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Mih Franklim
Santa Lobinha
Prólogo
Mih franklim
20 anos atrás.
Mih Franklim
Atualmente
Mih Franklim
Mih franklim
Estevan
Mih franklim
Mih Franklim
***
Mih franklim
Mih Franklim
Chloe
***
Morta, estou.
— Até que você foi bem. — meu pai sorri, assim que suspirei
pesadamente jogada no chão.
— Não fala comigo! Estou quebrada. — digo fechando os olhos.
Fui bem? Não fiquei mais de quinze segundos em pé, se contarmos
todo o tempo que consegui ficar realmente sem ser derrubada pelo
meu pai. Outra coisa sobre ele, meu pai não sabe ser fraco nem com
suas filhas, ele não deixa que ganhemos uma luta, nem se pedimos
com jeitinho.
— Igualzinha a sua mãe. — completou me entregando uma
garrafinha de água assim que me sentei.
— Não tem graça. — falei observando seu sorriso.
— Supremo? — Derek, o segundo beta do meu pai chegou por trás
de nós, me olhou, e acenou com um lindo sorriso. — Olá, Chloe!
Selene, esse sorriso acaba comigo! Okay, pode parece que sou
meio pervertida, mas sempre tive uma quedinha pelo feiticeiro amigo
da família. Seus olhos castanhos, cabelos lisos e desajeitados, sua
pele bronzeada e as diversas tatuagens por seus braços musculosos
deixa ele muito sexy visivelmente. Abençoado seja o dia que descobri
que ele tem o corpo todo tatuado! —E o seu sorriso?— Esse sorriso,
completamente pervertido de molhar calcinhas, tem mexido comigo
a séculos! Para ser específica, comecei a ter essa 'quedinha' com
meus 15 anos. Queda?! Isso tá mais para um tombo daqueles bem
grande. No mesmo tempo que descobri que possivelmente o Conde
poderia ser meu companheiro, de qualquer forma eu me transformei
com meus 18 anos, e para minha tristeza e decepção total! Derek não
tinha chances de ser meu companheiro, afinal se fosse o caso, já teria
acontecido alguma coisa.
— Oi Derek! — digo um pouco ofegante, e vá por mim, não é pelo
exercício que estava fazendo com meu pai.
Um sorriso pequeno, mas que esbanjava malícia! Foi assim que ele
me deixou quando começou a andar com meu pai se afastando para
conversar algo importante! Quando tinha 15 anos, meus pais me
chamaram e tivemos a conversa mais séria de toda minha vida. Eu
iria assumir o cargo de Suprema, e sempre teria que ser responsável.
Teria que "casar" com o Conde, seria a mãe de uma criança híbrida,
teria que fazer tanta coisa. Eu era uma jovem de 15 anos, que não
tinha um sonho concreto até toda minha vida ser passada como um
roteiro de um filme de Hollywood. Acho que é impossível
compreender o tamanho do alívio quando eu descobri que o Conde
não era meu companheiro. Nada contra. Estevan é bonito, e me
parece se uma pessoa do bem! Mesmo com seus demônios que o
cercam! —Como eu sei?— Todos têm seus demônios. Me sentia
horrível por ser comprometida tendo um leve assanhamento para
um amigo do meu pai, um feiticeiro poderoso, descomprometido, e
que é evidentemente das farras da vida. Se meu pai descobrir que
perdi minha virgindade com Derek Wallet no meu 16° aniversário,
com toda certeza ele o mataria. E as lembranças voltam a rondar a
minha mente.
O que sinto por Derek, que não quer nada sério comigo, é uma
completa e desconfortável atração sexual que ambos sentimos!
Como eu odeio sentir isso! Eu terminei tudo que tínhamos, ou seja,
um caso ridículo onde eu me entreguei a ele e em troca recebia nada.
A não ser por um belo e lindo pé na bunda, onde ele sempre encobria
nosso caso para meu pai não descobrir, e dizia com todas as palavras
que era apenas sexo. Não o julgo, eu era uma adolescente ridícula e
apaixonada o que fiz questão de mudar uma semana depois do meu
18° aniversário, quando me transformei e me toquei que Derek não
era meu companheiro. Um leve arrependimento me rodeou por te
me entregado de todas as formas a ele, então fiz questão de terminar
todo o caso que tínhamos onde eu era o 'brinquedo sexual
satisfatório.' Apenas minha mãe sabiam que eu não era mais virgem
para ser entregar ao meu companheiro, o que não é necessário já
que estamos em um século avançado!
Minha mãe me deu total apoio, e disse que era normal, enfim ela
me abraçou e não me julgou. E isso sem sombras de dúvidas foi
excepcional! Eu estava apaixonada, e iludida com o nível de decepção
extrema, não podendo conta para minhas irmãs que sempre me
viram como um exemplo. Uma queda dessas para uma pessoa
exemplar, seria sem sombra de dúvidas uma baita queda.
— Chloe? ACORDA! — balancei a cabeça levantando em um pulo,
com o susto que levei.
— Enlouqueceu? — esbravejei para minha irmã, assim que a vejo
parada na minha frente segurando a mão do seu companheiro Izaac.
— Estou a meia hora te chamando, e você tá aí jogada nesse chão.
— Estou descansando, não percebeu? — tentei me recompor. — Olá
Zacc! — sorrir acenando para Izaac, que logo sorriu de volta.
— Oi Chloe. — Izaac respondeu, fazendo Lizzie revirar os olhos.
— Papai está chamando a gente, vamos logo. — Liz falou arrastando
Izaac.
Revirei os olhos não conseguindo conter minha cara irônica. Sei
que Lizzie está se distanciando porque sabe que seu companheiro era
meu melhor amigo de infância, e já chegamos a trocar um selinho,
isso a deixa nervosa, o que é ridículo! Eu deveria te o que? Uns
quatros anos, talvez! Acho que fiquei com a fama da família de pegar
os companheiros das minhas irmãs. Primeiro foi um selinho inocente
em Izaac, depois achei que fosse me casar com o Estevan, que é
companheiro da Ella!
Pela Lua!
Apesar de tudo, eu amo minhas irmãs, mesmo que Lizzie esteja
passando mais tempo com Izaac do que esteja utilizando sua mente
para coisas úteis. Acho bom ela casar logo! Se papai descobrir que ela
se deitou com Izaac, ele o mataria certamente. Como eu sei que ela
dormiu com ele? A forma que eles agem quando estão juntos
entrega, ou como ela ficou diferente a duas semanas atrás! Ou talvez
porque eu tive que acobertar sua fuga na sexta-feira passada, onde
ela pulava a janela e quase acordou a casa toda, sem contar que tive
que fazer um malabarismo quando ela chegou atrasada de manhã.
Tenho certeza que mamãe percebeu, sorte a nossa que o papai
estava caçando a noite toda e só chegou na hora do almoço. Não
quero nem imaginar se algum dia meu pai descobrir que todas suas
filhas já se entregaram a algum homem. Bom, nem todas ainda tem a
Ella, ou será que ela já se resolveu com o Conde? Acho que mais
tarde vou ligar para minha irmã. Santa Ella para nós salvar.
— Aí está ela pai. — Lizzie falou apontando discretamente na minha
direção, assim que paramos na frente do Derek e do papai.
— Sim... mas antes, tira a patinha daí garoto! — meu pai disse
olhando mortalmente para Izaac que estava com a mão sobre os
ombros da sua companheira.
— Si-im. — Izaac respondeu, me fazendo revirar os olhos.
Às vezes meu pai esquece que temos 20 anos! Não acredito que
ele está usando sua dominação de Alfa nisso.
— Menos pai! — digo cruzando os braços como minha mãe, o que
fez meu pai suspirar.
— Eu mereço, três cópias da Antonella! Na próxima vez, quero três
meninos. — falou exasperado fazendo Derek rir, e Izaac reprimir um
sorriso colocando a mão na cintura de Lizzie. — Acho bom você parar
de sorrir! — falou olhando para Izaac.
— Pai, não entendo porque você tem essa rixa com o Izaac, deveria
gosta dele! Afinal ele é filho do seu melhor amigo. — minha irmã
dizia o óbvio.
Seu companheiro é uma boa pessoa, mas entendo o ciúmes do
meu pai.
— Não tenho filhos ainda, princesa. — Derek respondeu sendo para
frente o que me fez revirar os olhos.
— Ela está falando do tio Mateus, seu idiota. — digo olhando para
Derek, que parecia não entende o porque estou nervosa!
— Aconteceu algo, Chloe? — Derek perguntou atraindo a atenção de
todo.
Fora o seu lado cínico? Não, está tudo uma maravilha aqui! Talvez
porque eu esteja suada, cansada, tive que luta com o Supremo, e
para piorar ainda tenho que olhar para sua cara de pervertido seu
babaca. Poderia responder isso, contudo apenas sorri forçadamente.
— Porque? Algo deveria está errado? — devolvi a pergunta com
ironia, o ignorei olhando para o meu pai. — Então pai, o que queria
falar?
— Amanhã cedo eu e sua mãe, e seus pais. — meu pai disse olhando
para Izaac. — Vamos viajar para resolver um problema na alcateia da
França! Deixarei Chloe no comando, é bom que já vai aprendendo.
— Minha mãe também vai? — Izaac perguntou.
— Sim! Nos quatros só voltaremos dentro de duas semanas.
Passaremos em Nova York para ver como anda as coisas com sua
irmã, e de lá vamos diretamente para a França! Como Mateus é meu
beta, ele irá comigo, mas vou deixar meu outro beta aqui, pra ajudar
vocês. — papai dizia olhando confiante para Derek!
— Que? — meu pai só pode está de sacanagem.
Já tem cinco anos eu não fico muito tempo sozinha com Derek em
um ambiente estável. A mais de cinco anos eu não tenho uma
conversa civilizada com o Wallet. Claro, ele era meu caso amoroso,
meu amigo e sempre estávamos juntos no passado. Olhei para Derek,
que segurou o olhar sem desviar, por um momento vi saudades
transbordar dele juntamente com tristeza e paixão. Talvez eu esteja
louca! Foi coisa da minha cabeça com toda a certeza.
— O Alfa Thomas também ajudará. — meu pai completou, assim que
engolir em seco sentindo meu estômago revirar.
— Pai, está insinuando que vai deixar Derek no comando ? — Lizzie
perguntou quando meu pai negou.
— Estou insinuando que deixarei você como beta oficial, e Chloe
como a Suprema por duas semanas sendo direcionadas pelo Derek.
Capítulo Oito
Mih Franklim
***
***
Mih franklim
Mih Franklim
Capítulo Onze
Mih franklim
Chloe
Mih Franklim
Estevan
Um aroma adocicado mais ao mesmo tempo inebriante! O cheiro
que exalava dela estava me deixando alucinado e sem controle sobre
meus pensamentos pervertidos que surgia na minha mente. Ella sem
sombra de dúvidas é muito mais viciante do que aparentava ser, um
praguejo surgiu contra minha mente ao imaginar o gosto do seu doce
sangue em meus lábios. Estava a um milésimo de beijá-la, conseguia
identificar que ela queria tanto quanto eu, afinal seu corpo me dava
sinais constantes de me pertencia, sinais constantes de que chamava
por mim a cada segundo. Sim, minha! Totalmente e somente MINHA!
Sua pele quente, seus batimentos cardíacos acelerados e a forma
que escuto a 'melodia' drástica que seu coração proferia ao disparar
com um simples toque meu, só demonstra o quanto Ella me
pertence.
Isso é algo fascinante!
— Então... — Ella tinha uma voz ofegante, é nítido que ela tenta lutar
contra nossa ligação. — Usou o feitiço no anel para ser esconder? —
repetiu a pergunta com firmeza em sua voz demonstrando que o anel
a incomodava.
Um sorriso surgiu nos meus lábios ao imaginar o motivo desse
feitiço ter a incomodado. Sem dúvidas, minha doce lobinha quer
sentir meu cheiro, me identificar como pertencente dela! —Sou só
seu, assim como você é só minha— ahh, lobinha!
Não uma propriedade terrena, mas algo que vai além dessa terra.
Minha alma, meu corpo, e toda fibra vivente do meu ser pertence a
Ella Johnson Underwood, ao invés de me assustar essa forma
repugnante e sedenta que tenho por uma loba, isso só conseguiu me
levar mais para seus braços.
Divina!
Uma loba que conseguiu me dominar com uma facilidade absurda.
Não seria ousado se afirmasse que Ella não precisaria usar palavras
para conseguir me domar e me ter como um cachorrinho
ridiculamente caído ao seus pés.
— Lobinha... — coloquei meu rosto entre a curva do seu pescoço,
deixando que seu cheiro me embriaga-se. — Jamais correria de você!
O anel é necessário para esconder minha energia sobrenatural. —
afirmei apertando sua cintura.
Nossos corpos são como verdadeiros ímãs que gritam um pelo
outro.
— Esconder sua e-energia-a? — arfou destruindo suas estruturas,
quando meus lábios gelados beijaram a pele quente do seu pescoço.
— Nova York, é uma cidade com diversas criaturas sobrenaturais. —
com calma, sussurrei, começando um lento trajeto de beijos por seu
pescoço. Ella não ousaria me interromper. — Não é aconselhável que
todos saibam que estou na cidade. — disse o óbvio.
Ao longo dos meus anos de existência, adquiri muitos inimigos que
com toda certeza não gostariam de saber que tenho um laço de
sangue com alguém. Não sou tecnicamente um filho da lua, se
contarmos com meu lado demônio ativo, não sou merecedor de uma
companheira que me foi dada por Selene! E isso sem sombra de
dúvidas me deixou intrigado ao saber que teria uma companheira.
Selene daria um de seus filhos a mim, sabendo que poderia me
descontrolar? São perguntas que me rodearam por um longo tempo.
Mas então decidir me rende aos encantos da lobinha, e apenas me
permitir deixar acontecer, se Selene me deu uma companheira loba,
sem sombra de dúvidas isso faz parte de um plano! Somos todos
movidos por um plano maior. A carta de Elizabeth Johnson me veio à
memória, um bebê híbrido? Seria demais para o mundo não?
Um longo suspiro saiu dos meus lábios assim que Ella rompeu uma
barreira que ela mesma havia criado, colocando suas mãos sobre
meus ombros como se me abraça-se. Isso fez com que nossos corpos
se chocassem ficando colados. Sinto cada veia do meu corpo pulsar
pelos simples motivo de ter-lá em meus braços. Uma bela ereção
começou a surgir, e se não parasse com isso provavelmente não
conseguiria me controlar mais.
Minha respiração se encontra desregulada, afastei meu rosto da
pele quente do seu pescoço. Só agora que me dou conta, realmente
vai se um grande sacrifício me controlar para não beber o seu
sangue.
— Onde você conseguiu esse anel? — perguntou fechando seus os
olhos, deixando-se levar pelo momento. — Preciso de um. —
completou, suas mãos desciam por meus braços, com calma ela se
aproximou do meu pescoço inebriada pelo meu cheiro.
— Nem pensar! — disse fechando meus olhos, no momento que seus
lábios tocaram a pele fria do meu pescoço. — Você não vai esconder
o seu cheiro. — afirmei fazendo-a sorri com os lábios entre minha
pele.
Céus, quanta sensualidade!
Se o objetivo era me deixar louco, Ella está conseguindo com toda
certeza. Grande parte do seu corpo estava sendo controlada por sua
loba. Nunca achei que falaria isso, mais: os lobos não me irritar, tanto
assim. Seus olhos estão levemente vermelhos, e a forma com que ela
está rendida, me prova isso. Ella não irá se render tão facilmente a
nossa ligação, de acordo com suas irmãs, será algo difícil, mas não
impossível. Devo confessar que é completamente excitante tê-la em
meus braços dessa forma.
É como se fosse Ella, mas como se grande parte da sua consciência
estivesse drogada, —eu sou a droga— A algo mais excitante que
isso? Se existir, com toda certeza só descobrirei quando estiver com
ela ao meu lado na cama, o que não vai demorar muito assim
espero.
Séculos de vivência para ficar completamente rendido a uma loba?
Que repugnante! Mas ao mesmo tempo, alucinante.
— Se você pode, por que eu não posso? — sua voz saiu com
convicção, sorri a apertando mais pela cintura.
— Você não precisa, é filha do Francis, ninguém faria mal a você. —
digo suspirando, infelizmente ela parou de me beijar. — Mas se lhe
incomoda tanto... — toquei seu rosto com meu polegar. —Não usarei
mais o anel lobinha.
Vejo seus olhos voltarem ao normal, sorri no momento que sua
respiração se desregulou mais. Seus batimentos cardíacos estavam
acelerados. Ella já não conseguiria resistir a nossa famosa ligação,
algo dentro do meu peito, queria que Ella não resistisse a mim, não a
uma ligação nos dada por Selene. Meu demônio interior querendo
ser amado? Quando me tornei esse ser repugnante e patético?
Obviamente preciso de um novo senso do ridículo. Anos escondendo
minha verdadeira face, e agora tudo parece não fazer sentido. Como
todos reagiriam se soubessem que sou o grande culpado da nossa
maldição dada por Selene? Talvez uma grande revolução.
Óbvio que entendo o ódio do Supremo ao meu respeito. Digamos
que criei uma extensa guerra de época, os livros estão
completamente errados, não contam o que de fato aconteceu, não
na parte da maldição, isso realmente é a realidade, os vampiros são
amaldiçoados por minha culpa.
— Não fale dessa maneira. — Ella dizia ao me olhar intensamente.
Um sorriso se alargou no meus rosto. Sua voz foi completamente
sexy e sedutora, acho que sua tentativa de se autoritária falhou
grandemente.
Descobrir algo crucial assim que vi Ella, com toda certeza em
questão de segundos, ela conseguiria desmoronar meu mundo e
fazer ele girar apenas em torno dela. Selene me amaldiçoou de novo
sem sombras de dúvidas!
Deixando meus instintos selvagens falarem mais alto, deslizei
minhas mãos gélidas pelo seu pescoço, sentindo sua pele macia. Um
sorriso surgiu novamente nos meus lábios, no momento que a puxei
colando mais nossos corpos, a imprensei contra a parede. Seu
coração se disparou e sua respiração se encontra desregulada, meus
lábios começaram a aproxima dos seus, até a porta do escritório ser
aberta com brutalidade.
Se eu matar uma humana, sentiriam falta desse ser insolente? Eu
estarei fazendo um grande favor a humanidade!
— Sr. Russell... — a voz da senhorita Vilela demonstrava espanto pela
cena que viu. Minha Ella estava rendia aos meus braços, e o clima na
sala exalava tensão sexual ao extremo.
— Como tem coragem de entrar na minha sala sem bater, insolente.
— esbravejei assim que Ella tentou me afastar.
— Eu...u avisei, senhor! — olhei para o telefone com a luz vermelha
acionada, realmente esse ser repugnante havia me avisado.
— Onde estão os modos desses seres insignificantes. — a voz baixa
da Ella, me interrompeu me trazendo de volta à realidade.
— Me solta Estevan. — Ella sussurrou baixo com suas bochechas
coradas, me afastei mesmo relutante dando um espaço para que ela
arrumasse suas roupas.
— Eu... preciso da sua assinatura. — a voz da secretaria, ecoou
novamente me fazendo suspirar fundo. Indico com minha mão, para
que ela coloque a papelada sobre minha mesa.
Agora me recordo porque sempre evitei tomar conta da empresa.
— A propósito, senhorita Vilela. — chamei a olhando de forma séria,
envolvi minhas mãos na cintura da Ella novamente. — Está
despedida.
— Que? — Ella me olhou na mesma hora, parecendo não acreditar
no que havia falado.
— Mas, senhor... — a interrompi com um gesto, faço questão de me
manter firme ao lado de Ella.
— Eu prezo a educação! — falei com um pouco de ironia. — Ainda
mais quando não me interrompem em momentos como esse.
Se essa mulher não sumir da minha frente, vou quebrar o pescoço
dela!
Capítulo Treze
Deixe-me sentir,
Deixe-me dizer,
Que talvez o amanhã,
Seja além do que se ver.
Mih franklim
O jeito que meu coração está acelerado fora do ritmo do meu
corpo a forma a que minha cabeça parece que vai começar a girar, ou
a bambeza nas minhas pernas. Em que momento me tornei tarada
dessa maneira? Com toda certeza, foi quando vi Estevan, a forma que
ele exalava um alto controle sobre meu corpo, me deixou excitada.
Sou uma pervertida que se jogaria nos braços de um vampiro, que ao
mesmo tempo quer distância. Que tipo de louca, eu sou? Ai minha
deusa! Eu me tornei uma tarada!
É impossível resistir, a Estevan Russell. Seu olhar marcante, suas
mãos geladas e firmes, seus cabelos parecem ser tão macios, me
controlo o máximo para não bagunça-los. Já seus lábios entreabertos,
parecem implorar para serem beijados. Esse cheiro que exala dele,
está me deixando louca! Esse homem é perfeito até demais!
Obviamente Estevan tem um efeito grande em meu corpo, o qual
não quero que se estenda. Porém, confesso que me sentia rendida
nos seus braços, que me guardaram genuinamente com proteção,
me fazendo perder totalmente a noção do tempo, e almejar seus
toques com intensidade sobre minha pele. Almejar de uma forma
absurda que seus lábios tocassem os meus, tomando todo o controle
da minha alma vivente. Nosso desejo recíproco é evidente, e óbvio
que minha loba ficou furiosa assim que fomos interrompidos, mas
logo me recompus. Estou com uma descarga de adrenalina tão
enorme em meu corpo, que sou capaz de morrer se Estevan me
beijasse.
Olhava para Estevan um pouco perplexa, ele não está no seu
estado mental perfeito. Seu olhar é maligno, furioso, demonstrando
que não gostou da interrupção da senhorita Vilela. Retirei com força
suas mãos que seguravam minha cintura, assim que Estevan
ameaçou dá um passo na direção da sua secretária.
Santa lobinha, protetora das almas atribuladas, onde secretarias
são mortas por vampiros que são assassinos por causa de tesão
acumulado, nos proteja nesse momento! Sem pensar duas vezes,
segurei fortemente o braço do Conde, impedido ele de andar na
direção da senhorita Vilela. Estevan me olhou, via a leve vermelhidão
querendo surgir em seu olhar. Sei que ele quer matá-la, não deixarei
isso acontecer. Caminhei firmemente para o lado de sua secretária,
que parece assustada com o tanto de informações adquiridas em um
único momento.
— Não será necessária a demissão da senhorita Vilela, Sr. Russell. —
tentei tomar uma posição profissional, o que é difícil depois de tudo
o que aconteceu nesse local.
— Acho bom não se envolver nesse assunto, Ella. — de uma forma
nada profissional, Estevan deu novamente um passo para frente, me
coloquei em prontidão com uma mão erguida estando a frente da
senhorita Vilela.
Talvez, eu morra agora. Pelo menos estou protegendo alguém!
Ótimos pensamentos de heroísmo, Ella.
— Como falei, não será necessário a demissão da senhorita Vilela,
creio que foi apenas um mal entendido, não? — olhei para o Conde
de forma séria.
Com um suspiro alto, Estevan virou-se de costas passando suas
mãos em seus cabelos, um gesto sexy, e ao mesmo tempo macabro,
se contarmos sua feição nada boa. Sei bem que não será uma
demissão. Um lobo não se descontrola assim, mas já um vampiro,
sem dúvidas iria matá-la sem se preocupar com as consequências.
Mesmo que eu ache essa mulher um pouco atirada, não quero ver
sua morte. O deslize foi totalmente nosso, não era para estarmos
dessa forma, justamente em horário de serviço. Céus, não era para
estarmos dessa forma em horário nenhum!
—Tudo que vi... será como se não tivesse acontecido. — a senhorita
Vilela dizia por temer seu emprego. Ela deveria temer sua vida.
Esteva não ligava em ser piedoso nesse momento.
Sorrindo sem graça, suspirei no momento que Estevan se sentou
na sua poltrona soltando o ar que estava preso em seus pulmões.
Pegando uma caneta em mão, Estevan começou a falar com sua
secretária, fazendo menção de manter seu olhar fixo nos meus.
— Muito bem senhora Vilela, considere uma chance de vida. — é
impossível não notar o duplo sentido, em sua voz. — Não gosto desse
tipo de intromissão, que isso não se repita.
— Obrigada Sr. Russell. Prometo que isso não irá se repetir! — sua
secretária disse profissionalmente com a cabeça baixa, estando
constrangida.
— Realmente não vai. — Estevan a olhou com desdém, logo voltou a
me encarar. Novamente o duplo sentido foi proferido do seus lábios.
— Fiquei a vontade para se retirar.
— Com-m licença. — se embolando nas palavras, a senhorita Vilela se
virou para sair.
Olhei para ela e comecei a seguir seus passos, mas logo a voz do
Conde Estevan me fez parar, engolindo em seco e praguejei.
— Você não senhorita Johnson! Ainda temos muito o que conversar.
— Estevan falou assim que a senhorita Vilela fechou a porta, suspirei
e virei para olhá-lo, fui surpreendida com sua presença a pouco
centímetros de mim.
— Não tenho tempo para conversar agora! Se não percebeu, estou
no meu horário de serviço. — ele sorri.
—Tudo bem, eu também tenho uma reunião em cinco minutos. —
disse olhando no relógio do seu braço. — Realmente, temos que
conversar.
— Sim, concordo com isso... — suspirei o olhando.
— No fim do expediente, me espere, passarei na sua sala. — Estevan
falou se aproximando novamente, fui mais rápida, e me distanciei
dele. Esse homem é um perigo para minha sanidade mental!
Não iria se fácil resistir ao Estevan, então sim, vou manter uma
distância segura do vampiro tentação. Assim que sair da sua sala, um
suspiro foi proferido dos meu lábios demonstrando o alívio que
sentir. Não fiz questão de olhar para a recepção e ver a senhorita
Vilela, estou com tanta vergonha pela forma que ela me viu com o
dono da empresa, que por um golpe do destino é meu companheiro.
