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COBRAC 2015 : 25 a 29 de agosto de 2015 : Salvador - BA TRABALHOS CIENTÍFICOS

ANAIS ELETRÔNICO

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Prezados Colegas,

É com grande satisfação, em nome da comissão


organizadora, que apresentamos os ANAIS
ELETRÔNICOS DO XXIII Congresso Brasileiro
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
(COBRAC) que aconteceeu de 25 a 29 de agosto
de 2015, no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador,
Bahia.

Você poderá fazer BUSCAS por quaisquer palavras


que desejar, imprimir ou navegar por toda a obra.

A preparação destes Anais foi fruto de nossa parceria


com a editora Dental Press International.

Inovação é a palavra que definiu o XXIII COBRAC! Que


esta iniciativa possa fortalecer nossa especialidade e
contamos com você nos nossos próximos eventos.

Forte abraço.

Fernando Bastos Pereira Junior

Presidente COBRAC 2015

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Comissão Organizadora

PRESIDENTE
Fernando Bastos Pereira Junior
Presidente de Honra
Onaldo Aguiar
Secretário Geral
Pedro Pinto Berenguer

COMISSÃO CIENTÍFICA
Roberto Almeida de Azevedo
André Carlos de Freitas
Sandra de Cássia Santana Sardinha
Adriano Freitas de Assis
Antônio Márcio Teixeira Marchionni

COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
Lívia Prates Soares Zerbinati
Eugênio Arcadinos Leite

FINANCEIRO
Nelson Ribeiro Neto

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DIRETORIA GESTÃO 2016-2017


DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Sylvio Luiz Costa de Moraes
Vice-presidente: Manoel de Jesus Rodrigues Mello
Secretário Geral: Alexandre Maurity de Paula Afonso
Diretor Financeiro: Hernando Valentim da Rocha Junior
Diretor Científico: Renata Pittela Cançado
Diretor Executivo: Márcio de Moraes

Consultores internacionais:
Luiz Henrique Moreira Marinho
Paulo da Costa Rodrigues
Suplentes:
Marcos Pitta
Eduardo Hochuli Vieira

Comissões assessoras
Comissão de Análise Regional de Mercado de Trabalho para Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais do Brasil: Antonio Brito
e Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima
Comissão de Avaliação dos Residentes: Marcelo Marotta Araújo
Comissão de Bioética e Recomendação de Boas Práticas: Sérgio Antônio Schiefferdecker
Comissão de Criação do Selo de Qualidade do Colégio: Fernando Cesar Amazonas Lima e João Vitor Canellas
Comissão de e-learning: Ricardo José de Holanda Vasconcelos
Comissão de Ensino à Distância: João Carlos Birnfeld Wagner
Comissão de Ensino e Treinamento em Residência: José Thiers Carneiro Junior
Comissão de Implantação do Board Brasileiro & Internacional: Gabriel Pires Pastore, Waldemar Daudt Polido e
Fernando Melhem Elias
Comissão de Informática e Identidade Audiovisual: Rafael Vago Cypriano e Rafael Seabra Louro
Comissão de Interlocução com Entidades Internacionais: José Rodrigues Laureano Filho + Gabriel Pires Pastore,
Nicolas Homsi, Marcelo Melo Soares, Paulo da Costa Rodrigues e Leandro Napier
Comissão de Interlocução com o MEC & CFO de Interesse da Especialidade: Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli,
Liogi Iwaki Filho e Marcelo Marotta Araújo
Comissão de Organização de Eventos Regionais e Nacional: Coordenador do Capítulo + Diretor Executivo +
Conselheiro designado
Comissão de Planejamento Estratégico: Nicolas Homsi, Gabriel Pires Pastore, Luciano Mauro Del Santo, Daniel
Falbo Martins de Souza
Comissão de Redes Sociais: Edmundo Marques do Nascimento Junior
Comissão Social: Aira Maria Bonfim Santos

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Revista JBCOMFS
Editor-Chefe: Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos
Editor-Adjunto: Gabriela Granja Porto

Eventos
Presidente do ENNEC 2016: Jean Glaydson de Souza Fialho
Presidente do COPAC 2016: José Flávio Ribeiro Torezan
Presidente do COBRAC 2017: Luciano Mauro Del Santo
Presidente do ENNEC 2018: Alagoas
Presidente do ICOMS 2019: Luiz Henrique Moreira Marinho

Conselho Geral
Titulares
Antenor Araújo – SP
Clóvis Prada – SP
Clóvis Marzola – SP
Eduardo Hochuli Vieira – SP
Eduardo Seixas Cardoso – SP
João Gualberto C. Luz – SP
Jonathas Daniel Paggi Claus – SC
Liogi Iwaki Filho – PR
José Thiers Carneiro Junior – PA
Luiz Henrique Moreira Marinho – MG
Nicolas Homsi – RJ
Paulo José D’Albuquerque Medeiros – RJ
Paulo da Costa Rodrigues – RJ
Ricardo José de Holanda Vasconcelos – PE
Sérgio Antônio Schiefferdecker – RS
Presidente Anterior José Nazareno Gil – SC

Suplentes
Alan Panarello – GO
Cassio Edward Sverzut – SP
David Moraes de Oliveira – PE
Maiolino Thomaz Fonseca Oliveira – MG
Ricardo Pereira Mattos – RJ

Coordenadores dos capítulos


CAP II (MT, MS, TO, GO, DF) - Alan Panarello
CAP III (PI, MA, PA, AM, RO, RR, AP, AC) - Julio Cesar de Paulo Cravinhos
CAP IV (PB, RN) - Hécio Henrique Araújo de Morais
CAP V (SE, AL) - Álvaro Bezerra Cardoso
CAP VI (MG) - Sergio Monteiro Lima Junior
CAP VII (RJ) - Ricardo Pereira Mattos
CAP VIII (SP) - José Flávio Ribeiro Torezan
CAP IX (PR) - Leandro Eduardo Kluppel
CAP X (PE) - David Moraes de Oliveira
CAP XI (RS) - Bruna Rodrigues Fronza
CAP XII (CE) - Lécio Pitombeira Pinto
CAP XIII (ES) - André Alberto Camara Puppin
CAP XIV (SC) - Jonathas Daniel Paggi Claus
CAP XV (BA) - André Carlos de Freitas

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Adjuntos dos Capítulos


CAP II - Fabio Calandrini Rodrigues – DF
CAP II - Paulo Henrique de Souza Castro – MT
CAP II - José Afonso de Almeida – TO
CAP II - Fabio Calandrini Rodrigues – DF
CAP II - Eduardo Giordano de Barros – MS
CAP III - Lucas Machado de Menezes – PA
CAP III - Marcel Kiyoshi Lima Kimura – AM
CAP III - Luis Raimundo Serra Rabêlo – MA
CAP III - Robson Reis – Titular – RO e AC
CAP III - Laurivan Colares Feitosa – AP
CAP III - Dennis Dinelly de Souza – RR
CAP IV - Rafael Grotta Grempel – PB
CAP V - Ricardo Viana Bessa Nogueira – AL
CAP VI - Maiolino Thomaz Fonseca Oliveira – Uberlândia
CAP VI - Sandro Isaías Santana – Sul de Minas
CAP VII - Roberto Gomes dos Santos – RJ
CAP VIII - Fernando Melhem Elias – SP
Cassio Edward Sverzut – SP
Rubens Guimarães Filho – SP
CAP IX - Davani Latarullo Costa – PR
CAP XI - Rodrigo Sofia da Rocha – RS

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Área: Fórum científico

Apresentação: Fórum científico

908 – AVALIAÇÃO MECÂNICA DE QUATRO MÉTODOS DE


FIXAÇÃO INTERNA ESTÁVEL EM DOIS DESENHOS DE
OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO MANDIBULAR

Autores: CAROLINA SANTOS VENTURA DE SOUZA*; ZARINA TÁTIA BARBOSA VIEIRA DOS SANTOS;
CLARICE MAIA SOARES DE ALCÂNTARA PINTO; JOSÉ RICARDO DE ALBERGARIA-BARBOSA

Introdução: Objetivo: Avaliar a resistência mecânica de quatro métodos de fixação interna funcionalmente está-
vel (FIFE) em dois desenhos de osteotomia sagital do ramo mandibular (OSRM) , quando submetidos ao carrega-
mento linear. Materiais e Métodos: Dois modelos de osteotomia foram feitos em hemimandíbulas de poliuretano
e divididos em dois grupos, ambos com 20 amostras: Grupo I - osteotomia angular e grupo II - osteotomia linear.
Depois de um avanço de 5 mm do segmento distal, os segmentos ósseos foram fixados com diferentes sistemas
de placa/parafuso de 2,0 mm, estabelecendo os subgrupos: (A) , uma placa reta convencional de 4 furos, (B) , uma
placa reta convencional de 4 furos associado a um parafuso bicortical, (C) , uma placa reta com travamento de
4 furos, (D) , uma placa reta com travamento de 4 furos associado a um parafuso bicortical. As amostras, foram
então, submetidas ao carregamento linear a uma velocidade de 1 mm/min, até alcançar a carga de pico e falha do
sistema. Resultados: Pelo teste de Tukey, o grupo de uma placa convencional associado a um parafuso bicortical
mostrou ter uma carga superior a 3 mm de deslocamento (87,42 ± 4,86 N) estatisticamente significativa em com-
paração com o de uma placa convencional com parafusos monocorticais (p <0,01) e uma placa com travamento
com parafusos mocorticais (p <0,01). O grupo de uma placa de travamento associado a um parafuso bicortical
mostrou ter uma carga superior a 3 mm de deslocamento (72,47 ± 4,86 N) estatisticamente significativa em
comparação com o de uma placa convencional com parafusos monocorticais (p = 0,02) e uma placa com trava-
mento com parafusos mocorticais (p = 0,01). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos:
uma placa convencional com parafusos monocorticais e uma placa com travamento com parafusos mocorticais
(p = 0,65); uma placa convencional associado a um parafuso bicortical e uma placa com travamento associado a
parafuso bicortical (p = 0,15). A osteotomia angular apresentou maior resistência mecânica em 3 mm de deslo-
camento do que a linear. No entanto, o único grupo que apresentou diferença estatisticamente significante foi o
grupo A (p = 0,05). Conclusão: não houve diferença entre o sistema de fixação placa/parafuso convencional e com
travamento; a adição de um parafuso bicortical na região retromolar promoveu uma melhor estabilização dos
sistemas de fixação. A OSRM angular apresentou melhor resistência mecânica.

