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Mulheres
das
CONTEXTO HISTÓRICO
Foi num mundo cada vez mais globalizado que esta ideia de uma marcha mundial de mulheres surgiu.
Um mundo construído pela força combinada de dois fenómenos globais: perpetuação de um sistema
baseado na dominação dos mais vulneráveis – o patriarcado; e a predominância de um sistema único
de exploração econômica – o capitalismo neoliberal. A globalização da economia de mercado tornou
um número crescente de mulheres mais pobres, tanto no Norte como no Sul. As regiões pobres
também testemunharam uma proliferação de conflitos armados que tiveram ramificações específicas
para mulheres e crianças. A violência contra as mulheres continua a ser uma realidade universal:
violência conjugal, agressão sexual, mutilação sexual, violação sistemática em tempos de guerra,
entre outras (WMW, 2010).
Surgimento “MULHERES EM MARCHA”
Foi nesse evento onde surgiu a ideia de uma Marcha Mundial das
Mulheres, que foi apoiado e ilustrado pelas marchantes de Québec;
A Marcha Mundial das Mulheres não luta apenas pelo direito das
mulheres, mas sim por igualdade em toda a sociedade, defendendo
diversas pautas importantes.
“MULHERES EM MARCHA PELO
História MUNDO“
Foi neste evento internacional que a ideia de uma marcha mundial de mulheres foi lançada pelas
quebequenses em uma das oficinas. Aproximadamente vinte mulheres responderam ao convite. Elas
vieram de vários países da Ásia e da África, bem como da França, dos Estados Unidos e do Canadá. Várias
mulheres quebequenses ostentavam os babadores da Marcha do Pão e Rosas e alguns vídeos da
manifestação.
A ideia deste projeto de organizar uma marcha mundial de mulheres em 2000 foi apresentada às
participantes: mulheres de todo o mundo que marchariam para denunciar as políticas do Fundo Monetário
Internacional, para exigir medidas concretas dos Estados membros da ONU para acabar com a pobreza e a
violência contra as mulheres.
Como se transnacionalizou?
O primeiro Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres foi realizado no dia 18 de outubro de
1998. Em dois dias, foram adotadas 17 reivindicações globais para eliminar a pobreza e a violência contra as
mulheres. Quem estava presente comprometeu-se a organizar marcha mundial de mulheres de todos os
cantos do planeta em 2000. Ela estava marcada para começar em 8 de Março, Dia Internacional da Mulher,
e terminar em 17 de Outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Este encontro histórico foi o que deu início a transformação de uma mobilização local em uma ação
internacional!
Em 2000, esta enorme campanha mobilizou mulheres de todas as regiões do mundo. Milhões de mulheres e
homens apoiaram as exigências apresentadas pela Marcha Mundial das Mulheres. Em tempo recorde
(apenas sete meses), foram recolhidas 5.084.546 assinaturas para exigir que os políticos e economistas
mudassem radicalmente o rumo para acabar com a pobreza e todas as formas de violência contra as
mulheres, de uma vez por todas.
Resultados obtidos:
Em certos países africanos, como o Burkina Faso e Moçambique, os órgãos nacionais de coordenação das
mulheres obtiveram, pela primeira vez na sua história, uma reunião com líderes governamentais, na qual
puderam apresentar as suas preocupações.
Em Marrocos, uma manifestação de apoio às alterações desejadas ao Código da Família ajudou a fazer
progressos nesta área.
Na Indonésia, uma caravana de mulheres viajou de ilha em ilha para envolver as autoridades locais em
discussões, apelando-as a denunciarem a violência contra as mulheres e a exigirem direitos iguais para
todos.
Resultados obtidos:
Em 16 de Outubro de 2000, uma delegação internacional de mulheres conseguiu reunir-se com os líderes do
Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
No dia 17 de Outubro, o Subsecretário-Geral das Nações Unidas, reuniu-se com os delegados, enquanto
10.000 mulheres de todos os continentes manifestaram-se nas ruas de Nova Iorque.
No entanto, os ganhos obtidos dos governos não corresponderam às expectativas das mulheres nem de
longe. Foram dados alguns passos para combater a violência contra as mulheres, mas pouco foi feito em
relação às mulheres que lutam contra a pobreza.
Objetivos
Igualdade de gênero: Lutar pela igualdade de oportunidades, direitos e tratamento entre
homens e mulheres em todas as esferas da vida, incluindo trabalho, política, educação e
relações pessoais.
Direitos reprodutivos: Defender o direito das mulheres de tomar decisões sobre seu
próprio corpo, incluindo o acesso a serviços de saúde reprodutiva, contracepção e o
direito ao aborto.
Fim da violência de gênero: Combater a violência doméstica, assédio sexual, estupro e
outras formas de violência baseadas no gênero.
Equidade salarial: Lutar contra a disparidade salarial entre homens e mulheres e
promover políticas que garantam a igualdade de remuneração pelo mesmo trabalho.
Objetivos