Acelerei meus passos fazendo o trajeto até o elevador quase que
correndo. Apertei compulsivamente o botão tentando sair logo desse
andar, mas antes das portas do elevador se fecharem, Catarina Vilela
me olhou de uma forma inexplicável o que me fez olhá-la sem graça.
***
Capítulo Quatorze
Um sorriso eminente,
Trás a paz que a alma precisa!
Um sorriso eminente,
Faz o renascimento se algo mágico, único,
flamejante e revigorante!
Mih Franklim
Capítulo Quinze
Mih Franklim
Estevan
— Não seja repugnante. — olhei para Ella, assim que passamos pela
porta do seu apartamento.
Ella está com um olhar severo, querendo, ou não. Me lembra o
seu pai, até aqui Francis Underwood parece me perseguir. É, parece
que eu mereço que a filha dele seja minha companheira. Que eu
consiga ter paciência, me parece que essa conversa não vai ser útil.
Depois que saímos da empresa, —o que foi desconfortável para Ella
— já que a lobinha ficou nervosa quando todos da empresa nos viram
juntos. Desnecessário, aos meus olhos, ela é minha de qualquer
forma. Não tem motivos para sentir-se mal, só porque alguns
humanos saberá. Quero que muitos humanos saibam desse fator,
assim como vampiros, e até mesmo os pulguentos. Isso evitará a
morte de algumas pessoas. Mas me parece que Ella não pensa dessa
forma. Como eu disse, essa conversa não vai ser do meu agrado!
— Talvez se você fosse menos impulsivo. —praguejou fechando a
porta, passando feito um foguete por mim.
— Ainda está falando daquele homem humano insignificante? —
revirei os olhos, começando a andar por sua sala.
O apartamento ao qual Ella mora, é espaçoso. Diria ser sua cara, se
a conhecesse melhor. As fotos em família espalhadas pela sala não
deixava dúvidas de que ela seja próxima a seus familiares. De um
certo, modo me agrada! É bom saber que Ella é uma loba calma, e
não igual sua mãe.
Não que eu tenha algo contra Antonella, mas digamos que me
divertia muito vendo Francis sofrer em suas mãos. Se isso acontecer
comigo, não terei calma para lidar com a situação. Mas, parece que
não devo comemorar, afinal ela está defendendo um humano que
deveria está morto nesse exato momento.
— Ele é um humano inocente, você não deve atacar humanos. —
disse alterada.
— Um humano inocente? Ele estava tendo pensamentos perversos
que envolvia você, correntes e uma cama. — falei de forma severa,
vendo-a arquear uma sobrancelha.
Já estou ficando irritado por ver esse altruísmo todo por causa de
um simples humano. Estávamos no elevador do seu prédio, quando
um homem começou a pensar coisas sujas sobre Ella, então eu o
ataquei. Até ela intervir me impedindo de matar-lo. — Vai me dizer,
que lê mentes? — Ella parecia não acreditar, pois possuía ironia em
sua voz, o que ativou meu lado irônico.
Me sentei no seu sofá sendo para frente. Estamos perdendo
tempo demais nesse lugar, deveríamos continuar de onde havíamos
sido, interrompidos!
— Um dom, embora não precise ler a mente daquele verme, para
saber que ele queria transar com você. — a olhei, suas bochechas
coraram pela forma que falei sendo objetivo. — Deveria está feliz,
não o matei, ainda!
Suspirando, Ella colocou sua bolsa sobre o sofá, e me olhou. Logo
em seguida retirou seus saltos começando a caminhar até outro
cômodo da casa, me levantei do sofá, e fui atrás dela vendo que ela
está na cozinha bebendo água.
— Até lhe ofereceria água, mas algo me diz que não vai querer. Já
que ler mentes, sabe o que posso fazer com uma jarra de água e seu
lindo rosto. — um sorriso travesso se formou nos lábios da minha
lobinha.
Pobre loba, se soubesse o quanto isso me excita, não me atiçava
dessa maneira.
— Na verdade aceito o copo de água. Essa foi a refeição mais ruim
que tive em séculos. E não se preocupe, não funciona com você,
aparentemente a ligação de Selene tem dedo nisso! Uma lástima,
estava curioso para saber sobre seus pensamentos pervertidos. —
suas bochechas coraram. Ella me olhou com raiva.
— Você fica melhor de boca fechada. — falou me entregando um
copo com água.
Água! Pra que eu vou querer a merda da água?! Eu quero ela.
— Compartilhamos o mesmo pensamento então, lobinha. — sem
desviar do seu olhar, bebi a água de forma rápida.
— Vamos acabar logo com isso! — falou por fim, começando a voltar
para a sala.
Assim que voltamos para a sala, me sentei no sofá. Ella logo se
sentou em outro sofá de frente para mim. O clima estava ficando
pesado, sua respiração, bochechas ruborizadas, e a forma que está
agindo, diria que está nervosa demais para uma simples
conversa. Me sinto um idiota por achar esses simples gestos,
sensuais e excitante. Me toquei que nossa relação, não será fácil, Ella
tem o temperamento forte. Diria que é um loba selvagem, esperando
para se domada.
— Bom... — começou a dizer, focando seu olhar para o chão.
— Bom? — repetir sua palavra com um certo desconforto, esses
sentimentos diferentes que Ella despertar em meu peito, são
estranho.
— Vou ser sincera, e bastante direta. — afirmou finalmente me
olhando nos olhos. — Não quero aprofundar nosso laço de ligação!
Não foi possível conter uma gargalhada quando a mesma proferiu
as palavras com um certo receio.Ela está está louca! Seria impossível
quebrar nosso laço de ligação. Na realidade, não é impossível, porém
não permitirei tal barbaridade. Me levantei no momento que a olhei,
vendo que ela estar falando sério.
— Você está falando sério? — ainda fiz questão de perguntar, mesmo
sabendo sua resposta.
— Não quero se ligada à ninguém! — disse levantando-se do sofá.
Sua voz parecia falha, mas não demonstrava confiança.
— Não sei se você sabe, mas não sou um lobo! A rejeição não
funciona comigo. — digo a olhando de cima, a baixo.
Mesmo que não funcione, isso de fato mexeu com meu ego!
— Eu sei... — Ella torceu-lhe os dedos, uns nos outros, sua voz ficou
falhada, e sua respiração desregulada.
Nitidamente, não quero desfazer nossa ligação, que ao certo nem
foi iniciada.
— Não aceito! — a interrompo, querendo dar esse assunto por
encerrado.
— Você não pode tomar essa decisão sozinho! E algo que os dois têm
que decidir. — ela disse cruzando os braços sobre seus seios.
— Exatamente, essa é a questão! Não querer cancelar nosso laço de
ligação é a minha decisão. — me sentei novamente mexendo nos
meus cabelos nervoso.
— Olha, ao menos me escute. — Ella parou na minha frente, me
olhando, me implorando.
— Tudo bem, diga! — suspirou se sentando na minha frente.
Não estou gostando do ritmo que essa conversa está tomando!
Preciso de muita paciência, algo que não tenho.
— Bom! — com a voz calma, Ella começou a falar me olhando. — Não
quero me relacionar com ninguém agora. Acabei de me mudar,
entenda, a minha vida toda, achei que você iria ser meu cunhado! Já
até sonhava com meus sobrinhos, isso tudo é muito estranho para
minha mente assimilar agora sabe?
— Sim. — me lembrei do jantar na casa dos seus pais. A insistência
que eles tiveram, achando que a sua irmã era minha companheira,
me causou raiva.
— Quero viver sozinha agora. Você aparecer foi um grande
imprevisto, não vou mudar meus planos! — afirmou suspirando. —
Sei que é diferente, que não vai funcionar a rejeição, mas também sei
que deve haver alguma forma de quebrarmos o nosso laço...
Como ela pode realmente acha que vou quebrar o nosso laço?
Foram séculos esperando sua chegada.
— Entendo seu lado, lobinha. — me levantei do sofá andando até
uma janela que tem em sua sala.
Não demonstro me importar, mas as explosões sentimentalistas
do meu interior estão me deixando levemente tonto!
— Então vai quebra o nosso laço? — perguntou surpresa, sorriu de
forma maliciosa, negando com a cabeça.
— Eu disse que lhe entendo, não que vou ceder as suas vontades. —
afirmei, abrindo um botão do meu blazer.
Tudo bem, entendo seus caprichos. Querer viver sozinha, e toda
essa ladainha de jovens dessa século. Mas, não vai ser fácil se livrar
de mim, minha lobinha.
Minha!
— Não vou forçar uma relação com você. — falei suspirando. Mas se
você me disser não, já é outra história...
— Otim... — a interrompi.
— Porém, não quero que mantenha nenhuma relação com outro
homem. Qualquer um que se aproxima de você, estará com os
minutos contados, mesmo que não a terei agora, isso não mudar o
fato, de que você é minha. Então, se você não quer que seus
queridos humanos se machuquem, fique longe deles.
— Isso é injusto! — Ella esbravejou rosnado, me aproximei dela a
intimidando.
— Já estou sendo bom, ao ceder para os seus caprichos! — a olhei de
forma severa.
— E se eu me apaixon... — a interrompo lhe mostrando minhas
presas com um alto ranger de dentes.
Meus olhos transpareciam fúria, e a raiva que sentia é capaz de
acender o inferno. Não! Isso é totalmente inadmissível. Meu lado
sombrio queria se libertar, fechei meus olhos, em uma tentativa falha
de me controla. Mesmo achando atraente seu lado desafiador, suas
palavras me deixaram irado. Como Ella tem coragem, de dizer que se
apaixonará por outro alguém? Nem em mil anos, isso irá acontecer, e
afirmo, que nem em minha morte, permitirei isso.
Usei minha velocidade sobrenatural, e a derrubei sobre o sofá,
caindo por cima do seu corpo. Sua respiração se desregulou, e seus
batimentos se aceleraram, a forma que seu rosto ficou corado, não
deixou dúvidas de que ela está excitada e apavorada. Com força, sem
machucar-la, segurei suas mãos, por cima da sua cabeça, em um
gesto de dominação. Me aproximei colocando meu rosto entre a pele
do seu pescoço para aspirar seu cheiro doce, na intenção de que ele
me acalmasse vagamente.
— Não diga coisas insolentes. — seu cheiro adentrou em minhas
narinas, como o esperado me acalmando. Toquei com meus lábios, a
pele quente do seu pescoço.
Suas veias estão totalmente pulsantes, e a sua respiração
desregulada. Me segurei o máximo, para não prova o gosto do seu
sangue. Sei que seu corpo me pertence, Ella é completamente minha.
Ela só está lutando contra suas emoções.
— Seu corpo, já me pertence. — digo, Ella tentou se soltar, mas o
suspiro de tesão proferido por seus lábios, não deixou dúvidas de ela
está sendo afetada por minha presença.
— Não sou um objeto! Posso me apaixonar por outro alguém.
Mesmo que o laço de Selene seja forte, isso não significa que seja
inquebrável. — me provocando, Ella parou de tentar se soltar.
— Não irei permitir que seu coração seja de outro alguém. — minha
voz tem uma entonação severa. Soltei suas mãos, que foram para
meu pescoço. — Irei fazer com que cada parte do seu corpo, seja
entregue a mim. Isso poderá levar séculos. — sussurrei vendo seus
olhos ficando avermelhados. — E você minha lobinha, vai se
completamente minha!
Afirmei mordendo lentamente seus lábios, iniciei um beijo, ao qual
não deixava espaço para uma possível dominância de sua parte. Se
entregando ao nosso beijo, suas mãos bagunçavam meus cabelos.
Ella arfou entre meus lábios, assim que suas pernas se entrelaçou na
minha cintura. Em compensação, meu quadril criou vida própria e
começou a empurrar-me em direção ao encaixe perfeito de nossos
corpos.
Ela conseguia acender meu lado mais obscuro, sem ter um efeito
ruim, sobre a humanidade. A forma que meu corpo reage aos toques
de suas mãos macias, não me deixa dúvida, tenho que manter-la por
perto até meu último suspiro de vida.
— Para... — disse ofegante, assim que paramos o beijo para
recuperarmos o fôlego.
Suspirei ao escutar sua voz, suas pernas se contraíram em volta da
minha cintura, assim que comecei a beijar seu pescoço, deixando
alguns chupões em sua pele. Se ela apertasse mais um pouco suas
pernas ao meu redor, eu iria perder qualquer tipo de sanidade que
ainda me restava.
Todos esses séculos achando ridículo o jeito dominador de um
lobo, para fazer isso agora. Um vampiro não age assim, com seus
laços de sangue! Creio que tem relação com o fato dela ser uma loba.
Selene causou uma grande mistura.
— Estevan... — Ella sussurrou, fechando seus olhos.
Uma de minhas mãos, subiram lentamente por sua coxa, sentindo
a textura da sua pele. Voltei a beijar seus lábios entreabertos, assim
que ela arfou fechando seus olhos. Tudo está quente! O clima parece
que ficou abafado, e os lábios de Ella se tornaram a única coisa que
poderia saciar meu desejo.
Tenho a certeza, que Ella será minha perdição.
Tudo estava indo perfeitamente bem, até meu telefone tocar pela
primeira vez. Logo em seguida tocou pela segunda vez, depois uma
terceira, uma quarta, até chegar na 16ª o que fez minha lobinha
rosnar entre meus lábios.
— Merda! — digo entre dentes, ao encerrar nosso beijo ofegante.
— Atende logo! — falou fechando os seus olhos para recobrar lhe o
fôlego. Me levantei do sofá, com a respiração desregulada.
— Serei rápido! — peguei meu celular, vendo o nome Willians.
Atendi o telefone, vendo Ella se levantar indo em direção a
cozinha. Afrouxei minha gravata pensando em uma forma dolorosa,
para matar Willians, por me interromper.
— Espero que seja algo importante, se não, considere sua cova
pronta. — falei sendo direto.
— Creio que interrompi um momento valioso? Perdão por isso!
Willians é meu amigo, braço direito para ser claro. Ele convive a
um longo tempo comigo, saber quando estou furioso!
— É algo sério sobre o Clã! — afirmou, tomando uma postura
profissional.
— Prossiga! — disse.
Não ligo para o Clã agora. Meu corpo ainda se encontra
energizado, por causa de Ella!
— O grupo de mulheres que atacaram os galpões, fizeram uma
proclamação para todo o Clã, aproveitando sua ausência. — Willians
suspirou.
— O quê? — perguntei arqueando uma sobrancelha.
— Elas se proclamaram livres, e de acordo com a líder delas Louise,
preferem ser chamadas de "asas da liberdade." — Willians soltou um
suspiro.
Esse pequeno grupo de mulheres, têm me dado dores de cabeça,
confesso.
— Prossiga! — cruzei meus braços, vendo Ella voltar para a sala.
— São contra nossas leis, e querem mudanças. — sorrio
ironicamente escutando a voz preocupada de Willians.
— Willians! Não acho que isso seja sério.
— Conde Estevan, o grupo teve um aumento de 50% no período em
que você esteve fora do Clã!
Capítulo Dezesseis
Se ainda não morri, é um sinal direto dos céus de que eu não vou
morrer por causa de problemas cardíacos. Meu peito está subindo e
descendo tão rapidamente, que sinto meus órgãos fazerem um
carnaval no meu interior, tendo como rainha da bateria, as
borboletas. Juro por Selene, meu corpo não vai aguentar outra onda
de Adrenalina dessas!
Ella, o que você pensa que está fazendo? Cadê a loba forte, e
destemida, que não vai efetuar o laço de companheirismo com o
Conde? Acho que ela foi embora. Santa lobinha, que calor, é esse?
Corpo traidor!
— Se acalme, Ella. — disse baixo, abrindo a geladeira, para pegar
água.
— Aaaa, congelou meu cérebro! — coloquei minhas mãos sobre
minha cabeça, suspirando.
Deveria ter congelado outra coisa, não o cérebro! Pronto, cá
estou eu novamente, com esses pensamentos pervertidos. Acho que
nem se eu congelasse todo meu corpo, conseguiria apagar todo o
fogo que estou sentindo! Esse assanhamento todo por causa de um
Vampiro irônico? Pelo amor Selene, o que eu fiz para merecer isso?
— Okay, okay, Okay! Se acalme, Ella Johnson Underwood. — comecei
a arrumar minha roupa amarrotada, ajeitei meus cabelos criando
coragem para encarar Estevan.
As coisas saíram do controle, de uma forma absurda. Não
esperava ser beijada pelo vampiro tentação. Foi impossível resistir.
Uma euforia, está nitidamente me consumindo por inteiro me
deixando muito quente. —Minha loba está tão feliz que chega ser
difícil respirar. Lobinha do céu! Preciso me controlar!
Devo praguejar pelo telefonema, ou agradecer? Respirei fundo,
tomei uma postura séria, mesmo que meu interior grite para que eu
saia uivando, como uma louca para me jogar nos braços do vampiro
tentação!
Voltei para sala, vendo que Estevan ainda estava no telefone. Seu
terno amarrotado, sua gravata frouxa e os três primeiros botões de
sua camisa social desabotoados, deixava ele completamente sexy.
Estevan percebeu, que estou o olhando demais.
Vamos se controle Ella, com um suspiro, caminhei firmemente para
o sofá e me sentei. Aparentemente estou recomposta, mas por
dentro estou nitidamente derretida! Tossindo mantive uma postura,
começando a prestar atenção no que Estevan falava por telefone.
Parecia se algo, muito sério. Meu corpo, apesar de ter se afastado de
forma brusca dele, e ter se passado alguns minutos, ainda me sinto
ofegante.
— Estou a caminho — Estevan mantinha uma expressão séria,
esbanjando autoridade. — Certo, peça para Alonso manter tudo em
ordem, até a minha chegada. — por fim, falou desligando o telefone,
logo voltou seu olhar para mim.
Seus olhos ainda esbanjava o desejo que nos consumia, minutos
atrás, contudo, não passava despercebido a preocupação que eles
me transmitiam. Então, caminhando até minha frente, Estevan me
olhou sem quebrar o contato visual.
— Estou com problemas no Clã! — começou a dizer com um voz
calma e compreensiva.
— Certo! — me levantei do sofá, e fui caminhando confiante para a
porta.
Ainda estou sobre o efeito colateral, Estevan.
— Irei para o Clã hoje, voltarei somente na sexta. — me olhou
parando na minha frente.
— Sem problema...— ele me interrompeu com um gesto feito por
suas mãos, que seguraram meus ombros.
A intensidade no seu olhar, é sufocante!
— Assim que eu voltar, iremos resolver corretamente isso. Já está
tarde, você precisa descansar!
Realmente, já deve passar das vintes duas horas.
— Sim. — concordei abaixando minha cabeça.
É nítido que estou sem graça. Como reagir perto dele, depois do
que aconteceu? Eu havia pedido para não termos nada, e o beijei.
Geralmente, não sou bipolar dessa forma, então tenho certeza que
isso é um efeito colateral do que "Estevan" causa no meu corpo.
Ainda sinto seus toques, suas mãos gélidas e firmes sobre minha
pele, seus lábios, Santa Selene, Ella, o que você se tornou?
— Um beijo por seus pensamentos. — a voz de Estevan, ecoou na
minha sala, fazendo com que eu sinta minhas bochechas corarem.
— Ahh? — o olhei meio abobada, assim que sua mão, tocou meu
rosto.
Devo agradecer a Selene, por Estevan não conseguir ler, minha
mente.
— É algo realmente intrigante, o fato de não conseguir ler seus
pensamentos. — Estevan afirmou. — Daria tudo para saber o que
está pensando, agora.
— Não podemos ter tudo o almejamos. — sorrio divertidamente.
— Está certa! — vejo as pupilas de Estevan, dilatarem calmamente.
— Me desculpe, mas não posso...
— Não pode o que... — o olhei assustada, em um momento muito
rápido, Estevan usou sua velocidade sobrenatural, e me colocou
contra a porta.
Meu coração estava acelerado novamente com toda essa
aproximação, o contato com o corpo do Conde Estevan Russell, me
deixava eufórica internamente e externamente. Sem conseguir me
controlar muito, minha loba tomou o controle deixando meus olhos
vermelhos, assim que soltou um rosnado baixo e calmo em sinônimo
de satisfação. Passei minhas mãos por seu pescoço, tocando
novamente os cabelos macios da sua nuca.Tanto Estevan, quanto eu,
estamos sendo guiados por nossos instintos selvagem.
Perdi a noção da razão. Fechei os olhos, assim que os lábios
gélidos do Conde tocaram minha bochecha, começando uma trilha
de beijos até meu pescoço, onde ele deixou que sua respiração me
provocar-se, arrepios.
— Você continuará sendo minha... — Estevan começou a dizer
roçando seus lábios sobre a pele do meu pescoço, sinto um frio na
minha barriga.
Minha Santa Lobinha, o que Estevan está fazendo? Não, não, é
isso que estou pensando.
— Até mesmo, quando não estiver aqui. — ele disse, me apertando
firmemente em seus braços.
— Es-estevan... — sussurrei seu nome, fechando os olhos, assim que
sentia a dor das suas presas, perfurarem meu pescoço.
Meu coração estava disparado, aleatoriamente, meu corpo ficou
mole em seus braços, como se pertencesse a ele. Sinto seu peito
subir e descer, no mesmo ritmo frenético que o meu. Não estou
acredito que deixei ele me morde, não acredito que Estevan Russell,
está me marcando nesse momento.
Tudo ao meu redor parecia que estava sendo quebrado, e
rapidamente sendo reconstruído em um poder super eficiente. As
ondas de tremores, as descargas de energia, a euforia e a explosão
de sentimentos que se passava no meu ser me deixou paralisada. Eu
não conseguia ter um raciocínio lógico e concreto sobre nada!
Estevan acabou de roubar todo vestígio de razão que tenho. Minhas
emoções foram pegadas e emboladas formando uma bola de
sentimentos.
Suas mãos me seguravam com uma força tremenda, não deixando
que eu escapasse dos seus braços, a forma que nossos corpos
estavam ligados nesse momento, me fez ter um pequeno colapso de
tremores com ondas de prazer por toda minha pele.
O que estou fazendo? Ou melhor, o que ele estava fazendo
comigo?
A dor que sentia no meu pescoço, se tornou algo prazeroso e me
fez suspirar no mesmo momento que me remexo deixando minha
pele mais exposta. Suas mãos me seguraram com mais destreza, me
apertando contra o seu corpo de uma forma mais firme, sinto meu
sangue escorrer por minha pele. O sentimento de euforia que
deixava minha loba agitada, parecia triplicar assim que o cheiro do
Conde Estevan ficou mais intenso, tudo parecia ter se intensificado,
em uma velocidade extrema.
Estou sem chão! A adrenalina parece correr por todo meu corpo, o
sentimento de que pertenço ao Conde, me atingiu profundamente.
—Qualquer resquício que tinha de que não pertencia a ele, sumiu—
Evaporou como todo, e qualquer pensamento que pudesse atingir
minha cabeça.
Se não estivesse sendo segurada por ele, já estaria esparramada
no chão.
— E-e-estevan... — tentei dizer algo, mas minha voz saiu muito baixa,
tive a certeza de que ele escutou.
Minha loba está tão eufórica e agitada, que quer marcá-lo
também. Acho que me meti em uma bela enrascada!
Um rosnado um pouco alto saiu dos meus lábios, assim que sinto
suas presas saindo de dentro da minha pele. Estevan lambeu o
sangue que escorria por meu pescoço, até chegar no vale dos meus
seios. —É incrível como tudo o que ele faz se tornar algo sensual—
Sentindo-me tomada pela minha loba, e pelos sentimentos que os
lábios do Conde despertava em mim. Subi lentamente com minhas
mãos por seus braços, até chegar no seu pescoço, onde puxei
levemente os cabelos da sua nuca, fazendo o mesmo me olhar, antes
de voltar a me beijar com volúpia.
Beijar-lo, é algo que não me importaria de fazer até o último dia
da minha vida. O Conde Estevan Russell, é completamente
envolvente, seu beijo é feroz e com toda certeza, ele conseguiria
dominar até o último ser vivente de minha pobre alma.
Suas mãos apertaram minhas coxas subindo lentamente até
chegar na minha bunda, suspirei assim que ele apertou a mesma,
com força. Já seus lábios, reivindicavam os meus em um beijo
sedento, não me deixando dúvidas de que ele está marcando
território.
— Assim que eu voltar... — Estevan começou a dizer, recuperando o
fôlego que nos faltava.
Nossos batimentos cardíacos, estavam acelerados em apenas
uma melodia, suas mãos tinham tanta firmeza sobre meu corpo, que
me deixou mais submissa a ele. Não conseguiria questionar-lo nem se
quisesse, —estou me sentindo pertencente a ele— esse sentimento
parece não ser tão ruim.
— Eu quero você. — completou, sendo firme em suas palavras.
Arregalei os olhos, suspirando pesadamente!
—Me-me quer? — disse piscando diversas vezes, tentei o máximo
encontrar forças para puxar um pouco de ar, para os meus pulmões.
Acho que posso morrer agora.
— Você é minha, Ella. Totalmente e irrevogavelmente minha. —
sendo possessivo, Estevan falou, fiquei sem palavras. — Tome
bastante cuidado, estarei de olho em você durante esses dias. — dito
isso, ele beijou novamente meus lábios de uma forma lenta.
Sem dizer mais nada, Estevan se afastou na sua velocidade
sobrenatural, sumindo do meu apartamento em um piscar de olhos.
Com a respiração ofegante, coloquei a mão sobre meu pescoço
sentindo os pequenos furos de suas presas. Meu coração está a mil,
minha loba está eufórica e com certeza, poderia morrer nesse exato
momento.
— Que merda! — esbravejei assim que minhas pernas fraquejaram,
sinto o cheiro de Estevan impregnado por todo meu apartamento.
Eu não conseguia pensar em absolutamente nada! Só sei que
preciso achar uma floresta, sinto que vou explodir. Sem pensar duas
vezes, saio do meu apartamento fechando a porta, comecei a correr
indo na direção das escadas. Minha loba vai se libertar, preciso sair
desse lugar logo. Ou simplesmente vou enlouquecer!
