativo, perdendo a MP, no ponto em que foi alterada,
TI
IS

a eficácia desde a sua edição.


CR
A
EL

· III – Não apreciação: se a MP não for apreciada pelo CN em até 45 dias contados de sua
I
AN

publicação, entrará em regime de urgência constitucional, trancando a pauta da Casa em


5D

que estiver tramitando até que seja aprovada, rejeitada ou que perca sua eficácia pelo
2
14

decurso do prazo.
1
69

⇨ Contudo, apesar do art. 62, § 6º falar em “todas as demais deliberações”, o STF, ao


00

interpretar esse dispositivo, não adotou uma exegese literal e afirmou que ficarão
05

sobrestadas (paralisadas) apenas as votações de projetos de leis ordinárias que


ES

versem sobre temas que possam ser tratados por medida provisória. Logo, ECs,
M
GO

projetos de lei complementar e PLO’s que versem sobre nacionalidade, direitos


A

políticos, partidos políticos, entre outros, terão regular tramitação (MS 27931/DF. Info
LIM

870).
NA
TI
IS
CR

44
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
IV – Rejeição tácita: A não apreciação da MP no prazo de 60 dias, contados de sua

ME
publicação, implicará a sua prorrogação por mais de 60 dias. Assim, se não apreciada pelo

GO
CN, a MP perderá eficácia desde a sua edição (rejeição tácita), operando efeitos retroativos

A
LIM
(ex tunc), devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes por
decreto legislativo.

NA
⇨ NÃO SE PERMITE APROVAÇÃO DA MP POR DECURSO DE PRAZO. No entanto,

TI
IS
se NÃO for editado decreto legislativo para regulamentar as relações jurídicas

CR
decorrentes da MP que perdeu a sua eficácia por ausência de apreciação, até 60 dias

LA
após a perda de sua eficácia, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos

IE
AN
praticados durante a sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

5D
42
· V – Rejeição Expressa: Deverá o CN disciplinar os efeitos decorrentes da MP rejeitada,

11
69
através de decreto legislativo.
00
05

⇨ PUBLICADA A MP, E TENDO ELA FORÇA DE LEI, AS DEMAIS NORMAS DO OJ,


S
ME

QUE COM ELA SEJAM INCOMPATÍVEIS, TERÃO A SUA EFICÁCIA SUSPENSA.


GO

REJEITADA A MP, A LEI QUE TEVE


47319 A SUA EFICÁCIA SUSPENSA VOLTA A
A

PRODUZIR EFEITOS.
LIM
NA

d) Pode o Presidente da República retirar da apreciação do CN a MP já editada?


TI
IS

A partir do momento que o Presidente da República edita MP, ele não mais tem controle sobre
CR

ela, já que, de imediato, deverá submetê-la à análise do CN, NÃO podendo retirá-la de sua
A

47319
EL

apreciação.
I
AN

STF: Não sendo dado ao Presidente da República retirar da apreciação do CN a MP que tiver
5D

editado, é-lhe, no entanto, possível ab-rogá-la por meio de nova MP, valendo tal ato pela simples
2
14

suspensão dos efeitos da primeira, efeitos esses que, todavia, o CN poderá ver restabelecidos,
1
69

mediante a rejeição da medida ab-rogatória.


00
05

e) Limitação Material à edição de MP: É expressamente vedada a edição de MP sobre:


ES

· Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;


M
GO

· Direito penal, processual penal e processual civil;


A

· Organização do Poder Judiciário e do MP, carreira e garantia de seus membros;


LIM

· Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento, créditos adicionais e suplementares,


NA

ressalvados os créditos extraordinários (guerra, comoção interna ou calamidade pública);


TI
IS
CR

45
A
EL
NI
DA
5D
42
11
DIREITO CONSTITUCIONAL

69
Poder e processo legislativo

00
05
·

S
Que vise à detenção e sequestro de bens, poupança popular ou qualquer outro ativo

ME
financeiro;

GO
· Reservada à LC;

A
LIM
· Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CN e pendente de sanção ou veto pelo
Presidente da República;

NA
TI
· Matérias que não podem ser objeto de delegação legislativa;

IS
· Matérias reservadas às resoluções e aos decretos legislativos.

CR
LA
IE
⇨ Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás

AN
canalizado, vedada a edição de MP para a sua regulamentação (esse dispositivo comprova

5D
a possibilidade de edição de MP em âmbito estadual);

42
⇨ Os impostos que podem ser editados por MP, só produzirão efeitos no exercício financeiro

11
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seguinte se a aludida MP tiver sido convertida em lei até o último dia daquele exercício
00
financeiro em que foi editada.
05

⇨ É possível a edição de medidas provisórias tratando sobre matéria ambiental, mas sempre
S
ME

veiculando normas favoráveis ao meio ambiente (STF, Info 896).


GO

47319
A
LIM

12.6. Decreto Legislativo 47319


NA

É instrumento normativo pelo qual se materializam as competências exclusivas do CN.


TI
IS

Regras sobre o procedimento: Regimento interno das Casas do CN.


CR

Além das matérias do art. 49, o CN deverá regulamentar por decreto legislativo os efeitos da
A
EL

MP NÃO convertida em lei.


I
AN

NÃO existe manifestação do Presidente da República, sancionando ou vetando, pela própria


5D

natureza do ato.
2
14
1
69

12.7. Tratados Internacionais


00
05

O CN tem competência exclusiva para, através de decreto legislativo, resolver


ES

definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais.


M
GO

Formas pelas quais se origina um tratado internacional:


A

I – Aprovação do texto por uma instância de organização internacional;


LIM

ou
NA

II – Assinatura de um documento por sujeitos de direito internacional.


TI
IS
CR

46
A
EL
NI
DA
5D
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11
DIREITO CONSTITUCIONAL

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Poder e processo legislativo

00
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S
ME
É competência privativa do Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos

GO
internacionais sujeitos a referendo do CN. Logo, primeiro o Presidente celebra o tratado e depois,

A
LIM
internamente, o Parlamento decidirá sobre sua viabilidade, conveniência e oportunidade.
Concordando o CN, será elaborado decreto legislativo (instrumento para referendar e aprovar a

NA
decisão do chefe do executivo), dando-se carta branca para ratificar a assinatura já depositada ou

TI
IS
aderir, se já não tiver feito.

CR
Posteriormente, para que haja incorporação definitiva ao ordenamento jurídico, o Presidente

LA
da República, mediante decreto, promulga o texto, publicando-o em português em órgão da

IE
AN
imprensa oficial.

5D
STF: A expedição do referido decreto pelo Presidente acarreta 03 efeitos básicos:

42
· Promulgação do tratado internacional;

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· Publicação oficial de seu texto;
00
· Executoriedade do ato internacional, que passa a somente vincular e obrigar no plano
05

do direito positivo interno.


S
ME
GO

NOTE que o sistema constitucional brasileiro


47319 NÃO exige, para efeito de executoriedade
A

doméstica dos Tratados internacionais, a edição de lei formal distinta, satisfazendo-se com a adoção
LIM

de iter procedimental complexo, que compreende a aprovação do CN e a promulgação do texto pelo


NA

Executivo (= O Brasil adotou o princípio do dualismo moderado).


TI
IS
CR

12.8. Resolução
A
EL
I
AN

Meio para regulamentar as matérias de competência privativa do Senado e da Câmara dos


5D

Deputados, e algumas do CN.


2
14

NÃO haverá manifestação presidencial sancionando ou vetando o projeto de resolução.


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ES

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