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Existem três tipos básicos de ações governa- Esse terceiro grupo de políticas é comumente
mentais que têm impacto sobre o nível de em- denominado políticas ativas de emprego e ren-
prego e remuneração. O primeiro deles inclui da ou políticas estruturais diretas de combate
as políticas macroeconômica, industrial e ao desemprego e à baixa produtividade e re-
tecnológica, bem como os investimentos em muneração. O objetivo desta nota é analisar
infra-estrutura. Essas ações, ao afetarem o ní- esse grupo de políticas. Mais especificamen-
vel e a composição setorial da produção, além te, esta nota trata dos seguintes aspectos: a)
da tecnologia e da intensidade de capital uti- como essas políticas modificam as condições
lizado, provocam, por sua vez, mudanças so- do mercado de trabalho, reduzindo o desem-
bre o nível de emprego e remuneração. prego e aumentando a produtividade da for-
ça de trabalho; b) porque devem ser subsidia-
O segundo tipo diz respeito à forma e à exten- das e que grupos devem atender; c) qual o seu
são com que as relações de trabalho são regu- impacto efetivo; e d) quais as dificuldades
lamentadas. Embora uma boa regulamenta- operacionais na sua implementação. Antes de
ção possa estimular o nível de emprego e a re- tratarmos de cada uma dessas questões em
muneração, em geral, tal regulamentação ser- seqüência, é necessário uma rápida descrição
ve ou para proteger os salários em detrimento do funcionamento do mercado de trabalho,
de uma queda no emprego ou para proteger o em particular, dos determinantes e motivos
emprego em detrimento de uma queda na pro- para o desemprego e para a baixa produtivi-
dutividade e na remuneração. dade e remuneração, uma vez que o objetivo
das políticas ativas de emprego e renda é,
Por fim, o terceiro tipo de ação governamen- precisamente, solucionar ou, ao menos, ame-
tal considerado inclui as políticas públicas nizar esses problemas.
que atuam diretamente sobre o mundo do
trabalho, transformando efetivamente a sua * Disoc/IPEA.
baixa produtividade pode ser gerada se o postos de trabalho, na medida em que pode
mercado de trabalho, ao alocar trabalhado- aumentar o investimento em capital físico e
res a postos de trabalho, não o fizer de for- induzir à incorporação de novas tecnologias.
ma a garantir que não existe qualquer Dada a sua natureza é, dessa forma, pouco
realocação de trabalhadores a postos de tra- importante para aumentar a produtividade,
balho que aumentem o nível geral de pro- sempre que esta última se encontrar limita-
dução. Caso exista uma realocação melhor, da, quer pela qualificação dos trabalhado-
ao menos um grupo de trabalhadores estará res ou pela qualidade dos casamentos entre
produzindo abaixo de suas potencialidades. trabalhadores e postos de trabalho.
Se existisse informação completa no merca-
do de trabalho, não haveria grandes dificul-
dades para que o mesmo conseguisse gerar 3.2. Qualificação profissional
uma alocação eficiente de trabalhadores a
postos de trabalho. Na ausência de informa- O treinamento profissional é também uma
ção completa, entretanto, não há garantias política ativa que visa combater tanto o de-
de que uma alocação eficiente seja alcançada. semprego, como a baixa produtividade da
Uma forma de facilitar a busca de uma força de trabalho. Ele é vital para a redução
alocação eficiente é aumentar a disponibili- do desemprego por descasamento, na medi-
dade de informação sobre trabalhadores e da em que, ao expandir a qualificação de
postos de trabalho, uma tarefa que pode ser alguns trabalhadores, dá a eles acesso a uma
alcançada com base na intensificação dos série de postos de trabalho, aos quais não
serviços de intermediação de mão-de-obra. teriam acesso sem treinamento adicional.
