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Marcha Mundial

Mulheres
das
CONTEXTO HISTÓRICO
Foi num mundo cada vez mais globalizado que esta ideia de uma marcha mundial de mulheres surgiu.
Um mundo construído pela força combinada de dois fenómenos globais: perpetuação de um sistema
baseado na dominação dos mais vulneráveis – o patriarcado; e a predominância de um sistema único
de exploração econômica – o capitalismo neoliberal. A globalização da economia de mercado tornou
um número crescente de mulheres mais pobres, tanto no Norte como no Sul. As regiões pobres
também testemunharam uma proliferação de conflitos armados que tiveram ramificações específicas
para mulheres e crianças. A violência contra as mulheres continua a ser uma realidade universal:
violência conjugal, agressão sexual, mutilação sexual, violação sistemática em tempos de guerra,
entre outras (WMW, 2010).
Surgimento “MULHERES EM MARCHA”

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) surgiu inspirando-se em


uma manifestação ocorrida em Quebec, no Canadá, no ano de 1995;

Cerca de 850 mulheres saíram em marcha reivindicando melhores


condições de vida e trabalho, em sua maioria eram imigrantes;

As mulheres que participaram do movimento canadense,


procuraram outras organizações mundiais para apresentar sua
proposta de criar uma campanha global das mulheres.
“MULHERES EM MARCHA PELO
História MUNDO“

A ideia de uma Marcha Mundial é semeada

No mesmo ano, em 1995, um pequeno grupo das marchantes de


Québec participou no fórum de ONGs sobre Mulheres em Huairou;

Foi nesse evento onde surgiu a ideia de uma Marcha Mundial das
Mulheres, que foi apoiado e ilustrado pelas marchantes de Québec;

Em 1998, ocorreu o primeiro encontro da Marcha Mundial das


Mulheres, em Montreal;
História “MULHERES EM MARCHA PELO
MUNDO“

Mulheres de diversas partes do globo, impressionadas com a ideia e


com o que foi feito em Québec adotaram o movimento.

Em 2000, cerca de 6.000 organizações não governamentais em 161


países e territórios marcharam em suas aldeias, bairros, cidades e em
frente à sede dos governos.

A partir dessa marcha, diversas conquistas foram alcançadas, muitas


delas históricas.
“MULHERES EM MARCHA PELO
História MUNDO“

No Brasil, ao longo dos anos, a MMM realizou diversos movimentos,


sempre com o intuito de reforçar a importância do mesmo para a
conquista de direitos e o papel crucial do feminismo na sociedade.

A Marcha Mundial das Mulheres não luta apenas pelo direito das
mulheres, mas sim por igualdade em toda a sociedade, defendendo
diversas pautas importantes.
“MULHERES EM MARCHA PELO
História MUNDO“

Um novo olhar para a sociedade é construído e reconhecido

Em um dos encontros realizados no ano de 2003, foi proposta a elaboração


de uma Carta Global das Mulheres para a humanidade;

Esta carta trazia diversas demandas sociais importantes, mas destaca-se o


fato de nela conter fatores que devem ser abolidos da sociedade de uma vez
por todas;

Nesta carta, as mulheres descrevem a sociedade que desejam construir,


sendo ela igualitária para todos.
“MULHERES EM MARCHA PELO
História MUNDO“

A terceira ação internacional ocorreu em 2010, onde quatro campos


de ação foram escolhidos para as marchantes atuar: Trabalho e
autonomia econômica das mulheres; violência; bens comuns e
serviços públicos; paz e desmilitarização;

Apesar de serem pioneiras na construção da MMM, as marchantes


de Québec não possuíam o apoio do governo em suas demandas. E
ainda lutavam para tentar superar a probreza e a violência contra a
mulher.
Como se transnacionalizou?
No final de 1995, uma importante delegação do movimento de mulheres do Quebec participou da Quarta
Conferência Mundial sobre as Mulheres, paralelo à Quarta Conferência Mundial da ONU em Pequim, China.

Foi neste evento internacional que a ideia de uma marcha mundial de mulheres foi lançada pelas
quebequenses em uma das oficinas. Aproximadamente vinte mulheres responderam ao convite. Elas
vieram de vários países da Ásia e da África, bem como da França, dos Estados Unidos e do Canadá. Várias
mulheres quebequenses ostentavam os babadores da Marcha do Pão e Rosas e alguns vídeos da
manifestação.

