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A RELAÇÃO DO PROFESSOR COM O ALUNO

MARNEY EDUARDO FERREIRA CRUZ


BACHAREL EM FILOSOFIA – UFC
MESTRE EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO – UNB
ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS

 Alunos com: conhecimentos prévios, disposição


para a aprendizagem, boa vontade, interesse,
condições socio-econômicas;
 Professor (a) com: compreensão sobre as
possibilidades de relacionamento com aluno(a),
atitude inovadora, atitude de educador, capacitação e
qualificação técnico didática
 Conteúdo (ou programa): adequação as dimensões
do aluno, significado / valor, aplicabilidade prática
Quando Não há relação

 Quando o professor:
 Instrui
 Comunica conhecimentos
 Fazer saber
 Mostrar
 Guiar
 Orientar

Nessa ótica só há a ação do Professor sobre o Aluno


“ Toda educação é uma ação interativa: faz-se
mediante informações, comunicação,
diálogo entre seres humanos. Em toda
educação há um outro em relação. Em toda
educação, por tudo isso, a ética está
implicada”.

http://professorbacchelli.spaceblog.com.br/186516/Etica-Profissional-Aula-02/
Ensino e Aprendizagem

 Ambiente escolar ou acadêmico


 Valorização do professor e do ato de ensinar
 Transformar a sala de aula num espaço de
construção de conhecimento e para isso ele deve:
 Rever sua experiência
 Adquirir habilidades
 Adaptar-se as mudanças
 Atualizar-se
 Modificar atitudes e comportamentos
 Descobrir significas nos seres, nos fatos nos fenômenos e nos
acontecimentos
Para Aprendizagem é preciso:

 Bom relacionamento através do:


 Diálogo

 Colaboração

 Participação

 Trabalhos interativos
 Estímulo ao trabalho em grupo

 Respeito mútuo
Elementos para a Relação (interação)

 Concepção que o professor tem da Aprendizagem


 Do seu papel nela
 Do papel que cabe ao aluno
 Da sua visão de mundo e da sociedade
contemporânea
 De sua competência pedagógica e política
 Maneiras de interagir TEORIA X PRÁTICA
Ênfase no Processo – Professor – Aluno

 Processo: organização curricular, disciplinas


estanques e isoladas, metodologia que privilegia a
transmissão oral;
 Professor: instruir, comunicar conhecimentos ou
habilidades, guiar, orientar, dirigir;
 Aluno: em suas capacidades, possibilidades,
necessidades, oportunidades, condições para
aprender.
Aula

 Lócus: sala de aula


 Aula é uma situação
 Um ambiente
 Um espaço de relações pedagógicas
 Um tempo
 Vivência
 Realidade
 Recebe a realidade
 Trabalha com a ciência
“A sala de aula não é um lugar onde habita o
pensamento, pois cadeiras, paredes e quadro-negro
não possuem capacidades cognitivas; mas, lá se
concentram seres humanos que se relacionam e que
se constituem entre si individualmente e
socialmente, onde os pensamentos podem habitar.
Durante tal período, os sujeitos-alunos ficam
confinados dentro dos limites da sala de aula onde se
comunicam, defrontam se e influenciam-se
mutuamente.” (CRUZ, 2011)
Como agir diante dessas situações

 Estes questionamentos giram em torno de situações


como, por exemplo, de que forma chamar a atenção
de um aluno para a disciplina?
 Como avaliar um aluno que não se empenha em sala
de aula? Ou que nunca é disciplinado?
 O que fazer quando percebe que um aluno está
colando?
 E ainda, quando percebe que está colando, mas não
há provas?
 Ou responder a um aluno que questiona seus
métodos?
A Relação deve gerar (produzir)

 Discussões
 Questionamentos
 Análises
 Pesquisas
 Conflitos
 Diferenças
 Transformação
 Criatividade
 Participação
O Professor pode ou deve?

 Ter um olhar atento sobre os alunos


 Construir coletivamente o conhecimento
 Interagir mutuamente as dificuldades e
facilidades de aprendizagem
 Buscar conhecer os alunos individualmente
 Aguçar e estimular a sua sensibilidade para
perceber temas transversais ao que está
ensinando
Autoridade x Autoritarismo

 Autoritarismo: controle social, autoridade-


subordinação, ameaças, punições x recompensas ,
medo de perder o poder para os alunos

 Autoridade: relação dialética de constituição mútua,


e coletiva de conhecimentos e de subjetividades,
regras colocadas com clareza, respeito, margem para
negociação
O professor bem sucedido procura:

 Demonstra várias respostas e maneiras para chegar a


elas;
 Aulas expositivas somente para alcançar o objetivos
da unidade;
 Demonstra diversas explicações para um mesmo
fenômeno;
 É flexível e capaz de adaptar a programação a
situação
 Relaciona conteúdos com experiências do aluno
Afetividade

 Afeto: sentimento; emoção; paixão;


conjunto de fenômenos psíquicos que
são experimentados e vivenciados na
forma de emoções e sentimentos.
 Afetividade: é tudo aquilo que afeta o
ser humano onde quer que estejamos
inclusive na escola ou faculdade.
Afeto na prática pedagógica

 Aceitação Moral e Social


 Como / Quando / Onde vivenciar?
 Emoções

 Necessidades

 Sentimentos

 Controle social de pensamentos e


comportamentos
 Moldar a determinadas condutas
Relação Professor X Aluno

 Como devo agir em relação aos outros?

O ato pedagógico envolve uma série de relações


inerentes a todo e qualquer ser humano. Este
ser, toma sentido de sua existência a partir das
relações estabelecidas entre o meio e o outro,
sejam essas relações diretas ou indiretas.
Assim, os seres humanos vão se constituindo
como sujeitos desde o nascimento, na relação
com a família, com os amigos e também, nas
relações do processo de ensino e aprendizagem.
Afetividade

 As dimensões corporais, a afetividade e os


contextos sociais são dimensões interligadas
no processo de constituição dos seres
humanos.
 A dimensão afetiva está silenciada nos
currículos
 A prioridade são os conteúdos, os processos,
técnicas, métodos, ou seja, práticas
pedagógicas.
Afetividade na Relação Professor X Aluno

 Personalidade
 Emoções
 Afetos
 Sentimentos e capacidade de
exteriorizá-los
Ética e Educação

 Valores a serem trabalhados:


 Respeito mútuo
 Dignidade
 Justiça
 Diálogo
 Solidariedade
 Igualdade
 Convívio democrático

*PCN/Temas transversais
Ética X Salário

 Professor que só pensa no salário


 Ensino como parte de um sistema social
 Construção do bem comum
 O trabalho é um dos instrumentos de realização da
dignidade do ser humano, mas não somente pelo
fator econômico, e sim pelo social, ou seja, por ser
instrumento de realização da construção de uma
sociedade
O Professor e o Código de Ética

 O professor deve:
 Aceitar-se e entender-se como modelo
 Ser mediador
 Ser capaz de explicitar sua visão ética
 Saber pensar dilemas éticos
 Promover relação de empatia entre e com os alunos
 Ser capaz de mobilizar os alunos para a boa ação
Comportamentos Éticos na Escola

 Moral de atitudes e não atos morais


 Relação entre alunos, professores, funcionários,
técnico-administrativos, externos (fornecedores, etc)
 Coerência entre teoria e prática: o que se faz não
pode ser diferente do que se vive
 Ação mecânica x liberdade
 Preservação do meio ambiente: reciclagem de
resíduos, economia de energia elétrica, etc...
Padrões negativos E POSITIVOS

PADRÕES NEGATIVOS
 Seguir um mundo imediatista
 Consumismo
 Individualismo
PADRÕES POSITIVOS
TRAÇOS da lógica de um bom professor
Saúde Mental - Dedicação Profissional - Bom
humor - Otimismo - Estética - Elegância -
Profundidade - Entusiasmo - Organização -
Espontaneidade - Precisão conceitual -
Objetividade - razoabilidade - Harmonia
Referências:

 CRUZ, M. E. F. A inter-relação entre professores e


universitários. Brasília: UnB, 2009. (Dissertação)
 KULLOK, M. G. B. Relação professor aluno:
contribuições a prática pedagógica. Maceió: Edufal,
2002.
 MORAIS, R. de. Sala de aula: que espaço é esse?
Campinas: Papirus, 1988.
 SABINO, S. O afeto na prática pedagógica e na
formação docente. São Paulo: Paulinas, 2012.
Livros

 CRUZ, M. E. F.. A Emergência do Conceito de Subjetividade


na Filosofia. In: Casemiro de Medeiros Campos; Erika
Bataglia da Costa. (Org.). Filosofia em Onze Atos.
Fortaleza: Caminhar, 2011.
 CRUZ, M. E. F. A relação professor aluno no processo ensino
aprendizagem. In: Souza, VR;Fick VM; Oliveira JC. (Org.).
Formação Continuada, cotidiano escolar e prática
docente. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011.
 CRUZ, M. C. F. Mudanças na perspectiva da complexidade e
multirrefencialidade: os paradigmas da prática e formação
docente. In: Souza, VR;Fick VM; Oliveira JC. (Org.).
Formação Cidadã: Currículo e Transversalidade.
Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011.

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