Capítulo Dezessete
Correr de algo que está predestinado a acontecer, não se parece o
certo quando nos damos conta que isso é algo que possa nos fazer
bem!
Mih Franklim
***
— Santa Selene! — fechei a porta do meu apartamento correndo.
Estou novamente atrasada, atrasadíssima! — Culpa daquele vampiro
idiota!
Ele atiçou tanto minha loba, que tive que correr como uma louca
para sair da cidade. Precisei me transformar, e por muito pouco, não
fui pegar por alguns humanos que estavam pelas redondezas.
Viver na cidade grande não é tão fácil quando se é uma loba.
Preciso me controlar para me transformar apenas uma vez por
semana, por isso sempre corro de manhã, assim minha loba fica
calma e tranquila durante todo o dia! Algo que não vem adiantando
desde quando o Conde Estevan chegou na cidade. Sem dizer que a
floresta mais próxima daqui, fica em torno de uma hora. Só voltei ao
normal, às seis da manhã, chegando no meu apartamento faltando
pouco tempo para ter que ir trabalhar.
Então logo tomei um banho, um café reforçado e cá estou eu,
meia hora atrasada. Já prevejo o sermão que vou levar, ainda mais
porque não estou com roupas formais. Calças jeans pode se tornar
formal né? Acontece que não deu tempo de me arrumar da forma
correta! Céus, o que importa é que vou lá trabalha. Santa lobinha,
que dia!
— Da próxima vez, vou me trancar no banheiro e me transforma lá
mesmo. — disse, discutindo com o meu interior.
Corri para o elevador que por sorte, estava aberto no meu andar.
Eu estou atordoada, e tudo o que menos quero é ter que olhar para
essa multidão de pessoas, dentro dessa caixinha de metal. Ainda tem
os boatos que vou ter que enfrentar, porque saí com o Conde
ontem.
O pior, é que minha loba parece está ganhando essa guerra interna
que estou enfrentando, com os argumentos de que: fui marcada, e
isso a deixa muito feliz. Eu havia me esquecido desse fator, o fator
crucial em que Estevan agora é meu, legalmente falando pela lei de
Selene.
Minha mente sempre acaba me levando para a noite de ontem,
onde suas mãos firmemente me seguravam demonstrando a
dominância que ele tem sobre meu corpo. Era como se toda fibra
vivente do meu ser pertencesse a ele. Suas mãos geladas, seus lábios
e a forma que ele me beijava, me causou borboletas no estômago só
de lembrar.
— Bom dia!
— Bom dia — sorrir para o senhor Tallber, que me cumprimentou
alegremente como sempre.
Caminhei para fora do prédio, assim que vejo um táxi, corri
acenando para que ele parasse. Uma sorte grande para variar!
Entrando no carro cumprimentei o motorista já falando o endereço
que ele deveria seguir.
***
***
Já era o fim do expediente, o dia se passou em uma lentidão
absurda. Decidir não tira minha hora para o almoço, já havia chegado
atrasada e levado um belo sermão da senhorita Smiller. Algo que eu
não quero levar de novo! Céus, foi vergonhoso, me senti na escola
novamente.
— Até amanhã Ella! — Allan deu um beijo na minha bochecha, como
sempre fazia.
— Até.
— Não esqueça da festinha na minha casa, você ficou responsável
pelos bolinhos Ella! — Alice atraiu minha atenção.
— Estarei lá.
— Isso aí garota! — assim, Alice Lear saiu arrastando seu irmão,
dando uma discreta piscadinha para mim.
Suspirei de cansaço, ficando sozinha no escritório. Logo meu
celular começou a tocar, vejo que o número era desconhecido,
mesmo relutante, atendo a chamada.
— Como está lobinha?
Capítulo Dezoito
Mih Franklim
Estevan
Mih Franklim
***
— Acho que vou... aii — quase caí no chão, mas logo as mãos de
Allan me seguraram pela cintura, assim ele me pegou no colo.
— Vamos logo. — fechei os olhos escutando uma voz distante.
Me permitir, aconchegar-me nos braços de Allan. Não demorou
muito para que o sono chegasse, e minhas pálpebras ficassem
impossíveis de serem abertas. Com o consentimento de Selene, e a
certeza de que nunca mais vou me embebedar dessa maneira, me
permitir dormir, sendo levada nos braços do meu amigo para o
carro.
***
Mih Franklim
Estevan
***
Não é necessário dizer, que não dormi. Assim que Willians chegou
no apartamento da senhorita Ritz, ele a pegou e a levou para o carro
seguindo minhas ordens enquanto eu levava minha Ella. Foi fácil
passar pela recepção, afinal o porteiro cochilava sobre sua mesa, já
as fitas de gravação? Eu tinha meus contatos e já estava resolvido.
Decidir ir para minha casa que ficava um pouco afastada da grande
cidade de Nova York, longe do Clã e de tudo. Ainda tenho que pensar
sobre o que vou fazer com essa humana que está dormindo no
quarto ao lado. Óbvio que a tranquei, mesmo sabendo que Elena não
vai acorda nem tão cedo, prefiro não confiar totalmente nessa
hipótese.
Enfim, estou a um bom tempo olhando para Ella que dormia
calmamente ao meu lado. Dessa forma, ela parece um anjo.
O sol da manhã já entrava pela janela, apenas sentia o corpo
quente de Ella sobre a minha pele gélida. Fechei os olhos me
permitido descansar um pouco! A abracei pela cintura, apoiando meu
rosto em seu pescoço. O cheiro inebriante dela invadiu minhas vias
respiratórias, me deixando completamente relaxado e calmo. Meu
rosto estava na altura da sua marca, e isso me trazia uma espécie de
paz, uma obsessão diferente por Ella. Não sei se posso qualificar isso
como algo realmente promissor! Estou muito aconchegado a
abraçando, quando a mesma dormia calmamente em meus braços.
Nunca achei que fosse pensar nessa hipótese, mas dormi de
conchinha, sentindo o calor emana do seu corpo, me parecia algo
que eu sempre iria querer fazer com ela.
Com os olhos fechados e apenas sentindo o seu cheiro, o sono
chegou aos poucos me fazendo apertar-lá mais contra meu corpo, o
colando totalmente com o dela. Deixo que meus lábios toquem
calmamente sua nuca, onde depositou um beijo lento e gélido,
sentindo seu corpo se arrepiar inteiramente.
— hummm.... — Ella murmurou se aconchegando mais em meus
braços. — Ah... AAAHHH — a voz de Ella, ecoou por todo o quarto
assim que ela tentou se soltar dos meus braços.
— Quanto barulho! — digo fechando os olhos a soltando, no impulso
ela levantou-se levando o lençol consigo.
— O que? Aah- Você? Eu? Meu santo LOBO!! — Ella parecia não
entender o que havia acontecido.
— Como? — me sentei na cama a olhando divertidamente.
— Graças a Selene! — suspirou aliviada assim que olhou para seu
corpo, verificando se estava com roupa.
Então ela não lembra de nada? Interessante. Pois eu lembro
muito bem de como ela murmurava meu nome quando eu a
carregava até o carro.
Arqueei uma sobrancelha de forma divertida. O seu olhar
percorreu por todo extenso quarto, até pairar sobre mim! O que me
contive para não sorrir da situação, já que a mesma corou
instantaneamente assim que viu que eu estava torso nu, de cueca.
— Com saudades lobinha?
Capítulo Vinte Um
Mih Franklim
O sorriso que Estevan tem em seu rosto, foi algo que fez meu
estômago ter uma verdadeira festa de carnaval. Com participações
de outros órgãos, como o meu coração que parecia ser a nova
melodia desse desfile carnavalesco. Já o meu cérebro, fritou por
poucos segundos! Os segundos, em que fiquei como uma tonta
encarando cada parte do corpo do vampiro tentação. Que se
encontra deitado sobre uma cama que eu desconhecia, ficando em
um quarto que nunca tinha entrado! Onde estou?
— Você bebeu tanto, ao ponto de achar que tivemos algo? —
Estevan falou levantando-se. — Ella, Ella, você passou dos limites,
creio que merece uma punição.
— Pu-pu-punição? — disse colocando minhas mão sobre minha
cabeça, assim que a mesma doeu, fechei os olhos, essa é a famosa
ressaca?
— Deve está com ressaca, cuidaremos dos efeitos colaterais que está
tendo pela bebida por agora, mas, não pense que esqueci da sua
punição.
Santa Lobinha das almas assanhadas, me acuda.
Estevan Russell estava vestido apenas com uma cueca preta, e
isso me causou uma grande descarga de adrenalina. De alguma
forma, sabia que aquele terno sempre escondeu algo, só não
imaginava que isso me mataria. Os passos do Conde pareciam ter
ficado lentos, quando o mesmo caminhou até minha direção ficando
em minha frente. Perco o fôlego, um suspiro alto saiu dos meus
lábios, em busca de ar quando suas mãos geladas tocaram
calmamente meu rosto. Estevan olhou dentro dos meus olhos, sem
quebra o contato visual, fazendo minhas pernas fraquejarem pela
intensidade do seu olhar.
— Estava com saudades. — falou com uma voz em um tom baixo e
suave.
Se havia alguma dúvida de que eu pudesse está morta, essa
dúvida se foi agora. Com certeza estou morta! Vendo minha
fragilidade em sua presença, Estevan sorri como um cafajeste.
Uma de suas mãos gélidas, tocaram meu pescoço me deixando
hipnotizada e envolvida com toda essa situação que se tornava mais
sensual e excitante. Sua outra mão foi para minha cintura me
segurando com força em um gesto rápido, sem quebrar o contato
visual, Estevan me puxou colando completamente nossos corpos.
Suspirei pesadamente assim que seu cheiro invadiu minhas narinas,
minhas pernas ficaram bambas e meu coração parecia que iria sair
pela boca.
— Ahhh... — arfei no mesmo momento que seus lábios gelados
tocaram meu pescoço de uma forma lenta.
Era torturante na mesma intensidade, que se tornava algo
excitante. Ele beijou meu pescoço lentamente por cima da marca de
sua presas. Com todo esse contato físico, com seu cheiro, seus
toques, e toda essa chuva de adrenalina acompanhada por tesão,
euforia, e diversas borboletas no estômago. Fui capaz de me tocar
que todo esse momento, estava com saudades dele. A raiva que
sentia pelo simples fato dele não me ligar, a euforia acompanhada de
preocupação. Me toquei, que tudo isso era apenas ansiedade, em
matar a saudades dele. Com todos esses fatos alarmantes, que
prejudicam descaradamente meus planos de ser independente em
Nova York, cheguei a devastar conclusão de que, se Estevan não
colabora e fica longe de mim, com certeza não vou conseguir ficar
longe dele.
— Não esperava que fosse dessa forma o nosso reencontro. —
admitiu assim que começou uma lenta e tortuosa, trilha de beijos por
meu pescoços.
Meu corpo parecia está em algum transe, mas tinha total
mentalidade do que eu estava fazendo. Precisava sentir o contato do
seu corpo depois de uma longa semana, foram dias sentindo minha
loba fraca, indefesa e muito triste, agora a solução para os meus
problemas parece está bem aqui na minha frente! Uma solução
metida, meio maligna, e apesar de se uma solução que retrata um
pedaço de mal caminho. Fazer o que, é a minha solução.
Fechei os olhos deixando me levar pela leveza dos seus lábios.
Parecendo não aguentar mais, ele me beijou lentamente,
saboreando a minha boca, que gritava por ele. Uma de suas mãos
segurou meu pescoço retomando totalmente o controle da situação,
sua outra mão desceu por minha cintura lentamente me causando
arrepios por toda extensão do meu corpo. Minhas pernas ficaram
fracas.
Tesão, borboletas, euforia, minha loba indo aos céus, minha pele
tendo tremores pela adrenalina. Tudo isso de uma vez, obviamente
posso morrer. Minha dor de cabeça sumiu, é assim que se cuida de
uma ressaca?
Na medida que o beijo começou a se intensificar, deixo minhas
mãos subirem pela pele gélida de seus braços, seu corpo se arrepiava
com meus toques e posso dizer que o clima está bem quente. Arfei
no momento que a falta de ar começou a me atingir, parando o beijo
para retomar o fôlego, Estevan desceu novamente com os lábios até
meu pescoço, sinto nossas respirações em um só ritmo. Fechei meus
olhos, na medida que o clima ficou mais intenso, minhas mãos
caminhavam sobre seus ombros, puxando os cabelos de sua nuca de
uma forma sensual. Estevan tem uma pele gelada, já a minha era
absolutamente quente. Isso parece deixar tudo mais excitante!
Os lábios de Estevan pareceram ficar um pouco distantes assim
que ouvir um abafado pedido de 'socorro' logo depois foi
acompanhado por um 'me tira daqui' em seguida a voz foi muito mais
alta e disse 'ALGUÉM ME AJUDA'. Não demorou muito para eu me
tocar e reconhecer a voz abafada de Elena.
— E-Elena? — empurrei Estevan com força, andando para trás
desnorteada.
'Socorrooooo'
De novo a voz gritou um pouco mais alto, dessa vez Estevan
escutou e bufou. Meu corpo ainda estava a mil, apenas olhei para ele
com dúvida, quando tentava retomar o equilíbrio. Senti medo de
perguntar, então olhei para a porta e comecei ir em sua direção.
Precisava achar de onde estava vindo essa voz pedindo socorro.
— Essa é a voz de Elena. — passei por ele, parei no mesmo momento
que abrir a porta e o mesmo começou a me seguir sem dizer
absolutamente nada.
Uma confirmação de que é Elena! Afinal, quem cala consente.
— Vá vestir uma roupa. — o empurrei para dentro do quarto, sem
pensar fechei a porta com força.
Suspirei assim que vi que estava em um corredor muito enorme,
engolir a seco, começando a seguir o barulho que vinha do fim do
corredor. Assim que parei em frente à porta, tentei abrir a maçaneta,
mas óbvio que estava trancada, usei um pouco de força e quebrei a
maçaneta abrindo de uma vez a porta.
— AAAAAHHHHH — Elena veio gritando para cima de mim
segurando um abajur .
— Elena! Para. — corri para o outro lado do quarto.
— Ella ? É-é você-ê? — suspirou aliviada, jogando o abajur na cama,
começou a chorar.
— Elena. — fui até ela a abraçando fortemente.
— Foi horrível Ella. — Elena começou a dizer como uma criança
contando para a mãe tudo de ruim que lhe aconteceu. — Ele chegou
lá em casa... um jarro-o de flor-r na cabeça-a dele... ele me mordeu e-
e-e...— ela tentava dizer, porém não entendia muito já que a mesma
soluçava pelo choro.
— Se acalmar. — digo fazendo carinho nos seus cabelos loiros.
— A meu Deus! Se afasta de mim. — Elena disse me empurrando
com força, pegando o abajur novamente.
— Elena. — disse um pouco desesperada sem saber o que fazer,
minha amiga parecia ter pirado.
— Você deve se um DELES! — falou apontando o abajur, como se
fosse uma arma.
— Um deles? — do que Elena estava falando?
— VOCÊ SÓ DEVE ESTÁ QUERENDO MEU SANGUE! — afirmou com
convicção.
— Sangue? Elena? Espera você está dizendo que Estevan te mordeu?
— perguntei perplexa.
— Assim como você deve está querendo fazer não é mesmo? Se
passando de uma amiga para me deixar como uma bolsa de sangue
ambulante, seu monstro! — Elena falou engolindo o choro.
— Elena! — disse a olhando, gesticulei com as mãos um gesto de
calma.
— Se AFASTA SUA VAMPIRA! — gritou nervosa.
— EU NÃO SOU UMA VAMPIRA ELENA! —gritei, talvez assim ela me
escutasse.
— Você não é uma deles? — Elena perguntou com mais calma,
abaixando o abajur.
Elena está em pânico. Seu olhar transparência medo, e isso me
deixou com o coração partido. Elena sempre foi forte, uma guerreira!
Nunca imaginei ver ela dessa maneira. O que aquele vampiro idiota
havia feito com minha amiga?
Elena colocou o abajur sobre o criado mudo que tinha no quarto,
me olhou e colocando as mãos sobre a cabeça parecendo buscar ter
calma de alguma forma.
— Vem! — estendi uma mão para ela, que me olhou com dúvida. —
Você precisa de um copo de água. — afirmei, assim que ela segurou
minha mão.
Com um suspiro alto, abrir a porta do quarto saindo pelo corredor,
assim que vejo uma escada, guiei Elena pela mão, começamos a
descer as escadas.
— Ella? O que está fazendo? — Elena sussurrou me olhando.
— Procurando uma cozinha! — respondi com calma, entramos em
uma cozinha. — Sabia que tinha uma. — a guiei para se sentar em
uma cadeira que tinha perto de um balcão.
— Cozinha? Precisamos fugir daqui Ella! — Elena levantou-se,
parecendo não acreditar na minha tranquilidade.
— Elen... — Elena me interrompeu, segurando minhas mãos.
Ela não deixa eu dizer absolutamente nada!
— Você não sabe, mas o dono na empresa é um vampiro! Eu sei que
parece loucura. Mas eles existem, descobri isso a algumas horas atrás
quando ele quase me mat... — a interrompi, segurando em seus
ombros, para que senta-se novamente.
— Elena, eu sei que Estevan Russell, é um vampiro. — dizia com
calma.
Vou até a geladeira e peguei uma garrafinha de água, a entreguei,
Elena parecia não acreditar em minhas palavras. Ela estava
realmente em pânico, é capaz dela passar mal..
— Mas, você disse que não é uma deles... — ela parecia indignada.
— Elena, eu não sou uma vampira! — falei atraindo sua atenção. —
Você está fraca, precisa comer algo. — afirmei mudando de assunto,
voltei para a geladeira para ver o que tinha para Elena comer.
— Então o que você é Ella? — a voz de Elena saiu um pouco trêmula.
— Que tal panquecas? — perguntei engolindo a seco, tentei fugir do
assunto que Elena estava querendo entrar.
— Ella, o que você é? — Elena repetiu a pergunta.
Me virei de frente para ela, me surpreendi dando de cara com
Elena segurando uma faca em mãos. Suspirei com calma, assim que
meu corpo encostou no armário da cozinha, levantei as mãos em
sinal de rendição e a olhei, não estava com medo. A forma que Elena
segurava a faca, era fácil de tirá-la de suas mãos.
— Elena se acalmar. — disse com calma, Elena deu dois passos me
encurralando mais. — Você não quer fazer isso. — olhei em seus
olhos.
— Eu vou ter que concordar com a lobinha, você realmente não quer
fazer isso. — a voz carregada de sarcasmo do Estevan, ecoou por
toda cozinha.
— Estevan saí daqui, está tudo sobre controle! — o olhei
rapidamente, Estevan está calmo.
— Chama isso de controle? Uma faca apontada para seu rosto? —
sorriu. — Puxou essa imprudência do seu pai, com toda certeza.
— Você disse que não era uma deles! VOCÊ MENTIU. — Elena gritou
encostando a lâmina da faca no meu pescoço.
***
***
Mih Franklim
Lizzie
— Izaac, você sabe que não consigo correr muito! Pelo amor da
deusa da lua, anda mais devagarzinho. — fiz um biquinho cruzando
meus braços sobre meus seios, conseguindo atrair a atenção de
Izaac.
— Se nosso filho herdar seu lado dramático, será o nosso fim. —
Izaac deu a volta sorrindo, vindo em minha direção.
Filho...
Como uma simples palavra pode mudar todo o meu humor?
Rapidamente meu sorriso sumiu e um medo me rodeou
completamente. Izaac já sabia da gravidez, assim como ele sabia que
eu estava com medo de que meu pai descobrisse.
— Liz? — Izaac me chamou preocupado.
— Oi! — suspirei.
— Você sabe que estou ao seu lado, não sabe? — falou me puxando
para um abraço. A forma com que Izaac me acalma, é simplesmente
mágica.
— Eu sei... — fechei os olhos, ao sentir o conforto que seu cheiro me
transmitia, estou nitidamente em casa. — Decidir contar no jantar de
hoje... — fui interrompida por Izaac que sorria de forma divertida.
— H-oje? — gaguejou encenando um drama.
— Você disse que estaria ao meu lado? — falei com ironia.
— Sabe o que é? Acho que hoje terei que ficar com a minha
irmãzinha. — Izaac respondeu com sarcasmo, o filho da mãe estava
com um olhar divertido sobre as minhas reações.
— Sua irmã já tem quase 13 anos. — revirei os olhos, desfazendo o
abraço.
— Ela ainda é um bebê. — dei um pequeno tapa em seu ombro,
fazendo-o rir.
— Idiota! — falei me virando, e continuando a trilha que estávamos
fazendo.
— É brincadeira. — Izaac correu até mim, parando na minha frente.
— Você sabe que vou estar no jantar, e se você se sente melhor para
contar hoje, estarei ao seu lado.
— É o melhor momento! — digo recebendo carícias de Izaac, sobre
minhas bochechas. — A Ella vai vim, talvez isso distraía os meus pais
um pouco. — continuei a dizer. — A Chloe também disse que tem
algo importante para falar, agora torcermos para que ela diga algo
mais importante do que esse bebê.
— Nada é mais importante do que o nosso filho. — Izaac repreendeu-
me levantando meu rosto, para que eu olhasse nos seus olhos. —
Obviamente seu pai vai ficar com raiva de princípio, mas olhe só, é o
nosso filho e nem ele, nem ninguém pode mudar esse fato. Sem
contar que somos companheiros!
— Eu sei. — sorri forçadamente.
— Iríamos casar no final do ano, não vejo problemas em adiantar
esse processo. Se for para vê-la sorrir, caso com você agora mesmo.
— Ah minha deusa, pare, se não vou chorar. — limpei uma lágrima
que escorreu traiçoeiramente dos meus olhos.
— Esses hormônios. — Izaac falou, afinando a voz, sorrimos da sua
imitação. — Está vendo? É esse sorriso que quero vê. Não vou me
cansar de dizer o quanto eu Te amo, e agora, esse bebê também é
alvo desse sentimento.
Sorri fechando meus olhos, assim que sinto a leveza dos lábios de
Izaac. Não havia dúvidas de que ele é o amor da minha vida, eu amo
Izaac como nunca amei ninguém, fico feliz em está formando uma
família com ele.
Quando o reencontrei foi algo realmente louco. Bom, conheci Izaac
a minha vida toda! Fomos criados como primos, já que ele é filho do
beta do meu pai o tio Mateus e da tia Mia, que são amigos da minha
mãe. Izaac mudou da alcateia quando eu tinha 14 anos, ele é um ano
mais novo que eu. E com certeza, nossa idade não significa nada,
mesmo que ele seja um pouco imaturo às vezes. Não julgo, eu
mesma sou a mais imatura da família Underwood!
Ainda me lembro do dia que nos reencontramos. Foi realmente
algo inesquecível! Estava jogada no sofá, Ella no quarto como sempre
estudando para se aceita no estágio da empresa, já Chloe havia ido
buscar ele e sua família no aeroporto com o meu pai. Assim que eles
chegaram já sentir o cheiro de Izaac que me fez explodir por dentro.
Meu coração disparou, e cada fibra do meu corpo se arrepiou, mas
foi quando ele abriu a porta, quando o mesmo entrou na minha casa,
assim que coloquei os olhos nele, aleatoriamente minha loba o
reivindicou como meu. Acho que não preciso dizer que foi uma
grande loucura, já que meu pai ficou louco.
Aí está meu grande medo!
Meu pai sempre foi muito impulsivo, tenho total certeza de que
ele realmente não aceitará essa gravidez muito bem. Mesmo tendo o
fator primordial de que não sou mais adolescente, a opinião dos
meus pais é sim importante para mim. Então sim, vou ficar chateada
se meu pai tentar matar meu companheiro.
— Também te amo. — fechei os olhos ofegante, assim que
terminamos o beijo. A presença de Izaac me faz bem, gosto de me
sentir protegida, e isso acontece somente quando estou em seus
braços.
***
Mih Franklim
Depois de sobreviver à um longo dia com o vampiro tentação. Ele
me deixou no meu apartamento para que eu pudesse me arrumar, e
disse que me buscaria em meia hora. Óbvio que tentei de todas as
formas convencê-lo de não ir nesse jantar. Tudo o que eu não queria
por agora, era ver meu pai envolvido na minha vida de novo. E com
certeza ele ficaria envolvido de uma forma negativa, já que ele é
"super protetor" Tirando o fator primordial de que ele odeia o Conde
Estevan.
Conhecendo bem esses jantares que tem na casa dos meus pais, fiz
questão de me arrumar como se estivesse indo a um lugar
importante. Vestia um vestido justo e curto de veludo azul escuro,
com um decote em forma de 'V' nas costas. O vestido em si era muito
elegante, e embora ele seja curto, não é vulgar. Um salto preto cano
longo e fino, uma maquiagem bem básica e cabelos soltos. —Santa
Selene, me proteja nesse jantar. É tudo o que eu te peço— Meus
cabelos cobriram a mordida de Estevan no meu pescoço, suspirei
fazendo uma pequena prece para Selene me proteger nesse jantar. E
que meu pai não veja a mordida, amém!
Saio do apartamento andando em passos firmes até o carro de
Estevan que já está a minha espera. O porteiro me avisou não tem
mais de três minutos, não há problemas em deixar ele esperando um
pouco Enquanto me arrumava para esse jantar, tomei a decisão
extremamente importante de que não vou abrir mão da minha
liberdade em Nova York para viver um 'romance' com o vampiro
tentação.
Irei conversar com maturidade, e mostrarei a ele que somente eu
mando na minha vida! A presença de Estevan foi inusitada e não
pode se a causa de uma mudança de vida. Sempre defendi que
mudanças só devem acontecer por si só, e não será agora que vou
mudar esse pensamento. Com confiança, andei pelo térreo assim que
sair do elevador vazio.
— Senhorita, Ella. — o porteiro como sempre me cumprimentou com
uma simpatia extrema, o que me fez sorrir com sinceridade.
— Boa noite, senhor Talber. — digo sorrindo.
