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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DISCIPLINA DE TEORIA DEMOCRÁTICA E DEMOCRATIZAÇÃO

Primeiro Semestre do Ano Lectivo 2020 – 3º Ano de Licenciatura em Ciência Política

Docente: José Jaime Macuane (Professor Associado/Regente), Líria Langa (Mestre/Assistente),

Horário: Laboral – 3ªs e 5ªs Feiras (8:20-9:20); Pós-Laboral – 4ªs e 6ªs (18:20-19:20)

1. Objectivos Gerais

Esta cadeira tem como objectivos gerais:


 Estudar a democracia do ponto de vista filosófico, como ideal político a realizar, ou a construir e
aperfeiçoar de forma crítica, tendo em conta o seu percurso e seus desafios históricos. Estudar-se-
á, neste âmbito, a genealogia conceptual da noção de democracia desde os clássicos aos
contemporâneos, passando pelos modernos, discutindo noções como o papel das elites e massas,
representação e deliberação.

 Estudar a democracia como forma histórico-institucional de regulação da competição e


representação política. Aqui estaremos interessados em compreender as condições sociais e
económicas da emergência da Democracia, a mediação e representação de interesses existentes
na sociedade, os modos de transição de autocracias e as variações institucionais (modelos
maioritários, de consenso; sistemas parlamentares ou presidenciais) dos regimes democráticos.

2. Resultados Esperados:

No fim da cadeira, espera-se que o estudante seja capaz de:


 Entender a génese da democracia, os seus fundamentos filosóficos, as condições para o seu
surgimento e o seu funcionamento;
 Que tenha capacidade para entender e reflectir sobre os processos de democratização, a sua
dinâmica, as suas consequências e efeitos nos sistemas políticos e países;
 Que tenha elementos necessários para reflectir sobre os processos democráticos em curso no
mundo, no continente e no país e os fundamentos da sua dinâmica.

3. Processo de Ensino-Aprendizagem

As metodologias de ensino-aprendizagem a ser adoptadas na disciplina privilegiam a centralidade do


estudante no processo, com destaque para uma maior interacção deste com o corpo docente e recurso a
debates ao invés de aulas expositivas. Desta forma, a bibliografia obrigatória da disciplina será
disponibilizada logo no início do semestre, com indicação dos textos específicos para cada aula, que de
verão ser obrigatoriamente lidos antes da mesma, para permitir uma melhor e maior participação dos
estudantes.

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As aulas serão de carácter teórico e prático, embora nem sempre esta divisão seja estanque. As aulas
teóricas serão baseadas na discussão de textos ou temas teóricos. As aulas práticas poderão também ser
baseadas em textos teóricos, mas sempre haverá a preocupação da extrapolação do debate para o âmbito
prático.

Em linhas com as restrições impostas pelo COVID-19, as aulas deverão decorrer em condições que
permitem o distanciamento social. Desta forma, haverá aulas presenciais e online, sendo que para estas
últimas os/as estudantes devem estar devidamente inscritos na plataforma Vula, onde as mesmas
decorrerão.

A presença e a participação na aula são obrigatórias e serão controladas em todas as aulas, podendo ser
(sem carácter vinculativo), incorporados à média final do estudante, caso se justifique. Para efeitos de
controlo das presenças, será aplicado o prescrito nos artigos 37 e 38 do Regulamento Pedagógico da UEM.
De recordar que o número 2 do artigo 37 indica que fica excluído do exame o estudante que faltar a mais
de 20% da carga horária prevista na disciplina.

Além do espaço para consultas e dúvidas sobre os temas que será parte do processo normal de ensino e
aprendizagem, o regente da disciplina está disponível para consultas aos estudantes, mediante a
marcação de uma hora para o efeito.

