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PROJETO DE PESQUISA
RIO DE JANEIRO
2020
TATIANA FULY AVENAS
RIO DE JANEIRO
2020
SUMÁRIO
1- TEMA.............................................................................................................................. 3
2- PROBLEMA .................................................................................................................... 3
3- HIPÓTESE ...................................................................................................................... 3
4- OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 3
5- OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................... 3
6- JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 3
7- REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 4
8- METODOLOGIA .......................................................................................................... 20
9- CRONOGRAMA DA PESQUISA ................................................................................ 21
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 22
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1- TEMA
Pedagogia decolonial: práticas de libertação e a construção de uma educação democrática.
2- PROBLEMA
Como repensar a educação de forma crítica, assumindo a necessidade da decolonização
educacional como princípio ético da prática docente.
3- HIPÓTESE
Propõe-se reconhecer como ultrapassado o atual sistema de educação e suas formas de
legitimação de conhecimento, a partir de teorias e práticas pedagógicas que visem a libertação
de sujeitos e a efetivação de novos saberes.
4- OBJETIVO GERAL
Analisar de forma crítica a atual conjuntura do modelo educacional ainda colonizador,
de um sistema que se dá de cima para baixo, em uma estrutura vertical de poder e
como os professores executam esse modelo, ressaltando e propondo estratégias a partir
de uma perspectiva decolonial.
5- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a importância da pedagogia decolonial, reconhecendo a legitimidade da
interculturalidade e epistemes advindas de todo e qualquer grupo social;
6- JUSTIFICATIVA
Quinhentos e vinte anos de colonização do Brasil. Colonização esta que teve como
principais atributos civilizar, exterminar, explorar, segregar, impor e dominar. E que
caracteriza a relação de processos históricos de desumanização. Que traz consigo a
estaticidade da educação, cultura, linguagem, crença e epistemologias, tidas como únicas, de
uma civilização à outra.
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O país nasce, cresce e se constitui, enquanto povo, do que o invasor queria para ele e
esquece de si próprio e do outro enquanto sujeito. Experimenta no decorrer do tempo (e ainda
hoje) a própria invisibilização, ficando com o lugar subalterno, o lugar “outro”.
A presente pesquisa nasce dos ensaios do pensar. Da necessidade de existir e não
apenas coexistir. Das reflexivas e inquietantes aulas da disciplina de Didática das Ciências
Sociais que ao desestabilizar, fez nascer a consciência reflexiva referente àquilo que foi
imposto até os dias atuais e ressaltar a importância de se reivindicar uma educação que refaça
sua prática, decolonize seu chão e reescreva sua história. Preocupação que emerge de
estudiosos, coletivos e movimentos sociais. De baixo para cima. Dos campos, dos quilombos,
das aldeias, dos terreiros, das periferias. E indaga: até quando a educação se dará por meio de
ultrapassadas práticas pedagógicas?
O termo decolonial advém de um pensamento crítico tendo como ponto de partida os
subalternizados e reflete sobre a construção de um projeto educacional voltado para o
repensar criticamente o modelo de educação que se segue sem pensamento analítico e/ou
questionamentos profundos. Compreende as múltiplas formas de construção de conhecimento
como epistemes legítimas e diversas, contrapondo-se às tendências educacionais dominantes,
euro centralizadoras e que afirmam seus saberes, teorias e epistemologias como verdades
universais imutáveis, incapazes de dialogar e reconhecer outros tipos de culturas e produções,
senão as suas próprias.
A relevância acadêmica e social desta pesquisa se relaciona com o papel social da
escola e sua formação para a cidadania. Sendo assim, faz-se necessário o refletir e a criação
de práticas docentes emancipadoras, que libertem e visibilizem sujeitos. Portanto, esta
pesquisa torna-se essencial pelo fato de abordar e propor estratégias que conduzam, a partir da
perspectiva decolonial, para a construção de uma educação verdadeiramente democrática.
