ANTÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
– UNIVISA COORDENAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA
Livro: “Psicossomática hoje”
Capítulo 6: A formação psicológica do médico
Amanda de Oliveira Santos
Matrícula: 202114029
Vitória de Santo Antão
2024 A famosa frase do psicanalista inglês Michael Balint, "O remédio mais utilizado em Medicina é o próprio médico", ressalta a importância crucial do médico no tratamento dos pacientes. Assim como qualquer medicamento, o médico precisa ser entendido em termos de sua dosagem, possíveis efeitos colaterais e toxicidade. O valor do médico reside principalmente em quem ele é, em vez do que ele sabe, diz ou faz. Estatísticas indicam que cerca de 70% dos pacientes orgânicos têm fatores psicológicos que desempenham um papel importante em suas doenças. Esses fatos destacam a grande importância da formação psicológica do médico, levando-nos a questionar como essa formação ocorre em nosso país. A formação de um "bom médico" é fundamentada em conhecimento, habilidades e atitudes. O conhecimento é adquirido por meio de instrução e estudo contínuo, enquanto as habilidades são desenvolvidas por meio da prática médica e aprendizado com experiências, tanto positivas quanto frustrantes. A atitude médica, que é essencialmente parte da formação psicológica do médico, é especialmente relevante. Além disso, uma crise de identidade médica afeta os profissionais de saúde no Brasil, resultado de mudanças sociais, políticas e demográficas, bem como da proliferação de faculdades de Medicina. A escolha da profissão médica é influenciada por motivos conscientes e inconscientes. Cada tipo de personalidade do médico é distinto: depressivo - caracterizado por um pessimismo constante, negativismo e baixa autoestima; maníaco - exibe um otimismo exagerado, muitas vezes sem fundamento na realidade; paranoide - tende a ter uma atitude contenciosa e desconfiada em relação aos outros; obsessivo - demonstrando rigidez e uma tendência ao detalhismo excessivo. A formação psicológica do médico resulta de uma variedade de fatores, como temperamento, moral, personalidade, ética e caráter. A relação médico-paciente é fundamental, e a reação do paciente à doença pode envolver sentimentos de medo, culpa e desamparo. Embora o tipo de personalidade do médico influencie a qualidade da relação médico-paciente, não há um padrão específico exigido para ser um bom médico. Independentemente de sua personalidade, o médico tem o potencial de exercer uma influência terapêutica significativa sobre o paciente.