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SAÚDE DA

Gaveteiroo
Licenciado para - jamyle nascimento dos santos - 77671040444 - Protegido por Eduzz.com
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Ei,
me chamo Aylla, sou idealizadora do perfil @gaveteiroo e estudante
de Enfermagem. Preparei esse material manualmente com muito
carinho especialmente para você. O objetivo da apostila é facilitar e
auxiliar o aprendizado. A obra traz informações técnicas resumidas
sobre a temática de forma esquematizadas e ilustradas.
Apresentadas por tópicos como: leis regentes, adaptações a vida
extrauterina, reanimação, aleitamento materno e muito mais.

Atenção! Esse produto é protegido por direitos autorais,


sendo proibido a comercialização, compartilhamento ou
reprodução. A violação de direitos sobre este
documento é crime (art. 184 do código penal brasileiro, com
pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa).

Atenciosamente, Aylla - Gaveterioo


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1 Linha do tempo da gestão de saúde da criança no Brasil_______ 4


2 Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde da criança _____ 6
3 Estatuto da criança e do adolescente_______________________8
4 Períodos etários do desenvolvimento ______________________ 10
5 Adaptação a vida extrauterina___________________________ 10
5.1 Sistema respiratório, circulatório_______________________ 11
5.2 Termorregulação, sistema hematopoiético, muscular..._______ 12
6 Reanimação neonatal____________________________________ 13
6.1 Avaliação da vitalidade ao nascer______________________ 13
6.2 Assistência ao RN com líquido amniótico__________________ 14
6.3 Assistência ao RN com necessidade de reanimação_________ 14
6.4 Cuidados de rotina após a estabilização_________________ 16
7 Classificação do RN____________________________________ 17
8 A dor no RN___________________________________________ 18
9 Infecção _____________________________________________ 19
10 Aleitamento materno__________________________________ 20
10.1 Tipos de aleitamento________________________________ 20
10.2 Duração __________________________________________ 21
10.3 Vantagens do aleitamento____________________________ 21
10.4 Produção do leite___________________________________ 22
10.5 Técnica de amamentação_____________________________ 23
10.6 Complicações_______________________________________ 24
11 Alojamento conjunto ___________________________________ 26
12 Método canguru _______________________________________ 28
13 Oxigenoterapia _______________________________________ 29
14 Icterícia neonatal_____________________________________ 31
15 Cuidados com a pele do recém-nascido____________________ 33
15 Puericultura__________________________________________ 35
16 COVID-19_____________________________________________ 38
17 Parto normal e Cesária_________________________________ 40
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Linha do tempo da gestão de saúde


da criança no Brasil
1930-1940 O primeiro infância
programa estatal de proteção à maternidade, à
e à adolescência foi instituído
durante o Estado Novo (1937/1945). As atividades eram desenvolvidas pelo
Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde (MES), por
intermédio da Divisão de Amparo à Maternidade e à Infância.

1940
Grupo: maternidade, infância e
As atividades passaram a ser do
adolescência; Implantação nas
Departamento Nacional da Criança
esferas estadual e municipal,
(DNCr). Decreto-Lei nº 2.024.
de serviços públicos e privados
Atribuições: a) realizar inquéritos e
estudos à situação, em que se encontra
esse grupo em todo o país; b) divulgar
todas as modalidades de conhecimentos:
para formação de uma viva consciência

1970 social da necessidade dessa proteção,


para o mister de tratar o grupo os
convenientes ensinamentos desses
Coordenação de Proteção Materno-
assuntos; c) estimular e orientar a
Infantil (CPMI) vinculada à Secretaria
organização em todas as instâncias
de Assistência Médica e tinha como
desse grupo. O foco era: Programa
atribuição planejar, orientar, coordenar,
Alimentar, Programa Educativo,
controlar, auxiliar e fiscalizar as
Programa de Formação de Pessoal e
atividades de proteção ao grupo.
Programa de Imunização. Extinção do
Decreto nº 66.623.
DNCr em 1969.

1975
melhora nas ações dirigidas à Programa Nacional de Saúde Materno-
mulher durante a gestação, o Infantil: seis subprogramas: Assistência
parto e o puerpério, e à criança Materna; Assistência à Criança e ao
menor de 5 anos Adolescente; Expansão da Assistência
Materno-Infantil; Suplementação
Alimentar, Educação para a Saúde; e
Capacitação de Recursos Humanos.
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1976
Coordenação de Proteção Materno-
Infantil passou a chamar-se Divisão
Nacional de Saúde Materno-Infantil
1983
(DINSAMI). Vinculada à Secretaria Programa de Assistência Integral à
Nacional de Programas Especiais de Saúde da Mulher e da Criança
Saúde. Se tornou o órgão responsável, (PAISMC). melhorar as condições de
no nível central, pela assistência à saúde da mulher e da criança.
mulher, à criança e ao adolescente. No ano seguinte criou: Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher
1990 (PAISM) e Programa de Assistência
Integral à Saúde da Criança (PAISC). Os
Coordenação de Saúde Materno-Infantil objetivos eram diminuir a
(CORSAMI), O objetivo era garantir as morbimortalidade infantil e materna e
condições favoráveis à reprodução sadia alcançar melhores condições de saúde
e ao crescimento e desenvolvimento do por meio do aumento da cobertura e da
ser humano. Tal assistência compreendia capacidade resolutiva dos serviços.
ações de caráter promocional,
preventivo, recuperador e reabilitador
1992
desses grupos
Estatuto da Criança e do Adolescente -
ECA. Art. 2°: criança: até 12 anos
1995 incompletos. Adolescente: doze e dezoito
Projeto de Redução da Mortalidade anos. Art. 3°: A criança e o adolescente
Infantil (PRMI) objetivo a intensificação gozam de todos os direitos fundamentais
dos diversos programas governamentais, inerentes à pessoa humana,
promovendo a articulação intersetorial desenvolvimento físico, mental, moral,
com instituições internacionais. espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade; Art. 5°:
1997 Nenhuma criança ou adolescente será
objeto de qualquer forma de
Atenção Integrada às Doenças negligência, discriminação, exploração,
Prevalentes na Infância (AIDPI); violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado, por
ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.

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2000
2004 Foi realizado ações para a saúde da
criança, como a redução de
Pacto pela Redução da Mortalidade desigualdades nos campos de educação,
Materna e Neonatal, para buscar igualdade de gênero, meio ambiente,
soluções sustentáveis e garantia de renda e saúde em países
corresponsabilização governamental e subdesenvolvidos e em desenvolvimento
da sociedade no que tange à
mortalidade infantil e materna. 2005
2015 o Ministério da Saúde publicou a Agenda
de Compromissos com a Saúde Integral
da Criança e a Redução da Mortalidade
Política Nacional de Atenção Integral à
Infantil, com o objetivo de apoiar a
Saúde da Criança-PNAISC: tem objetivo
organização de uma rede única
promover e proteger a saúde da criança
integrada de assistência à criança.
e o aleitamento materno, mediante a
atenção e cuidados integrais e
integrados da gestação aos 9 (nove) anos
de vida, com especial atenção à primeira
infância e às populações de maior
vulnerabilidade, visando à redução da
morbimortalidade e um ambiente
facilitador à vida com condições dignas
de existência e pleno desenvolvimento

PNAISC
PORTARIA Nº 1.130, DE 5 DE AGOSTO DE 2015
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Parágrafo único: contemplará
Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) crianças e adolescentes até
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). a idade de 15 anos, ou seja,
192 meses, sendo este limite
Art. 3º Para fins da PNAISC, considera-se:
etário passível de alteração
I - criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 (nove)
de acordo com as normas e
anos, ou seja, de 0 a 120 meses; e II - primeira infância:
rotinas do estabelecimento de
pessoa na faixa etária de 0 a 5 anos, ou seja, de 0 a 72
saúde responsável pelo
meses.
atendimento.
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Art. 4º princípios:
I - direito à vida e à saúde; V - equidade em saúde;
II - prioridade absoluta da criança; VI - ambiente facilitador à vida;
III - acesso universal à saúde; VII - humanização da atenção; e
IV - integralidade do cuidado; VIII - gestão participativa e controle social.