— Está mais linda do que de costume, cuidado ao sair sozinha nas
ruas de Nova York! Sua beleza poderia roubar o brilho da lua. — o
senhor Tallber falou com charme e simpatia, o que me fez sorrir
mexendo de uma forma discreta em meus cabelos, logo após da uma
voltinha com um simpático sorriso no rosto.
— São seus olhos, obviamente você está exagerando. — o olhei. — A
senhora Leila que está sempre deslumbrante. — falei olhando para
sua mulher.
— Minha esposa está realmente linda. — de forma apaixonada, ele a
olhou.
— Sempre tão galanteador! — comentei de forma educada.
— Isso ele nunca mudou. — a senhora Leila pronunciou-se. — Tenha
uma ótima noite menina!
— Igualmente! — acenei para eles com ternura, de fato minha mãe
estava certa. O amor existe entre os humanos, esse casal é a prova.
Abro a porta do condomínio com um longo suspiro.
O vento da noite estava extremamente gelado, o que me fez
praguejar por não ter pego um casaco. Andei em passos firmes na
direção do carro do Conde assim que o vi. Um motorista abriu a porta
com uma simpática reverência, para que eu entrasse no carro. Sorrir
para ele é entrei no mesmo com um suspiro.
— Você está linda. — Estevan disse atraindo minha atenção.
Acho que não é necessário dizer, mas mesmo assim vou destacar
que Estevan estava um pedaço de mal caminho. Ele consegue tirar
todo o ar dos meus pulmões em questão de segundos. Estevan ficou
um verdadeiro deus grego de terno, estou me controlando para não
babar, na medida que ficava encantada com seu charme. Com
dificuldade conseguir manter a minha postura de mulher séria e
determinada.
— Obrigada, você também não está nada mal. — cruzei minhas
pernas uma sobre a outra, Selene sabe como não estou mentindo. —
Creio que temos muito o que conversar.
Minha voz foi firme, já a minha loba começou uma guerra interna
comigo.
— Certo! As damas primeiro. — Estevan arqueou uma sobrancelha. O
carro começou a se movimentar.
— Não conseguir ser muito clara na nossa última conversa, ou eu fui
e não conseguirmos terminar o assunto que iniciamos. — o olhei
sentindo meu estômago revirar. — Vou repetir para que você
entenda bem! Não quero ser sua companheira, e acho que devemos
fazer isso de uma forma madura e civilizada.
— Bom. — ele cruzou as mãos — Não esperava que você fosse
mudar de ideia. — falou com calma.
Aparentemente isso não afetará o Conde nenhum pouco! Meu
ego de loba foi ferido.
— Comecei minha vida em Nova York agora. — olhei para a janela
meio nostálgica. — A minha vida toda, sonhei por esse momento e
como te falei, não imaginava que você fosse meu companheiro. —
ele suspirou.
Meu coração estava nitidamente muito apertado, eu queria, ao
mesmo tempo que não queria me ver longe dele.
— Eu sei que talvez você não compreenda mas...
— Tudo bem eu te entendo. — falou atraindo minha atenção.
— Você disse que me entende? — perguntei meio abobada quando
Estevan me olhou normalmente.
— Sim! — sem nenhum sarcasmo? Isso me preocupa. — Eu vou
deixá-la ir, já disse que não vou obrigá-la a fica do meu lado. —
completou, quase caí para trás surpresa.
Se estivesse em pé, teria realmente caído no chão. A prepotência
exalava do seu corpo, ele tinha certeza no que falava.
— Você está me dizendo que não vai me impedir? — não sei se estou
chateada, ou feliz.
— Exatamente! — me olhou nos olhos.
— Não vai intervir? — perguntei sem acreditar.
— De forma alguma. — falou com um ar superior, transparecendo
calmaria.
— Sem querer me reivindicar? — o olhei, parecia uma tapada.
— A não ser que você queira, eu não vou fazer nada contra sua
vontade. — afirmou, não esperava essa reação dele. — Porém...
— Sabia, estava fácil demais. — suspirei de alívio e o olhei com uma
mão apoiada sobre meu peito.
Queria correr dele, mas agora que posso, não quero. Realmente
eu sou muito confusa! De qualquer forma, sei que isso está
relacionado ao tesão que sentimos, não é amor, é apenas desejo. E
eu me recuso a viver sem amor! Iniciamos o laço, mas não
finalizamos, acho que deve ter alguma forma de acabar com
isso. Mesmo que isso machuque minha loba, e com certeza vai
machucá-la.
— Na verdade você está livre, porém quero sua ajuda. — disse com
calma, Estevan me olhou com uma intensidade que me deixou
nervosa.
Como eu queria entender o que se passa na mente dele nesse
exato momento.
— Minha ajuda? — perguntei curiosa.
O vampiro mais egocêntrico do mundo, irônico, gostoso, maléfico
e por entre outras 'qualidades' estava pedindo a minha ajuda? —
Justamente a minha?— Santa lobinha, hoje realmente o dia está
sendo cheio de surpresa. Não esperava que ele fosse pedir minha
ajuda, não esperava que ele fosse me deixar ir com tanta facilidade!
Isso sem sombra de dúvidas incomoda minha loba. —Foi eu que pedi
para ele me deixar ir embora da sua vida— então porquê estou me
sentindo mal?
— Como você sabe, o Clã está com alguns problemas. — seu olhar
pairou sobre minhas pernas.
— Sim, você comentou. — tentei atrair sua atenção para meu rosto
sem obter sucesso.
— Para resolver os problemas do Clã, preciso de uma Condessa, e
mesmo que você queira interromper o laço que iniciamos. Não vejo
pessoa melhor para isso, além de você.
— Eu? Não sei se é o certo. — me envolver mais com Estevan
afetivamente? Essa não é a melhor forma para me afastar.
— Obviamente você não é obrigada a aceitar me ajudar, tudo bem!
Acharei outra pess...
— Tudo bem, eu ajudo! — o interrompi rapidamente, ele me olhou
coçando calmamente a sua barba que estava por fazer.
— Você sabe que teremos que fingir que estamos juntos, não sabe?
— Estevan me perguntou, assim apenas acenei concordando.
Não sabia ao certo porque estava aceitando essa loucura, —agora
que ele está me dizendo que posso sair da sua vida, e que o mesmo
sairá da minha.— Talvez eu só precise de um tempo ao seu lado, só
até a minha loba se conformar. Não sei explicar, mas é realmente
algo complicado, sinto que minha loba está decepcionada pelo fato
de que ele aceitou essa proposta muito rápido. Esperava resistência
de sua parte. Afinal, eu não era sua? olha só o fundamento dos meus
pensamentos!
— Eu sei! Assim que acabar essa loucura estou livre certo? —
perguntei mantendo-se vidrada no sorriso lindo estampado em seus
lábios.
Que homem, minha loba do céu!
— Você está livre nesse momento, e escolheu ficar? Ella, não sei se
foi uma escolha sábia. Mas me agrada ter escolhido permanecer. —
murmurou. — Assim que for apresentada ao Clã, não terá volta, não
até que eu possa resolver tudo.
— Sim, basicamente o que você irá resolver? Porque precisa da
minha ajuda? — o olhei curiosa.
— Digamos que eu precise de uma visão feminina, e obviamente
seremos um casal para todos.— sinto minha garganta queimar ao
escutar sua voz.
— Um casal?
— Sim, algum problema? — sua voz tem um pouco de ironia, acho
que já posso suspirar aliviada, o velho Estevan está de volta.
Olhei por um longo momento para ele, eu não sei o que deu na
minha cabeça para aceitar fazer parte dessa loucura me parece o
certo. Mas tenho certeza que posso me arrepender, me envolve mais
emocionante com Estevan não é a solução. Talvez seja a solução para
a minha loba, óbvio que depois ele teria que me negar como
companheira. Acho que só assim vou conseguir ser livre das suas
"presas" insaciáveis. Inexplicavelmente me pergunto se realmente
quero se livre dele. Estevan apareceu em um momento que busco o
desconhecido, recomeço, amizades, uma vida nova. E se ele puder
me proporciona algo mais intenso, estarei jogando tudo fora pelo
meu orgulho e meu egoísmo ao pensar somente na minha
liberdade?
***
Uma curta viagem. São ao todo meia hora de viagem, mas parece
que foi só cinco minutos. Basicamente se passei meia hora ao beijos
com Estevan! Meia hora que se tornou um tempo muito curto. Não
sei mais o que estou fazendo, só sei que estou sendo levada pela
impulsividade.
Impulsividade que tenho quando estou com Estevan. Foi
exatamente 10 minutos tentando me recompor, ainda mais se
levarmos em conta o fato de que estava quase nua, com um pouco
de sangue escorrendo do meu pescoço, descabelada, ofegante, com
as pernas bambas e muitos outros fatores que deixavam muito nítido
o que estava fazendo. Já que Estevan também não está discreto. O
meu batom que ficou borrado na sua boca, seus cabelos loiros
bagunçados, e os botões aberto da sua camisa social mostrava que
eu também tirei proveito da situação.
Tentei arrumar-lo, logo após me recompor e ficar no mínimo
apresentável para a minha família. Mas diria que foi impossível!
tente arrumar um vampiro irônico, galanteador e bastante excitado,
fiz um grande milagre só por conseguir abotoar os botões da sua
roupa. Era interrompida a todo momento, por ele que beijava meu
pescoço, lábios, e passeava com as mãos sobre meu corpo
novamente. Foi difícil manter a concentração, mas consegui resistir o
colocando contra o carro. Cheguei à conclusão que o motorista dele
deve me achar uma completa tarada. Se levarmos em conta o nosso
estado a minutos atrás. Conseguimos nos recompor até bem! E agora
na porta da casa dos meus pais, eu comecei a repensar se realmente
estou fazendo a coisa certa.
— Ella! — Lizzie falou empolgada assim que me viu ao abrir a porta
pela metade, até abri-la completamente e ficar um pouco surpresa
ao ver o Conde do meu lado. — Ohh...
— Olá Lizzie! — sorri sem graça para Lizzie, recebendo um divertido
olhar.
— Cunhadinha. — Estevan disse com um pouco de ironia, olhei para
ele e revirei os olhos.
— Fique quieto! — sussurrei, para Estevan que sorriu.
— É um prazer revê-lo Conde. — Liz acenou educadamente para
Estevan.
— Por favor, não a necessidade de tamanha formalidade. — Estevan
sorri amigavelmente para minha irmã assim que estendeu sua mão,
Liz a pegou sorrindo. — Me chame apenas de Estevan. — dito isso,
beijou educadamente sua mão como um cavalheiro.
— Nossa.. — Lizzie sussurrou ao receber o gesto educado do Conde.
— Nosso último encontro... Não foi o melhor possível! — Estevan
comentou recompondo-se.
— Nem me lembre. — Lizzie sorri.
Olhei para Lizzie que ficou parada sem dizer nada. Arqueei uma
sobrancelha quando a mesma parecia não ter palavras para dizer.
— Oii? Eu estou aqui? — acenei para ela com uma voz carregada de
drama.
— Aahh desculpe, só estava perdida em meus pensamentos. — Liz
sentiu-se envergonhada, logo me puxou para um abraço.
— Estava com tantas saudades. — falei ao envolver minhas mãos
sobre seus ombros em um abraço caloroso.
— Vamos entrem! — Liz disse sorrindo quando terminamos o
abraço.
Que Selene me ajude!
Minha irmã saiu da porta para entrarmos, suspirei fundo quando
a mão de Estevan foi para minha cintura. Andamos em passos lentos,
assim que entramos dentro de casa. Liz sorrir quando Izaac veio ao
seu encontro dando um rápido beijo em seus lábios.
— Você demorou... — sussurrou parando ao seu lado. — Olá Ella,
quanto tempo. — sorriu para mim, retribuir o gesto. — Você deve se
o Conde Estevan Russell, estou certo? — cumprimentou Estevan.
— Somente Estevan. — Estevan falou para Izaac.
— Izaac é o companheiro da Liz. — sussurrei para o Conde que
concordou. Seguimos a Liz e Izaac.
— Já estava começando a achar que não viria hoje. — Liz me olhou.
— Se eu não viesse você e a Chloe me matariam! — Liz piscou de
forma divertida.
— Que demo... Ella! — Chloe veio da sala de jantar, assim que ela me
viu, veio na minha direção para me abraçar.
— Parece que não te vejo a séculos, está mais alta? Amei o corte de
cabelo! — dizia com a voz abafada, estou sendo esmagada pelos
braços da Chloe.
— Você está linda! Um pouco diferente, talvez mais magra? Ora,
porque não nos avisou que o Conde viria! — Chloe sorri empolgada,
indo abraça Estevan, o pegando desprevenido.
— E essa é a Chloe, você já a conhece. — sussurrei para Estevan.
— Vamos, mamãe e papai já estão postos à mesa. — Chloe falou
andando em nossa frente.
— Mais alguém irá jantar conosco? — perguntei enquanto
andávamos até a sala de jantar.
—Tio Mateus viria, mas ele e a tia Mia estão na floresta com Milly. —
Chloe respondia com calma. — Derek está presente, o papai o
convidou. — Chloe sussurrou assim que entramos na sala de jantar.
Izaac e Lizzie se sentaram ao lado de Derek. Meu pai estava na
ponta da mesa, assim como a minha mãe estava na outra.
— Ella! — minha mãe disse empolgada vindo na minha direção.
— Olá, mamãe. — com os olhos brilhantes, ela me abraçou
fortemente, me apertando de diversas formas, sorrindo e beijando
minhas bochechas. — Mãe... — sussurrei quando tinha as bochechas
esmagadas por seus beijos.
Santa lobinha, se ela continuar desse jeito, vai ver a mordida com
o super "olhar biônico" dela!
— Ohh, porque não nos avisou que o Conde viria? — olhou me
surpresa, assim que se tocou que Estevan estava do meu lado.
Sorrindo ela me soltou e abraçou Estevan educadamente, escutei
um praguejo e vi o olhar severo do meu pai sobre nós. Engolindo a
seco, fui em sua direção o abraçando com força.
— Oi pai. — dizia ao ser acolhida amorosamente por seus braços, em
um carinhoso abraço. Sorri ao receber um beijo terno em meus
cabelos, e voltei para o lado de Estevan.
— Não vou perguntar o porquê da presença do Conde, mas já que
está aqui, gostaria de juntar-se conosco nesse jantar? — meu pai
olhou seriamente para Estevan que sorriu com ironia.
— Sempre tão convidativo! — Estevan falou, tossi forçadamente
tentando atrair a atenção de todos presente no local, contudo fui
ignorada. Percebendo o clima, minha mãe tocou o ombro do meu pai
na tentativa de acalmá-lo.
— Será um prazer tê-lo conosco Estevan! — mamãe falou mantendo
suas mãos sobre o ombro do meu pai.
— Já que me convidou, não vejo motivos para não ficar. —
completou Estevan com uma ironia que me fez revirar os olhos, parei
novamente ao seu lado e o mesmo colocou sua mão sobre a minha
cintura.
A chegada do Estevan parece que fez o clima fica intenso. Meu pai
não para de me olhar. Já a minha mãe fez todo mundo,
absolutamente todo mundo mudar de lugar! —Isso tudo para ficar ao
lado do meu pai, tenho certeza que ela está querendo evitar que esse
jantar termine morte— Sendo assim, a mesa ficou posta como: Derek
e Chloe de um lado, Lizzie e Izaac do outro, já a minha mãe ficou ao
lado do meu pai na ponta da mesa, quando a mesma me colocou ao
lado do Estevan na outra ponta da mesa. Com um gesto rápido minha
mãe sorriu para que a cozinheira pudesse começar a servir todos.
— Então, gostaria de uma bebida diferenciada Conde Estevan? —
meu pai o provocou, vejo um sorriso malicioso surgir no rosto do
vampiro tentação.
— Não será necessário, estou muito bem alimentado. —Estevan
respondeu, meu pai me olhou arqueando uma sobrancelha.
— Cof*... Cof*— peguei o vinho e bebi pisando de uma forma
discreta no pé do vampiro idiota.
Parece que está saindo faísca dos dois!
— Então, como foi fica todo esses dias administrando tudo Chloe? —
minha mãe perguntou tentando quebrar o clima pesado.
— Foi tudo calmo, na medida do possível. —Chloe sorriu para minha
mãe. — Liz me ajudou muito também. — comentou.
— Lizzie? — minha mãe a chamou.
— Ahh? Oi..? Que..? Eu não fiz nada. — minha irmã olhou assustada
para minha mãe.
— Só ia perguntar como passou esses dias! — mamãe falou com
calma.
— Ah sim! Bom, foi cansativo. — Lizzie encarava a taça de vinho a sua
frente pensativa.
— Não vai beber o vinho! — Izaac sussurrou para Liz, como estou
perto dele escutei. Estevan também parece ter escutado, já que me
olhou arqueando uma sobrancelha.
O jantar foi servido e posso afirmar que a comida desceu
rasgando. O clima estava tão pesado, tão constrangedor que todos
permaneceram em silêncio. Durante toda a refeição era possível ver
a troca de olhares de Chloe e Derek, minha irmã parecia que iria
surtar a qualquer momento e enfiar um talher pela garganta do beta
do meu pai. Mas o que me deixou preocupada, foi a troca de olhares
maligna que acontecia entre Estevan e meu pai. Suspirando, bebi o
vinho quando todos ficaram se encarando por um longo período de
cinco minutos. As empregadas retiram a mesa de jantar. Não
conseguir comer muito, estou em alerta máximo, acho que todos na
mesa estão.
— Bom! — Chloe disse atraindo a atenção de todos, ela se levantou e
cruzou as mãos umas nas outras. — Eu e a Liz, temos um comunicado
importante. — com ternura, olhou para a Lizzie. — Você gostaria de
contar primeiro?
— Não, não, nãoooo. — Liz falou sorrindo sem graça. — Pode falar
antes.
— Tudo bem. — Chloe concordo. — Tomei uma decisão muito
importante.
— Uma decisão importante? — meu pai repetiu bebendo seu vinho.
— Então diga.
— Fiquei apenas uma semana com o cargo temporário de Suprema, o
cargo falado onde eu apenas dava ordens, sem ter o domínio do
mundo sobrenatural. Em apenas uma semana, me toquei que é algo
realmente muito difícil. — suspirou de uma forma dramática, me
fazendo sorri. — Mas, também aconteceu coisas importantes nessa
semana, descobri quem era meu companheiro. — falou com
naturalidade, assim que papai se engasgou com o vinho.
— Calma Francis. — minha mãe tomou lhe a taça de vinho.
— Como assim... — meu pai iria falar, mas logo Chloe o interrompeu.
— Deixe-me terminar primeiro pai.— dito isso, continuou a dizer. —
O conheço à um tempo, a vida toda para falar a verdade. Me toquei
que não quero ficar presa o resto da minha vida ao lado de um ser
repugnante.
— Quem é seu companheiro? — Liz a perguntou chocada.
— Não será necessário vocês saberem quem é ele. Afinal, eu o
rejeito! — ao falar de uma forma fria, quem se engasgou com o vinho
dessa vez foi Derek, que a olhou de uma maneira indecifrável. —
Como estava dizendo, quero ser treinada pelas anciãs, assim como o
senhor foi, pai. — finalizou olhando para meu pai.
— Você o rejeita... — sussurrei perplexa pela frieza que Chloe dizia
tais palavras.
Estevan segurou minha mão, como se me desse um consolo o que
me fez olhar para ele! Não sei se conseguiria rejeitar Estevan. engolir
em seco, quando quebrei o contato visual voltando meu olhar para
Chloe. Ela estava mudada, não era mais a Chloe que eu conheci! Mais
madura, séria, correta, responsável, o que será que a fez mudar
tanto? Porquê Chloe amadureceu tão rapidamente de uma forma
que a deixou assim?
— Como? Você rejeitou seu companheiro Chloe. — minha mãe disse
aparentemente tão chocada quanto todos que estavam posto sobre
a mesa.
— Não é sobre isso que quero falar. — Chloe suspirou. — Estou
dizendo que quero morar com as anciãs no norte da Austrália.
— O período de treinamento dura em torno de quatro anos Chloe. —
meu pai a olhou.
— Eu sei! Quero ser uma Alfa tão boa quanto você foi, pai. Entenda,
não vou viver a sua imagem, e mesmo que eu saiba que o senhor
poderia me ensinar perfeitamente bem, quero adquirir essa
sabedoria das anciãs da alcateia na Austrália. Todos sabemos que
elas são as lobas mais antigas vivas! E mesmo que isso não seja do
agrado de vocês, não estou pedindo permissão. — apoiei-me na
cadeira digerindo as palavras decididas da minha irmã. — Comprei
minha passagem para daqui a duas semanas.
— Como? — dessa fez foi a minha mãe que a olhou. — Você não
pode tomar esse tipo de decisão sem consultar a sua família antes
Chloe Johnson Underwood.
— Estou consultando todos vocês agora. — Chloe sorriu
discretamente.
Se o clima estava ruim, agora está pior. Vendo toda essa cena na
minha frente, suspirei apertando a mão de Estevan por baixo da
mesa, odeio ver minha família brigando, embora seja poucas as vezes
que isso acontece.
— Que tipo de atitude pensa que vai ter tomando essa decisão? Isso
tudo para ficar longe do possível companheiro que você irá rejeitar?
Não seja imatura ao ponto de fugir de suas responsabilidades
adquirindo outras. — minha mãe disse com lágrimas sendo formadas
em seus olhos.
— Imatura? — Chloe negou. —Estou tomando o tipo de atitude que
me criaram para tomar. A Suprema não é mesmo? A minha vida
toda, fui absolutamente moldada para ser assim, então, não me diga
que sou irresponsável mamãe. —Chloe a rebateu.
Mesmo que suas palavras eram duras, minha irmã demonstrou
ternura e respeito ao olhar para nossos pais.
— Não vou conseguir viver longe da minha filha por 4 anos. —
mamãe esbravejou, limpando suas lágrimas.
— Antonella, não seja imprudente, essa escolha mesmo que nos
afete, cabe somente a Chloe. Vamos conversar com calma sobre isso
depois. — papai falou beijando docemente a mão da minha mãe.
— Eu sei que não é o melhor momento, tenho algo para falar
também. — Liz se levantou.
Essas notícias não vão parar?
— Outra? Só falta Ella dizer que está grávida. — meu pai esbravejou
me olhando seriamente.
— E-e-eu? — gaguejei colocando a mão sobre meu peito, ele tem
que me incluir nessa? — Não estou grávida! — afirmei quando olhei
para Estevan, e logo em seguida para meu pai.
— Então família... — Liz sorri sem graça, arregalei os olhos.
— Merda! — sussurrei, tomará que ela não diga o que estou
pensando.
— Na verdade, sou eu que estou grávida! — Liz atraiu os olhares de
todos.
Pronto, ela disse o que estava pensando.
— Os jantares na casa da sua família acabou de ir para a minha lista
de lugares preferidos. — Estevan sussurrou no meu ouvido. — Tudo
isso é maravilhoso!
— 10 segundos. — meu pai fechou os olhos colocando as mãos à
frente do seu rosto.
— Acho que agora, é a hora que você corre garoto. — Estevan disse
logo após olhar para o meu pai.
De repente meu pai deu um soco forte na mesa não sei como a
mesma não quebrou, ele se levantou enfurecido fazendo todos se
levantarem em um gesto de autodefesa. Lizzie entrou na frente de
Izaac para defendê-lo, já que minha mãe ficava na frente do meu pai
tentando evitar que o mesmo chegasse perto de Izaac e Lizzie.
— Liz vem cá. — Chloe, chamou Lizzie tentando tirar ela do circo
armado.
— Francis se acalma. — mamãe dizia ao olhar para meu pai — Não se
descontrole, olhe para mim! — repetia entrando em sua frente.
— Saía da frente, Antonella! — papai rosnou alto, encolhi-me pelos
ombros com medo, Estevan me guiou para que eu ficasse ao lado da
Chloe indo na direção do meu pai.
— O que você pensa que está fazendo? — segurei o blazer do
vampiro idiota, assim que Estevan se virou para me olhar, por um
milésimo de segundo toda a confusão ao meu redor parecia ter se
acabado.
— Estou resolvendo um problema de família. — sorrindo, Estevan
retirou minha mão do seu blazer, e foi na direção do meu pai.
— Já chega. — Estevan falou ao entrar na frente da minha mãe,
empurrando meu pai de leve.
— Se encostar essa mão de novo em mim, eu arranco sua cabeça! —
meu pai dizia, via o vermelho nascer em seus olhos.
— Está descontrolado. — disse de forma séria olhando para meu pai.
— Você não entende, não tem um filha para compreender! —
esbravejou rosnando, papai estava tentando se controlar, acho que
não está dando muito certo.
— Talvez um dia possa entender. — rebateu irritando mais meu pai.
— Olhe para suas filhas, está assustando elas! Tenho a certeza que
não quer assustá-las como está fazendo. — meu pai rosnou indo em
sua direção.
Me distanciei dessa confusão, parando perto das minhas irmãs
tendo meu coração acelerado.
— Vem cá. — fui até Izaac e puxei ele e Lizzie para saírem desse
ambiente. — Chloe, leva os dois para o quarto da Liz.— minha irmã
concordou, saindo da sala de jantar.
Parei ao lado do Estevan vendo a cena depravada do meu pai
andando de um lado para o outro feito um louco. Ele estava
descontrolado, olhos vermelhos, e lutando para não se transformar.
Minha mãe tentava falar com ele para o acalmá-lo, mas isso não
estava adiantando muito, suspirei de frustração quando meu pai
parou de andar tentando se recompor. Derek saiu em busca de algo
que pudesse acalmar meu pai, o que me fez suspirar sabendo que ele
não obteria resultando!
Mih Franklim
***
Mih Franklim.
Estevan
***
Acordei antes dela. Assim que abrir os olhos não conseguir evitar o
sorriso que se formou nos meus lábios ao deparar-me com uma
lobinha descabelada me abraçando, deitada sobre o meu peitoral. A
olhei por longos segundos vendo os traços do seu rosto, suspirei
altamente. Ella dormia tão calmamente que quem a visse, não diria
que era a mesma mulher feroz a horas atrás, feroz demais para uma
primeira vez. —não é hora para ter ciúmes!—.
