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Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 1

TÉCNICAS FUNDAMENTAIS PARA


DESENVOLVIMENTO DE MAQUIAGEM
Sueli Martins – Farmacêutica, Cosmetóloga, Especialista em Formulações de
Maquiagem

AGENDA
• 09:00 as 09:30 - Aspectos Técnicos e Práticos para o Desenvolvimento de Produtos Cosméticos
• 09:30 as 10:00 - O Mercado Cosmético Nacional e Tendências Internacionais em maquiagem, mídias sociais e a visão de marketing das
“Influencer´s”.
• 10:00 as 10:40 – Mintel – Amanda Caridad - O Futuro da maquiagem: O que esperar para os próximos 5 anos
• 10:40 as 11:00 - Intervalo
• 11:00 as 11:30 - Introdução a colorimetria, e técnicas básicas para desenvolvimento e correção de cor
• 11:30 as 12: 00 - Tipos e variações de pigmentos, como utilizá-los, compatibilidades, particularidades.
• 12:00 as 13:00 - Almoço
• 13:00 as 14:00 - Tecnologia de Produtos Moldados
• 14:00 as 14:40 – Aline Waiser – A tendência das Maquiagens Veganas
• 14:40 as 15:10 – Maite – Miyoshi - Inovações para Maquiagem com alto índice de naturalidade
• 15:10 as 16:10 – Tecnologia de produtos emulsionados
• 16:10 as 16:30 - Intervalo
• 16:30 as 17:30 -Maquiagem para área dos olhos
• 17:30 as 18:00 - Principais análises de Controle de Qualidade em produtos de Maquiagem, Estabilidade e Eficácia

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ASPECTOS TÉCNICOS E PRÁTICOS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COSMÉTICOS
Briefing de Produto, P&D de fórmula, elaboração de dossiê técnico, certificações, registro e
qualificação de fornecedores e matérias primas

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COSMÉTICOS

Briefing: ponto inicial do projeto, etapa onde se coleta os dados mais importantes do projeto,
que servirá como um guia para o desenvolvimento. Ele contem informações importantes
sobre o produto, o público alvo, quais os claims o marketing espera, como será embalagem e
todos os aspectos fundamentais ao desenvolvimento do produto
Benchmark: produto referência no mercado, aquele que possui os atributos desejados para
o produto a ser desenvolvido. Servirá de guia para avaliar os ingredientes, embalagens,
aspectos sensoriais e físico-químicos
Análise e composição de fórmula: estudo dos ingredientes do benchmark e produtos
similares
Definição da rota de formulação: através da análise da composição de fórmula e perfil
sensorial. Será emulsão? Gel? Anidro? Aquosa?

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COSMÉTICOS

Busca dos ingredientes: substituições, fornecedores, disponibilidade, lead time, custo


Embalagem: deverá ser adequada ao tipo de produto, testar compatibilidade com
ingredientes, fotoestabilidade, etc
Consultar Regulamentações vigentes: RDCs, Catec, Lista restritiva de ingredientes, Lista
de corantes e pigmentos, posicionamento (vegano, cruelty free, orgânico, natural, free from,
etc)
Estudo das literaturas dos ingredientes: incompatibilidades e restrições técnicas
Desenho da formulação e viabilidade de custo
Testes de bancada: nesta etapa, realizamos os ajustes na fórmula desenhada até
alcançarmos a performance desejada. Muito importante nesta etapa utilizar processo de
fabricação que poderão ser reproduzidos na fábrica e produção.

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DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COSMÉTICOS

Estabilidade acelerada: etapa importante para detecção de incompatibilidades e adequação


de formulação
Submissão de protótipos para avaliação: nesta etapa poderão ocorrer ajustes de
performance
Testes de segurança e eficácia
Lote piloto
Dossiê e Notificação ou Registro

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC Nº 7, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2015 - Requisitos técnicos para a regularização de


produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes:
• 1. Definição de Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição
adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja
comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas
restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto, conforme mencionado na lista indicativa "LISTA DE TIPOS DE
PRODUTOS DE GRAU 1" estabelecida no item "I" deste Anexo.
• 2. Definição de Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição
adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de
segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso, conforme mencionado na lista indicativa
"LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2" estabelecida no item "II" deste Anexo.
• RDC Nº 237, DE 16 DE JULHO DE 2018 - estabelece quais produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes estão sujeitos a registro

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM -


DOSSIÊ
Documentação do produto com os requisitos RDC Nº 7, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2015
técnicos
Produtos Notificados e Registrados
Documentação deverá estar disponível na
empresa para fiscalização dos órgãos
reguladores

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ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC N° 30, DE 1 DE JUNHO DE 2012 – Protetores Solares


3.1. Protetor Solar: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a
pele e lábios, com a finalidade exclusiva ou principal de protegê-la contra a radiação UVB e
UVA, absorvendo, dispersando ou refletindo a radiação.
• a) FPS de no mínimo 6;
• b) FPUVA cujo valor corresponda a, no mínimo, 1/3 do valor do FPS declarado na
rotulagem;
• c) Comprimento de onda crítico mínimo de 370 nm.
3.2. Produtos Multifuncionais: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em
contato com a pele e lábios, cujo benefício de proteção contra a radiação UV não é a
finalidade principal, mas um benefício adicional do produto.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

6) PRODUTOS MULTIFUNCIONAIS
6.1. Os produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que contenham filtros solares
unicamente para proteção de sua formulação e que não proclamem atividade como protetor
solar e nem mencionem um valor de FPS, não necessitam adequar-se a este Regulamento.
6.2. Os produtos multifuncionais de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que se
enquadram na definição estabelecida no item 3.2 que contenham dizeres quanto à presença
de ingredientes de ação filtrante da radiação UV na pele ou um valor de FPS e/ou nível de
proteção UVA deverão comprovar o declarado por meio de uma das metodologias
estabelecidas. O valor de FPS mínimo comprovado não deverá ser menor que FPS 2 e a
proteção UVA mínima deverá ser FPUVA 2.
6.3 A rotulagem dos produtos multifuncionais deverá conter a seguinte advertência: “Este
produto não é um protetor solar”.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC N° 69, DE 23 DE MARÇO DE 2016 –


Lista de filtros ultravioletas permitidos para
produtos de higiene pessoal, cosméticos e

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ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC Nº 44, DE 9 DE AGOSTO DE 2012– Lista de Corantes Permitidos


 1.Os corantes deverão cumprir com as especificações de identidade e pureza estabelecidas pelos organismos
internacionais de referência.
 2.Impurezas máximas de metais permitidas para os corantes orgânicos artificiais:
- bário solúvel em ácido clorídrico 0,001N (expresso como cloreto de bário): 500 ppm;
- arsênico (expresso como As2O3): 3 ppm;
- chumbo (expresso como Pb): 20 ppm;
- outros metais pesados: 100 ppm.
 3. As lacas e os sais das substâncias corantes incluídas nesta lista também são permitidas, sempre que não
utilizem substâncias que constem da lista de substâncias proibidas.
 4. As lacas insolúveis de Bário, Estrôncio e Zircônio, sais e pigmentos dessas substâncias corantes também
devem ser permitidos, sempre que seja comprovada sua insolubilidade através de teste apropriado.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC Nº 44, DE 9 DE AGOSTO DE 2012– Lista de Corantes Permitidos


Coluna 1: Substancias corantes permitidas para todos
os tipos de produtos.
Coluna 2: Substancias corantes permitidas para todos
os tipos de produtos, exceto aqueles que são aplicados
na área dos olhos.
Coluna 3: Substâncias corantes permitidas
exclusivamente em produtos que não entrem em
contato com mucosas nas condições normais
previsíveis de uso.
Coluna 4: Substâncias corantes permitidas
exclusivamente em produtos que tenham breve tempo
de contato com a pele e cabelos.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

• RDC 481/1999 – Estabelece parâmetros para controle microbiológico

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ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

RDC Nº 529, DE 4 DE AGOSTO DE 2021 - Lista de substâncias que não podem ser
utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
RDC Nº 312, DE 10 DE OUTUBRO DE 2019 - Dispõe sobre o prazo de validade da
regularização de produtos cosméticos e dá outras providências.
RDC RDC Nº 528, DE 4 DE AGOSTO DE 2021- Lista de Conservantes
RDC Nº 237, DE 16 DE JULHO DE 2018 – Produtos Infantis
RDC Nº 250, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2018 (*) - Requisitos para apresentação do Projeto
de Arte ou Rotulagem e para a coexistência de mais de uma arte ou rotulagem para um
mesmo produto

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

PARECERES TECNICOS - Câmara Técnica de Cosméticos (CATEC)

Parecer Técnico nº 6, de 28 de junho de 2002 – Maquiagem Definitiva


Considerando que maquiagem definitiva é a introdução de pigmentos na derme em uma profundidade
constante sendo, portanto, por meio invasivo de procedimento (1, 2);
Considerando que o procedimento acima referido é invasivo e não se enquadra na definição de
cosméticos, segundo a RDC 79/00: "Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes, são preparações
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo
humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas
da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua
aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado."
A CATEC recomenda:
Que este tipo de produto não se enquadre na categoria de produto cosmético.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

Parecer Técnico nº 8, de 28 de junho de 2002 - Produtos indicados para olheiras, bolsas e


inchaços ao redor dos olhos
Que produtos cosméticos com estas finalidades sejam referidos como suavizantes, clareadores ou
atenuadores de bolsas, inchaços e olheiras;
Que estes produtos tenham sua eficácia e segurança devidamente comprovadas p/ as finalidades de
uso.
Parecer Técnico nº 1, de 28 de julho de 2009 - Proibição dos termos Mancha e Despigmentante
em produtos cosméticos (Revisão do Parecer Técnico Catec nº 08/2001)
1. a proibição dos termos: mancha(s) e/ou despigmentante(s) no nome, texto de rotulagem, encartes e
material publicitário dos produtos cosméticos;
2. que a proibição, de que trata o presente parecer, é extensiva a todos os demais termos, dizeres ou
figuras, que possam induzir ao mesmo entendimento;

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ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

• Parecer Técnico nº 3, de 29 de junho de 2001 (atualizado em 28/6/2004) - Utilização de Vitamina


C em produtos cosméticos
1) Que os produtos cosméticos contendo o ácido ascórbico e seus derivados, em todas as suas
formas de apresentação, tenham sua eficácia e segurança devidamente comprovadas (irritabilidade
dérmica primária e cumulativa), bem como sua estabilidade química dentro de limites compatíveis
com as finalidades de uso, quando a eles atribuídos algum dos benefícios descritos no parágrafo 5.
2) Que a utilização de Vitamina C e de seus derivados na formulação do produto, com a finalidade
antioxidante (manutenção da estabilidade), não permita que a mesma seja realçada na rotulagem, à
exceção da menção na composição, de maneira igual tanto na forma, quanto na dimensão de
caracteres, aos demais constituintes da fórmula.
3) Para fins de registro, os produtos contendo ácido ascórbico e seus derivados serão classificados
como Grau 2, exceto quando se enquadrarem na situação descrita no item 2.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

Parecer Técnico nº 4, de 21 de dezembro de 2010 (atualizado em 05/07/2011) - Utilização


de retinóides em produtos cosméticos (Revisão do Parecer Técnico CATEC nº 3, de 22
de março de 2002)
• 1) Que a vitamina A, nas suas formas retinol e ésteres de retinila, seja empregada em preparações cosméticas
na concentração máxima de 10.000 UI de vitamina A/g de produto acabado.
1.1) Para fins de registro deve ser informado o teor em UI da matéria-prima utilizada na formulação
(especificação do fornecedor) utilizado para o cálculo da porcentagem da substância na formulação final.
2) Que a vitamina A, na sua forma retinaldeído, seja utilizada em produtos cosméticos na concentração máxima
de 0,05%.
3) Produtos contendo retinóides na sua formulação, em concentração acima de 1000 UI, devem apresentar
testes de compatibilidade (irritação primária e acumulada, sensibilização dérmica e fotoirritação).
4) Quando atribuídos na rotulagem benefícios relacionados ao uso de retinóides, deve ser comprovada a
estabilidade química dos mesmos no produto acabado.
5) Na rotulagem destes produtos deve constar:
- Não aplicar sobre a pele irritada ou lesada;
- Para o uso durante a gravidez, consulte um médico.
6) Para fins de registro, os produtos contendo retinóides na formulação são classificados como grau de risco 2.

ASPECTOS REGULATÓRIOS EM MAQUIAGEM

• https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/cosmeticos

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QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES

DOCUMENTAÇÕES LEGAIS CERTIFICAÇÕES


Polícia civil: GMP/BPF
Policia federal: ISO 9001
Responsável técnico ISO 14001
Exército OHSAS 18001
Bombeiros (avcb) HALAL
Licença ambiental KOSHER
Ibama
Anvisa (afe)
Vigilancia sanitária local

QUALIFICAÇÃO DE INGREDIENTES
 Especificação  Declaração sobre Solventes Residuais
 FISPQ  Declaração Vegana (se aplicável)
 Literatura Ténica  Certificação RSPO (se aplicável)
 Certificado de Análise  Declaração de Biodiversidade Brasileira (se
 Metodologia origem vegetal)
 Declaração de Composição (com INCI name, CAS e  Declaração de Origem (vegetal, animal, mineral,
%) sintético ou biotecnológico; caso seja origem
 Declaração de Alergênicos vegetal informar a espécie e país de origem)
 Declaração de Impurezas e Metais Pesados  Declaração de Origem (geográfica)
 Declaração de Não Testes em Animais  Fluxograma de Processos
 Declaração CMR (carcinogênica, mutagênica ou
tóxica para a reprodução)
 Declaração GMO

O MERCADO COSMÉTICO NACIONAL E TENDÊNCIAS


INTERNACIONAIS EM MAQUIAGEM, MÍDIAS SOCIAIS
E A VISÃO DE MARKETING DAS “INFLUENCER´S”.

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O MERCADO DE COSMÉTICOS MUNDIAL
Ranking Mundial de 2020 - Euromonitor Personal Care 2019 - Euromonitor

O MERCADO DE COSMÉTICOS MAQUIAGEM NO


BRASIL
Euromonitor 2019
Principais Playes 2019 - Euromonitor BRAND SHARE %
Mary Kay 11,4%
Risqué (Coty) 9,3%
Colorama (L’Oreal) 7,5%

Make B 5,5%
Vult 5,3%
Avon Color Trend 5,3%
Eudora 4,9%
Mac (Estée Lauder) 4,9%

Avon True 4,7%


Ruby Rose 4,2%
Natura Aquarela 3,5%
Natura Una 3,0%

MERCADO DE MAQUIAGEM NO BRASIL

1° ROSTO 2° LÁBIOS 3° OLHOS 4° UNHAS


 Bases de todos os tipos  Batons bala (cremoso, mate,  Máscara para cílios  Esmalte
(líquidas, cremosas, mousse, metalizado)  Delineador (lápis, caneta,  Tratamentos para unha
compacta, bastão, etc  Batom líquido liquido, creme, gel, pasta)  Base
 Gloss  Sombra  Top coat
 Corretivos  Delineador  Produtos para sobrancelha  Secante
 Pós facias (compacto e solto)  Balms (corretivo,  Removedor
 máscara, gel)
 Blush
 Iluminadores
 Bronzer
 Contorno
 Primer
 BB, CC Cream

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MÍDIAS SOCIAIS

Fonte: Hootsuit

MARKETING DE INFLUÊNCIA

Marketing de influência: “A ideia central do marketing de influência é de que, uma vez que o
influenciador compartilha algo, seu público fica inspirado a tomar uma ação. Essa ação pode
ser algo pequeno, como notar e lembrar o nome de uma marca — o que pode conduzi-lo ao
reconhecimento da marca, familiaridade com ela e compra no futuro. Ou a ação pode ser
algo imediato, como um leitor comentar num post patrocinado no blog ou compartilhar o post
do influenciador no Facebook”, diz um trecho do livro Influencer Marketing for Dummies,
publicado nos Estados Unidos em 2016.
 Uma pesquisa feita pelo Instituto QualiBest destaca o poder dos influenciadores digitais em
relação ao comportamento dos consumidores. De acordo com o levantamento, eles são a
segunda fonte de informações para a tomada de decisão na compra de um produto,
mencionada por 49% dos entrevistados, perdendo apenas para amigos e parentes.