7- REFERENCIAL TEÓRICO
O autor reage à lógica monocultural e educacional para acentuar que para além das
expectativas de um sistema repressor e assassino, essa dinâmica que se estabelece como única
possibilidade para os demais, não se sagrou vencedora. O jogo ainda está em campo
aguardando que sejam construídas novas possibilidades a partir de novas perspectivas
movidas por prática social, luta e reencantamento.
A educação que emerge do chão da escola é comprometida com as caravelas que
trouxeram os invasores, com as catequeses que cercearam direitos, com o aprisionamento das
culturas que aqui encontraram e o silenciamento de todos os povos diferentes do que
consideravam “normais”, cultos, dotados de inteligência e racionalidade.
Tal sistema educacional, ainda movido por esta lógica de dominação e monoracial,
molda sujeitos que estejam preparados para a convivência capitalista e de subjugação, onde o
mesmo compreenda sua posição dentro do jogo relacional de ser, saber e poder. Dentro desta
perspectiva, a educação atual serve a um sistema e não aos sujeitos a quem se destina.
Compreender a importância de uma pedagogia decolonial permeando as práticas
educativas e ações docentes é não só reconhecer o modelo colonizador que ainda serve como
base fundamental de um sistema contraditório e excludente, mas trabalhar para superá-lo.
Reconhecendo a legitimidade da interculturalidade que constitui a raiz de nossa sociedade e
valorizando as epistemes advindas de todo e qualquer grupo social.
tentar modificar essas práticas, o fazem com insucesso, uma vez que tais processos
exclusivistas tornaram-se estruturantes do sistema educacional.
Reproduz-se até a atualidade, como herança colonizadora, as relações de poder e saber
impostos, tendo que urgentemente superarmos esse padrão na busca da valorização das
resistências e legitimação de novos saberes.
O autor salienta que um significado é revelado através dos movimentos sociais desses
sujeitos que foram emudecidos, silenciados por tanto tempo: contestar as formas de
legitimação de conhecimentos que negam sua relevância para o currículo oficial e práticas
pedagógicas de fato libertadoras. Contestamento que se dá em forma de resistência e luta,
denunciando a urgência de termos um currículo dialógico, diverso e abrangente.
Fundamenta que se faz necessário pensar de que forma equipamos grupos sociais,
docentes e educadores para resistir a essa força de imaginários sociais, que ao se perpetuarem
em nossa cultura política e pedagógica, propagam o mito da democracia racial, contribuindo
para a manutenção das relações de dominação e centralidade de etnias e culturas,
colaborando, dentro da esfera educacional, para as constantes falhas nas teorias, práticas e
políticas pedagógicas. E ratifica: “Converter a diversidade racial em padrão de
superioridade/inferioridade humana, intelectual, cultural, moral tem sido em nossa história um
dos mecanismos pedagógicos mais perversos e persistentes”. (ARROYO, 2014, p. 152).
No tocante a isto, o autor reflete a respeito das vítimas desse sistema, que desde a
infância carregam saberes, conhecimentos e culturas que não dialogam com suas próprias
histórias de vida, não interagem com quem são. E ratifica a urgência de um projeto que
aproxime esses corpos do seu chão, do seu território, das suas raízes culturais e sociais.
Arroyo (2014) salienta ainda a questão da afirmação das identidades, onde submete-se
sujeitos, desde a colonização, a um padrão de poder, dominação e subordinação e que legitima
um sistema de classificação racista, etnicista e sexista dos coletivos. Propõe-se, portanto,
refletir sobre os processos antipedagógicos para destacar pedagogias de libertação de que já
são sujeitos.
O autor levanta o questionamento a respeito do lugar histórico das pedagogias
produzidas e praticadas e da necessidade de questionarmos as relações destas práticas
pedagógicas para com os sujeitos envolvidos nestas narrativas, pois a história não pode
continuar sendo contada como se houvesse se iniciado a partir da educação jesuítica, como se
esta fora o primeiro contato do povo com a educação. Como se antes desta educação formal,
nenhuma outra forma de conhecimento tivera sido produzido porque não fora legitimado
oficialmente.
