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demais, bugigangas demais, roupas, carros, Muitas más notícias que os jornais publicam
embalagens, papéis, remédios, drogas, hoje são produtos da abundância: o trânsito,
livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que
Ainda estamos aprendendo a viver no meio crianças gastam em frente a telas. Não só
de tantas coisas. É uma delícia de crianças, mas os adultos — que em média
problema, é claro. Até o século 18, a teoria tocam 2600 vezes no celular por dia.
malthusiana fazia sentido. O crescimento da
população levava à escassez de comida e As pessoas parecem meio perdidas entre
assim à diminuição da poluição. Crises de tanto conforto e atrações que desviam a
fome ceifavam multidões todos os séculos. A atenção. Se perdem em realizações
Revolução Industrial nos fez escapar dessa
imediatas de consumo, sem foco e força de Ana Tereza Caceres Cortez - Professora
vontade para perseguir grandes desejos ou adjunta do Departamento de Geografia
objetivos mais ousados. Instituto de Geociências e Ciências Exatas
- IGCE/Unesp, Rio Claro
Se o problema já é grave hoje, imagine no
futuro. O autocontrole será cada vez mais Um dos símbolos do sucesso das economias
necessário. Nossos filhos e netos terão que capitalistas modernas é a abundância dos
aprender desde cedo a se controlar diante bens de consumo, continuamente
do excesso de comida, de drogas, de produzidos pelo sistema industrial. Essa
opções de vida e de diversão. fartura passou a receber uma conotação
negativa, sendo objeto de críticas que
O mundo capitalista já resolveu o problema consideram o consumismo um dos
da escassez: precisa agora de uma principais problemas das sociedades
educação para a abundância. industriais modernas.
Leandro Narloch - Jornalista, mestre em Consumismo é o ato de consumir produtos
filosofia e autor do Guia Politicamente ou serviços, muitas vezes, sem consciência.
Incorreto da História do Brasil, entre outros.Há várias discussões a respeito do tema,
entre elas o tipo de papel que a propaganda
Disponível em:
e a publicidade exercem nas pessoas,
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-
induzindo-as ao consumo, mesmo que não
narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-
necessitem de um produto comprado.
lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em:
Muitas vezes, as pessoeas compram
25 abr. 2018.
produtos que não têm utilidade para elas, ou
até mesmo coisas desnecessárias apenas
por vontade de comprar, evidenciando até
uma doença.
Partisse de outrem, o gesto talvez pudesse Daí por que o ministro Celso de Mello se
ser considerado mero populismo; vindo da sentiu à vontade para, antes do discurso de
nova presidente do STF, guarda coerência Cármen Lúcia, proferir palavras duríssimas
com outras iniciativas de valor simbólico contra "os marginais da República, cuja
semelhante, como abrir mão de carro oficial atuação criminosa tem o efeito deletério de
com motorista ou dispensar a festa em sua subverter a dignidade da função política e
própria posse. da própria atividade governamental".
Questão 6
[Exército - 2014 - CMBH - Aluno do
Colégio Militar (EM) - Português]
Questão 11
[INEP - 2008 - ENEM - Exame Nacional
do Ensino Médio - prova amarela]
Brasil, mas pode ser utilizada sem restrições do‐ . Acesso em: 18 ago. 2015.)
Questão 15
O delegado pediu que o sêo João arranjasse DELEGADO – Mas o senhor não viu ele
três testemunhas para lavrar o ocorrido e roubar? O senhor sabe que foi ele, mas não
então prender o tal ladrãozinho popular. viu o fato em si?
Arranjar três testemunhas de que o tal
Justino havia surrupiado qualquer coisa era TESTEMUNHA 3 – Num carece de vê,
fácil, dado a popularidade do dito cujo pra dotô! Todo mundo sabe que ele róba. Pode
esses afazeres fora da lei. preguntá pra cidade intêra. Foi ele. Prende
logo esse peste!
A cena que conto agora transcorreu assim,
sem tirar nem pôr. Intimado o Justino, eis ali, DELEGADO (olhando firme para o Justino) –
ladrão, vítima e três testemunhas: Olha aqui, Justino. Eu também tenho
certeza de que foi você que roubou o relógio
DELEGADO (para a primeira testemunha) – do sêo João. Mas, como não temos provas
O senhor viu o Justino roubar o relógio do cabíveis, palpáveis e congruentes.... você
sêo João, aqui presente? está, por mim, absolvido.
DELEGADO (para a segunda testemunha) – JUSTINO – Qué dizê intão que eu tenho que
E o senhor? Viu o Justino roubar o relógio do devorvê o relógio?
sêo João?
Disponível em:
TESTEMUNHA 2 – Óia, dotô ...num vô falá http://www.rolandoboldrin.com.br/causos.
que vi ele fazê isso, mas todo mundo no Acessado em 19 ago. de 2016.
arraiá sabe que ele róba mêmo, uai. Pode
A) Apenas a assertiva II, está correta.
prender sem susto. Eu garanto que foi ele
que robô esse relógio. B) Apenas a assertiva I, está correta.
C) Apenas a assertiva III, está correta.
DELEGADO (para a última testemunha) – E
o senhor? Pode me dizer se viu o Justino D) Todas as assertivas estão corretas.
roubar o relógio do sêo João? Questão 16
[INEP - 2016 - ENEM - Exame Nacional
TESTEMUNHA 3 – Dotô, ponho a mão no do Ensino Médio - Primeiro e Segundo
fogo si num foi ele. Prende logo esse sem Dia]
vergonha, ladrão duma figa. Foi ele mêmo!
O Texto I é a transcrição de uma entrevista MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita:
concedida por uma professora de português atividades de retextualização. São Paulo:
a um programa de rádio. O Texto II é a Cortez, 2001 (adaptado).
adaptação dessa entrevista para a
modalidade escrita. Em comum, esses A) apresentam ocorrências de hesitações e
textos reformulações.
Texto
Tira do Angeli
D) Isso lhes deu apenas uma chuvarada de A) pronúncia das palavras “vorta" e “veve".
citações para epígrafe de seus poemas. B) pronúncia das palavras “tarvez" e “sorto".
E) Todo o nosso romantismo se caracteriza C) flexão verbal encontrada em “furaro" e
bem brasileiramente por essa poesia “cantá".
analfabeta.
D) redundância nas expressões “cego dos
Questão 25 óio" e “mata em frô".
[INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional
do Ensino Médio - Primeiro e Segundo E) pronúncia das palavras “ignorança" e
Dia] “avuá".
Assum preto