Nossa noite foi longa, ao todo horas sentindo prazer. Quando
acabamos, já devia ser por volta das 04h da madrugada. O bom foi
que não dissemos absolutamente nada, estávamos apenas
aproveitando o momento e nenhum de nós acabou com isso. Não
sabia a hora que a família do Supremo acordava, achei melhor evitar
uma possível discussão. Já que a confusão de ontem deixou Ella um
pouco abalada momentaneamente.
Mexi nos cabelos dela e a retirei de cima do meu corpo com
calma, assim que ela deitou corretamente, agarrou um travesseiro
me fazendo sorrir e tampá-la com o lençol, —principalmente os seus
seios descobertos—. Sem fazer movimentos bruscos, dou um beijo
prolongado em seus lábios e em seguida me levantei começando a
vestir minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto.
Pronto para sair e ir ao quarto de hóspedes que estava, abotoei o
último botão da minha camisa social, soltando um longo suspiro e
caminhei até a porta.
— Vai mesmo ir assim? — sua voz sonolenta me fez olhar para trás
com uma sobrancelha arqueada.
— Assim como? — digo me virando de frente para ela.
Não imaginava que teria a visão dos céus ao fazer isso. Ella
conseguia ser mais bonita quando acordava, seus cabelos
desajeitados, olhos brilhantes e uma evidente cara pôs sexo, que
arrancou suspiros dos meus lábios.
— Tem certeza que está perguntando isso? — voltou a dizer,
conseguindo atrair novamente minha atenção.
— Como? — sua beleza matutina me deixou sem palavras. Não
consigo pensar em nada agora.
Suspirando pesadamente, Ella se enrolou no lençol e levantou
vindo na minha direção. Parou na minha frente, e me virou de frente
para um espelho que tinha na parede. Então, consegui entender ao
que ela estava se referindo: os botões de minha camisa social estão
abotoados errados. Me olhando nos olhos, Ella começou a
desabotoar minha camisa social e abotoa-la corretamente. Seus
gestos tão simples, me deixou vidrado em suas mãos. Com um
sorriso, levantei minha mão e coloquei no seu ombro, descendo-a até
sua cintura.
— Porque corre da nossa ligação? — sussurrei atraindo sua atenção.
Um sorriso contagiante se formou no seus lábios, depois desse
bendito sorriso, quero ser a causa dele todos os dias. Ella subiu com
as suas mãos pelo meu peitoral, até alcançar minha nuca. Parecendo
entende a pergunta, chegou seu rosto perto do meu ouvido e
sussurrou:
— Tenho cara de quem está correndo? — disse beijando meu
pescoço, meu corpo se arrepiou, e meu pobre coração bateu dando
um sinal de vida.
Então eu soube nesse momento, meu peito sempre irá ganhar
vida por ela.
Capítulo Vinte Seis
Mih Franklim
Chloe
Mih Franklim
Mih Franklim
— Vou soltar sua mão, mas não permitirei que toque na Ella! Se não,
sua próxima visita ao inferno será permanente. — Estevan olhou para
o meu pai que sorriu de uma forma macabra.
A cara de Estevan o derrubava: Ele estava pronto para matar.
— Seria uma visita agradável a sua casa não é mesmo. — meu pai
respondeu entre dentes.
Sem pararem com o olhar desafiador um sobre o outro, Estevan
abaixou a mão lentamente quando meu pai fez o mesmo retirando a
mão dele de perto do meu pescoço. Sinto que nesse momento vidas
estão em jogo. Me olhando com um olhar que transbordava
desgosto, papai voltou a repetir sua pergunta me fazendo tremer. Eu
sei que devia tomar uma posição mais séria, porém o sentimento de
rendição pela situação não me deixava.
— Quando isso aconteceu Ella. — em toda minha vida, papai nunca
tinha usado um tom de voz tão repreensível comigo. O mesmo tom
que usa com todos da alcateia.
— Isso não é da sua conta Francis. — minha mãe se levantou parando
ao meu lado assim que me estendeu a mão para me ajudar a me
levantar.
Com toda certeza ela foi um anjo enviado dos céus, que me tirou
do meio desses dois. Minha Mãe colocou a mão na minha cintura me
confortando e logo olhou para o meu pai, e para Estevan que
continuavam se olhando prontos para voar um no outro.
— Não é da minha conta? Ella é minha filha Antonella. — meu pai
rosnou me olhando.
— Assim como também é a minha filha. — minha mãe disse no
mesmo tom de voz que meu pai, mas logo deu um suspiro quando
me abraçou mais forte. — Ella já tem 20 anos, querendo ou não...
Estevan é companheiro dela.
— Não me interessa se esse sangue suga seja o companheiro da
minha filha. — papai voltou a dizer com arrogância, aparentemente
ele está tentando se acalmar.
— Não te interessa, mas é fato que você não pode interferir em nada
Francis. — minha mãe suspirou, parando na frente do meu pai. —
Você prometeu lembra? Prometeu que não iria interferir no destino
das meninas, e o que você está fazendo nesse exato momento
Francis? — sussurrou, meu pai suspirou de frustração colocando as
mãos sobre a cabeça.
Dei um pulinho de susto quando Estevan tocou calmamente meu
ombro atraindo minha atenção. Ele olhou nos meus olhos como se
soubesse que esse simples gesto me acalmaria, e de certo isso
aconteceu. Suas mãos tocaram meu pescoço com sigilo, é algo
mágico a forma sinto-me segura esquecendo completamente tudo
que estava acontecendo ao meu redor.
— Não precisa ter medo. — sorriu na tentativa de me acalmar. —Não
deixaria nada acontecer com você.
O olhei, mas logo em seguir com o meu olhar para meu pai que
veio na nossa direção com os olhos vermelhos. Entrei na frente do
Estevan com o coração disparado estendendo a mão para frente
fazendo meu pai parar.
— Para pai! — disse ofegante.
Meu pai parou na mesma hora suspirando pesadamente, Estevan
segurou minha cintura e me tirou da posição de frente que havia me
colocado. Mas logo tentei retomar sua frente.
— O senhor está descontrolado sem razão e motivo! — digo sentindo
meu coração disparado. — Não percebe que esse comportamento só
atrapalha a nossa relação? Eu, Chloe, Lizzie...Te amamos, mas a
forma que nós trata como crianças, o medo que sinto, isso é ruim.
Então para pai! — repetir suplicando.
Estevan apoiou suas mãos sobre meus ombros e deixou que eu
ficasse em sua frente, tenho certeza que ele está em alerta, sei que a
qualquer momento ele pode tomar a minha frente e me proteger.
Meu coração poderia sair saltitante do meu peito, nunca imaginei
que enfrentaria meu pai, mas já não aguento esse relacionamento ao
qual eu tenho medo dele.
— Para de fazer, o medo ser o sentimento que suas filhas sinta por
você... eu quero o meu pai de volta, não o Supremo... mas, o Francis.
— disse por fim.
Havia usado minha sinceridade em tudo que pronunciei. E isso
deixou minhas emoções à flor da pele, eu só disse o que sentia.
Estava com saudades dos momentos que meu pai não era dessa
forma, e entendo que isso pode deixá-lo mais irado. Afinal, ele estava
quase se transformando. Como o previsto, meu pai ficou irritado e
demonstrou isso assim que saiu da sala de jantar transbordando
raiva!
— Aonde você vai? — minha mãe gritou vendo ele abrir a porta.
Sem olhar para trás, ele saiu pela porta, se transformando e
correndo em direção a floresta. Minha mãe suspirou e me olhando
com calma, logo olhou para Chloe que sorriu sem graça de toda essa
situação.
— Chloe tome as responsabilidades do Supremo hoje... você pode
fazer isso? O pai de vocês precisa... se acalmar. — mamãe suspirou
pesadamente.
— Tudo bem, eu posso fazer isso mãe. — Chloe se levantou com um
olhar sério e meio perdido. Ela parecia está anestesiada e não tinha
uma reação, será que aconteceu alguma coisa? — Com licença. — ela
saiu da sala de jantar.
Olhei seus passos calmos e vagos, com toda certeza algo
aconteceu com minha irmã eu só preciso descobrir o que é. Mas ao
certo depois dessa cena deprimente eu já estava tão triste quanto
minha irmã aparentava estar, tudo o que eu quero é ir para o meu
quarto e fica quietinha até que meu pai volte e eu converse com ele
calmamente. Não gosto de vê-lo dessa forma, amo meu pai, e sei que
ele tem que entender que cresci mesmo que isso seja difícil para ele.
Espero que nossa conversa seja algo produtivo, sei que sempre vou
ser sua garotinha passe o tempo que passar. Minha mãe começou a
sair pela porta com calma, o que me fez pergunta-lá:
— Mãe? A onde vai? — a chamei.
— Garantir que seu pai não mate ninguém. —minha mãe falou, fui na
sua direção.
— Mamãe, acha que ele está com raiva? —perguntei, ela me olhou
novamente, e negou sorrindo.
— Raiva de você Ella? — me abraçou com calma. — Não tem motivos
para seu pai ter raiva de você meu amor. Você foi corajosa ao
confrontar-lo, tenho orgulho disso. — completou dando um amoroso
beijo na minha testa. — Digamos que são muitas informações para
seu pai assimilar de uma vez. Fique bem, já volto.
Suspirei assim que ela saiu, voltei meu olhar para Estevan que me
analisava. Se aproximando novamente, Estevan passou uma de suas
mãos pelo meu pescoço.Tirando meus cabelos do ombro, e viu que
sua mordida não cicatrizava, afinal eu já havia sido mordida três
vezes no mesmo lugar. Me afastei dele e comecei a saí da sala de
jantar, até sua mão segurar minha cintura.
— A onde pensa que vai? — perguntou me olhando intensamente.
— Para meu quarto... — sem me deixa terminar, Estevan negou com
a cabeça me arrastando para me sentar à mesa.
— Não antes de comer um pouco. — falou autoritário, o olhei
incrédula.
— Como pode achar que quero comer em uma situação dessas? —
suas mãos me seguraram, pelos ombros me sentando na cadeira
assim que ameacei me levantar.
— Não acho nada, só sei que você vai comer. —Estevan me olhou
sério se sentando ao meu lado. — Ontem você não jantou, tem que
comer hoje, ainda mais depois da noite produtiva que tivemos. —
minhas bochechas coraram.
Me sentia horrível, não por ter dormido com ele, nem por ter
deixado ele me marcar. Mas sim porquê fiz tudo na casa dos meus
pais. Realmente eu não posso reclamar quando se trata da minha
família, embora que tenhamos nossos momentos conturbados, afinal
que família não tem?
Ser filha dos meus pais não é fácil! Digo, ser filha do Supremo não
é fácil. Papai sempre passou essa imagem de Sério, então desde que
me transformei comecei a ter medo dele, mas hoje quando vi a fúria
em seu olhar. Quando vi que ele estava disposto a matar Estevan eu
não poderia permitir isso.
— Vampiro Idiota. — me levantei, mas Estevan segurou meu braço
me puxando, olhei para ele.
— Não seja teimosa, venha, coma um pouco. — suspirei assim que
Estevan me puxou pelo braço, me sentando no seu colo.
— Me solta, está louco? — tentei me levantar, mas suas mãos nem
mesmo se moveram. — Não acha que já provocamos meu pai
demais? — digo entre os dentes. — Se ele chegar aqui e ver essa
cena não vai se bom, me solta logo Estevan. — disse mais séria dessa
vez, ele somente sorriu com sua famosa ironia.
— Ótimo, mas um motivo para você comer logo. — falou
rispidamente, suspirei quando Estevan deu uma volta com o braço
sobre minha cintura.
— Merda, eu não quero comer! — rosnei.
— Que palavreado inadequado, tem sorte, não vou castigá-la.
Peguei minha xícara de café bebendo todo o líquido, quanto mais
rápido fizesse isso, mas rápido Estevan me soltaria, sorrindo de uma
forma satisfeito, ele apoiou sua cabeça na curvatura do meu pescoço
assim que comecei a comer alguns biscoitos rapidamente.
— Não agora. — Estevan completou me fazendo parar de comer na
mesma hora.
— Não fiquei falando coisas idiotas. — disse entre dentes, vendo-o
sorrir.
— Iria voltar para o Clã hoje, mas pelo acontecimento... — o
interrompo.
—Não, não, não! Você pode voltar se for o caso de ficar apenas por
causa do que aconteceu. — o olhei.
— E deixa você sozinha com Francis? — era estranho vê-lo sem
nenhum vestígio de ironia.
— Ele é meu pai... tudo vai ficar bem. — digo com calma.
— Não me interessa se ele é seu pai Ella. A forma que você sentiu
medo dele, já diz tudo! — bradou.
— Vou conversar com ele hoje. — suspirei levantando-me. —Volte
para o Clã. Te vejo na segunda como combinamos, já que vou ter que
ir na empresa pedi o afastamento.
— Não sei se essa me parece uma boa ideia. — balancei a cabeça
negando.
— Vamos seguir de acordo com o que combinamos.Volte e resolva
seja lá qual for o problema... vou ficar bem, tentarei conversar com
meu pai, e deixar que esse resto de fim de semana não seja um
desastre. — digo, Estevan parou ao meu lado, e começamos a
caminhar até porta.
— Tem certeza? Posso ficar mais, ou você poderia ir diretamente
para o Clã comigo. — paramos na porta de entrada da casa do meus
pais.
— Não... não, conseguiria sair daqui sem resolver isso com meu pai!
— sorrio sem vontade. — E tenho que ir na empresa, tudo vai ficar
bem, pode ir! — afirmei.
Reconhecia que Estevan tem suas responsabilidades tanto com a
empresa, como com o Clã. Isso nunca mudaria, a propósito não sei o
que mudará... fizemos a ligação, dormimos juntos, mas ao certo não
nos conhecemos verdadeiramente. Tudo foi tão rápido, que não sei
muito sobre ele. Não estou arrependida, mas assumo que fomos
impulsivos!
— Você sabe que não precisa ir na empresa. — falou acariciando meu
rosto. — Contudo, entendo que queira conversar com seu pai,
qualquer coisa me ligue, use a nossa ligação enfim... me avise.
— Tudo bem, não se preocupe. — sorrio vendo sua preocupação.
Me aproximei dele colocando minhas mãos sobre seus ombros.
Estevan sorriu na mesma hora, e poderia jurar de pé junto que esse é
o melhor sorriso que já vi em toda minha vida. Olhando nos seus
olhos, deixei que as minhas mãos subissem até tocar levemente seu
pescoço, com calma suas mãos foram para a minha cintura assim que
colei nossos lábios em um beijo lento e calmo. Estava mais do que
nítido que estou rendida aos seus braços! Ele conseguiu de alguma
forma muito rápida me deixar rendida a ele. O beijava com calma e
lentidão, aproveitando cada segundo de um beijo que sabia que
demoraria um bom tempo até acontecer novamente! Afinal, só o
veria novamente na segunda.
***
Mih Franklim
Capítulo Trinta
Mih Franklim
***
Duas horas depois, e eu já estava a todo vapor preenchendo
documentos que logo, terão que passar pelo diretor da empresa o Sr.
Willians, já que Estevan passou a gerência novamente para seu o
amigo. —A manhã de hoje estava movimentada—, posso afirmar que
é pela falta da minha amiga no serviço, Elena não veio ao trabalho e
nem avisou. Isso deixou nosso setor um completo caos, talvez eu
deva fazer o horário de expediente normal para ajudar.
Com toda essa correria, estou revezando com Alice os
atendimentos telefônicos fazendo o trabalho da Elena. Para facilitar
Alice atendia uma vez, eu na outra. Não sei como Elena conseguia
aguentar isso, minha cabeça parece que vai explodir pelo barulho do
telefone.
Pode parecer bobeira, mas essa agitação toda está tornando meu
corpo dolorido e cansado.
Minha pele está formigando, pareço está com uns 180° graus, não
duvido que essa seja a temperatura do meu corpo nesse momento.
Estou com uma leve dor muscular, e não sei se isso é um problema,
minha parte íntima está tomando um quentura estranha e
desconfortável.
Santa lobinho da guarda, o que é isso? Estou morrendo?
Tlim-tlim-tlim!
Fechei os olhos pelo barulho irritante do telefone que tocou, com
um certo desgosto estiquei meu braço para atender.
— Empresa Império setor 27, em que posso ajudar? —
profissionalmente tentei dizer sem demonstrar o cansaço excessivo
na minha voz.
— E-Ella-a? É você... — a voz chorosa e familiar da Elena invadiu a
linha telefônica me fazendo tomar uma atitude séria, meu instinto
ficou apurado, e tive a certeza que minha amiga está correndo
perigo.
— Elena o que aconteceu? Onde você está? — levantei da cadeira, é
possível senti o seu pânico. Um barulho alto do outro lado linha, e
um choro baixo me deixou preocupada. — ELENA! — gritei
segurando o telefone, Allan se levantou e parou ao meu lado
juntamente com Alice se assustando com minha reação.
— E-Ella me ajude por favor. — Elena disse sussurrando. — Aquele
homem... o marido da minha mãe está tentando arrombar a porta do
meu apartamento... — meu coração se apertou.
— Já estou a caminho, se tranque no banheiro do seu quarto. — falei
firmemente, peguei minha bolsa e deixei o telefone da empresa
jogado na mesa.
— O que aconteceu? — Allan entrou na minha frente.
— Saía da minha frente. — o empurrei, Allan correu para a sua mesa
e pegou seu celular indo para o meu lado, me deixando irritada.
— Alice estou indo com Ella, você fica e toma conta de tudo. — falou
olhando para a sua irmã. Antes que ela o respondesse, digo a
cortando.
— Acho melhor não. — o olhei, não quero que ele me veja matando
ninguém. Porque é isso que vai acontecer se esse crápula chegar
perto da minha amiga.
— Pelo o que entendi, minha namorada está com problemas, e você
não vai impedir que eu possa ajudá-la Ella. — pelo seu olhar sei que
ele está tão preocupado quanto eu, acenei concordando, saímos pela
porta escutando um 'me mantenha informada' da Alice.
***
***
***
***
— Então é isso? Isso é uma lei que você criou? — disse nervosa e
revoltada, enquanto entramos dentro do escritório do vampiro
idiota.
Meu vampiro idiota, é meu, mas é idiota!
Eu realmente achei que quando chegasse no Clã iria pular no colo
do vampiro tentação e beijá-lo. Porém, não imaginava que iria topa
uma cena horrível, aquela vampira estava quase morrendo e o que
piora tudo é saber que tinha tantas pessoas assistindo e não fazendo
nada. Ver Louise ferida me fez lembrar da Elena, sem dúvidas faria
tudo de novo.
Quando uma ambulância chegou eu acompanhei eles colocarem
Louise na marca. As mulheres que me ajudaram a cuidar dela são
suas irmãs, —já o Estevan ficou me esperando sem dizer uma
palavra, depois que o confrontei—. Não me arrependo do que falei,
se isso for mesmo uma lei, então ele faria isso comigo? Estevan
conseguiria me machucar tanto daquela forma?
Um frio passou por toda minha espinha ao imaginar se Estevan
teria coragem de fazer isso comigo. Estou soltando fogo pela boca,
tanto que não reparei no trajeto feito para chegar na casa dele. Acho
que nunca fiquei tão nervosa dessa maneira, sempre fui calma, meu
humor realmente está alterado hoje.
Santa lobinha das almas bondosas me ajude a não matar o
vampiro tentação.
— Ella se acalme. — Estevan falou fechando a porta do seu escritório,
assim que entramos no mesmo. — É uma lei, mas não fui eu que a
criei. Existe um conselho. O Clã não é uma alcateia onde há somente
um Alfa. — disse sério tentando se aproximar do meu corpo.
— Então é a lei mais idiota que já foi criada, você viu como aquele
monstro machucou aquela mulher? Ele deveria cuidar dela, a lei de
Selene é essa. Companheiros cuidam um do outro. — me virei para
ele ofegante.
Meu corpo parece está pegando fogo, o que está acontecendo?
— Eu sei. — Estevan tocou calmamente meu rosto, ele está quieto
demais parecendo me analisar.
— Como você deixou esse conselho criar uma lei dessas Estevan! —
indaguei suspirando de tristeza, suas mãos recaíram sobre a minha
cintura aproximando meu corpo para perto do dele.
— A lei foi clara, Ella. Devemos seguir todas as leis para respeitar o
conselho. — tentou dizer com calma, acho que no fundo tentou
achar uma forma delicada de pronúncia essa barbaridade, só que isso
não funcionou. — Você está muito quente. — sussurrou me
abraçando na tentativa de mudar o foco do assunto.
Agora eu vou quebrar a cara dele.
— Como é que é? — o empurrei ignorando seu comentário sobre a
temperatura do meu corpo. — Então você faria isso comigo Estevan?
— perguntei o olhando seriamente.
— Ella. — ele parece não entender todo o motivo da minha revolta, o
que me fez rosnar para ele.
— Santa lobinha, você é um machista. — falei colocando as mãos nos
meus cabelos me afastando dele, mesmo não querendo.
Está confirmado, me meti em uma enrascada enorme.
— Eu jamais te mataria Ella. — respondeu me fazendo suspirar,
quando olhei para ele.
— Mas me machucaria? — afirmei olhando nos seus olhos
aguardando, com receio sua resposta.
Então veio o silêncio! A melhor resposta de todas. Sentindo meu
coração se apertar, me afastei dele suspirando pesadamente.
Estevan veio até mim, segurando a minha cintura, ele parecia sério e
com um olhar muito perdido.
— Ella o que você tem? — perguntou com calma.
— Eu só te fiz uma simples pergunta, custava me responder? —
esperei ele falar alguma coisa, mas ele permaneceu em silêncio. — As
vezes o silêncio é melhor resposta, ou a pior!
Digo me afastando dele, fui na direção da porta.
Estou abalada!
Talvez Estevan não seja quem achei que ele fosse.
— Vá para o nosso quarto, e se acalme. Tome um bom banho quente
e conversaremos com calma. — ele veio até mim. Segurou meu rosto
e fez com que eu olhasse nos seus olhos.
“Nosso quarto” não conseguir deixar passar despercebida essas
duas palavras que fez meu coração parar de bater. Lutei comigo
mesma, abaixando meu olhar, disse com confiança.
— Vou para um quarto de hóspedes. — voltei o meu olhar para ele.
Estevan suspirou negando beijando o topo da minha cabeça.
— Já mandei arrumar suas coisas. — seus lábios tocaram lentamente
os meu.
Não havia me tocado, mas tiver a certeza de que estou viciada
nele no momento que as suas mãos tocaram meu pescoço. Fechei os
olhos, todo o estresse evaporou do meu corpo levando junto os
formigamentos e a leve dor muscular.
Estevan se tornou meu remédio também? Céus é inacreditável, até
cederia ao seus encantos se não me lembrasse que ele tem o poder
de me machucar. Afinal, foi isso que ele quis dizer com seu silêncio
não é mesmo?
Sem pensar muito, me afastei dele suspirando relutante —já que
beijar seus lábios é a primeira maravilha do mundo—. Nunca achei
que saí dos seus braços poderia doer tanto, mas minha loba nesse
momento está agoniada. Estevan é como um remédio para meu
corpo, para a minha loba que o quer a todo segundo. sinto que nossa
ligação está mais forte, talvez seja pelos dias que passamos longe.
— Vai mesmo se comportar como se nada tivesse acontecido entre a
gente? — Estevan parecia não acreditar que havia me afastado dele.
Até mesmo eu não acredito, mas preciso pensar sobre tudo o que
está acontecendo. Não posso dar o poder para Estevan de me
machucar da forma que o companheiro da Louise a machucou.
— Temos um acordo! Eu ajudo você e fico livre lembra? — o olhei
friamente. Sei que ele pode me machucar. — Assim posso evitar que
o meu rosto fique desfigurado como o da Louise, não é mesmo? —
falei sarcástica com repulsa.
Ao sair pela porta do escritório, sinto que a minha cabeça vai
explodir, andei por um longo corredor que não conhecia e agradeço
mentalmente a Selene por Estevan não me seguir. Preciso pensar, e
principalmente me acalmar. Minha pele está mais quente que o
normal. Esse turbilhão de emoções e de sensações estão me
deixando louca.
Caminhei pelo corredor sem conhecer nada desse lugar. Abraçava
meus ombros com força quando suspirava tentando ter um pouco de
fôlego. Mas logo me assustei quando uma mão tocou meu ombro,
me virei bruscamente para trás.
— Srta. Ella? — uma mulher bastante jovial dizia com calma, e de
uma forma profissional.
— Sim?... — a olhava como se suplicasse por ajuda. Estava perdida e
não iria voltar para o escritório onde o vampiro tentação estava, meu
orgulho nesse momento está falando muito alto.
— Me chamo Samantha, sou a secretária do Conde, ele me mandou
para lhe apresentar toda a residência... Condessa. Mas creio que não
temos muito tempo, o baile começará em 3h. — disparou a dizer
começando a andar na minha frente.
— Espere como? — digo sem entender correndo atrás dela.
— Hoje será o baile que o Conde irá te apresentar para o Clã. —
parando de caminhar, ela me olhou de cima a baixo com indiferença.
— Então vamos, vejo que temos muito há fazer. — falou voltando a
andar.
Baile? Como que eu não estou sabendo disso? Talvez porque você
foi super grossa com ele, Ella! —Merda Ella—, você anda sendo
muito impulsiva ultimamente. Suspirei sentindo meu corpo formigar
novamente.
— Perdão onde está o Estevan? — perguntei a seguindo.
— O Conde teve uma emergência de última hora. — respondeu
quando subimos uma escada em silêncio, tentei digerir tudo.
Minha mente está confusa, a um minuto atrás estava com ódio do
Estevan, agora eu quero muito ver ele. Talvez o universo esteja certo,
sou extremamente indecisa. Andei em silêncio, até Samantha para
em frente a porta de um quarto.