Art. 6 Eixos Art 7º estratégias


I: Atenção humanizada e I - a prevenção da transmissão
qualificada à gestação, ao parto, vertical do HIV e da sífilis;
ao nascimento e ao recém-nascido
II - a atenção humanizada e
II: Aleitamento materno e
qualificada ao parto e ao recémnascido
alimentação complementar saudável
no momento do nascimento
III: Promoção e acompanhamento III - a atenção humanizada ao recém-
do crescimento e do nascido prematuro e de baixo peso, com
desenvolvimento integral a utilização do "Método Canguru";

IV: Atenção integral a crianças IV - a qualificação da atenção


com agravos prevalentes na neonatal na rede de saúde materna,
infância e com doenças crônicas neonatal e infantil, com especial
atenção aos recém-nascidos graves
V: Atenção integral à criança em
situação de violências, prevenção de V - a alta qualificada do recém-nascido
acidentes e promoção da cultura de paz da maternidade, com vinculação da dupla
mãe-bebê à Atenção Básica, de forma
VI: Atenção à saúde de crianças com precoce, para continuidade do cuidado.
deficiência ou em situações específicas
VI - o seguimento do recém-nascido de
e de vulnerabilidade
risco, após a alta da maternidade, de
forma compartilhada entre a Atenção
VII: Vigilância e prevenção do Especializada e a Atenção Básica;
óbito infantil, fetal e materno
VII - as triagens neonatais universais.

Art. 9º São ações estratégicas do eixo de promoção e acompanhamento do


crescimento e do desenvolvimento integral:

I - a disponibilização da II - a qualificação do III - o Comitê de


"Caderneta de Saúde da acompanhamento do Especialistas e de
Criança", com atualização crescimento e desenvolvimento Mobilização Social para o
periódica de seu conteúdo; da primeira infância pela Desenvolvimento Integral da
Atenção Básica à Saúde; Primeira Infância, no SUS.
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ECA
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990

Art. 3º A criança e o adolescente Parágrafo único: Os direitos enunciados


gozam de todos os direitos nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
fundamentais inerentes à pessoa adolescentes, sem nenhuma discriminação ou
humana, sem prejuízo da proteção exclusão.
integral, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Dos Direitos Fundamentais

Do direito à vida e à saúde Art. 8° É assegurado a todas as mulheres


Art. 7º A criança e o adolescente têm o acesso aos programas e às políticas de
direito a proteção à vida e à saúde, saúde da mulher e de planejamento
mediante a efetivação de políticas sociais reprodutivo e, às gestantes, nutrição
públicas que permitam o nascimento e o adequada, atenção humanizada à gravidez,
desenvolvimento sadio e harmonioso, em ao parto e ao puerpério e atendimento
condições dignas de existência. pré-natal, perinatal e pós-natal.

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes,
públicos e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades II - identificar o recém-nascido mediante o


desenvolvidas, através de registro de sua impressão plantar e digital e
prontuários individuais, pelo prazo da impressão digital da mãe, sem prejuízo de
de dezoito anos; outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;

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III - proceder a exames visando ao IV - fornecer declaração de nascimento onde


diagnóstico e terapêutica de constem necessariamente as intercorrências do
anormalidades no metabolismo do parto e do desenvolvimento do neonato; V -
recém-nascido, bem como prestar manter alojamento conjunto, possibilitando ao
orientação aos pais; neonato a permanência junto à mãe.

VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações


quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar,
utilizando o corpo técnico já existente.

Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da


criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde.

§ 2° Incumbe ao poder público fornecer § 3° Os profissionais que atuam no


gratuitamente, àqueles que necessitarem, cuidado diário ou frequente de crianças
medicamentos, órteses, próteses e outras na primeira infância receberão
tecnologias assistivas relativas ao formação específica e permanente
tratamento, habilitação ou reabilitação para a detecção de sinais de risco para
para crianças e adolescentes, de acordo o desenvolvimento psíquico, bem como
com as linhas de cuidado voltadas às suas para o acompanhamento que se fizer
necessidades específicas. necessário.

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições


para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação Art. 14. O Sistema Único de Saúde
de castigo físico, de tratamento cruel ou promoverá programas de assistência
degradante e de maus-tratos serão médica e odontológica para a prevenção
obrigatoriamente comunicados ao Conselho das enfermidades que ordinariamente
Tutelar da respectiva localidade, sem afetam a população infantil, e
prejuízo de outras providências legais. campanhas de educação sanitária para
pais, educadores e alunos.

§ 1o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos


recomendados pelas autoridades sanitárias.

§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses


de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a
detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu
desenvolvimento psíquico

PARA TER ACESSO AO ESTATUTO COMPLETO ACESSE: https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-


conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf
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Períodos etários do
Desenvolvimento
Germinativo: Concepção até 2 semanas
Período Pré-natal –
Embrionário: 2 a 8 semanas
Concepção ao nascimento
Fetal: 8 a 40 semanas (nascimento)

Lactância – Nascimento Neonatal: Nascimento a 27 ou 28 dias


aos 12 Meses Infância: 1 a 12 meses

Primeira Infância – Criança de 1 a 3 anos


1 a 6 Anos Pré-escolar: 3 a 6 anos

Conhecida como idade escolar, a criança é


Infância Intermediária
direcionada para fora do grupo familiar e
– 6 a 11 ou 12 Anos
centraliza-se nas relações com os colegas.

Infância tardia – Pré-adolescência: 10 a 13 anos


11 a 19 Anos Adolescência: 13 a 18 anos

Adaptação à vida
extrauterina
Imediatas:
Sistema Respiratório
A descida pelo canal de parto e o manuseio normal durante o parto ajudam a
estimular a respiração nos recém-nascidos sem comprometimento (estímulo tátil)
Tapa nas nádegas ou dorso do recém-nascido é uma técnica que deve ser evitada.

Fatores químicos diminuição de Estímulo térmico resfriamento


oxigênio, aumento de dióxido de súbito do rn. Essa mudança
carbono e redução do pH abrupta na temperatura excita
desencadeiam impulsos que impulsos sensoriais na pele que
excitam o centro respiratório são transmitidos ao centro
na medula. respiratório.
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No canal de parto, os pulmões comprimem o líquido pelo nariz e pela boca. O líquido
pulmonar remanescente é absorvido pelos capilares pulmonares e pelos vasos linfáticos.

Sistema Circulatório
Ocorre o fechamento dos shunts fetais: o forame oval, os ductos
arteriais, e os ductos venosos.

CIRCULAÇÃO FETAL
Ducto
arterial
1) o sangue oxigenado chega da
placenta através da veia umbilical. Ao
se aproximar do fígado o sangue passa Forame
diretamente para o ducto venoso , um oval
vaso fetal que comunica a veia
umbilical com a veia cava inferior.
Ducto
venoso
2) Percorrendo a veia cava inferior, o
sangue chega no átrio direito e é Veia Rico em
direcionado através do forame oval umbilical oxigênio
para o átrio esquerdo. Assim, neste Baixo
oxigênio
compartimento o sangue com alto teor
de oxigênio vindo da veia cava se mistura Sangue misto
com o sangue pouco oxigenado vindo das
veias pulmonares, já que os pulmões placenta Artérias
umbilicais AVA
extraem oxigênio e não o fornece. 2 artérias
e 1 veia

3) O ducto arterial , ao desviar o sangue da artéria pulmonar para a


artéria aorta, protege os pulmões da sobrecarga e permite que o ventrículo
direito se fortaleça para a sua total capacidade funcional ao nascimento.

4) Artéria umbilical leva o sangue do corpo para placenta para


que ocorra as trocas gasosas.

