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Prova escrita de avaliação (3.º Teste) - Português 12.ºA Avaliação: Pontos (Valores)
Fevereiro 2024
PARTE A
Dizes-me: Que uma pedra ou uma planta. Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Então as pedras escrevem versos? Embora com menos clareza que me mostram a pedra e
a planta.
Então as plantas têm ideias sobre o mundo?
Não sei mais nada.
Sim: há diferença.
Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Mas não é a diferença que encontras;
Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias
sobre as coisas: Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos. Como que sou inferior.
Ter consciência é mais que ter cor? Mas não digo isso: digo da pedra, «é uma pedra»,
Ninguém pode provar que é mais que só diferente. E não digo mais nada. Que mais há a dizer?
1. Na primeira estrofe, o sujeito poético reproduz as ideias do seu interlocutor («tu», v. 1) sobre a
diferença entre o Homem e as demais entidades da Natureza, como a «pedra» ou a «planta» (v. 2).
2. No início da segunda estrofe, o sujeito poético inicia a resposta ao seu interlocutor: «Sim: há
diferença. / Mas não é a diferença que encontras» (vv.7 e 8).
Na folha de respostas, regista apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que
corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Na quarta estrofe, o sujeito poético defende que a faculdade de pensar a) __. Na repetição da forma
verbal «Sei», no início da quinta estrofe, está presente b) __, com a qual o sujeito poético sublinha
que c) __.
a) b) c)
2. faz o Homem superior às 2. uma enumeração 2. tem uma consciência que lhe
outras entidades da Natureza permite conhecer o mundo através
3. uma anáfora dos sentidos
3. é a via privilegiada para
conhecer o mundo 3. o seu conhecimento do mundo é
puramente raciona
PARTE B
I
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
PARTE C
1. Lê o texto.
1.1 Considerando o conteúdo do texto e a tua experiência de leitura de Os Lusíadas, escreve uma
breve exposição sobre o modo como a epopeia camoniana confirma a perspetiva apresentada no
último parágrafo do texto de João Morgado.
– um desenvolvimento no qual refiras dois aspetos que evidenciem o modo como, em «Os
Lusíadas», Camões reflete sobre ideias, valores e princípios, fundamentando cada um desses
aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
PARTE A
– O sujeito poético reconhece que uma diferença entre a Natureza e o Homem assenta no
facto de ser dotado da faculdade do intelecto, e, por isso, ter consciência – «o ter consciência
não me obriga a ter teorias sobre as coisas», v. 9;
– A distinção principal entre Homem e restante Natureza reside na ideia de todos as entidades
deste mundo terem uma essência própria e características específicas, que as tornam
diferente de outras entidades – «E as plantas são plantas só, e não pensadores.» (v. 27).
3. a) 1; b) 3; c) 2.
PARTE B
– As considerações do poeta sobre os defeitos da pátria (o desprezo pelas artes e pelas letras, no
final do Canto V, desinteresse face à sua obra, nas reflexões dos Cantos VII e X, o apego ao dinheiro,
explorado na reflexão do Canto VIII).