— Esse foi o quarto que o Conde mandou preparar para você. Daqui
a 15 minutos, Alex vai chegar para te arrumar. — Samantha se virou
para ir, mas voltou a me olhar com um sarcasmo que me deu repulsa.
— Quando o Conde disse que a Condessa viria hoje para o Clã.
Confesso que me sentir ameaçada, mas agora olhando para você...
me sinto segura. Obrigada, aproveite sua estadia. — dito isso, ela se
virou e foi embora rebolando a melancia que tem no lugar da bunda.
Com um suspiro eu tentava assimilar tudo o que ela me disse.
Acho que acabei de se ameaçada—, Santa Selene. Entrei no quarto e
fechei a porta. Olhei em volta, e me joguei na cama gritando sobre
uma almofada para que minha voz saísse abafada. —Gritei como
uma criança—, até sentir falta de ar. Meu celular começou a tocar
me fazendo praguejar, me deitei corretamente tirando o meu celular
do bolso de trás do meu jeans, e atendi quando vejo que é a Liz.
— Alô. — fechei os olhos e coloquei o celular no meu ouvido.
— Olá Ella, sua voz tá péssima! — Liz sorriu baixinho do outro lado da
linha.
— Obrigada por me dizer o que já sei. Como você está? O bebê?
Chloe? Enfim, como anda tudo por aí? — falei bufando quando me
revirei na cama.
— O bebê está bem. Zaac acha que é um menino, mas sinto que é
uma menina.
— Já prevejo como vou mimar muito minha sobrinha, ou sobrinho. —
a ligação da minha irmã veio na hora certa para consegui me distraí
um pouco.
— Mamãe e papai estão bem! Você acredita que papai deixou que o
Zacc dormisse aqui todos esses dias?... — disse demonstrando a
surpresa na sua voz, mas assumo que minha boca caiu no chão, papai
deve estar doente.
— Chloe está arrumando suas coisas para a viagem... ela adiantou
tudo, e vai embora no sábado... — suspirou triste.
— Como? Porque ela não me falou nada ?
— Ella, Chloe acabou de me contar. Não vai demorar muito para ela
te ligar e dizer, então não fale que te contei. — sussurrou.
— Certo! — concordei.
— É como estão as coisas com o vampiro tentação? — Liz me fez
sorrir com sua perguntar. O apelido realmente pegou.
— Uma merda! — admitir. — Estevan é um machista, cheguei no Clã,
e em pouco tempo já discutimos sobre esse lado dele. Acredita que
estavam machucando uma mulher amarrada na praça? — me
lembrei da cena que fez meu estômago revirar.
— Como? Nossa! E você está bem? — sinto a preocupação na sua
voz.
— Estou sim. — sorrir. — Acho que agora tudo está mais calmo, veja,
até ameaçada já fui. — balancei a cabeça reprimindo um sorriso. —
Ao que parece minha presença deixou algumas vampiras ameaçadas,
pois eu acho é bom sentirem medo. Arranco a cabeça delas sem
pensar duas vezes. — suspirei, notei que estou rosnando.
Okay, realmente estou alterada hoje.
— Está agressiva. — Liz gargalhou do outro lado da linha. —Talvez
sua reação à lua de sangue seja mal humor, tenho pena do Conde se
esse for o caso. — falou desentendida.
Me sentei na cama na mesma hora, assim que escutei "lua de
sangue".
— Como é, que é? — meu coração disparou.
— Disse que está de mal humor. — repetiu, escutei a voz da Chloe no
fundo da linha.
— Não isso Liz, o que você disse depois? — falei desesperada, me
coloquei de pé e comecei a andar de um lado para o outro.
— Sobre a lua de sangue? — ela parecia não entender. — Disse que
sua reação em relação a lua de sangue, deve ser esse mal humor, já
fez sexo hoje? Seu temperamento costuma voltar ao normal quando
se faz sexo nesse período. — completou sem da importância.
Meu sangue gelou.
— Já deve estar com as alterações desse período. Sabe: o
nervosismo, a carência, formigamento em todo o corpo, pele quente,
talvez também fique dramática, essas coisas que só a lua de sangue
trás...
— Lizzie Johnson Underwood, como assim lua de sangue. — me
sentei na cama de novo, começando a roer minhas unhas.
— A lua de sangue começa hoje. Bom, não agora, digamos, meia
noite. — respondeu em forma divertida. — Como não se lembra
disso Ella?
— Não, não, não... eu fiz as contas certinho, é só daqui alguns meses.
— a essa altura, estou falando muito alto.
Talvez gritando!
— Ella, somos filhas do Supremo lembra? Nossa lua de sangue
começa muito antes do período dos lobos normais. Ahhh, sem
contar, que seu companheiro é um vampiro, deve se um pouco
diferente, não sabemos, vocês são o primeiro casal com uma loba e
um vampiro que já existiu. — Lizzie falou com calma.
Minha boca está no chão. Lua de sangue? Não poderia ser isso,
faria sentido, mas, oh, merda, e agora? O que vou fazer?
Lua de sangue é um período fértil de uma loba, e sem sombra de
dúvidas eu não quero, e não vou engravidar agora. Céus, só tenho 20
anos e mesmo que minha mãe tenha engravidado com 18 não me
vejo tendo um bebê agora. —Talvez nunca—! Na noite em que
dormir com Estevan, não usamos a bendita proteção, será que?...
chega de paranóias Ella!
— Merda!! estou ferrada, como posso te vindo na lua de sangue
diretamente para a casa do Estevan. — nervosa, suspirei me jogando
na cama fechando os olhos.
— Ele não percebeu que você está na lua de sangue? — se minha
irmã não parar com essa entonação de voz divertida, juro que espero
o bebê nascer, e mato ela.
— Não, nem eu tinha me tocado isso, merda! — acho que vou
morrer.
— Ele é um vampiro, não tem lua de sangue, talvez seja por isso.
Finalmente vamos testar a teoria em questão, dele se incansável. —
gargalhou me fazendo revirar os olhos.
— Péssimo momento para piadas.
— Ella você vai ter que contar para ele e enfim, você sabe... — disse
fazendo minhas bochechas corarem.
— Lizzie!! — adverti, minha voz saiu abafada pelo travesseiro.
— Sem essa de Lizzie, Ella você sabe que quando a Lua de sangue se
iniciar você não vai aguentar. Até porque mamãe disse que é uma
dor terrível, sorte a nossa que só termos a lua de sangue iniciada
quando encontramos nossos companheiros. Esse é um dos motivos
para a Chloe que ir embora, ela se recusa a ver Derek na lua de
sangue você sabe.... — Liz finalizou, escutei vozes de fundo
acompanhada por um suspiro. — Vou ter que desligar, beijos te
amo.
Sem da tempo para que eu responda nada, Liz desligou o
telefone. Estou na lua de sangue é isso? Tecnicamente estou ferrada.
Me levantei da cama e fui para o banheiro tomar um bom banho
gelado, meu corpo está formigando como nunca, e posso jurar que a
temperatura está em torno de 1.000° Boa parte do meu corpo que
ver Estevan, já a outra ainda está chateada com o acontecimento na
praça. Sei que vou fica incontrolável assim que o relógio marca meio
noite, ainda tenho um baile para ir hoje e com toda certeza o Conde
será atacado depois.
Santa lobinha, me ajuda.
Capítulo Trinta Um
Há certas sensações que só podem ser vivenciadas apenas uma única
vez.
Mih Franklim
Estevan
***
***
Mih Franklim
***
***
— Ahhh...
Arfei fechando os olhos no momento que os lábios gélidos do
vampiro tentação passeavam por toda extensão do meu pescoço
deixando visíveis chupões sobre a minha pele quente, muito quente.
Sair no meio do baile não estava nos meus planos, mas a essas
circunstâncias não poderia protestar contra a minha vontade. Eu
desejava mais que tudo ter Estevan nesse momento, e o pior é que
nem passou da meia noite ainda. Se estou agindo assim agora, já
imagino como vou estar amanhã, pela manhã!
— Já não via a hora de retirar seu vestido. — com os lábios colados
no meu pescoço Estevan dizia logo após morder sensualmente meu
ombro.
— Se soubesse como me sinto quando faz iss-o... — tentei recuperar
o fôlego, ele para de andar e me olha maliciosamente.
— Como se sente... — me provocando, Estevan passou o polegar nos
meus lábios, mordendo seu lábio inferior de uma forma sensual.
— Santa lobinha — sem pensar duas vezes, pulei no seu colo o
agarrando pelo pescoço e o puxando para um beijo.
Sorrindo entre meus lábios, ele segurou minhas coxas com
firmeza, as enlacei na sua cintura. Beijar Estevan Russell, sem dúvidas
é a junção do céu e do inferno na terra. O vampiro tentação sabia
envolver-me no beijo de uma forma alucinatória. Era feroz, selvagem,
e sem dúvidas muito sensual.
Assim que a falta de ar nos atingiu, Estevan apertou minha bunda
colocando sua mão por dentro do meu vestido. O contato com sua
pele me fez gemer baixo arqueando minha cabeça para trás quando
seus lábios voltaram a beijar meu pescoço na medida que retomamos
o fôlego.
Ele caminha às cegas pelo corredor à procura do quarto, tentava
orientá-lo onde deveria ir o que nitidamente não está funcionando, já
que suas mãos resolveram me provocar profundamente.
— O quarto... ahh...
Não há lucidez nas minhas palavras. Ele passou pela porta do
quarto, segurei o seu rosto ofegante fazendo-o me olhar.
— O quarto que estou fica ali. — beijei seus lábios com calma,
Estevan apertou a minha bunda, e entrou em outro quarto.
— Você vai ficar no nosso quarto. — ele fechou a porta com o pé, e
caminhou até a cama me jogando sobre seus lençóis. — De
preferência, na nossa cama. — era nítido o tesão que transparecia
por seus olhos, Estevan me desejava e isso sem dúvidas me deixou
mais louca.
— Acho que vou testar a teoria da Liz — sorrindo sensualmente, digo
o olhando.
— E qual seria a teoria da sua irmã? — me olhando maliciosamente,
Estevan perguntou assim que desabotoou alguns botões do seu
blazer.
— Nada que ela realmente precise saber. — balanço minha cabeça
de forma negativa e puxo o Conde pela gravata mordendo meu lábio
inferior.
Assim que ele se pôs sobre o meu corpo, deixei minhas mãos
deslizarem sobre os seus ombros retirando seu blazer, como disse ele
fica muito melhor sem nenhum tecido sobre seu corpo. Na medida
que tentava me livrar da sua roupa, Estevan beijava meus lábios com
fervor deixando suas mãos passearem por todo meu corpo como se
estivesse conhecendo uma terra clandestina. Enlacei minhas pernas
na sua cintura assim que finalmente consigo arrancar todo tecido dos
seus ombros o deixando torso nu.
Estevan afastou os lábios do meu pescoço e suspirou fechando os
olhos com força. Nossas respirações são a única coisa que podemos
ouvir em todo quarto, ele respirou fundo colocando sua mão sobre
seu rosto como se cobrisse algo, tentando se recompor.
— O que houver? — Ainda ofegante, disse tocando sua mão.
— Não é nada... — negou.
Estevan me olhou e sorriu. Puder notar como seu olhar está
sombrio, o que não me deixou com medo, pelo contrário me
despertou mais desejo.
— Só o seu sangue, você sabe. — falou como se estivesse resolvido o
seu confronto interior.
Ele se aproximou novamente do meu corpo e segurou meu rosto
com suas mãos.
— Você tem se alimentando direito? — fechei os olhos quando seus
lábios tocou meu pescoço, na medida que ele começa a me empurrar
deitando-se novamente por cima do meu corpo.
Só de imaginar Estevan bebendo sangue de outra mulher, ou
diretamente o sangue da Samantha me fez rosnar entre dentes o que
atraiu a atenção dele que parou de me beijar e me olhou acariciando
meu rosto.
— Não Ella. Não preciso beber sangue todos os dias, a última vez que
bebi sangue, foi na casa dos seus pais. — sorrindo de lado, ele falou
deixando alguns lentos beijos no meu rosto.
Mas calma por saber que ele não mordeu Samantha, e nenhuma
outra mulher. Sorrio colocando meus cabelos para o lado deixei meu
pescoço exposto, e inclinei para ele como se fosse claro o convite ao
qual dizia que ele poderia me morder.
Com um sorriso que me matou nitidamente, Estevan beijou meus
lábios de uma forma lenta. Suas mãos param sobre meu busto, até
ele rasgar o meu vestido. Suspirei quando me vi despida na sua
frente. Com minha respiração acelerada, fechei os olhos ao sentir os
lábios de Estevan passearem por meus seios. Sem que demorasse
muito, de uma forma sensual o mesmo se pôs de pé e retirou sua
calça deixando bem visível o quanto ele está excitado nesse
momento.
— ahh... — um gemido saiu dos meus lábios, ele se pôs por cima do
meu corpo novamente de uma forma rápida.
Me invadindo por inteiro. Estevan beijou meus lábios, mas parou
quando comecei a gemer lentamente. Uma explosão parece me toma
de dentro para fora, cada fibra do meu corpo arrepiou. Tive a certeza
de que em toda minha vida ninguém vai me proporcionar tamanho
prazer como o meu vampiro tentação.Estou ficando alucinada com o
desejo que está sendo liberado pelas minhas veias.
Arranhei as costas do Estevan, na medida que sentia a pele dele se
arrepiar com os meus toques. Ele aumentou o ritmo se
movimentando, me preenchendo. Até que ele me mordeu de novo
liberando mais sensações ao qual eu não poderia explicar. Essa lua de
sangue veio justamente para me deixar rendida ao Estevan Russell.
Capítulo Trinta Três
Mih Franklim.
***
***
Mih Franklim
Estevan
Um coração disparado,
Uma alma dilacerada,
Um final premeditado,
Nos leva ao fim do recomeço de uma longa jornada!
Mih Franklim
***
Mih franklim
Estevan
Ella está começando a entrar em uma área da minha vida que não
me orgulho. Sei que devo contar para ela quem sou, especificamente
o que sou. Mas sinto que esse não é o momento! Balder está por
perto. A qualquer momento ele irá saí por detrás das sombras
astutamente como sempre fez. Estou assustado ao descobrir que
Balder está na terra desde 2006, sinto que estou perto de encontrá-
lo.
— Merda!
Dei um soco na parede do banheiro fazendo com que os azulejos
trincassem. Fechei os olhos e deixei a água cair pelo meu corpo na
tentativa de me acalmar. Meu lado demônio está mais forte, tudo
culpa da visita do meu pai. O motivo é meio óbvio! Balder sempre
tentou me destruir, mas nunca conseguiu, até agora. Ele já deve sabe
da existência da minha lobinha, a única que pode me levar para as
ruínas facilmente. É óbvio que percebi que o meu querido pai, está
rodeando a Ella.
Se ele conseguir pôr as mãos na minha Ella, o meu fim será certo.
Vou perder a cabeça, e meu lado demônio se mostrará para todos do
Clã. Em seguida, todos iriam perceber que Selene só castigou a raça
dos vampiros por minha culpa, não necessariamente!
O castigo veio porque um demônio, comandava o Clã. Eu nunca
concordei com esse castigo injusto, permaneci no título de Conde por
teimosia perante a deusa lunar. Digamos que um demônio não é o
grande orgulho de Selene, já que os demônios não são fiéis aos
deuses. Ironicamente Selene juntou uma loba com um vampiro.
Antes me praguejava pela deusa consegui controlar o meu lado
vampiro, —hoje não ligo—. Meu lado vampiro me deu a Ella.
Esse também foi um dos motivos ao qual Francis tomou empatia
de mim. Antes de me rebelar contra as lei que não deixaria eu me
tornar o Conde, por causa do meu lado demônio, éramos conhecidos
das noitadas.
Francis ainda era o Supremo que estava restabelecendo sua
conexão com Selene, já que havia perdido o controle da magia
branca e negra por culpa da Johnson. Ele se tornou um bom filho da
deusa da lua seguindo todas suas regras a risca, desse momento em
diante. Os vampiros eram igualados aos lobo, e embora sempre
houvesse os desentendimentos de ambas raças, vivíamos em paz, o
Supremo e o conselho conseguiam domar a situação. Essa também
foi a época que descobrir que era adotado, e que tinha meu lado
demônio. Depois lutei pelo meu direito de se um Russell, e entrei
para o conselho sendo elegido como Conde.
O início da confusão, comprei briga com o Supremo, o Francis.
Ele defendeu o que acreditava a mando por Selene, enquanto eu,
lutei pelo o que achei certo julgado por mim. Não seria uma deusa
lunar que poderia qualificar como sou, Selene me julgava um ser não
honroso para comandar os vampiros, e castigou a todos que não são
de uma linhagem pura, os condenando a beber sangue humano
constantemente. Francis então se emancipou do conselho criando
um tratado comigo em memória da nossa antiga amizade, ele não iria
interferir nas minhas decisões, e os vampiros não interfeririam nos
assuntos dos lobos.
Com o tempo a velha rivalidade só cresceu. Assim vivemos por
séculos até Antonella aparece, e mudar um pouco as coisas.
Balder estava pelas redondezas, quase o encontrei a dois dias
atrás. Odeio o fato ao qual estou o seguindo, parecendo um jogo de
gato e rato, mas sei que ele está por trás desses ataques de alguma
forma manipulando tudo. Em todos meus anos de vida nunca
tivemos de fato um bom encontro.
— Ella tem razão... — fechei os olhos e desliguei o chuveiro.
Se eu continuar pensando tanto nisso, vou enlouquecer e perder
as extremidades da minha consciência.
Escutei a Ella sussurrar um palavrão de baixo escalão. Ela está
frustrada, enrolei uma toalha na minha cintura, e saio do banheiro
para ver se tudo está bem com a minha lobinha. Ela usou seus dotes
para me tirar do escritório, não estou reclamando.
Caminhei até a sacada do nosso quarto vendo-a debruçada sobre
o vidro. Ella está silenciosa, e pensativa.
— O que aconteceu?
Ella deu um pulo, pelo susto que levou ao não ter notado minha
chegada. Sorrir de forma travessa apoiando meu rosto no seu ombro
deixando que seu suave cheiro invadisse minhas vias respiratórias
como uma droga, assim que a abracei por trás.
— Você me assustou! — admitiu e colocou uma mão no seu coração.
— Desculpas, não foi minha intenção. — digo com a voz baixa.
Não havia motivos para estragarmos esse belo momento, aonde
vemos com calma o pôr do sol.
— Estevan? Estevan! — demorei a perceber que ela me chamou.
— Hum?
— Você está só de toalha? — ela se virou de forma rápida para trás,
me analisou e rosnou baixo entre dentes. — Vá vestir uma roupa, vai,
vai. — Ella começou a me empurrar levemente para dentro do
quarto, mas eu não sair do lugar.
— Ella. — revirei os olhos não contendo, o divertimento no meu
rosto.
Não entendo o que deu nela justamente agora, mas confesso que
isso me divertia.
— Se você não vestir uma roupa agora, eu vou te matar. — entre
dentes, Ella disse nervosa.
Não consegui conter o sorriso irônico, coloquei minhas mãos na
sua cintura dando um pequeno beijo nos seus lábios sem ligar para a
leve vermelhidão que começava a surgir nos seus lindos olhos azuis.
— Calma lobinha, só estamos vendo o pôr do sol. Eu e você, não tem
porquê ficar dessa forma! — advertir sorrindo um tanto malicioso, a
abracei.
— Vá vestir uma roupa, antes que eu mate você e essa vampira
quenga. — a voz dela está séria, ela parece tensa.
Olhei em volta até ver o motivo do seu nervosismo. Samantha está
saindo da nossa residência com algumas caixas nas mãos. Depois da
Ella ter começando a me ajuda nos negócios, não era muito
necessário seus serviços, agora ela tem horários e tarefas diferentes.
Dês do momento que Ella viu Samantha, percebi que as duas não se
dariam bem, e até entendo o ciúmes da Ella, mas garanto que não
tem motivos, eu só tenho olhos para ela.
— Você fica adorável com ciúmes. — sussurrei depositando um beijo
contra a pele do seu pescoço sorrindo.
***
— Está linda! — a olhei, ela parece indecisa sobre a roupa que está
usando.
— Não sei... estou achando esse vestido muito formal para um jantar.
— ela se aproximou do espelho e jogou o cabelo para o lado. —
Tenho a sensação que estou arrumada demais.
— Qualquer roupa que você usa, ficará ótima. — complementei me
apoiando nosso closet.
Ella vestia um belo vestido preto que ia um pouco abaixo do
joelho, não é muito decotado e só marca suas curvas até a sua
cintura. Embora o vestido não seja uma peça sensual, somente por
está nela se torna uma roupa que transborda sensualidade.
— Não gostei da ideia do jantar na casa dos meus pais, tem certeza
que quer ir? — me perguntou vindo na minha direção para irmos.
— Está mesmo me perguntando isso? — arqueei uma sobrancelha a
olhando de lado, apoiei minhas mãos na sua cintura começando a
guiá-la para sairmos do quarto.
— Eu sei como meu pai pode ser... digamos, desagradável às vezes.
Falou se virando para ficar na minha frente, logo suas delicadas
mãos ajeitaram a minha gravata.
— E digamos que nosso último jantar em família, foi um desastre. —
sorrir com seu comentário envolvendo sua cintura para sairmos do
quarto.
— Não considero um desastre, os jantares da sua família são
emocionantes! — com ironia, dizia fazendo Ella sorrir negando com a
cabeça de forma discreta.
Começando a descer as escadas do segundo andar, arqueei uma
sobrancelha vendo a Samantha entrar alterada na minha casa.
— Conde! — Samantha está ofegante, com uma cara de apavorada.
— O que houve?
Ella arqueou uma sobrancelha analisando Samantha.
— Outr-o... — Samantha parou de falar e puxou o fôlego. — Está
havendo um ataque!! — disse colocando as mãos nos quadris e
tentando se acalmar.
— Onde?
Ela ficou rígida ao meu lado, deu um passo para frente olhando
Samantha de uma forma fria para que a mesma falasse logo.
— No orfanato Condessa. — Samantha evitou olhar para Ella
tentando recobrar a calmaria no seu corpo, já que é nítido o
desespero transparecendo dela.
— Estou a caminho! Mande os vampiros de ataque para o local. —
acenei com a cabeça para Samantha que começou a subi as escadas
no direção do meu escritório.
— ESPERA!!! — Ella gritou para ela fazendo-a olhar para trás. — Avise
para capturarem as mulheres sem machuca-las. — ofegante, Ella
disse começando a caminhar até a porta.
— Conde? — Samantha me olhou como se perguntasse se era para
fazer o que Ella havia dito. Suspirei segurando o braço de Ella
impedindo a de sai pela porta.
— Você ouviu sua Condessa, vá logo. — digo entre dentes voltando
meu olhar para a loba enfurecida do meu lado.
— Me solta Estevan, vamos logo! — disse tentando se desviar das
minhas mãos.
— Você fica.
A virei para o lado oposto da porta, mais ela tentou passar por
mim. Sendo mais rápido do que Ella, sair para o lado de fora e a
tranquei.
— ESTEVAN — ela está irada. Sei que Ella irá me matar quando
voltar.
— É para seu bem meu amor. — digo baixo com o rosto rente a
porta, mas recebo um rosnado em troca.
— EU VOU TE MATAR. — Ella bateu compulsivamente na porta.
Suspirei e me virei de costas para me afastar, até que um rugido alto
preencheu o ambiente.
— Merda, havia me esquecido disso. — suspirando fundo, voltei a
olhar para a porta já sabendo que ela iria para o chão.
Um som de pegadas fortes preencheram o ambiente, depois um
baixo uivo me fez afastar um pouco mais da madeira da porta que
parecia saltitante. 3..2..1, e a porta voou para o chão saindo entre a
poeira que surgiu, a loba negra da Ella. Os olhos vermelhos dela me
encararam, ela rugiu pulando em cima de mim me derrubando no
chão, Ella manteve suas patas pressionadas no meu peito rugindo
altamente ao demonstrar sua raiva por ter trancado-a. Fechei os
olhos pelo barulho estridente que me deixou incomodado.
Rapidamente, ela pulou para o outro lado começando a correr na
direção do orfanato, me deixando caído no chão sem reação.
— Droga de mulher teimosa!
Esbravejei bufando, vi que Ella já está longe, comecei a segui-la
com a minha velocidade sobrenatural revirando meus olhos.
Mih Franklim
Raiva, muita raiva! Já disse que Estevan tem seus momentos idiotas
ao qual me deixa com vontade de matá-lo. Na realidade me pergunto
porquê não fiz isso. Assim que ele me trancou, minha loba me tomou
arrebentando a porta de entrada.
Reconhecemos que —Estevan é o nosso vampiro idiota— sinto
minha pelagem contra o vento, ainda o olhava seriamente vendo
dentro de seus olhos azuis o reflexo da minha imagem em forma
lupina.
Rosnando de uma forma baixa, sair de cima do seu corpo correndo
em direção ao orfanato, não era difícil identificar a onde ficava, já
que minha loba havia reconhecido o Clã como um lar, era fácil o
cheiro das crianças que está mais forte devido a adrenalina.
De acordo com que corria, Estevan me seguia na sua velocidade
sobrenatural mantendo-se bem atrás de meu corpo. O barulho das
minhas pegadas chamavam bastante atenção, a descrição não é uma
qualidade de um lobo, acabei atraindo olhares curiosos de vampiros
que andavam pelas ruas sem saber o motivo de nossa correria.
Tentei desviar de uma carrocinha de vendas, mas trombei
diretamente com ela caindo no chão, bufei sentindo uma peça de
roupa na minha cabeça. Estevan deixou nítido seu olhar irônico
quando passou pelo meu corpo parecendo ter ficado em câmera
lenta.
Rosnei me levantando, sacudir tirando as peças de roupas que
estavam em cima de mim, sem olhar para o pequeno grupo de
pessoas que me cercavam, peguei impulso voltando a correr sabendo
que Estevan já se encontrava longe.