CIRCULAÇÃO NEONATAL
Após o nascimento o ducto arterial, o ducto venoso, o forame oval e os vasos
umbilicais não são mais necessários. Dessa forma, o forame oval fecha-se
funcionalmente imediatamente ou logo após o nascimento. O ducto arterioso fecha-
se funcionalmente por volta do quarto dia de vida. O tempo de fechamento
anatômico é consideravelmente maior.
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Estado fisiológico de outros sistemas:


Termorregulação
Depois da respiração, a regulação de calor é mais crítica. Os 3 fatores que
predispõem à perda excessiva de calor:

A grande área Afina camada de produz calor por meio da


de superfície gordura subcutânea termogênese sem tremor

As principais fontes termogênicas são o coração, o fígado e o cérebro.


Uma fonte adicional e singular do recém nascido é conhecida como
tecido adiposo marrom, ou gordura marrom. Eles não tem calafrios.

Sistema Hematopoiético
O volume sanguíneo do rn depende da quantidade de sangue transferido pela
placenta. No neonato a termo é de cerca de 80 a 85 mL/kg de peso corporal.
Imediatamente após o nascimento, o total é de 300 mL dependendo do tempo de
pinçamento ou ordenha do cordão umbilical. podem ser adicionados 100 mL ao volume.

Equilíbrio Hidroeletrolítico
Ao nascimento, o peso total de um recém-nascido constitui-se de 73% de líquido,
enquanto no adulto é de 58%. A velocidade do metabolismo do recém-nascido é o
dobro da de um adulto. Portanto, 2x mais ácido é formado, causando acidose mais
rápido. Além disso, os rins imaturos não podem concentrar urina suficiente para
conservar a água corporal. Estes três fatores fazem com que os rn sejam mais
propensos à desidratação, acidose e possível hiperidratação ou intoxicação hídrica.

Sistema Gastrointestinal
As funções desse sistema nos RNs são boas, porém limitantes. A deficiência de
lipase pancreática limita a absorção de gorduras, como o leite de vaca. O leite
humano, apesar de seu alto conteúdo de gordura, é facilmente digerido porque o
próprio leite contém enzimas como lipase.
A capacidade do estômago é de 5 mL no primeiro dia de
vida para cerca de 60 mL no terceiro; as crianças
necessitam de mamadas pequenas e frequentes.

Mecônio: primeiras fezes Fezes Transicionais: Fezes do Leite: por


do recém-nascido; terceiro dia após o início volta do quarto dia. (seio
da amamentação ou mamadeira)
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Sistema Musculoesquelético
O esqueleto contém mais cartilagem que osso, embora o processo de
ossificação seja bastante rápido no primeiro ano de vida. o sistema
muscular está quase completamente formado ao nascimento.

Sistema Neurológico
está incompletamente integrado, mas suficientemente desenvolvido para manter a
vida extrauterina. r. Todos os nervos cranianos estão presentes e mielinizados,
exceto os nervos óptico e olfativo.

Reanimação
neonatal
O risco de haver de reanimação é maior quando: menor a idade gestacional e/ou o
menor peso ao nascer, cesárias entre 37 e 39 semanas e intercorrências na
gestação ou no parto. A equipe deve ser capacitada em reanimação neonatal.

Avaliação da vitalidade ao nascer


A reanimação depende da avaliação rápida de quatro situações:
Gestação a termo?
Se a resposta é sim a todas as perguntas,
Ausência de mecônio? considera-se que o RN está com boa vitalidade
Respirando ou chorando? e não necessita de manobras de reanimação.
Tônus muscular bom?
A frequência cardíaca e a respiração determina a necessidade de reanimação

Índice de Apgar
As avaliações de todas as cinco
categorias são feitas em 1 e 5 minutos
após o nascimento e repetidas até a
condição do recém-nascido estabilizar. Os
escores totais de 0 a 3 representam
sofrimento grave, escores de 4 a 6
significam dificuldade moderada, e escores
de 7 a 10 indicam ausência de dificuldade

Não deve ser utilizado para


determinar o início da reanimação.
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O clampeamento em tempo
oportuno do cordão umbilical é benéfico em O RN a termo com boa vitalidade
comparação ao clampeamento imediato. deve ser secado e posicionado sobre o
abdome da mãe ou ao nível da
Após o clampeamento do cordão, o RN poderá placenta por, no mínimo, um minuto,
ser mantido sobre o abdome e/ou tórax até o cordão umbilical parar de
materno, o contato pele a pele pulsar (aproximadamente três minutos
imediatamente reduz o risco de hipotermia após o nascimento), para só então
desde que cobertos com campos preaquecidos. realizar-se o clampeamento.

A OMS recomenda que o aleitamento materno seja iniciado na primeira hora de vida,
pois está associado à menor mortalidade neonatal, ao maior período de amamentação,
à melhor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna.

Assistência ao RN com líquido amniótico meconial


1. Levá-lo à mesa de reanimação.
O MENINO BEM 2. Colocá-lo sob fonte de calor radiante.
3. Posicionar sua cabeça com uma leve
Se apresentar movimentos extensão do pescoço.
respiratórios rítmicos e 4. Aspirar o excesso de secreções da boca e
regulares, tônus muscular do nariz (nessa ordem) com sonda de
adequado e FC maior que 100 aspiração traqueal n° 10.
bpm, a conduta deverá ser: 5. Secar e desprezar os campos úmidos.
6. Avaliar a FC e a respiração.

Assistência ao RN com necessidade de reanimação


O MENINO MAL:
1) passos iniciais:
Os passos iniciais
1. Prover calor.
devem ser executados
2. Posicionar a cabeça em leve extensão.
em, no máximo, 30
3. Aspirar vias aéreas, se houver excesso de secreções.
segundos.
4. Secar e desprezar os campos úmidos (se RN >1.500 g).
5. Reposicionar a cabeça, se necessário.

Prover calor: consiste em manter a temperatura corporal entre


36,5°C e 37°C. É importante preaquecer a sala de parto e a sala
onde serão realizados os procedimentos de reanimação, mantendo
temperatura ambiente de, no mínimo, 26°C.

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Manter a permeabilidade das vias aéreas: posiciona-se a cabeça com leve extensão do
pescoço. Devem-se evitar a hiperextensão e a flexão exagerada. Para adequar, às
vezes é necessário colocar um coxim sob os ombros. Na sequência, se houver excesso de
secreções são aspiradas delicadamente com sonda traqueal conectada ao aspirador a
vácuo, sob pressão máxima aproximada de 100 mmHg.

Avalia-se a FC e a respiração.

✓ te
Se a vitalidade adequada, com FC Se não apresentar melhora, indica-se
>100 bpm e respiração rítmica e a ventilação com pressão positiva, que
regular, o RN deve receber os deve ser iniciada nos primeiros
cuidados de rotina na sala de parto. 60 segundos de vida (“minuto de ouro”).

2) Ventilação com pressão positiva


É indicada quando, após execução dos passos
iniciais em 30 segundos, o RN apresentar pelo
menos uma das seguintes situações: Apneia, Iniciada a VPP, recomenda-se o uso
respiração irregular e FC menor que 100bpm. da oximetria de pulso para
monitorar a oferta do oxigênio
Oxigênio suplementar na ventilação
suplementar. A leitura confiável da
Ventilação com balão e cânula traqueal
saturação de oxigênio (SatO2) e da
Ventilação com balão e máscara facial:
FC demora cerca de 1 – 2 minutos
É feita na frequência de 40 a 60 após o nascimento, desde que haja
movimentos/minuto, de acordo com a regra débito cardíaco suficiente , com
prática “aperta/solta/solta/aperta...”. perfusão periférica.
3) Massagem cardíaca
A massagem cardíaca só deve ser iniciada se, após 30 segundos de ventilação com
oxigênio suplementar, o RN apresentar ou persistir com FC inferior a 60 bpm.

A compressão cardíaca é realizada no


terço inferior do esterno
preferencialmente por meio da técnica
dos dois polegares posicionados logo abaixo
da linha intermamilar, poupando-se o
apêndice xifoide. As complicações incluem
3 movimentos de massagem cardíaca para 1
fratura de costelas, com pneumotórax e movimento de ventilação, com uma frequência
hemotórax, e laceração de fígado. de 120 eventos por minuto (90 movimentos de
massagem e 30 ventilações).
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4) Medicações
Depois de feito tudo, se a FC permanecer abaixo de 60 bpm, o uso de adrenalina,
expansor de volume ou ambos está indicado.