4. Avaliação

A Cadeira terá essencialmente quatro tipos de Avaliação de Frequência, a saber:


 Apresentação de um texto indicado pelo corpo docente em grupo – nesta avaliação cada grupo
deve apresentar e defender um texto recomendado pelos docentes. Todo o grupo deve estar
preparado para responder às questões levantadas pelos docentes e a nota final da avaliação será
a combinação da apresentação, argumentação, coesão do grupo e cumprimento do tempo
concedido para a apresentação, que será de 10 minutos.
 Avaliação em grupo – que consistirá da apresentação de um texto e de um trabalho teórico-
prático sobre um tema específico relacionado à disciplina, ambos previamente indicados pelo
corpo docente. Nos trabalhos em grupo serão avaliados os seguintes elementos: qualidade do
trabalho escrito, apresentação, uso do tempo atribuído, coesão do grupo, argumentação. A nota
final do grupo será a combinação do trabalho de equipa e do empenho individual, pelo que se
exige que todos os integrantes dos grupos comprovem que participaram no trabalho e estejam
prontos para defendê-lo. Nesta perspectiva, nas avaliações de grupo o corpo docente pode dirigir
a avaliação a membros específicos do grupo.
 Avaliação individual – um teste escrito de carácter teórico-prático, a ser feito no fim do semestre,
com ou sem consulta. O teste é de carácter estritamente individual.
 Apresentações de grupos nas aulas práticas – Em alguns temas, os grupos farão apresentações nas
aulas práticas. Estas apresentações poderão ser incorporadas ao cálculo da média dos trabalhos
de grupo.

Além das quatro avaliações acima indicadas, os estudantes deverão apresentar fichas de leitura de textos
da disciplina a serem previamente indicados pelo regente. As fichas de leitura serão usadas na ponderação

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da participação do estudante que, conforme indicado acima, é um parâmetro que será levado em conta
na avaliação global do estudante, sem necessariamente ser atribuído uma nota.

O cálculo da Média de Frequência obedecerá à seguinte fórmula:

MF = 2xTf+MTG
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Ou seja: Média de Frequência (MF) será igual a duas vezes o teste final (Tf) mais a média
aritmética dos trabalhos de grupo (MTG), divido por três.

A exclusão, admissão e dispensa ao exame será de acordo com o estipulado no Regulamento Pedagógico
da UEM (artigos 51, 75, 77 e 78).

5. Preparação e Organização
O trabalho em grupo assim como a constante ligação com aspectos práticos da política e da
democratização no contexto moçambicano são importantes no processo de ensino e aprendizagem da
cadeira. Por essa razão, as duas primeiras semanas de aulas serão dedicadas às actividades preparatórias
de organização da turma em grupos e pesquisa de material documental e bibliográfico sobre o processo
de democratização em Moçambique. Este material irá alimentar as aulas práticas e os trabalhos escritos
de grupo. A calendarização específica destas actividades curriculares é indicada nas alíneas b, c e e do
ponto 7 do presente programa.

6. Questões Éticas

No processo de avaliação é importante prestar atenção a aspectos éticos, tais como o plágio e outros
aspectos de fraude académica, que de nenhuma forma serão tolerados, e o seu tratamento será baseado
no prescrito no Regulamento Pedagógico da UEM (vide nº 4 do artigo 103).

7. Datas das principais actividades da disciplina:


a) Entrega do programa da disciplina – dia 11/05/2021
b) Formação de Grupos – até o dia 18/05/2021
c) Entrega dos estudos de caso do Trabalho Escrito de Grupo – 25/05/2021
d) 1ª Aula Teórica primeiro módulo – 13/05/2021
e) Seminários 1: apresentação de textos – 03-08/06/2021
f) Prova Escrita – 27/07/2021
g) Entrega do Trabalho em Grupo – 03/08/2021
h) Seminários 2: Defesa do Trabalho em Grupo – 05-10/08/2021
i) Exame Normal – 24/08/2021
j) Exame de Recorrência – 31/08/2021

8. Módulos e Temas da Disciplina

8.1. Módulo 1: O que é Democracia


 Questões sobre a teoria da democracia – Lessa, 2002 (aula do dia 13/05/2021)
 O que é democracia – Sartori, 1994 (Capítulos 1, 2) – aula do dia 18/05/2021
 A democracia dos antigos e a democracia no mundo contemporâneo – Bobbio, 2000 (capítulo 7);
Sartori, 1994 (capítulo 10) – aula do dia 20/05/2021

