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Colégio Ribeiro de Freitas

Pedro Antônio, Priscila Lavínia, Maria Eduarda e Vitória Pinheiro

Trabalho História Africana


Reino de Mali

Osasco, SP
2022
Pedro Antônio, Priscila Lavínia, Maria Eduarda e Vitória Pinheiro

Reinos Africanos: Reino de Mali

Trabalho com o objetivo


De aprender sobre os antigos reinos
Presentes no continente Africano na
Antiguidade

Osasco, SP
2022
SUMÁRIO

Resumo.........................................................................................................4
Política Economia e Sociedade..................................................................5 e 6
Formação dos Povos...................................................................................7 e 8
Religião e Arquitetura..................................................................................9 e 10
Mali nos Dias de Hoje..................................................................................11 e 12
RESUMO
O reino de Mali foi um dos Maiores Reinos Presentes na África antiga o qual se
destaca pela sua organização política econômica e cultural, e são esses os principais
temas abordados no trabalho, o qual além de explicar os temas citados no passado
como também no presente explicando também as divergências políticas estruturais,
econômicas e sociais.
POLÍTICA
O reino de Mali foi um dos maiores reinos da África antiga, e se destaca pela sua
organização política, econômica e cultural.
A política era uma espécie de monarquia, efetivada pelos Mansas (tipo de imperador)
que era assessorado por um conselho de anciões,composto por: civis, militares e
chefes religiosos. O Império era dividido em estados e províncias,com limite a cidades
e vilarejos. E o Império recebia impostos das províncias conquistadas, dando
destaque para as duas capitais que o Império possuiu: Niani e Cangaba.
ECONOMIA
Em relação à economia, é provável que o grande trunfo do Império do Mali tenha sido
ampliar a zona de atuação econômica que já havia sido utilizada pela grana. E em vez
de apenas manter isolado as duas pontas de uma relação comercial, o Império Mali
foi além e incorporou a nas regiões produtoras bens valiosos, como o ouro, e passou
a controlar não apenas só o comércio, mas também a produção. O modo de economia
do Império era baseado em trocas, já que não possuíam moedas (trocas: pó de ouro,
escravos, animais e sal).
O Rio Níger se destaca como principal rota comercial nesse período, já que Mali
controlava as principais rotas comerciais da costa e possuiu um importantíssimo ponto
de comércio entre o Saara e a Savana.
O modo de economia do Império era baseado em trocas, já que não possuíam
moedas.
SOCIEDADE
A sociedade de Mali era dívida em camadas sócias baseadas em status:
. Nobres (imperador, chefes religiosos, militares).
. Homens livres (artesãos, comerciantes, ferreiros).
. Prisioneiros e escravos.
No entanto, a maior parte da população era composta por agricultores, pescadores e
pastores. E uma grande adversidade passada pela camada mais pobre do Império
Mali, era a troca no comércio na área entre o Saara e a Savana, pois só a
nobrezatinha as condições de realizar as trocas.
Mansa Musa, o grande Imperador de Mali
A FORMAÇÃO E OS POVOS QUE VIVERAM NO REINO DE MALI
Cogita- se, que em meados dos séculos XIII e XV, o reino de Mali vivenciou anos de
prosperidade, no qual ganhou grande destaque e se tornou um dos maiores Impérios
do continente africano, pois a região era composta de um extenso território, que
influenciou na sua economia, política, cultura e religião.
Devido a isso, a formação do reino de Mali se deu por meio do povo mandigo que
habitavam na região de Gana, pois eles estavam sobre seus domínios e controles.
Portanto, ao longo do tempo, o império de gana acabou vivenciando invasões e
guerras, no qual logo depois influenciou em sua decadência e assim dando início e
consolidamento do reino de Mali por meio de uma figura mítica, conhecida como
Sundiata Keita. Ele foi o primeiro imperador da região. Sua história é carregada de
mitos e magias, que são contadas pelos griôs.
Sendo assim, de acordo com o conto, tudo começa quando o rei mandiga Naré
Famagã recebe a visita de um caçador em seu reino, dizendo-lhe que ele iria se casar
com uma mulher considerada extremamente feia e logo depois acabaria tendo um
filho com ela. Diante disto, depois de um tempo, o rei realmente tem o destino contado
pelo homem e se uni a uma mulher, que logo teve um filho com ele, chamado Sundiata
Keita. O rapaz era desprezado pelas suas limitações físicas, pois ele não podia andar,
além dele ser desrespeitado e humilhado pela sua aparência, como sua mãe.
Entretanto, certo dia, magicamente e misteriosamente ele consegue andar deixando
todos surpresos.
Com todos os acontecimentos na corte, especialmente a morte do rei Fanagã, que
desejava que Keita fosse seu sucessor. Portanto seu desejo não foi realizado, pois
seu filho mais velho, Dancarã -Tuma acaba assumindo o trono, e assim se tornando
o novo líder do reino. Devido a isto, o novo rei, por temer a bravura de seu irmão
Sundiata, o exila e obriga ele a fugir com sua mãe para a cidade de Mema. Neste
lugar, Keita se tornou adorado e muito respeitado pela população.
Entretanto, para as consequências de Dancarã- Tuma, seu reino começou a sofrer
diversas invasões e ataques do feiticeiro Soumaoro Kanté. Portanto, Tuma não
aguentando as invasões, fugiu, e assim deixando o seu povo. A população, em
desespero, buscou ajuda de Sundiata que aceitou suas preces e lutou contra os
feiticeiros. Mais este período de Guerra não tinha sido fácil, pois o exército inimigo era
imune as armas de ferro.
Por meio das dificuldades de vencer as lutas, a irmã de Sundiata casa-se com o
poderoso feiticeiro Soumaoro Kanté e descobre o seu ponto fraco, que era o galo
branco. O guerreiro Keita ciente deste fato, arma uma flecha contendo uma espora de
galo branco e logo depois consegue derrotar Soumaoro Kanté na batalha de Kirina e
assim ele se torna o novo rei dos malinquês, dando início ao governo dos mansas,
que eram responsáveis pelas questões administrativas do império Mali.
Sendo assim,durante este período de consolidação do reino, vários povos viveram em
sua respectiva sociedade, como os peules, dogons,bambaras,malinques,songais, e
os tuaregues que participaram e viveram na região ,durante o seu esplendor.
Sundiata Keita, o primeiro imperador de Mali