A via preferencial para a infusão de medicações na sala de parto é a


endovenosa, sendo a veia umbilical de acesso fácil e rápido. O cateter venoso
umbilical deve ser inserido apenas 1 – 2 cm após o ânulo.

Em condições satisfatórias, seguir esses passos:

Laqueadura do cordão umbilical: Fixar o clamp à distância de 2 a


3 cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze embebida em
álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%. Em RN de
extremo baixo peso utiliza-se soro fisiológico. Verificar a
presença de duas artérias e de uma veia umbilical, pois a
existência de artéria umbilical única pode associar-se a anomalias.

Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credé: Retirar


o vérnix da região ocular com gaze seca ou umedecida com água.
Afastar as pálpebras e instilar uma gota de nitrato de prata a
1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho, massagear
suavemente as pálpebras. Limpar com gaze seca o excesso que
ficar na pele. A profilaxia deve ser realizada na primeira hora
após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto cesáreo.

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Antropometria: Realizar exame Prevenção do sangramento por deficiência


físico simplificado, incluindo peso, de vitamina K: Administrar 1mg de
comprimento e os perímetros vitamina K, por via intramuscular ou
cefálico, torácico e abdominal. subcutânea ao nascimento.

Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal: Coletar sangue da mãe


e do cordão umbilical para determinar os antígenos dos sistemas ABO e Rh.

Realização da sorologia para sífilis e HIV: Coletar sangue materno para determinar a
sorologia para sífilis. Caso a gestante não tenha realizado sorologia para HIV no
último trimestre da gravidez ou o resultado não estiver disponível no dia do parto,
deve-se fazer o teste rápido para anti-HIV o mais breve possível e deve-se
administrar a zidovudina profilática antes do parto, caso o teste seja positivo.

Identificação do RN: é feita no prontuário. Pulseiras devem ser


colocadas na mãe e no RN, contendo o nome da mãe, o registro
hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN.

Os RNs estáveis devem permanecer com suas mães e ser transportados ao alojamento conjunto.

Classificações
GIG AIG PIG

O lactente que é grande O lactente com peso


O lactente pequeno para
para a idade gestacional adequado para idade
a idade gestacional (PIG)
(GIG) (acima do 90° gestacional (AIG) (entre o
(abaixo do 10 percentil)
percentil) presumidamente 10° e 90° percentil),
presumidamente teve um
pode ter se desenvolvido cresceu em uma velocidade
retardo ou atraso no
em um padrão acelerado normal independente do
desenvolvimento da vida
durante a vida fetal. tempo de nascimento.
intra-uterina.
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RN MATURO OU A TERMO: 37 a 41 semanas e 6 dias.


RN PÓS MADURO OU PÓS TERMO: >42 semanas
RN PRÉ-TERMO OU PREMATURO: <37 semanas

Prematuridade limítrofe: 35 a 36 semanas;


Prematuridade moderada: 31 a 34 semanas;
são suscetíveis ao Prematuridade extrema: < 30 semanas;
sofrimento fetal Baixo peso ao nascer: < 2.500 g;
associado à redução da Muito baixo peso ao nascer: < 1.500 g;
eficiência da placenta, Extremamente baixo peso ao nascer: < 1.000 g;
macrossomia e síndrome
de aspiração meconial.

A dor no RN
Recém-nascidos sentem mais dor que as
crianças mais velhas e os adultos, porque as
vias de recepção da dor estão bem
desenvolvidas. Os bebês pré-termo são
submetidos a procedimentos dolorosos, que
podem ocorrer de 50 a 150 vezes por dia.

Principais respostas comportamentais:


• Alteração da expressão facial Principais respostas fisiológicas:
• Choro • Alteração da frequência cardíaca
• Estado de sono e alerta • Alteração da frequência
• Movimentação dos braços e pernas respiratória
• Alteração da pressão arterial
• Alteração da saturação de oxigênio

Escala de NIPS: avaliação da dor


tem 6 indicadores de dor, avaliados de 0-2 pontos. Trata-se de uma escala
de avaliação rápida, que pode ser utilizada em recém-nascidos a termo e
pré- termo. Uma pontuação igual ou maior a 4 indica presença de dor.

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Controle da dor
Não-farmacológico
• Reduzir ruído/luz/estímulos
estressantes
• Posição canguru
• Sucção não-nutritiva
• O procedimento doloroso deve ser
realizado após 2 minutos de sucção
plena ao seio materno. O recém-
nascido deve permanecer ao seio
durante o procedimento doloroso.

Farmacológico
Frequentemente se usa sacarose/glicose antes de procedimentos dolorosos.

Infeccão
Os RNs com longos períodos de internação são submetidos a procedimentos
invasivos, que são a porta de entrada para bactérias.

A sepse precoce surge dentro das primeiras 48 horas de vida


e a fonte de infecção é de origem materna: ruptura
prematura ou prolongada das membranas, corioamnionites
(febre materna) e trabalho de parto prematuro

A sepse tardia é mais frequente e surge após 48 horas de vida. O risco


aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascer. As fontes
mais comuns são as mãos dos profissionais que tocaram outros recém-
nascidos infectados ou locais infectados, mas pode ser causada por
organismos adquiridos da mãe após o parto.

PREVENÇÃO
Higienizar as mãos antes e após o contato
com o recém- nascido
Amamentar precocemente ajuda
Agente tópico com eficácia antimicrobiana
na prevenção de infecção
Procedimento adequado ao utilizá-lo (com
diminuindo a colonização por
técnica adequada e no tempo preconizado) germes hospitalares.
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Aleitamento materno
É a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e
nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e
eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil.

cabe ao profissional de saúde identificar e compreender o aleitamento


materno no contexto sociocultural e familiar e, a partir dessa
compreensão, cuidar tanto da dupla mãe/bebê como de sua família.

Tipos de Aleitamento
Exclusivo: quando a criança Predominante: quando a criança
recebe somente leite materno, recebe, além do leite materno,
direto da mama ou ordenhado, ou água ou bebidas à base de água
leite humano de outra fonte, sem (água adocicada, chás, infusões),
outros líquidos ou sólidos sucos de frutas e fluidos rituais

Aleitamento materno
Aleitamento materno: quando a misto ou parcial: quando a
criança recebe leite materno criança recebe leite
(direto da mama ou ordenhado), materno e outros tipos de
independentemente de receber leite.
ou não outros alimentos.

Aleitamento materno complementado: quando a criança recebe, além


do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a
finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.

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Duração
É recomenda por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há
vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo
haver prejuízos à saúde do bebê:

Episódios de diarréia;
Hospitalizações por doença respiratória;
Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem
nutricionalmente inferiores ao leite materno;
Menor absorção de nutrientes, como o ferro e o zinco;
Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional;
Menor duração do aleitamento materno.

No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante


fonte de nutrientes e de proteção contra doenças infecciosas.

Vantagens do aleitamento
Evita mortes infantis: graças Evita diarreia: essa proteção pode
aos inúmeros fatores diminuir quando o aleitamento materno
existentes no leite materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à
que protegem contra infecções. criança amamentada água ou chás,
prática considerada inofensiva até pouco
Melhor desenvolvimento da cavidade tempo atrás, pode dobrar o risco de
bucal: O exercício para retirar o leite diarreia nos primeiros seis meses.
da mama melhor conformação do
palato duro, o que é fundamental para Diminui o risco de hipertensão, colesterol
o alinhamento correto dos dentes e alto e diabetes: A exposição precoce ao
uma boa oclusão dentária. leite de vaca (antes dos quatro meses) é
considerada um importante determinante
do Diabetes mellitus Tipo I.

Quando o palato é empurrado para cima, o que ocorre com o uso de chupetas e
mamadeiras, o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do
espaço reservado para a passagem do ar, prejudicando a respiração nasal.