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Área: Fórum científico

Apresentação: Fórum científico

910 – AVALIAÇÃO DE AMOSTRAS TECIDUAIS CIRCUNJACENTES


A PLACAS DE TITÂNIO REMOVIDAS DE PACIENTES

Autores: CLARICE MAIA SOARES DE ALCÂNTARA PINTO*; CAROLINA SANTOS VENTURA DE SOUZA;
MÁRCIO DE MORAES

Introdução: O objetivo do presente estudo foi avaliar os achados histológicos de amostras de tecidos adjacentes
a placas de titânio, removidas de pacientes devido indicações clínicas, e identificar a composição das partículas
metálicas encontradas nestes tecidos. Materiais e Métodos: A população experimental incluiu 38 pacientes dos
quais placas e parafusos associados foram removidos e a curetagem de um espécime de tecido mole adjacente
foi realizada durante a remoção das placas. Todas as amostras de tecido foram analisadas por microscopia óptica
e os seguintes aspectos foram avaliados: presença de pigmentos, osso vital ou desvitalizado, células gigantes,
tecido de granulação, fibrose e inflamação. Amostras em que pigmentos metálicos foram encontrados na análise
por microscopia óptica foram avaliadas também através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espec-
troscopia por energia dispersiva de raios-X (EDS). Os prontuários dos pacientes foram avaliados para obtenção
dos seguintes dados: tipo de procedimento cirúrgico que levou à instalação das placas e parafusos, tempo entre a
instalação e remoção desses dispositivos (período de retenção) , indicação para remoção das placas e parafusos e
sítio anatômico da remoção. Resultados: Quarenta e quatro amostras de tecido foram removidas de 38 pacientes.
Infecção foi a principal razão para a remoção das placas. Trinta e três amostras de tecido foram obtidas durante
a remoção de placas mandibulares, 8 amostras foram obtidas a partir da maxila, 2 espécimes foram obtidos do
complexo zigomático e em um caso o sítio anatômico não estava especificado nos registros histopatológicos.
Todos os tecidos moles mostraram graus variados de fibrose. Pigmentos metálicos foram identificados em 42
das 44 amostras. Destes 42 espécimes, quarenta foram avaliados através de análises por MEV e EDS. Pigmentos
metálicos foram identificados no MEV e a natureza dos pigmentos foi confirmada utilizando a análise por EDS.
Além do titânio, outros metais e elementos não-metálicos foram encontrados na análise por EDS. Conclusão:
Apesar da identificação de partículas metálicas nas amostras teciduais avaliadas, os resultados do estudo sugerem
que as placas e parafusos de titânio para osteossíntese apresentam um comportamento inerte e, portanto, não há
necessidade de remoção destes implantes após o período de reparo ósseo.

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Área: Fórum científico

Apresentação: Fórum científico

911 – ANÁLISE COMPARATIVA DE ENXERTOS ÓSSEOS


AUTÓGENOS E XENÓGENOS EM BLOCO PARA AUMENTO DE
ESPESSURA DO REBORDO MAXILAR

Autores: RAFAEL GUIMARÃES LIMA*; TITO GUIMARÃES LIMA; BRUNO SALES SOTTO-MAIOR;
CARLOS EDUARDO FRANCISCHONE

Introdução: A cirurgia de enxerto ósseo autógeno para aumento de espessura em defeitos ósseos maxilares pode
ser considerado um procedimento seguro e efetivo. Entretanto apresentam algumas desvantagens como aumen-
to da morbidade e quantidade limitada. Desta forma, biomateriais como o Bio-Oss Block (Geistlich AG, Wo-
lhusen, Switzerland) , composto por um preparo de matriz mineral de osso bovino esponjoso em bloco, é uma
alternativa terapêutica. O objetivo desse estudo foi avaliar a estabilidade (reabsorção óssea) dos enxertos autó-
geno e xenógeno em bloco, bem como a estabilidade primária dos implantes nas áreas enxertadas. Foram sele-
cionados oito pacientes com dois defeitos anteriores em espessura óssea maxilar. Nesses pacientes foram fixados
um enxerto autógeno em bloco do ramo mandibular de um lado e um xenógeno (Bio-Oss Block, Geistlich AG,
Wolhusen, Switzerland) do outro e cobertos com uma membrana de colágeno (Bio-Gide, Geistlich AG, Wolhusen,
Switzerland). Antes e após a fixação dos enxertos foi realizada a medição da espessura óssea vestíbulo-palatina à
mesial da cabeça expandida do parafuso de fixação com o uso de um espessímetro. Após seis meses, foi realiza-
da a outra mensuração clínica da espessura óssea no mesmo local e instalados um implante Cone Morse Alvim
cônico de 3.5x10mm (Neodent, Curitiba, Brasil) em cada enxerto. A estabilidade primária foi mensurada com
torquímetro cirúrgico no momento da instalação dos implantes. Para a avaliação tomográfica foram realizados
3 exames: pré-operatório, pós-operatório imediato e 6 meses de pós-operatório. Nos três exames tomográficos
foram selecionados os cortes sagitais do centro do enxerto em bloco autógeno e do Bio-Oss Block e realizado
mensurações lineares. O resultado clínico da espessura pós-enxerto em 6 meses no autógeno apresentou média
de 7,4mm, tendo média inicial de 3,4mm e reabsorção em 2,6%, e no Bio-Oss Block teve média de 8,9mm, de
3,3mm e 7,3%, respectivamente. O resultado tomográfico da espessura pós-enxerto em 6 meses no autógeno
apresentou média de 7,8mm, tendo média inicial de 3,7mm e reabsorção em 0%, e no Bio-Oss Block teve média
de 9,3mm, de 3,6mm e 2,1%, respectivamente. O torque de inserção do implante apresentou média de 32 ±
22Ncm nos casos de enxerto autógeno e de 18 ± 9Ncm nos casos de enxerto xenógeno. Concluímos que a utiliza-
ção do enxerto ósseo em bloco xenógeno consegue obter espessura satisfatória e estabilidade primária suficiente
para o sucesso do tratamento.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia da ATM

39 – LESÃO MIXOIDE EM CÔNDILO – RELATO DE CASO


INCOMUM

Autores: EVERALDO PINHEIRO DE ANDRADE LIMA* (UFPE); DANYEL ELIAS DA CRUZ PEREZ (UFP);
RODRIGO MARINHO FALCÃO BATISTA (UFP); THALLES MOREIRA SUASSUNA (UFP);
RÔMULO OLIVEIRA DE HOLLANDA VALENTE (UFP)

Introdução: O mixoma odontogênico é definido como um tumor de origem mesenquimal, benigno, de cresci-
mento lento e localmente invasivo, podendo causar perfuração da cortical óssea. O tumor consiste de um tecido
mucoide abundante com presença de colágeno que substitui o tecido esponjoso e expande as corticais, sendo
a região posterior da mandíbula o local mais comum. Mixomas localizados no côndilo mandibular são extre-
mamente raros, com apenas dois casos publicados na literatura de língua inglesa. A sintomatologia pode ser
expansão da cortical óssea, parestesia, ulcerações e deslocamento dentário. No entanto, o mixoma é uma lesão
usualmente assintomática, sendo muitos casos diagnosticados tardiamente em exames de rotina. Imaginologi-
camente, os mixomas são radiolúcidos/hipodensos, unilocular ou multilocular com bordas bem definidas, apre-
sentando trabéculas ósseas dispostas de tal forma a dar um aspecto de “raquete de tênis”, “bolhas de sabão” ou
“favo de mel. Entretanto, lesões com aspecto misto podem estar presentes devido a focos de calcificação do osso
residual no interior da lesão, não sendo decorrentes de uma neoformação óssea. O diagnóstico final é realizado
através do exame histopatológico. Apesar do mixoma ser classificado como um tumor odontogênico de origem
mesenquimal, a sua origem odontogênica ainda é motivo de debate. O tratamento do mixoma é cirúrgico, sendo
que a extensão da cirurgia depende do tamanho da lesão e do seu comportamento, podendo variar desde uma
curetagem conservadora com crioterapia a uma ressecção cirúrgica. A curetagem está associada a uma elevada
taxa de recidivas, pois o mixoma, devido a sua substância mixoide infiltra o osso medular adjacente, indo além
das margens radiográficas visíveis. O objetivo do presente relato foi descrever um caso de lesão condilar em que
a paciente do sexo feminino, 42 anos, melanoderma que deu entrada ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bu-
co-Maxilo-Facial do Hospital Getulio Vargas-PE encaminhada por um cirurgião-dentista para avaliação de uma
lesão condilar. A paciente não apresentava queixas álgicas e nem aumento de volume facial. Imaginologicamente
apresentava uma lesão em região condilar esquerda, hipodensa com a presença de um trabeculado ósseo em seu
interior. Inicialmente, foi realizada uma osteotomia da cortical da face lateral do côndilo com o objetivo de aces-
sar a lesão condilar e foi realizada a curetagem, sendo enviada ao exame histopatológico, onde foi identificada
uma neoplasia mixoide de baixo grau. Em um segundo tempo cirúrgico, foi realizada uma nova abordagem da
face lateral condilar e observou-se uma neoformação óssea importante, sendo curetado o remanescente da lesão
mixoide, osteotomia periférica e posterior criocirurgia. Ambos os tempos cirúrgicos foram realizados sob aneste-
sia geral e através de um acesso pré-auricular. Atualmente, a paciente se encontra com 12 meses pós-operatórios
sem sinais clínicos e imaginológicos de recidiva da lesão.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia da ATM

51 – TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DE TRAVAMENTO


MANDIBULAR (“CLOSED-LOCK”) COM DESLOCAMENTO
ANTERIOR DE DISCO ARTICULAR: RELATO DE CASO.

