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PERSONAGENS

e sua conexão com o mundo real


Lucas Palacios da Silva
O DESAFIO
"Meus personagens também bebiam muita cerveja de gengibre porque as
personagens dos livros britânicos que eu lia bebiam cerveja de gengibre.
Não importava que eu não tivesse a mínima ideia do que era cerveja de
gengibre. E, por muitos anos depois, eu desejei desesperadamente
experimentar cerveja de gengibre. Mas isso é uma outra história..."

(O perigo de uma história única, de Chimamanda Ngozi Adichie)


Divino Maravilhoso Diagnóstico
O que precisa de
atenção nos dias
de hoje?

Apocalipse Zumbi
Análise

O que preciso trabalhar?

> Autoconhecimento > Representatividade

> Pensamento crítico sobre a > Preconceitos


literatura e o cinema
> Conhecer a própria comunidade
> Gosto pela leitura e pela arte

O que produzir?

> Construção de personagens

> Sequências descritivas

> Construção de textos multimodais


e transmidiáticos
Metodologias e estratégias

Ensino Híbrido
Rotação por estações
Storytelling
Redes de aprendizagem
Aprendizagem em pares
Registros não lineares
Sala de Aula Invertida
Competências da BNCC

1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,


cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

6 Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

12 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e


determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
Habilidades do Currículo Paulista

EF69LP32 Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais
etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, (...).

EF69LP47 Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de


cada gênero, os recursos (...)

EF69LP55 Reconhecer em textos de diferentes gêneros as variedades da língua falada, o conceito de


norma-padrão e o de preconceito linguístico.

EF07LP10 Utilizar, ao produzir diferentes gêneros, conhecimentos linguísticos e gramaticais, já


estudados.

EF67LP07A Identificar o uso de recursos persuasivos (título, escolhas lexicais, construções


metafóricas, explicitação ou ocultação de fontes de informação, entre outros) em textos
argumentativos.
A JORNADA
Estrutura da aula Sala / Biblioteca
Aula 1: Estimulação
45 minutos

Momento remoto
Exploração

Aula 2: Conexão, socialização


e formalização
45 minutos

Mural

Se eu fosse um personagem da Como são os personagens que Como são os personagens


história que gosto, como seria? nas histórias que lemos?
Amo Odeio
Aula 1: Introdução 15 minutos

Sensibilização local Sensibilização geral


individual Duplas
Observar o padrão Todo personagem
Se eu fosse um estético e Quais são e como tem um propósito.
personagem da história comportamental são os personagens
que gosto, como seria? aceitável na que amo/odeio?
comunidade.
> Pele > Status social > Qual é o propósito dos personagens que
> Cabelo > Profissão escolheu?
> Olhos > Lugar que mais gosta > O que faz amá-los ou odiá-los?
> Corpo > Vestimentas > O que eles têm em comum/diferente?
> Gênero > Introvertido ou > Por que construíram o personagem que seriam
> Por quem se Extrovertido desta forma?
apaixona > Outras informações > Por que nos conectamos emocionalmente a
esses personagens?
Aula 1: Desenvolvimento 20 minutos

Grupo Desafios:
> Expor os títulos dos contos.

> Cada grupo escolhe dois.


Reproduzir o
protagonista
visualmente.

Descrever o
protagonista utilizando
Título: Chapeuzinho vermelho (versão do Lobo) sequências descritivas
Autor: Rogerio Pelegrim
Sinopse: Conta a história de um Lobo indignado (substantivos, adjetivo e
com a falta de preocupação e educação de uma verbos de estado)
menina, sua avó e um caçador.
Aula 1: Fechamento 10 minutos

Grupo Perguntas norteadoras:


> Sistematizar, conectando o mural, a > A história fala sobre o que?
construção de personagens e a vida real.
> Como descreveu e reproduziu os
> Apresentar os trabalhos. protagonistas?

> Por que escolheram esses títulos?

> Qual era a expectativa no início?

> A história entregou o que esperavam?

> Defina outras de análise do mural.


Remoto O QUE SÃO ARQUÉTIPOS?
Carl Jung criou a teoria de que toda mente humana no mundo
compartilha algumas ideias. Ele chama de inconsciente
coletivo.

Individual "(...) são essencialmente os mesmos em qualquer lugar e não


variam de homem para homem" (JUNG, 1973). Os arquétipos
são "modelos prévios", são figuras e comportamentos que

> Observar e registrar em forma de infográfico o OS 12 todos nós temos em nossa mente(que se repetem) e nos

ARQUÉTIPOS DE
acompanha desde criança como papéis em uma peça de

comportamento e as falas das pessoas com PERSONAGENS


teatro. Cada pessoa pode apresentar mais de um
comportamento. Os personagens ficam mais interessantes
quando vamos mostrando ao público os arquétipos que
quem convive. carregam em situações diferentes. Podemos também
incorporar e abandonar arquétipos ao longo da vida.
'Existem inúmeros arquétipos. Mas, para Jung, há 12 tipos que

> Ler ou assistir um vídeo sobre os 12 arquétipos.


são mais predominantes e comuns. Marque quais destes o seu
personagem possui. Se existir um que você considera mais
predominante, destaque de alguma forma". (U. Expandido)