Evita nova gravidez: A amamentação é um excelente método anticoncepcional nos


primeiros seis meses após o parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja
amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha menstruado.
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Produção do leite
Lactogênese fase I: na gravidez a mama é preparada para a amamentação sob a
ação do estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos lactíferos, e o
progestogênio, pela formação dos lóbulos. Outros hormônios como lactogênio
placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica estão envolvidos. Na primeira
metade da gestação, há crescimento e proliferação dos ductos e formação dos
lóbulos. Na segunda metade, a atividade secretora se acelera e os ácinos e
alvéolos ficam distendidos com o acúmulo do colostro. A secreção láctea inicia
após 16 semanas de gravidez.

lactogênese fase II: (secreção de leite) após o nascimento, há uma queda acentuada
nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio, com consequente liberação de
prolactina. Há também a liberação de ocitocina durante a sucção, que contrai as
células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido.

Lactogênese fase III ou galactopoiese: se mantém por toda a lactação, depende


principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Quando, por
qualquer motivo, o esvaziamento das mamas é prejudicado, pode haver diminuição
na produção do leite, por inibição mecânica e química.

a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto,
ocorre mesmo se a criança não sugar o seio.

BIZU Antes Depois

Lactogênese fase I:
Na gestação
Lactogênese fase I|:
Após o nascimento
Lactogênese fase I||:
enquanto o bebê
mamar

A dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de


autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída do leite da
mama. Nos primeiros dias após o parto, a secreção de leite é pequena, e vai
aumentando gradativamente. Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança
mamar, maior será a produção de leite.
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O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês


a termo. O leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em
energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança
esvaziar bem a mama.

Técnica de amamentação
Abertura ampla da boca, abocanhando não
apenas o mamilo, mas também parte da
aréola, forma-se um lacre perfeito entre
A boca do bebê
a boca e a mama, garantindo a formação
deve ficar aqui.
do vácuo, indispensável para que o mamilo t

e a aréola se mantenham dentro da boca


do bebê. Não aqui

A retirada do leite (ordenha) é


feita pela língua, graças a um
movimento peristáltico rítmico da
ponta da língua para trás, que
comprime suavemente o mamilo.

Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação resulta na “má


pega”, dificultando o esvaziamento da mama, podendo levar a uma diminuição da
produção do leite e machucados no mamilo. Muitas vezes, o bebê não ganha o peso
esperado.

RECOMENDAÇÕES

1. Mamas completamente expostas e o bebê vestido de maneira que os braços


fiquem livres.
2. A mãe confortavelmente posicionada, relaxada, bem apoiada e não curvada.
3. O corpo do bebê próximo do da mãe, todo voltado para ela, barriga com
barriga.
4. O corpo e a cabeça alinhados
5. O braço inferior do bebê não deve ficar entre o corpo da mãe.
6. Os dedos da mãe não seja colocados em forma de tesoura.
7. o bebê que vai à mama e não a mama que vai ao bebê. Para isso, a mãe pode,
com um rápido movimento, levar o bebê ao peito quando ambos estiverem
prontos.

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posicionamento adequado pega adequada


1. Rosto do bebê de frente para a 1. Mais aréola visível acima
mama, com nariz na altura do mamilo; da boca do bebê;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe; 2. Boca bem aberta;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados 3. Lábio inferior virado
(pescoço não torcido); para fora;
4. Bebê bem apoiado. 4. Queixo tocando a mama.

Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida,
dificultando à pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada,
retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.

Complicações
Pode estar associada ao uso de bicos artificiais ou chupetas
ou ainda à presença de dor quando o bebê é posicionado para
Bebê que não
mamar ou pressão na cabeça do bebê ao ser apoiado. A mãe
suga ou tem
deve estimular a sua mama regularmente (no mínimo 5x ao
sucção fraca: dia) por meio de ordenha manual ou por bomba de sucção. Isso
garantirá a produção de leite.

Demora na Em algumas mulheres ocorre alguns dias após o parto. Nesses


“descida do leite” casos, o profissional de saúde deve desenvolver confiança na
mãe, além de orientar medidas de estimulação da mama, como
sucção frequente do bebê e ordenha.

podem dificultar o início da amamentação, mas não


Mamilos planos necessariamente a impedem, pois o bebê faz o “bico” com a
ou invertidos: aréola. Para fazer o diagnóstico pressiona-se a aréola
entre o polegar e o dedo indicador: ele se retrai.

há três componentes básicos: (1) congestão/aumento da


vascularização da mama; (2) retenção de leite nos alvéolos; e (3)
Ingurgitamento edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem do
mamário: sistema linfático. Como resultado, há compressão dos ductos
lactíferos, o que dificulta ou impede a saída do leite dos alvéolos.
O leite acumulado na mama sob pressão torna-se mais viscoso; daí
a origem do termo “leite empedrado”.
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É comum sentir dor no começo das mamadas. Porém, as lesões


são a porta de entrada para bactérias. A causa mais comum
Dor nos são posicionamento e pega inadequados. Incluem mamilos curtos,
mamilos/ mamilos planos ou invertidos, disfunções orais na criança, freio de língua
machucados excessivamente curto, sucção não nutritiva prolongada, uso
impróprio de bombas de extração de leite, não interrupção
adequada da sucção da criança, uso de cremes e óleos que
causam reações alérgicas nos mamilos, uso de protetores de
mamilo.
Candidose
é bastante comum. A infecção pode atingir só a pele do mamilo e da aréola ou
comprometer os ductos lactíferos. Na maioria das vezes, é a criança quem
transmite o fungo, mesmo quando a doença não seja aparente. Manifestar-se por
coceira, sensação de queimadura e dor em agulhadas nos mamilos, que persiste
após as mamadas. A criança apresenta crostas brancas orais. enxaguar os mamilos
e secá-los ao ar livre após as mamadas e expô-los à luz por pelo menos alguns
minutos por dia. As chupetas e bicos de mamadeira são fontes importantes de
reinfecção, por isso, caso não seja possível eliminá-los, eles devem ser fervidos
por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia.
Fenômeno de Raynaud
uma isquemia intermitente causada por vasoespasmo, que usualmente ocorre nos
dedos das mãos e dos pés, também pode acometer os mamilos. Manifesta-se
inicialmente por palidez dos mamilos (por falta de irrigação sanguínea) e dor
importante antes, durante ou depois das mamadas, mas é mais comum depois das
mamadas, provavelmente porque em geral o ar é mais frio que a boca da criança.
A palidez é seguida de cianose e finalmente o mamilo se torna avermelhado.
Compressas mornas ajudam a aliviar a dor na maioria das vezes. Analgésico e anti-
inflamatório, tipo ibuprofeno, podem ser prescritos, se necessário.

Bloqueio de ductos lactíferos


isso ocorre quando a mama não está sendo esvaziada adequadamente, o que pode
acontecer quando a amamentação é infrequente ou quando a criança não está
conseguindo remover o leite. Pode ser causado também quando existe pressão local
em uma área, como, por exemplo, um sutiã muito apertado, ou como consequência do
uso de cremes nos mamilos, obstruindo os poros de saída do leite. MANEJO: distintas
posições para amamentar, oferecendo primeiramente a mama afetada, compressas
mornas e massagens suaves na região atingida, na direção do mamilo, antes e
durante as mamadas; Ordenha manual da mama ou com bomba de extração de
leite caso acriança não esteja conseguindo esvaziá-la;
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Mastite
processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (o mais comumente
afetado é o quadrante superior esquerdo). comumente na segunda e terceira
semanas após o parto, mas pode ocorrer em qualquer período da amamentação. O
leite acumulado, a resposta inflamatória e o dano tecidual resultante favorecem
a instalação da infecção. O sabor do leite materno torna-se mais salgado devido a
aumento dos níveis de sódio e diminuição dos níveis de lactose.