Autores: GILBERTO LEAL GRADE* (UFPel); ÂNGELO NIEMCZEWSKI BOBROWSKI (UFPel);


MARCOS ANTONIO TORRIANI (UFPel); LETÍCIA KIRST POST (UFPel); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS JUNIOR (UFPel)

Introdução: As desordens temporomandibulares (DTM) afetam a articulação temporomandibular (ATM) , mús-


culos mastigatórios e estruturas adjacentes. Estima-se que 2% dos casos de DTM estão associados ao travamento
mandibular, com deslocamento do disco articular anteriormente sem redução, esta é considerada uma desordem
complexa que leva a limitação de abertura bucal e dor, interfere na função e tem intima relação com doenças de-
generativas da ATM. Há um consenso de que o tratamento clínico deve preceder o tratamento cirúrgico, mesmo
assim há relatos da preferência pelo tratamento cirúrgico isolado. O tratamento clínico compreende fisioterapia
severa, relaxantes musculares, reabilitação oral e placas inter oclusais, podendo ocorrer de forma conjunta ou
individual, de acordo com o caso. O estudo e o entendimento do histórico da doença devem ser considerados na
escolha do tratamento. Deve-se levar em conta que, normalmente, o tempo entre o aparecimento dos primeiros
sintomas até o travamento mandibular e a procura pelo tratamento é longo. Partindo desta premissa, o objetivo
deste trabalho é de apresentar um caso de uma paciente do sexo feminino, 17 anos, leucoderma, que apresentou
um travamento mandibular com histórico de desenvolvimento de sintomas 2 anos pós trauma em região de men-
to. A paciente apresentava um deslocamento anterior severo do disco articular esquerdo e formação de osteófito
na superfície articular do côndilo do mesmo lado à tomografia computadorizada de feixe cônico e ressonância
magnética nuclear. O tratamento de escolha inicial foi o não cirúrgico, tendo um acompanhamento de 1 ano e 2
meses com melhora significativa na abertura bucal, de 28mm inicial para 43mm final, e função, ausência de dor
e reposicionamento do disco.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia da ATM

101 – RECONSTRUÇÃO COSTOCONDRAL ASSOCIADA A


ENXERTO DE GORDURA NO TRATAMENTO DE ANQUILOSE DA
ATM EM CRIANÇAS: RELATO DE CASO

Autores: RAISSA PINHEIRO MORAES* (UFMA);EIDER GUIMARÃES BASTOS (UFMA);


LUIS RAIMUNDO SERRA RABÊLO (UFMA); PAULO MARIA SANTOS RABÊLO JÚNIOR (UFMA);
ELESBÃO FERREIRA VIANA JÚNIOR (UFMA)

Introdução: A anquilose da articulação temporomandibular (ATM) pode ser definida como a união fibrosa e/
ou óssea dos componentes articulares, podendo ter como etiologia traumas, infecções, doenças sistêmicas. A
anquilose na infância pode prejudicar o crescimento mandibular, causando, posteriormente, assimetria facial
severa. O objetivo do presente trabalho consiste em relatar o tratamento para anquilose de ATM unilateral e
reconstrução imediata com enxerto constocondral em uma paciente do sexo feminino, 08 anos de idade, com
história de parto laborioso com emprego de fórceps, queixando-se de “não consigo abrir a boca.” Além disso, a
paciente apresentava dificuldade de mastigação, fonação e higiene oral. Ao exame físico, foi possível observar
assimetria facial, com desvio do mento para o lado esquerdo, além de má oclusão e limitação de abertura bucal.
Os exames radiográficos confirmaram a suspeita de diagnóstico, sendo observada a presença de área anquilótica
na ATM esquerda, além de hiperplasia do processo coronoide. A paciente foi internada em ambiente hospitalar
e sob anestesia geral foi realizada a remoção da área de anquilose e do processo coronoide ipsilateral. Além disso,
foi removido o enxerto do sexto arco intercostal, fixando-o com parafusos do sistema 2.0mm; foi utilizada tecido
gorduroso como material interposicional a fim de prevenir a formação de osso heterotópico. O enxerto utilizado
tem como vantagens a presença de uma anatomia compatível com a do côndilo, manutenção da altura do ramo
mandibular e a presença de um potencial de crescimento. Atualmente, a paciente se encontra com quatro anos de
acompanhamento pós-operatório, sendo possível verificar uma abertura bucal satisfatória, boa oclusão, melhora
da simetria facial, além de um retorno a normalidade das funções anteriormente comprometidas e a satisfação
da paciente com o resultado da cirurgia.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia da ATM

114 – RECONSTRUÇÃO BILATERAL DA ARTICULAÇÃO


TEMPORO-MANDIBULAR COM PRÓTESES TMJ CUSTOMIZADAS
PÓS ANQUILOSE TRAUMÁTICA: RELATO DE CASO.

Autores: THAIZ CARRERA ARRABAL FERNANDES* (NUCLÉO SAÚDE ARRABAL);


PEDRO SABADINI (NUCLÉO SAÚDE ARRABAL); RUBENS GUIMARÃES FILHO (UNIVERSIDADE DE TAUBATE);
PIETRY DE TARSO INÃ ALVES MALAQUIAS (NUCLÉO SAÚDE ARRABAL); MÁRCIA GABRIELLA BARROS (ODON-
TOSCAN)

Introdução: A reconstrução dos defeitos ósseos congênitos ou adquiridos da articulação têmporo-mandibular


(ATM) , tem sido um desafio para o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial. O uso de materiais alopásticos excluem a ne-
cessidade de área doadora, minimizando a morbidade. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar o caso
de uma paciente vítima de acidente motociclístico acomentendo a face com fratura de alta intensidade do tipo
complexa de mandíbula, em sínfise e nas cabeças da mandíbula bilateralmente com deslocamento significativo.
Foi submetida a procedimento cirúrgico imediato para redução e fixação das fraturas com placas e parafusos de
titânio evoluindo com boa cicatrização e sem intercorrências. No acompanhamento pós-operatório tardio (03
anos) evoluiu com dor acentuada, assimetria facial e limitação severa de abertura bucal de forma progressiva,
mesmo com acompanhamento fisioterápico, até atingir abertura máxima de 08 mm. Devido as limitações sociais
e funcionais relacionadas à fala, dor, alimentação e higiene oral, planejou-se a instalação de próteses articulares
customizadas bilateralmente para devolver a função dos movimentos mandibulares e reinserção social. A descri-
ção do caso enfoca nas dificuldades encontradas no pré, trans e pós-operatório, visto que envolve a instalação de
duas próteses de alto custo associada à osteotomia em região anterior de mandíbula no tratamento da anquilose
e correção de distopia oclusal mandibular gerada pelo trauma prévio. No pós-operatório houve melhora na limi-
tação da abertura bucal, assimetria facial, e critérios subjetivos como cefaleia, dificuldade de mastigar, dor local
e o grau de satisfação do paciente no pós-operatório. O resultado é favorável após 01 ano de acompanhamento
de instalação das próteses, com boa função, estética e estabilidade, demonstrando que a prótese customizada
concepts é um opção eficaz e previsível para reconstrução total da atm no tratamento de aquilose têmporo-man-
dibular pós trauma de face.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia da ATM

118 – ASPECTO DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES


NO EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Autores: LÍDIA DE ALMEIDA CÂNDIDO VARGAS (*) (UFJF); JOSEMAR PARREIRA GUIMARÃES (UFJF);
LUCAS NARDELLI MONTEIRO DE CASTRO (UFJF); JOÃO PAULO MARINHO DE RESENDE (UFJF);
EDUARDO STEHLING URBANO (UFJF)

Introdução: Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre as diversas apresentações das Disfunções
Temporomandibulares no exame de Ressonância Magnética, assim como a importância do mesmo no diagnós-
tico das patologias associadas à Articulação Temporomandibular. Além disso, expõe casos clínicos com o intuito
de reconhecer, no exame em questão, as alterações de suas estruturas e suas aparências, fazendo uma análise
comparativa entre os mesmos. De acordo com a revisão feita observou-se que a Ressonância Magnética tem sido
o exame de escolha para a avaliação das alterações da ATM, sendo considerado o padrão ouro para o estudo da
mesma, pois permite que, mesmo um clínico experiente, tenha informações adicionais como quantificação do
deslocamento, deformações do disco e detecção de condições inflamatórias que não são adquiridas somente no
exame físico da articulação, obtendo-se assim um diagnóstico mais objetivo. Esse exame permite a avaliação de
diversas patologias da ATM, sendo mais indicado principalmente para os tecidos moles, devido sua resolução de
contraste melhorado. É importante ainda ressaltar que o conhecimento da anatomia normal da articulação é fun-
damental para o reconhecimento das alterações patológicas. Foi possível perceber que muitos clínicos não sabem
a verdadeira natureza da anormalidade que tratam, pois não utilizam imagens para realizar o seu diagnóstico de
rotina, porém, quando solicitarem qualquer exame de imagem, devem ter o conhecimento necessário para avaliar
e interpretar os dados ali contidos, pois o sucesso do tratamento depende da relação entre a adequada indicação
do exame, do correto diagnóstico e da interação entre os achados da imagem e do exame clínico.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

119 – ANQUILOSE DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR


BILATERAL E RECONSTRUÇÃO COM ENXERTO
COSTOCONDRAL EM PACIENTE COM ARTRITE IDIOPÁTICA
JUVENIL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: DHAYANNA ROLEMBERG GAMA CABRAL* (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);


VALTUIR BARBOSA FELIX (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);
KATHARINA JUCÁ DE MORAES FERNANDES (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);
JOSÉ ANDRÉ BERNARDINO DOS SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);
ANTÔNIO JOSÉ CASADO RAMALHO (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC)

