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AUTORIA
Juliana Teixeira Ligorio
Especialista do Instituto Avisa Lá
COORDENAÇÃO
Ana Carolina Carvalho
Coordenadora do Instituto Avisa Lá
Material Digital do Professor
AUTORIA
Juliana Teixeira Ligorio
Especialista do Instituto Avisa Lá
COORDENAÇÃO
Ana Carolina Carvalho
Coordenadora do Instituto Avisa Lá
LIVRO
Os vizinhos
AUTORA E ILUSTRADORA
Einat Tsarfati
TRADUTOR
George Schlesinger
CATEGORIA
Creche II
ESPECIFICAÇÃO DE USO
Para que o professor leia para crianças bem pequenas
TEMAS
Diversidade cultural; Relacionamento pessoal e
desenvolvimento de sentimentos de crianças nas escolas,
nas famílias e nas comunidades (urbanas e rurais);
Aventuras em contextos imaginários ou realistas,
urbanos, rurais, locais, internacionais
GÊNERO LITERÁRIO
Narrativos: fábulas originais, da literatura
universal e da tradição popular, etc.
Conteúdo
Instituto Avisa Lá — Formação Continuada de Educadores
Coordenação
Ana Carolina Carvalho
Revisão
Ana Luiza Couto
Aminah Haman
Bibliografia
isbn 978-65-88899-13-7
2021
Todos os direitos desta edição reservados à
editora pequena zahar ltda.
Praça Floriano, 19, sala 3001, parte C — Cinelândia
20031-050 — Rio de Janeiro — rj
Telefone: (21) 3993-7510
Carta
Neste material você vai encontrar apoio para trabalhar com o livro Os vi-
zinhos. Desde já, enfatizamos que as propostas aqui apresentadas são sobre-
tudo sugestões e não pretendem esgotar as possibilidades de leitura da obra.
Ele é composto dos seguintes itens:
Contextualização da obra: informações e aspectos importantes sobre
o livro, a autora e ilustradora e o tradutor.
Por que ler este livro na Educação Infantil?: relações com competên-
cias gerais e campos de experiência da Base Nacional Comum Curricular
(bncc), reforçando como a obra contribui para a formação leitora das
crianças nessa etapa escolar.
Conversas em torno da leitura deste livro: aspectos importantes pa-
ra a experiência literária, assim como para o planejamento de uma leitu-
ra dialogada com as crianças.
Outras propostas de leitura com as crianças: sugestões para explo-
rar a literacia familiar, para trabalhar a leitura pelas próprias crianças e
para ampliar os laços com outros leitores.
Bibliografia comentada: obras usadas para elaborar este material,
com um breve comentário.
Indicação de leituras complementares: sugestão de materiais que
dialogam com os conteúdos e temas abordados e contribuem para o tra-
balho do(a) educador(a).
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ciedade civil sem fins lucrativos que vem contribuindo, desde 1986, para
qualificar a prática educativa nos centros de Educação Infantil, creches e
pré-escolas públicas. Junto com as redes de Ensino Fundamental, o Insti-
tuto Avisa Lá desenvolve ações de formação para profissionais de educação
visando à competência da leitura, escrita e matemática dos estudantes nos
anos iniciais.
A coordenação pedagógica do Avisa Lá acompanhou a redação e a edição
do material escrito por especialistas em leitura e escrita. O manual também
contou com a leitura crítica de toda a equipe envolvida na produção editorial.
Nossa intenção foi indicar caminhos para que você, educador(a), possa
mediar uma experiência literária significativa para bebês e crianças da Edu-
cação Infantil, contribuindo para que eles possam construir sentidos na leitu-
ra, ampliando suas referências estéticas e literárias.
Bom trabalho!