Entretanto, o treinamento profissional não
é capaz de combater o desemprego friccional
3. Três tipos de políticas ativas de emprego e como não gera postos de trabalho de for-
e renda ma direta, seu impacto sobre o desemprego
estrutural, caso exista, é seguramente peque-
Uma vez explicitadas as formas de desempre- no e indireto. No entanto, podemos imagi-
go e as razões para a baixa produtividade e, nar que amplos programas de treinamento
portanto, para os baixos salários, podemos, profissional são capazes de gerar postos de
então, passar a descrever a racionalidade para trabalho, na medida em que as áreas onde
as principais políticas ativas de emprego e existe maior qualificação da força de traba-
renda: a) microcrédito, b) treinamento pro- lho atraiam maiores investimentos.
fissional e c) intermediação de mão-de-obra.
Em termos do seu impacto sobre a produtivi-
dade, o caminho é evidentemente através de
3.1. Microcrédito incrementos na qualificação dos trabalhado-
res. O impacto sobre a qualidade dos postos
O microcrédito é uma política ativa que visa de trabalho e dos casamentos é pequeno e
reduzir o desemprego e elevar a produtivida- indireto. Esses impactos indiretos podem ocor-
de do trabalho. Em termos do desemprego, rer, por um lado, porque uma força de traba-
ele é uma arma contra o seu componente lho mais bem qualificada induz as firmas a
estrutural, na medida em que leva à expan- investir em capital físico e a adotar novas
são da produção e, conseqüentemente, a um tecnologias e, por outro, porque a melhor
aumento na demanda por trabalho. Por não qualificação dos trabalhadores facilita o ca-
ter qualquer impacto sobre a qualificação dos samento no mercado de trabalho.
trabalhadores e sobre a informação dispo-
nível, o microcrédito não é capaz de enfren-
tar os desempregos do tipo friccional ou por 3.3. Intermediação de mão-de-obra
descasamento.
A intermediação de mão-de-obra visa com-
Em termos da busca por aumentos da pro- bater as imperfeições de informação no mer-
dutividade, o microcrédito é um instrumen- cado de trabalho. Assim, ela deve ter um
to útil para a melhoria na qualidade dos impacto importante sobre o desemprego,
sempre que este for friccional, e sobre a pro- vestimentos sociais, eles devem sempre estar
dutividade, sempre que a baixa qualidade dos focalizados nos segmentos pobres que pro-
casamentos entre trabalhadores e postos for porcionam maior efetividade à ação.
um fator importante para explicar a baixa
produtividade. De fato, na medida em que a Assim sendo, o microcrédito não deve obri-
intermediação aumenta a informação dispo- gatoriamente ser destinado aos mais pobres
nível a trabalhadores e firmas, ela reduz o dentre os pobres, mas sim àqueles com pro-
período de desemprego e melhora a qualida- jetos de maior retorno econômico. Da mes-
de dos casamentos realizados. ma forma, o treinamento profissional não
deve necessariamente priorizar os mais
A intermediação de mão-de-obra, entretan- desfavorecidos em termos de renda, mas sim
to, não tem impacto direto sobre a qualifi- àqueles cujo custo de treinamento seja mais
cação dos trabalhadores, nem sobre a quan- baixo e que, devido a certas características
tidade e a qualidade dos postos de trabalho pessoais ou à localização no mercado de tra-
disponíveis. Dessa forma, esse tipo de políti- balho, apresentem maiores chances de deri-
ca não é eficaz para combater os desempre- var um maior benefício desse treinamento.
gos do tipo estrutural e por descasamento. De forma similar, os serviços de
Da mesma forma, essa política não será efe- intermediação de mão-de-obra devem tam-
tiva para elevar a produtividade quando ela bém se dirigir àqueles que, em função de sua
estiver sendo limitada ou pela qualificação qualificação, apresentarem maiores chances
do trabalhador ou pela baixa qualidade do de encontrar emprego, dadas as condições
posto de trabalho. vigentes do mercado de trabalho.
4. O papel do estado
4.2. Contrato social
vez que os empregos gerados permaneciam nal levou a que a proporção de pessoas em-
mesmo três anos após o crédito ter sido for- pregadas nos 6 a 12 meses após o treina-
necido. mento tenha crescido ou deixado de decli-
nar 3 a 4 pontos percentuais a mais que en-
tre os que não tiveram acesso. Nenhum im-
5.2. Qualificação profissional pacto foi percebido sobre o salário dos que
estavam originalmente ocupados.