MARKETING DE INFLUÊNCIA

• Alcance segmentado – conexão com público alvo


• Custo x Benefício
• Boca a boca
• Self-service
• Humanização

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA, E TÉCNICAS
BÁSICAS PARA DESENVOLVIMENTO E CORREÇÃO
DE COR

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Três elementos são necessários para produzir a sensação de cor:


uma fonte de luz, um objeto, e um observador.
A percepção da cor de um objeto depende da característica da fonte
de luz; se observarmos uma cor qualquer sob um iluminante que
tenha excesso de comprimentos de onda na faixa do vermelho,
certamente, estaremos tendenciosos a enxergar predominantemente https://extralab.com.br/blog/conceitos-basicos-de-

o vermelho da cor analisada.


colorimetria

 Se um objeto reflete todos os comprimentos de onda do espectro


eletromagnético visível ele aparecerá branco, em contra partida se o
objeto absorve todos os comprimentos de onda ele aparecerá preto.
Em um termos simplista nós iremos enxergar somente a cor refletida,
que será a cor do objeto

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

O sistema visual Humano


O olho humano é sensível a radiação eletromagnética na faixa de 400 a 700 nanômetros –
espectro visível

Espectro da luz visível

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

A retina é composta por fotorreceptores e terminações nervosas sensíveis a luz


Existem dois tipos de fotorreceptores: cones e bastonetes
Os bastonetes são responsáveis pela visão em condições de pouca luz, porque são sensíveis a
intensidade luminosa
Os cones são responsáveis pela transmissão do sinal elétrico para o cérebro, porque são sensíveis a
diferentes comprimentos de onda
• Ele divide o espectro visível dentro das regiões mais dominantes, com 3 tipos de cones:
Cone L: vermelho - Cone M: verde - Cone S: azul
• Os cones enviam sinais de cores oponentes para o cérebro que os interpreta como sensação:
Vermelho – verde, azul – amarelo e Preto-branco

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

A colorimetria é uma ciência que nos permite estudar e quantificar as cores.

A cor como uma grandeza qualquer, precisa também ser quantificada para ser controlada.

Na maquiagem é necessário avaliar:

- temperatura

- saturação

- profundidade

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

• As cores primárias podem ser divididas em dois sistemas: aditivo e subtrativo

 No sistema aditivo RGB a somatória das cores primárias


resulta no branco, é utilizado por exemplo em dispositivos
que fazem emissão de luz como por exemplo os
televisores
 No sistema subtrativo, a somatória das cores primárias
resultara no preto
 CMYK – Ciano, magenta e amarelo – utilizado na indústria
gráfica, em tintas de impressão
 RYB – vermelho, amarelo e azul – utilizados para
pigmentos opacos

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

• Sistema RYB
cores primárias – red – yellow – blue
ao misturarmos estas cores primárias das cores pigmento nós temos o marrom

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

• Círculo Cromático:
Na maquiagem podemos utilizar os benefícios da colorimetria na neutralização de manchas
utilizando a cor complementar no círculo cromático. Essa técnica permite a neutralização de
acne, rosáseas, hematomas, olheiras, etc .
• Vermelha – verde
• Roxa – Amarelo
• Amarelo - Violeta

 formar cores

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA
Sistema de identificação segundo Munsell
Em 1905 Albert H. Munsell desenvolveu o primeiro sistema numérico de especificação da cor, baseado em
módulos coloridos o que possibilitou um grande desenvolvimento dos modelos matemáticos atuais. O método
especifica a cor por meio de três atributos: TOM, LUMINOSIDADE E SATURAÇÃO – árvore de Munsell

TOM OU MATIZ: nome dado às cores, por exemplo: vermelho, verde, azul,
amarelo, etc. Organizadas de forma circular.
LUMINOSIDADE: Indica a variação de claro e escuro, variando de 0 (preto
máximo) até o branco total (10)e os cinzas entre eles, são chamadas cores
neutras e expressas por Munsell como N (Neutral colors). Não apresentam tom,
sendo chamadas de cores acromáticas
SATURAÇÃO: Grau de distanciamento das cores do ponto neutro ou do ponto
sem cor. A medida que uma cor fica mais saturada, ela ganha mais intensidade e
fica mais próxima da sua pureza total, que seria sua saturação máxima.

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

PIGMENTO ACT MCY30 MCY40 MCR50


ACT WHITE (96-TRI-77891) 6,10 3,12 -
ACT YELLOW 5,38 6,40 3,47
ACT RED 1,02 1,90 4,47
ACT BLACK 0,37 1,43 4,78

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Sistema CIELAB
Em 1931 a “Comission Internationale D”Clairaige” desenvolveu o primeiro modelo
matemático para expressão da cor.
 Este sistema possibilitou pela primeira vez, o cálculo de diferença total de cor entre padrão
e amostra.
O padrão passou a possuir um endereço no espaço tridimensional L u’v’. Por meio de um
simples cálculo da diferença ente dois pontos no espaço, conseguiu-se calcular pela primeira
vez o Delta E.
 O sucesso desse sistema permitiu o início dos estudos do modelo matemático mais
uniforme chamado L*a*b*

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Espaço Lab
Possui três coordenadas cartesianas: “L”, “a” e “b”:
L: determina a quantidade de luminosidade
a: quantifica a variação das cores do verde para o vermelho
b: quantifica a variação de azul para o amarelo
Por meio destas três coordenadas, podemos posicionar uma cor no
espaço, ou seja, são números que expressam o endereço da cor.
Ao obter os valores de L*a*b* do padrão e L*a*b* da amostra, é
possível calcular as diferenças entre padrão e amostra

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Por meio dos valores de desta L*, delta a*, e delta b* é possível saber a tendência da amostra
em relação ao padrão. Por exemplo:
Se ΔL*˂ 0 a amostra é mais escura que o padrão
Se ΔL*> 0 a amostra é mais clara que o padrão
Se Δa*˂ 0 a amostra é mais esverdeada que o padrão
Se Δa*> 0 a amostra é mais avermelhada que o padrão
Se Δb*˂ 0 a amostra é mais azulada que o padrão
Se Δb*> 0 a amostra é mais amarelada que o padrão
Sendo o ΔE um número que determina a diferença total de cor entre padrão amostra,
poderíamos usá-lo como parâmetro de aprovação ou reprovação de cores.

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE COR


VISUAL:
O observador humano é fundamental na avaliação de cor
O avaliador deverá ser testado quanto a acuidade visual e capacidade de percepção das
cores
Deverá ser treinado para conseguir perceber as mínimas diferenças e como corrigi-las
Utilização de cabine de cor

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Fatores que afetam a visão para cores:


Daltonismo: Visão normal: três tipos de células cones na retina. Os casos de daltonismo mais
comuns são aqueles em que as células receptoras não existem ou estão com problema
Farnsworth- Munsell 100 test: serve para
Color blind Test
verificar os dicromatismos eventualmente
existentes nos observadores

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INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Consistência da cor
• Capacidade de se manter a mesma tonalidade de cor entre
uma fonte de luz e outra
• Quando avaliado na cabine de luz, deverá manter a a
mesma aparência cromática tanto sob a luz do dia, quanto
no outros iluminantes
• Norma internacional ASTM D 1729-96 estabelece critérios
como: iluminação, cor interna das paredes e fundo,
preparação das amostras, seleção do observador, etc Cabine de Cor

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

Metamerismo
• Sob determinada fonte de luz, dois objetos são
aparentemente idênticos. Quando muda a fonte
de luz, percebe-se que são diferentes.
• Isso ocorre porque estas cores foram produzidas
com pigmentos diferentes

INTRODUÇÃO A COLORIMETRIA

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE COR


INSTRUMENTAIS
Os equipamentos para medição de cor são capazes de fornecer coordenadas colorimétricas
(L*a*b) universais, sob iluminantes e observador padronizado.
Colorímetro: separa as componentes RGB da luz, funcionando de forma análoga ao olho
humano. Utiliza filtros que simulam a resposta dos cones do olho gerando resultados
numéricos em um dos modelos padronizados de cores CIE
Espectrofotômetro de refletância: fornece a curva de refletância espectral do material em
análise, em cada comprimento de onda da faixa de medição do instrumento. Possui ótima
correlação com a visão

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PIGMENTOS
Tipos e variações de pigmentos, como utilizá-los, compatibilidades,
particularidades e Legislação básica.

PIGMENTO X CORANTE

• Corantes: substâncias solúveis no meio • Pigmentos: substâncias insolúveis no meio


em que serão usadas. Ex: corante para em que serão utilizadas. São opacos. Ex.:
shampoo, loção, etc. Não são muito Maquiagem
utilizados em makeup, pois tendem a Orgânicos
manchar a pele:
Inorgânicos
Hidrossolúveis
Micas
lipossolúveis
• Na maquiagem na maioria das vezes se
utiliza o pigmento, porque necessitam cobrir
a pele, e por isso a opacidade é importante

PIGMENTOS

Os pigmentos são o ingrediente principal de qualquer cosmético colorido e a maneira como
esses materiais particulados são distribuídos dentro do produto determinará muitos aspectos
da qualidade do produto, incluindo a atividade funcional (cor, opacidade, proteção UV), mas
também estabilidade, reologia e sensação na pele .
 Vários pigmentos coloridos são usados em formulações cosméticas que variam de:
• Pigmentos inorgânicos
• Pigmentos orgânicos
• Pigmentos Perolados
• Fillers

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PROPRIEDADES DOS PIGMENTOS

Cobertura: é a capacidade cobrir o substrato.


Transparência: permite que a luz seja transmitida
Saturação: Habilidade de promover uma cor intensa
Cor: habilidade do pigmento de entregar uma determinada cor propriamente dita ao produto
acabado
Poder tintorial: relação com tamanho da partícula
Dispersibilidade: habilidade de se incorporar no veículo escolhido
Reologia: capacidade de afetar a viscosidade e o fluxo em cosméticos líquidos
Absorção de óleo: Geralmente os pigmentos orgânicos absorvem mais óleo devido suas
características químicas, em produtos moldados podem ter um alto impacto.
Sangramento: situação onde lacas, toner ou pigmentos verdadeiros possuem uma pequena
solubilidade no veículo, causando manchas na pele ou no próprio produto.

PIGMENTOS INORGÂNICOS

São compostos pelos elementos carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio que também são
encontrados nos pigmentos orgânicos mas eles possuem elementos adicionais incluindo
ferro, titânio, cálcio e bário, entre outros
São cores terrosas e normalmente opacas
São muito mais compatíveis com matérias primas cosméticas em geral, mas alguns tem
problemas de estabilidade em meios ácidos ou alcalinos.
Os mais comumente utilizados são os óxidos de ferro amarelo (CI 77492), vermelho (CI
77491) e preto (CI 77499). Óxido de ferro marrom podem ser comercializados, mas são uma
mistura dos 3 anteriores (amarelo, vermelho e preto)

PIGMENTOS INORGÂNICOS

Óxidos metálicos:
Óxidos de Ferro (Preto, Vermelho e Amarelo)
Dióxido de Titânio
Óxido de Zinco
Óxido de cromo anidro
Sais minerais complexos:
Ultramarinos
Violeta de Manganês

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 19


PIGMENTOS INORGÂNICOS

ÓXIDOS METÁLICOS
Moderada dispersibilidade;
Bom poder tintorial;
Cores menos limpas, mais escuras
Excelente estabilidade à luz;
Excelente estabilidade ao calor;
Geralmente são hidrofílicos, molham preferencialmente em água.

PIGMENTOS INORGÂNICOS

Óxido de ferro preto é magnético o que pode dificultar a limpeza de equipamentos de


fabricação

Dióxido de titânio: seu alto índice de refração promove opacidade e cobertura. É resistente
a ácidos e álcalis, estável em solventes orgânicos. Resistente a luz e ao aquecimento.
Quando utilizado com a finalidade de proteção solar, no INCI name do produto aparecera
como titanium dioxide, e quando utilizado para cor aparecerá com Color Index (CI77891). De
acordo com a sua estrutura podem ser classificados como do tipo rutilo ou anatase.

PIGMENTOS INORGÂNICOS

Óxido de zinco: outro pigmento branco normalmente utilizado, porem possui menor
cobertura que o dióxido de titânio, podendo ter um tom ligeiramente amarelado, é
ligeiramente solúvel em água e esta solubilidade pode aumentar em pH abaixo de 5,5.
Alguns íons Zn+2 podem afetar a estabilidade da emulsão e causar aglomeração com outros
pigmentos. Por este motivo, tratamentos hidrofóbicos são utilizados para prevenir a
solubilização do óxido de zinco e permitindo a incorporação em fase oleosa

Carmine: natural proveniente da conchinilha, ou seja, produto não será vegano. Possui boa
estabilidade em solventes orgânicos e razoável estabilidade a luz e aquecimento (até 60°C)

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 20


PIGMENTOS INORGÂNICOS

Os ultramarinos (CI 77007), provavelmente possui a maior diversidade de cores indo de
azul para violeta, pink e até mesmo verde. O tipo mais comum é o Azul ultramar. São
sensíveis ao pH ácido, portanto as formulações precisam ficar em pH acima de 7, se não
manter este pH, ocorre a produção de sulfato de hidrogênio dando um odor característico de
ovo podre. Possui estabilidade ao calor, aquecimento e a maioria dos solventes

O violeta Manganês (CI 77742), pode ir de um roxa claro até um violeta. É instável em pH
alcalino podendo se tornar preto, ou perder a cor totalmente, sendo irreversível. Possui
excelente estabilidade a luz, resistente a solventes orgânicos e boa estabilidade ao
aquecimento

PIGMENTOS INORGÂNICOS

Óxido de cromo (CI 77288) tem uma coloração verde, possui estabilidade ao aquecimento
e a luz. A forma hidratada é mais brilhante e azulada do que a forma anidra, porem em
algumas formulações a forma hidratada poderá reagir com fragrâncias resultando em um
odor desagradável. As duas versões são estáveis em álcalis e ácidos.

Ferric ammonium ferrocyanide (CI 77510), possui coloração azul escuro e opaco, possui
partícula muito dura, tornando difícil sua dispersão . Possui instabilidade ao pH ocasionando
em sua perda de cor

PIGMENTOS ORGÂNICOS

Normalmente são moléculas que contêm estruturas aromáticas (anel benzeno);


Produzem cores mais vivas e brilhantes;
 Sensíveis ao pH;
 Estabilidade à luz: média;
 Estabilidade ao calor: média;
 Migração para água: forte;
Geralmente são hidrofóbicos/lipofílicos, molham preferencialmente em óleo;
São mais difíceis de dispersar;
Seus aglomerados são duros.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 21


PIGMENTOS ORGÂNICOS

• Lacas:
pigmento insolúvel produzido por precipitação (ligação química) de um corante solúvel em
um substrato insolúvel. Não há ligação química entre o corante e o substrato. Uma laca é
criada quando nos temos um corante solúvel e precipitamos com alumina por exemplo. Ex
Yellow 5 AL Lake ( CI19140), FD&C Red 27 Al Lake
Um problema pode surgir com as lacas que podem sofrer com extremos pH quando
adicionados em formulações de maquiagem que resulta na forma do corante solúvel, uma
condição conhecida como ‘sangramento’

PIGMENTOS ORGÂNICOS

• Toners:
são feitos da mesma maneira que as lacas, mas ao invés de precipitar os corantes solúveis
com substrato de alumina, outros metais como bário, cálcio e sódio, aprovados em
cosméticos são utilizados para tornar os pigmentos mais resistentes ao aquecimento, luz e
pH. Contudo eles permanecem sucetíveis a alterações em pH extemos podendo alterar a
cor. (na estrutura possui um grupo hidrofílico e polar , tornando-o hidrossolúvel)
Alguns toners comumente utilizados incluem Red 6 Barium lake e red 7 Caucium lake. Um
fato interessante é que o primeiro é vermelho-amarelado enquanto o segundo é vermelho-
azulado, mas eles provem do mesmo colorante o CI15850. As cores resultantes são
totalmente diferentes por causa do substrato (bário e cálcio).

PIGMENTOS ORGÂNICOS

• Pigmentos verdadeiros:
são componentes insolúveis, que não possuem íons metálicos, portanto não são necessário.
precipitação com substratos. Eles não existem como corantes. Pigmentos verdadeiros são
mais estáveis mas infelizmente existem poucos disponíveis. Podemos citar o Red 30 (CI
73360) e Red 36 (CI 12085)

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 22


PIGMENTOS PEROLADOS

São facilmente dispersos com simples agitação.