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Contextualização da obra
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personagens piratas, caçadores, vampiros e super-heróis e possibilita relações
de intertextualidade com outras narrativas, além de possibilitar que as crian-
ças lancem mão de seu repertório acerca dos mundos habitados por esses
personagens. E, ainda que apresente referências conhecidas para as crianças,
a narrativa não deixa de ser permeada pelo elemento surpresa: a cada por-
ta um jogo de adivinhação é proposto ao leitor. Que mundo encontrará em
seguida? Quais pistas a porta de entrada lhe dá? Por todos esses aspectos, o
livro foi muito aclamado pela crítica em diferentes lugares do mundo.
O livro ilustrado Os vizinhos possibilita muitas leituras e conversas, pois
traz grande riqueza de elementos no diálogo que propõe entre o texto, as
imagens e o design gráfico, além de oferecer uma entrada para temas diver-
sos, como a diferença entre as pessoas e a forma de morar, o que de incrível
tem na casa de cada um e os mundos que habitam. É um convite que tem mui-
to a ver com a própria experiência de leitura literária, que tanto nos instiga a
imaginar outros mundos possíveis, para além da nossa existência.
Nessa obra de Einat Tsarfati, as ilustrações constituem uma verdadeira
brincadeira. O título certamente se encaixa na categoria de livro álbum ou
ilustrado, mas também convida o leitor para um jogo de procure e ache, ha-
ja vista a quantidade de detalhes nos cenários de cada casa — o que, além
de instigar a curiosidade do leitor em relação aos ambientes, contribui para
tornar ainda mais desafiadora a proposta de encontrar o pequeno animal em
todos os apartamentos (ver p. 7). Procurar o bichinho apresentado no início
do livro, assim como procurar os elementos do quarto da menina no apar-
tamento dos vizinhos, ou até mesmo procurar na ilustração a dica do que
haverá dentro de cada porta (na casa dos ladrões: as trancas e a câmera de se-
gurança; na casa do caçador: pegadas de lama e plantas, a menina lendo um
livro sobre a selva; na casa dos acrobatas: a mola descendo a escada, dando
piruetas e se equilibrando; na casa do vampiro: o estilista vestindo quimono
com asa de morcego, a luz apagada; na casa do pirata e da sereia: água e la-
gosta na porta etc.).
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Livro ilustrado
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Por que ler este livro
na Educação Infantil?
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Com a leitura desse livro na Educação Infantil, podem ser contempladas
pelo menos duas competências gerais da Educação Básica propostas pela Ba-
se Nacional Comum Curricular (bncc).
Competência 3
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.
Competência 4
Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como co-
nhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendi-
mento mútuo.
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Além disso, a condução da leitura da narrativa feita por um adulto e o
contato individual de cada criança com o livro possibilita trabalhar diversos
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados aos campos de
experiência da bncc.
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Conversas em torno
da leitura deste livro
Para que as crianças tenham de fato uma experiência com a leitura literária,
é preciso considerar alguns aspectos importantes no planejamento da leitu-
ra dialogada que você realizará com o grupo. Um deles é a organização
do espaço: convém deixar o ambiente aconchegante e convidativo (com os
recursos disponíveis na escola), mas ao mesmo tempo, se possível, com al-
gum espaço para circulação, caso elas queiram se movimentar e se levantar.
Quando estiver lendo o livro e mostrando as páginas, é importante que todas
as crianças consigam ver as ilustrações, uma vez que, além de serem funda-
mentais para a compreensão da história, criam uma relação especial com a
leitura e desenvolvem competências importantes para o leitor, que passa a
considerar essas duas linguagens para a construção de sentidos.
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Procure estimular as crianças a expressarem suas ideias e opiniões sobre
a história. Acolher e valorizar o que comentam, discutir suas dúvidas, ajudá-
-las a ouvir a opinião dos colegas e pensar sobre o que ouvem contribui para
que uma possa ser beneficiada pela competência da outra e que, assim, sejam
capazes de ampliar a própria compreensão da narrativa. Ao mesmo tempo,
desse modo, os pequenos vão aprendendo comportamentos leitores típicos
dessas situações de leitura.