Sundiata Keita em seu cavalo


RELIGIÃO DE MALI
Mansa Musa, antigo imperador de Mali acompanhado por mais de 70.000 servos e
aproximadamente duas toneladas de ouro peregrinou para mostrar a prosperidade
de seu reino, o qual mais tarde distribuiu seu ouro pelo Egito, gastando todo o seu
dinheiro em mercadorias de luxo, o que ocasionou o mesmo a ficar sem quaisquer
recursos para prosseguir sua viagem, a quantidade de ouro que Mansa Musa gastou
foi tão exorbitante que o preço do ouro se desvalorizou por duas décadas em todo o
Oriente Médio. Mansa Musa como antes citado ficou sem recurso nenhum o qual um
comerciante de Cairo o emprestou assim podendo terminar sua peregrinação.
O imperador e seus servos chegaram a Meca, e foi lá aonde o mesmo reafirmou sua
crença a Alá, e tal viagem ampliou totalmente a rede de contatos do Reino de Mali
com outros estados Islamizados no Continente Africano, e isso fez ele ampliar a
compra e também venda de escravos. Após a chegada a Meca o imperador seguiu
para o reino de Fez (atualmente corresponde a área do Marrocos) aonde ampliou
relações diplomáticas o que fez com que vários ulemás (sábios em relações a
autoridades religiosas) estudassem e vivessem em Mali.
Quando voltou de sua viagem, Mansa Musa trouxe consigo um poeta e arquiteto
Abu Issak que foi responsável pela reconstrução de mesquitas e madrasas nas
cidades de Djenê e Tombuctu o que transformou as duas cidades em grandes
centros comerciais e culturais. E isso fez com que os costumes culturais islâmicos
pudessem ser observados nas técnicas de construção de várias casas e prédios
públicos.
Embora o Islamismo tenha tomado força Devido a Viagem de Mansa Musa a Meca
grande parte da população continuava a fazer culto de seus antepassados e as
cerimonias para seus diversos Deuses e também entidades divinas, as aldeias do
Reino não reconheceram as inovações arquitetônicas e mantiveram seus costumes
e vestimentas, porém as leis penais mudavam de acordo com a religião da pessoa
pois cada religião tem suas teses e costumes assim se adaptando.
ARQUITETURA NO REINO DE MALI
A arquitetura do Reino é um subconjunto das arquiteturas sudano-saheliana e da
arquitetura da África ocidental, o qual são edifícios compostos por adobe, foi
desenvolvida durante o império de gana que fundou a maioria das grandes cidades
do Mali assim florescendo as duas maiores civilizações da África ocidental, o Império
de Mali e o Império Songai
A Mesquita mais famosa de Mali é de Djenné a qual foi construída no século dezoito
o qual sofreu grandes influências islâmicas, mas muitos especialistas apontam a
Mesquita como um estilo arquitetônico sudano-saheliano sendo hoje considerado
um patrimônio mundial
Outro exemplo da arquitetura de Mali é a madraça de Sancoré feita de adobe e
barro o qual foi um centro de aprendizado na Mali Medieval e também aonde foram
escritos os Manuscritos de Tombuctu
Mansa Musa, grande imperador de Mali importante por disseminar a religião islâmica
no Império

