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Sociologia da

Educação
Contextualização das Teorias
sociológicas contemporâneas da Acão
(Interacionismo Simbólico e
Fenomenologia social)

Síntese autobiográfica sobre experiências


individuais de interação social no contexto
ensino-aprendizagem

Ruben Andrade
Introdução: Muitos concordam que a interação social nas escolas e crucial para o bom desenvolvimento do
aluno e afeta diretamente no aprendizado. É notado a diferença gritante que se faz ouvir no desempenho do
aluno que se beneficia de bom relacionamento interpessoal, mas também de alunos que tem privilégios devido a
classes sociais, económicas, culturais, etc. Analisando aos conceitos de interacionismo simbólico que reflete a
Consência do próprio bem como a teoria de fenomenologia social, que entende os comportamentos, eu,
enquanto docente e discente, não posso negar o caracter empírico que estas teorias têm sobre a educação do
aluno, consequentemente sobre a sociedade em que ele se insere. Neste trabalho analisarei com base nas
experiências próprias como essas teorias se mostraram verdades que precisar receber mais destaques pela
sociedade e pela comunidade escolar (pais, professores, escola, funcionários, etc.)

Desenvolvimento: “O interacionismo simbólico da uma particular relevância a compreensão dos processos


através dos quais as pessoas constroem as suas ações. (…) As ações das pessoas são vistas, não como expressão
das estruturas, mas como expressão do desenrolar de interações” (Pinto)

Ao analisarmos os símbolos, que retratam a construção da pessoa, do seu ser, percebemos nas suas interações,
uma variedade de atitudes e comportamentos que condicionam ou impulsionam o aluno, bem como as suas
circunstâncias. E essas interações simbólicas são desenvolvidas primariamente nas salas de aulas. E podemos
notar alguns aspetos do interacionismo simbólico: Interação (é muito importante as dinâmicas que são
importantes para a compreensão da interação social, a comunicação não verbal , expressões faciais, troca de
olhares, movimentos corporais, comportamento espacial, extralinguístico, etc), Interacionismo (esta
diretamente ligado as causas consequências, dos comportamentos, ações, e reações interativas do cotidiano da
sociedade), Mente(processo ou atividade interna que se baseia em símbolos. A mente se revela pela capacidade
de compreensão apreensão reflexiva dos mecanismos simbólicos da interação de outrem para si e de si para
outros), Símbolos (significado e representação. Tem elevada importância por neles se encontram valores e
cultura da sociedade), Simbólicos (representação da sociedade que denotam algum significado),
Interacionismo simbólico (o individuo através das leituras que faz dos comportamentos de outros, elabora
estratégias de sua atitude e seus comportamentos. Para compreender esse indivíduo é preciso entender como ele
vê a sociedade e o que ele considera obstáculos ou alternativas)

Os Principais pilares do interacionismo simbólico são: “self, si, mim e eu” e eles estão interligados. A partir da
reflexão de um há uma reação do outro. Quando o professor entende isso, percebe que duas pessoas ainda que
experienciando o mesmo meio envolvente, vão tem reflexões, reações, diferentes. E nos podemos ver isso no
comportamento que o aluno exterioriza.

Por exemplo: tive colegas que um professor de matemática no ensino secundário, desafiava os alunos a terem
nota máxima, e enquanto o meu ambiente envolvente me permitiu ver isso como um estímulo, tive colegas que
encararam isso como insulto à sua capacidade devido a alta estima, e outros como crítica depreciativa por serem
mais negativos.

Um outro campo de análise e quando o professor tem diferentes expectativas e interações na prática pedagógica.
Pró-ativo, reativo e hiperativo. Esse aspeto implícito no contexto da sala de aula tem papel fundamental.

De acordo com o artigo, O Tratamento predeterminado para os alunos favoritos ou alunos considerados maus
melhoravam ou pioravam a situação, ou alunos com condição social melhor ou de classe popular ou alta tem
mais atenção que os demais. E os alunos que analisaram a diferença entre eles e perceberam a atitude pré-
estabelecida pelo professor muitas vezes resistem a orientações e não participam nem colaboram. E muitas
vezes os alunos já vem com o preconceito e estabelecem formas de interação que os prejudicam até mesmo
antes de os professores os rotularem como maus alunos devido a classe ou situações discriminatórias pré
supostas. Mas o contrário também se vê, os alunos de classes medias e altas, já esperam receber um tratamento
diferenciado e interagem de acordo com o desempenho e aprendizado. Então é verdade que as expectativas dos
alunos os condicionam ou impulsionam, mas também o tratamento do professor acaba por reforçar os
estereótipos e os privilégios que os alunos tem ou não.

Por exemplo: quando fui trabalhar numa determinada escola, alguns professores me informaram que certos
alunos, se não forem devidamente colocados “no seu lugar” bem cedo, não me permitiriam dar aulas em paz. E
isso afetou o modo como encaro esses alunos. Depois de perceber isso, tentei dar-lhes mais atenção do que os
demais, e eles me informaram isso, dizendo que a maioria dos professores começam por tratar-lhes como alunos
que não valem a pena e por isso continuam com o comportamento em que foram rotulados. Pelo contrário, os
alunos que me foram informados que são de quadro de honra, o tratamento e diferente mesmo ainda que não
testemunhei o comportamento adequado.

Isso comprova quer que há uma resistência do professor a respeito da influência das interações no processo
pedagógico, já que o mesmo tem objetivos próprios, o que muitas vezes acaba por ignorar as interações. É dever
do professor analisar e perceber o comportamento e as reações verbais e não verbais e oferecer a mesma
oportunidade de aprendizagem aos alunos independentemente das diferenças para que os alunos merecem tem
uma educação igualitária.

FENOMENOLOGIA E EDUCACÃO:

É o método de compreender o visto. Enquanto o empirismo somente retrata o que vê, o método fenomenológico
e apropriado para educação porque não só analisa todos os sentidos, mas também experiência o real ao ser
humano enquanto convive com outros sujeitos.

A sua postura pedagógica e que, visto que a ciência exata não responde as questões quanto aos seres humanos e
sua totalidade, a fenomenologia considera as relações interpessoais cognitivas afetivas, sociais como objetos
naturais e apresenta a educação como a finalidade dos processo e objetivos educacionais para que esses
objetivos traçados sejam atingidos e a educação processada.

Então nesse sentido, a fenomenologia usa também a filosofia para dar continuidade a reflexado homem
valorizando todas as dimensões das existências, humanizando a pessoas que compreende as coisas e entende a
sua experiência e dos outros no mundo.

Por exemplo: No ano letivo passado, os novos professores chineses exigiam dos alunos a mesma competência
que é exigida dos alunos chineses, isso fez com que a maioria dos alunos inscritos na língua chinesa
desistissem. Este ano, após compreender a cultura cabo-verdiana, a situação socioeconómica, e a mentalidade
individual dos estudantes, fez com que reavaliassem os métodos de ensino.

Então, este método, contribui para educação porque os escritos fenomenológicos trazem ideias e conceitos que
abrem oportunidades para analisar a postura didático-psicológico do professor com os alunos na sala de aula.
Isso Ajuda o professor a refletir e analisar como cada um vê entende a sua cultura, como cada aluno experiência
em si mesmo a trajetória, e tenta ver como todos os alunos podem ser “um ser de possibilidades”, analisando
todo o cotidiano escolar que envolve o aluno e da qual a escola está inserida, incluindo a historicidade e a
cultura. Só assim estará apto para promover o ato educativo, contribuindo para a sociedade, construção dos
alunos e de seus saberes.

Conclusão: No decorrer desta análise, é claramente identificado que tanto a fenomenologia social bem como o
interacionismo simbólico, faz com que a os membros presentes na educação tenham mais consciência e mais
consideração a interatividade dos alunos bem como o comportamento e experiência demonstrando no seio do
mesmo. E vital que esses métodos sejam aplicados no nosso sistema educacional para que a comunidade escolar
seja frutífera.

Referências bibliográficas de base:


Silva, Carmem Lúcia (2012) Interacionismo Simbólico: história, pressupostos e relação professor e aluno; suas
implicações – Revista Educação por escrito – PUCRS, v.3, n.2, dez. 2012
Fabiane Mondini, Rosa Monteiro Paulo, Luciane Ferreira Mocrosky (2018) As contribuições da fenomenologia
à educação – Pesquisa qualitativa na educação e nas Ciências em Debate/SIPEQ
Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Lisboa: McGraw-Hill.

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