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O meu prédio tem sete andares. Cada andar tem uma porta
um pouquinho diferente. E atrás de cada porta se esconde uma surpresa.
Venha comigo e você verá!
Os vizinhos
Enquanto sobe os andares de seu prédio, uma menina imagina o que está
por trás das portas dos apartamentos de seus vizinhos. Será que a porta
cheia de fechaduras pertence a uma família de ladrões? E a porta com
pegadas de lama, pode esconder um tigre de estimação? Mas a coisa mais
Einat Tsarfati
incrível talvez esteja em sua própria casa.
• Qual história vocês acham que é contada neste livro, que se chama
Os vizinhos?
• Como imaginam que é essa menina que aparece na capa?
• Onde acham que estão todas essas coisas atrás da menina? E ela,
onde parece estar?
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Logo depois encontramos a página com uma dedicatória, onde há tam-
bém um convite para que os leitores encontrem um bichinho ao longo do
livro. Nesse momento, sugere-se instigar as crianças:
Na folha de rosto, a menina está com uma chave na mão (p. 5). Na p. 36
do livro, essa chave será usada. Esse detalhe pode ser um elemento a ser ex-
plorado em uma nova leitura da obra.
Nas páginas duplas 8-9, a menina anda com seu guarda-chuva aberto na
calçada e nos conta, pelo texto verbal, que seu prédio tem sete andares. Nas
páginas seguintes, ela entra no prédio e ficamos sabendo que cada andar tem
uma porta um pouquinho diferente, e então seguimos para acompanhá-la
pelos andares e pelo mundo que imagina por detrás de cada porta. Esse é
um bom momento para questionar os pequenos sobre como é o lugar que
moram, estimulando assim que desenvolvam a fala e a construção de um dis-
curso visando contar coisas que observam e vivem.
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• Vocês moram em casa ou apartamento?
• Como é a entrada da casa de vocês?
• Quem tem vizinho? Como eles são?
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A leitura prévia do livro, feita pelo(a) mediador(a), e um detalhado pla-
nejamento para a leitura dialogada possibilitam elaborar ou selecionar per-
guntas que podem instigar a participação do grupo. Ouvir as crianças e aju-
dá-las a encontrar no texto ou nas ilustrações a justificativa para as hipóteses
delas ou confrontar-se com caminhos diversos na narrativa é extremamente
importante para a formação leitora, na medida em que aciona estratégias
de antecipação, inferência e verificação, que são aprendizagens cruciais na
leitura, bem como contribui para que os leitores possam aprender a consoli-
dar suas hipóteses baseando-se no texto e na ilustração.
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Vemos a cozinha e parte da sala, com uma mesa com comida, sofá, gato,
flores... E a menina nos conta que os pais são sem graça. Serão mesmo? Po-
de-se instigar as crianças a procurar elementos curiosos nessa sala aparente-
mente comum: quais seriam eles? Essa é uma chave de leitura importante
nessa narrativa, pois o fim do livro surpreende o leitor, que estava sendo le-
vado a acreditar que a vida da menina era completamente normal em relação
à vida imaginada para os vizinhos. Na última página, o cenário mistura fan-
tasia com objetos da realidade: pais super-heróis, mãe voando, nave espacial,
patins, telefone, caixa de costura e... uma fantasia sendo feita para a menina,
coroando esse limite tênue entre real e imaginário, entre sonho e realidade.
Nesse momento, pode-se perguntar:
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Outro aspecto que pode ser explorado nesse final é o cenário do quarto,
repleto de referências aos objetos que vimos na casa dos vizinhos, o que é
uma boa oportunidade para estimular a observação das crianças:
Após terminar a leitura, você pode perguntar aos pequenos onde vivem e
como é a casa onde moram e a dos vizinhos. Dessa forma, podem conversar
um pouco sobre as diferenças entre as pessoas e as diversas formas de morar
e também sobre o que há de incrível e importante no mundo delas.