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8.2. Módulo 2: Condições para o Surgimento da Democracia
 Como surge a Democracia – Dahl, 1997 (Prefácio, capítulos 1 a 5), Lipset, 1959. – aula do dia
25/05/2021

8.3. Módulo 3: Elementos da democracia:


 A Representação política – Manin et al, 2006; Pitkin, 2006. Aula do dia 27/05/2021.
 As instituições políticas democráticas – Sartori, 1996 (capítulos 1 a 7) – aula do dia 01/06/2021.

8.4. Módulo 4: Teorias e modelos da Democracia


 O Autoritarismo (Discussão/Seminário de Avaliação) – 03-08/06/2021 – Hanson, 2018; Seeberg,
2018; Van Ham e Seim, 2018; Kailitz & Stockemer, 2017; Morgenbesser, 2013, Bogaards, 2009,
Diamond, 2008.
 Teorias da Democracia – Cunningham, 2009 – 10-15-17-22/06/2021
 Modelos de Democracia – Lijphart, 2003 (capítulos 1, 2, 3) – 24/06/2021

8.5. Módulo 5: Democratização


 Transição democrática: as democracias da terceira onda – Huntington, 1994 (capítulo 1, 2 e 3) –
29/06/2021
 Transição e Consolidação Democrática – Linz e Stepan, 1999 (Capítulos 1 a 5) – 01/07/2021.
 Aula Prática – Transição e consolidação da democracia em Moçambique – 06/07/2021.
 Crítica às teorias da transição e consolidação democrática – Geddes, 2001; Carothers, 2002,
Carothers, 2007; Diamond, 2002 – 08/07/2021.
 Democratização, eleições e paz – Wahman, 2014; Croissant e Helmann, 2018; Lynch et al, 2019–
13/07/2021.
8.6. Módulo 7: Democratização na África – de 1990 à segunda década do século XXI
 Democratização em África e na África Austral: história, tendências e desafios – Macuane, 2000;
2011; Adenbawy & Obadare, 2011; Lynch e Crawford, 2011, Cheeseman, 2018, Sanches e
Macuane, 2020 – 15-20/07/2021 – Apresentação dos Estudantes e Debate
 Revisão da Prova – 22/07/2021 de Maio de 2020 (estudantes devem enviar questões até o dia
20/07/2021).

Prova Escrita – 27/07/2021

8.7. Módulo 6: Democratização em Moçambique


Democratização em Moçambique – Macuane, 2009; Azevedo-Harman, 2015; Rosário, Guambe e Salema,
2020 (textos seleccionados) – 29/07/2021.

03/08/2021 – Entrega dos Trabalhos de Grupo Escritos

8.8. Módulo 8: Democratização no século XXI e Crise da Democracia Liberal


 Redes sociais e democracia (e o caso da primavera árabe) – Tucker et al, 2018; Bartkowiak et al,
2017, – aula do dia 03/08/2021.

Defesas dos Trabalho em Grupo Escrito – 05-10/08/2021.

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 Tendências recentes: Reversão democrática, Desconsolidação, Populismo e ataques à democracia
liberal no século XXI – Foa e Monk, 2017; Pappas, 2017; Hadiz e Chryssogelos, 2017, Luo e
Przeworski, 2019 – aula do dia 12/08/2021
 Como as Democracias Morrem – Levitsky & Ziblatt, 2018 – 17/08/2021.