Abscesso mamário
em geral, é causado por mastite não tratada ou com tratamento iniciado
tardiamente ou ineficaz. exige intervenção rápida e compreende: Drenagem
cirúrgica, antibioticoterapia e o esvaziamento regular da mama afetada.

Pouco leite
O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a
demanda da criança. Em média, uma mulher amamentando exclusivamente produz
800 mL de leite por dia. Muitas vezes, essa percepção é o reflexo da insegurança
materna (reforçada por pessoas próximas) quanto a sua capacidade de nutrir
plenamente o seu bebê. Faz com que o choro do bebê e as mamadas frequentes
(que fazem parte do comportamento normal em bebês pequenos) sejam
interpretados como sinais de fome. A ansiedade que tal situação gera na mãe e na
família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro.

Alojamento conjunto
PORTARIA N 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016
Art. 1 aplicam- se ao Alojamento Conjunto de serviços de saúde, públicos e
privados, inclusive das Forças Armadas, de hospitais universitários e de ensino.

Art. 2 O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio,


logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta.
Parágrafo único. possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do recém-
nascido, por parte do serviço de saúde.

Art. 3: Vantagens:
I - favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo;
II - propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido;

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III - favorece promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do


recém-nascido, respeitando as características individuais;
IV - propicia aos pais cuidados constantes ao recém- nascido, possibilitando a
comunicação imediata de qualquer anormalidade;
V - fortalece atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe
multiprofissional;
VI - diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e
VII - propicia o contato com a equipe por ocasião da avaliação e durante a
realização de outros cuidados.

Art. 4 destina-se a:
I - mulheres clinicamente estáveis e sem contra-indicações para a permanência
junto ao seu bebê;
II - recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção
e controle térmico; peso maior ou igual a 1800 gramas e idade gestacional maior ou
igual a 34 semanas;
III - recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia,
necessitando de fototerapia, malformações menores, investigação de infecções
congênitas sem acometimento clínico, com ou sem microcefalia; e
IV - recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de
sífilis ou sepse neonatal após estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal.

Art. 5 O Alojamento Conjunto contará com os seguintes recursos humanos mínimo:

Equipe Recursos físicos


Pediatria
multiprofissional e equipamentos

Obstetrícia Enfermagem

Art. 9° A alta da mulher e do recém-nascido deverá ser realizada


mediante elaboração de projeto terapêutico singular. Recomenda-se a
permanência mínima de 24 horas. A alta pode ser considerada, desde que
preenchidos os critérios abaixo listados:
I e II- puérpera e IV - realização de V - teste do
recém-nascido: em bom tipagem sanguínea. coraçãozinho, teste do
estado geral olhinho, teste da
III - revisão das sorologias da mulher orelhinha, teste do
e investigação de infecções pezinho entre o 3° e 5°
congênitas no recém- nascido. dia de vida;
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destinado a

Método canguru
promover a
atenção
humanizada ao
recém-nascido de
PORTARIA No 1.683, DE 12 DE JULHO DE 2007 baixo peso.

Modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado que reúne


estratégias de intervenção bio-psico-social. O contato pele-a-pele começa com
o toque evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e
crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem
ser prazeroso e suficiente. O método é baseado em 3 pilares: posição canguru,
estímulo ao aleitamento materno e alta hospitalar mais rápida
A posição canguru consiste em manter o recém-nascido
de baixo peso, em contato pele-a-pele, na posição
vertical junto ao peito dos pais ou de outros
familiares. Deve ser realizada de maneira orientada,
segura e acompanhada de suporte assistencial por
uma equipe de saúde adequadamente treinada.

OBS.: O método não é um substitutivo das UTI


neonatal, nem da utilização de incubadoras.

VANTAGENS POPULAÇÃO A SER ATENDIDA


- aumenta o vínculo mãe-filho - Gestantes de risco para o
- melhora a qualidade do nascimento de crianças de baixo
desenvolvimento peso
neurocomportamental e psico- -Recém-nascidos de baixo peso
afetivo do RN de baixo-peso. - mãe, pai e família do recém-
- estimula o aleitamento materno nascido de baixo peso
- contribui para a redução do risco
de infecção hospitalar ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
- reduz o estresse e a dor dos RN
de baixo peso -Acolher e orientar a mãe, o pai e a
- possibilita maior competência e família durante toda a internação.
confiança dos pais no manuseio do -Promover, proteger e apoiar o
seu filho de baixo peso, inclusive aleitamento materno.
após a alta hospitalar -Desenvolver ações educativas em
saúde junto à família.

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ETAPAS DO MÉTODO

1) etapa: Tem início no pré- 2) etapa: é realizada na


natal seguido da internação Unidade de Cuidados
do recém-nascido na UTI Intermediários Canguru
neonatal e/ou na Unidade (UCINCa). O recém-nascido
de Cuidado Intermediário permanece de maneira
Neonatal Convencional contínua com sua mãe e a
(UCINCo). posição canguru
será realizada pelo maior
tempo possível.

3) etapa: alta hospitalar e serão acompanhados de forma compartilhada


pela equipe do hospital e da atenção básica do método canguru.

Oxigenoterapia
Oxigênio é a “droga” mais comumente usada em recém- nascidos pré-termo,
devemos ser tão cuidadosos com a quantidade administrada quanto com
qualquer outra droga. Conceito errado: quanto mais melhor.

Todo oxigênio que é oferecido para o bebê tem de ser


aquecido e umidificado. O percentual de oxigênio desejado
é definido através de um misturador (blender). Ele
permite oferecer gradações de oxigênio de 21% a 100%.

Maneiras de ofertar
Capacete/Hood/Halo: é um CPAP nasal (Pressão positiva contínua
capacete de acrílico utilizado nas vias aéreas por via nasal): é
para ofertar oxigênio de maneira geralmente administrada por pronga e
contínua, com flutuações mínimas, fornece mistura de oxigênio sob
sem utilizar pressão. É utilizado pressão na via aérea. O uso requer
para recém- nascidos que mantém uma série de cuidados para evitar
respiração espontânea lesões de septo nasal.

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Ventilação mecânica: fornece oxigênio ao bebê via


tubo endotraqueal em situações de grande dificuldade
respiratória. Os ventiladores fornecem pressão e fluxo com
mistura de oxigênio 21% a 100% através do blender.

Cateter/Cânula nasal: um tubo fino fornece oxigênio pelo nariz, através de


pequenos orifícios localizados abaixo das narinas ou através de pequenos
cateteres introduzidos em cada narina, devendo ser usado preferencialmente
com um misturador de ar/oxigênio.

Monitorar a quantidade
não sabemos ao certo que níveis de oxigênio são baixos ou altos
demais para bebês pré-termos. Recomenda-se:
1. Misturadores de ar/oxigênio e monitores saturação de oxigênio podem
de saturação de oxigênio são ser aumentadas ligeiramente,
equipamentos essenciais. para reduzir o risco de
2. Monitoramento hipertensão pulmonar.
3. Todas as UTINs devem ter uma meta de 8. UTINs devem ter limites de
saturação de oxigênio acordada para alarme acordados,
recém-nascidos pré-termo que estabelecidos a 1% acima e 1%
necessitam de oxigênio suplementar. ou 2% abaixo da meta SpO2
4. Enfocar uma faixa SpO2 acima de 95% acordada, que são
não é aceitável e, em crianças universalmente adotadas e
respirando oxigênio suplementar, o tempo utilizadas em crianças pré-
gasto com valores SpO2 superiores a termo que recebem oxigênio
95% deve ser minimizado para evitar a suplementar.
retinopatia da prematuridade (ROP). 9. Devem estar disponíveis
5. Enfocar uma faixa SpO2 de 85%-89% (ou para toda a equipe protocolos
inferior), não é aceitável por causa do com orientações de como agir.
possível aumento de mortalidade.
6. A recomendação atual para os limites É imprescindível checar a
de saturação em pré- termos em uso de oximetria de pulso do bebê
oxigênio é de 90-94%.
7. Para crianças de 34-36 semanas de Tanto o excesso quanto a
idade pós-menstrual e além, que têm a deficiência podem ser prejudiciais
doença pulmonar residual, as metas de
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Icterícia neonatal
O termo hiperbilirrubinemia refere-se a uma
quantidade excessiva de bilirrubina acumulada no
sangue, caracterizando-se por icterícia, uma
coloração amarelada da pele, esclera e unhas.