Evitar moagem ou alta rotação para não quebrar a estrutura
lamelar e afetar o brilho.
Em formulações transparentes como no gloss normalmente com
baixo percentual já conseguimos resultados de brilho.
Em formulações opacas como as de batom, necessário
percentual maior.
Quanto menor o tamanho de partícula, maior o poder de
cobertura.
Podem ser naturais ou sintéticas.

PIGMENTOS PEROLADOS

Os pigmentos perolados consistem em um substrato que pode ser mica natural ou sintética,
com pigmentos ligados na superfície para alcançar diversos efeitos
Pode apresentar diferentes tamanhos de partícula, sendo que as menores dão efeito de
cobertura e quanto maior a partícula, menor será o poder de cobertura, como no caso dos
glitters

PIGMENTOS PEROLADOS

IRIDESCENTES
Compostos por uma série de camadas de substâncias com diferentes índices de refração;
Cada camada irá transmitir parte da luz e refletir outra parte;
A cor refletida dependerá da composição e da espessura de cada camada;

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 23


FILLERS – PIGMENTOS FUNCIONAIS

Não são pigmentos, porem na fórmula se comportam como tal


Dão “carga” e durabilidade
Sensorial
Efeito soft focus
Brilho ou efeito mate
Podem substituir o dióxido de titânio nos casos em que se é necessário a transparência na
aplicação
• Talcos, micas e sericitas
• Microesferas: Nylon 12, polimetilmetacrilato, sílicas, nitreto de boro, etc

FILLERS – PIGMENTOS FUNCIONAIS

Suas características irão influenciar a performance:


Morfologia: Plana, esférica, redonda
Textura: lisa, rugosa
Tamanho de partícula: menores dão sensorial cremoso, enquanto as maiores irão dar
sensorial mais seco de rolamento
Distribuição do tamanho de partícula: quanto maior for a mescla de partículas de diferentes
tamanhos, maior será o efeito soft- focus

Pele sem aplicação e após aplicação de microesfera

COLOR INDEX E NOMENCLATURA

COLOR INDEX
É uma sequencia de 5 números que identifica cada molécula corante de acordo com sua
estrutura química, campo de aplicação, etc (toners podem ter um 6° dígito no final
acrescentado seguido de dois pontos que identifica o sal metálico utilizado)
Sistema universal
Apenas o CI não identifica se o corante é grau industrial, alimentício, cosmético

NOMENCLATURA DE ACORDO COM FDA


D&C: medicamentos e cosméticos
FD&C: medicamentos, alimentos e cosméticos

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 24


PIGMENTOS CONVENCIONAIS

As partículas dos pigmentos convencionais possuem superfície hidrofílica com grupos
hidroxilas polares e umidade adsorvida.
Estes pigmentos tipicamente se encontram na forma de aglomerados:

PIGMENTOS CONVENCIONAIS

Sensação desagradável na pele: podemos sentir as partículas duras e grossas no contato


com a pele.
Pouca resistência ao uso: pigmentos hidrofílicos são facilmente umectados podem causar
escurecimento em contato com a pele.
Instabilidade da emulsão: migração de fases

PIGMENTOS TRATADOS

Estes pigmentos são revestidos através de meios físicos ou químicos, com substâncias que
modificam propriedades hidrofóbicas e hidrofílicas de pigmentos e cargas minerais em geral,
proporcionando melhora nas propriedades dos pigmentos.
Estes tratamentos pré-molham a superfície dos pigmentos, para promover baixa absorção do
dispersante, proporcionando maior fluidez, dirpersibilidade, estabilidade e minimiza a
agregação de partículas.
Os tratamentos de superfície de pigmentos, irão agregar características sensoriais e
funcionais indispensáveis para a formulação de produtos de maquiagem, melhorando a
textura, estabilidade física e química, afinidade com a pele, longa duração e maior facilidade
nos processos produtivos.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 25


PIGMENTOS TRATADOS

Aumento da facilidade de umedecimento


Melhora a dispersão
São desaglomerados por processos de tratamento
Melhora sensorial
Reduz interação veículo/pigmento https://exame.com/marketing/mms-crispy-chega-
ao-brasil-como-grande-aposta-de-negocios/

Aumenta a estabilidade de pigmento e do produto


Maior adesão e afinidade à pele

PIGMENTOS TRATADOS

Os pigmentos podem receber revestimentos de característica hidrofóbica, tornando sua


afinidade pela fase oleosa, proporcionando o desenvolvimento de formulações anidras e
emulsões A/O e A/Si.
Untreated TiO2 in D5 Surface Treated TiO2 in D5
Não tratado Tratado Tratado Tratado

Pigmento ACT (Miyoshi)

PIGMENTOS TRATADOS

Os pigmentos poderão receber revestimentos hidrofílicos, promovendo uma melhora na


capacidade de dispersão em água, proporcionando o desenvolvimento de formulações a
base de água e emulsões O/A mais estáveis.

Pigmento convencional sem tratamento e MiyoAQUA (Miyoshi) foram misturados em partes iguais de água e óleo, e observados 15
minutos mais tarde:

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 26


DISPERSÃO PIGMETÁRIA

Os pigmentos são altamente aglomerados e agregados.


É necessário diminuir o tamanho da partícula para garantir a homogeneidade da cor
Devem ser dispersos no meio
Maquiagens podem ser formuladas com a partícula em pó ou dispersões.

DISPERSÃO PIGMENTÁRIA

Etapas da Dispersão
Umedecimento – Mistura do pigmentos com o agente
dispersante
Desaglomeração e desagregação – Equipamentos com
alto cisalhamento
Estabilização – adição de ingredientes que auxiliam na
suspensão dos pigmentos
Este processo pode ser demorado, e cada tipo de
pigmento, dependendo se a partícula é mais dura ou não Dispersões pigmentárias com óxido de
não, necessitará de um maior tempo de processo ferro amarelo

DISPERSÃO PIGMETÁRIA

Equipamentos: moinhos de 3 rolos para dispersões em veículos líquidos

Moinho de rolos Moinho Coloidal Ultra Turrax

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 27


MOAGEM E MICRONIZAÇÃO

É um processo de moagem ultrafina por meio de moinhos com ar comprimido (jet mill).
Os pigmentos micronizados promovem uma maior cobertura, portanto é possível reduzir o
percentual na formulação.

Moinho de Martelos

DISPERSÃO – CONTROLE DE QUALIDADE

Avaliação da dispersão:
Grindômetro Hegman (utilizado para medir o grau de moedura do pigmento)
Papel Leneta: Avaliação da cor

Grindômetro Hegman Papel Leneta


https://www.youtube.com/wat
ch?v=IZ2DhgVGX3c

TECNOLOGIA DE PRODUTOS MOLDADOS


Desenvolvimento de formulações de batons, cream to powder e maquiagem
em stick, como escolher a melhor combinação de ingredientes

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 28


TECNOLOGIA DE PRODUTOS MOLDADOS

Produtos anidros são misturas de óleos, ésteres, álcoois graxos, ceras, conservantes,
fragrâncias e vários pigmentos.
O desenvolvimento desses produtos requer a compreensão das características físicas dos
ingredientes, bem como do processo mecânico necessário para fabricar o produto
Duas características essenciais do material a serem consideradas são: o ponto de fusão do
ingrediente e seu comportamento de solubilidade.

TECNOLOGIA DE PRODUTOS MOLDADOS

Antes que os ingredientes sejam selecionados, as características e o desempenho do


produto acabado devem ser considerados.
A estrutura e função dos ingredientes devem ser consideradas antes de serem incluídos na
fórmula
É aconselhável verificar certas características, principalmente a solubilidade e a
compatibilidade, combinando certos ingredientes em experimentos menores e verificando
seu comportamento.
A primeira etapa é escolher cuidadosamente o óleo / solvente primário. Cada ingrediente
adicional pode então ser verificado quanto à compatibilidade com o solvente primário,
começando com óleos. Se os óleos forem compatíveis, a combinação deve ser cristalina.

TECNOLOGIA DE PRODUTOS MOLDADOS

A incompatibilidade dos ingredientes tem um impacto significativo na solubilidade e na


consequente cristalização das ceras. Se houver incompatibilidade química, os cristais de
cera tendem a ser grossos, o que é uma indicação de que os cristais não estão compactados
o suficiente para evitar a exsudação / transpiração de óleo.,
Uma vez que os óleos tenham sido escolhidos, cada cera deve ser adicionada ao óleo
primário para procurar clareza, uma vez que a cera esteja completamente derretida.
Combinações corretas de óleo (s) e cera (s) permitem a formação de uma rede cristalina
dando a textura desejada ao produto

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 29


MOLDADOS - EMOLIENTES

Os óleos são usados para fazer a estrutura cristalina de ceras mais macias e plásticas,
proporcionando facilidade de distribuição sobre a pele, controlando o brilho e a maciez da
camada aplicada
São veículos para dispersão de pigmentos.
Dão cremosidade, espalhabilidade, emoliência, brilho, maciez ou contribuem com efeito mate
Em princípio, quanto menor a polaridade do óleo, mais macio será o batom
A resistência à quebra do batom aumenta com o aumento da viscosidade da mistura de óleo.

MOLDADOS - EMOLIENTES DE ALTA VISCOSIDADE

Cremosidade e brilho
dispersão de pigmentos e lacas e alto poder umectante de pigmento
A alta viscosidade contribui para suspensão dos pigmentos na dispersão
Alta polaridade fortalece a integridade estrutural do stick
Ajudam a evitar a migração do produto nos lábios
Alto índice de refração (normalmente acima de 1,49) promovem brilho
Em excesso ocasiona resistência ao deslizamento durante a aplicação e uma película graxa
desagradável. Para evitar estes problemas, deve-se associar com ingredientes com alto
poder de espalhamento como éster graxos.

MOLDADOS - EMOLIENTES DE ALTA VISCOSIDADE

• Óleo de mamona:
 Alta polaridade
 comumente utilizado para a dispersão de pigmentos e lacas e alto poder umectante de pigmento.
 funciona como um agente de acoplamento entre ceras apolares e óleos polares
• Óleo amêndoa doce
 alta polaridade, o que fortalece a integridade estrutural do stick
 atua como um óleo estabilizador primário para promover a integridade estrutural e a estabilidade do batom
• Diisostearyl Malate
 Alta polaridade
 Melhor estabilidade oxidativa do que o óleo de mamona
 Dispersão de pigmentos

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 30


MOLDADOS -EMOLIENTES DE BAIXA VISCOSIDADE

Contribuem para o deslizamento, espalhabilidade, dando maior suavidade na aplicação


Emoliente secundário para auxiliar na formação da estrutura do bastão
Também podem ser utilizados para dispersão pigmentária
• Polisobuteno hidrogenado
Apolar
Espalhabilidade
• Octildodecanol
Baixa polaridade
Geralmente, o octildodecanol interage bem com todas as misturas de ceras para fornecer boas
propriedades de deslizamento

MOLDADOS - SILICONES E HIDROCARBONETOS

Característica volátil
Normalmente utilizados para alcançar o efeito mate
Sensorial seco
Longa duração
Cuidados no processo de fabricação
Cuidados na escolha da embalagem
Exemplos: Ciclopentasiloxano, Isododecano, Isohexadecano, dimeticona de baixa
viscosidade

MOLDADOS - CERAS

São ingredientes principais nas formulações de moldados, responsáveis pela estruturação,


dureza, resistência a temperatura, características de brilho ou efeito mate, sensorial e
estabilidade
Quanto maior for sua capacidade de ligação a óleos, maior dureza e estabilidade para a
formulação
Combinações corretas de óleos e ceras permitem a formação de uma rede cristalina dando a
textura desejada ao produto.
O tipo de cera e as propriedades do óleo (como a viscosidade) impactam a formação do
cristal e, portanto, as propriedades finais do produto.
Pequenas variações na formulação às vezes podem produzir grandes diferenças na dureza,
tamanho do cristal e aparência.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 31


MOLDADOS - CERAS

toda cera tem uma morfologia de cristal específica que é formada enquanto congela
É durante o processo de cristalização que o produto anidro desenvolverá suas
características e propriedades físicas. O processo envolve duas etapas distintas, nucleação
e crescimento do cristal, que são influenciados por vários fatores, incluindo compatibilidade
molecular, estrutura do ingrediente, composição do núcleo e propriedades da superfície e
condições de processamento
As ceras com alta cristalinidade, por exemplo, cera de abelha e cera de farelo de arroz,
reduzem tipicamente o brilho de uma formulação, enquanto ceras com baixa cristalinidade
como Candelila e Cera de Girassol, tendem a ser doadoras de brilho

MOLDADOS - CERAS

interrupções na formação de cristais têm várias causas, incluindo incompatibilidades de


matéria-prima, fatores de inibição de cristais e interrupções mecânicas. Os problemas mais
comuns são amolecimento e suor, que são resultados da inibição da formação de cristais.
Ruptura: Existem muitas maneiras pelas quais a cristalização da cera pode ser interrompida.
Descrevem-se aqui: a incompatibilidade dos componentes que compõem o produto; a
presença de um ingrediente que impede estericamente a agregação de cristais de cera em
torno de um núcleo; e a ruptura mecânica do produto - cisalhamento na temperatura de
cristalização do sistema ou abaixo dela
Uma fase de cera agregada e ordenada é importante, pois geralmente é o meio principal de
estruturar o produto e impedir que os óleos sejam exsudados da massa. Isso resulta em
suor, onde as gotículas de líquido na superfície da massa a temperaturas que variam de 35-
50 ° C e não reabsorvem prontamente enquanto se equilibra com a temperatura ambiente

MOLDADOS - CERAS

Os óleos e ceras usados devem ter polaridade próxima o suficiente para se misturar
prontamente quando o moldado derreter, antes que o moldado seja formado.
Portanto a escolha do emoliente irá influenciar na dureza final do produto.
Para garantir que todos os cristais estejam derretidos, é aconselhado que o produto seja
aquecido a uma temperatura de 20°C acima do ponto de fusão da cera
As ceras formam cristais de tamanhos estáveis, enquanto manteigas e óleos hidrogenados,
formam cristais que continuam crescendo com o tempo, podendo causar um efeito chamado
blooming (formação de manchas esbranquiçadas na superfície do moldado, efeito
comumente visto em chocolates)

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 32


MOLDADOS - CERAS

As ceras que produzem retração adequada do batom no resfriamento devem ser
incorporadas para uma boa desmoldagem
É útil incluir uma pequena quantidade de cera que derrete acima da temperatura de
moldagem, para dar nucleação mais rápida durante o processo de resfriamento
Furos de contração ocorrem quando o batom se solidifica contra a superfície interna do
molde, e finalmente, o centro da parte superior se contrai para baixo.
No entanto, o furos de contração tornaram-se maiores porque o resfriamento rápido aumenta
a diferença de temperatura entre a ponta e a raiz, devido à baixa transferência de calor
a tensão pode ser eliminada pelo reaquecimento da parte superior

MOLDADOS - CERAS

• Cera de abelha: Ponto de fusão entre 60 a 65°C.