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Face a isto, Rufino (2019) sustenta que a educação deva estabelecer um modelo
educacional que proporcione o cruzo de saberes e a construção de novas epistemes,
valorizando tudo que existe e a potencialidade do ser.
A pedagogia das encruzas propõe uma prática pedagógica que se dê pelo efeito do
cruzo que, por sua vez, provoca deslocamentos e possibilidades, respondendo a todo que
chega ser impossível enxergar, sentir, pensar e fazer o mundo através de um único ponto de
vista, por uma única perspectiva, de forma monocultural, monorracial.
Em suma, o que se propõe é uma educação que precisa urgentemente se deseducar do
princípio pré-estabelecido de que existe um padrão absoluto que deve ser seguido por todos os
subalternizados pela lógica colonizadora. E considera urgente transgredir as formas de
escolarização praticadas no Brasil, que permanece seguindo lógicas que difundem o
pensamento exclusivista e excludente.
A pedagogia como a reivindico compreende-se como um complexo de experiências,
práticas, invenções e movimentos que enredam presenças e conhecimentos múltiplos
e se debruça sobre a problemática humana e suas formas de interação com o meio. É
nessa perspectiva que a educação, fenômeno humano implicado entre vida, arte e
conhecimento, torna-se uma problemática pedagógica. (RUFINO, 2019, p. 74).
Educação crítica é aquela que leva o aluno a questionar e intervir no que está sendo
passado a ele. Vendo-se sujeito de seu próprio conhecimento, o aluno é levado a superar a
curiosidade ingênua que está associada ao saber de senso comum, uma vez que o aluno passa
a tomar posse de novos saberes.
Professores e alunos, agindo colaborativamente, na medida em que questionam
suas próprias práticas, se transformam em sujeitos reais de construção e reconstrução do
saber. Sendo assim, o ato de ensinar deve alimentar a busca incessante, os questionamentos
fundamentais a uma prática pedagógica que esteja disposta com uma comunicação ampla com
novos saberes e com isso proponham novas intervenções direcionadas não a destruição de
culturas e saberes, mas que estejam dispostas a promover uma educação para a liberdade.
Além disso, faz-se necessário estabelecer a proximidade entre currículo formal e
toda a gama de experiências sociais vivenciadas pelos sujeitos, dando voz a eles,
compreendendo que todo processo educacional deve ter como ponto de partida o próprio
aluno e sua realidade sociocultural. Agindo assim, a escola respeita e valoriza os saberes
adquiridos fora do espaço escolar, legitimando os saberes socialmente construídos e
colaborando na construção de seres sociais críticos.
À medida que se transforma a educação e as mais variadas formas de experiências
ocorridas com os sujeitos em seus múltiplos espaços de formação, enquanto seres histórico-
sociais, em conteudismo, minimiza-se o próprio caráter formador da educação e desrespeita-
se a natureza dos sujeitos que são por si só capazes de avaliar, discernir, intervir no mundo
que o cerca. Dessa forma, perpetuamos uma educação incoerente e opressora.
Freire (1996) nos coloca diante da necessidade de pensar de maneira correta. Da
aceitação do novo que não pode ser acolhido apenas por ser novo, assim como o critério de se
repudiar algo deve estar para além do julgamento desse ser considerado velho
cronologicamente e por isso não valer mais.
Nos chama atenção igualmente para repudiar toda e qualquer forma de
discriminação na validação do novo e do velho para a ação pedagógica. Ressalta que o agir de
forma preconceituosa além de ofender os sujeitos e suas histórias, os subalterniza e os
emudece. ‘Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de
discriminação. A prática preconceituosa de raça, classe e gênero ofende a substantividade do
ser humano e nega radicalmente a democracia”. (FREIRE, 1996, p. 36).
Desse modo, é responsabilidade do professor ensinar a pensar certo. Estabelecer a
dialogicidade e o entendimento colaborativo que fará com que esta intercomunicação
dialógica resulte em compreensão e não apenas aceitação do que está sendo comunicado.
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Da mesma forma, cabe ao professor reconhecer e assumir sua identidade cultural. Uma
vez que os sujeitos educacionais assumem-se enquanto sujeitos históricos e sociais,
produtores de conhecimento ao longo da história, se assumem, também, como objetos
moldados pelo sistema que os construiu.
