O cerne do comportamento violento que é o bullyng, é definido por Lopes Neto
(2005), “Por definição,
bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e
repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder”. (LOPES NETO, 2005).
De tal maneira, as atitudes a serem tomadas, do ponto de vista do profissional
psicólogo com ênfase na psicologia escolar, deve se dar de acordo com (SILVA, 2017) “nas intervenções que se referem às relações professor-aluno, relações escola-alunos, relações escola-pais e/ou responsáveis, relações professor e equipe pedagógica e direção”, de modo que a ação do psicólogo seja na promoção de saúde e identificação preventiva de conflitos, ainda que esses sempre presentes nas instituições de ensino (LOPES NETO, 2005).
Ao identificar os agentes envolvidos, tal como papéis de vítima, autores e
espectadores delimitados por (ROCHA, 2019), e ao considerar que a função tanto do psicólogo quanto da escola seja o bom aprendizado dos alunos por meio de um ambiente propício ao mesmo, são dadas possibilidades de intervenção de acordo com Machado (2011), “elaboração
conjunta com alunos de um quadro de regras a serem cumpridas em sala
de aula; promover nos alunos a comunicação com o professor, criando no espaço de sala aula períodos de tempo dedicados aos alunos e nos quais estes possam afalar abertamente; promover no professor estratégias de ensino que visem a promoção do sucesso educativo nos seus alunos, através do incentivo, criação de grupos de estudo e espaço para dúvidas e explicações; diminuir no professor comportamentos de crítica face aos alunos mais problemáticos ou menos intervientes; criar em sala de aula um espaço aberto ao debate e à partilha mútua. (MACHADO, 2011 – p.18)
Tais mecanismos de prevenção devem ser elaborados e discutidos em conjunto
com o psicólogo escolar, a coordenação pedagógica e professores, tal como a equipe de trabalho nas escolas devem passar por capacitações prévias afim de entender e serem capazes de identificar o problema (MACHADO, 2011).
Referências
Santos, Diana Leonhardt dos. Contribuições da psicologia escolar para prevenção e
combate ao bullying. Diaphora – Revista de psicologia do Rio Grande do Sul. v. 4 n. 2 (2017). Porto Alegre, 2017.
LOPES NETO, A. A. (2005). Bullyng: comportamento agressivo entre estudantes. Jornal
de Pediatria, 81(5), 164-172.
ROCHA, W. A. R. da .; PAIXÃO, L. V. de J. .; TEIXEIRA, J. A. L.; PAIXÃO, N. E. da;
SOARES , C. F. .; ROCHA, K. L. F. . BULLYING NA ESCOLA: ENFRENTAMENTO NA PERSPECTIVA DO DOCENTE. Revista Psicologia & Saberes, [S. l.], v. 8, n. 11, p. 279–304, 2019. DOI: 10.3333/ps.v8i11.986.
Machado, Mônica. Bullyng em contexto escolar: uma proposta de intervenção.
Psicologia.pt: o portal dos psicólogos, 2011. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0577. Acesso em 9 mar de 2024.