Quando utilizada em combinação com ceras duras, contribui para plasticidade e flexibilidade,
diminuindo a quebra durante o uso
Contribui para um leve encolhimento na moldagem, facilitando a desmoldagem
Quimicamente estabiliza a cor da bala pela presença de ácidos cerístico e melístico livres
Promove maior opacidade, reduzindo o brilho
• Cera de Candelila: Ponto de fusão entre 68 a 72°C
Contribui com brilho da formulação
Sua cristalização é lenta
Em altos percentuais pode tornar a bala quebradiça (acima de 10%)

MOLDADOS - CERAS

• Cera de carnaúba: Ponto de fusão 83 a 86°C


Contribui para aumentar o ponto de fusão aumentando a dureza, rigidez e estabilidade ao calor
Aumenta o brilho
Diminui a pegajosidade, plasticidade e tendência a cristalização
• Cera de Ozoquerita: Ponto de fusão de 68 a 93C
Devido ao seu caráter microcristalino, permite que o óleo de rícino seja absorvido e retido na estrutura
Doa estabilidade em climas quentes
Endurece mais rapidamente e contrai menos que a cera de abelha
Se utilizada em percentual alto (acima de 10%) a bala pode desagregar na aplicação

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 33


MOLDADOS - CERAS

• Cera de ceresina: Ponto de fusão de 60 a 65°C


Características parecidas com a da cera de abelha, mas não possui propriedade de contração
Consistência
• Cera de Polietileno: Ponto de fusão entre 90 a 105°C
Dureza e estabilidade a altas temperaturas
Aumenta a lubricidade, promovendo deslizamento
• Cera de arroz: Ponto de Fusão de 79 a 85°C
Quando combinados a cera de abelha, evita derretimento a altas temperaturas
Sensorial não pegajoso, efeito mate

MOLDADOS - CERAS

• Cera de Girassol : Ponto de Fusão de 74 a 80C


Alta capacidade de ligação a óleos
Brilho de longa duração
Alta estabilidade ao calor
Excelente equilíbrio entre maciez e dureza

MOLDADOS - INGREDIENTES PASTOSOS

 Ligação das ceras e os compostos graxos fluidos


 Minimizam a exudação e a ruptura da bala
 Confere untuosidade e favorece a aderência aos lábios
 Forma filme brilhante
 Podem ser de origem:
• Mineral: vaselina
• Vegetal: óleos vegetais hidrogenados.
• Animal: lanolina
• Sintético: Bis diglyceryl polyacyladipate-2 (lanolina sintética)
 Manteigas de cacau, Karité, entre outras também são utilizadas neste tipo de formulação, porém podem
cristalizar na superfície do batom formando manchas brancas. Utilizar percentual baixo nas formulações

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 34


MOLDADOS - ADITIVOS

 Formadores de filme: maior aderência e longa duração. Ex.: Polibuteno, abietato de glicerila
 Doadores de Brilho: ingredientes com alto índice de refração. Ex.: C12-C15 Alkyl Benzoate
 Antioxidantes: Em razão da composição graxosa é obrigatória a adição de retardadores de oxidação: Ex.: BHT,
Tocoferois
 Conservantes: devem ser permitidos em mucosas, resistentes ao calor
 Aromas: deve ter boa resistência a altas temperaturas
 Flavorizantes: mascarar gosto, ex.: sacarina sódica
 Bentonitas e hectoritas: promovem suspensão de partículas
 Sílicas: melhoram a estabilidade auxiliando na prevenção da exudação
 Fotoprotetores: Filtros UV

MOLDADOS - PIGMENTOS

Devem ser dispersos no veículo utilizado na formulação com auxilio de moinhos


Quanto menores o tamanho de partícula, maior a cobertura e homogeneidade da cor
Pigmentos e as partículas sólidas presente no moldado impactam na cristalização da cera e
podem adsorver parte do óleo.
• Pigmentos Orgânicos
• Pigmentos Inorgânicos
• Micas

MOLDADOS – FABRICAÇÃO DE BATONS

 Moinho para preparo da dispersão pigmentária


 Fusor/Tanque encamisado com controle de aquecimento: temperatura de 10°C acima do
ponto de fusão da cera de maior ponto de fusão
 Misturador com controle de velocidade: no final do processo deverá ser lenta para não aerar
o produto e prejudicar a moldagem
 Molde de alumínio: aplicar desmoldante, pré-aquecer ou molde ou molde de silicone
 Mesa fria: As temperaturas e curvas de refrigeração determinam a boa ou má cristalização
das ceras
 Sala com controle de temperatura para armazenamento

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 35


MOLDADOS – FABRICAÇÃO DE STICKS

 Moinho para preparo da dispersão pigmentária


 Fusor/Tanque encamisado com controle de aquecimento: temperatura de 10°C acima do
ponto de fusão da cera de maior ponto de fusão
 Misturador com controle de velocidade: no final do processo deverá ser lenta para não aerar
o produto e prejudicar a moldagem
 Funil com bico dosador e mangueira com recirculação
 Moldagem é realizada diretamente na embalagem
 Esteira com túnel de resfriamento
 Remelted
 Sala com controle de temperatura para armazenamento

MOLDAGEM - PARTICULARIDADES

Moldes de silicone são macios sendo capaz de acompanhar o encolhimento do batom e


Formulações
• Formulações projetadas com máxima sinergia são bem
balanceadas e têm importância tecnológica por resolverem
problemas de aplicação, normalmente necessidades
cotidianas dos consumidores de forma otimizada (baixo
consumo, alto rendimento) e, portanto em baixos custos.
• Formulações bem projetadas ganham importância

encolher junto com ele


comercial materializadas na forma de produtos eficientes e
competitivos.

Assim, o produto moldado em moldes de silicone garante alta qualidade e quebras mínimas
podem ser esperadas, mesmo que menos cera é usada
Resfriamentos rápidos criam uma estrutura de cristal de ceras menores e mais denso
resultando em alta dureza, enquanto resfriamento mais lentos formam cristais maiores e
estruturas de menor dureza
quando a cera fundida esfria, o ponto de nuvem se refere à temperatura na qual o
derretimento transparente muda para um semilíquido turvo devido ao crescimento da matriz
de cristal

MOLDAGEM - PARTICULARIDADES

Evitar aprisionamento de ar durante a fabricação: poderá enfraquecer a estrutura além de


deixar com furos internos e externos
Devido ao sistema de cristalização das ceras, as características máxima do batom são
obtidas após 24 horas, portanto além das análises iniciais, é necessário avaliação após 24
horas
A temperatura de moldagem deverá ser ao menos 10°C acima do ponto de fusão mais alto
das matérias primas da formulação

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 36


MOLDADOS - FABRICAÇÃO

Dispersão Pigmentária: CQ – Avaliar Fusor/ Tanque c/


Pigmento + Emoliente Dispersão aquecimento

Molde de alumínio Mesa fria Desmoldagem Estojo Flambagem

MOLDADOS - CONTROLE DE QUALIDADE

Falhas durante a moldagem:


Alta agitação pode causar aeração do produto ocasionado em furos no corpo do moldado
Temperaturas baixar podem ocasionar camadas
Temperaturas muito elevadas podem provocar manchas, principalmente em base moldada
Se utilizado molde de alumínio, este deverá estar pré aquecido para evitar que o choque
com o produto quente forme estrias
Falha na aplicação do desmoldante poderá provocar manchas

MOLDADOS - CONTROLE DE QUALIDADE

Blooming Exudação Exudação Furos/aeração


Imagem: Pinterest Imagem:Temptalia Imagem:Twitter
Imagem:Sephora

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 37


MOLDADOS - CONTROLE DE QUALIDADE

Tonalidade: comparar com o padrão de cor


Odor: qualidade do perfume e sua intensidade
Ausência de gosto desagradável
Aplicação: pay off – suavidade, untuosidade, deslizamento, cobertura, brilho, homogeneidade da
película depositada nos lábios
Ponto de fusão: Entre 65 a 75°C
Ponto de amolecimento: entre 50 a 55°C
Resistência a ruptura
Ausência de modificações do aspecto exterior do batom (cristalizações/ rachaduras)
Ausência de exsudação e aparecimento de gotícula
Ausência de modificação do gosto e odor
Ausência de degradação das tonalidades a luz

MOLDADOS - CONTROLE DE QUALIDADE

Ponto de amolecimento: o moldado deve suportar às mudanças de temperatura e ser fácil de


aplicar tanto em clima quente quanto frio. O ponto de amolecimento deverá estar na faixa de
50 a 55°C
Ponto de fusão: o contato do moldado com a pele deverá ser suave e macio, depositando
produto de maneira uniforme, por isso o ponto de fusão deverá ser controlado, para que
tenha uma boa aplicabilidade e resista a temperaturas mais quentes. Aconselha-se que o
ponto de fusão esteja entre 65 a 75°C. Fundir o matéria a ser testado; preencher um tubo
capilar aberto em ambas as extremidades; resfriar o bulbo em gelo por duas horas. Prender
o capilar paralelamente a um termômetro, mergulhar em um béquer com água, iniciar o
aquecimento com agitação moderada. A temperatura no qual o material se move dentro do
capilar é considerada o ponto de fusão (adaptado do Melting Range of Temperatures for
Class II, farmacopeia americana)

MOLDADOS - CONTROLE DE QUALIDADE

Ponto de ruptura: na aplicação do batom, o consumidor aplica uma intensidade variável, portanto a
formulação precisa resistir
Propriedades mecânicas: A quebra pode ser mensurada utilizando um Texturômetro (ex.: TA XT Plus
Texture Analyser, este equipamento simula a aplicação do batom imitando a curvatura/deformação
durante a aplicação, onde um probe desce a uma velocidade constante (5mm s -1) na horizontal. A
força de detecção mínima foi fixada em 1 g. A força é medido em função da distância até que o batom
quebre,Visto é, força de ruptura máxima. Realizar em triplicata

É necessária uma interação para obter um batom com uma


dureza média (400 a 600 gF)

https://textureanalysisprofessionals.blogspot.com/2014_11_16_archive.html

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 38


MOLDADOS - BATONS

 Superfície uniforme, lisa, brilhante e livre de defeitos;


 Não apresentar exudação, blooming, manchas ou estriações;
 Fácil aplicar, não deve demandar pressão muito forte;
 Não escorrer nos lábios, deve ser aderente e com textura agradável
 Alta retenção da intensidade da cor
 Plasticidade para resistir a aplicação nos lábios sem quebrar
 Cremosos – brilho, e normalmente apresentam baixa fixação. Uso de emolientes com alto índice de refração e
de alta polaridade como por exemplo óleo de mamona.
 Cintilantes – alta concentração de pérolas, ceras e emolientes devem ser adequados, se necessário, adicionar
agentes reológicos
 Matte – promovem alta duração. Geralmente possuem mais ceras, adição de microesferas (sílicas, talco, etc)
para contribuir com efeito opaco e dar maior durabilidade. Uso de hidrocarbonetos como Isohexadecano e
emolientes com baixo IR para proporcionar efeito matte.

MOLDADOS - BATONS

Formulações geralmente são anidras e moldadas a quente


Veículo: Emolientes de Alta viscosidade e baixa viscosidade
Ingredientes pastosos: contribuem para aderência (lanolina natural ou sintética,
poiisobuteno)
Pigmentos: inorgânicos, orgânicos e micas
Ceras: combinação de ceras que forneçam: plasticidade, alto ponto de fusão, boa ligação a
óleos, contração para desmoldagem, brilho ou efeito mate
Filtros, Conservantes, Antioxidantes, fragrância, edulcorantes
Atenção: produto fabricado e moldado a quente! Evite ativos hidrossolúveis e que não
suportem altas temperaturas

MOLDADOS – FORMULAÇÃO

Material cedido pela MCassab

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 39


MOLDADOS - BASE BASTÃO E CREAM TO
POWDER
Formulações geralmente são anidras e moldadas a quente
Veículo: Emolientes de baixa viscosidade, alta espalhabilidade e toque seco. Ex.: Coco/Caprilate
Caprate, Isononyl Isononanoate
Pigmentos: inorgânicos
Ceras: de alto ponto de fusão para garantir estabilidade ao calor, mesclar com cera de baixo ponto de
fusão para deslizamento. Ex.: Cera de ozoquerita, cera de girassol, cera de candelila
Fillers: microesferas para sensorial, dando efeito de pó na aplicação. Ex.: Silica, Nylon
Filtros, Conservantes, Antioxidantes, fragrância
Atenção: produto fabricado e moldado a quente! Evite ativos hidrossolúveis e que não suportem altas
temperaturas

MOLDADOS – FORMULAÇÃO

Material cedido pela MCassab

TECNOLOGIA DE PRODUTOS EMULSIONADOS


Desenvolvimento de emulsões O/A, A/O, A/Si, como desenvolver bases,
corretivos e iluminadores de alta performance

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 40


EMULSIONADOS

Emulsão: sistema heterogêneo constituído por dois ou mais líquidos imiscíveis no qual um se
dispersa no outro na forma de pequenas gotículas
De acordo com a composição da fase contínua as emulsões podem ser:
• Óleo em água (O/A)
• Água em óleo (A/O)
• Água em silicone (A/Si)
• Múltiplas (A/O/A ou O/A/O)
• Bi-gel
• Poliméricas

EMULSIONANTES

• Quanto a carga as emulsões podem ser:


Iônicas (Catiônicas ou aniônicas)
Não Iônicas
Anfóteras

EMULSIONANTES

• A elevada tensão interfacial entre óleo e a água resulta em um sistema termodinamicamente


instável
• Os tensoativos são substâncias anfifílicas com afinidade com as interfaces diminuindo a
tensão superficial ou interfacial, formando micelas e impedindo que as gotículas se juntem
novamente
• A adição de energia como a mecânica é necessária para a formação e redução do tamanho
das gotas
Parte
Parte hidrofóbica/ lipofílica Hidrofílica

Cadeia apolar
Capaz de interagir com óleo
Cabeça polar
Interação com a água

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 41


EMULSIONADOS

Os pigmentos deverão estar sempre dispersos na fase externa da emulsão:

Se for emulsão do tipo A/O – dispersar os pigmentos na fase oleosa

Se for emulsão do tipo A/Si – dispersar os pigmentos na fase de silicone

Se for emulsão do tipo O/A – dispersar os pigmentos na fase aquosa

• Se o pigmento for disperso na fase interna, a cor visualizada na aplicação será


diferente da cor do produto

EMULSIONADOS

Fase aquosa
Agentes reológicos – dão viscosidade e/ou podem formar rede tridimensional com
capacidade de suspender pigmentos. Ex.: Celuloses microcristalinas, silicato de alumínio e
magnésio, bentonitas e hectoritas.
Ativos
Formadores de filmes
Sólidos
Pigmentos: Díóxido de Titânio, óxidos de ferro: vermelho, amarelo e preto, pérolas.
Fillers: talco, micas, sericitas, amidos e microesferas.

EMULSIONADOS

Fase oleosa
Óleos – óleos em geral, hidrocarbonetos, silicones, ésteres
Ceras
Emulsionantes
Agentes reológicos
Co-emulsionantes
Filtros solares
Antioxidantes e conservantes
Formadores de filme

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 42


AGENTES REOLÓGICOS

• Aumentam a viscosidade e a estabilidade da emulsão


Podem ser hidrofílicos ou lipofílico e o tipo de espessante irá depender do tipo de emulsão
Agentes de consistência de fase aquosa
Normalmente utilizados quando a emulsão é do tipo O/A
Em formulações de maquiagem, precisamos formar uma rede tridimensional para manter os
pigmentos em suspensão
goma xantana
Hidroxietilcelulose
Silicato de alumínio e magnésio
Celulose microcristalina

AGENTES REOLÓGICOS

Agentes de consistência de fase oleosa


Utilizados em emulsão do tipo A/O, A/Si e todos os tipos de emulsão
Podem se adicionados para aumentar a viscosidade da formulação ou para formar uma uma rede
tridimensional para manter os pigmentos em suspensão
Cetílico, estearílico, cetoestearílico, monoestearato de glicerila - viscosidade
Ceras vegetais, sintéticas e de abelha - viscosidade
Bentonitas e hectoritas (Bentone Gel GTCC, Bentone Gel VS-5 PC V, Tixogel GTCC6030)
Estearato de magnésio, Trihydroxistearin, Dextrin Palmitate, sílica
Elastômeros de silicone
Trihydroxystearin (Thixcin R)
Dextrin Palmitate (Reopearl TL2)
Silicas Pirogênicas

AGENTES ESTABILIZANTES

Em emulsões do tipo A/Si ou A/O é necessário o uso de eletrólitos na fase aquosa para
estabilização da emulsão, para reduzir a tensão superficial e auxiliar na formação das
micelas
Normalmente utiliza-se Cloreto de Sódio ou Sulfato de Magnésio, ou a combinação dos 2,
em um percentual que pode variar de 1 a 2%, dependendo da orientação do fabricante
Citrato de sódio também é utilizado

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 43


EMOLIENTES

Espalhabilidade
Sensorial – suavidade ao toque
Hidratação (alguns contribuem para manutenção do equilíbrio hídrico da pele)
Lubrificação
Veículo
Agente dispersante de pigmentos e filtros solares
Consistência da formulação
Entrega de ativos

EMOLIENTES

Em uma emulsão podem compreender de 5 a 30%, já em produtos anidros podem entrar
como qsp
Compreendendo os diferentes tipos de emolientes e suas características físico-químicas e é
importante para o formulador, especialmente ao otimizar a composição emoliente para
atender aos requisitos de funcionalidade e custo.
Na formulação, a composição da fase emoliente determinará a consistência do produto. A
viscosidade e polaridade, juntas com a presença de emolientes sólidos, pode ser usados
para tornar a formulação mais fluida ou mais solida, dependendo do uso pretendido.