Introdução: A Artrite idiopática juvenil (AIJ) é definida como a doença reumática autoimune inflamatória mais
comum da infância, constitui um grupo heterogêneo de doenças com 7 subtipos distintos. A morbidade da AIJ
pode ser extensa, causando nos indivíduos acometidos anormalidades de crescimento graves e presença de li-
mitações por deficiências. Nos estudos mais recentes, foi observado que o envolvimento da articulação tempo-
romandibular (ATM) pela AIJ varia entre 17% a 87%, podendo ocasionar alterações do crescimento craniofacial
pelo comprometimento do centro de crescimento condilar e a micrognatia. O objetivo deste trabalho foi relatar
um caso de uma paciente, 13 anos de idade, que compareceu ao ambulatório de cirurgia com queixa de limitação
de abertura de boca há 3 anos referindo ser portadora de AIJ em tratamento com reumatologista, apresentando
deformidades nas mãos (mãos em garra) e nos pés. Paciente se queixava de muitas dores articulares e possuía
anquilose de toda a coluna cervical. Ao exame físico loco-regional extra-oral, apresentava evidente limitação de
abertura de boca (5mm) e côndilos palpáveis na fossa mandibular, porém com discreta mobilidade. Foram solici-
tados exames laboratoriais com finalidade no tratamento cirúrgico e exames de imagem que evidenciaram total
soldadura do côndilo na fossa mandibular bilateralmente. Na cirurgia, a paciente foi submetida à intubação naso-
traqueal com auxílio da nasofibroscopia e operada sob anestesia geral. A cirurgia transcorreu sem intercorrências,
na qual a paciente evoluiu com abertura de 40 mm no trans-operatório. No pós-operatório de 7 dias, paciente
apresentou abertura bucal de 30mm e no pós-operatório tardio de 1 ano evoluiu com abertura final de 40mm.
Concluímos que o tratamento para a anquilose da ATM é cirúrgico com a remoção da massa anquilótica e, quando
necessário reconstrução articular em pacientes em fase de crescimento, o enxerto costocondral representa ainda
o padrão ouro devido a sua similaridade biológica e potencial de crescimento.

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131 – CONDILECTOMIA ALTA PARA TRATAMENTO DE


HIPERPLASIA CONDILAR

Autores: FELIPE ALEXANDER CALDAS AFONSO* (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP);


BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP);
JOSÉ BENEDITO DIAS LEMOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP);
FLÁVIO WELLINGTON DA SILVA FERRAZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP);
SHAJADI CARLOS PARDO KABA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP)

Introdução: A Hiperplasia condilar (HC) é uma patologia benigna mandibular incomum que é caracterizada por
um desenvolvimento progressivo de assimetria facial, consequência de um crescimento unilateral excessivo da
cartilagem condilar. Vários métodos tem sido usados para diagnosticar HC, incluindo estudos radiográficos, cin-
tilografia óssea e avaliação histopatológica. A tomografia computadorizada (TC) tem contribuído para estabe-
lecer o aspecto patológico e morfológico condilar. O escaneamento de tomografia computadorizada óssea por
emissão de fóton único é uma ferramenta diagnóstica essencial para visualização da hiperatividade do côndilo.
O tratamento é primariamente cirúrgico, com ou sem ortodontia, e depende do grau de severidade e do estado
do crescimento condilar, podendo consistir de condilectomia alta, cirurgia ortognática ou até uma combinação
de ambas. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de HC tratado no serviço de residência em Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da USP. Paciente G.A.T, 15 anos, sexo feminino, leu-
coderma, atendida em Abril de 2014 com história de desvio de linha média mandibular progressivo. Ao exame
extra-oral foi observado assimetria facial devido a desvio da região do mento à esquerda. À oroscopia observou-
-se desvio da linha média mandibular de 9mm à esquerda, overjet negativo e deformidade dentofacial tipo III, e
laterognatismo à esquerda. Na TC e Imagem por Ressonância Magnética observou-se aumento da cabeça e colo
condilar direito. Foi solicitado uma cintilografia óssea, que confirmou região de crescimento ativo moderado no
côndilo mandibular direito. Foi solicitado a instalação de aparelho ortodôntico para a paciente, e a mesma foi
submetida à cirurgia de condilectomia alta. Com 1 mês de pós-operatório a paciente evoluiu bem, sem queixas
ou complicações, apresentando melhora do aspecto oclusal e da assimetria, estando com 7mm de desvio da li-
nha média mandibular à esquerda e mordida topo-a-topo anterior. A paciente está programada para retorno de
acompanhamento de 6 meses em junho de 2015. Conclui-se que o tratamento de Hiperplasia Condilar a partir
de condilectomia alta foi uma alternativa de tratamento satisfatória para esta paciente, podendo a cirurgia ortog-
nática, dependendo da evolução do caso, ser um tratamento coadjuvante necessário para alcançar um excelente
resultado. Palavras-chave: Côndilo Mandibular; Hiperplasia; Cirurgia Ortognática.

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133 – ARTROSCOPIA DE LISE E LAVAGEM NO TRATAMENTO DE


DESARRANJOS INTERNOS DA ATM: RELATO DE CASO

Autores: CARLOS ALYSSON ARAGÃO LIMA* (HGVP); DANIEL DA PAIXÃO UYEDA (HGVP);
ALEXANDRE MACHADO TORRES (HGVP); ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HGVP);
MÁRIO CESAR PEREIRA BRINHOLE (HGVP)

Introdução: A etiopatogenia da disfunção temporomandibular (DTM) ainda é controversa, não existe consenso
a respeito do papel do deslocamento anterior do disco articular no desencadeamento dos sintomas das DTMs.
Quando o paciente queixa-se de dor articular e/ou limitação de abertura bucal e é refratário ao tratamento con-
servador, procedimentos artroscópicos podem ser propostos. O objetivo deste trabalho é relatar a utilização da
artroscopia de lise e lavagem no tratamento dos desarranjos internos da articulação temporomandibular, através
de apresentação de caso clínico. Paciente, feminino, 45 anos, com queixa de dor em ouvidos e em face, Escala
Visual Analógica (EVA) de 8, com evolução de 5 anos. Ao exame físico, notou-se mialgia bilateral em masseter
e temporal, artralgia e estalidos recíprocos e bilaterais durante movimentos mandibulares, abertura de boca de
36 mm, uso de próteses fixas desajustadas, com interferências durante a lateralidade. Ao exame de ressonância
magnética evidenciou-se deslocamento anterior do disco com redução. Inicialmente, foi proposto tratamento
conservador, sendo prescrito anti-inflamatório não esteirodal por 5 dias, relaxante muscular de ação central por
7 dias, mecanoterapia de abertura de boca, compressas mornas em face, uso de placa mordida com guia canino de
uso noturno. Ao final do período de 3 meses houve melhora significativa das dores musculares e da dor articular
direita, porém sem resolução da artralgia esquerda . Realizou-se artroscopia de lise e lavagem da ATM esquerda
por meio da técnica de single point, sob anestesia geral. A paciente evoluiu bem, sem queixas álgicas e com boa
abertura de boca (42mm) , e atualmente (9 meses) segue estável, EVA de 2 e em acompanhamento trimestral. A
boa evolução desta paciente leva a crer que a artroscopia da ATM é método seguro, eficaz e minimamente invasi-
vo que possibilita melhor diagnóstico, boa função articular com redução significativa das artralgias. Descritores:
Artroscopia, Transtornos da Articulação Temporomandibular, Artralgia.

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156 – CIRURGIA ARTROSCÓPICA NO TRATAMENTO DA


LUXAÇÃO MANDIBULAR

Autor: MARCELO AUGUSTO CINI*

Introdução: Dentre as diversas disfunções temporomandibulares, uma particularmente se destaca nos atendi-
mentos de urgência e emergência médica. A luxação da mandíbula ocorre quando a cabeça da mandíbula ultra-
passa e permanece anteriormente ao vértice da tuberosidade, resultando em dor e incapacidade de fechar a boca.
Para tanto, existem varias formas de tratamento, que caminham desde tratamentos conservadores, podendo
chegar a indicações cirúrgicas. Objetivo: Levantar os artigos que abordam o tratamento cirúrgico por via ar-
trocópica da luxação mandibular e observar quais modalidades cirúrgicas são possíveis por esta via. Método:
Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed, LILACS e BVS, de 1989 a abril de
2015, cruzando-se os seguintes descritores consultados no DeCS e MeSH: artroscopia versus luxações versus
articulação temporomandibular. Como critérios de inclusão foram analisados relato de casos e séries de casos, de
aspectos metodológicos aleatórios, que relacionassem o tratamento cirúrgico da luxação de mandíbula por via
artroscópica, limitados para o idioma em inglês. Foram excluídos os artigos cujos estudos não eram relacionados
à cirurgia artroscópica da articulação temporomandibular, ou cirurgias artroscópicas para tratamento do desloca-
mento do disco articular. Resultados: Após cruzamento dos descritores de todos os modos possíveis e aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão, 06 estudos foram incluídos e estão resumidos na tabela 1. Conclusão: A
cirurgia artroscópica para luxação da mandíbula se mostrou uma alternativa interessante aos casos em que não
existe adesão do paciente ao tratamento conservador, ou o mesmo não se faz efetivo. Dentre das possibilidades
cirúrgicas por esta via destacamos a aplicação de substancias esclerosantes na zona retrodiscal, a eminectomia e a
miotomia do músculo pterigoideo lateral com cauterização da zona retro discal. Entretanto é importante salien-
tar que esta técnica requer uma grande curva de aprendizado. E finalmente, estudos mais bem desenhados e com
maiores acompanhamentos devem ser realizados para garantir a efetividade do procedimento.