Tipos de hiperbilirrubinemia não conjugada


ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: não está
associada a processo patológico.
ALEITAMENTO MATERNO ASSOCIADO
Função hepática imatura somada
À ICTERÍCIA (INÍCIO PRECOCE):
ao aumento da bilirrubina
Diminuição da ingesta de leite
proveniente da hemólise. Inicia
relacionada com menos calorias
após 24 horas de vida.
consumidas pelo recém-nascido
ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO (INÍCIO antes de o aleitamento materno
TARDIO): Possíveis fatores no leite estar está bem estabelecido;
materno que impedem que a conjugação aumento da circulação êntero-
da bilirrubina Menor frequência de hepática. Inicia 2°–4° dia.
evacuações. Inicia 4°–8° dia.

DOENÇA HEMOLÍTICA: Incompatibilidade com antígeno sanguíneo


causando hemólise intensa Incapacidade do fígado de conjugar e
excretar o excesso de bilirrubina derivado da hemólise. Ocorre
durante as primeiras 24 horas

FOTOTERAPIA
É a principal forma de tratamento, o seu
mecanismo de ação básico é a utilização de
energia luminosa na transformação da
bilirrubina em produtos mais hidrossolúveis.

Quanto maior a superfície corpórea exposta à luz, maior é a eficácia da


fototerapia. Portanto, RNs que recebem a luz na parte anterior e posterior do
tronco, membros e permanecem sem fraldas recebem maior irradiância
espectral.
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Cuidados durante o procedimento


1. Proteger os olhos com cobertura radiopaca por meio de camadas de veludo
negro ou papel carbono negro envolto em gaze.
2. Verificar a temperatura corporal a cada três horas para detectar
hipotermia ou hipertermia, e o peso diariamente.
3. Aumentar a oferta hídrica, pois a fototerapia com lâmpada fluorescente
ou halógena.
4. pode provocar elevação da temperatura, com consequente aumento do
consumo de oxigênio,
5. A prática da descontinuidade da fototerapia durante a alimentação,
inclusive com a retirada da cobertura dos olhos, desde que a bilirrubinemia
não esteja muito elevada.

A exsanguineotransfusão é indicada para:


Diminuir os níveis séricos de bilirrubina e reduzir o
é quando o sangue do
risco de lesão cerebral;
bebê é removido e
substituído por outro,
Remover as hemácias com anticorpos ligados a sua
de um doador
superfície e os anticorpos livres circulantes;
compatível, para
tratar condições
Corrigir a anemia e melhorar a função cardíaca
clínicas determinadas.
nos RNs hidrópicos por doença hemolítica

Zonas de icterícia de Kramer:

ZONA I: cabeça e pescoço


ZONA II: tronco até umbigo
ZONA III: hipogástrio até as pernas
ZONA IV: braços e pernas
ZONA V: pés e mãos, inclui as
palmas e as plantas

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Cuidados com a Pele


do Recém-Nascido
A pele até 24 meses, é aproximadamente 30% mais fina do que no adulto,
tornando a pele infantil mais susceptível à penetração de irritantes,
alérgenos e infecções.

Vérnix caseoso: Substância esbranquiçada,


formada no último trimestre da gestação e é mais
abundante no RN a termo é escasso no pós-termo.
Tem o objetivo de permitir a maturação adequada
da pele, protegendo-a e atua como lubrificante no
canal do parto. O vérnix não deve ser removido nas
primeiras horas de vida, exceto quando houver risco
de transmissão de doenças maternas.

Primeiro banho: após 24 horas do nascimento ou, se isso não for possível por
razões culturais, que seja adiado por pelo menos 6 horas. O banho de imersão é
o mais indicado, pois promove menor perda de calor e maior conforto. Na
temperatura da água entre 37°C e 37,5°C. Pode ser diário ou 2 a 3 vezes por
semana, desde que se higienize as pregas, cordão umbilical e área de fraldas.

DICA: Manter o RN enrolado em uma fralda de


pano durante a imersão na água, desenrolando-o
lentamente para realizar a higiene, é uma opção
agradável, que mantém a estabilidade térmica e
reduz o possível estresse do momento.

Coto umbilical: Para bebês nascidos em ambiente hospitalar ou


em locais de baixa mortalidade neonatal, a recomendação é que
o coto umbilical seja mantido apenas limpo e seco. A higiene
adequada das mãos antes de manipular o RN, a troca frequente
das fraldas, mantendo-a dobrada abaixo do coto para expô-lo
ao ar, são medidas de prevenção contra infecções.
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Banho de sol: Os lactentes e RNs são mais suscetíveis aos danos


da radiação ultravioleta à pele. A suplementação de vitamina D é
recomendada no Brasil para todo RN a termo, desde a primeira
semana de vida até os dois anos de idade. Em relação à icterícia
neonatal, o banho de sol é contraindicado como medida terapêutica.

A chave para o controle da


dermatite da área de fralda está As unhas devem ser mantidas limpas e
na sua prevenção: a troca frequente curtas, e o corte feito em linha reta;
das fraldas, a limpeza suave, a
exposição da pele ao ar e a
aplicação de cremes de barreira são
medidas que devem ser adotadas;

O xampu não é essencial para o


couro cabeludo, é uma questão de
preferência pessoal ou cultural.
Atenção à possibilidade de absorção
percutânea dos produtos de uso
O óleo de coco pode ser uma tópico, com riscos de toxicidade.
estratégia eficaz no cuidado da
pele de prematuros nos países
em desenvolvimento.

Puericultura
A puericultura é a consulta de enfermagem à criança, caracterizada como
atividade privativa do enfermeiro. A consulta visa prestar assistência
sistematizada, de forma global e individualizada, com o objetivo de identificar
problemas de saúde e doença, executar e avaliar cuidados que colabora para
a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde da criança.

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Objetivos da consulta de enfermagem em puericultura

- Prestar assistência de - Ampliar a cobertura de


enfermagem à criança e atendimento à criança e
para a sua família; para a sua família;
- Promover interação com a
- Monitorar o processo de
criança e a família na perspectiva
crescimento e
do estabelecimento de vínculo e
desenvolvimento infantil;
respeito à autonomia do usuário;

- Conhecer a situação psicossocial, - Orientar e apoiar a


econômica e sanitária da família da gestante e a puérpera
criança, relacionando-a com a sua quanto ao aleitamento
qualidade de vida, intervindo quando materno e aos cuidados
necessário; com o recém-nascido.

- Detectar agravos para a saúde da - Orientar e apoiar a


criança, potenciais e instalados e família para o cuidado da
intervir com visitas à sua residência, criança, incentivando-a a agir
conforme o plano assistencial de forma adequada para as
compartilhado com a família; suas necessidades de saúde;

- Encaminhar as crianças com problemas que ultrapassem a


competência técnica e legal do enfermeiro para o
atendimento de outros profissionais, dentro do próprio serviço
de saúde para outra unidade de saúde de referência.

A consulta de enfermagem, assim como a


prescrição de enfermagem, está legalizada
como uma atividade privativa do enfermeiro,
conforme disposto na Lei n. 7. 498/86, publicada
no Diário Oficial da União de 26.6.1986 e
regulamentada pelo Decreto n. 94. 406/87,
artigo 11, alíneas "i" e "j".

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Sistematização da
consulta de enfermagem
Na prática clínica, é utilizado o método sistemático de prestação de
cuidados humanizados, que possuem suas bases nas etapas do método
científico, composto, na sua forma atualmente mais conhecida, de cinco
fases sequenciais interrelacionadas: levantamento de dados,
diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação.