Sobre a qualificação profissional, gostaría-
mos de destacar a existência de uma infini- Note-se, entretanto, que a falta de impacto
dade de avaliações do Planfor, incluindo sobre a renda dos ocupados não significa que
uma série que conta com acompanhamento o programa não tenha tido qualquer impac-
de egressos. Dentre essas avaliações, um pe- to sobre ela. Uma vez que o aumento na pro-
queno grupo incorpora, além do acompa- porção de ocupados implica que trabalha-
nhamento de egressos, informações sobre a dores originalmente sem qualquer renda do
evolução de um grupo de comparação. Os trabalho passem a ter alguma renda, existe
resultados de todas essas análises que utili- um impacto do programa sobre ela. De fato,
zam um grupo de comparação, com a exce- esta tabela revela que a renda mensal média
ção da avaliação realizada no Estado de de todos aqueles que tiveram acesso ao pro-
Pernambuco [Barros (1999)], mostram que os grama, incluindo aí os originalmente sem
impactos do programa sobre o desemprego trabalho, elevou-se em cerca de R$ 10 a mais
e sobre o nível de renda são bastante limita- do que entre os que não tiveram acesso. Dado
dos. Com vistas a ilustrar os resultados tipi- que o custo por trabalhador treinado pelo
camente encontrados nesses estudos, apre- Planfor está em torno de R$ 170, pode-se di-
sentamos e comentamos, a seguir, os resul- zer que para o programa ter um benefício
tados do estudo realizado conjuntamente líquido positivo, é necessário que os novos
pelo IPEA e Cedeplar, com base no acompa- empregos, a que tiveram acesso os partici-
nhamento de um grupo de egressos e de um pantes, tenham uma duração superior a 17
grupo de controle. meses. Infelizmente, não é possível avaliar a
duração desses novos empregos com base na
Este estudo foi desenvolvido apenas para as informação coletada, devido à limitação tem-
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e poral das informações longitudinais dispo-
Fortaleza. Os resultados obtidos encontram- níveis.
se na Tabela 1. Esta tabela revela que o pro-
grama teve impacto positivo e estatisticamen-
te significativo sobre o emprego, mas não 5.3. Intermediação de mão-de-obra
sobre a renda daqueles já ocupados. Quanti-
tativamente, os resultados da Tabela 1 mos- No caso da intermediação de mão-de-obra,
tram que o acesso ao treinamento profissio- a disponibilidade de avaliações é mais limi-
TABELA 1
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL SOBRE A
INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E A RENDA
(Diferença das médias 6 meses antes, e entre 6 a 12 meses depois)
VARIÁVEIS DEPENDENTES
TAXA DE TAXA DE TAXA DE RENDIMENTO RENDIMENTO LOGARITMO DO
PARTICIPAÇÃO DESEMPREGO OCUPAÇÃO DA PEA MÉDIO DA PIA MÉDIO DOS RENDIMENTO
MOMENTO DA OCUPADOS MÉDIO DOS
AVALIAÇÃO OCUPADOS
COEFI- P-VALOR COEFI- P-VALOR COEFI- P-VALOR COEFI- P-VALOR COEFI- P-VALOR COEFI- P-VALOR
CIENTE (%) CIENTE (%) CIENTE (%) CIENTE (%) CIENTE (%) CIENTE (%)
RIO DE JANEIRO 0,11 96 -3,48 37 3,60 36 10,17 16 -2,38 92 0,03 72
FORTALEZA 3,32 13 -3,06 43 3,20 41 12,54 6 -11 66 -0,01 91
Fonte: Planos Estaduais de Qualificação (PEQ) da Secretaria de Formação e Desenvolvimento (Sefor/TEM) 1996 a 1998.