9. Bibliografia
ADEBANWI, W. e OBADARE, E. (2011). “The abrogation of the electorate: an emergent African
phenomenon”. Democratization, 18: 2, pp. 311-335.
AZEVEDO-HARMAN, E. (2015). “Patching Things Up in Mozambique.” Journal of Democracy 26(2), pp. 139-
150.
Bartkowiak, J.; de Almeida Fonseca, T.; Mattos, G. e do Carmo Souza, V. (2017). “A Primavera Árabe e as
Redes Sociais: O uso das redes sociais nas manifestações da Primavera Árabe nos países da Tunísia, Egito e
Líbia”. Cadernos de Relações Internacionais, v. 10, n.1, 2017, pp. 66-94.
BOBBIO, N. (2000). Teoria Geral da Política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro:
Editora Campus. Capítulo 7.
BOGAARDS, M. (2009). “How to classify hybrid regimes? Defective democracy and electoral
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CAROTHERS, T. (2002). “The End of the Transition Paradigm”. Journal of Democracy 13(1), pp. 5-21.
_____________ (2007). “How Democracies Emerge: the “Sequencing” Fallacy. Journal of Democracy 18(1),
pp. 12-27.
CHEESEMAN, N. (Editor) (2018). Institutions and Democracy in Africa: How the Rules of the Game Shape
Political Developments. Cambridge University Press.
CROISSANT, A. e HELLMANN, O. (2018). “Introduction: State capacity and elections in the study of
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DAHL, R. (1997). Poliarquia. São Paulo, EDUSP.
DIAMOND, L. (2002). “Elections without Democracy: thinking about hybrid regimes” Journal of democracy,
vol. 13, nº 2, April 2002, pp. 23-35.
DIAMOND, L. (2008). “The Democratic Rollback: The Resurgence of the Predatory State.” Foreign Affairs,
March April/2008, pp.
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FOA, R. S. e MOUNK, Y. (2017). “Os Sinais de Desconsolidação.” Journal of Democracy em Português,
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GEDDES, B. (2001). “O quê sabemos sobre democratização depois de vinte anos?” Opinião Pública, Vol. 7,
nº2, pp. 221-252.
HADIZ, V. R. e CHRYSSOGELOS, A. (2017). “Populism in World Politics: a comparative cross-regional
perspective.” International Political Science Review. Vol. 38, No. 4, pp. 399-411.
HANSON, J. P. (2018). “State capacity and the resilience of electoral authoritarianism: Conceptualizing and
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HUNTINGTON, S. (1994). A Terceira Onda: a democratização no final do século XX. São Paulo: Editora
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KAILITZ, S. e STOCKEMER, D. (2017). “Regime legitimation, elite cohesion and the durability of autocratic
regime types.” International Political Science Review. Vol. 38, No. 3, pp. 332-348.
LESSA, R. (2002). “A Teoria da Democracia: Balanço e Perspectivas.” In Renato Perissinotto e Mário Fuks
(orgs.). Democracia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Relume Dumará. Pp. 32-54.