Não demorou para chegar no orfanato. De cara já vi alguns
vampiros ao lado de fora com crianças no coloco, alguns se
assustaram ao verem minha forma lupina. Sem dá tempo para nada,
entrei dentro do orfanato dando de cara com alguns vampiros
lutando com mulheres fortes. Ao subir correndo para o segundo
andar, me vejo em um corredor extenso tendo dois lados, o cheiros
de Estevan vinha de um lado, porém alguns gritos de crianças
chamaram minha atenção do outro lado. Sem ter dúvidas deixei que
minhas patas levassem-me até as crianças.
Um rugido alto fez com que todos olhassem para minha chegada
em um quarto. Só então me toquei que era um orfanato de meninos,
olhando a cena que deixou minha loba mais raivosa, voltei a rugir
fazendo com que os vampiros soltassem a mulher no chão. Me
lembro bem de falar para não machuca-las, óbvio que não era isso
que estou vendo! Um vampiro segurava uma das mulheres pelas
mãos, enquanto o outro tentava arrancar seu pescoço. Mais a frente
havia dois garotinhos escondidos embaixo da cama, se abraçando!
Pareciam serem pequenos, um de idade com seis anos, já o outro
tinha a aparência de ser bem mais novo, tendo um rosto apavorado.
Voltei meu olhar para a mulher que caiu no chão desacordada assim
que os vampiros a soltaram me encarando.
Entrei no quarto, os dois vampiros pegaram as duas mulheres que
estavam desacordadas no chão, e saíram me olhando com raiva.
Rosnei percebendo que não estavam de acordo com minha ordem.
Esperei que saíssem do quarto, para me aproximar das crianças.
Analisei os meninos vendo que eram loiros, e de certo modo a
aparência de ambos me lembrava Estevan. Isso fez com que minha
loba se agitasse.
Demorei para conseguir associar o que acontecia, então
finalmente me toquei que tinha algo sobre meu pescoço apertando
fortemente em uma tentativa de me enforcar o que me fez cair no
chão perdendo o equilíbrio, rolei um pouco para o lado, iniciamos
uma luta corporal com a vampira que ficou sobre meu corpo
tentando dar golpes em meu rosto.
Mordi seu braço fazendo ela gemer de dor, foi então que vi seus
olhos negros ao qual me deixaram em um transe. De forma aleatória
olhei para os garotos vendo se estavam bem, o que me assustou foi
ver que o mais velho tinha um sorriso macabro estampado em seu
rosto.
O menino maior parecia comandar o menor, isso deixou minha
loba inquieta na tentativa de salvar-lo. Vidrando meu olhar nos
gestos das crianças, ignorei os golpes que levava da vampira e
comecei a observar em silêncio eles levantarem do chão tendo seus
olhos azuis tomados pela cor preta. O garotinho mais velho sorriu
segurando na mão do menor que não tinha reação. Eles
desapareceram do quarto em uma nuvem negra.
Fui domada pela adrenalina. Rosnei voltando meu olhar para a
vampira, peguei impulso com minhas patas traseiras e a joguei para o
lado mirando-a na janela. Seria um arremesso perfeito, se ela não
tivesse segurado minhas patas me levando juntamente com ela para
uma queda do segundo andar dando de cara com o grupo de pessoas
que estão do lado de fora.
Me levantei meio cambaleando ao ver que a mulher estava
desacordada no chão, comecei a voltar para minha forma humana
atraindo olhares curiosos sobre minha transformação em humana.
Balanço minha cabeça sentindo dor, já que a queda mesmo que não
tenha sido grande, me deixou bamba. —Suspirei fundo ficando de pé
—. Abri os olhos vendo a pequena multidão ao meu redor encarando
meu corpo nu devido a minha transformação para a forma humana.
Rapidamente sinto mãos rodearem meu corpo com um tecido.
Em sua velocidade sobrenatural, Estevan vestiu sua camisa social no
meu corpo totalmente sério demonstrando sua raiva, esbravejando
baixo entre dentes.
— Ella! — advertiu logo após olhar para todos severamente que
desviaram o olhar de meu corpo. Acabando de abotoar rapidamente
os botões, me perguntou. — Está bem? — Estevan me abraçou e
beijou amorosamente minha testa.
— Estevan? — o chamei, meus olhos percorrem para os vampiros
que saíram do orfanato com as mulheres que nos atacaram
capturadas.
Uma onda de palmas me fez olhar ao redor. O pequeno grupo
aplaudia a todos nós por te capturado todas do grupo! Meu
estômago remoeu-se, é algo me dizia que não era para comemorar.
— Ella, elas serão interrogadas!
Estevan explicou notando meu olhar curioso sobre as mulheres
que estavam sendo carregadas. Voltando meu olhar para a pequena
multidão, percebo que havia muitas crianças.
— As crianças do orfanato. — Estevan me soltou, e fez um pequeno
gesto para que começassem a desfazer o pequeno grupo ao nosso
redor.
— Todas as crianças saíram antes de nossa chegada! Não se
preocupe, estão a salvo. — falou na tentativa de me confortar,
porém apenas deixou meu corpo mais rígido.
— Estevan vi dois garotinhos lá dentro. — arregalando os olhos,
Estevan parou na minha frente e segurou fortemente meus ombros
me encarando intensamente.
— Não, não é isso! — sussurrou cheirando em volta do meu pescoço
de uma forma nada discreta, atraindo olhares curiosos. — Como Ella?
— voltou a perguntar logo após ter checado algo assim que me
cheirou.
— Dois meninos loiros, Estevan! Na hora que fui atacada pela
vampira eles... — parei de falar e olhei seriamente para Estevan
sentindo meu estômago revirar. — Eles pareciam com você...
Meu corpo se arrepiou de forma negativa ao olhar intensamente
nos seus olhos, me lembrei da floresta e de como os olhos de Estevan
se parecia com os olhos dos garotos...
Capítulo Trinta Oito
Mih Franklim
Estevan
Merda!
Devo dizer que se alguém morrer pelas minhas mãos hoje, não
será totalmente minha culpa. De imediato quando Ella falou das
crianças fiquei preocupado. Cheguei a pensar que poderia se tratar
de uma gravidez, o que não é impossível, estamos na lua de sangue e
fazemos amor constantemente sem proteção. Mas logo chequei, e
descartei essa possibilidade! Conhecendo Balder, sei que ele está por
trás disso. Talvez seja uma forma de me falar que está próximo da
Ella, ou algo desse gênero.
— Me dê uma boa notícia, Alonso!
Bradei entrando no meu escritório. A lua de sangue já está nos
últimos dias, e isso deixa com que o período em que consiga ficar
longe da Ella seja maior. É bom para que eu consiga resolver logo
essa confusão, mesmo que seja uma tortura ficar longe dela.
Ella me acostumou mal.
Logo que voltamos do orfanato, o silêncio se fez presente até
que Ella pegasse no sono! Não tive coragem de iniciar uma conversa
ao qual falasse o que sou, e aparentemente Ella também não. Me
sinto mal, foi a primeira vez em que dormimos separados na mesma
cama! Embora tenha acordado com ela enlaçada no meu corpo.
Assim que me levantei deixei Ella dormindo, e me direcionei para
o meu escritório tendo a decisão em mente de resolver todos esses
problemas hoje. E se for o caso de não conseguir com que as coisas
andem da forma que planejo, de hoje não passará a conversa que
terei com Ella sobre as minhas origens.
— Somente uma das mulheres detidas acordaram, e ela se recusa a
dar informações. — Alonso caminhou até mim me entregando uma
pasta que tem informações pessoais das mulheres capturadas.
— Maravilhoso! — revirei algumas páginas do arquivo. — Arranque
informações dela! — seriamente o olhei de forma fria.
Esse assunto já havia rendido demais, vou colocar um fim
imediatamente nisso.
— Mas... Conde as ordens da Condessa foi não tortura-las. — revirei
os olhos jogando a pasta sobre a mesa do meu escritório.
Ella me mataria depois, agora focarei em satisfazer meu lado
sombrio que está muito preso ultimamente.
— As ordens agora são para conseguir informações, nem que para
isso você precise arrancar da boca dela. — entre dentes, digo.
Alonso me olhou, e negou com a cabeça engolindo em seco. Me
conhecendo bem, ele percebeu que de agora em diante as coisas vão
ser diferentes, não costumo brincar, e nesse caso já cansei de pegar
leve.
— Quer que eu chame alguém específico para conseguir as
informações?
Neguei dobrando as mangas da minha camisa social, um sorriso
macabro nasceu no meu rosto, juntamente com uma ideia sombria
na minha mente.
Isso será divertido!
— Se quer algo bem feito, faça você mesmo. — caminhei até a porta
sem olhar para trás.
Definitivamente estou disposto a acabar com esse assunto hoje!
Nem que para isso eu tenha que voltar a um hábito do passado e
torturar algumas pessoas. Será uma atividade interessante a qual vai
tirar meu estresse. Tirarei informações dessa mulher, e encontrarei
Balder se não, não me chamo Estevan Russell.
***
Quem diria que o futuro me reservaria uma loba ao qual tira o meu
raciocínio. Ella demonstrou que iria ficar ao meu lado. Mas ainda
sinto receio em dizer que sou metade demônio! Isso sem dúvidas
será algo que a deixará em choque, ou talvez a afaste. Obviamente
está fora de questão perdê-la por algo desse gênero, então deixei
para lhe dizer na hora certa.
Ella se mostrou prestativa para criar as leis das quais ficou
responsável pelo conselho. A mesma está empenhada para que eu
não perca meu título de Conde, até mesmo mais do que eu. Não
estou ligando muito para esse fator, não sei se Ella irá ficar no Clã se
for o caso irei juntamente com ela para Nova York, e abrirei mão do
meu título. Ele não é tão importante assim, não tanto quanto a
minha lobinha.
Ironicamente nesse momento estou fazendo algo que ela não
goste. Estranhamente nunca havia me sentido mal por torturar
alguém. Realmente é incrível como Ella consegue modificar meus
sentimentos e minha forma de agir, me sinto fascinado pela
dominância que ela tem sobre mim.
E por esse fator, decidir não matar esse ser repugnante na minha
frente! —Não mata-la, não significa que vou pegar leve com a tortura
—. Mesmo sabendo que é errado, meu lado demônio ainda se agrada
com um pouco de crueldade!
Um enorme avanço tenho sobre o meu lado sombrio, somente
por não matar essa mulher.
Minha "brincadeira" com essa mulher durou apenas dez minutos,
e sei que não irá demorar muito para que ela fale, aprecio sua
resistência.
Infelizmente Rosie Marshall já está no seu limite. Pelo tanto que ela
está chorando, não dou nem mesmo três minutos para que ela
finalmente abra a boca e diga onde está Balder, sei que ela sabe de
quem estou falando, seu olhar demonstra isso.
Lamentável, só havia a torturado de uma forma, e estava
começando a apreciar seu sofrimento! Nem me divertir
corretamente.
— Vou perguntar novamente, preste atenção. — sorrio
malignamente, girando o meu antigo bisturi, comecei a andar na sua
frente de um lado, para o outro. — Vejamos, onde fica o lugar que
vocês se encontram!? — sem a olhar, digo parando em sua frente.
Ela está amarrada em uma cadeira na minha masmorra, não
esperava reutilizar esse lugar assim, não dessa forma. A visão que
tinha desse lugar, são imagens obscenas com uma loba. Essas
correntes poderiam ser bem utilizadas em um sexo selvagem!
— E-eu... já disse não se-ei... — cuspindo sangue, ela abaixou a
cabeça contraindo seu rosto pela dor.
— Resposta errada!
Neguei perfurando a sua perna com o bisturi fazendo ela gritar.
Poderia ficar horas a torturando, seu medo é algo que me deixa
contente embora saiba que Ella não gostaria, uma diversão
apenas. Meu lado vampiro está perdendo a força do meu corpo, ao
olhar para Rosie e sentir a vontade incontrolável de mata-la, suspirei
fundo me afastando dela em passos largos. Reconheço que há um
limite e realmente não quero ultrapassá-lo. Magoar Ella com algo
desse nível não está nos meus planos, quero fazer Ella aceitar meu
lado sombrio, não odiá-lo! Terei que tentar arrancar as informações
de uma forma que não gosto muito.
— Sinto muito! — com a voz carregada de ironia digo botando em
prática minha ideia de intimidá-la. Sorrir, e balancei a cabeça me
agachando na sua frente. — Sabe Rosie... seria uma lástima se algo
de ruim acontecesse com alguém que amamos. Vejamos, Aaron me
parece ser um bom rapaz...
Como um peixe, ela pegou a isca. É óbvio que não mataria Aaron
Marshall. Se Ella se estressaria com a morte de uma mulher no auge
de seus vinte nove anos, não preciso nem dizer qual seria sua reação
com a morte de uma criança de doze.
— Co-como... — com a ponta do bisturi, passei lentamente pela pele
do seu pescoço vendo o movimento magnífico do sangue escorrer
despertando uma certa sede em mim.
— Um bom rapaz... ouvir dizer que é bastante inteligente. — a olhei,
já cometi muitos atos de tortura para saber que se a dor física não faz
efeito imediatamente, com toda certeza ameaçar uma pessoa
importante para a vítima fará.
— Você não fa-faria isso... — sussurrando, levei o bisturi até sua
bochecha limpando suas lágrimas com um sorriso irônico.
— Shiuuu... se eu fosse você... não duvidaria da minha capacidade.
Vamos, irei perguntar pela última vez, e acho bom não mentir se não
o garotinho terá um fim cedo demais. — olhando nos meus olhos,
vejo o seu pânico.
Ela não ousaria mentir!
— Nã-não temos um local de encontro... — logo que ela começou a
dizer, Alonso a interrompeu me fazendo mostrar as pressas para ele
ao me levantar rapidamente o pegando pela gola da camisa.
Rosie parecia assustada ao ver minha reação. Olhando de forma
séria para Alonso, coloquei ele novamente no chão rosnando entre
dentes! De certo minha paciência já esgotou. Suspirando, Alonso
limpou a garganta começando a dizer logo após olhar para Rosie.
— A Condessa está procurando por você Conde. — completou me
olhando calmamente assim que suspirei.
— Certo! — fui em direção a uma pia e lavei minhas mãos tirando o
pouco sangue dessa mulher que havia me sujado. — A senhorita
Marshall, te dará informações valiosas, certifique-se que sejam
verdadeiras! Caso contrário mate Aaron Marshall. — parei em frente
a porta e olhei seriamente para Alonso. — Mate-o em sua frente.
A morte de um a mais em minha lista não fará diferença!
***
Mih Franklim
Andar pelas ruas movimentadas do Clã foi uma ótima ideia ao qual
tive assim que acordei nessa manhã. Desde que cheguei no Clã, não
saí para conhecer as ruas, e sem dúvidas já havia passado da hora a
qual eu devesse fazer isso.
Preciso pensar sobre o que está acontecendo!
Irei questionar Estevan e pedi que ele me explique tudo. Mas as
palavras do meu pai vieram na minha mente, então tentei dormir
mesmo sendo impossível pegar no sono não estando nos braços do
Estevan, mesmo com demora conseguir. De certo percebia-se olhares
curiosos assim que andava pelas ruas tendo dois seguranças me
seguindo a uma distância de 10 metros. Não é necessário dizer que
ignorei todos! Entendo o porquê Estevan queria colocar seguranças
para me acompanhar, o acontecimento de ontem nos deixou
afastados, pensativos, e diria que buscando dentro de si próprio uma
solução para resolvermos esses problemas.
Não diria que estou com raiva dele. Diria que estou chateada, se
ele não me conta o que o perturba, é sinal que não confia em mim
para se abrir.
Suspirei, fechei os olhos e tentei relaxar!
Digamos que os boatos em uma semana ao qual uma loba está
com o Conde se espalhou de uma forma absurda. Foi um choque
para todos principalmente para vampiros que tem pensamentos
antigo, quando descobriram que algumas leis iriam ser mudadas
afirmam que estou influenciando Estevan, ou talvez tenha o
enfeitiçado. É óbvio que isso não me afeta de nenhuma forma!
O Clã está dividido de uma forma positiva entre apoiar mudanças,
e não apoiar. Tento levar minha mente para o dia de hoje que está
totalmente magnífico "tirando minhas inseguranças". As ruas em um
abundante movimento, diria que a temperatura ambiental era
mediana entre frio e calor. Andava calmamente deixando que minha
mente me levasse a pensamentos que me rodeiam constantemente.
Se realmente for para ficar ao lado do Estevan e abandonar Nova
York, o que sem dúvidas farei. Que seja em um ambiente apenas
habitável! Não ficarei em um lugar onde não posso opinar em
absolutamente nada, e mesmo que ele tem demonstrado que não vai
me machucar, sei que seria complicado para ele viver sendo julgado
por não cumprir as 'leis.' Então que seja feita da forma certa, a qual
seria mudanças. Fora esse processo ao qual estamos passando,
Estevan me ajudou com o necessário e resolveu alguns problemas da
empresa. Por fim, conseguimos criar todo um novo regime em menos
de uma semana um tempo recorde, agora é só esperar que o
conselho libere e colocaremos em prática esperando bons resultados
dentro de quatro meses. Entre todo esse curto espaço de tempo,
conseguíamos um tempo para fazermos amor e saciar o desejo ao
qual a lua de sangue nos trás. No quarto, sala, cozinha, banheiro,
quarto de hóspedes, biblioteca e em seu escritório, com toda certeza
em seu escritório. Esses são alguns dos lugares ao qual me lembro de
ter me entregado e amado Estevan de uma forma intensa. O
sentimento de lar quando se trata de Estevan habita em meu
coração, e isso sem dúvidas fez crescer o amor em meu peito por ele.
Já não me importava mais com Nova York, nem com a empresa! Do
que adiantaria viver lá se Estevan não estiver comigo? tirando o total
fator de reconhecimento que minha loba fez com o Clã, nunca ouvir
falar sobre algo assim, mas justamente a minha loba se sente em
casa rodeada de vampiros. Já sobre minha família, de certo modo me
sinto culpada! Chloe foi embora e nem fui me despedir dela já que
ontem teve o ataque ao qual não consigo tirar de minha cabeça.
A quem eu realmente quero enganar? Santa lobinha não consigo
tirar da minha cabeça o que aconteceu ontem. O olhar daqueles
meninos ficam repassando em minha mente a todo momento, como
se fosse nitidamente feito para me torturar! Minha loba não sabe
muito como reagir, mas o sentimento ao qual diz que devo proteger
o garotinho menor que foi levado, me rodeia imensamente. Que
merda, porque Estevan não me conta o que está escondendo logo!
Isso só está piorando tudo. Em um momento desse era para
estarmos juntos, e poderia ajuda-lo da forma correta se ele me
dissesse coisas simples como por exemplo: "O que Balder significa
para ele."
Odeio que escondam coisas de mim, e Estevan está fazendo
justamente isso. Céus, eu o amo então porque ele está fazendo isso?
Eu o amo... Santa lobinha... meu coração se acelerou com essa
afirmação, era a primeira vez que tinha afirmado para mim mesma
que o amava sem amenizar esse sentimento que sentia por ele.
Vou aproveitar essa caminhada e voltarei para Estevan, o apoiarei
independente do que ele faça... afinal, foi isso que ele fez até agora
estando ao meu lado quando criei as leis, então estarei ao seu lado
para enfrentar Balder mesmo não sabendo quem possa se esse ser.
— Que gracinha!
Sorrir parando de caminha, olhei para um garotinho ao qual
deveria ter uns 5 anos pelo seu tamanho. O que me chamou atenção
no mesmo foi seu belo traje a caráter de um verdadeiro homem do
século passado.
O terno que ele usava era bonito, e isso só aumentou minha
vontade de ir até ele é apertar as enormes bochechas que ele tem.
Caminhei com calma até um parque seguindo de longe com o olhar
no menino, me sentei em um banco abaixo de uma árvore e
contemplei a visão das crianças brincando no parquinho.
Tudo mantinha uma calmaria reconfortante, fechei os olhos e
puxei o ar com força enchendo meus pulmões, logo em seguida soltei
o ar por minhas vias respiratórias sentindo uma paz agradável.
Minha loba estava a muito tempo dispersa do contato com a
natureza, e essa voltinha com toda certeza foi ótima para acalmar
meus pensamentos.
— Senhorita? — um senhor aparentemente de idade me chamou
atraindo minha atenção.
Notei que ele vendia vários algodões doce.
— Olá! — me debrucei sobre o banco o olhando com um belo sorriso
no rosto.
— Gostaria de um algodão doce? — concordei compulsivamente em
um gesto positivo. — Certo! Qual cor?
— Na verdade... poderia distribuir um algodão doce para cada
criança que está ali no parquinho? — perguntei indagando quando o
senhor parecia surpreso, mas logo esbanjou um belo sorriso.
— Certo Condessa. — dizendo com total mansidão, o senhor sorriu
ao me deixar um pouco espantada por me reconhecer.
— Está tão evidente assim? — neguei com a cabeça sorrindo
discretamente.
— Tão claro como o azul do céu! — falou indo na direção das crianças
que pularam aparentemente de felicidade assim que começou a
distribuir os algodões doce.
Nesse pequeno tempo que estou convivendo no Clã de vampiros
conseguir entender que livros ensinam muito porém, não tudo. Na
alcateia onde fui criada, o aprendizado sobre outras raças é extenso
então além de aprendermos sobre a civilização humana, estudamos
todos os seres sobrenaturais e a forma que cada um vive. Por esse
motivo eu sei que crianças com o DNA de vampiros só passam a
depender de sangue com 16 anos, geralmente a faixa etária em que
um lobo se transforma pela primeira vez. O lado que aprendi não
contado nos livros, foi exatamente o fator ao qual o baixo ensino é
circulatório entre os vampiros. O aprendizado deles é mais fraco do
que o dos lobos, vampiros só aprendem sobre sua própria raça então
conseguir compreender porque lobos são os seres sobrenaturais
mais evoluídos mesmo sendo selvagens. Com toda certeza, isso será
algo que conversarei com Estevan.
Porque não focar nas crianças? Elas são extremamente
importantes para o nosso futuro!
Ao olhar com atenção a feliz imagem das crianças, me pergunto
porque os líderes do Clã puderam permitir que a democracia
chegasse a esse nível? Sei que isso vem de tempos, mas é só olhar
para essas crianças, que brincam e não ligam para o sexo oposto! O
que gerou o desenvolvimento dessa desigualdade nessa sociedade
dos vampiros?
***
***
Mih Franklim
Estevan
Capítulo Quarenta Um
Mih Franklim
Dor!
É o que eu mais sinto. Minha cabeça está latejando e minha pele
formigando. É nítido que grande parte do desconforto do meu corpo
é devido à lua de sangue, já a outra parte diria que a posição que
estou não é a melhor. Amarrada com as mãos para trás, ajoelhada no
chão tendo correntes em meu pescoço, nos meus pés e mãos. Já faz
quanto tempo que estou aqui? Parece que passou dias! Tenho essa
sensação horrível.
Tento reconhecer o local a minha volta reparando nos detalhes,
mas tenho a certeza que nunca estive nesse lugar. Até mesmo o
clima é diferente, quente ao ponto de sentir o ar que entrar pelos
meus pulmões e me aquecer por dentro de uma forma incomoda me
deixando fadigada. Já estou acordada a algum tempo! Sozinha, em
um local que me dá calafrios. Tento me soltar de todas as formas,
mas é em vão. Não consigo me transformar, minha loba parece está
presa dentro do meu corpo, e isso torna tudo mais doloroso
possível.
— Droga! — digo ao tentar de novo arrebentar as correntes que
estão nos meus punhos.
Tinha que ser tão teimosa? Meu instinto me disse que não era
para ir no local daquele bilhete, contudo, minha teimosia foi
tremenda e agora estou aqui. Assumo que foi uma tremenda burrice,
mas realmente não imaginei que Louise faria algo desse nível. Santo
Lobo eu salvei a vida dessa vampira ingrata! Estevan estava certo.
Odeio admitir, mas ele está certo!
Que ele esteja bem, nunca pedi tanto para a lei de Selene não
vale por nós. Se algo acontecer comigo, ele ficará bem! Por favor,
Selene...
— Vejamos, já acordou. — parei de força as correntes para me soltar,
ao escutar a voz que me carregou para esse lugar.
Meu coração foi a mil, minha respiração aumentou e fiquei
afetada de uma forma negativa quando vejo um homem andar
calmamente até mim. Sem dúvidas era uma versão do Estevan mais
velho. Cabelos loiros, olhos azuis, ombros largos e pele clara! Tem
uma postura marcante e autoritária.
Não tenho dúvidas de que esse seja o pai do Estevan!
— Com... — ao me interromper com um sorriso irônico, engolir em
seco vendo seus passos cautelosos.
— Permitam-me fazer as honras. — sendo notório a ironia em sua
voz, tocou meus cabelos tirando do meu rosto para que eu pudesse
ver melhor seu rosto.
Os traços da sua face são mais marcantes, eu diria que é um
homem de idade, bonito e sombrio, muito sombrio.
— Me chamo Balder! Creio que já ouviu falar sobre mim. —
gargalhou malignamente se afastando com calma parecendo medir
seus passos.
Balder é o pai de Estevan... tudo parece que fazer sentindo. É por
esse motivo que Estevan não me contou nada? Céus, Balder é o pai
de Estevan...
— Como... onde está Louise? Porque está fazendo isso? Porque me
capturou? Qual é o seu problema! — disse sentindo meu coração
acelerado.
— Quantas perguntas! — Balder sorrir de forma divertida indo até
uma parede se escorando. — Vejo que meu filho encontrou uma
lobinha raivosa.
— Porque quer atingir Estevan me capturando! — rosnei entre
dentes vendo seu sorriso se ampliar.
— Não quero atingir meu filho. Pelo contrário, deixei ele viver da
forma que queria por séculos.
— Não estou te entendendo. — sussurrei tentando me soltar
novamente, parei brutalmente de me mexer quando vejo Louise
entrar segurando uma bandeja com um copo de uísque. — Você... —
rosnei para ela que não demonstrou reação, e continuou o percurso
até parar na frente de Balder entregando o uísque em suas mãos.