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158 – TRATAMENTO DA LUXAÇÃO MANDIBULAR RECIDIVANTE


COM INFUSÃO SANGUÍNEA AUTÓLOGA: RELATO DE CASO

Autores: RENAN FERREIRA TRINDADE* (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);


DEYVID SILVA REBOUÇAS (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);
THAISE GOMES FERREIRA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);
ANA CAROLINA LEMOS PIMENTEL (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);
ADRIANO FREITAS DE ASSIS (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: A luxação da articulação temporomandibular ocorre quando a cabeça da mandíbula move-se para
fora da cavidade glenoide ultrapassando os limites da eminência articular e permanecendo travada nesta posi-
ção, impossibilitando o fechamento da boca pelo paciente. Episódios recorrentes em curtos períodos de tempo
caracterizam a luxação mandibular recidivante. Diferentes técnicas cirúrgicas e não-cirúrgicas têm sido descritas
na literatura como opção de tratamento para a luxação mandibular recidivante. Dentre as técnicas mais conser-
vadoras, a infusão de sangue autólogo nos espaços intra-articular e peri-articular, apesar da incerteza do seu me-
canismo de ação, tem apresentado bons resultados na literatura. Trata-se de uma técnica pouco invasiva, simples,
segura e de baixo custo que não requer anestesia geral e minimiza possíveis complicações pós-operatórias relacio-
nadas às incisões cirúrgicas, tais como lesões ao nervo facial, infecção ou dor. O objetivo deste trabalho é relatar
o caso clínico de uma paciente, gênero feminino, 24 anos, feoderma, que compareceu ao Serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CTBMF) do Hospital Geral Roberto Santos queixando-se de luxação mandi-
bular a cerca de 04 meses com histórico de mais de cinco episódios semanais. A paciente foi submetida à infusão
de sangue autólogo em articulação temporomandibular bilateral sob anestesia local. Atualmente, encontra-se em
acompanhamento pós-operatório pela equipe CTBMF, apresentando melhora significativa. Concluímos que esta
abordagem conservadora pode ser pensada como alternativa antes da realização de uma intervenção cirúrgica
mais invasiva.

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162 – CONDROMATOSE SINOVIAL DE ATM: RELATO DE CASO

Autores: FERNANDO ZAHORCSAK* (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);


FÁBIO RICARDO LOUREIRO SATO (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);
ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);
ALEXANDRE MACHADO TORRES (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);
MARK JON SANTANA SABEY (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO)

Introdução: Condromatose Sinovial de ATM: Relato de Caso A condromatose sinovial da articulação temporo-
mandibular (ATM) é uma condição rara, benigna caracterizada pela formação de cartilagem metaplásica na mem-
brana sinovial das articulações resultando em numerosos corpos osteocartilaginosos aderidos ao tecido articular
ou livres na cavidade. O envolvimento da ATM é incomum, cerca de 200 casos foram relatados na literatura de
língua inglesa. Geralmente ocorre no espaço articular superior da ATM, o que torna o tratamento por via artros-
cópica possível. O objetivo do presente trabalho é descrever um caso clínico de condromatose sinovial em ATM
direita, suas características clínicas, imaginológicas, tratamento e evolução. Os sintomas incluem dor pré-auri-
cular, edema, limitação da abertura bucal, alteração oclusal e crepitação. Algumas características imaginológicas
correlacionados com condromatose sinovial são: edema em tecido mole, corpos livres calcificadas, alargamento
dos espaços articulares, limitação de movimento, irregularidade da superfície articular, esclerose ou hiperostose
da fossa mandibular e côndilo. No entanto, nenhum destes elementos são patognomônicos de condromatose
sinovial. No caso em questão, a paciente do sexo feminino, 27 anos, melanoderma, com dor intensa em ATM
direita (EVA = 9) há um ano e limitação de abertura de 9 mm, sendo realizado tratamento conservador com placa
miorelaxante há 8 meses e sem melhoras. Ao Exame de Ressonância magnética nuclear apresentava imagem com
hipercaptação em compartimento superior de ATM direita. Foi realizada artroscopia em ATM direita e observado
numerosos corpos aderidos e livres, compatíveis com condromatose sinovial, devido ao volume dos corpos, que
impossibilitava a remoção artroscópica, partiu-se para a cirurgia aberta no mesmo tempo operatório. A peça ci-
rúrgica foi enviada para análise anatomopatológica, sendo confirmada a hipótese de condromatose sinovial. A pa-
ciente encontra-se em seis meses de acompanhamento, sem sintomas e com boa abertura bucal. A condromatose
sinovial é uma condição rara nas ATM, o tratamento cirúrgico é fundamental à resolução dos sinais e sintomas,
possibilitando ao paciente uma melhora da qualidade de vida e retorno às suas atividades cotidianas.

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171 – DISCOPEXIA DA ATM - DUPLA ANCORAGEM

Autores: SAULO RENATO FERRAZ* (UNIARARAS - HRC); SELMAR ALVES LOBO JR (UNIARARAS - HRC);
CRISTIAN ALEXANDRE CORREA (UNIARARAS - HRC); DOUGLAS ROGERIO OLIVEIRA (UNIARARAS - HRC);
FERNANDO PIMENTA XAVIER (UNIARARAS - HRC)

Introdução: As desordens da ATM assolam grande parte da população mundial, já que se trata de uma articulação
extremamente dinâmica e complexa do corpo humano, o que acaba favorecendo o surgimento de tais desarran-
jos. Dentre as patologias da ATM podemos citar àquelas extra-articulares ou musculares, que demandam de tra-
tamento principalmente clínico e as intra-articulares, como os deslocamentos discais sem redução, que quando
não respondem bem a uma terapia clínica pouco invasiva, podem ter indicação cirúrgica. Sendo assim, o presente
trabalho visa relatar um caso clínico de abordagem cirúrgica da ATM, como forma de tratamento para o deslo-
camento anterior do disco articular sem redução, refratário a tratamentos menos invasivos como a artroscopia.
Clinicamente, tal alteração estava associada à intensa sintomatologia álgica e limitação de abertura bucal. Como
metodologia de tratamento, foi realizada a discopexia bilateral da ATM, através dos acessos cirúrgicos endoau-
rais e reposicionamento dos discos articulares sobre a cabeça da mandíbula. Foram utilizadas duas mini-âncoras
fixadas na região mais póstero-lateral do côndilo mandibular e realizadas suturas dos discos para estabilizá-los
em sua posição ideal.

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178 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE DA ATM


UTILIZANDO O DISCO ARTICULAR REMANESCENTE PARA
INTERPOSIÇÃO

Autores: DANIEL JORGE DA SILVA MONTEIRO DE FREITAS* (UFBA);CLARISSE SAMARA DE ANDRADE (UFBA);
MAYSA NOGUEIRA DE BARROS MELO (UFBA); RODRIGO TAVARES BONFIM (UFBA);
ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (UFBA)

Introdução: A anquilose da articulação temporomandibular (A.T.M) é à união do complexo disco-côndilo à su-


perfície articular do osso temporal. A anquilose da A.T.M possui etiologia multifatorial, sendo trauma associada
a fratura condilar a causa mais comum. A anquilose causa diversos distúrbios funcionais nos pacientes acometi-
dos, principalmente limitação de abertura bucal reduzindo a capacidade de mastigar. O diagnóstico é feito pela
correlação dos aspectos clínicos e imaginológicos. Existem diversos relatos na literatura sobre o tratamento e a
abordagem cirúrgica para anquilose da A.T.M, porém o primordial é remover totalmente a massa anquilótica. O
objetivo do presente trabalho é relatar um caso de tratamento cirúrgico da anquilose da ATM, com interposição
do próprio disco articular, devolvendo ao paciente as funções importantes relacionadas à movimentação mandi-
bular.

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219 – RECONSTRUÇÃO DA ATM EM FERIMENTO POR ARMA DE


FOGO

Autores: CÁSSIA DOS SANTOS MACHADO VAZ* (PUCRS);RICARDO CONCI (PUCRS);


CAMILA KUNZ (PUCRS); CLÁITON HEITZ (PUCRS);

Introdução: A articulação têmporo-mandibular (ATM) é uma das articulações sinoviais mais complexas do corpo
humano, que permite tanto o movimento de rotação, quanto o movimento de translação. O côndilo é um dos
principais componentes da ATM e defeitos nesta estrutura, muitas vezes levam a grave deformidade facial e
dificuldade mastigatória. Deformidades congênitas, lesões traumáticas ou tumores podem requerer remoção do
côndilo deformado e reconstrução do mesmo para manter a função. Em relação as lesões traumáticas, encon-
tram-se por exemplo, as causadas por arma de fogo. Reconstrução do côndilo mandibular, disco e fossa temporal
são importantes. Este processo é classificado em duas categorias, reconstrução autógena da ATM e reconstrução
com prótese da ATM. Existem muitos métodos para a reconstrução autógena da ATM, incluindo enxertos cos-
tocondrais, enxerto esternoclavicular e enxertos vascularizados de metatarso. O osso metatarsal tem uma longa
história como substituição da cabeça da mandíbula. O metatarso vascularizado tem sido descrito para recons-
trução em casos de anquilose. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de reconstrução condilar,
com enxerto autógeno metatarsal para tratamento de anquilose consequente a trauma em ferimento por arma
de fogo. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 24 anos, encaminhada ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial do Hospital Cristo Redentor apresentando sequela por ferimento por arma de fogo em ATM di-
reita há 4 meses. Como consequência do trauma, apresentava limitação de abertura bucal e paralisia hemifacial à
direita. A indicação do tratamento foi de condilectomia e reconstrução da ATM direita utilizando enxerto autóge-
no do terceiro metatarso. Paciente acompanhada clinicamente por 2 anos, não apresentando recidiva de abertura
bucal. O risco de degeneração e reanquilose do enxerto autógeno de metatarso são baixos, especialmente quando
utilizado como enxerto vascularizado. A articulação MTP (metatarso falangeana) é menor do que a ATM, por isso
cabe facilmente dentro dos limites da fossa glenoide. A articulação MTP é uma articulação simples que não segue
os mesmos movimentos da ATM, e, portanto, excursão lateral é restrita.

