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Cultura da Escola
Introdução
Mas há elementos que são próprios à cada escola. São elementos que revelam
suas especificidades históricas, sociais, culturais e educacionais. As escolas
são diversas, múltiplas e plurais. Apresentam projetos políticos e pedagógicos
diferenciados; atores diversos, realidades sócio culturais distintas. A isso
Forquin denomina de culturas escolares.
- A Cultura da escola está fortemente ligada à filosofia da escola, ou seja,
sua missão, e é ela que dirá como a escola vê o educando no processo
educativo e sua projeção para a vida social e intelectual. A Legislação
Educacional, a elaboração do Projeto Político Pedagógico, as abordagens de
ensino, o público que se deseja alcançar e as metas pedagógicas e
administrativas, todos esses fatores dependem das estratégias abordadas na
formação da cultura a qual a instituição deseja formar.
Com transformações históricas ocorridas, no Brasil, a partir da década de
1980- CF e LDB – os movimentos sociais lutaram pelo direito à educação, pela
inclusão de sua cultura no espaço escolar. Ou seja, lutaram pela supressão de
uma cultura escola dominante e construção de uma cultura escola
efetivamente representativa dos diversos segmentos sociais.
Nesse contexto diversos projetos políticas e educacionais, baseados nos
princípios da Constituição cidadã de 1988, influenciaram a construção de
culturas escolares fomentadoras do direito de todos à educação; do direito de
todos à aprendizagem.
Para tanto: construíram PPP efetivamente coletivos; currículos
contextualizados; avaliações qualitativas; formação continuada de
professores; uso de diferentes recursos e linguagens; reconhecimento da
diversidade e da pluralidade cultural.
-De fato, a utilização que faço de “cultura de escola” remete para a
existência em cada escola de um conjunto de fatores organizacionais e
processos sociais específicos que relativizam a “cultura escolar” (enquanto
expressão sui generis dos valores, hábitos, comportamentos, transmitidos pela
forma escolar de educação a partir de determinações exteriores).
Assim a “cultura de escola” é a expressão da própria maleabilidade
organizativa que resulta do jogo dos atores na definição das suas estratégias e
“sistemas de ação concreta” (para utilizar a expressão de Crozier). Isto
significa que, se queremos falar da “cultura escolar”, não nos podemos ficar
pelo nível macro do sistema (o quadro formal-legal), mas temos que ir ao
interior das escolas “concretas” (nomeadamente através de estudos de
caráter monográfico) para detectar as suas especificidades e o campo de
determinação que resulta das práticas dos seus atores.
Considerações Finais