Prevalece o entendimento de que a referida causa extintiva da punibilidade pode
ser concedida inclusive para condenados por crimes hediondos ou assemelhados, hipótese à qual não seria aplicável a vedação do artigo 2º da Lei dos crimes hediondos. Por força do princípio da humanidade, até mesmo condenados por crimes de especial gravidade têm o direito de padecer seu estado doentio em sossego ou de preparar-se para a morte com dignidade, notadamente nas hipóteses em que os cuidados médicos não possam ser prestados no próprio estabelecimento penal.
Todavia, o STF já indeferiu a concessão de indulto a um condenado por tráfico
de drogas com deficiência visual, alegando que tal deficiência não poderia ser considerada com causa de extinção da punibilidade nem de suspensão da execução da pena (HC 118213/SP).
Resposta complementada pelo livro do Professor Rogério Sanches
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância