Você está na página 1de 9

Nélio Xavier Mucandze

Etnocentrismo vs. Relativismo

Docente: Dercia Chilengue

Universidade Pedagógica-Maputo
Faculdade de Economia e Gestão

Maputo, 2022
Nélio Xavier Mucandze

Etnocentrismo vs. Relativismo

Trabalho individual de carácter


avaliativo
Sob avaliação da docente Dercia
Chilengue, Universidade
Pedagógica-Maputo

Universidade Pedagógica-Maputo

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Economia

Regime laboral

2 Ano

Maputo, 2022
Índice
Introdução....................................................................................................................................................4
Objectivos.................................................................................................................................................4
Geral:........................................................................................................................................................4
Especifico:................................................................................................................................................4
Metodologias:..........................................................................................................................................4
Desenvolvimento.........................................................................................................................................5
Etnocentrismo e racismo..........................................................................................................................5
Nomes sonantes que praticaram o etnocentrismo..................................................................................6
Prevalência do etnocentrismo em pleno século XXI.................................................................................6
Características do etnocentrismo.............................................................................................................7
Características do relativismo..................................................................................................................7
Conclusão.....................................................................................................................................................8
Referencia....................................................................................................................................................9
Introdução

Este trabalho aborda sobre o etnocentrismo e relativismo cultural pois trata-se de assuntos de
extrema importância que envolvem valorização da cultura e actividade de tentativa de
desvalorização da mesma a medida em que os donos de uma certa cultura vêm ela como a
superior e se calhar a melhor, discriminando assim outras culturas. Etnocentrismo caracteriza-se
por apresentar um comportamento agressivo, agressão verbal em relação as outras culturas, dai o
relativismo cultural aparece se opondo ao etnocentrismo onde estabelece que nenhuma cultura e
superior as demais pois cada cultura e autónoma.

Objectivos
Geral: abordar questões de etnocentrismo vs. relativismo cultural.

Especifico:
 Distinguir o etnocentrismo do relativismo cultural;
 Caracterizar o etnocentrismo e o relativismo cultural;
 Identificar alguns nomes sonantes que praticaram o etnocentrismo;
 Justificar porquê o etnocentrismo não pode ser confundido com o racismo; e
 Explicar a prevalência do etnocentrismo em pleno século XXI.

Metodologias: trabalho foi feito com base nas consultas bibliográficas e pontos de vista de
outros autores encontrados na internet.
Desenvolvimento

O etnocentrismo consiste em considerar ou afirmar que existem culturas boas e culturas ruins. “O
etnocentrismo pode ser manifestado no comportamento agressivo ou em atitudes de superioridade
e até hostilidade. A discriminação, o proselitismo, a violência, a agressividade verbal são outras
formas de expressar o etnocentrismo”. Não existem culturas superiores ou inferiores. Cada uma
delas deve ser vista dentro daquilo que os antropólogos chamam de interioridade cultural. Por
esse motivo jamais se pode afirmar que existem culturas selvagens, bárbaras ou atrasadas.
Mesmo as mais antigas e as extintas não podem ser rotuladas nestes termos. Toda atitude
etnocêntrica precisa ser condenada e rejeitada porque fere o princípio da igual dignidade de todos
os seres humanos e de todos os povos.

Etnocentrismo é um preconceito que cada sociedade ou cada cultura produz, ao mesmo tempo
que procura incutir em seus membros normas e valores peculiares. Se sua maneira de ser e de
proceder é a certa, então as outras estão erradas, e as sociedades que as adoptam constituem
“aberrações”. Assim o etnocentrismo julga os outros povos e culturas pelos padrões da própria
sociedade, que servem para aferir até que ponto são correctos e humanos os costumes alheios.
Desse modo, a identificação de um indivíduo com sua sociedade induz à rejeição das outras. O
idioma estrangeiro parece “enrolado” e ridículo; seus alimentos, asquerosos; sua maneira de
trajar, extravagante ou indecente; seus deuses, demónios; seus cultos, abominações; sua moral,
uma perversão etc.

Etnocentrismo e racismo

O etnocentrismo não se confunde com o racismo. São coisas diferentes. O racismo é a afirmação
de que existem raças distintas e que determinadas raças são inferiores, sejam do ponto de vista
moral, como intelectual e técnico. No racismo a inferioridade não é considerada a partir da
perspectiva social ou cultural, mas do ponto de vista biológico. A inferioridade seria inata. Nasce-
se inferior por se pertencer a tal raça. O etnocentrismo, por sua vez, é a afirmação de que a
própria cultura ou civilização é superior às demais.

