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A Revolução Francesa é interrompida em 1799, após 10 anos, por um golpe
militar de Napoleão Bonaparte;
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Logo em seguida, Napoleão instituiu o Consulado e se tornou o primeiro-cônsul;
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Em 1802, Napoleão foi proclamado cônsul vitalício e, dois anos depois, se
autoproclamou Imperador dos franceses;
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No ano seguinte, Napoleão inicia uma série de conflitos com nações europeias
vizinhas, no que ficou conhecido como Guerras Napoleônicas;
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Em 1807, as tropas de Napoleão invadem Portugal com o objetivo de ampliar a
política do Bloqueio Continental, que pretendia impedir o comércio da
Inglaterra com nações da Europa no continente.
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Fuga da família real para o Brasil
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Com a entrada das tropas francesas em território português, a família
real decidiu transferir a Corte para o Brasil;
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Em novembro de 1807, dezesseis navios zarparam de Lisboa, levando
entre 10 e 15 mil pessoas;
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A nau “Príncipe Real” levava a bordo o príncipe regente D. João VI, sua
mãe, a rainha louca D. Maria, e os dois herdeiros do trono, os príncipes
D. Pedro e D. Miguel. Em um segundo navio, viajava a princesa Carlota
Joaquina, mulher do príncipe regente, e quatro de suas seis filhas. Um
terceiro e um quarto navio levavam outros membros da família real.
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Departure
of H.R.H.
the Prince
Regent of
Portugal
for the
Brazils
(London,
1812) -
Henry
L'Evêque,
F.
Bartollozzi
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Um país sem palavra impressa
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A família real chega ao Brasil em janeiro de 1808, aportando em Salvador (BA);
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Até a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, o país era um únicos do
mundo que ainda não produzia palavra impressa;
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Isso ocorria em razão da proibição pela Corte da impressão de livros na então
colônia;
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Uma tipografia teria funcionado em Recife (PE), na era de Mauricio de Nassau,
entre 1706 e 1724, e outras duas no Rio de Janeiro, uma no colégio dos Jesuítas
no Morro do Castelo, entre 1706 e 1724 e outra de propriedade de Luís Antônio
Rosado da Cunha, cujas máquinas foram sequestradas em 1747.
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A Imprensa Régia
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Em 13 de maio de 1808 é decretada a abertura da Imprensa Régia no
Rio de Janeiro (RJ), subordinada à Secretaria de Estado dos
Negócios Estrangeiros e da Guerra;
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A finalidade era “imprimir exclusivamente todos os papéis
ministeriais e diplomáticos do real serviço, incluindo aí não só os
documentos de todas as repartições governamentais
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Também obras de particulares, além de produzir e fazer circular a
primeira folha institucional do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro.
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Decreto de criação
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A Imprensa Régia
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A primeira publicação da Impressão Régia, no dia em que foi criada, foi a
Relação dos despachos publicados na Corte pelo expediente da Secretaria de
Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra no faustíssimo dia dos anos de S.
A. R. o Príncipe Regente N. S. e de todos os mais, que se tem expedido pela
mesma Secretaria desde a feliz chegada de S. A. R. aos Estados do Brasil até o
dito dia;
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De 1808 a 1821, imprimiu cerca de mil títulos, sem contar atos governamentais,
incluindo obras sobre como jurisprudência, história, belas-letras (elogios aos
soberanos e os romances), teologia, ciências e artes, e periódicos;
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Foi a única tipografia existente no Rio de Janeiro até a Independência do Brasil,
em setembro de 1822.
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O primeiro jornal do Brasil?
Correio Brasiliense
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Foi lançado em junho de 1808;
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Editado em Londres, para evitar a censura
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Gazeta do Rio de Janeiro
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Precursora do Diário Oficial da União, era o órgão oficial da Coroa;
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Publicava decretos e notícias que interessavam ao governo;
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Circulava às quartas-feiras e aos sábados;
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Era curto — a primeira edição tinha apenas quatro páginas;
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Era ditada pelo frei Tibúrcio José da Rocha e, depois, por Manuel
Ferreira de Araújo Guimarães, primeiro jornalista profissional do Brasil;
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A última edição, de um total de 1.791, circulou em dezembro de 1822,
após 14 anos de atividades.
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Correio Braziliense
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Era editado por Hipólito José da Costa;
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Mantinha postura contrária à Coroa;
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Se dividia em quatro segmentos: Política; Comércio e Artes;
Literatura e Ciências; e Ciências e Miscelânea, que continha as
subseções Reflexões e Correspondência;
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Tinha formato de livro e era publicado mensalmente;
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As edições tinham de 70 a 140 páginas;
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Circulou até dezembro de 1822, contando com 175 números.
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Liberdade de imprensa
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Antes de deixar o Brasil, D. João VI decreta, em 2 de março de 1821,
a abolição da censura prévia;
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A Constituição de 25 de março de 1824 passa a garantir em lei a
liberdade de expressão de pensamento;
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Em junho de 1824, D. Pedro I decreta a vigência no Brasil das Bases
da Constituição Política Portuguesa e os brasileiros passam a
usufruir de uma liberdade de imprensa;
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A partir de então, começaram a surgir os primeiros jornais
independentes do país.
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Jornais independentes
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Jornais independentes
Despertador Braziliense
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Panfleto publicado anonimamente;
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Atribuído a José da Silva Lisboa;
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Exerceu pressão sobre D. Pedro I pela sua permanência no país e
pela independência do Brasil ;
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Denuncia as arbitrariedades da Coroa Portugesa;
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É considerado um importante documento que iniciou o movimento
pelo “Fico”, em janeiro de 1822.
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Jornais independentes
O Espelho
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Lançado em outubro de 1821
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Era editado por Manoel Ferreira de Araújo Guimarães, antigo redator da Gazeta do Rio de
Janeiro e da revista O Patriota;
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Era composto por um artigo de quatro páginas, escrito pelo redator ou transcrições de artigos
dos jornais de Lisboa;
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Os historiadores afirmam que, provavelmente, era subsidiado por D. Pedro I, que publicava
nele, anonimamente, textos próprios quando queria atacar seus inimigos;
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Escondido atrás de pseudônimos como Simplício Maria das Necessidades, O Inimigo dos
Marotos, Piolho Viajante, O Anglo-Maníaco, e o Derrete Chumbo a Cacete, o Príncipe Regente
escrevia artigos agressivos, de linguagem grosseira com palavrões e termos de baixo calão.
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Outros
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A Malagueta;
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O Correio do Rio de Janeiro;
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O Tamoyo.
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