EMOLIENTES

A sensação da pele é influenciada pela escolha do emoliente. Quando aplicado na pele, a


polaridade e a viscosidade da fase emoliente irão determinar “A sensação na pele.” Este
termo indescritível concentra tudo o que pode ser classificado como as propriedades
sensoriais da formulação: lubricidade, espalhabilidade, absorção na pele e duração na
superfície da pele. Esses fatores são intimamente ligada à estrutura molecular dos
emolientes.
A polaridade do emoliente determinará o solubilidade de componentes ativos, especialmente
os lipofílicos. A escolha correta de emolientes pode potenciar a atividade de uma substância
ativa controlando sua biodisponibilidade, considerando as propriedades do ingrediente ativo,
estrato córneo e a formulação.
 A interação com os emulsionantes também são determinados pela polaridade e a
viscosidade do emoliente.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 44


EMOLIENTES

• Fatores que afetam a polaridade de emolientes


O primeiro pré-requisito para a polaridade é a presença de grupos funcionais polarizáveis na
estrutura molecular: ligações duplas, estruturas aromáticas, grupos éster e ácidos
carboxílicos e álcoois.
A polarizabilidade das ligações duplas aumenta na seguinte ordem: ligações duplas isoladas
<ligações duplas conjugadas <ligações duplas aromáticas com a presença de elétrons
móveis.

EMOLIENTES

• Cascata de Emolientes
Técnica utilizada onde utiliza-se a combinação de diferentes espalhabilidade (baixa, média e
alta) para criar um efeito de sensorial rico e diferenciado
Espalhabilidade de um Emoliente:
Área da pele (mm²) coberta em um período de tempo específico (10 minutos).
Quanto menor a viscosidade, maior será o grau de espalhabilidade e mais leve será o
sensorial.

EMOLIENTES

• Ésteres
• Silicones
Triglicérido Cáprico Caprílico
Cyclopentaciloxano
Dibutyl Adipate
Dimethicone
Coco-Caprilate
Caprylyl Methicone

• Hidrocarbonetos
• Óleos Vegetais
Isododedano
• Óleo Mineral
Isohexadecano
• Manteigas
Esqualano

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 45


UMECTANTES

São substâncias higroscópicas com propriedades de reter água no produto cosmético,


impedindo que a água evapore, evitando desta forma o ressecamento da emulsão e rupturas
Podem atuar como solubilizantes para ativos, conservantes e outros ingredientes
Também atuam como hidratante para a pele
Glicerina, Butilenoglicol, propilenoglicol, sorbitol

ADITIVOS ESTABILIZANTES

Conservantes
Sequestrantes: EDTA
Antioxidantes: BHT, vitamina E
Filtros UV

EMULSÕES - FABRICAÇÃO

FABRICAÇÃO
Equipamento com aquecimento, turbo e raspadores
Moinho para dispersão dos pigmentos
Equipamento auxiliar

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 46


EMULSÕES A/SI
 Muito utilizadas no mercado atualmente.
 Excelente espalhabilidade e sensorial aveludado.
 Possuem maior fixação e duração do produto na pele pela fase externa ser hidrofóbica.
Componentes:
 Veículo: Geralmente silicones e hidrocarbonetos: Cyclopentasiloxane, Isododecano, dimethicone
 Emulsificantes: Devem ser específicos para esta aplicação. Ex.: Cyclopentasiloxane (and) PEG/PPG-18/18 Dimethicone
 Agentes reológicos/ Suspensores: Bentone, Hectorita, elastômero de silicones
 Pigmentos: Díóxido de Titânio, óxidos de ferro vermelho, amarelo e preto
 Água : estrutura interna, deve conter eletrólitos (ex.: NaCl)
 Conservantes, ativos, antioxidantes, filtros
 Formadores de filme: resistência e non-transfer – E.: trimetilsiloxisilicate
 Fillers: Silica, Nylon, etc

FORMULAÇÃO – BASE EMULSÃO A/SI

Procedimento
Fase A: Adicionar sobre o recipiente principal e homogeneizar por 20 min para total
dispersão do Bentone Gel.

Fase B: Adicionar em recipiente auxiliar, levar até o Ultraturrax na velocidade de 10.000


RPM até total dispersão. Verter sobre o recipiente principal e homogeneizar.

Fase C: Adicionar os ingredientes em recipiente auxiliar e homogeneizar. Verter


lentamente sobre a fase principal com agitação intensa por 10 minutos para emulsificação.

Fase D: Adicionar sobre o recipiente principal e homogeneizar.

Material cedido pela MCassab

EMULSÕES A/O
 Utilizadas em proteção solar Mineral ou Maquiagem
 Sensorial poderá ser um pouco mais “pesado”
 Possuem boa fixação e duração do produto na pele.
Componentes:
 Veículo: Geralmente éster de toque seco (verificar a polaridade de acordo com o emulsionante)
 Emulsificantes: Devem ser específicos para esta aplicação. Ex.: Polyglyceryl-6 Polyhydroxystearate (and)
Polyglyceryl-6 Polyricinoleate
 Agentes reológicos/ Suspensores: Bentone, Hectorita, estearato de magnésio
 Pigmentos: Díóxido de Titânio, óxidos de ferro vermelho, amarelo e preto
 Água : estrutura interna, deve conter eletrólitos (ex.: NaCl, sulfato de magnésio, cloreto de sódio)
 Conservantes, ativos, antioxidantes, filtros
 Fillers: Silica, Nylon, etc

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 47


FORMULAÇÃO – BASE EMULSÃO A/O

Procedimento
Fase A: Adicionar ao recipiente principal e dispersar os pigmentos em Ultra Turrax até total
homogeneização.

Fase B: Adicionar ao recipiente principal e homogeneizar em agitador mecânico por 20


min. Aquecer até 75 -80ºC.

Fase C: Adicionar em recipiente auxiliar. Aquecer até 75 80ºC. Emulsão: Verter fase C
lentamente sobre as fases A+B, sob agitação a 2000 rpm por 15 minutos. Iniciar o
resfriamento até 40ºC.

Fase D: Adicionar no recipiente principal e homogeneizar.

Material cedido pela MCassab

EMULSÃO O/A

 Preço mais acessível


 Boa espalhabilidade
 Mais adaptável a peles oleosas e climas quentes
 Não possuem boa durabilidade, necessário acrescentar um formador de filme
 Tendem a ganhar viscosidade no decorrer do tempo
Componentes
 Água: Veículo, dispersar pigmentos, espessantes
 Agentes reológicos/ suspensores: gomas, bentonitas, acrilatos, silicatos, celulose microcristalina.
 Pigmentos: Dióxido de Titânio, óxidos de ferro
 Emulsificantes adequados para esta aplicação. Ex: Tribehenin PEG-20 Esters, Alcool cetoestearílico etoxilado
 Fase oleosa: ésteres de toque seco e de alta espalhabilidade, óleos vegetais. Ex.: coco caprilate/caprate, triglicerido cc
 Conservantes, ativos, formadores de filme, filtro, antioxidantes
 Microesferas: Silica, Nylon, etc

FORMULAÇÃO – BASE EMULSÃO O/A

Procedimento:
Fase A: Adicionar a água no recipiente principal, pulverizar a celulose microcristalina até a
formação de um gel. Aplicar o Ultra-Turrax a 6000 RPM por 5 minutos adicionar a glicerina e
o Butilenoglicol. Aquecer a 75 – 80 °C. Adicionar os pigmentos MiyoAQUA, aplicar o Ultra-
turrax a 10.000 RPM por 10 minutos, ou até totalmente disperso.

Fase B – Em um recipiente auxiliar, adicionar os componentes desta fase, aquecer a 75 – 80


°C. Emulsão: Verter a Fase B sobre a Fase A sob agitação constante, de 1400 RPM por 10
minutos para homogeneizar a emulsão. Após, resfriar até 60°C.

Fase C Adicionar na seqüência ao recipiente principal, um a um dos ingredientes. Continuar


o resfriamento a 35 – 40°C.

Material cedido pela MCassab

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 48


CONTROLE DE QUALIDADE

Avaliação de cor
• Aplicação no antebraço (atenção a tonalidade de pele)
• Aplicação em lâmina: Homogeneidade e dispersão de pigmentos
• Laneta card : verificar cor e cobertura
• Avaliação a úmido e a seco
Odor
Viscosidade
Densidade
pH quando aplicável
Microbiológico

MAQUIAGEM PARA ÁREA DOS OLHOS


Máscara para cílios, delineador e sombra cremosa.

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Seu primeiro objetivo é fazer com que os cílios pareçam mais grossos, longos e escuros,
com curvatura acentuada
Deve ser aplicado com facilidade e precisão
Deve secar rapidamente e dar os efeitos corretos sem grumos
Ser de longa duração sem manchas ou descamação durante o dia
Resistentes ao atrito e a água
Fáceis de remover no final do dia.
O produto é aplicado em torno de uma área muito sensível, o olho, o que significa que é
necessária uma tolerância perfeita sem nenhum risco de toxicidade, irritação ou alergia.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 49


MÁSCARA PARA CÍLIOS

Emulsões O/W
Uma análise geral das composições de produtos globais mostra uma prevalência para
emulsões aniônicas óleo-em-água (o / w)
Emulsões O / W são geralmente baseadas em emulsificantes aniônicos; a fase de cera de
óleo, geralmente variando de 20% a 35%, pode conter ácidos esteárico / palmítico /
isoestárico / oleico, que reagem com um álcali dissolvido na fase aquosa e formam os
sabões correspondentes.
Emulsionantes adicionais com altos valores de HLB às vezes são usados, como cetil fosfato
de potássio, diestearato de poligliceril-3 metilglucose ou estearet-20/21.criando um filme
insolúvel e flexível.

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Sistema neutralizante (na fase aquosa)


 Os ingredientes neutralizantes são dispersos na fase aquosa para criar a emulsão;
o sistema neutralizante tem grande impacto na estabilidade, viscosidade e desempenho do
produto.
Os ingredientes neutralizantes comuns são trietanolamina, trometamina, aminometil
propanodiol, glucamina e arginina; observe que alguns podem liberar nitrosaminas, o que
pode provocar problemas de segurança.
O sistema neutralizante também influencia o pH do rímel, que deve estar entre 7,5-8,5, uma
vez que é aplicado ao redor da área dos olhos.

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Máscaras Anidras:
Muito utilizadas quando a proposta é obter um produto a prova d’água
São misturas de solventes, ceras e pigmentos
Escolha do solvente será determinante para performance
Solventes mais voláteis como o Isododecano irão proporcionar secagem mais rápida
Ésteres e óleos devem ser adicionados em pequenas quantidades para não prejudicar a
secagem
Utilização de equipamento a prova de explosão.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 50


MÁSCARA PARA CÍLIOS

Umectantes:
evitam perda de água
1 a 5% podem ser adicionados: glicerina e butlienoglicol são normalmente usados.
Em alta porcentagem pode diminuir a performance de formação de filme

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Agente reológico de fase aquosa – emulsões o/a


Ajudam a aumentar a viscosidade da fase aquosa
Auxilia a aderência do produto nos cílios
Estabiliza emulsão e auxilia o formado rede para suspender pigmentos,
Em excesso pode prejudicar a aplicação arrastando o produtos
E.: goma xantana, goma arábica, celulose microcristalia, silicato de alumínio e magnésio,
hidroxietilcelulose

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Agente reológicos de fase oleosa – anidras


Ajudam a aumentar a viscosidade da fase oleosa
Atua como um agente estabilizante para unir todos os ingredientes
Auxilia formando uma rede para suspender pigmentos
Auxilia a aderência do produto nos cílios
Ex.: Geis de bentone e hectorita, Estearato de Alumínio, Estearato de magnésio

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 51


MÁSCARA PARA CÍLIOS

Sistema conservante:
A formulação de máscara pode ser facilmente contaminada pela forma de aplicação, levando
contaminação dos cílios para dentro da embalagem podendo causar infecções se alergias
Agenes quelantes
São usados para fortalecer a ação do conservante sequestrando íons na membrana de
bactérias gram positivas
• Ex.: EDTA dissódico

MÁSCARA PARA CÍLIOS

Pigmentos
 São utilizado para a colorir os cílios,
Óxido de ferro preto é amplamente utilizado em um percentual de 8 a 12%, mas se deseja te
um preto intenso pode ser combinado com carbon black
Pigmentos perolados podem ser utilizados criando efeitos coloridos e lúdicos
Pigmentos com revestimento hidrofílicos possuem a vantagem de dispersar mais
rapidamente, evitando a evaporação de água da formulação no caso de produtos
emulsionados o/a
Pigmentos com revestimento hidrofóbico, irão dispersar mais facilmente evitando
evaporação de solvente em fórmulas anidras

MÁSCARA PARA CÍLIOS - CERAS

Doam viscosidade e corpo para a formulação


Contribuem para formação de filme porque são hidrofóbicas e aderentes
Promove espessamento dos cílios proporcionando volume
Ceras com características flexíveis formam película que propiciam curvatura
Ceras com alto ponto de fusão promovem maior alongamento e filme, e ceras de baixo ponto
de fusão volume e textura cremosa
Podem proporcionar alongamento e curvatura
Contribuem com a estabilidade da formulação
Melhora as propriedades de secagem
Ex.: Cera de abelha, Ozoquerita,

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 52


FORMADORES DE FILME

Responsáveis pela performance e longa duração


Polímeros que dão resistência ao atrito e resistência a água
Podem acelerar o tempo de secagem
Podem ser agregados na fase oleosa. Ex.: VP/Eicosene Copolymer
Podem ser agregados ao final do processo: Ex.: Polyurethane-35
Naturais: Dextrin isostearate (Unifilma HVY – Miyoshi)
Resinas de silicone: Trimetilsiloxisilicate
Dê preferencia a formadores de filme flexíveis e não quebradiços
Devem proporcionar uma remoção sem manchar

COMPONENTES DE PERFORMANCE

Os fillers são sólidos inorgânicos ou orgânicos que são insolúveis no veículo e têm diferentes
formas - esfera, cubo, placa, floco, fibra, irregular, etc. - e tamanhos de partícula, que variam
de nanômetros a milímetros.
• Fibras: dependendo do formato, as fibras podem contribuir para volume, alongamento ou
curvatura. Os mais utilizados incluem nylon 6. Algumas fibras podem conter carbon back
para intensificar o efeito preto. Se acrescentar altas quantidades, podem cair e depositar
abaixo dos olhos
• Pós como sílica sililate podem gelificar a fase oleosa trazendo um volume mais leve
• Argilas: são controladores de viscosidade naturais, podem absorver agua ou óleos, ajudando
a estabilizar a formulação, controle de suspensão e formação de filme. As mais utilizadas são
kaolin e bentonitas
Cargas minerais: auxiliam volume com maior separação dos cílios. Ex.: talco
Celulose: naturais e dão efeito de volume

COMPONENTES DE PERFORMANCE

Ativos:
Hoje em dia as máscaras estão sendo direcionadas ao patamar de skin care
Podem promover crescimento dos cílios e fortalecimento (peptídeos e aminoácidos)
Condicionante (panthenol)
Vitaminas (tocoferol)
Óleos (jojoba, argan)
Estratos botânicos
• Verifique a compatibilidade com o tipo de formulação

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 53


FABRICAÇÃO

FABRICAÇÃO
 As máscaras são geralmente muito viscosas, desta forma é necessário um mixer/homogeneizador adequado na
produção com força suficiente
 Equipamento com turbo para dispersão dos pigmentos e/ou moinho. Sistema de aquecimento e resfriamento
 Equipamento auxiliar para fase oleosa
 Deve-se resfriar sob constante agitação para não endurecer

ENVASE
 Máquina automática com bico injetor
 Não reaquecer
 Agitação lenta, quando necessária

EMBALAGENS E ESCOVAS

Não é apenas um invólucro atraente e até luxuoso para a fórmula, mas também é responsável pela
função de aplicação do produto.
Múltiplas opções e afetam diretamente a performance
A escolha do aplicador é vital parte no desenvolvimento da formula
Diferentes formas e materiais: curvas, macias, duras, de plástico, fibras ou silicone
Fibras macias promovem uma aplicação suave enquanto as fibras duras mais separação dos cílios
Há possibilidade de mesclar as fibras no mesmo aplicador
Para curvatura dê preferência para escovas curvas
Para volume os aplicadores coma as fibras mais separadas são ideais
Faça todos os teses de desenvolvimento de fórmula com o aplicador que o produto será
comercializado

DELINEADOR

Podem ser emulsões O/A, anidras ou géis aquosos


Devem possuir baixa viscosidade, permitindo traço fino
Percentual de pigmentos normalmente é maior do que na máscara para efeito de alta
pigmentação: 15 a 30% de pigmentos
Agentes reológicos para suspenção dos pigmentos e estabilização da fórmula
Formadores de filme para longa duração, de preferência flexíveis para não craquelar
Umectantes como glicerina para evitar ressecamento e melhorar a formação de filme

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 54


DELINEADOR

Para produtos anidros dê preferencia aos de alta volatilidade como Isododecano,


ciclomethicone
Para produtos com textura em gel, escolha um gelificante que promova a suspensão dos
pigmentos, mas que mantenham a fluidez. Ex.: Ammonium Polyacryloyldimethyl Taurate

SOMBRA

Podem ser emulsão A/O, O/A, A/Si, géis aquosos ou anidros


Agentes reológicos para suspenção de pigmentos
Alta concentração de pigmentos perolados
Formadores de filme para longa duração e efeito no-transfer
Voláteis para rápida secagem

FABRICAÇÃO
Equipamento com aquecimento, turbo e raspadores
Moinho para dispersão dos pigmentos
Equipamento auxiliar

FORMULAÇÃO – MÁSCARA PARA CÍLIOS

Procedimento
Fase A: Adicionar a água em recipiente principal. Pulverizar a hidroxietilcelulose
e homogeneizar por 40 minutos com agitação média. Aquecer até 78 – 82°C.
Após a formação da goma, adicionar o MiyoAqua Black, homogeneizar no ultra
turrax por aproximadamente 5 minutos. Adicionar a trietanolamina e verter a
emulsão.