1 - LEVANTAMENTO DE DADOS

2 - DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Coleta de dados referentes à
saúde da criança e sua família. Etapa caracterizada pela análise e o
julgamento dos dados levantados. Esta
3 - PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM etapa tem como objetivo determinar
quais as situações referentes à saúde
Essa prescrição implica na
da criança e de sua família que
determinação das ações a serem
requerem intervenção de enfermagem.
prestadas ao paciente, fundamentado
no diagnóstico de enfermagem. A
prescrição deve ser elaborada com a 4 - AVALIAÇÃO DA CONSULTA
participação ativa da família da
Essa etapa é realizada nas consultas
criança.
de enfermagem posteriores e baseia-
5 - REGISTRO DA CONSULTA se no acompanhamento e na análise da
evolução da situação de saúde da
Os dados devem ser registrados no criança e sua família, acerca da
prontuário da criança ou da família. resolução ou não dos diagnósticos
Todas as anotações devem ser identificados na consulta anterior.
completas, claras, objetivas e
concisas.

Cronograma de atendimento
No atendimento da criança, deve ser considerada a
vulnerabilidade de cada faixa etária.
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CRONOGRAMA DE AGENDAMENTO DAS CONSULTAS DE PUERICULTURA

A proposta desse cronograma de agendamento deve ser flexível,


podendo ser alterada caso a criança apresente agravos de saúde e/ou
situações de risco potencial, como:
- Baixo peso ao nascer;
- História de morte de irmão de 5 anos;
- Apgar menor que 7 nos primeiros 5 minutos de vida;
- Alteração do padrão do gráfico de crescimento;
- Desenvolvimento inadequado para a idade;
- Mães/famílias com maior necessidade de apoio ou risco de agravo
social, como desemprego, miséria, mães adolescentes, uso de drogas.

TEMPO DE CONSULTAS AGENDADAS EM CADA PERÍODO:


- Primeira consulta: cerca de 60 minutos.
- Consulta de retorno: cerca de 30 minutos.
- Consulta de emergência: cerca de 15 a 30 minutos.
- Consulta de avaliação específica (ganho de peso, evolução de um granuloma
umbilical ou outras intercorrências em tratamento): cerca de 15 minutos.

Por fim,
Realizar a puericultura significa para
o enfermeiro, uma grande recompensa,
pois ser reconhecido profissionalmente
gera uma sensação de triunfo, de
valorização profissional, pessoal e até
como ser humano.
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COVID-19
NOTA TÉCNICA Nº 7/2021-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS
Orientações e recomendações referentes ao Manejo Clínico e Notificação
dos casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P)
temporalmente associada à covid-19.

O Ministério da Saúde (MS), por meio das Secretarias de Atenção


Primária à Saúde, de Atenção Especializada e Vigilância em
Saúde, vem por meio desta Nota Técnica, reforçar a necessidade
de notificação obrigatória da síndrome inflamatória
multissistêmica pediátrica (SIM-P) potencialmente e temporalmente
associada à “coronavirus disease 2019” (covid-19) e orientar, à luz
das evidências científicas atualmente disponíveis, sobre a
investigação diagnóstica e o manejo clínico da SIM-P.

SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA


PEDIÁTRICA (SIM-P):
Caracterizada como uma doença multissistêmica com
amplo espectro de sinais e sintomas, descrita por
febre persistente acompanhada de um conjunto de
sintomas que podem incluir gastrointestinais - com
importante dor abdominal - conjuntivite, exantema
(rash cutâneo), erupções cutâneas, edema de
extremidades, hipotensão, dentro outros.

ATENÇÃO!
Os sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos. Apesar do
quadro clínico ser parecido com o da síndrome de Kawasaki completa ou
incompleta, a SIM-P geralmente ocorre em crianças mais velhas, com alterações
evidentes dos marcadores inflamatórios e importante disfunção cardíaca.

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NOTIFICAÇÃO DA SIM-P: DIAGNÓSTICO DA SIM-P:


Notificação individual, realizada de O diagnóstico da SIM-P é
forma universal, ou seja, por qualquer estabelecido pelos critérios
serviço de saúde ou pela autoridade propostos pelo MS, com base na
sanitária local ao identificar indivíduos definição de caso da OPAS/OMS
que se encaixe nos sintomas. validado pela Sociedade Brasileira
de Pediatria, Sociedade Brasileira
de Reumatologia, Sociedade
Brasileira de Cardiologia e
Instituto Evandro Chagas.
Em resumo,
A SIM-P é uma nova condição clínica grave, potencialmente fatal e
temporalmente relacionada à covid-19, frequentemente associada à presença
de choque e necessidade de suporte em UTI pediátrica, com drogas vasoativas
munomoduladores e anticoagulantes.

NOTA TÉCNICA No 14/2020-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS


Atenção à saúde do recém-nascido no contexto da infecção pelo
novo coronavírus (Sars-CoV-2).
PARTO E NASCIMENTO: para mães com ALOJAMENTO CONJUNTO: No caso
sintomas de síndrome gripal, as de mãe com suspeita clínica ou
precauções consistem na manutenção de confirmada de COVID-19, sugere-se a
no mínimo 1 metro e preferencialmente 2 acomodação privava com o recém-
metros5 entre o leito materno e o berço nascido, devendo ser respeitada a
do recém-nascido (RN), uso de máscara distância entre o leito da mãe e o
pela mãe sintomáca durante o contato berço do recém-nascido. O
para cuidados e durante toda a aleitamento materno deverá ser
amamentação e higienização adequada promovido com o uso de máscaras e
das mãos antes e após o contato com a higienização das mãos.
criança.
Não está indicada a triagem
Mães sintomácas ou contactantes não
laboratorial para invesgação de
poderão ser encaminhadas à UCINCa até
Sars-CoV-2 em RN assintomáco cuja
que se tornem assintomácas e tenham
mãe tenha diagnósco suspeito ou
passado o período de transmissibilidade
confirmado de COVID-19.
da Covid-19 (cerca de 14 dias).

Devem ser apoiadas e auxiliadas na extração de leite para o próprio filho,


considerando que não existem evidências de transmissão da doença por essa via.
Poderão permanecer na UCINCa somente mães assintomácas e não contactantes.
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PARTO
normal cesária

Recuperação mais rápida Recuperação mais lenta


Menor dor no pós-parto Maior dor no pós-parto
Menor risco de complicações Maior risco de complicações
Cicatriz menor Cicatriz maior
Menor risco do bebê nascer Maior risco do bebê nascer
prematuro prematuro
Trabalho de parto mais longo Trabalho de parto mais curto
Com ou sem anestesia Com anestesia Amamentação
Amamentação mais fácil mais difícil Maior risco de
Menor risco de doenças doença respiratórias no bebê
respiratórias no bebê

A cesárea é uma intervenção efetiva para salvar a vida de mães


e bebês, porém apenas quando indicada por motivos médicos.

A cesárea pode causar complicações significativas e às vezes permanentes,


assim como sequelas ou morte, especialmente em locais sem infraestrutura
e/ou a capacidade de realizar cirurgias de forma segura e de tratar
complicações pós-operatórias.
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Wong Fundamentos da Enfermagem Pediátrica. 8ª ed. São Paulo: Elsevier;


2011. 1280p;

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no


âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

Cadernos de atenção básica. Saúde da criança: crescimento e


desenvolvimento. 2012.

Cadernos de atenção básica. Atenção ao pré_natal de baixo risco;

Atualizações sobre o cuidado com a pele do RN. Departamentos Científicos


de Dermatologia e Neonatologia (2019-2021);

Atenção humanizada ao recém-nascido. Método Canguru

Cadernos de atenção básica. Aleitamento materno.

Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde.

FUJIMORI, E.; BORGES, A. L. V. Enfermagem e a saúde da criança na


atenção básica. Barueri: Manole, 2009. (Cap 10/pág.223-247).

Boletim Epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde I Ministério da


Saúde: Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P),
temporalmente associada à Covid-19. Volume 51, 2020.

NOTA TÉCNICA Nº 7/2021-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS.

NOTA TÉCNICA No 14/2020-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS

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