Mesquita de Djenné
MALI NOS DIAS DE HOJE
Mali atualmente passa por problemas de pobreza e violência. O país de Mali é lugar
de rebeliões de grupos terroristas islâmicos ligados a Al-Qaeda na África. Em
outubro de dois mil e onze, rebeldes da etnia tuaregue lançaram uma rebelião após
conseguirem armamentos na Líbia.
No ano posterior, tuaregues e rebeldes ligados a Al-Qaeda conseguiram o controle
do norte do país. Depois de meses, grupos islâmicos capturaram Timbuktu, Kidal e
Gao, que estava no controle dos tuaregues, e começaram a acabar com lugares e
manuscritos sagrados para os muçulmanos, além de imporem a sharia.
Em dois mil e treze, a pedido do governo do país e com o aval da ONU, tropas da
França intervieram no conflito, com bombardeios. Algumas tropas ainda
permanecem no país, ao lado também de tropas da ONU. Porém, embora o
terrorismo tenha sido controlado, ainda há ataques infrequentes.
Em março do ano passado, um grupo islamista assumiu a autoria de um ataque a
um restaurante popular entre turistas em Bamako, cinco pessoas morreram.
No fim dos anos noventa, o país passou por um rápido crescimento econômico,
aliado a um florescimento da democracia e uma relativa estabilidade social.
Isso acabou em 2012, quando o controle do norte entrou em colapso, seguido por
um golpe militar e uma intervenção militar francesa contra os combatentes islâmicos
que ameaçavam avançar para o sul.
Apesar de um governo civil ter sido restabelecido no verão de 2013, uma frágil
trégua com os separatistas tuaregues foi rompida.
Além dos conflitos e golpes de Estado, o Mali vem sendo castigado nas últimas
décadas por secas severas. O país está entre os 25 mais pobres do mundo e é
altamente dependente da mineração de exportação de artigos agrícolas como o
algodão e ouro.
Mali é mundialmente reconhecido por ter produzido algumas das principais estrelas
da música africana, como Salif Keita, Ali Farka Toure e Toumani Diabate.
Também é conhecido pelo "Festival in the Desert", um festival que reúne bandas do
mundo todo, mas que está suspenso há alguns anos, justamente por conta da
violência no norte do país.
No mês de janeiro de dois mil e treze, o país França destinou tropas a Mali (uma ex-
colônia francesa) para lutar contra radicais islâmicos, que tinham retido diversos
territórios ao norte de Mali. A cidade antiga de Timbuktu foi um dos lugares retidos
pelos terroristas ligados à Al-Qaeda, essa cidade fica no deserto e é um histórico da
pesquisa do islamismo, a mil quilômetros ao norte da capital Bamako.
Intervenções Francesas em Mali

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