1) A autora discute como os conceitos de região e regionalismo têm sido abordados de forma controversa na teoria marxista durante o desenvolvimento do capitalismo.
2) Ela argumenta que "região" não deve ser usado como uma categoria teórica marxista e que as regiões não podem ser comparadas abstratamente com relações sociais.
3) A autora sugere que o conceito de "regionalismo", definido como a adoção de uma reivindicação territorial por um grupo social, é mais útil para análises marxistas.
1) A autora discute como os conceitos de região e regionalismo têm sido abordados de forma controversa na teoria marxista durante o desenvolvimento do capitalismo.
2) Ela argumenta que "região" não deve ser usado como uma categoria teórica marxista e que as regiões não podem ser comparadas abstratamente com relações sociais.
3) A autora sugere que o conceito de "regionalismo", definido como a adoção de uma reivindicação territorial por um grupo social, é mais útil para análises marxistas.
1) A autora discute como os conceitos de região e regionalismo têm sido abordados de forma controversa na teoria marxista durante o desenvolvimento do capitalismo.
2) Ela argumenta que "região" não deve ser usado como uma categoria teórica marxista e que as regiões não podem ser comparadas abstratamente com relações sociais.
3) A autora sugere que o conceito de "regionalismo", definido como a adoção de uma reivindicação territorial por um grupo social, é mais útil para análises marxistas.
MARKUSEN, Ann R. Região e Regionalismo: um enfoque marxista.
Espaço e Sociedade, n. 2, São Paulo.
Ann Roel Markuzen é diretora do Centro de Economia Industrial e Regional da
Universidade de Minnesota, E.U.A. Em seu extenso currículo constam a autoria de 12 livros, 66 artigos, e 62 capítulos de livros, versando sobre economia regional e urbana, economia da tecnologia, indústria militar, desarmamento e temas correlatos, além de 43 orientações de teses de PhD. Reconhecida e respeitada internacionalmente, a Profa. Ann Markusen recebeu 11 prêmios e condecorações pela sua contribuição acadêmica. Nos últimos anos, a Profa. Ann Markusen vem trabalhado na análise da relação entre cultura e desenvolvimento (atividades e comunidades artísticas e culturais), com enfoque no papel dessas atividades no desenvolvimento regional e das cidades.
Inicialmente, a autora introduz que na teoria marxista, os conceitos de região e
regionalismo têm assumido uma posição controvertida no desenvolvimento do capitalismo, elucidando os usos e abusos como categoria regional. Além disso, questiona as relações sociais implícitas às referências do regional, evidenciando que a noção de região não pode ser dada a mesma categoria de classificação como classe, sexo, cor e etc, ao contrário pode ser trabalhada de forma abstrata quanto a regionalismo. Para os marxistas, o significado de região encontra-se nas lutas que se dão nela, ou seja, se as regiões não forem a base ou área de conflito como causador de um estudo para o descobrimento das origens e dos motivos desses embates, o seu estudo seria irrelevante e talvez não existisse. Dessa forma, colocam a região como uma relação social ou subordinada a esta. Para a autora, região como categoria teórica é fundamentalmente não marxista e que as regiões não podem ser comparadas abstratamente sem ambuiguidade com qualquer conjunto de relações sociais. Para ela, deve-se evitar o uso da palavra “região” e substituir para o uso, somente, da palavra “regional”, isto subordina o espacial ao social. Conforme a autora, talvez, seria mais útil utilizar o conceito de regionalismo, isto é, a adoção de uma reivindicação territorial por um grupo social. Regionalismo é um fenômeno social, sobre o qual se pode fazer algumas considerações teóricas e dotá-lo de um significado abstrato, pois o mesmo focaliza mais diretamente os conflitos territoriais sociais, que regional. Embora que o regionalismo seja nitidamente um termo intangível e empírico, pode também referir-se à dinâmica social objetiva, que causa diferenças territoriais em formações sociais. O marxismo define regionalismo como uma experiência humana alienada a um ideal (modo de produção) e restringe a observação, somente, a uma esfera. Desse modo, os marxistas veem regiões como fenômenos experimentais sujeitos a análise concreta, histórica e caso a caso e rejeitam o entender implícito das regiões em suas observâncias como atores econômicos e espaciais em que um espaço é explorado por outro. Diante do exposto, a autora conclui dizendo que este trabalho esteve por quase completamente preocupado com definições, e que sua função na literatura especializada é demonstrar que a área em que os acadêmicos marxistas operam não está completamente claro e que a procura de uma boa e evidente análise regional.