[ ] O inocente
Lema: Livre para ser você e eu.
Desejo central: chegar ao paraíso.
Objetivo: ser feliz.
Maior medo: ser punido por fazer algo
ruim ou errado.
Estratégia: fazer as coisas certas.
Fraqueza: chato por toda a sua
inocência ingênua.
Talento: fé e otimismo. [ ] O cara comum, órfão
o Inocente também é conhecido como:
Lema: Todos os homens e mulheres são iguais
utópico, tradicionalista, ingênuo,
Desejo central: ligação com os outros.
místico, santo, romântico, sonhador.
Objetivo: Fazer parte.
Maior medo: ficar de fora ou se destacar da multidão.
Estratégia: desenvolver virtudes sólidas comuns, seja
para a Terra ou o contato comum.
Fraqueza: perder o próprio EU em um esforço para se
misturar ou por relacionamentos superficiais.
Talento: realismo, empatia e falta de pretensão.
A pessoa comum também é conhecida como: O bom
velhinho, o bom vizinho, o realista, o trabalhador duro,
o cidadão solidário, a maioria silenciosa.
Aula 2: Introdução 10 minutos

> Momento para os alunos perguntarem e tirarem as dúvidas.

Sugestão de questionamentos:

> Como as pessoas agem no dia a dia? Algum dos personagens que vimos na aula passada tem alguma
dessas características?

> Quais arquétipos você mais conseguiu observar nas pessoas? Por quê?

> Como podemos usar os arquétipos para criar um personagem?

> No que os arquétipos podem nos ajudar a entender e a criar personagens?

> Em quais situações você teve a atitude do Sábio (coloque diversos arquétipos)?

> Você se sente representado nesses personagens? Como se sente? Se não, como se sentiria se visse
algum deles ser igual a você?
Aula 2: Desenvolvimento 25 minutos

Grupo
Ficha de personagem
> Arquétipos dos personagens dos contos que
Nome:
vimos na aula anterior
Propósito:
> Construção de personagem Características físicas:
Personalidade/Arquétipos:
> Exposição
Comportamentos:
Como fala:
Sonhos:
Desejos:
Situação problema 1:
Tirar uma vida para salvar várias?
Seu personagem num hospital e pode desligar os aparelhos
para matar um ditador que matará milhares de outras
pessoas. O que ele faria? Como ele se sentiria depois?
(Adaptado do curso de personagens de Universo Expandido)
Aula 2: Fechamento 5 minutos

Perguntas para finalização:


> O que achou das aulas?

> O que aprendeu e desenvolveu?

> Conseguiu evoluir na construção dos


personagens para a sua história?
A RECOMPENSA
Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os
saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência
social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as
implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos
dominantes pelas áreas pobres da cidade? (...)
(FREIRE, 2019, p. 17)
OBRIGADO!
Referências
ALENCAR, Renata e MELO, Tailze. Itinerários para as juventudes e a educação integral em Minas Gerais
– Parte I: Concepções e metodologias. [organização e coordenação geral: Fernanda Fragoso Zanelli e
Wagner Antonio dos Santos]. SP: Fundação Itaú Social, 2017. Disponível
em:https://educacaoeparticipacao.org.br/tematica/itinerarios-para-juventudes-e-educacao-integral/
Acesso em: 10 Fev. 2021
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de Aula Invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem.
Rio de Janeiro LTC, 2018.
BRAIT, B. A Personagem. São Paulo: Ática, 2006.
BRÄKLING, Kátia Lomba. Sobre leitura e a formação de leitores: qual é a chave que se espera?. São
Paulo: SEE: Fundação Vanzolini, 2004
DESIGN THINKING PARA EDUCADORES. Disponível em http://www.dtparaeducadores.org.br/site/. Acesso
em 20 maio 2021
DOLZ, J. ; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de
um procedimento. In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e escritos na escola. Trad. e org. ROJO, R.;
CORDEIRO, G. S. São Paulo: Mercado das Letras, 2004, p. 95-128.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 58 ed. Rio de Janeiro/
São Paulo: Paz e Terra, 2019.
Guia Movimento Maker na Educação. Disponível em: http://materiais.littlemaker.com.br/guia-
movimento-maker The Art of Tinkering. https://www.exploratorium.edu/visit/calendar/after-
dark/november-2013. Acesso em 28 Jul. 2021
MIGLIORIN, Cezar [et all]. Cadernos do Inventar: cinema, educação e direitos humanos - Niterói: EDG,
2016
O PERIGO da história única: Chimamanda Ngozi Adichie. [S. l.]: TEDGlobal 2009, 2009. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story/transcript?
language=pt. Acesso em: 4 ago. 2021
RIBEIRO, Ana Elisa. Palavra & criação, Palavra & ação: livro, leitura e escrita em pauta. Trem de Letras, v.
3, n. 1, 2017
SEBRAE. STORYTELLING NA EDUCAÇÃO: O poder das narrativas para estimular a atenção, a
criatividade e as relações interpessoais em sala de aula. Centro Sebrae de Referência em Educação
Empreendedora, Ebook (10 p.).
WACHOWICZ, Teresa Cristina. Análise linguística nos gêneros textuais. Curitiba: Intersaberes, 2012
ZUMBIS EXISTEM NA
VIDA REAL?
E SE EU DISSER QUE SIM?
A

Para que serve um personagem?


Qual é o propósito do seu?

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