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ASPECTOS GERAIS SOBRE

H O R T O F R U T I C U LT U R A

Engº Paulo Nel Chamo


2024
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Estudo económico
• Estudo técnico

– Escolha do local
• Factores climáticos e edáficos
• Topografia do terreno
• Disponibilidade de água para rega
• Facilidade de acesso ao pomar
• Disponibilidade de mão-de-obra, electricidade
– Escolha da espécie e cultivar
• Adaptação climática
• Objectivo, destino da produção e época de produção
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Preparação do solo
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Plano do pomar
– A infraestrutura necessária, por exemplo,
caminhos, sistema de rega e de drenagem,
cortinas quebra-vento organização do pomar.

• Vantagens da divisão em talhões


– facilita a administração e distribuição dos trabalhos
no pomar
– possibilita o maneio de cada um deles de forma
independente.
– Tamanho do talhão depende:
• tipo de equipamentos a ser utilizado
• quantidade de plantas de cada variedade
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Factores a considerar na divisão em
talhões
– declividade
– conformação do terreno
– tipo de solo
– comprimento da linha dentro do talhão:
• muito comprida, p.e., fim do pesticida no meio
da linha
• excessivamente curta, p.e., muitas manobras.
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Traçado da plantação
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Traçado da plantação:
– Quadrado;
– Rectângulo;
– Triângulo;
– Em curvas de nível.
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Espaçamento
– Diferença entre fruteiras com flores
laterais e terminais

• Aproveitamento do espaço nos


primeiros anos de vida do pomar
– Culturas intercalares;
– Compassos dinâmicos.
IMPLANTAÇÃO DO POMAR

• Preparação do solo
– Objectivos
– Vantagens
• Melhor desenvolvimento radicular
• Melhor aproveitamento da água
• Melhor uso dos nutrientes
• Maior tolerância a pragas e doenças
• Maiores rendimentos
• Prolongamento da vida útil do pomar
– Análise do solo
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Aquisição de mudas
– Escolha do viveirista
– Encomenda
– Variedade(s) de copa e de porta-enxerto
– Quantidade (mais 2-5%)
– Qualidade
– Época de entrega
– Preços
PLANTAÇÃO
• Feita normalmente no início da época chuvosa,
de preferência em dias encobertos ou chuvosos.

• No momento da plantação abre-se a cova,


anteriormente preparada, no tamanho
necessário para colocar a planta e o seu
respectivo torrão.

• O colo da planta deve ficar ao nível do solo.


ABERTURA E PREPARAÇÃO DE COVAS

• Momento:
–um a dois meses antes do plantio;
–ou, imediatamente antes do plantio.
ABERTURA E PREPARAÇÃO DE COVAS
• Como fazer:
– Separa-se a camada mais superficial da camada mais
profunda;
– À camada mais superficial mistura-se o adubo e o estrume
– A mistura de solo, adubo e estrume coloca-se no fundo da
cova.
– Em seguida, coloca-se na cova a camada mais profunda do
solo.
Instruções para o uso da régua de plantação
Régua de plantação
Colocação da régua nas estacas que demarcam a cova
Abertura da cova
Remoção da parte basal do saco
Colocação da muda na cova
O ponto de enxertia deve estar pelo menos a 15 cm de altura
Remoção do saco plástico
O solo deve ser bem calcado e logo em seguida deve-se regar
CONTROLE DE INFESTANTES
• Objectivos:
–diminuir a competição, entre a cultura e
as ervas daninhas, pela luz, água e
nutrientes.
–Eliminar algumas infestantes podem ser
hospedeiras de pragas e doenças da
fruteira.
• Principais formas de controlo
REGA
• É feita com vista a fornecer à planta a
quantidade de água que ela necessita
para o seu normal crescimento e
desenvolvimento.