Os vizinhos é um livro ilustrado com imensa riqueza de detalhes, o que
possibilita que a cada nova leitura se possa ter um novo olhar e ampliar ain-
da mais a compreensão da narrativa. É, portanto, um livro para ler muitas e
muitas vezes!
Importante lembrar que esse momento de leitura compartilhada propor-
ciona colocar em prática alguns direitos de aprendizagem e desenvolvimento
que a bncc propõe para a Educação Infantil: conviver, brincar, participar, ex-
plorar, expressar e conhecer-se.
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Outras propostas de leitura
com as crianças
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LEITURA EM CASA/ LITERACIA FAMILIAR
Levar o livro Os vizinhos para casa e compartilhar a leitura com os familiares
pode ser uma boa proposta a se fazer com as crianças. Além de prolongar
uma situação vivida na escola, as práticas de literacia familiar podem refor-
çar vínculos entre a criança e as pessoas do grupo familiar, além de possibili-
tar que ela apresente e comente um livro que já conhece. Isso vale não só para
essa obra, mas para qualquer livro que queiram levar para casa.
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sobre o que é a história e quais são os personagens. Após a leitura, você pode
sugerir que os familiares e responsáveis façam junto com as crianças um de-
senho detalhado de como imaginam que é a casa de algum vizinho.
Quando os livros voltarem para a escola, organize uma roda para que as
crianças compartilhem seus desenhos e contem um pouco da experiência em
casa. Como imaginaram a casa do vizinho? Usaram como base algum ele-
mento especial, como fez a menina da história?
Sempre que as crianças levarem livros para casa, quando esses livros vol-
tarem para a escola seria interessante fazer uma roda para que as crianças
compartilhem com os colegas a experiência vivida em casa, comentando as-
pectos da narrativa, dos personagens e da própria leitura com os familiares.
Pensar sobre o que leram e expressar sentimentos e opiniões sobre suas ex-
periências leitoras contribui muito para o desenvolvimento da oralidade. Por
isso, você pode ajudar as crianças a falar sobre a leitura em casa, fazendo
perguntas: quem leu com ela, do que gostaram mais, como foi ler o livro em
casa... As crianças podem contar coisas simples como essas ou simplesmente
mostrar uma página da qual gostem muito.
Nesse momento, é fundamental que a roda não seja impositiva — a ideia
não é falar sobre o livro como uma checagem de conhecimentos, por exem-
plo, ou ter que fazer o resumo da história —, mas que flua muito mais como
uma conversa entre leitores, que sugerem leituras entre si e comentam sobre
o que estão lendo e as relações que fizeram com base na leitura.
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que lhes chamou mais a atenção. Quais são os personagens? Quem conta a
história? Por que essa história é boa? É divertida? Por quê? Faz a gente ficar
curiosa sobre os vizinhos? Ajuda a imaginar como é a vida deles?
Ajude o grupo a gradativamente construir elementos para indicar um li-
vro aos amigos, a familiares, a outras turmas da escola. Para isso, uma su-
gestão é conversar com as crianças depois que levarem a obra para casa e a
trouxerem de volta:
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Bibliografia comentada
bajour, Cecilia. Ouvir nas entrelinhas: O valor da escuta nas práticas de leitu-
ra. São Paulo: Pulo do Gato, 2020.
Cecilia Bajour fala da importância da conversa para a formação do lei-
tor e como essa troca entre leitores amplia as construções de sentido
em uma leitura. A autora também traz exemplos práticos, refletindo
sobre o papel do adulto na mediação da conversa e a importância do
registro desse momento para que seja possível identificar e acompa-
nhar as aprendizagens dos leitores. O livro é composto de quatro textos
sobre a importância da “escuta”, da “conversação literária” e do “regis-
tro” para o êxito no trabalho com a leitura literária.
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de fato. Para isso, oferece exemplos de propostas de leitura e escrita.
