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Construção de personagem Arquétipo: personagem vetor de ação (vingança, justiça, destruição, culpa) – na psicologia junguiana é um “resíduo

arcaico de imagens primordiais”, símbolos da imaginação, representações do inconsciente da humanidade.

INTERIOR: a biografia responsável por formar o personagem. Hipertipo: personagens-tipos que emanam conceitos culturais fundamentais (Narciso – o amor por si mesmo; Cinderela

EXTERIOR: as ações (dizer/fazer) e as marcas (sinais, cicatrizes) reveladoras do caráter do personagem. – ascensão cultural e social).

A escolha por arquétipos une a efemeridade histórica do contexto de produção à atemporalidade cultural do material
narrado.
1. Sujeito que enfrenta um conflito para alcançar uma necessidade (ex.: precisam de dinheiro para pagar a
cirurgia do filho);
2. Sujeitos interagentes com outros personagens (antagonista, coadjuvantes); Funções e relevância

3. Sujeito em confronto consigo mesmo (conflitos internos). Agente: fonte de ação narrativa
Coadjuvante (orelha, escado e avesso): fonte de motivação, informação ou contraste Coro: função comentarista

Multidimensionalidade Figurante: função contextual

Profissional: convívio profissional e dramas derivados Protagonista: aquele que age sobre (≠ herói)

Pessoal: convívio familiar e social e dramas derivados Antagonista: aquele que reage contra (≠vilão)

Privado: convívio consigo mesmo e dramas de solidão Personagem principal | Personagem secundário

Anton Tchekhov: “Para escrever sobre ladrões de cavalos, eu tenho de falar e pensar como eles, de sentir como eles”. Herói: decodificação semiótica do bem, do solar, do moral
Vilão: decodificação semiótica do mal, do lunar, do imoral

Necessidade
Qual a necessidade do personagem? Qual seu desejo? Nomes
O que os nomes revelam sobre os personagens?
Definindo qual a necessidade do personagem podem-se criar os obstáculos que podem surgir para represar a
Qualidades sociais (Mirna, Tião), funcionais, míticas (Ariadne)
necessidade. A motivação do personagem leva a uma ação sobre o ambiente e uma consequente reação do ambiente. A
história, pois, trata-se da busca por um equilíbrio de forças. (Ação é personagem, F. Scott Fitzgerald)
Ponto de vista

Tensão dramática Foco narrativo pode ser utilizado como principal recurso de sentido e mecanismo de logro do espectador. No cinema, o
Quais os obstáculos às suas necessidades? ponto de vista não é fixo, mas múltiplo – possibilidade criativa que torna mais eficaz e expressiva a narrativa de uma
O conflito pode ser interior, inerente ao personagem: preguiçoso, frieza sexual. história. (O sexto sentido tem o ponto de vista como principal recurso narrativo). Ao tomar o ponto de vista do vilão, o
relato pode humanizá-lo.

Assunto
O que o personagem quer alcançar, obter, recuperar? Acima/onisciente: realiza cortes, retrocessos e acelerações da narrativa.

Do lado do principal; do lado do secundário; dentro do principal; dentro do secundário; voltado para dentro dele
Caracterização mesmo.

Aparência, detalhes físicos, cicatrizes, memórias, personalidade, gostos (literários, musicais, hobbies), vícios, qualidades,
medos. Ponto de foco: matéria de interesse (o que se percebe)
Ponto de vista: interpretação a respeito da matéria de interesse (como se percebe)

Tipos de personagens
Redondos: múltiplos traços de perfil
Planos: um ou dois traços de perfil
(quanto menor a intimidade com o personagem, maior sua apreensão como perfil).
Caricatura: personagem-tipo ao extremo

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