Ao realizar esta assunção de identidade e papéis dentro da constituição da sociedade,
compreende-se a importância e a urgência do respeito pela “outredade” do “não eu”, pela
identidade cultural dos indivíduos, sujeitos dos processos de aprendizagens. Ressaltando o
papel da solidariedade social e política para a efetivação de uma sociedade de fato
democrática, onde cada um possa ser mais de si mesmo.
A educação euro-centralizadora parte de uma premissa de obediência e subordinação,
onde seres não são pensantes, mas depositório de informações sem qualquer bagagem
epistêmica capaz de dialogar com o sistema, tampouco subvertê-lo.
Desenvolver o pensamento crítico para além de uma educação euro-centralizadora,
significa possibilitar uma educação que já está presente no dia a dia dos sujeitos que
protagonizam essa educação. Está em legitimar os encontros de frestas, os múltiplos espaços
educacionais que até hoje foram negligenciados e inferiorizados por estarem fora dos muros
escolares.
A pedagogia pautada na decolonialidade é movida pela crença nas possibilidades e
potencialidades dos corpos renegados. Acredita no encontro, onde o cruzo de saberes de
diversos sujeitos dar-se-á como alternativa para reinvenção e esperançamento do ser.
Uma vez que, historicamente, pessoas aprendiam em seus grupos sociais, através das
experiências, em seu dia a dia, e assim perceberam a necessidade e a possibilidade de se obter
novas maneiras de aprender e ensinar, acreditar em uma educação que se dá de modo
unilateral seria um erro.
Educar não é adestrar pessoas, mas ensinar a aprender a pensar, apostar na
solidariedade como princípio norteador da ação docente e estar atento às práticas de
desumanização, que não acreditam na mudança e na transformação.
Valorizar as experiências informais advindas das ruas, dos trabalhos, dos pátios, do
cruzamento de vários gestos de todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente, no
processo ensino-aprendizagem, é compreender que educações emergem de todos esses
ambientes e relações.
Sendo assim, educar é reconhecer e incorporar ao currículo formal, aos conteúdos
didáticos pedagógicos, todo questionamento, informação e conhecimento que os alunos
trazem para o espaço físico da escola. Ao levar em consideração a vida pregressa do aluno e
suas experiências diárias, luta-se contra o silenciamento dos sujeitos e a tentativa de
minimizar seus saberes.
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Contudo, mesmo com esses avanços, a realidade mostra uma política de resistência
que insiste em suprimir sujeitos, suas histórias e produções culturais, abrindo caminho para a
necessidade do debate em torno da superação desse modelo por meio de uma educação que
tenha como base uma pedagogia decolonial.
Para Rufino (2019), a visibilização dos sujeitos excluídos dos processos sociais e
cognitivos compreende a reescrita da educação a partir de uma perspectiva africana de
religião e os signos que a compõe como uma espécie de resposta a todo aparato colonial e
religioso imposto até os dias de hoje.
Na concepção do autor, das existências suprimidas através dos tempos e sua lógica
dominadora, nascem corpos que praticam esquiva e golpe. Corpos negativados, porém
potentes, que reagem aos ataques políticos, sociais, pedagógicos e de repressão ao seu direito
de existir. Que utilizam da ginga, do drible, para superar os conceitos e preconceitos
colonialistas que até aqui forjaram suas identidades.
Dentro da perspectiva de encruzilhada, ir de encontro ao saber absoluto está em ser
flexível e em dinamizar as possibilidades do ser. Enxergar por entre brechas oportunidade de
transgredir. De transcender, acoplar e cruzar os saberes porque diversos.