Nomes sonantes que praticaram o etnocentrismo.

O etnocentrismo é muito antigo e foi praticado no passado por gente famosa. Heródoto (484-424
a. C.), ao analisar as culturas por ele visitadas e estudadas agiu de maneira etnocêntrica. Tácito
(55-120 d. C.), escritor latino, fez o mesmo com as tribos germânicas. Marcos Polo, entre 1271 e
1296, viu os costumes dos tártaros de modo etnocêntrico.

José de Anchieta (1534-1597) se espantava com os costumes dos Tupinambás e os avaliava a


partir da cultura europeia e cristã. Montaigne (1533-1572) ficava escandalizado com o costume
dos indígenas de não usarem roupas. Os exemplos podem ser multiplicados e o que mais
impressiona é uma constante entre as pessoas etnocêntricas. Todas avaliam as outras culturas a
partir da sua e sempre consideram a própria cultura superior às demais.

Em pleno s impressiona é uma constante entre as pessoas etnocêntricas. Todas avaliam as outras
culturas a partir da sua e sempre consideram a própria cultura superior às demais.

Prevalência do etnocentrismo em pleno século XXI

Em pleno século XXI o etnocentrismo não foi superado. Ainda hoje quando opinamos sobre
determinadas questões (identidade cultural, família, relações sociais, sexo, crenças religiosas,
estado, democracia etc.) ele continua presente com toda a sua carga ideológica. Por isso o
trabalho de “descolonizar” certas práticas e opiniões ainda precisa continuar. Às vezes nos
espantamos com o que sabemos do passado, mas, olhando nossas práticas atuais, vamos perceber
com toda a clareza uma carga enorme de etnocentrismo. Hoje se tenta disfarçar a crise do sistema
neoliberal, predominante em todo o mundo, com o etnocentrismo. É o que acontece, por
exemplo, com a civilização árabe apresentada pelos Estados Unidos e seus aliados como sendo
expressão do atraso e da violência. Enquanto isso os massacres e as destruições provocadas por
esses países em várias partes do mundo, como no caso do Iraque e do Afeganistão, são tidos
como acções de países civilizados e democratas. As mortes de tantas pessoas e a miséria deixada
após as investidas sangrentas por eles praticadas são vistas apenas como “efeitos colaterais”, um
“mal necessário” para manter a democracia no mundo.
Características do etnocentrismo

 Sistema social padrão;


 Sentimento de pertença;
 Egocentrismo;
 Supremacia étnica; e
 Intolerância.

Por esse motivo o relativismo cultural é muito importante. Ele consiste na capacidade de
compreender cada cultura dentro do seu contexto e da sua realidade, segundo os seus padrões, os
seus moldes e processos. Isso faz com que uma pessoa de determinada cultura não veja a outra –
ou as outras – como algo exótico, estranho e insignificante. O relativismo cultural não considera
uma cultura superior às demais. Além do mais, hoje, razões humanitárias nos dizem que cada
grupo humano tem o direito à autonomia e a desenvolver a sua cultura de acordo com os próprios
princípios e tradições, sem sofrer interferências forçadas e pressões externas. Cada povo ou
cultura tem direito de pensar e agir de forma autónoma e diferente dos demais.

Características do relativismo

 Tolerância
 Assimilação das indiferenças
 Inclusão
 Multiculturalidade/interculturalidade

Mesmo assim o relativismo toma critica por levar ao esvaziamento de valores universais, a
permissividade e ao desrespeito aos direitos humanos.

Por exemplo, em algumas sociedades patriarcais, as mulheres não possuem os mesmos direitos
que os homens ou são comuns os casamentos infantis. Essa postura pode colocar em causa o
relativismo cultural.
Conclusão

No presente trabalho falou-se do etnocentrismo vs. relativismo onde abordou-se questões como
características do etnocentrismo e o relativismo cultural, alguns nomes sonantes que praticaram o
etnocentrismo, o porquê de o etnocentrismo não poder ser confundido com o racismo, e explicar
a prevalência do etnocentrismo em pleno século XXI e algumas criticas com o relativismo teve.
Referencia

VILANCULO, Gregório Zacarias. Manual de Antropologia Cultural de Moçambique.


Universidade Pedagógica/ Sagrada Família-Maxixe Inhambane-Moçambique. Sd.

www.diferenca.com/etnocentrismo

Você também pode gostar