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CADEIRA ׃GENÉTICA
DISCENTES: DOCENTE:
PATRÍCIA CHANDE DR GUIDO ANDRÉ
RAMILO MUANAMBANE THAUZENE
ROGÉRIO VASCO POSSO
SEFO INSILAMO
SÉRGIO DOS SANTOS BENGALA
TOMÁS PAULO CACHIPANDE
SEFO INSILAMO
Orientador׃
DR GUIDO ANDRÉ
Para o presente trabalho, iremos abordar conteúdo relacionado ao Estudo de Gêmeos e sua
aplicação na genética. Portanto, Gêmeos resultam de conceptos de qualquer gestação
múltipla. Começando pela descrição de gêmeos monozigóticos, que são aqueles resultam da
fecundação de um único espermatozoide em único ovulo, resultando gêmeos geneticamente
diferentes, e os dizigóticos que resultam da fecundação de dois espermatozoides em dois
óvulos, resultando em gêmeos geneticamente diferentes. Os fusionados ou mesmo xifópagos
que se encontram interligados por uma das regiões do corpo incluindo os órgãos internos. O
seu registro mais antigo ocorreu em 945 a.C., em Constantinopla. Nesse caso, os gêmeos
estavam unidos pelo abdome e a tentativa de separação ocorreu após a morte de um deles,
aos 30 anos. Contudo, o outro gêmeo foi a óbito três dias depois. Os gêmeos mais famosos,
que abriram as portas para o melhor entendimento da gemelaridade imperfeita, foram Chang
e Eng, no Sião, no ano de 1811. Ambos eram unidos pela parte inferior do tórax e
compartilhavam o mesmo fígado.
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2. Objectivos:
2.1. Geral
Descrever os tipos de gêmeos e como são formados.
2.2. Específicos
Definir gêmeos;
Mencionar os tipos de gemeos;
Descrever as frequências de gemelaridade e fatores influentes;
Descrever os Determinantes da zigosidade gemelar;
Descrever as aplicação do estudo de gêmeos à genética.
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3. GÊMEOS
Gêmeos são conceptos de qualquer gestação múltipla. Portanto, trata se de Gestação múltipla
aquela que apresenta dois ou mais conceptos no útero ou fora dele.
4. TIPOS DE GÊMEOS
Em cerca de 30% dos casos, a separação gemelar se dá na fase inicial de blastocisto, até o
terceiro dia de desenvolvimento intrauterino, quando o zigoto segmentado ainda está no
estágio de mórula. Nos demais 70%, a separação gemelar se dá do 4° ao 14º dia de
desenvolvimento embrionário. Quanto mais tardia for essa separação, maior será a
probabilidade de ocorrer divisão desigual do material embrionário, acarretando maiores
diferenças entre os cogêmeos do par monozigótico.
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Quando a separação dos blastômeros for muito precoce, os gêmeos MZ apresentam, ao
nascer, dois âmnios, dois córions e duas placentas bem separadas ou, dependendo dos locais
de implantação no útero, muito próximas uma da outra; nesse caso, os gêmeos são
denominados diamnióticos e dicoriônicos.
Nos casos letais, a morte resulta de anemia do gêmeo doador e da insuficiência cardíaca
congestiva do cogêmeo receptor. Para impedir que ocorra esta situação interrompe as da
comunicação circulatória placentária pela utilização de laser durante o exame de fetoscopia.
Essa síndrome raramente ocorre entre os gêmeos DZ.
Existem dados indicativos de que em torno de 20% dos pares MZ mostram uma diferença
de 35% ou mais na quantidade de hemoglobina. Se o gêmeo que recebe menos hemoglobina
nascer com uma diferença de peso de 300 g ou mais em relação ao cogêmeo mais pesado,
poderá ter diferenças neurológicas relacionadas por exemplo com a inteligência e inferidas.
Normalmente, esses gêmeos são sempre do mesmo sexo, portanto, em algumas ocasiões
excepcionais, foram descritos gêmeos MZ discordantes quanto ao sexo, porque tinham
cariótipos diferentes, sendo um gêmeo do sexo masculino normal (cariótipo 46, XY) e seu
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cogêmeo do sexo feminino com síndrome de Turner (cariótipo 45, X), em consequência à
perda de um cromossomo Y no início do desenvolvimento embrionário. (BORGES-
OSÓRIO e ROBINSON, p. 482 a 483)
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4.2. Gêmeos xifópagos
Para além do 14º dia de desenvolvimento embrionário, a separação das células é incompleta
e ocorre a união física entre os cogêmeos, originando os chamados gêmeos xifópagos
,teratópagos, siameses ou ligados.