O Sul existia no Norte.

A ideia deste projeto de organizar uma marcha mundial de mulheres em 2000 foi apresentada às
participantes: mulheres de todo o mundo que marchariam para denunciar as políticas do Fundo Monetário
Internacional, para exigir medidas concretas dos Estados membros da ONU para acabar com a pobreza e a
violência contra as mulheres.
Como se transnacionalizou?
O primeiro Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres foi realizado no dia 18 de outubro de
1998. Em dois dias, foram adotadas 17 reivindicações globais para eliminar a pobreza e a violência contra as
mulheres. Quem estava presente comprometeu-se a organizar marcha mundial de mulheres de todos os
cantos do planeta em 2000. Ela estava marcada para começar em 8 de Março, Dia Internacional da Mulher,
e terminar em 17 de Outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Este encontro histórico foi o que deu início a transformação de uma mobilização local em uma ação
internacional!

Em 2000, esta enorme campanha mobilizou mulheres de todas as regiões do mundo. Milhões de mulheres e
homens apoiaram as exigências apresentadas pela Marcha Mundial das Mulheres. Em tempo recorde
(apenas sete meses), foram recolhidas 5.084.546 assinaturas para exigir que os políticos e economistas
mudassem radicalmente o rumo para acabar com a pobreza e todas as formas de violência contra as
mulheres, de uma vez por todas.
Resultados obtidos:
Em certos países africanos, como o Burkina Faso e Moçambique, os órgãos nacionais de coordenação das
mulheres obtiveram, pela primeira vez na sua história, uma reunião com líderes governamentais, na qual
puderam apresentar as suas preocupações.

Na Venezuela, a violência conjugal foi finalmente reconhecida como um ato criminoso.

Em Marrocos, uma manifestação de apoio às alterações desejadas ao Código da Família ajudou a fazer
progressos nesta área.

No dia 14 de Outubro, em Bruxelas, 30.000 mulheres da Europa Ocidental e Oriental estabeleceram


finalmente laços de solidariedade.

Na Indonésia, uma caravana de mulheres viajou de ilha em ilha para envolver as autoridades locais em
discussões, apelando-as a denunciarem a violência contra as mulheres e a exigirem direitos iguais para
todos.
Resultados obtidos:
Em 16 de Outubro de 2000, uma delegação internacional de mulheres conseguiu reunir-se com os líderes do
Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

No dia 17 de Outubro, o Subsecretário-Geral das Nações Unidas, reuniu-se com os delegados, enquanto
10.000 mulheres de todos os continentes manifestaram-se nas ruas de Nova Iorque.

No entanto, os ganhos obtidos dos governos não corresponderam às expectativas das mulheres nem de
longe. Foram dados alguns passos para combater a violência contra as mulheres, mas pouco foi feito em
relação às mulheres que lutam contra a pobreza.
Objetivos
Igualdade de gênero: Lutar pela igualdade de oportunidades, direitos e tratamento entre
homens e mulheres em todas as esferas da vida, incluindo trabalho, política, educação e
relações pessoais.
Direitos reprodutivos: Defender o direito das mulheres de tomar decisões sobre seu
próprio corpo, incluindo o acesso a serviços de saúde reprodutiva, contracepção e o
direito ao aborto.
Fim da violência de gênero: Combater a violência doméstica, assédio sexual, estupro e
outras formas de violência baseadas no gênero.
Equidade salarial: Lutar contra a disparidade salarial entre homens e mulheres e
promover políticas que garantam a igualdade de remuneração pelo mesmo trabalho.
Objetivos

Representação política: Promover a representação das mulheres em cargos de liderança


política e tomada de decisão.
Diversidade e inclusão: Promover a inclusão de todas as mulheres, independentemente de sua
raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, religião, deficiência ou outras
características.
Direitos LGBTQ+: Apoiar os direitos das pessoas LGBTQ+ e combater a discriminação com
base na orientação sexual e identidade de gênero.
Educação e conscientização: Conscientizar a sociedade sobre as questões de gênero e
promover a educação que desafia estereótipos de gênero prejudiciais.
Atuação transnacional
Atuação transnacional
Mulheres em marcha até que estejamos todas livres!

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