tada. Os resultados aqui apresentados deri- acaba sendo mais importante para definir a
vam-se de uma avaliação recente, realizada qualidade do emprego obtido. Em particu-
pelo IPEA e pela Fipe, com base em informa- lar, esse serviço se mostrou mais eficaz em
ções longitudinais da PME. Os resultados garantir um maior acesso ao setor formal,
dessa avaliação aparecem na Tabela 2 e se do que em retirar o trabalhador da condi-
baseiam em um acompanhamento de dois ção de desempregado.
meses do desempenho, no mercado de tra-
balho, de trabalhadores originalmente de-
sempregados. Para efeito de análise, estes tra- 6. Dificuldades operacionais
balhadores foram divididos em dois grupos:
a) desempregados que procuraram Em conjunto, as avaliações disponíveis do
intermediação de mão-de-obra na semana da impacto efetivo das políticas apresentadas aci-
entrevista e b) desempregados que não pro- ma sobre o desemprego e a produtividade da
curaram intermediação de mão-de-obra na mão-de-obra revelam resultados que podem
semana da entrevista. estar bem aquém do potencial. Em grande
medida, o desempenho deficiente resulta de
A Tabela 2 revela que, em apenas duas das limitações e imperfeições na implementação
seis regiões metropolitanas investigadas (Belo desses programas. Assim sendo, dedicamos as
Horizonte e Salvador), aqueles trabalhado- próximas subseções à descrição de alguns fa-
res que procuraram intermediação de mão- tores operacionais que podem estar limitando
de-obra tiveram um desempenho melhor do o impacto de tais intervenções.
que os que não procuraram. Mesmo nessas
regiões metropolitanas, o impacto não foi
muito elevado. De fato, os trabalhadores que 6.1. Microcrédito
procuraram trabalho terminaram por apre-
sentar uma proporção de ocupados entre 2 e O Proger e o Pronaf, bem como qualquer
3 pontos percentuais maior, além de uma outro programa de microcrédito, enfrentam
proporção de ocupados no setor formal de 3 uma dificuldade fundamental. Numa econo-
a 6 pontos percentuais maior do que aque- mia em desenvolvimento com escassez de
les trabalhadores que não procuraram a crédito e uma taxa de juros elevada, é difícil
intermediação. Uma vez que o impacto so- identificar e atingir com crédito a taxas de
bre a proporção de ocupados não é estatisti- juros razoáveis os segmentos que são pobres,
camente significativo, esses resultados mos- fundamentalmente devido a suas restrições
tram que a intermediação de mão-de-obra no acesso ao crédito. Ou seja, trata-se de
TABELA 2
ESTIMATIVAS DO IMPACTO DA INTERMEDIAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
SOBRE A OCUPAÇÃO E A RENDA
(1 mês após a intervenção)
VARIÁVEIS DEPENDENTES
REGIÃO METROPOLITANA OCUPAÇÃO NO MÊS RENDA DO TRABALHO EMPREGO FORMAL NO MÊS
POSITIVA NO MÊS
COEFICIENTE P-VALOR (%) COEFICIENTE P-VALOR (%) COEFICIENTE P-VALOR (%)
BELO HORIZONTE 2.079 14 0.967 42 2.798 0
PORTO ALEGRE -1.211 30 -0.843 40 -0.795 33
RECIFE -1.033 46 -0.820 49 0.415 53
RIO DE JANEIRO -1.597 38 0.117 94 1.364 21
SALVADOR 2.559 27 -0.307 89 5.475 0
SÃO PAULO 0.204 84 0.347 69 0.522 39
Fonte: Pesquisa Mensal do Emprego (PME) de 1990 a 1998.
Nota: 1. Utilizou-se regressão linear.
2. Os dados da tabela foram obtidos a partir de uma concatenação onde se acompanha um mesmo indivíduo ou grupo de indivíduos por um
período de dois meses, com o intuito de captar a evolução de sua situação.