Fase B: Adicionar todos os ingredientes em recipiente auxiliar, aquecer até 78 –


82 °C, homogeneizar. Adicionar a fase B no recipiente principal, manter a
agitação turbo por 15 minutos. Iniciar o resfriamento até 40 °C.

Face C: Adicionar no recipiente principal, homogeneizando após cada adição.


Sensorial

Material cedido pela MCassab

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 55


FORMULAÇÃO – MÁSCARA PARA CÍLIOS

Procedimento
Fase A: Adicionar no recipiente principal, levar até o Ultra-turrax até
total dispersão.

Fase B: Adicionar todos os componentes no recipiente principial,


aquecer até 85°C mantendo agitação moderada por 20min.

Face C: Adicionar no recipiente principal e homogeinizar bem.


Sensorial

Material cedido pela MCassab

FORMULAÇÃO – SOMBRA CREMOSA

• Procedimento:
• Fase A: Pesar a fase e aquecer até 90°C. Homogeneizar bem.
• Fase B: Adicionar os ingredientes um a um, homogeneizando após cada
adição. Envasar à quente.

Material cedido pela MCassab

CONTROLE DE QUALIDADE

Avaliação da Cor: visual e aplicação


Análise sensorial
Dispersão dos pigmentos
Avaliação do pH, quando aplicável
Viscosidade
Densidade – Muito importante, se tiver abaixo da especificação não caberá na embalagem!
Microbiologia

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 56


PRINCIPAIS ANÁLISES DE CONTROLE DE
QUALIDADE EM PRODUTOS DE MAQUIAGEM,
ESTABILIDADE E EFICÁCIA

CONTROLE DE QUALIDADE

• Guia de Controle de
Qualidade de Produtos
Cosméticos - Anvisa

CONTROLE DE QUALIDADE

• SUNTEST - O SUNTEST XLS + é utilizado para verificar alterações de propriedades de materiais e


produtos causadas pela luz solar, temperatura e umidade em um curto período de tempo. O
envelhecimento que, ao ar livre ou interno, pode ocorrer ao longo de meses ou anos, como
desbotamento, amarelecimento ou perda de força, pode muitas vezes ser simulado em semanas
dentro de um SUNTEST.
• simulação de radiação solar de acordo com o sol de referência CIE85 Simulação de luz solar filtrada
de vidro de janela ou luz artificial de supermercado

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 57


ESTABILIDADE

Para assegurar que o produto final tenha qualidade, o pesquisador precisa realizar diversos
testes de estabilidade para identificar problemas potenciais.
Na formulação de cosméticos, a solução da maioria dos problemas de estabilidade tem
início, geralmente, nos tipos de matérias-primas que serão transformadas em ingredientes de
produtos para o cuidado da pele e para maquiagem.
Nos sistemas de cuidado da pele, normalmente, são avaliados o tipo de emulsificante, os
espessantes, os ativos e os emolientes. Já em uma formulação de maquiagem, em geral,
são avaliados os itens estruturais, como as ceras e os fillers, além dos formadores de filme e
dos corantes.

ESTABILIDADE

Há abordagens geralmente aceitas para prever a estabilidade de cosméticos, que incluem a
mensuração da resistência do produto a desafios comuns, como temperaturas extremas e exposição
à luz.
O teste acelerado de temperatura é comumente usado como previsor da estabilidade de longo prazo.
A maior parte das empresas conduz testes de temperaturas elevadas, de 37oC a 45oC.
Em temperaturas elevadas, os produtos podem sofrer separação, redução de viscosidade ou
descoloração. O consenso geral vigente é que, se o produto passar pelo teste de estabilidade a 45oC
por 12 semanas, ele deverá ser estável em temperatura ambiente (TA) no mercado por até dois anos.
Temperaturas mais baixas são usadas como controle, além de mostrarem a possibilidade de ocorrer
alguma cristalização.
Outros métodos usados para aferir a estabilidade são o teste de congelamento/descongelamento e
três ciclos de testes com alternância de temperaturas de -10oC a 37oC.

ESTABILIDADE

Estabilidade de Maquiagem
No universo dos produtos com cores, os problemas de estabilidade vão desde a quebra do produto
até a exsudação superficial, conhecida como sinérese.
Em termos de cor, uma importante causa de instabilidade pode ser a má cristalização, o que leva a
problemas estruturais. É necessário que haja uma fase oleosa organizada em um produto anidro, pois
essa base é a estrutura do produto, e evita que os óleos exsudem em sua superfície.
Pigmentos podem ser fotoinstáveis, ou perder a cor com aquecimento ou pH
Obter mais informações sobre as propriedades físicas de um produto anidro permite que o formulador
saiba se o produto está devidamente estruturado e se este conseguirá ou não manter seu
desempenho ao longo do tempo. A definição precisa desse aspecto é mais difícil em produtos de
maquiagem do que em produtos de cuidado da pele, devido à maior dependência dos produtos de
maquiagem em relação às etapas de processamento e de envase. Há possibilidade do surgimento de
problemas mecânicos ou relacionados aos ingredientes.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 58


ESTABILIDADE

A análise das amostras deverá incluir a avaliação das variações de cor e odor, do valor do
pH, da viscosidade, da textura e dos sinais de separação.
Observar os produtos assim que estes são retirados da câmara de teste de estabilidade e
depois de atingirem a TA.
É indispensável que o produto seja aplicado sobre a pele após ter vencido as etapas do
teste, para avaliar seu fluxo e sua espalhabilidade.
Em alguns casos, os formuladores podem encontrar cristalização ou uma leve sensação de
oleosidade. Esses sinais podem ser apenas o início de um problema grave, por isso,
merecem ser monitorados.
Ao realizar testes de estabilidade com luz, devem ser usadas fontes de luz diversas, como
luz fluorescente e luz solar natural.

ESTABILIDADE

Outros testes anidros medem as características físicas do produto. As avaliações comuns


abrangem testes do ponto de ruptura, do ponto de fusão e do ponto de flexibilização.
Juntamente com os tradicionais testes realizados na câmara de temperatura, o formulador
pode verificar se a estrutura é suficientemente robusta para resistir a uma exposição ao
ambiente.
A microscopia também pode ser de grande utilidade para confirmar se as dimensões das
partículas nas gotículas da emulsão são consistentes e adequadas
Em geral, deve-se fazer um teste final com as condições reais de local/forma de venda do
produto, para que se tenha certeza de que o produto poderá ser embalado e para garantir
que este cumpra com o apelo mercadológico declarado na sua rotulagem.

ESTABILIDADE

Centrifugação é outro ótimo recurso para prever a separação. A fase oleosa de uma típica
emulsão O/A tem a tendência de separar-se e ficar no espaço superior da emulsão. Isso
ocorre principalmente por causa da mais alta densidade do óleo e de uma emulsificação e de
um sistema de suspensão insuficientes no produto.
É possível ver essa instabilidade com o tempo sob temperaturas elevadas, mas, quando o
tempo é um fator crítico, a centrifugação é um recurso muito útil para demonstrar esse
fenômeno ainda em fase incipiente.
A centrifugação é um teste que pode ser aplicado em TA ou com temperaturas elevadas. São
experimentados em diversos períodos de tempo, mas o mais comum é que o teste seja
aplicado durante 15 e 60 minutos.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 59


EFICÁCIA

• Claims precisam ser sustentados por testes de eficácia:


Maquiagens com FPS
Apelos de hidratação
Antiage, Antioleosidade, Antiacne, olheiras
Não comedogênco
Pele sensível, hipoalergenico
Infantil, gestantes
Além disso são necessários os testes de Irritabilidade dérmica e no caso de produtos que entram em
contato com os olhos, irritabilidade ocular
Testes podem ser in vivo ou in vitro

EFICÁCIA

Avaliação em pool
Avaliação em pool tem sido utilizada como um recurso que permite analisar a semelhança
entre amostras formadas a partir da mistura equitativa de produtos de mesmo grupo, com
uma base de igual composição qualitativa e variação nos pigmentos e corantes. Esse
recurso pode ser utilizado para as seguintes categorias de produto: maquiagens, esmaltes,
tinturas capilares.
GUIA PARA AVALAIÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS - ANVISA

MATERIAIS DE APOIO

• Guia de estabilidade de cosméticos


• Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos
• Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos
• https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/cosmeticos/manuais-e-guias

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 60


LITERATURAS

• coloring the cosmetic world: using pigments in decorative cosmetic formulations - por edwin b. faulkner
• the role of lipid composition in the sensory and physical properties of lipsticks sarah abidh1,2 · gérard cuvelier1 · hélène de clermont-gallerande2 ·
séverine navarro2 · julien delarue1
• optimisation of the wax and oil phases in a conventional lipstick using mixture design ng hui wen1, cottin pascale2, corger dominique2, grant-ross
peter 1 , slobodanka tamburic 1
• etapas-chave para o desenvolvimento de um cosmético, mônica machuca – revista cosmetic & toiletries vol 33
• formula troubleshooting—anhydrous product instabilitymay 31, 2013 peter tsolis, the estée lauder companies; and richard riggs, next step laboratories
- c&t
• avaliando problemas de estabilidade peter tsolis estée lauder comp., melville ny, eua angle d. camacho bayport laboratories, houston tx, eua –c&t
• chemical and physical properties of emollients jari t. alander
• lip-smacking results: mixture design ‘pays off’ to optimize wax/oil lipstick ratio c&t
• www.gov.br/anvisa
• https://www.gestaoeducacional.com.br/cores-primarias-cmyk-rgb-ryb/
• Revistas Cosmetic & Toliletries

OBRIGADA!
Contato: suelimartins339@gmail.com ou sueli.martins@mcassab.com.br
Whatsapp: (11) 99848-3796

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 61


The Future of
Color Cosmetics
Expect brands to pivot their focus to online lifestyles and disrupt the makeup paradigm by further
hybridising products and transcending existing territories.

Amanda Caridad

Senior Analyst Beauty and Personal Care

May 2021

Read on mintel.com

Color Cosmetics in perspective

Where we are now Short to medium term Long term


(1-2 years) (3-5 years)
The COVID-19 crisis strongly hit We expect uplifted sales for Predictions anticipate the post-
the makeup industry as brands that adopt a more COVID-19 world to be full of
consumers focused on care over minimalist approach to beauty, celebration, with existing social
appearance, forcing brands to resonating with consumers' new boundaries and beliefs broken
renovate existing strategies to lifestyles and motivating down further. Makeup brands are
survive. Through further purchase. Strategies that cater strongly placed to adapt to
hybridizing with skincare and for online lifestyles, such as subsequent growing demand for
calling out claims linked to NPD in shades to be elevated on- products that allow consumers
indoor lifestyles, brands can screen and adapting to the new to express new identities and
pivot their makeup offer to influencer landscape, will spark creativity through total,
respond to shifting lifestyles and an upturn in sales and unrestricted freedom of use.
attitudes. engagement.

WHERE WE ARE NOW

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 62


At-home based lifestyles impact on the use of cosmetics

Brazilian consumers demonstrate a more minimalistic approach on their at-home centered routines during the COVID-
19 pandemic.

FACE MAKEUP MORE FACIAL SKINCARE MULTI-USE

44% 51 40%
of Brazilians have used any face have used^ less makeup and more have used^ more multi-use makeup
makeup in the past 12 months facial skincare treatments to treat products in order to save time (eg
(April 2020 – April 2021) skin conditions (eg acne, melasma) lip tint for cheeks, lip balm for
eyes)

Base: 1,500 internet users aged 16; ^1,156 internet users aged 16+ who have used makeup products or have done their nails in the past 12 months
Source: Lightspeed/Mintel

'Beneath-the-mask' base/lip makeup stresses the durable and


transfer- or smudge-proof
In lip and face makeup, factoring in the wearing of face masks are long-lasting, mattifying, oil-free and transfer- and
sweat-proof claims, notably rising in the LATAM region.

24h comfort duration Lip tint formulas promise transfer-proof Fixing tint, mask-proof
Avon’s Power Stay Base Líquida 24 Horas de benefits Etude House’s Fixing Tint is a hydrating lip
Duração is said to last for up to 24 hours Ruby Rose Gel Tint is positioned as transfer-
 tint positioned as ‘mask-proof’, yet
leaving a fresh and matte look by totally proof, versatile (can also be used to give a delivering weightless and comfy feeling on
covering imperfections, thanks to flushed appearance on cheeks), durable lips, after a ‘no mask transfer test’ which
Comfortlast technology that offers sweat- (lasting all day long) and hydrating (with its promises 6 hours mask transfer prevention
and humidity-proof benefits (Brazil). hyaluronic acid and d-panthenol formula) (South Korea).
(Brazil).

Hybrid makeup can attend consumers’ new concern over ‘maskne’

As 26% of Brazilians have experienced acne during COVID-19 pandemic, makeup brands can leverage the use of
facial color cosmetics by bridging the gap between skincare and make-up.

Facial primer Loose powder Liquid foundation


Primers often blur with skincare; a recent The Erha 21 Acne Care Lab skincare When Life Gives You Lemons Hi-Function
launch also taps into anti-maskne skincare collection also includes 
Pressed Powder, Foundation is designed to act against hyper-
trends. 
Peach & Lily Skin Shield Blurring which absorbs excess oil while helping to pigmentation, oiliness and acne scars, being
Primer protects against mask-induced acne prevent acne due to its antibacterial formulated with niacinamide and a blend of
in addition to pollution, excessive phone properties (Indonesia). nine botanical adaptogens for acne that
time, internal stress etc (US). support the skin's natural ability to bounce
back from stress (US).

Base: Brazil: 1,500 internet users aged 16+


Source: Lightspeed/Mintel; Mintel Report Skin Protection – Brazil – November 2021

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 63


Brands focus 'above the mask' and hone in on eyes

For when chilling at home or when going Magical collaboration with Disney Fairytale Dewy makeup trends move to eyebrows
out Books M·A·C Cosmetics' Underground small-batch
Morphe x Madison Beer Channel Surfing
 I Heart Revolution Disney Fairytale Books 'for model (in quantities of 1,000 for loyal M·A·C
Artistry Palette, part of a curated range modern day princesses' reveals looks of 'insiders') includes Fresh-Out-Of-The-Shower
from musical artist Madison Beer, features fairytale characters Cinderella, Tiana (The Brow Gel, a clear gel to reveal fresh-faced
soft glam neutrals/rose gold shades and is Princess & the Frog) and Belle (Beauty and dewy, fluffy and naturally groomed brows.
suitable for any occasion, including 'chill the Beast). Includes matte/shimmer
everyday in' time. eyeshadow and faux mink lashes.