Lerner também mostra como é importante criar condições para que os
estudantes participem ativamente da cultura escrita desde a alfabeti-
zação inicial, uma vez que constroem simultaneamente conhecimen-
tos sobre o sistema de escrita e a linguagem que usamos para escrever.
lópez, María Emilia. Um mundo aberto: Cultura e primeira infância. São Pau-
lo: Selo Emília, 2018.
Neste livro, a autora apresenta reflexões e práticas que sustentam a
importância da cultura na primeira infância, desde a mais tenra idade,
e a importância da construção de experiências e bens culturais como
um direito. Trata-se de uma obra que convoca a todos, familiares, edu-
cadores, gestores das escolas e leitores em geral a assumirem a respon-
sabilidade de criar condições para a formação cultural dos bebês.
van der linden, Sophie. Para ler o livro ilustrado. São Paulo: sesi-sp Editora,
2018.
Neste livro, a autora analisa o livro ilustrado ou livro-álbum, que nasce
no século xix com o britânico Randolph Caldecott e se consolida com
a publicação de Onde vivem os monstros (1963), do norte-americano
Maurice Sendak. Para além da reflexão teórica, a obra discute, por
meio de muitos exemplos e depoimentos de editores, autores e dire-
tores de arte, as principais características dessa forma de expressão,
esmiuçando processos criativos e fornecendo muitos elementos para
que os leitores aprofundem suas leituras de livros ilustrados.
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Indicações de leituras complementares
baroukh, J.; carvalho, A. C. Ler antes de saber ler: Oito mitos escolares sobre
a leitura literária. São Paulo: Panda Books, 2018.
As autoras refletem nesta obra sobre as condições para a formação de
leitores na escola, desde a Educação Infantil até os anos iniciais do En-
sino Fundamental, discutindo alguns mitos em torno da leitura literária
na escola. Com exemplos da prática escolar e de situações de formação
de educadores, as autoras propõem um debate sobre a escolha de livros
de qualidade, as diferenças entre ler e contar histórias e a importância
da conversa para a formação de leitores, entre outros aspectos.
colomer, Teresa. Andar entre livros: A leitura literária na escola. São Paulo:
Global, 2007.
A autora, renomada pesquisadora catalã, coordenadora do Grupo de
Pesquisa de Literatura Infantil e Juvenil e de Educação Literária (Gre-
tel) da Universidade Autônoma de Barcelona, discute questões funda-
mentais para todos que desejam se aprofundar na formação de leitores
na escola, tanto na teoria como na prática. Na primeira parte do livro
ela se dedica a três aspectos que interagem no processo da educação
literária: a escola, os leitores e os livros; na segunda, expõe a inter-re-
lação desses elementos com propostas de leitura planejadas pelos(as)
educadores(as).
_____. Introdução à literatura infantil e juvenil atual. São Paulo; Global, 2017.
Aliando a teoria e a prática docente, Colomer nos faz refletir sobre di-
versos pontos importantes para o trabalho da literatura na escola: para
que servem os livros dirigidos às crianças e jovens; como podemos faci-
litar a leitura desses livros; quais são as características da literatura in-
fantil e juvenil; e quais os critérios de avaliação e seleção dessas obras.
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oliveira, Zilma R. de. (org). O trabalho do professor de educação infantil. São
Paulo: Biruta, 2012.
Várias especialistas abordam o papel fundamental do professor de
Educação Infantil na escolha de atividades promotoras de desenvol-
vimento e na mediação das interações das crianças com outras crian-
ças, adultos, o ambiente e o conhecimento. A publicação aborda como
diferentes concepções de infância e criança fizeram e fazem parte do
campo da Educação Infantil, analisa as condições para a construção
de ambientes de convivência e de aprendizagem, enfoca questões rela-
cionadas aos cuidados de si e do outro, além de trazer reflexões sobre
boas práticas pedagógicas com as crianças de 0 a 5 anos, consideran-
do-as seres capazes, inteligentes e produtores de cultura.
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