Craniópagos (crânio),
Toracópagos (tórax), São fetos unidos pelo tórax até a cicatriz umbilical, podendo
ter coração único ou individualizado. Podem compartilhar região esternal (20 a 40%
dos casos), diafragma e parede abdominal superior. Caracterizam-se por
apresentarem o fígado e o pericárdio.
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Onfalópagos (abdome) descritos em 18 a 33% dos gêmeos unidos pela parte ventral.
Eles podem ter a mesma união do tronco, como os toracópagos, mas diferem por
terem corações separados. Podem compartilhar o mesmo fígado (80%), íleo terminal
e cólon (33%).
Pigópagos (sacro), os fetos estão unidos pelo dorso e representam 18 a 28% de todos
os gêmeos fusionados. Apresentam um sacro e um cóccix, o trato gastrointestinal
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pode ter reto único ou separado, a bexiga é descrita como única em 15% dos casos e
a medula espinhal é separada e sempre há compartilhamento dos ossos pélvicos.
Isquiópagos (pelve) são os fetos unidos pela parte ventral do umbigo à pelve e
correspondem a 6–11% dos casos de gêmeos coligados. Apresentam dois sacros ou
duas sínfises púbicas, em geral possuem trato gastrointestinal único e o número de
pernas pode variar de duas a quatro
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Raquípagos (canal medular). Os gêmeos parápagos são fetos com fusão ventro-
lateral. Eles podem estar unidos desde o abdome inferior até a pelve e correspondem
a 28% dos casos. Sempre apresentam sínfise púbica e trato urinário únicos.
Os gêmeos dizigóticos (DZ) podem ter ou não o mesmo sexo e têm em comum apenas 50%
de seus genes, sendo tão semelhantes geneticamente quanto dois irmãos comuns.
Estes ocorrem quando dois óvulos são liberados em uma única ovulação e são fecundados
por dois espermatozoides diferentes. Esses dois óvulos fertilizados se desenvolvem de forma
independente no útero.
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Esses gêmeos apresentam dois âmnios, dois córions e duas placentas ou, devido à grande
proximidade dos locais de implantação dos dois blastocistos que dão origem a esse tipo de
gêmeos, aparentemente uma só placenta, resultante de fusão das duas placentas.
Um fato que pode ocorrer excepcionalmente entre os gêmeos DZ, produzindo diferenças
adicionais, é o quimerismo sanguíneo: pela proximidade das placentas, é possível que,
durante o desenvolvimento intrauterino, ocorram anastomoses de vasos sanguíneos,
podendo haver trocas de células sanguíneas geneticamente diferentes entre os cogêmeos;
A troca sanguínea mútua sem prejuízo para ambos é possibilitada pelo fato de que os
embriões ainda não desenvolveram a imunocompetência, criando-se entre os cogêmeos um
estado de tolerância imunológica permanente que os leva a se desenvolver como quimeras,
isto é, indivíduos em que coexistem populações celulares geneticamente diferentes,
originárias de zigotos distintos.
Além disso, os gêmeos DZ não precisam ter, obrigatoriamente, o mesmo pai, pois dois
ovócitos liberados em ovulações sucessivas no mesmo ciclos menstruais podem ser
fertilizados por espermatozoides oriundos de homens diferentes com os quais tenha ocorrido
a cópula, o que caracteriza a chamada superfecundação heteropaterna. Entretanto, no caso
de mulheres monogâmicas, é impossível saber se um parto múltiplo resultou de poliovulação
simultânea ou de poliovulação sucessiva. (BORGES-OSÓRIO e ROBINSON, p. 485)
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5. FREQUENCIAS DE GEMELARIDADE E FACTORES INFLUENTES
Fertilização assistida
Componente genético
As evidencias indicam que mulheres que são gêmeas MZ têm maior probabilidade de terem
filhos com a mesma gemelaridade, o que indicaria um componente genético relacionado,
que, aparentemente, se expressa apenas nas mães, não nos zigotos. (BORGES-OSÓRIO e
ROBINSON, p. 485 a 487)
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O hormônio folículo-estimulante (FSH) nas mulheres estimula a formação de folículos
ovarianos, juntamente com o hormônio luteinizante, e nos homens é essencial à proliferação
de células de Sertoli e manutenção da qualidade espermática nos testículos.