Read on mintel.com

Health- and wellness-related benefits resonate amidst the pandemic

Mintel’s Trend Driver Wellbeing and its underlying pillars Physical and Physchological states how consumers are
increasingly implementing lifestyle behavior choices to ensure a ‘total wellbeing’ concept in their routines.

IMMUNE SYSTEM ENTERTAINMENT SELF-CONFIDENCE

57% 23% 31%


of Brazilian consumers would be related^ they have fun related^ they feel more confident
interested in beauty products with experimenting with new products when they wear makeup products
ingredients that strengthen their and looks at home (eg colorful
immune system (eg probiotics, eyeliners)
vitamins)

Base: 1,500 internet users aged 16+; ^800 internet users aged 16+ who have used makeup products in the past 12 months
Source: Lightspeed/Mintel – The Beauty Consumer – Brazil, 2021; ^Lightspeed/Mintel – Color Cosmetics – Brazil, 2021

Use probiotics to promote skin health

Inside-out beauty ingredients pre-


and probiotics are progressing slowly
in the color cosmetics category.

Soon+ Probiotics Mmune’s loose


powder is formulated with
fermented probiotics that protect
the skin from the external stimuli
and also makes it smoother.

Max Factor Miracle’s foundation is


infused with a pre/pro-biotic
complex, to help skin's natural
defenses, and naturally-derived
Soon+ Probiotics Mmune Biome Powder ax Factor Miracle Second Skin Hybrid
M coconut milk, for all-day
(South Korea) Foundation SPF 20 (UK) moisturization.

Read on mintel.com

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 64


Explore melatonin for its holistic benefits

Borrow ingredients from VMS that


boast topical benefits, like
melatonin.

While topical melatonin doesn't have


sleeping aid properties, its
resonance in consumers who know it
as a sleeping aid will help promote
mental health benefits in makeup
products and propel mood beauty in
the makeup category.

Melatonin raises interest in skincare


and can be promoted in makeup
thanks to its benefits including skin ilk Makeup Melatonin Overnight Lip Mask
M aded Brightening & Clearing Gel with
F
brightening and defense against infused with melatonin and berry blend of melatonin against free radicals
free radicals. antioxidant actives

Playful packs and products tap into wellness trends

Playful themes, while not new to cosmetics (especially in Asia), have surged over the past 12 months, tapping into
wellness trends and distracting people from heightened woes.

Impactful packs with wellness slogans Food-inspired Oreo x Perfect Diary Wobbly toy-come-makeup pack
Design-led clothing/stationery store Thence In addition to launching two limited edition The Etude House x Disney Tsum Tsum limited
has teamed up with makeup brand Lilybyred. Oreo flavours for Spring 2020 (Sakura Matcha edition makeup range comes in playful
The Lilybyred Thence line uses retro/bold and Peach Oolong), Mondelēz partnered with round-bottomed cases (similar to roly-poly
designs/colours with on-pack mood-boosting beauty brand Perfect Diary to launch a co- toys) that wobble and right themselves when
slogans ('today is your day', 'happiness branded cushion compact inspired by pushed, helping people de-stress while
everywhere every moment') (Singapore). seasonal biscuit flavors (China). playing with the packs (South Korea).

Read on mintel.com

Wellness-focused innovations use an array of approaches

Supports mental health and targets Uplifting palette inspired by Animal Collaborates with The Sims 4 game
loneliness Crossinggame M·A·C teamed with The Sims 4 to bring its
Selena Gomez's  Rare Beauty makeup brand is olourpop x Animal Crossing: New Horizons
C makeup to in-game characters. It was
committed to supporting mental health (eyeshadow, blush, lip colour etc) is inspired supported by real-world M·A·C x The Sims
charities/organisations and addressing by the Nintendo game that was a hit during Eye Shadow – but the line was criticised for
chronic loneliness; its Rare Impact Fund has 2020 COVID-19 lockdowns. It features not being vibrant enough and being a
a goal of raising $100m over the next 10 uplifting shades as seen in the colourful repackaged version of an old line (US).
years (US). world of Animal Crossing (US).

Source: Instagram/colourpopcosmetics Read on mintel.com

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 65


Mask-mouth can extend to preventative
and corrective lip care

As mask-wearing seems to be on its way to becoming a part of life


for the foreseeable future, so brands need to re-think lip care as a
category and shift focus from color towards preventative and
corrective lip care. FACE MASKS

87%
As color sales show decline, skin conditions have increased, and this
presents brands with unique opportunities to offer consumers claims
such as 'long-lasting' for skin protection, as well as corrective
micro-claims such as anti-fungal with microbiome function to
support the ongoing issue of mask-wearing and the increase in
'mask-mouth' symptoms. of Brazilians reported wearing a
face mask in public.

Base: 1,500 internet users aged 16+


Source: Lightspeed/Mintel; Mintel’s COVID-19 Update – Brazil – June 7-28, 2021

Innovations add new hygienic and convenients ways for lip care

Brands are moving towards more innovative, hygienic and convenient ways of delivering product to the lips.

Twist-up lid for hygiene Airless and natural Lip care goes pop!
Florence by Mills Oh Whale! Lip Balm has a Hipi Faible Fresh Vanilla & Manuka Honey Burt's Bees Pop Grip Lips Set features a lip
vegan formula and a clever twist-up Natural Airless Lip Balm contains organic balm compact, refill and a phone grip &
dispenser – making it a perfect product for lanolin and natural ingredients in a hygienic, stand. The balm sits within the phone pop
sharing hygienically. airless dispenser. grip lid and contains 100% natural origin
ingredients.

Read on mintel.com

IN THE NEXT TWO YEARS

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 66


Minimalist routines will help cater for
conscious lifestyles

Mintel's 2021 BPC Trend Beauty [Re]Valued shows how beauty brands
that bring value beyond cost – by emphasizing quality, convenience
and consciousness – will thrive in the next normal.
ECO-FRIENDLY
While consumers recenter on more moderate makeup consumption,
affordable quality staples that boast clean and sustainable
credentials at their core will redefine what great value-for-money
means.
39%
of Brazilians would be willing to
pay more in eco-friendly beauty
products.

Base: Brazil:1,000 internet users aged 16+


Source: Lightspeed/Mintel; Mintel’s Global Consumer 35 Markets

Clean, eco-conscious claims will be at the forefront of the new nude

As discussed in Mintel's 2021 BPC Trend Beauty Eco-lution, brands that reinforce the caring value of their products (eg
to the skin/planet) are expected to retain customers.

Focus on naturally derived ingredients Complement to clean skincare No-plastic mascara brush
Typology Teint Tinted Serum is made of 99%
 Bybi Babe Balm Bronze is a multi-use golden
 La Bouche Rouge Le Sérum Noir Mascara's
naturally derived ingredients and showcases highlighting balm complementing Bybi's brush is made of castor plant fibres instead
a high score on Yuka. clean, eco-conscious skincare offer. of microplastic, and its wiping ring is
composed of plant-based materials instead
of plastic.

Read on mintel.com

Continued focus on diversity, gender-inclusive and empowerment


themes
NPD continued to align with the even bigger focus on social action around diversity, inclusivity and empowerment
during COVID-19.

'Beauty is for everyone' brand from drag 'For and by humans' Carnival-themed highlighter in two shades
queen star Superfluid, an Italian ethical beauty brand for all
The media spotlight on drag queens inspires 'for and by humans', encourages people to Diversity and inclusivity-minded Uoma
inclusive NPD. KimChi Chic Beauty (by feel confident by embracing their own Beauty has launched a celebratory Black
RuPaul's Drag Race star) is founded on the identities. It offers both colour and skincare Magic Carnival range. It includes multi-
belief that beauty is for everyone. 2 Queens products to help people 'explore identity'. tasker Bronzing Highlighter for face/body,
In 1 Desert Collection is created with fellow available in just two shades (Barbados and
drag queen Naomi Small. Notting Hill) for all skintones.

Source: Superfluid Read on mintel.com

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 67


Digital-friendly colors will lead innovation

Looking good on screen gained importance as consumers are staying more at home – a lifestyle shift that will endure in
the post-COVID-19 era

ENTERTAINMENT FAMILY/FRIENDS WORK

38% 50% 35%


of Brazilian^ female consumers of Brazilian^ females used a new of Brazilian^^ male consumers
played online games (eg esports, way to connect with/keep in touch which study and work are
social-network games). with friends or family (eg video interested in products to cover
conference, virtual events). skin’s imperfections.

Base: Brazil: ^1,000 internet users aged 16+; ^^444 male internet users aged 16+ who work and study
Source: Lightspeed/Mintel; Mintel’s Global Holistic Consumer 35 Markets – March 2021; ^^Mintel Report Men’s Attitudes Towards BPC – Brazil –
August 2020; ^

More online demands solutions for at-home looks

Instant filter Digital makeup for videoconferences Digital garments


Hourglass Ambient Lighting Palette - Volume L'Oréal's Signature Faces virtual makeup line In the fashion industry, Auroboros sells
II reproduces the multi-dimensional glow for video calls boasts possibilities in colours 'digital' couture. Customers buy digital
obtained when under universally flattering and finishes that are broader than what can garments that are layered on their chosen
light sources. It is said to act as an instant be achieved by real-life products (World). pictures, making it a less wasteful and more
filter (US). affordable way for consumers to access high-
end fashion for social media content only
(UK).

IN THE NEXT FIVE YEARS – AND


BEYOUND!

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 68


The influencer landscape will gain more
autonomy
As reports on the negative impact of social media on mental health
emerged, consumers started to seek more authentic connections and
a sense of belonging, rapidly accelerating Mintel's 2030 BPC
Trend 
Identity Traders. UNETHICAL PRACTICES

Influencers' new autonomy and ultra-engaged communities will give


access to broader insights on communities and maximise return
on investment in customer acquisition costs.
30%
of Brazilian female consumers
aged 16-24 stopped following
online influencers that don't
represent their values (eg
unethical practices).

Base: Brazil:152 female internet users aged 16-24


Source: Lightspeed/Mintel; The Beauty Consumer – Brazil, 2021

Influencers' integrity drives engagement

Influencers are building smaller communities focused on engagement, honest exchange and knowledge sharing, rather
than on quantity of followers.

Benefit from influencers’ greater Prestige live commerce Chinese commercial firepower
autonomy LiveScale is a live stream ecommerce Live stream commerce has proven
Patreon is a subscription-based content platform used by premium brands. particularly successful when featuring
platform, where influencers create semi- trusted KOLs*. Li Jiaqi, dubbed the 'Lipstick
private communities of people with similar King', is said to have sold 15,000 lipstick
values and interests. products in just five minutes on live stream.

*KOL: Key Opinion Leader


Source: Yicai

Consumers will look to boundary-


breaking products for freedom of use
Inclusivity has become a key focus for the beauty industry,
and freedom of expression is the next step in catering for
diverse identities and individualities.
INCLUSIVITY
Cosmetics brands can promote 'elasticity' by creating
boundary-breaking products that will tap in a celebratory
and playful approach to makeup, and will give total
freedom of self-expression to younger consumers.
33%
of Brazilians fully agree
that the beauty industry
should be more inclusive.

Base: Brazil:1,000 internet users aged 16+


Source: Lightspeed/Mintel; Mintel’s Global Consumer 35 Markets

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 69


Consumers want more freedom for self-expression

Younger consumers are keen to get creative with their makeup looks to reflect their identity and personality.

INSECURITIES PRESSURE ON LOOKS EXPENSIVE

33% 34% 29%


of Brazilian females aged 16-24 of Brazilian women strongly agree of Brazilian adults aged 16-24
strongly agree that the beauty they feel tired of being told how strongly agree that most inclusive
industry plays on people’s they should look. beauty brands are too expensive.
insecurities.

Base: Brazil: 1,000 internet users aged 16+

Source: Lightspeed/Mintel; Mintel’s Global Consumer 35 Markets – March 2021 Read on mintel.com

Self-expression wins over perfection

It is important for brands to take


notice of consumers' conversations
around the meaning of 'beautiful' and
be mindful about general beauty
diktats aiming to 'erase' imperfections.
Consumers want a flawless look that
builds confidence without stigmatizing
imperfections.

As such, brands would benefit from


adopting skin-positive messaging to
allow users to create their makeup
looks without feeling pressured to
reach 'perfection', a concept that no The Advertising Standards Authority has Sara Carstens' makeup look embracing 
dark
longer resonates. ruled that social media filters shouldn’t be circles went viral
used if they exaggerate the effect of a
beauty product

Existing categories face reinvention

Brands can introduce freedom of play by destructuring categories and breaking the boundaries of existing clusters.
Multi-functionality adds affordability to younger users.

Promoting self-expression Free to doodle Encouraging creativity for all


Byredo Colour Stick is made to use freely on
 Essence Let The Party Glow On! Eye & Body
 TooD offers Brow Color Cream, which can be
the eyes, cheeks, lips, face and body to Liner can be used on the eyes or as a put all over the face and body. The brand
encourage self-expression. creative liner on the body. encourages customers to be creative about
how they use its products.

Read on mintel.com

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 70


Meet Mintel’s Experts

Lauren Goodsitt, Senior Reiko Hasegawa, Senior Margaux Caron, Global Rosalia Di Gesu, Global
Global Beauty Analyst Beauty Analyst Beauty Analyst Beauty & Personal Care
Analyst

Amanda Caridad
Senior Analyst Beauty and Personal Care
acaridad@mintel.com

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market research will help you grow your business.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 71


A TENDÊNCIA
DAS MAQUIAGENS
VEGANAS

SOBRE MIM:

Sou Aline Waiser, química e pós graduada em


Cosmetologia e MBA em Gestão de Projetos, atuo na
indústria de cosméticos há 10 anos.
Tenho experiência na área de Pesquisa e
Desenvolvimento de produtos com expertise em
maquiagem.
Sou co-fundadora da marca Vizzela Cosméticos que
é uma marca Vegana especializada em
maquiagens, atuo liderando os setores de P&D e
Marketing.

Email: alinewaiser@gmail.com

Revenue

Mercado Vegano 40% AO ANO É A ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO

Fonte: Ibope inteligencia. Brasileiros Vegetarianos Brasileiros Vegetarianos


em 2013 em 2018
Euromonitor Internacional e
Ginger Strategic Research

9% 14%

Consumiriam mais produtos


Consumiriam mais
veganos se tivessem o
produtos veganos
mesmo preço

55% 60%

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 72


A nova era de Cosméticos Veganos

Os consumidores estão cada vez mais conscientes e impulsionando o


mercado de cosméticos Veganos e Cruelty Free.
As vendas de produtos cosméticos veganos aumenta a cada dia, uma
pesquisa realizada pela Vegan Society demonstra que 50% do povo britânico
já adotou as práticas de preferência por produtos veganos.
No Google trends houve um aumento significativo pelos termos “beleza
vegana”, “cosméticos veganos” e “cruelty free”.
Globalmente houve um aumento de 175% nos lançamentos de cosméticos
veganos nos últimos 5 anos.

O Consumidor consciente:

De acordo com a 4ª edição anual do Global Consumer Pulse Research, que entrevistou 30 mil
consumidores do mundo todo, os 1.564 brasileiros dizem que:

83% 77%
PREFEREM ADQUIRIR PRODUTOS E
SERVIÇOS DE EMPRESAS QUE SE AFIRMAM QUE SUAS DECISÕES DE
POSICIONAM EM RELAÇÃO A CAUSAS COMPRA SÃO IMPULSIONADAS POR
ALINHADAS A SEUS VALORES E CRENÇAS v VALORES ÉTICOS E AUTENTICIDADE DAS
PESSOAIS E DISPENSAM AS QUE EMPRESAS.
PREFEREM SE MANTER NEUTRAS.

Nem todos que que preferem maquiagens veganas se consideram veganos. A luta pelo fim dos
testes em animais, principalmente, levou os consumidores a encontrarem produtos veganos.

DEFINIÇÕES: Produtos Cosméticos Veganos

Para cosméticos veganos não há um órgão oficial que os regulamente.


Entretanto, existem organizações não governamentais que certificam e
emitem selos para os produtos que são desenvolvidos respeitando suas
regras.
Diferentemente das definições dos cosméticos naturais, as definições de
cosméticos veganos, para as diversas entidades certificadoras, convergem
para regras muito parecidas: são considerados cosméticos veganos os
produtos que não são testados em animais e cuja composição não inclui
matérias-primas de origem animal e/ou que tenham sido testadas em
animais.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 73


DEFINIÇÕES: Produtos Cosméticos Veganos

Para ser considerado um cosmético VEGANO deve atender os


requisitos:

 Produto sem ingrediente de Origem Animal

 Produto final não foi testado


PAAA em animais.