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234 – AVALIAÇÃO COMPARATIVA DO NÍVEL DE ESTRESSE E


DEPRESSÃO ENTRE PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR

Autores: ANDREIA FERREIRA RIBEIRO* (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-CRUZ VERMELHA BRASILEIRA);
SAMUEL DE SOUZA MORAES (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-CRUZ VERMELHA BRASILEIRA);
FÁBIO RICARDO LOUREIRO SATO (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-CRUZ VERMELHA BRASILEIRA);
ERICA CRISTINA MARCHIORI (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-CRUZ VERMELHA BRASILEIRA);
ROGER WILLIAN FERNANDES MOREIRA (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-CRUZ VERMELHA BRASILEIRA)

Introdução: Com base nos conceitos etiológicos atuais, fatores físicos e condições sistêmicas, e os fatores psicoló-
gicos são responsáveis pelo direcionamento e manutenção da DTM. Estresse, depressão e ansiedade podem mu-
dar o limiar para a dor do indivíduo através da alteração dos impulsos nociceptivos do sistema nervoso central e
dos neurotransmissores. Além disso, estas alterações psicológicas aumentam a frequência,intensidade e duração
dos hábitos parafuncionais, tais como apertamento dos dentes e bruxismo, que causa hiperatividade dos múscu-
los da mastigação, sobrecarga na articulação temporomandibular e maior morbidade ao paciente. O estress pode
ser influenciado pela nutrição, estado geral de saúde, fadiga, idade ou estado mental. Estas variações (não só na
mesma pessoa, mas também entre diferentes indivíduos) , explica por que a gravidade de estresse emocional não
influencia diretamente a mesma maneira a gravidade dos sintomas ou grau de disfunção em diferentes pacientes.
O objetivo desse estudo foi fazer uma avaliação prospectiva e comparativa do nível de estresse e depressão entre
paciente saudáveis e com diagnóstico de disfunção temporomandibular. Para esse estudo, foram selecionados
10 paciente com quadro de disfunção temporomandibular, tendo como critérios de inclusão dor articular e/ou
muscular (EVA&#8805;5) e/ou abertura de boca inferior a 40 mm. Para os pacientes saudáveis, como critérios de
exclusão, eles não poderiam ter histórico ou quadro atual de DTM ou depressão. Como instrumento de mensura-
ção, para avaliar o nível de estresse foi utilizada a escala PSS - Perceived Stress Scale (Cohen et al., 1983) , e para a
depressão a escala de Beck – BDI (Beck et al., 1996). Os resultados mostraram que em relação ao estresse, cuja es-
cala varia entre 0 e 56, os paciente com DTM tiveram uma média de 27,8 (DP = 4,12) , enquanto os paciente sem
DTM tiveram uma média de 33,2 (DP = 9,77) , que quando submetidos a teste t de Student, não foi encontrada
diferença estatisticamente significante (p=0,207). Em relação ao nível de depressão, para os pacientes portadores
de DTM, 20% foram classificados como tendo depressão leve, e no caso dos paciente sem DTM, somente 10%
foram classificados como depressão leve. Quando submetidos ao teste estatístico de qui-quadrado, identificamos
que essa diferença também não se mostrou estatisticamente significante (p = 0,531). Dessa forma, conclui-se que
o grupo de paciente que tinham quadro de DTM não apresentaram maior prevalência de depressão e estresse em
relação ao grupo controle.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

236 – PRÓTESE TOTAL DE ATM E SUAS INDICAÇÕES:


AVALIAÇÃO DE 11 CASOS

Autores: ANDREIA FERREIRA RIBEIRO* (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE - CRUZ VERMELHA BRASILEIRA
FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO);SAMUEL DE SOUZA MORAES (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE - CRUZ
VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); FABIO RICARDO LOUREIRO SATO (HOSPITAL
DOS DEFEITOS DA FACE - CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ERICA CRISTINA
MARCHIORI (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE - CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO); ROGER WILLIAN FERNANDES MOREIRA (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE - CRUZ VERMELHA BRASI-
LEIRA FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO)

Introdução: A articulação temporomandibular (ATM) é uma das articulações mais complexas do corpo, capaz de
realizar movimentos de translação e rotação, sendo formada pelo componente mandibular (côndilo) e craniano
(cavidade glenoide) , músculos e ligamentos. É dividida em dois compartimentos, um superior e outro inferior
separados pelo disco articular. A ATM pode ser afetada por lesões que alteram sua morfologia e comprometem
sua função, levando o cirurgião, algumas vezes, a ter a necessidade de ressecá-la e reconstruí-la. A preservação da
funcionalidade da ATM é essencial para a fisiologia do sistema estomatognático e, portanto, a perda da função
deve ser tratada tão breve quanto for possível. A reconstrução dos defeitos ósseos articulares, congênitos ou ad-
quiridos (traumáticos) , pode ser realizado com enxertos autógenos ou mesmo com materiais aloplásticos, que
excluem a necessidade de área doadora, minimizando a morbidade. Entre estes, destacamos as próteses totais
articulares, que estão indicadas para o tratamento de pacientes que foram submetidos à múltiplas cirurgias da
ATM sem sucesso, inflamações crônicas ou reabsorção patológica da ATM, doenças autoimunes ou doenças do
colágeno, anquiloses, sequelas de trauma, deformidades congênitas ou tumores na região da ATM. Este estudo
avaliou as indicações de prótese total de ATM em 11 pacientes atendidos no Hospital dos Defeitos da Face – Cruz
Vermelha Brasileira, Filial do Estado de São Paulo no período de dois anos, sendo 8 mulheres e 3 homens, sendo
6 bilaterais e 5 unilaterais. Os resultados corroboram com dados da literatura os quais demonstraram que as mu-
lheres são as mais acometidas por desordens na ATM necessitam de sua substituição, com média de 37,75 anos
de idade, sendo que as alterações degenerativas e as anquiloses foram as indicações mais frequentes. Pode-se
concluir, portanto, que a substituição total da ATM por prótese é uma modalidade de tratamento segura e eficaz
para pacientes que necessitam de reconstrução articular, restabelecendo as funções mandibulares, favorecendo a
mastigação e fonação e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

359 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR E DE ATM, COM O USO DE


METILMETACRILATO NA SUBSTITUIÇÃO DO CÔNDILO: RELATO
DE CASO

Autores: RÔMULO GOMES DOS ANJOS* (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ);
OLAVO HOSTON (HOSPITAL DE EMERGÊNCIA E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA);
TALVANE SOBREIRA (HOSPITAL DE EMERGÊNCIA E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA)

Introdução: A reconstrução mandibular envolvendo a ATM é um dos grandes desafios da cirurgia Bucomaxilofa-
cial, devido à complexidade desta articulação, e as possíveis complicações estéticas e funcionais. Atualmente di-
versas técnicas e materiais têm sido utilizados, enxertos autógenos vascularizados ou não, materiais aloplásticos,
como a prótese total de côndilo em titânio, dentre outros. O uso do metilmetacrilato em cirurgias de reconstru-
ção está amplamente difundido na literatura, inclusive na neurocirurgia, diversos estudos realizados nas décadas
de 60 e 70 comprovam a importância deste material nas reconstruções de ATM. O presente trabalho relata um
caso de um paciente de 45 anos de idade com queixa de aumento substancial de volume em mandíbula do lado
direito, de crescimento lento e indolor, porém com a evolução e o comprometimento funcional episódios álgicos
surgiram, apresentava ainda dislalia e disfagia, além do comprometimento estético. Os exames de imagem mos-
traram uma lesão radiolúcida multilocular, com margens bem definidas, reabsorção radicular e extensa destrui-
ção óssea envolvendo o côndilo, ramo, ângulo e corpo da mandíbula do lado direito. A hipótese diagnóstica foi de
ameloblastoma multicistico, o que foi confirmado com o anatomopatológico após a cirurgia. O planejamento da
reabilitação se deu com o auxilio da prototipagem para modelagem da placa e do côndilo, sendo este em metilme-
tacrilato, a remoção dos elementos dentários se deu 15 dias antes da programação cirúrgica. A ressecção total da
lesão com margem de segurança foi o tratamento de escolha para o caso, a placa de reconstrução do sistema 2.7
foi fixada na região anterior da mandíbula com 5 parafusos, e a prótese de côndilo inserida na cápsula da ATM.
Após 12 meses o paciente apresenta-se sem queixas clínicas, com abertura bucal e movimentos mandibulares sa-
tisfatórios. Conclui-se que apesar da disponibilidade de técnicas e materiais modernos, o uso do metilmetacrilato
mostra-se como uma boa opção de tratamento por ser um material que provoca mínima reação inflamatória, de
fácil disponibilidade, de melhor adaptação anatômica local e baixo custo.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

382 – TRATAMENTO DE ANQUILOSE DE ATM BILATERAL COM


PRÓTESE TOTAL CUSTOMIZADA EM ESTÁGIO ÚNICO

Autores: AUGUSTO PAIXAO MORAIS MATEUS* (PUC-MG);


GUILHERME LACERDA DE TOLEDO (SERVIÇO DE CTBMF DO HOSPITAL DA BALEIA/CENTRARE);
LUIS FELIPE LUKSCHAL BARBOSA (SERVIÇO DE CTBMF DO HOSPITAL DA BALEIA/CENTRARE);
SEBASTIÃO CRISTIAN BUENO (SERVIÇO DE CTBMF DO HOSPITAL DA BALEIA/CENTRARE);
MARCIO BRUNO FIGUEIREDO AMARAL (SERVIÇO DE CTBMF DO HOSPITAL DA BALEIA/CENTRARE)