3. Essa regressão inclui controles para as variáveis que estão na tabela.
Uma forma de evitar estes dois problemas periodicamente à entidade provedora do ser-
consistiria em criar um procedimento viço de intermediação. Em ambos os casos,
seqüencial com quatro passos: a) construir os custos são elevados e não há garantias de
um cadastro dos cursos que poderiam po- que a velocidade seja adequada.
tencialmente estar disponíveis e avaliar a
qualidade dos cursos e das entidades execu- Uma alternativa para a provisão de inter-
toras, b) selecionar a clientela do programa, mediação de mão-de-obra, com um baixo
c) solicitar que cada beneficiário do progra- grau de intervenção pública, seria limitar a
ma, à luz do cadastro existente e do ação do Estado ao cadastramento dos traba-
aconselhamento recebido, selecione o curso lhadores desempregados e ao desenvolvimen-
e entidade onde desejaria obter o treinamen- to de um programa computacional que per-
to, bem como o momento em que desejaria mitisse fazer o casamento entre trabalhado-
que o curso ocorresse, e d) encaminhar as res e postos de trabalho. Segundo esse
entidades executoras à demanda por quali- enfoque, tal cadastro se tornaria disponível
ficação existente, de tal forma que estas pos- gratuitamente para todas as empresas cadas-
sam programar a oferta. Com base nesse sis- tradas, as quais poderiam utilizar, para a
tema seria possível garantir a igualdade de busca de trabalhadores, tanto o programa
oportunidade ao programa e, simultanea- computacional oferecido pelo Estado, quanto
mente, incorporar as preferências dos traba- um critério próprio de seleção. Nesse último
lhadores ao processo seletivo dos cursos. caso, a convocação dos trabalhadores seria
realizada pela própria empresa, embora par-
te dos custos possa estar sendo subsidiada
6.3. Intermediação de mão-de-obra pelo Estado. Ao se permitir que as empresas
financiem parte dos custos, há maiores ga-
No caso da intermediação de mão-de-obra, rantias da existência de eficiência no proces-
a principal limitação operacional parece ser so de seleção e de uma maior proporção de
uma intervenção excessiva do Estado em to- convocados efetivamente contratados.
das as etapas da produção do serviço. Se, por
um lado, a intervenção direta do Estado
pode estar garantindo a igualdade de opor- 7. Considerações finais
tunidades ao serviço, por outro, esta inter-
venção pode estar gerando uma provisão Nesta nota, nossa preocupação foi analisar
ineficiente. as políticas estruturais diretas de combate ao
desemprego e aos baixos níveis de produtivi-
Para verificar como um menor engajamento dade e remuneração. De uma maneira geral,
do poder público na produção desse serviço tais políticas modificam o mercado de tra-
pode levar a ganhos de eficiência, é necessá- balho através da realização de um ou mais
rio analisar o que se passa em cada fase de objetivos dentre os listados adiante: a) gera-
seu processo produtivo: a) captação das va- ção de novos postos de trabalho, b) melhoria
gas, b) cadastramento dos desempregados, da qualidade dos postos já existentes, c)
c) casamento entre vagas e desempregados, e melhoria da qualificação dos trabalhadores,
d) encaminhamento dos trabalhadores aos ou d) melhoria do casamento entre traba-
postos de trabalho selecionados. lhadores e postos de trabalho.
A dificuldade central da provisão pública está Conforme vimos, três tipos de políticas ati-
na fase de encaminhamento dos trabalhado- vas de emprego e renda foram investigados:
res. Dado que uma vaga encontrada é um bem a) microcrédito, b) qualificação do trabalha-
altamente perecível, torna-se fundamental que dor e c) intermediação de mão-de-obra. Nos-
ao se encontrar uma vaga potencial para um sa preocupação foi a tentar descrever breve-
trabalhador, este possa ser encaminhado o mente a eficácia de cada uma, levando tam-
mais rápido possível. No caso de a vaga ter bém em consideração os problemas opera-
sido captada após o cadastramento do traba- cionais mais freqüentes. Os resultados obti-
lhador, a necessidade de convocação torna- dos indicam que se, por um lado, há evidên-
se urgente, além de requerer que ele retorne cia de que essas políticas têm impacto positi-