A partir do saber em encruzilhadas, a transgressão da colonização das mentalidades
emerge como um ato de libertação, que produz o arrebatamento tanto dos marcados
pela condição de subalternidade (colono) quanto dos montados pela condição de
exploradores (colonizadores). A prática das encruzilhadas como um ato descolonial
não mira a subversão, a mera troca de posições, mas sim a transgressão. Assim,
responde eticamente a todos os envolvidos nessa trama, os envolve, os “emacumba”
(encanta), os cruza e os lança a outros caminhos enquanto possibilidades para o
tratamento da tragédia chamada colonialismo. (RUFINO, 2019, p. 75).
a consciência de não mais comodismo ou medo. Explica que estes corpos, por tempos
subjugados, na medida em que reagem, não mais se acomodam ou se amedrontam diante das
estruturas segregadoras.
As presenças afirmativas reivindicam espaço e reconhecimento legítimos, questionam
o Estado sobre estratégias que reconheçam suas presenças e suas histórias. Conclamam
articulações públicas que desocultem seus corpos, seus conhecimentos, suas culturas. Que
rompam com as inexistências fomentadas, apresentem novas pedagogias.
Mais que isso, estes coletivos exigem que sejam sujeitos políticos e protagonistas de
políticas afirmativas que refletirão sobre os seus corpos. Solicitam que os deixe apresentar
outras educações, outras epistemes, outras lógicas pedagógicas, que foram consideradas
inferiores porque diferentes da lógica colonial.
Dialogar com eles e não apenas para eles requer reconhecer que políticas afirmativas e
pedagogias não podem ser construídas sem eles, já que serão feitas para eles. E que a
participação e o debate dos termos destas políticas e os padrões de suas afirmações tem de ser
pensado e discutido por eles enquanto sujeitos e não como destinatário final.
O caráter afirmativo de suas presenças coloca na arena política, nos órgãos de
formulação, análise, avaliação de políticas a necessidade de passar dessas políticas
compensatórias de desigualdades e de carências para políticas afirmativas da
diversidade. Um aprendizado político de extrema relevância para os diferentes. Uma
outra consciência de suas identidades coletivas, de destinatários agradecidos de
políticas benevolentes do Estado e dos gestores e analistas para se afirmares sujeitos
políticos de políticas. (ARROYO, 2014, p. 135).
Arroyo (2014) nos chama atenção para como age o padrão colonizador que ao
classificar seres humanos, instaura a inferiorização natural, negando suas existências. Uma
vez tendo sua existência negada, seus valores, sua cultura, sua história também lhe são
negados.
É imperativo abordar outro aspecto crítico que emerge das teorias pedagógicas, que
consiste na descrença na possibilidade de educação desses sujeitos. Tal crença, além de gerar
práticas pedagógicas inferiorizantes, isenta o sistema educacional de suas responsabilidades,
culpabilizando as vítimas deste sistema.
Dentro da lógica colonizadora, não é o sistema que por ser excludente os inferioriza e
os reprova, mas eles próprios na condição de inferioridade natural o fazem. Sendo assim, a
naturalização de todas as suas condições acaba por legitimar toda a barbárie.
O autor acrescenta que corrigir a natureza desses seres subjugados e inferiorizados
seria a finalidade principal da educação. Realizar a correção de sua “irracionalidade” e
inferioridade de origem.
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8- METODOLOGIA
9- CRONOGRAMA DA PESQUISA
REFERÊNCIAS
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
REVISÃO DO CONTEÚDO E
ORTOGRÁFICA
ELABORAÇÃO DO PPT PARA
APRESENTAÇÃO ORAL
ÚLTIMA CORREÇÃO
ENTREGA DO RELATÓRIO
FINAL
DEFESA
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REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel. Afirmação das identidades étnicas e raciais. In: ARROYO, Miguel.
Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. p.119-185
FREIRE, Paulo. Não há docência sem discência. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia da
Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p.21-45.
RUFINO, Luiz. Para que e para quem uma Pedagogia das Encruzilhadas? In: RUFINO, Luiz.
Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019. p.73-80.
RUFINO, Luiz. Cruzo, arte de rasura e invenção. In: RUFINO, Luiz. Pedagogia das
Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019. p.81-86.
SEVERINO, Joaquim Antônio. Teoria e prática científica. In: SEVERINO, Joaquim Antônio.
Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez Editora, 2007.p.117-124.