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LEVITSKY, S. & ZIBLATT, (2018). Como as Democracias Morrem. Rio de Janeiro: Zahar.
LIJPHART, A. (2003). Modelos de Democracia: desempenho e padrões de Governo em 36 países. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira.
LINZ, J. & STEPAN, A. (1999). A Transição e Consolidação da Democracia: A Experiência do Sul da Europa e
da América do Sul. São Paulo: Paz e Terra.
LIPSET, S. (1959) ‘Some Social Requisites of Democracy: Economic Development and Political Legitimacy’.
American Political Science Review 53: 69-105.
LUO, Z., & PRZEWORSKI, A. (2019). “Democracy and Its Vulnerabilities: Dynamics of Democratic
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LYNCH, G. e CRAWFORD, G. (2011). “Democratization in Africa 1990-2010: an assessment.
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LYNCH, G.; CHEESEMAN, N.; e WILLIS, J. (2019). “From Peace Campaigns to Peaceocracy: Elections, Order
and Authority in Africa”. African Affairs, pp. 1–25. doi:10.1093/afraf/adz019.
MACUANE, J. (2000). “Liberalização Política e Democratização na África: uma análise qualitativa”. Revista
Dados, Vol. 43, N.º 4:671-708. Acesso directo no link:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582000000400003&lng=en&nrm=iso.
_____________ (2009) “Semi-presidencialismo em Moçambique 1986-2008”. In Octavio Amorim Neto &
Marina Costa Lobo (eds). Semi-presidencialismo nos países de língua portuguesa. Lisboa: ICS.
_____________ (2011). “Democratização e Transformação Económica na SADC 2000-2010”. In Augusto
Nascimento, Aurélio Rocha, Eugénia Rodrigues (Eds.) Moçambique: Relações históricas regionais e com
países da CPLP. Alcance Editores.
MANIN, B.; PRZEWORSKI, A. STOKES, S. (2006). “Eleições e representação”. Lua Nova, São Paulo, 67: 105-
138.
MORGENBESSER, L. (2013). “Elections in Hybrid Regimes: Conceptual Stretching Revived.” Political Studies:
Vol. 62, pp. 21–36.
PAPPAS, T. (2017). “Os Diferentes Adversários da Democracia Liberal”. Journal of Democracy Journal of
Democracy, Volume 6, Número 1 (Maio de 2017), pp. 17- 40.
PITKIN, H. (2006). “Representação: Palavras, instituições e idéias”. Lua Nova, São Paulo, 67: 15-47.
RESENDE, M. M. & ALMEIDA. C. G. (2018). “O papel da Igreja Católica na democratização pós-guerra em
Angola e Moçambique”. Relações Internacionais, Setembro, pp. pp. 43-63.
ROSÁRIO, Domingos; GUAMBE, Egídio; e SALEMA, Ericino (2020). Democracia Multipartidária em
Moçambique. Maputo: EISA.
SANCHES, E. & MACUANE, J. J. (2020). “Elections as vehicles for change? Explaining different outcomes of
democratic performance and government alternation in Africa”. Cadernos de Estudos Africanos, (no
Prelo).
SARTORI, G. (1994). A Teoria da Democracia Revisitada. São Paulo, Editora Ática. Volumes 1 e 2.
SARTORI, G. (1996). Engenharia Constitucional: como mudam as constituições. Brasília, Editora UnB.
SEEBERG, M. B. (2018). “Electoral Authoritarianism and Economic Control.” International Political Science
Review. Vol. 39, No. 1, pp. 33-48.
Tucker, J.; Theocharis, Y.; Roberts, M, e Barbera. P. (2018). “Da Libertação a Desordem: redes sociais e
democracia”. Journal of Democracy Journal of Democracy, Volume 1, Número 1 (Maio de 2018), pp. 89-
112.
VAN HAM, C. e SEIM, B. (2018). “Strong states, weak elections? How state capacity in authoritarian
regimes conditions the democratizing power of elections”. International Political Science Review. Vol. 39,
No. 1, pp. 49-66.
WAHMAN, M. (2014). “Democratization and electoral turnovers in sub-Saharan Africa and beyond.”
Democratization, Vol. 21, No. 2, pp. 220 – 243.

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Maputo, 11 de Maio de 2021

FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CADEIRA DE TEORIA DEMOCRÁTICA E DEMOCRATIZAÇÃO

Primeiro Semestre do ano lectivo 2021 – 3º Ano de Licenciatura em Ciência Política

Docentes: José Jaime Macuane (Regente), Líria Langa (Assistente).