Raça
Idade materna
A frequência de gêmeos DZ aumenta com a idade materna, até em torno de 37 anos, quando
diminui bruscamente.
Esse efeito materno é um reflexo do aumento no nível de FSH com a idade, relacionado ao
maior tamanho da hipófise, causando a poliovulação.
Alguns autores sugeriram que o estresse que atinge os indivíduos que vivem em zonas
urbanas densamente povoadas pode ser o fator influente na irregularidade ovulatória, bem
como na concentração e qualidade espermática, que, em conjunto, causariam a redução da
frequência de gêmeos DZ.
A predisposição genética para a poliovulação está relacionada com os altos níveis de FSH.
A herança da gemelaridade dizigótica está inserida no tipo de herança autossômica limitada
ao sexo feminino, isto é, o gene pode ser transmitido por indivíduos de ambos os sexos, mas
só se expressa nas mulheres.
Paridade
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Tratamento hormonal
As mulheres tratadas com FSH para induzir a ovulação tendem a ter ovulação dupla ou tripla,
o que favorece o nascimento de gêmeos DZ e trigêmeos, aumentando sua frequência.
Controle da natalidade
5.3.Diagnóstico
O diagnóstico de gêmeos fusionados pode ser realizado ainda no período pré-natal por meio
de diferentes técnicas, como a ultrassonografia e a ressonância magnética fetais, ou depois
do nascimento.
O diagnóstico da zigosidade gemelar pode ser feito de várias maneiras, com graus crescentes
de confiabilidade:
Os gêmeos DZ terão sempre dois córions, dois âmnios e duas placentas, embora estas últimas
possam fundir-se e parecer uma só. Por outro lado, os gêmeos DZ terão sempre córions e
âmnios separados, embora suas placentas possam fundir-se, parecendo única, e assim,
quando houver um só córion, os gêmeos são, com certeza, monozigóticos. Neste contexto, a
presença de um só âmnio ou de um só córion leva à rejeição da hipótese de dizigosidade.
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Exame da semelhança física
Enxertos de pele
Análise do DNA
O estudo de gêmeos pode ser utilizado tanto para a análise de características de distribuição
qualitativa quanto para a de traços quantitativos
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8. LIMITAÇÕES DOS ESTUDOS DE GÊMEOS
Impossibilidade de determinação do tipo de herança da característica estudada;
Os gêmeos MZ são idênticos apenas quanto aos genes presentes nos gametas
parentais de que se originam, podendo apresentar diferenças decorrentes de uma
variedade de fatores:
mutações somáticas pós-zigóticas, como as que ocorrem durante a formação de
imunoglobulinas;
anormalidades no desenvolvimento embrionário, que podem acarretar alterações
dismórficas apenas em um dos cogêmeos;
anormalidades cromossômicas originadas após o evento da gemelaridade,
resultando em gêmeos MZ com cariótipos diferentes;
inativação desigual do cromossomo X em pares MZ do sexo feminino, podendo
resultar expressão fenotípica preferencial do cromossomo X de origem paterna em
uma das cogêmeas e do cromossomo X de origem materna.
As condições intrauterinas ambientais peculiares, por exemplo, o desenvolvimento
de dois embriões no mesmo espaço intrauterino, a inter-relação das membranas fetais
e a anastomose vascular placentária causando a síndrome da transfusão entre gêmeos
monozigóticos.
9. CONCLUSÃO
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O presente trabalho, o qual foi realizado por meio de uma revisão da literatura de vários
manuais, facultados pelo docente e outros que achamos pertinentes, apesar das limitações
encontradas, com uma ampla visão após a leitura concernente ao tema, pudemos perceber
das diferenças existentes entre os gêmeos univitelinos, bivitelinos e xifópagos. Destes, o tipo
de gêmeos que que requere mais atenção e xifópagos, porque em muitas das vezes necessita
duma intervenção cirúrgica me que poucas vezes a cirurgia tem ocorrido com sucesso. Em
todo aspecto, concluímos que os gêmeos precisam de um cuidado muito especial após serem
gerados.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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