— Obrigada querida! — a agradecendo, Louise se virou saindo do
local sem me olhar. Ela parecia estar hipnotizada.
— O que você fez com ela seu monstro!
— Isso é forma de falar com seu sogro? Louise está rendida a mim,
assim como todas as vampiras por uma 'causa maior'. — disse
esbanjando ironia, caminhou na minha direção. — Irei te explicar do
início, somente para se tornar mais interessante sua chegada ao
submundo.
Ao ouvi-lo falar que estou no submundo, sinto meu estômago
revirar e o pânico começar a nascer! Ouvir histórias sobre esse lugar
na minha infância, o lugar exilado das almas perdidas... É nítido que
não estou em meu melhor momento! Os sintomas da lua de sangue
está no auge levando meu corpo ao cúmulo da dor. Fora que essas
correntes parecem aprisionar minha loba, como se uma adaga
estivesse perfurando meu coração a todo segundo cada vez mais
fundo, aumentando a dor em meu ventre.
— Creio que já deve saber como Estevan nasceu e.... — Balder parou
e me olhou se aproximando seu rosto do meu. Engolir em seco ao
sentir sua respiração no meu rosto, olhei no fundo dos seus olhos
macabros. — Você não sabe... — gargalhou malignamente se
afastando logo que tocou na minha bochecha despertando calafrios
na minha pele. — Isso será mais interessante do que imaginei!
— Babaca! — rosnei entre dentre deixando que meus olhos ficassem
vermelhos mesmo que não conseguisse me controlar.
— Meça suas palavras, logo, logo deixará de ser a vadia do meu filho
e seu lugar será esse. Aqui no meu mundo, o tratamento para
cachorras como você... é especial. — sussurrou no meu ouvido me
causando náuseas.
Balder se afastou com um sorriso malicioso no seu rosto que me
causou repulsa. Agora sei porquê Estevan o odeia, Santa Selene, esse
ser é nojento e repugnante.
Minha Santa lobinha, me ajude!
— Como estava dizendo, Estevan nasceu de um caso de uma noite
com uma vampira. — ao me ver apavorada, ele começou a dizer indo
em direção até a garrafa de uísque. — Ela era atraente, diria a mais
sensual da época! Chamou minha atenção e o resto você sabe. —
servindo mais uísque para si, Balder continuou a dizer apoiando se
em uma parede. — Nunca imaginei que ela poderia engravidar!
Demônios não se reproduzem dessa forma. Demônios são criados
pelas áureas humanas, então acho que foi notório meu espanto ao
descobrir que a doce e sensual vampira, tinha um filho meu.
Demônio... ele é um demônio, então Estevan também é... Santa
lobinha. Ao olhar chocada para Balder, ele continuou dizer sem
expressão.
— Quando visitei a terra em busca da criança, não soube explicar
minha raiva ao descobrir que a vadia havia colocado o menino na
porta de um casal importante do mundo sobrenatural. — trincou sua
mandíbula, virando o copo de uma vez, e se serviu mais uísque. — Foi
óbvio que a matei. Mesmo sabendo que ela não tinha culpa, as
circunstâncias da época a levaram a fazer isso. — Ele sorriu de uma
forma macabra. — Sua morte foi dolorosa e excitante!
— Santa Selene... você é doentio... — o olhei com a respiração
ofegante, a forma que sua voz conteve malícia me causou ânsia de
vômito. Não sendo afetado, Balder apenas sorriu e continuou sua
explicação.
— Tentei de todas as formas pegar a criança, mas o Supremo
impediu ao convocar aos conselheiros de Selene e Hélio. Foi feito
uma enorme burocracia chata, ao qual o Supremo envolveu meu
digníssimo rei. Assim ficou ordenado pelo rei do submundo que meu
filho teria a escolha quando tivesse uma certa idade. — ele
demonstrou ódio quebrando o copo com as mãos. — Mas aquele
bastardo ingrato, não aceito minha oferta!
— Sua oferta...? — sussurrei vendo o sorriso surgir em seus lábios,
Balder começou a caminhar novamente na minha direção.
— Um híbrido poderia tomar facilmente o lugar do rei do
submundo... — ele ergueu suas mãos e tocou a minha bochecha me
fazendo rosnar. — Depois desse reino tomado, a terra seria fácil...
nem o Supremo, nem o conselho dos deuses, poderia me impedir de
virar um rei! — completou sorrindo.
— Você é louco. Estevan nunca concordaria em ser seu fantoche!! —
ofegante sentir minha loba uiva dentro de mim.
— Quem precisa de Estevan quando eu tenho a melhor criação bem
aqui, na minha frente... — ele disse com ironia segurando meu
queixo para que eu olhasse em seus olhos.
Sinto o arrepio negativo percorrer meu corpo assim que ficou
imóvel como se estivesse sobre um encanto.
— Do que você está falando... — tentei me mexer compulsivamente,
mas Balder segurou com mais força meu queixo impossibilitando
meus movimentos, me deixando frustrada.
— Uma criaturinha vampiro, Lobo e demônio será invencível! —
rosnei ao escutar suas palavras. — Sendo criado por mim, nunca irá
me desobedecer quando crescer! — o sorriso macabro do seu rosto
se ampliou, o que me fez dá um arranco ao tentar me soltar.
— Idiota eu não estou grávida, e mesmo se estivesse nunca daria um
filho meu para você. — tentei me soltar novamente, mas as
correntes pareciam apertar meus punhos de acordo com que me
mexia.
— Esperaremos alguns dias para descobrir se está grávida. — Balder
me olhou de forma fria — Caso contrário, não me importarei de eu
mesmo fazer um filho.
— TIRA A MÃO DO MEU ROSTO SEU VERME!! — gritei com raiva ao
ver seu olhar malicioso sobre meu corpo. O sentimento ao qual me
fez temer-lo me preencheu, suspirei assim que ele se afastou
gargalhando!
— Não terá a mesma força, mas creio que me servirá um híbrido
metade Lobo, e demônio... — ele se virou para me olhar com os
olhos negros. — Não será sacrifício engravida-la! — em sua
velocidade sobrenatural, Balder parou novamente na minha frente
segurando meu queixo.
As sensações de dor que meu corpo está sentindo não conseguiu
amenizar o pânico que se formou no meu ser. As palavras parecem
terem fugido da minha boca, o medo circula com velocidade por
minhas veias juntamente com o sentimento de repulsa e ódio por
não conseguir reagir e fazer absolutamente nada.
Assim que Balder tocou a pele despida do meu pescoço, a
descarga elétrica negativa por meu corpo foi tão grande que tranquei
a respiração sem reação. Minha visão ficou turva como se eu
estivesse desmaiando, fecho os olhos tentando recobrar forças para
lutar puxando o ar fortemente. Minhas narinas foram invadidas por
um forte cheiro ao qual eu bem conhecia! Minha loba pulou dentro
do meu interior e tive esperança, ao ver minha rápida mudança
Balder arqueou uma sobrancelha e logo suspirou olhando para um
local negro.
Levei juntamente meu olhar, não podendo reprimir o sorriso de
alívio ao ver meu pai e Estevan parados com um olhar sério.
— Só vou falar uma única vez! TIRA A PORRA DA MÃO DA MINHA
MULHER.
Perdido na imensidão dos seus braços, sem saída minha alma grita
um novo recomeço.
Mih Franklim
Mih Franklim
Estevan
Mih Franklim
Estevan
***
Não vejo a hora da Ella acordar. Estou com saudades do seu sorriso
de quando aprontava, da sua doce e compreensiva voz, e até mesmo
dos momentos ao qual ela surtava me deixando louco ao testar
minha paciência. Tê-la impossibilitada dessa forma parte meu
coração! —isso resultou em uma devastadora insônia—.
Não consigo pregar os olhos mesmo sabendo que a minha lobinha
e o nosso bebê estão bem, eu quase os perdi, sinto que devo ficar a
todo momento do lado deles os protegendo. Mas certamente parece
que estou esperando uma eternidade para que Ella desperte!
Assim que voltei para o nosso quarto alimentado, e limpo,
demorou pouco tempo para a família da Ella ir embora.
Sua irmã mais velha queria voltar para a cidade, quando descobriu
o que aconteceu, mas ela só tem direito a fazer uma única visita
durante os quatro anos que passará fora. Antonella a convenceu de
utilizar essa visita quando os bebês nascerem. Sei como as anciãs são
rigorosas com as suas leis. Já a empresa está bem, tudo está normal,
esperando somente a minha lobinha acordar!
Acariciei seu rosto com calma, Ella transparecia uma serenidade a
qual me enfeitiçava cada vez mais. Suspirando pesadamente me
aproximei de seu corpo já estando deitado ao seu lado na cama, e
coloquei minha mão sobre a sua cintura deixando que o meu rosto
fosse para a curvatura do seu pescoço. Fechei os olhos para sentir o
cheiro suave que emanava dela.
Somente por sentir o calor da sua pele, me sinto mais calmo e
relaxado! De uma forma que não a machucasse, fiquei com meu
corpo colado ao seu. Sentindo seu corpo se arrepiar, levemente
desço com uma mão até para em sua barriga.
— Até quando você vai dormir lobinha... — sussurrei de olhos
fechados.
Meu coração está acelerado da forma que só Ella é capaz de
deixá-lo.
Levantei com delicadeza a blusa do seu pijama e acariciei sua
barriga. Nessas duas noites que Ella passou desacordada, tento
conversar com ela contando tudo o que se passou durante o dia.
Mesmo tendo a certeza que minha lobinha só dorme por exaustão,
só vou conseguir descansar quando ela acordar.
— Sua família acha que nosso bebê possa ser uma menininha. —
comecei a sussurrar, com calma mantinha minhas carícias
delicadamente sobre sua barriga.
— Se realmente for o caso... terei sérios problemas. — sorri-o contra
a pele do seu pescoço.
Escutei seu coração se acelerar, continuei a dizer sentindo minha
garganta secar-se de esperança.
Talvez Ella finalmente acorde!
— Desculpe por todos já saberem sobre nosso bebê, sei que odeia
ser a última a saber das coisas! — beijei novamente seu pescoço
mantendo meus olhos fechados. — Seu pai não sabe manter a boca
fechada. — confirmei suspirando.
Por um momento fiquei em silêncio, mas nada mudou! Mesmo
com o coração acelerado Ella não moveu-se nenhum centímetro.
Então mantive-me com os olhos fechados e me aconcheguei mais no
seu corpo.
— Boa noite minha lobinha.
Contudo, meu coração parou assim que sinto os dedos delicados
dela tocar meu rosto. Mantenho-me de olhos fechados temendo que
seja uma alucinação. Meu coração está acelerado, e o mesmo
poderia sair a qualquer momento pela minha boca. Mas somente
quando ouvir a voz da minha Ella, houve uma explosão no meu ser.
Abri os olhos não podendo evitar o sorriso largo que se formou em
meus lábios ao vê-la com os olhos arregalados.
— Estevan...
Capítulo Quarenta Cinco
Mih franklim
***
— Certo, deixe-me ver se entendi. — coloquei o copo de suco sobre a
bandeja. — Não posso me transformar até a gestação acabar? Mas
como? Se uma loba ficar muito tempo sem se transforma pode levar
a morte!
Tentar assimilar tudo o que Estevan dizia parecia uma tarefa difícil.
Não poderia me transformar até o bebê nascer, e só depois do
nascimento Derek conseguiria quebrar o feitiço que Balder havia
feito. Estevan também falou que meus pais vieram me visitar todos
os dias em que permaneci apagada, e estranhamente meu pai não
surtou quando soube da minha gravidez. Acho que dormi e acordei
em outra dimensão!
Bom, é óbvio que Estevan não me deixa um minuto sequer. Ele
me ajudou a tomar um banho de banheira de forma calma e sem
conter nenhuma malícia. Logo depois preparou algo para eu comer, e
embora seja estranho receber esse tipo de mimo e atenção, posso
me acostumar com isso sem problema algum.
E agora sentada na nossa cama, tento entender o que ele está
me dizendo! Ainda estou digerindo o fato de que vou ter um bebê.
— Eu sei, aparentemente não no seu caso. — vendo o enorme ponto
de interrogação em meu rosto, Estevan levantou-se e pegou a
bandeja que estava sobre a cama a colocando sobre um criado mudo.
— Você é a filha do Supremo, consegue se controlar melhor! E de
acordo com o beta do seu pai nossa ligação pode ajudar você nesse
quesito.
— Como nossa ligação ajudaria nisso? — quanto mais Estevan me
conta as coisas, mais parece que fico confusa.
— Eu posso ter ajudar com isso lobinha, não me subestime. —
sorrindo de forma maliciosa, se aproximou beijando meus lábios. —
Da mesma forma como te ajudei na lua de sangue!
— Vampiro idiota! — sentir minhas bochechas corarem rapidamente.
Vendo o meu constrangimento o sorriso dele se alargou.
— Ella. — suspirou. — Podemos conversar? — apreensivo ele se
sentou na cama de frente para mim, segurando minhas mãos.
— Claro! — afirmei lhe passando confiança.
Havia descoberto que ele era metade demônio de uma forma não
muito boa.
— Está se sentindo bem para termos esse tipo de conversa? —
concordei notando o brilho no seu olhar.
— Eu dormi por dois dias. Estou descansada o suficiente! — apertei
de leve sua mão.
— Tudo bem! — ele suspirou fundo e começou a dizer. — Me perdoe
por não ter falado sobre o que sou? Minha vida no passado não é um
troféu ao qual eu goste de exibir. Séculos de vivência me
proporcionou um amadurecimento na forma que penso, e ajo.
— Estevan! Não tenho raiva de você, entendo que é um assunto
delicado. Como já disse, estou aqui para te ouvir! Quando estiver
realmente pronto para falar sobre isso. — afirmei.
— Mesmo sendo um assunto delicado não deveria ter escondido de
você que sou filho de Balder. — Estevan suspirou desviando o olhar.
— Teria evitado seu sequestro se tivesse lhe contado.
— Não se culpe por isso, minha teimosia e curiosidade são enormes!
Assumo isso. — sorri mantendo meu olhar fixo no seu, sentia que
esse é o momento ao qual ele irá me contar sobre seu passado,
Estevan demonstrava que está pronto para isso, então permaneço
em silêncio mantendo a calma.
— Minha vida foi realmente dividida em fases. — ele suspirou. —
Quando descobri que Balder matou minha mãe biológica, quando
meus pais adotivos morreram, e até mesmo a deusa da lua se
revoltou comigo. Havia decidido alimentar um lado meu que parecia
faminto! Ella, eu realmente já fiz muito mal para a humanidade.
Causei dor em gerações. Não sei dizer ao certo quanto sangue foi
derramado por minhas mãos, mas garanto que foi muito!
Continuei em silêncio, acariciando suas mãos o incentivando a
continuar a dizer, e foi o que Estevan fez.
— Quando conheci sua mãe, quando identifiquei seu cheiro,
certamente esse foi o dia mais confuso da minha vida! — Estevan
sorrir. — Não sabia como reagir, não acreditava na possibilidade de
que teria uma companheira, um laço de sangue que Selene me daria.
O primeiro sentimento que tive foi querer você! Iria esperar você
nascer, e se possível travaria uma guerra com seu pai só para tê-la.
— Estevan... — me aproximei dele sentindo meu coração palpitar.
Segurei seu rosto para que ele mantivesse seu olhar fixo em mim.
— A dezoito anos atrás, em um dia de chuva. Me lembro que voltava
de uma caça, havia matado seis humanos naquela manhã! —
arregalei os olhos — Duas mulheres, e quatro homens que
acampavam perto das colinas. Resolvi voltar para o Clã pela floresta,
e mesmo que pudesse ser pego desrespeitando uma das leis do
Supremo não me importei!
Aparentemente relaxado, ele colocou suas mãos na minha
cintura e me impulsionou para me sentar no seu colo, o que fiz um
pouco hesitante.
— Quebrando regras. — sussurrei contrariando um pouco o clima
pesado que tem pairado sobre nós, Estevan sorrir quando o abracei
pelo pescoço.
— Não me arrependo de ter quebrado essa regra. — sorrir me
olhando intensamente. — Esse dia um cheiro diferente havia me
domado de uma forma avassaladora! Então resolvi o seguir pela
floresta. Estava tão disperso que quando me dei conta já estava
dentro da área do Supremo. Uma menininha brincava correndo na
chuva com os braços abertos! Mas a frente havia duas garotinhas
ruivas e certamente todos daquela família estavam bem felizes,
todos da sua família, Ella.
Sinto meu estômago embrulhar, não conseguia disfarçar meu
olhar de surpresa, ele apenas sorriu e começou a acariciar minha
cintura.
— Nesse dia eu soube que você seria capaz de mudar meus
conceitos. Sempre soube que era você, por isso fiquei desconfortável
quando seus pais tentaram me convencer de que a sua irmã era
minha! — os olhos dele demonstra o quanto ele está mais relaxado
me contando isso. — Então tomei uma decisão na noite em que te vi
pela primeira vez. Não iria marcá-la, você era doce demais para se
envolver com um demônio corrompido como eu!
— Óbvio que sua decisão não funcionou. — falei divertida.
— Isso está nítido! Era impossível não monitorar cada passo seu. —
tomando uma postura mais séria Estevan disse nervoso. — Na sua
adolescência não foi fácil manter alguns sarnentos afastados de você.
— bufando, Estevan me apertou pela cintura fazendo meu sorriso se
alarga.
— Está com ciúmes de alguns casos na minha adolescência? — sorri
negando com a cabeça. — Eu precisava aprender pelo menos beijar.
— tentei fazer uma piada, o que não deu certo.
— Aprende-se comigo. Sem problema algum, te ensinaria tudo
calmamente! — ele subiu com calma uma das suas mãos pelas
minhas costas.
— Quando mudou de ideia?... porque repensou e resolveu ir atrás de
mim? — suspirei pesadamente sentindo seus toques lentos na minha
pele.
— Uma viagem que fiz para Roma, conheci uma senhora que abriu os
meus olhos. — Estevan parecia analisar minha reação com cautela.
Mih Franklim
— Ella, talvez seja uma menininha. — com a voz divertida, Liz disse
tocando calmamente o relevo da minha barriga.
— Acho que vai ser um menino, Liz. — respondo com um largo
sorriso enquanto caminhávamos pelo jardim.
É estranho dizer como o tempo passou tão rápido. Parece que foi
ontem que descobri sobre a minha gravidez, e acabei mudando toda
minha vida.
Se algum dia busquei mudanças, sem dúvidas encontrei. No
princípio não gostava da minha aparência grávida, me sentia
esquisita. Mas sempre foi só sobre aparência, o amor que sinto pelo
meu bebê, e o Estevan me ajuda a ver o lado bom de estar grávida.
Hoje em dia diria que amo minha aparência dessa forma, e com
certeza Estevan também está gostando dessa fase da nossa vida.
Eu tenho certeza que vamos se pais desajeitados.
Bom, eu e Lizzie estamos mais próximas. Sempre nos encontramos
para passear à tarde. Minha irmã é a minha melhor amiga, e
aproveitamos juntas nossa gestação. Infelizmente a Chloe não nos
dar notícias e eu sei que é pelo fato das regras das anciãs. Já me
peguei chorando diversas vezes por sentir saudades da minha irmã.
Lizzie e eu aguardamos ansiosas pelo dia que Chloe irá nos visitar e
conhecer nossos bebês assim que nascerem.
Sobre a vida da minha amiga Elena, fico feliz em dizer que ela está
noiva do Allan. A mesma tem a guarda definitiva da sua irmã, e sua
mãe me parece está morando em Paris aparentemente feliz em um
novo relacionamento. O que importa é que agora todos eles estejam
bem, embora não tenha muito contato com ela, fico contente pela
sua felicidade.
Já o Leonardo eu não tenho contato com ele, mas sei que ele está
se envolvendo com a Alice.
Nova York se tornou distante, algo que eu não tenho vontade de
ter novamente. Me sinto muito bem vivendo no Clã ao lado do meu
Estevan.
A velha rivalidade entre vampiros e lobos está mais calma, as
regras do meu pai foram desfeitas e vampiros circulam pela alcateia
com frequência, e vice versa. Isso não significa que não temos
problemas, contudo, a solução é fácil já que papai e Estevan
trabalham juntos nesse quesito agora. Eu sei, é estranho dizer isso,
mas eles estão se dando muito bem, às vezes se comportam como
duas crianças e confesso que no início achei estranho, mas gosto da
amizade que eles criaram. Com a ajuda do vampiro tentação, meu pai
criou novas leis para punir ambas as espécies. Já que agora todos
vivem sobre a mesma comanda, a do Conde e a do Supremo.
Com as novas leis meu pai liberou o tio Mateus e o Derek que
basicamente eram seus betas. Não sei dizer ao certo, mas me parece
que os pais do Izaac estão como meus avós! Viajando pelo mundo.
Já o Derek, está diferente, imagino que ele possa ter se
arrependido, ou minha irmã possa ter se arrependido... não sei, mas
sinto que possa ter algo a mais nessa história deles, talvez esteja
apenas começando! A aventura da minha irmã ainda podem nem ter
começado.
Sorrir voltando para a realidade onde estou passeando no jardim
de casa com a Liz. Como estamos na primavera, esse lugar se tornou
o nosso preferido!
— Talvez realmente seja um menino, já que você fala tanto que acha
que será um menino! — minha irmã falou me fazendo sorrir
novamente ao acariciar minha barriga.
Devo ressaltar que Lizzie está linda grávida. Embora seja apenas
três meses de diferença da nossa gestação, é visível que sua barriga é
muito maior que a minha.
— Eu quero que seja um menino. — confessei.
— Independente do que se for, eu vou amar e paparica muito. —
falou empolgada.
— E já decidiram o nome da nossa princesa? — a olhei, nos sentamos
embaixo de uma árvore para um piquenique a tarde.
— Está difícil! — bufou. — Eu quero Ana, mas Izaac gosta do nome
Lívia! Ele não abre mão desse nome, e eu também não abro mão do
Ana. — minha irmã pegou um pouco de suco para beber parecendo
revoltada.
O relacionamento do Izaac e da Lizzie é meio engraçado. Os dois
não tem muita maturidade, mas sempre estão um do lado do outro.
— Porque não chegam em um consenso? — digo de forma divertida
pegando um sanduíche em mãos. — Poderiam colocar Ana agora, e
quando você engravidar de novo colocavam o Lívia. Ou simplesmente
colocar os dois nomes!
— Esse bebê ainda nem nasceu e já está pensando em outro? — Liz
fez um pouco de drama. — Meus pés estão enormes, meu nariz
inchado e minha coluna dói a todo momento. Para se formar outro
bebê aqui vai ser difícil! — ela acariciou sua barriga com uma voz
divertida. — Não ri Ella, já, já os seus pés vão ficar enormes!
— Seria uma boa ideia colocar um nome por vez! — afirmei dando de
ombros. — Meus pés ainda não estão inchados, mas a dor na coluna
vem em dobro! Esse bebê parece dançar dentro da minha barriga. —
suspirei.
Não demorou muito para o meu bebê mexer. Me lembro bem da
noite que ele ou ela, chutou pela primeira vez! Foi no momento que
Estevan acariciava minha barriga como ele faz todas as noites antes
de dormimos. Claro que chorei, e posso jurar que vi o Estevan
emocionado, não tanto quanto eu. Desde esse dia em diante o nosso
bebê não para quieto um minuto.
— E você? Realmente não vai querer saber o sexo do bebê?
Liz me pergunta isso toda vez que me encontra, sem dúvidas ela
está tentando mudar meus planos.
— Exatamente! — afirmei. — Eu e o Estevan achamos melhor
descobrirmos na hora que ele ou ela nascer. — sinto o bebê chutar
um pouco forte, como se concordasse.
— Como você consegue? Eu fiquei louca para ter a certeza que
esperava uma menina.
— Imagino! Ansiosa do jeito que você é, sei que morreria se não
soubesse o sexo do seu bebê.
— E como vão escolher o nome? Digo, se vocês só vão saber do sexo
quando ele ou ela nascer, já deveriam ir pensando no nome, não? —
Lizzie demonstrava sua curiosidade, enquanto comia o seu
sanduíche.
— Fizemos um trato, eu escolho o nome se for menino, e ele se for
menina! Só espero que ele saiba escolher. — dei de ombros.
— E você já escolheu? — interessada ela se aproximou.
— Sim! — afirmei arqueando uma sobrancelha.
— E qual nome escolheu? — tentei reprimir um sorriso vendo como
minha a irmã realmente é curiosa.
— Não vou falar.
— Como assim? Não se nega nada para uma grávida, Ella! — ela
colocou a mão sobre o seu peito como uma criança birrenta.
— Okay, okay! — neguei com a cabeça e olhei em volta para ter a
certeza que ninguém está nos escutando. — Tyler. — digo baixinho.
— Tyler... Gostei desse nome. — Lizzie repetiu empolgada. — Já ouvir
em algum lugar esse nome. — parecendo pensativa, disse colocando
uma mão no seu queixo.
— É o nome do irmão do Estevan. — digo a olhando, sem dúvidas se
for um menino se chamará Tyler.
— É uma bela homenagem Ella. — ela tocou com ternura meu ombro
e piscou, voltou a olhar para a minha barriga e se abaixou um pouco
para sussurrar. — Se você for um menininho... Seja muito bem-vindo,
Tyler.
***
***
Me lembro do sorriso que a Alice tinha. Quando a conheci, soube
que ela era uma boa pessoa. Trabalhar na empresa do seu lado foi
muito bom, Alice, Allan, e Elena me ajudaram tanto! São pessoas que
marcaram uma fase da minha vida extremamente importante.
— Sinto muito meu amor... — os olhos azuis marejados do meu
companheiro me fitaram.
Já perdi a conta de quantas vezes Estevan me pediu desculpas
pela morte da minha amiga, —eu sei que ele e o meu pai não tiveram
culpa—. Foi um triste acidente ao qual um recém transformado não
aguentou. Nem mesmo esse vampiro que matou Alice teve culpa, sei
como é difícil se controlar.
***
•Alice Lear•
Epílogo
Mih Franklim.
Estevan
***