Introdução: A anquilose é uma condição em que há limitação parcial ou total dos movimentos articulares devido
à aderência óssea ou pela adesão fibrosa dos componentes do conjunto. Quando esta ocorre na infância, ou em
idade de crescimento, pode causar assimetria facial, por hipodesenvolvimento do lado afetado. No caso da ocor-
rência bilateral, pode não haver assimetria facial, porém pode provocar severa retrognatia. Paciente C.H.S, 22
anos, gênero masculino, feoderma foi encaminhado ao Hospital da Baleia em janeiro de 2010 apresentando ao
exame físico, limitação severa de abertura bucal, ausência de movimentos articulares, retrognatismo acentuado
com quadros de ronco e hipoanéia/apneia durante o sono. Durante a anamnese o paciente relatou histórico de
infecção durante a infância evoluindo posteriormente com diminuição progressiva da abertura bucal. Foi diag-
nosticado com anquilose óssea (tipo IV) sendo submetido a três procedimentos cirúrgicos pela técnica de artro-
plastia bilateral de ATM com gap ósseo de pelo menos 1cm associado a rotação de fácias e músculos temporais
durante o período de crescimento. Evoluiu com recidiva apresentando nova anquilose óssea (tipo IV) após três
intervenções cirúrgicas. Diante do insucesso com as técnicas convencionais de artroplastia foi proposto a substi-
tuição protética total das duas articulações através de próteses totais customizadas. Para a confecção das próteses
foi confeccionado um protótipo do crânio do paciente a partir de tomografia conforme requerido pelo fabricante
(TMJ Concepts). O protótipo foi operado deixando um gap de pelo menos 2 cm para permitir a instalação das
próteses e a mandíbula posicionada corrigindo parte da discrepância antero-posterior. O biomodelo operado
foi então enviado ao fabricante para confecção das próteses em cera que foram posteriormente aprovadas pelo
cirurgião e as próteses definitivas confeccionadas. Optou-se pela artroplastia de ATM’s com remoção da mas-
sa anquilótica e intalacao das próteses customizadas em estágio único. O procedimento cirúrgico foi realizado
após intubação naso-traqueal com auxílio de fibroscópio devido a impossibilidade de laringoscopia convencional.
Acessos cirúrgicos pré-auriculares de Al-kayat and Bradley e acessos submandibulares foram realizados bilate-
ralmente para permitir a remoção da massa anquilótica, confecção das novas fossas articulares e instalação das
próteses customizadas. Paciente teve abertura bucal de 50mm no período transoperatório. Para melhor resultado
estécio facial, uma mentoplastia de avanço de 10mm foi realizada. Paciente encontra-se com 1 ano de controle
pós-operatório mantendo 50mm de abertura bucal e funções mastigatória, fonatória de deglutição devolvidas.
Relata também melhora do quadro de apneia e ronco. Este trabalho tem como objetivo apresentar um caso clí-
nico de um paciente multiplamente operado de anquilose bilateral da ATM sendo feito por fim uma cirurgia em
estágio único de substituição da ATM por prótese total customizada.

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383 – USO DE PRÓTESES TOTAIS CUSTOMIZADAS DE


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: SÉRIE DE CASOS

Autores: HAROLDO ABUANA OSÓRIO JUNIOR* (UFRN); DANIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES (UFRN);
JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN)

Introdução: As cirurgias da Articulação Temporomandibular (ATM) devem ser consideradas mediante estabele-
cimento de diagnóstico preciso e, sobretudo, na impossibilidade de tratamento com terapias conservadoras. As
indicações para o uso de próteses totais nas ATM`s são diversas, incluindo múltiplas cirurgias prévias de ATM,
falha em reconstrução autógena, doenças artríticas inflamatórias, doenças autoimunes, anquilose (fibrosa/óssea)
, tumores envolvendo ATM/mandíbula proximal, outras doenças de ATM em fase avançada. Os pacientes para os
quais a substituição articular está indicada podem cursar com uma diminuição importante na qualidade de vida,
apresentando deformidades dentofaciais, maloclusão, obstrução das vias aéreas, dor e disfunção. Até meados
dos anos 80, tais dispositivos protéticos eram usados principalmente nos casos de anquilose, traumas, cirurgias
ablativas ou doenças articulares avançadas. Nos anos subsequentes, o uso das próteses passou também a ser in-
corporado ao tratamento de desarranjos internos da articulação bem como para os casos de pacientes submetidos
à múltiplas terapias mal sucedidas, cirúrgicas ou não cirúrgicas. A reconstrução da Articulação Temporomandibu-
lar visa reduzir o sofrimento dos pacientes, melhorar a função articular, bem como reduzir morbidades. O êxito
da substituição articular pode ser evidenciado pela redução da sintomatologia dolorosa, aumento da abertura
bucal e capacidade de alimentação sem restrições de dieta. O objetivo deste trabalho é relatar uma série de casos
referente aos pacientes tratados com uso de próteses totais customizadas de ATM, na Residência de Cirurgia e
Traumatologa Buço-Maxilo-Facial (UFRN) , correlacionando aos dados mais atuais encontrados na literatura.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

557 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE DA


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE 5 CASOS

Autores: VITOR JOSÉ DA FONSECA* (HC-UFMG); JOANNA FARIAS DA CUNHA (HC-UFMG);


LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN (HC-UFMG); FELIPE EDUARDO BAIRES CAMPOS (HC-UFMG);
WAGNER HENRIQUES DE CASTRO (HC-UFMG)

Introdução: A anquilose é caracterizada pelo processo de substituição dos tecidos articulares por tecido ósseo ou
fibro-ósseo. Levando a união entre os componentes ósseos da articulação temporomandibular (ATM). Os fatores
etiológicos mais comumente descritos são o trauma, doença reumática, radioterapia, processos infecciosos locais
agudo e crônico, complicações pós-operatórias de procedimentos cirúrgicos na ATM. A anquilose gera distúrbio
funcionais graves, como na mastigação, respiração e fonação, impede e/ou limita o desenvolvimento normal do
complexo dento-esquelético maxilo-mandibular. Dentre as formas de tratamento cirúrgicos propostos temos a
artroplastia com ou sem interposição de material aloplástico ou de tecidos artroplastia associada a distração os-
teogênica multivetorial, e ainda, substituição total da articulação por prótese aloplástica de ATM ou por enxerto
costocondral. O presente trabalho tem como objetivo descrever 05 casos de tratamento cirúrgico de anquiloses
realizados pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). A média de idade dos pacientes era de 21,8 anos ( 06 a 53 anos). A média de
abertura bucal passiva inicial dos pacientes foi de 4,4mm ( mínimo: 00mm e máximo: 09mm ). Foram adotados
diferentes protocolos cirúrgicos através da realização de artroplastia intreposicional aliada a coronoidectomia.
Em todos os casos foi instituído protocolo de fisioterapia mandibular ativa a partir do terceiro dia pós-operatório
e mantidos por período de tempo indefinido. Após 06 meses de acompanhamento os pacientes apresentaram
média de abertura mandibular de 27,8mm ( mínimo: 20mm e máximo37mm ). Os pacientes que receberam
enxertia apresentam bom aspecto clínico e tomográfico, sem evidência de reabsorção ou sobrecrescimento dos
mesmos. As técnicas utilizadas se mostraram eficazes, apresentando bons resultados funcionais e com baixo
índice de complicações. Maior tempo de proservação e procedimentos cirúrgicos adicionais ainda são necessários
para conclusão dos casos.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

688 – EMBOLIZAÇÃO SELETIVA DA ARTÉRIA MAXILAR EM


CASO DE ANQUILOSE DA ATM

Autores: PAULO ALEXANDRE DA SILVA* (HOSPITAL VIVALLE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS);
LEONARD DUARTE MOREIRA (FACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDIC);
GABRIEL CIQUEIRA SANTOS (HOSPITAL VIVALLE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS)

Introdução: A Cirurgia para liberação da anquilose da Articulação Tempromandibular (ATM) é um procedimento


que apresenta alguns riscos transoperatórios e dentre eles os acidentes vasculares como a hemorragia da artéria
maxilar, é o mais preocupante. Uma avaliação pré operatória com angiotomografia computadorizada é de grande
valia para determinar a relação entre a artéria maxilar e a massa anquilótica. Diversos autores tem relatado a
utilização da embolização seletiva da artéria maxilar nos casos de anquilose da ATM nos casos de íntima relação
anatômica, múltiplas cirurgias prévias e em casos de fibroaquilose. O presente relato de caso trata-se de uma
anquilose unilateral com íntima relação coma artéria maxilar onde foi realizado a embolização prévia e a recons-
trução imediata com prótese total customizada da ATM. Relato de Caso: Paciente gênero feminino 13 anos de
idade, com anquilose unilateral com histórico de múltiplas cirurgias bilaterais para liberação da massa anquiló-
tica, com recidiva à direita. A avaliação através angiotomografia revelou uma íntima relação anatômica entre a
massa anquilótica e artéria maxilar. Foi realizada a embolização seletiva da artéria maxilar direita e após 48 horas
foi submetida à liberação do bloco anquilótico e instalação da prótese total customizada da ATM. Conclusão:
Nos casos de íntima relação entre a massa aquilótica e a artéria maxilar constatados através de angiotomografia
computadorizada, a embolização seletiva pré operatória é um procedimento auxiliar seguro, de baixa morbidade
e eficaz para prevenção graves hemorragias transoperatórias durante a liberação da anquilose da ATM.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

708 – CIRURGIA ORTOGÁTICA EM PACIENTES COM DOENÇAS


REUMÁTICAS

Autores: PAMELA SANTOS LIRA* (UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP);GUSTAVO SCALON; MARCOS PITTA

