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The interdisciplinarity in the training of high school mathematics teachers under the light of
the BNCC
Resumo: Este trabalho tem por objetivo conceituar a interdisciplinaridade na busca da formação
integral no percurso formativo dos estudantes do ensino médio, de acordo com a aplicabilidade da
Base Nacional Comum Curricular- BNCC e do Currículo Base do Ensino Médio do Território
Catarinense - CBEMTC, bem como investigar a concepção de interdisciplinaridade entre os
professores de Matemática que atuam nessa etapa de ensino. Buscou-se verificar e entender formas
de valorizar a diversidade de saberes e vivências que estão presentes na sala de aula, além dos
muros da escola para que se possa realmente ofertar uma formação que contemple as dez
competências da BNCC. A pesquisa foi qualitativa, constituindo-se em um estudo de caso com
professores de matemática que atuam no Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino de Santa
Catarina, mediada por revisões bibliográficas e documentais da Base Nacional Comum Curricular, -
BNCC e do Currículo base do Território Catarinense, que dialogam sobre interdisciplinaridade e
formação de professores de Matemática. Percebe-se que há muito a ser feito para que professores
estejam preparados para atuar interdisciplinarmente. A formação inicial e continuada é uma das
principais armas para que se possa cumprir o que está posto na BNCC e CBEMTC, bem como uma
mudança de pensamento em relação à forma de fazer o planejamento que precisa de forma coletiva
e abrangendo as diversas áreas de conhecimentos.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Novo Ensino Médio. Base Nacional Comum Curricular.
Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense.
Abstract: This assignment has by its goal conceptualize the interdisciplinarity in the search of full
formation in the formative path of high school students, according to the applicability of the
National Common Curricular Base - BNCC and the Curricular Base of High School of the Territory
Catarinense - CBEMTC, as well as investigating the conception of interdisciplinarity among
Mathematics teachers who work in this teaching stage. It seeks to verify and understand ways of
value the diversity of knowledge and experiences that are present in the classroom and beyond the
walls of the school so that one can really offer training that includes the ten requirements of the
BNCC.The research will be qualitative, constituting a case study with mathematics teachers who
work in high school, mediated by bibliographic and document reviews of the National Common
Curricular Base, - BNCC and the Curricular Base of High School of the Territory Catarinense,
which dialogue on interdisciplinarity and Mathematics teacher training. It is noticed that there is
much to be done so that teachers are prepared to act in na interdisciplinary manner. Initial and
continued training is one of the main weapons so that you can fulfill what is set out in the BNCC
and CBEMTC, as well as a change of thought in relation to the way of doing the planning that
needs to be in a collective way and cover the various areas of knowledge.
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Keywords: Interdisciplinarity, New High School, Common National Curriculum Base, Curricular
Base of High School of the Territory Catarinense
INTRODUÇÃO
Ao consultarmos um dicionário da Língua Portuguesa encontramos a interdisciplinaridade
definida como “comum a dois ou mais campos disciplinares inter-relacionados” (FERREIRA, 2011,
p. 519). Ou seja, uma integração entre conhecimentos para fins comuns, o que, em nosso caso, seria
a aquisição de saberes integrais. A interdisciplinaridade é, em sua essência, uma mudança de
paradigmas e metodologias que integram conceitos, teorias e práticas para compreender objetos e
fenômenos das vivências dos existentes em sala de aula.
Essa metodologia voltada para o todo vivenciado e estudado considera o caráter integrado e
complexo dos saberes e, nos convida a superar a excessiva e tradicional fragmentação do
conhecimento nas escolas. A interdisciplinaridade permite o contexto aprofundado de cada área de
conhecimento, integrando-os às conexões e interações com os demais campos dos saberes
historicamente construídos e às vivências e experiências trazidas pelos indivíduos em sala de aula,
dando sentido e significado.
Esse novo olhar para a educação escolar brasileira é intensificado pela Base Nacional
Comum Curricular e, consequentemente, pela definição dos currículos comuns de cada território.
Nesse sentido, por meio deste trabalho de pesquisa busca-se entender como é apresentada a
interdisciplinaridade nos documentos oficiais (Base Nacional Comum Curricular e no Currículo
Base do Ensino Médio do Território Catarinense), bem como a percepção dos docentes sobre o
assunto, as principais dificuldades para se mediar o ensino da matemática com metodologias e
ferramentas capazes de ressignificar a formação integral dos estudantes, embasados no contexto
interdisciplinar presente nas competências e habilidades a serem atingidas no Novo Ensino Médio.
Os legados da educação atual têm raízes na Grécia Antiga, com Aristóteles, Sócrates e
Platão, quando tratam do desenvolvimento de conhecimentos pelo resultado dos diversos saberes. O
conceito de formação integral começou com os guerreiros gregos e se estendeu como uma
necessidade na formação de jovens, considerando os valores humanos e culturais como um trabalho
interdisciplinar.
O trabalho interdisciplinar nasce da ideia de envolver diversos atores para a construção de
saberes, com várias ciências contribuindo, na sua individualidade, para ampliar, potencializar e
modernizar atividades educativas significativas para a formação escolar integral.
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prática para que os alunos usem o que já sabem de maneira leve, estimulando as habilidades que já
possuem para alcançar outras diferentes.
As maiores dificuldades observadas atualmente quando se fala em trabalhar de forma
interdisciplinar, compartilhando vivências e entendimentos diferenciados na Matemática, estão no
campo de formação inicial e continuada de professores, construída dentro e pela própria profissão.
Há paradigmas que amedrontam e paralisam a atuação docente quando a compreensão da prática
interdisciplinar é tida como “saber de tudo o tempo todo” e que orientam o professor a sair do seu
isolamento conteudista. De acordo com Nóvoa (2002, p.35), “a ação pedagógica realiza-se a partir
de uma pluralidade de valores e de crenças, de ideias e de situações, que é ilusório tentar controlar a
priori”. Neste sentido, a escola precisa ser um local de aprendizagens, mas sempre partindo das
vivências já existentes de cada aluno, respeitando toda as suas experiência e cultura e
ressignificando os seus conceitos, transformando-os em conhecimento científico. O professor é o
mediador desse processo e não há, sob esta ótica, como trabalhar cada componente curricular
separadamente, sem dar a dimensão verdadeira do todo.
A BNCC traz um novo olhar para a busca de conhecimentos integrais e o desenvolvimento
de competências e habilidades dos estudantes, instigando uma nova formação inicial e continuada
de professores. Dessa forma, é necessário compreender o contexto em que o professor atualmente
está inserido, bem como toda a complexidade da transformação de sua prática educativa. A
formação dos professores, para atender às novas demandas e contexto da educação integral, precisa
ser repensada tanto nas disciplinas acadêmicas ofertadas na formação inicial, quanto no
aperfeiçoamento e formação profissional continuada. A formação deve repensar a autonomia
docente, preparando professores reflexivos e abertos para um novo olhar sobre os diversos saberes
das áreas, não no intuito de ter entendimento sobre tudo, mas sim, em ter domínio amplo dos
conhecimentos de sua área e conseguir estabelecer as possíveis contribuições nas demais.
Considerando o novo olhar sobre a educação, trazido pela implementação da Base Nacional
Comum Curricular – BNCC e as novas demandas de aprendizagens do século XXI, buscou-se
entender quais os melhores encaminhamentos para munir os professores de Matemática com
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O que se tem visto é a demanda cada vez mais explícita por uma escola cidadã. De modo
geral, uma escola cidadã é aquela comprometida com uma sociedade justa, solidária e
democrática e que é capaz de, na sua proposta pedagógica, acolher os educandos e os
educadores num processo colaborativo, dialógico e emancipador de apropriação e
reconstrução dos saberes socialmente relevantes já sistematizados no mundo e de invenção
de outros saberes, que florescem na experiência histórica concreta cotidiana dos sujeitos
que ali se encontram. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2020).
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Fonte: Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense, 2019, p. 22
A BNCC propõe uma aprendizagem por áreas de conhecimentos através de seus objtos de
conhecimentos e não mais por disciplinas separadas. Propõe uma integração interdisciplinar entre
os mais diversos conceitos científicos, sociais e pessoais, desconstruindo também a necessidade de
separação de conteúdos por séries/anos, respeitando as necessidades educativas individuais e o
processo de construção coletiva de cada grupo de estudantes. De acordo com as discussões da Base,
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Prevê-se ainda, com este novo currículo, oportunizar a jovens, adultos e idosos a vivência
de percursos escolares conectados com seus contextos, tempos, espaços e identidades. (...)
em articulação com o contexto histórico, econômico, social, científico, ambiental, cultural e
com o mundo do trabalho(...). (RESOLUÇÃO nº 3 CNE/2018, p. 2).
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5. A INTERDISCIPLINARIDADE E A MATEMÁTICA
Dentro da BNCC e consequentemente do CBEMTC, a Matemática se configura
como área do conhecimento e ao mesmo tempo como um componente curricular. Então, para
atender as diretrizes estabelecidas nos dois documentos, reforça-se a obrigatoriedade do trato
interdisciplinar da matemática com as demais disciplinas, para que se evite a fragmentação e
compartimentalização dos conhecimentos e o estudante entenda a aplicabilidade de fórmulas e
conceitos na resolução de problemas práticos de seu cotidiano. O ensino da matemática deve
instigar a formulação de hipóteses, analisar e relacionar dados reais, por meio de uma representação
prática e adequada para que o estudante possa ser capaz de analisar, argumentar e tomar decisões
coesas e seguras, tanto no mundo do trabalho, quanto nas interações sociais.