• Melhora o desenvolvimento vegetativo e


favorece a formação e retenção dos
frutos.
ASPECTOS A TER-SE EM CONTA ANTES DE
INSTALAR UM SISTEMA DE REGA
• Dados sobre a cultura: variedade, valor económico,
espaçamento, área foliar e profundidade das raízes;
• Solo: tipo, fertilidade, profundidade, propriedades químicas e
físicas;
• Topografia: relevo da área considerada, estradas, ponto de
energia;
• Clima: temperatura, precipitação, radiação solar, ventos,
humidade relativa;
• Água: custo, quantidade e qualidade;
• Aspectos sociais e económicos: capital disponível, nível
cultural, etc.
REGA POR GRAVIDADE

Vantagens Desvantagens
 Uso do solo como  Baixa eficiência de aplicação
agente condutor  Maior uso de mão-de-obra
 Baixo custo inicial  Elevado consumo de água
 Relativamente de  Possível não adaptação a alguns
fácil manejo tipos de solos
 Encharcamento da área
 Uso limitado da fertirrigação
 Depende de uma topografia
adequada
REGA POR ASPERSÃO

Vantagens Desvantagens
 Melhor adaptação a  Pode provocar
diferentes tipos de solos encharcamento
(comparado com a irrigação  Não é adequado à
por superfície) fertirrigação
 Possível utilizar em terrenos  Cria um microclima húmido
mediamente inclinados que pode favorecer a
 Custo inicial médio propagação de doenças
 Uniformidade de distribuição  Vento e baixo teor de
humidade relativa podem
diminuir a uniformidade
REGA POR GOTEJAMENTO

Vantagens Desvantagens
 Maior eficiência no uso  Alto custo de aquisição
da água  Maior susceptibilidade ao
 Alta uniformidade de entupimento
aplicação  Requer maior atenção no
 Pode ser usado em manejo da irrigação
diversos tipos de solo e  Treinamento específico da
topografia mão-de-obra
 Permite a fertirrigação  Requer uma manutenção
 Não interfere com as mais cuidadosa e frequente
práticas culturais
ADUBAÇÃO
• Objectivo:
– fornecer à planta os nutrientes que ela necessita para o
seu crescimento.

• Aspectos a considerar:
– resultados das análises de solos e foliares
– necessidades da planta;
– o adubo pode ser lexiviado ou fixado pelo solo
(indisponibilizado).
ADUBAÇÃO
• Questões a considerar no programa de adubação:
– Que adubo usar?
– Quanto usar?
• Características do solo
• Disponibilidade do nutriente no solo
• Estado nutricional da planta
• Idade e desenvolvimento da planta
• Cultivar e porta-enxerto
– Quando usar?
– Como colocar o adubo?
PRAGAS E
DOENÇAS
PRAGAS E DOENÇAS

• As causas dos danos nas fruteiras e outras culturas


podem ter uma origem:
– biótica (com vida), por exemplo, fungos, bactérias,
insectos e ácaros;
– ou abiótica (sem vida), por exemplo, seca, inundação,
ventos, excesso e deficiência de nutrientes.
DOENÇAS

• As doenças são
causadas por fungos,
bactérias, micoplasmas
e viroses.
PRAGAS E
DOENÇAS

• Inclui-se nas pragas


os insectos, ácaros,
pássaros, ratos, etc.
NEMÁTODOS
• Alguns autores tratam
dos nemátodos no
capítulo das doenças
enquanto que outros
tratam-nos como pragas.
DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS
• Distúrbios fisiológicos:
– danos causados por factores abióticos.
MEDIDAS DE CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS

• Legislativas, por exemplo, a quarentena;


• Mecânicas, por exemplo, colheita manual;
• Culturais, por exemplo, rotação de culturas,
plantação e colheita na época mais adequada;
• De erradicação, que tem por objectivo eliminar
uma determinada praga ou doença numa região;
MEDIDAS DE CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS

• Físicas, por exemplo, calor, frio;


• Biológicas, por exemplo, utilizando insectos
parasitas ou predadores;
• Químicas, por exemplo, produtos químicos
para matar, repelir ou atrair;
• Integradas, quando se utiliza mais de uma
destas medidas.
ALGUNS ASPECTOS GERAIS DAS DOENÇAS VIRAIS
• Transmissão
– Material de propagação vegetativa;
– Sementes (muito raramente);
– Instrumentos de trabalho;
– Vectores.
• Identificação
– Indexação;
– Microscopia electrónica e óptica;
– Serologia.
• Controle
– Termoterapia;
– Uso de clones nucelares;
– Propagação “in vitro”.
Muito obrigado

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