INSTRUÇÕES SOBRE OS TRABALHOS de GRUPO E DATAS DE AVALIAÇÕES

I. Trabalho Escrito

1. O Trabalho deve ser feito em grupo, sendo que cada grupo deve estudar um objecto de estudo
específico e, de forma alguma, será aceite a duplicação de objectos de estudo. Para que se evite
que tal aconteça, recomenda-se à turma que faça a concertação sobre os objectos de estudo,
devendo posteriormente apresentar os mesmos ao corpo docente, no prazo de cinco dias a contar
da data de entrega destas instruções;
2. Os trabalhos devem combinar a parte teórica e prática, sendo o uso dos textos teóricos
apresentados durante o semestre obrigatório. Eventualmente, os grupos poderão recorrer a
outras fontes, mas o trabalho final deve conter pelo menos 70% da parte teórica baseada em
textos da cadeira;
3. Os trabalhos devem ter a seguinte estrutura:
a. Introdução – que deve descrever o contexto e o objecto de estudo. Este objecto deve ser
exclusivamente empírico, pelo que não serão aceites trabalhos que versam apenas sobre
discussões teóricas. O objecto de estudo pode ser sobre algo referente ao contexto
nacional ou fora deste;
b. Problematização – que deve indicar que questões serão discutidas ao longo do trabalho,
tendo como base o objecto de estudo;
c. Discussão teórica – que consiste das principais reflexões sobre o tema;
d. Descrição da parte empírica;
e. Argumentação analítica – que deve mostrar de que forma o problema em estudo está a
ser explicado pelas teorias discutidas. Neste aspecto, o grupo poderá avançar reflexões
alternativas, mas sempre dentro do espírito do tema a ser discutido;
f. Conclusões – a síntese dos elementos discutidos e as principais constatações.
4. Os temas apresentados para os grupos são os seguintes
a. O ideal democrático – reflexão sobre os desafios que se colocam a sistemas políticos
contemporâneos concretos na operacionalização dos princípios democráticos;

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b. Crise da democracia no século XXI – desafios e crise da democracia no mundo
contemporâneo.
c. Representação política – reflexão sobre as instituições e a dinâmica da representação
política, nas suas várias vertentes;
d. Dinâmicas do autoritarismo – análises sobre os regimes autoritários, suas dinâmicas e
implicações para a democratização;
e. Análise das condições e processos que levam à implantação da democracia nos países –
descrição e reflexão de processos concretos de democratização e de como as condições
existentes contribuíram para a mudança de regime.

5. Distribuição dos temas pelos grupos:


 Tema a – grupo 6
 Tema b – grupo 3 e 7
 Tema c – grupo 4
 Tema d – grupo 2
 Tema e – grupo 1 e 5
6. Prazos
a. Entrega do guião – dia 11 de Maio de 2021
b. Entrega dos estudos de caso dos temas – dia 25 de Maio de 2021
c. Entrega do trabalho escrito – dia 03 de Agosto de 2021
d. Defesa dos trabalhos – a partir do dia 05 de Agosto de 2021
7. Outras datas de avaliações
a. Prova escrita – dia 27 de Julho de 2021
b. Exame época Normal – 24 de Agosto de 2021
c. Exame de recorrência – 31 de Agosto de 2021 (Será Exame Oral, mas pode ser mudado
dependendo do número de estudantes)

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II. Distribuição de Textos para o Seminário
Laboral e pós-laboral

Dias 12 e 17 de Março de 2020

TEXTO GRUPO
HANSON, J. P. (2018). “State capacity and the resilience of electoral authoritarianism:
Conceptualizing and measuring the institutional underpinnings of autocratic power.” 4
International Political Science Review. Vol. 39, No. 1, pp. 17-32.
SEEBERG, M. B. (2018). “Electoral Authoritarianism and Economic Control.” International
Political Science Review. Vol. 39, No. 1, pp. 33-48. 2
VAN HAM, C. e SEIM, B. (2018). “Strong states, weak elections? How state capacity in
authoritarian regimes conditions the democratizing power of elections”. International 5
Political Science Review. Vol. 39, No. 1, pp. 49-66.
KAILITZ, S. e STOCKEMER, D. (2017). “Regime legitimation, elite cohesion and the
durability of autocratic regime types.” International Political Science Review. Vol. 38, No. 3
3, pp. 332-348.
MORGENBESSER, L. (2013). “Elections in Hybrid Regimes: Conceptual Stretching Revived.”
Political Studies: Vol. 62, pp. 21–36. 1
BOGAARDS, M. (2009). “How to classify hybrid regimes? Defective democracy and
electoral authoritarianism.” Democratization, 16:2, 399-423. 6
DIAMOND, L. (2008). “The Democratic Rollback: The Resurgence of the Predatory State.”
Foreign Affairs, March April/2008, pp. 7

Maputo, 11 de Maio de 2021


O Regente
José Jaime Macuane (Professor Associado)

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