A matemática é parte intrínseca da cultura e dos saberes historicamente construídos, pois
surgiu da necessidade de resolução de problemas de ordem prática e corriqueira, mesmo muito
antes do surgimento da própria escrita. Então, é fácil fazer a correlação de qualquer cálculo com
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quaisquer elementos das outras áreas. Se trabalhada de forma interdisciplinar, desmistifica o medo e
a complexidade com que os estudantes a conceituam e permite atribuir sentido e significação
conceitual. O estudante saberá como se faz e entenderá para que serve cada conceito, fórmula e
cálculo.
O currículo da matemática precisa estar voltado para a criatividade, para a curiosidade, para
responder os questionamentos dos estudantes, desestruturando o seu formalismo e a demasiada
abstração cognitiva, contribuindo para a formação cidadã integral e plena, como instrumento de
interesse e não como obrigação.
Por mais que a matemática continue presente na Formação Geral Básica, o Currículo Base
do Ensino Médio do Território Catarinense, em seus cadernos 3 e 4, apresenta a aplicabilidade
interdisciplinar deste componente, num vasto portfólio de percursos formativos e trilhas de
aprofundamento, que deverão ser trabalhados na parte flexível do Novo Ensino Médio, após a
escuta e escolha dos próprios estudantes.
De acordo com a Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, do Ministério de Educação
(MEC), citada no Caderno 3, p. 21, do CBEMTC, a matemática deve enfatizar:
A matemática trabalhada através dos itinerários formativos, precisa estar baseada nas
competências e habilidades gerais da BNCC e nas específicas para o componente curricular, bem
como, estar estruturada nos eixos da investigação científica, processos criativos, mediação e
intervenção sociocultural e empreendedorismo, conforme quadros a seguir:
Quadro 1 - Habilidades gerais e específicas dos eixos estruturantes do itinerário de Matemática e Tecnologias
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Quadro 2: Habilidades gerais e específicas dos eixos estruturantes do itinerário de Matemática e Tecnologias
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[...] aspectos contidos na diversidade cultural que envolvem definições múltiplas, conceitos
variados e resultados aferidos a partir das configurações assumidas quando tratamos da
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[...] cada disciplina precisa ser analisada não apenas no lugar que ocupa ou ocuparia na
grade, mas nos saberes que contemplam, nos conceitos enunciados e no movimento que
esses saberes engendram, próprios de seu lócus de cientificidade. Essa cientificidade, então
originada das disciplinas, ganha status de interdisciplina no momento que obriga o
professor a rever suas práticas e a redescobrir seus talentos, no momento em que ao
movimento da disciplina seu próprio movimento for incorporado.
Tal conceituação também foi apontada pelo Professor 5, que cita a interdisciplinaridade
“como algo que engloba mais que uma disciplina e ou conceitos de áreas diferentes em uma
mesma aula ou atividade proposta”. E, de acordo com o Professor 1, fazendo uma relação paralela
com o mesmo objetivo.
Diferentemente da resposta dada pelo Professor 4, que cita apenas “o trabalho de conceitos
matemáticos com outras disciplinas”. Entendemos que, com a proposta de formação integral trazida
pela BNCC e CBEMTC, a Matemática não pode ser mais observada como única, empoderada e
inalcançável, mas sim como parte de uma construção coletiva e como composição de uma educação
voltada para a cidadania e ao alcance de um aprendizado uníssono e com sentido de totalidade para
o estudante. O conhecimento matemático é resultado de produção histórica, construído na medida
em que a humanidade se desenvolve. (SANTA CATARINA, 2021, Caderno 2).
O Professor 4 entende que “é necessário relacionar o conteúdo da Matemática com o
cotidiano do estudante”, o que condiz com a necessidade de considerar todas as vivências,
transformando a escola em um espaço aberto que o vê como sujeito de aprendizagem e como
participante ativo do mundo que ultrapassa os muros da escola. Ainda, de acordo com SANTA
CATARINA, 2021, Caderno 1.
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ampliação da carga horária anual requerem muitos mais espaços para salas de aula, laboratórios,
bibliotecas e para convivências.
O Professor 4 menciona que “é necessária uma formação mais ampla, bem como formação
contínua dos professores, além de ampla pesquisa de cada um sobre o tema e sobre as
possibilidades que podem ser instigadas em sala de aula”. Tal perspectiva é corroborada por
Marchelli, quando afirma que,
[...] precisa de formação inicial absolutamente diferente daquela atualmente praticada pelos
cursos de licenciatura que estão em funcionamento no Brasil. A integração do currículo em
áreas de conhecimento e o trabalho interdisciplinar pressupõe uma formação pautada em
conceitos que por força da Base condicionarão as políticas voltadas para a preparação de
professores e a elaboração dos projetos pedagógicos dos cursos (MARCHELLI, 2017, p.