 As matérias primas utilizadas no produto não podem ter sido


testadas em animais pelo fabricante.

DEFINIÇÕES: Produtos Cosméticos Cruelty Free

O termo significa: LIVRE DE CRUELDADE

 Produto final não foi testado em animais.


PAAA no produto não podem ter sido
 As matérias primas utilizadas
testadas em animais pelo fabricante.

DEFINIÇÕES: Produtos Cosméticos Cruelty Free

O termo significa: LIVRE DE CRUELDADE

 Produto final não foi testado em animais.


PAAA no produto não podem ter sido
 As matérias primas utilizadas
testadas em animais pelo fabricante.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 74


TESTES VALIDADOS
PRINCÍPIO DOS 3Rs - CONCEA

Durante muito tempo as empresas testavam seus produtos em animais por não
existirem os métodos alternativos, e em 1984 Charles Hume e William Russel
introduziram o conceito dos 3Rs:

Redução do número de animais utilizados no


Reduction experimento

Refinement Refinamento das técnicas visando evitar a dor


e o sofrimento desnecessários

Substituição dos testes com animais por


Replacement métodos alternativos

TESTES VALIDADOS
CONCEA

Avaliação do potencial de irritação e corrosão da pele:


Método OECD TG 430 - Corrosão dérmica in vitro: Teste de Resistência Elétrica
Transcutânea;
Método OECD TG 431 - Corrosão dérmica in vitro: Teste da Epiderme Humana
Reconstituída;
Método OECD TG 435 - Teste de Barreira de Membrana in vitro;
Método OECD TG 439 - Teste de irritação Cutânea in vitro.
Avaliação do potencial de irritação e corrosão ocular:
Método OECD TG 437 - Teste de Permeabilidade e Opacidade de Córnea Bovina;
Método OECD TG 438 - Teste de Olho Isolado de Galinha;
Método OECD TG 460 - Teste de Permeação de Fluoresceína. 460 - Teste de
Avaliação do potencial de fototoxicidade:
Método OECD TG 432 - Teste de Fototoxicidade in vitro 3T3 NRU.

TESTES VALIDADOS
CONCEA
Avaliação da absorção cutânea:
Método OECD TG 428 - Absorção Cutânea método in vitro.
Potencial de sensibilização cutânea:
Método OECD TG 429 - Sensibilização Cutânea: Ensaio do Linfonodo Local;
Método OECD TG 442A e 442B - Versões não radioativas do Ensaio do Linfonodo
Local.
Toxicidade aguda:
Método OECD TG 420 - Toxicidade Aguda Oral - Procedimento de Doses Fixas;
Método OECD TG 423 - Toxicidade Aguda Oral - Classe Tóxica Aguda;
Método OECD TG 425 - Toxicidade Aguda Oral - procedimento "Up and Down";
Método OECD TG 129 - estimativa da dose inicial para teste de toxicidade aguda
oral sistêmica (uso de peixes)
Genotoxicidade:
Método OECD TG 487 - Teste do Micronúcleo em Célula de Mamífero in vitro.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 75


Selos Cruelty-Free

Cruelty Free Not Tested on Animals Leaping Bunny

Sinaliza que a marca e o produto em A verificação é controlada pela É verificado pela Cruelty Free International, é considerado o símbolo

questão não conduzem testes em animais organização australiana Choose Cruelty de maior credibilidade entre os três mais comuns e a explicação é

para nenhum dos ingredientes, fórmulas e Free, sinalizando que nenhum dos simples. Enquanto para usar os símbolos da PeTA e da Choose

produto final. A verificação, neste caso, é ingredientes da fórmula foi testado em Cruelty Free as marcas precisam pagar uma taxa, assinar contratos

controlada pela PeTA. animais. Além disso, para obter o selo, as e termos de compromisso certificando-se de que não há testes de

marcas precisam provar que nenhum dos animais em ingredientes de suas fórmulas, para ter o selo do

ingredientes da fórmula é derivado da Leaping Bunny, as marcas precisam concordar com auditorias a

morte de animais ou até mesmo de um cada três anos por um auditor independente, além de visitas

subproduto da mesma prática pontuais.

“Todo produto Vegano


deve ser Cruelty Free,
entretanto nem todo
produto Cruelty Free é
Vegano”

14

SELOS VEGANOS PEOPLE


. FOR THE
PETA
ETHICAL TREATMENT OF
ANIMALS

SOCIEDADE
SVB
VEGETARIANA
BRASILEIRA

ORGANIZAÇÃO
VEGANISMO
.ORG.BR VEGANISMO BRASIL

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 76


Selos Veganos

PETA VEGANISMO.ORG.BR SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA

ONG fundada em 1980 é reconhecida O selo da Associação Brasileira de


Fundada em 2003, a Sociedade
em diversos países, e tem dois selos que Veganismo trabalha nos mesmo padrões
Vegetariana Brasileira (SVB) é uma
podem ser atribuídos a produtos do original inglês The Vegan Society
organização sem fins lucrativos que
cosméticos – SELO CRUELTY FREE e o Trademark, organização que criou e
promove a alimentação vegetariana
APPROVED VEGAN registrou o termo Veganismo em
como uma escolha ética, saudável,
Birmingham, no Reino Unido.
sustentável e socialmente justa

Exemplos de marcas com “Selos Próprios”

Lola Cosmetics Eudora Boticário

Algumas empresas optam por desenvolver sua própria sinalização para identificar os
cosméticos que são livres de testes em animais e/ou de matérias-primas de origem
animal. Esses produtos costumam ser identificados pela presença de um selo com a letra
V, pelo desenho de um coelho, pela inscrição cruelty-free, ou por qualquer outro
símbolo definido pela empresa.
17

PASSO A PASSO CERTIFICAÇÃO

Cruelty free and Vegan Application

PETA Cruelty-Free and Vegan Questionnaire

Statement of Assurance The company does not and shall not conduct, commission, or pay for animal
testing of any cosmetics and/or household products, nor will it conduct,
commission, or pay for animal testing of ingredients used in, or formulations
of, such products. The company shall require that each of the manufacturers
List of Products of any finished product that it sells or distributes does not and shall not
conduct, commission or pay for animal testing of the cosmetics and/or
household products, including, without limitation, formulations and
Certification Mark License ingredients of such products.
The company’s cosmetics and/or household products do not contain any
Agreement animal ingredients, including, without limitation, skin, fur, flesh, body parts,
honey, beeswax, silk, silk byproducts, lanolin, or products derived from any
animal matter, including, without limitation, cetyl alcohol, glycerin, lecithin,
mono- and diglycerides, and stearic acid.

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 77


PASSO A PASSO CERTIFICAÇÃO

Ficha cadastral

Questionário de avaliação

Formulário de requisição por produto

Envio de N.F de cada matéria prima

PASSO A PASSO CERTIFICAÇÃO


FORMULÁRIO DE REQUISIÇÃO

Nome do Quais as
Linha do Descrição Ingrediente/Excipi Nome INCI Derivado Documentação
produto para matérias-
produto breve ente (se diferente) daonde? extra?
venda primas?
Ingrediente 1 Doc.pdf
Ingrediente 2
Ingrediente 3
Ingrediente 4
Ingrediente 5
Ingrediente 6
Ex: Crianças

Ingrediente 7
Ex: Banho
Produto 1

Ingrediente 8
Ingrediente 9
Ingrediente 10
Ingrediente 11
Ingrediente 12
Ingrediente 13
Ingrediente 14
Ingrediente 15

PASSO A PASSO CERTIFICAÇÃO


Manual de Processo de certificação de
selo vegano

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 78


PASSO A PASSO CERTIFICAÇÃO

Ficha cadastral da empresa


Requisição de certificação – por produto
- Formula qualitativa com fornecedor/fabricante
- Descrição do processo de desenvolvimento
- Descrição do processo de fabricação
Declaração de conformidade de ingrediente vegano
- Documento oficial que ateste a origem e ausência de testes em
animais (a data limite aceita para testes em animais é até
Março/2013) – De cada ingrediente
Ficha técnica
- Documento emitido pelo fabricante (sem exceção). Ter data de
emissão ou revisão expressamente indicada com prazo igual ou
inferior a um ano.

Comunicação - Marketing
CUIDADO COM O
“GREEN WASHING” COMUNICAÇÃO
CLARA
COM O CLIENTE
PRODUTOS MAIS
RELAÇÃO COM OS PRODUTOS MAIS
SUSTENTÁVEIS
EMBALAGENS ANIMAIS E MEIO SEGUROS
ECOLÓGICAS AMBIENTE

Comunicação - Marketing

CUIDADO COM O “GREEN 73% dos cosméticos e produtos de higiene pessoal


WASHING” “verdes” cometem o pecado da incerteza

Utilizam a frase “Não testado em


animais” Utilizam o “mobius loop”

3% 74%

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 79


Comunicação - Marketing

COMUNICAÇÃO CLARA O CONSUMIDOR quer saber sobre:


COM O CLIENTE Produto
Ingredientes Embalagens NÃO induzem ao GREEN WASHING:
Processos
Valores da empresa

Disponibilizar a composição dos produtos


para consulta do consumidor:

Comunicação - Marketing

PRODUTOS MAIS Produtos Veganos em sua definição


SUSTENTÁVEIS Não precisam necessariamente ser sustentável,
ecologicamente correto e mais natural.
Mas o consumidor hoje “espera” isso de uma marca.

Formulações livres de:


Parabenos
Microplásticos
Petrolatos

Não são obrigatórias mas são “bem vistas” para o


consumidor de uma marca vegana.

Comunicação - Marketing

EMBALAGENS Embalagens recicláveis, sustentáveis são muito


ECOLÓGICAS utilizadas nesse segmento:

Polietileno Renovável Compensação Ambiental das


Refil Embalagens geradas

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 80


Comunicação - Marketing

RELAÇÃO COM ANIMAIS Mostrar para o consumidor que a marca tem um


E MEIO AMBIENTE propósito.

Ações de auxilio aos animais e ONGS.

Comunicação - Marketing

PRODUTOS MAIS SEGUROS

DERMATOLOGICAMENTE
Cosmético seguro é aquele com ausência TESTADO
de riscos significativos em condições
previsíveis de uso. Deve haver
informações e comprovações de que o
produto não causa danos aos usuários OFTALMOLOGICAMENTE
TESTADO
GUIA DE
AVALIAÇÃO DE
PRODUTOS
COSMÉTICOS HIPOALERGENICO
ANVISA

COMO FORMULAR
PRODUTOS
VEGANOS ?

30

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 81


M.P DE ORIGEM ANIMAL

Cera de abelha, CI 75470 (Carmin),


Lanolina, Ácido Esteárico, Glicerina
Animal, Colágeno, Derivados de leite...

SUBSTITUIÇÕES

CERA DE ABELHA CERA DE ABELHA SINTÉTICA

LANOLINA BIS-DIGLICERIL POLIACILADIPATO-2

CI 75470 – CARMIN PIG. RED 7 / RED 6 / ÓX. DE FERRO

ÁCIDO ESTEÁRICO ÁCIDO ESTEÁRICO VEGETAL

GLICERINA ANIMAL GLICERINA VEGETAL

MÁSCARA PARA CÍLIOS - VEGANA


FASE A %
1 - ADICIONAR OS ITENS DA FASE A, NO REATOR PRINCIPAL E LIGAR TURBO
ÁGUA PURIFICADA 51,830 COM AQUECIMENTO A 75 - 80 °C E AGITAR COM TURBO POR 10 MINUTOS
VEEGUM ULTRA 0,500 2 - ADICIONAR OS ITENS DA FASE B, NO REATOR PRINCIPAL E LIGAR TURBO E
PROPILENO GLICOL USP 2,000 ANCORA COM AQUECIMENTO A 75 - 80 °C E AGITAR COM POR 20 MINUTOS
FASE B 3- ADICIONAR O AMP NO REATOR E EM SEGUIDA A FASE C PRÉ FUNDIDA E
OXIDO DE FERRO PRETO 10,000 AGITAR COM TURBO POR 10 MINUTOS COM AQUECIMENTO LIGADO
FASE C
AMP ULTRA PC 2000 0,370 4- DESLIGAR AQUECIMENTO E INICIAR RESFRIAMENTO COM AGITAÇÃO LENTA E
RESFRIAR ATÉ 40°C
ÁCIDO ESTEARICO VEGETAL 4,000
MONOESTERATO DE GLICERILA VEGETAL 1,000 5- A 40°C ADICIONAR A FASE D E HOMOGENIZAR E ADICIONAR A FASE E E
HOMOGENIZAR POR 10 MINUTOS.
CERA DE CARNAÚBA 3,500
CERA DE ABELHA SINTÉTICA – SEW 800 6,000
ANTARON V 220 4,000
POLISOBUTENO 4,000
FASE D
KOBOGUARD 50 N 10,000
FASE E
MSS 500/20N 2.00
PHENOXYETHANOL + CAPRYLYL GLYCOL 0,800

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 82


BALM LABIAL FPS 20 - VEGANO
FASE A %
1 - ADICIONAR TODOS OS ITENS DA FASE A E AQUECER Á
TRIGLICERIDES CAPRICO CAPRILICO 29,500 85°C E AGITAR ATÉ FUSÃO E HOMOGENIZAÇÃO.
POLISOBUTENO 20,000
2 - ADICIONAR OS ITENS DA FASE B, NO REATOR PRINCIPAL
PALMITATO DE ETHYL HEXYLA 10,000 E AGITAR POR 20 MINUTOS
VITAMINA E OLEOSA 0,100
LANOLINA VEGETAL - MYRISTIL V920 6,000 3- A 65°C ADICIONAR A FASE C E HOMOGENIZAR.

CERA DE OZOQUERITA 3,600


CERA DE POLIETILENO MEGHCARE MPW 820 4,000
4- ENVASAR NOS MOLDES E DESMOLDAR.
CERA MICROCRISTALINA 10,000
MANTEIGA DE KARITE 2,000
FASE B
PHENOXYETHANOL 0,200
FILTRO SOLAR MC 80 7,000
OCTOCRYLENO 3,000
AVOBENZONA 4,000
FASE C
AROMA 0,600

BASE LÍQUIDA MATTE - VEGANA


1 - ADICIONAR OS ITENS DA FASE A NO REATOR PRINCIPAL E LIGAR TURBO
FASE A % TURRAX E ANCORA NA MÁXIMA VELOCIDADE POR 40 MIN E VERIFICAR COM
UM VIDRO E ESPÁTULA SE OS PIGMENTOS FORAM DISPERSOS, SE NÃO
DIMETHICONE FLUID 16,000 FORAM, AGITAR POR MAIS 10 MINUTOS
BENTONE GEL 6,000
2 - PRÉ SOLUBILIZAR A FASE B EM UM RECIPIENTE SEPARADO ATÉ QUE TODO
PIG. TRATADO – DIOXIDO DE TITANIO 10,450 O CLORETO DE SÓDIO TENHA SE SOLUBILIZADO

PIG. TRATADO – OX DE FERRO AMARELO 2,540 3 - VERTER A FASE B (PRÉ DISPERSA) AOS POUCOS COM AGITAÇÃO
PIG. TRATADO – OX DE FERRO VERMELHO 0,380 MODERADA ATÉ QUE TODA ÁGUA SE INCORPORE NA MISTURA
PIG. TRATADO – OX DE FERRO PRETO 0,200
EMULSIONANTE – DC 5300 3,000
4 - ADICIONAR A FASE C COM AGITAÇÃO MODERADA POR 5 MINUTOS
VITAMINA - E OLEOSA 0,010
BRB-TMS-50 1,000
FASE B
5 - ADICIONAR A FASE D COM AGITAÇÃO MODERADA POR 5 MINUTOS
*** ÁGUA PURIFICADA 53,920
*** GLICERINA VEGETAL 3,000

*** CLORETO DE SODIO 1,000


FASE C
PHENOXYETHANOL + CAPRYLYL GLYCOL 0,700
FASE D
MSS 500 3H 0,500
AMIHOPE-L 1,000
FRAGRANCIA 0,300

Técnicas Fundamentais para Desenvolvimento de Maquiagem 83

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