56).
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Fonte: Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense, 2019.
A Modelagem matemática, entre outras estratégias, pode ser um caminho consolidado para
a formação integral do estudante dentro do que é proposto nas dez competências básicas da BNCC,
colocando a Matemática como peça que se encaixa perfeitamente na solução de qualquer situação-
problema proposto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após muitas leituras e análise de documentos oficiais e legislação vigente, esse artigo
procura apresentar os elementos para instigar professores de Matemática, que atuarão no Novo
Ensino Médio a repensar e reelaborar a sua prática educativa, buscando a sua formação integral e
consequentemente de seus educandos.
Fica evidente, em toda a trajetória, a indissociabilidade entre teoria e prática no processo de
ensino e aprendizagem, pois as novas demandas exigem um olhar diversificado que considere a
realidade dos estudantes, de suas formas de aprender e apreender, bem como de suas vivências e
culturas. Com isso, é necessário a oferta de múltiplas trajetórias com articulação ativa aos diversos
saberes historicamente construídos. Compreende-se que a formação integral permeia entre diversos
saberes olhando o estudante como parte de um todo, com todas as suas vivências e como parte de
um sistema que vai além dos limites da escola. A mediação interdisciplinar dos componentes
curriculares se apresenta como a melhor opção para o alcance dos objetivos propostos pelas dez
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competências gerais da BNCC, bem como para as competências e habilidades propostas para o
ensino da Matemática.
No processo de escuta dos professores, fica evidente que não há uma compreensão sobre o
que é, onde e como introduzir a interdisciplinaridade em suas metodologias de ensino, bem como
efetivar o diálogo com as demais áreas de conhecimento. Percebe-se o medo da desfragmentação e
a insegurança de quais caminhos seguir, inclusive quando se parte da própria concepção da palavra
interdisciplinaridade. Então, entende-se que o planejamento coletivo entre os professores da turma e
ou da própria escola é o ponto chave para que se cumpra o que está escrito tanto na Base Nacional
Comum Curricular quanto no Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense e,
consequentemente, se obtenha êxito no que institui a Lei Federal nº 13.415/2017 do Novo Ensino
Médio. Para as escolas da Rede Estadual de Ensino há a orientação de que esses diálogos sejam
feitos durante as aulas de planejamento instituídas pela Lei de Diretrizes e Base da Educação –
LDB/1996 e suas alterações. Para isso acontecer, é primordial um novo olhar sobre o trabalho
pedagógico e uma reestruturação dos tempos de planejamento que devem passar do individual para
o coletivo. Há a real necessidade de se desmistificar o conceito de interdisciplinaridade no contexto
da prática pedagógica, fortalecendo a cooperação entre os pares e qualificar o processo educativo.
Há a necessidade, também, de se despojar da possessão do conhecimento fragmentado de
cada componente curricular e se abrir para um leque de possibilidades didático-pedagógicas. Com a
não seriação dos conteúdos e a possibilidade de termos estudantes de várias turmas interessando-se
em um único componente eletivo ou uma trilha formativa, por exemplo, nos demonstra que
realmente precisamos estar preparados para uma perspectiva que perpassa para além do que
tradicionalmente costuma-se mediar em sala de aula.
Ao se evidenciar que os professores não estão totalmente preparados para as mudanças,
percebe-se que a formação inicial e continuada é indispensável para que haja uma construção
coletiva e um novo olhar sobre o processo de ensino e aprendizagem. A formação precisa ser
repensada de forma a tornar os professores capazes de entender, ampliar e dominar estratégias
pedagógicas que ampliem os processos cognitivos dos estudantes, numa articulação dos
componentes das áreas do conhecimento. O estudante precisa ser o protagonista de seu percurso
formativo e isso exige que o professor esteja preparado para novos entendimentos. Isso é uma
situação que assusta inicialmente, mas necessária de ser organizada por todos os envolvidos no
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei N 13.415. Atualiza a Lei N 9394/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, 2017.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9.394/96 de 220/12/1996.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (Org.). O que é interdisciplinaridade? 2.ed. São Paulo:
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FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. FERREIRA, Nali Rosa Silva. (Org.). Formação de docentes
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NÓVOA, Antônio. Formação de Professores e Trabalho Pedagógico. Lisboa: EDUCA, 2002.
SANTA CATARINA. Comissão Estratégica de Mobilização para Implementação da Base Nacional
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