Introdução: As articulações temporomandibulares (ATM) são estruturas que sustentam a carga exercida pela
mandíbula em suas varias funções. Algumas doenças sistêmicas estão relacionadas a problemas de perda de vo-
lume ósseo nestas articulações. Esta perda de volume ósseo é considerada como processo de reabsorção, levando
o paciente a apresentar alterações dentoesqueléticas. Para a resolução destas deformidades nestes pacientes a
cirurgia ortognática é realizada com o objetivo de restabelecer a parte funcional e equilíbrio do sistema estoma-
tognático junto com a melhora do perfil estético da face. Contudo, como todo o procedimento cirúrgico envolve
sucesso e riscos de insucesso, a avaliação detalhada das ATM´s deve ser realizada antecipadamente com o ci-
rurgião para que o correto plano de tratamento seja realizado, principalmente em pacientes que já apresentam
histórico de problemas articulares prévios ou diagnosticados com doenças reumáticas. A reabsorção condilar da
mandíbula caracteriza-se por uma perda de volume ósseo da ATM, com algumas características clínicas, a dimi-
nuição da altura do ramo da mandíbula com consequência desenvolvendo uma mordida aberta anterior, retrusão
mandibular, padrão dentário classe II. Realizado o diagnostico, o plano de tratamento pode variar de acordo o
prognostico de cada caso, que pode variar do tratamento clínico medicamentoso e cirúrgico com substituição to-
tal das articulações. O objetivo deste trabalho apresentar um caso clínico de uma paciente com doença reumática
que foi submetida a cirurgia ortognática e tratada com medicamentos para prevenção da reabsorção dos côndilos.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

811 – ARTROPLASTIA EM CÔNDILO BÍFIDO: RELATO DE CASO


CLÍNICO

Autores: JEFFERSON MOURA VIEIRA* (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);


CIRO BORGES DUAILIBE DE DEUS (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);
PAULO ZUPELARI GONÇALVES (HOSPITAL DE BASE DE BAURU); CLÓVIS MARZOLA (HOSPITAL DE BASE DE
BAURU); CLÁUDIO MALDONADO PASTORI (HOSPITAL DE BASE DE BAURU)

Introdução: Artroplastia em Côndilo Bífido – Relato de Caso Clínico O côndilo mandibular bífido é uma condição
rara na qual o mesmo se encontra duplicado, uni ou bi-lateralmente e com orientação latero-medial ou ântero-
-posterior. Sua descoberta muitas vezes é através de radiografias panorâmicas de rotina. Pode permanecer as-
sintomático, assim como pode apresentar diminuição da capacidade de abertura bucal, movimentos de abertura
seguidos de sintomatologia álgica, dificuldade de deglutição (disfagia) , desvio da mandíbula para o lado afetado,
entre outros. As possibilidades de tratamentos vão desde o simples acompanhamento radiográfico associados
a exames de cintilografias ósseas podendo atingir até o tratamento cirúrgico para a reanatomização do côndilo
mandibular. Este trabalho tem por finalidade apresentar um caso de uma paciente de 53 anos, gênero feminino,
acometida por côndilo bífido do tipo ântero-posterior da articulação temporomandibular ao lado direito, apre-
sentando dor aguda extremamente incapacitante e importante dificuldade de oclusão e fonação. O planejamento
para a mesma foi a intervenção cirúrgica através de um acesso de Rowe e ostectomia para remoção da porção
bífida seguida da reanatomização e plastia condilar. O pós-operatório consistiu em acompanhamento fisioterá-
pico e fonoaudiológico por um período de 6 meses iniciando imediatamente após a operação e regressão total da
sintomatologia dolorosa. Palavras-chave: ATM; côndilo mandibular; transtornos da articulação

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

34 – AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE PARESTESIA APÓS EXODONTIA


DO TERCEIRO MOLAR INFERIOR, CORRELACIONANDO
TOPOGRAFICAMENTE O DENTE COM O CANAL MANDIBULAR:
ESTUDO CLÍNICO E POR IMAGEM

Autores: VINÍCIUS RIO VERDE MELO MUNIZ* (FOUFBA);FÁBIO DE FREITAS PEREIRA FREIRE (FOUFBA);
IGOR LERNER HORA RIBEIRO (FOUFBA); JOSÉ RODRIGO MEGA ROCHA (FOUFBA);
IEDA MARGARIDA CRUSOÉ ROCHA REBELLO (FOUFBA)

Introdução: Este trabalho buscou contribuir através de avaliações de imagens pré-operatórias, na identificação
das situações anatômicas que possam apresentar maior risco de causar parestesia do nervo alveolar inferior du-
rante a exodontia de terceiros molares inferiores (3Ms). Participaram do estudo 67 pacientes que se submeteram
aos exames de radiografia panorâmica e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na avaliação pré-
-operatória para exodontia de 100 terceiros molares inferiores. A TCFC foi utilizada na determinação da relação
das raízes dos 3Ms com o canal mandibular (CM) e com o curso deste. Foram avaliados sinais radiográficos, corre-
lacionando-os com os achados clínicos e tomográficos, no intuito de determinar relações de maior e menor risco
de parestesia. A alteração neurossensorial do nervo alveolar inferior foi avaliada após o 7º dia pós-operatório e,
nos casos em que o paciente evoluiu com sinais e sintomas de parestesia, foram realizados acompanhamento e
registros sensoriais. Achados clínicos e imaginológicos foram comparados por meio dos testes qui quadrado e de
Fisher. Na TCFC, a avaliação quanto à relação entre as raízes dos 3Ms e o CM teve 11 (11,0%) casos classificados
como ausentes, 66 (66,0%) com relação de vizinhança e 23 (23,0%) casos com classificação de situação de risco.
Já a relação do curso do CM com os 3Ms, obteve os seguintes resultados: 03 (3,0%) casos de curso vestibular do
CM, 40 (40,0%) com o posicionamento lingual, 46 (46,0%) com o CM cursando abaixo das raízes e em 11 (11,0%)
casos o CM passando entre as raízes. A ocorrência da parestesia foi observada (TCFC) nos casos em que o 3M
estava em uma relação de vizinhança ou em situação de risco com o CM, tendo ocorrido em 04 casos (57,1%) e 03
casos (42,9%) respectivamente, do total de 07 casos de parestesia. Quanto ao curso do canal mandibular, o déficit
neurológico ocorreu em 04 casos (57,1%) quando o CM estava localizado lingualmente aos 3Ms, e em 03 casos
(42,9%) quando estava localizado abaixo das raízes. Deve-se considerar que a melhor forma de prevenção da pa-
restesia é a realização de um acurado planejamento pré-operatório com o conhecimento adequado da anatomia e
o uso de técnicas cirúrgicas apropriadas. Para tal, a TCFC fornece detalhes anatômicos úteis e sem sobreposição
para o planejamento cirúrgico. Descritores: Parestesia, Terceiro molar, Tomografia computadorizada, Radiografia
panorâmica, Nervo alveolar inferior.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

100 – CIRURGIA ODONTOLÓGICA EM PACIENTE PORTADOR DE


HIPOFIBRINOGENEMIA: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: KAOHANA THAIS DA SILVA* (Unioeste); MAICON PAVELSKI (Unioeste); GERALDO LUIS GRIZA (Unioeste);
ELEONOR ÁLVARO GARBIN JÚNIOR (Unioeste); NATASHA MAGRO ÉRNICA (Unioeste)

Introdução: O fibrinogênio é uma proteína do sangue, fundamental na fase final de coagulação sanguínea. A
hipofibrinogenemia é uma doença hemorrágica rara, onde ocorre uma deficiência quantitativa na produção do fi-
brinogênio, também conhecido como fator I. Os níveis sanguíneos de fibrinogênio se encontram em quantidades
menores de 100 mg/dl de sangue, comprometendo a capacidade de coagulação sanguínea do paciente, que pode
permanecer assintomático por longos períodos, ou apresentar desde sangramentos pequenos até hemorragias
graves, de origem espontânea ou, mais comumente, relacionada a traumas ou intervenções cirúrgicas invasivas.
Os sintomas irão variar de acordo com a quantidade de fibrinogênio produzido pelo organismo e sua capacidade
de funcionamento. Nos casos de pacientes diagnosticados com essa condição, é importante que haja discussão
do caso com o hematologista responsável para se definir o esquema de tratamento, tendo-se em vista o tipo de
procedimento e a disponibilidade de recurso terapêutico. O tratamento visa proporcionar a reposição dos fatores
da coagulação que se encontram deficientes. Sendo que atualmente, o tratamento da hipofibrinogenemia pode
ser feito através de componentes obtidos do plasma sanguíneo, como o concentrado de fibrinogênio, o criopreci-
pitado, ou mesmo do plasma fresco congelado (PFC). O presente estudo tem como objetivo relatar a conduta pré,
trans e pós-operatória de um paciente portador de hipofibrinogenemia, com necessidade de cirurgia odontológi-
ca para exodontia de terceiros molares. Relato de Caso: Paciente F.P., 18 anos, portador de fissura labiopalatina e
hipofibrogenemia, procurou o Centro Especializado de Atendimento a Portadores de Anomalias Craniofaciais do
Hospital Universitário do Oeste do Paraná – CEAPAC/UNIOESTE, para remoção dos terceiros molares. Devido
ao relato da existência da coagulopatia, após orientação do hematologista, o planejamento cirúrgico baseou-se
em administração de fibrinigênio concentrado duas horas antes da cirurgia, seguida da realização de exames de
tempo de ativação da protrombina (TAP) e tempo de ativação parcial da tromboplastina (KPTT). O resultado dos
exames encontrou-se dentro da normalidade. A cirurgia foi realizada e o transoperatório decorreu normalmente,
com sangramento comparável a não portadores da alteração. Realizou-se somente hemostasia com compressão
local com gaze por 5 minutos. O paciente foi acompanhado e evoluiu sem intercorrências. Conclusão: Os pacien-
tes portadores de hiofibrinogenemia podem ser submetidos a qualquer procedimento cirúrgico odontológico,
desde que sejam tomados os cuidados necessários, após planejamento do cirurgião-dentista em conjunto com o
hematologista, visando maior segurança e conforto ao paciente e à equipe profissional.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

127 – COMPARAÇÃO DO USO DA DEXAMETASONA E


DICLOFENACO SÓDICO NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO EM
CIRURGIAS DE TERCEIROS MOLARES

Autores: CARLOS ALYSSON ARAGÃO LIMA* (HGVP); VINICIUS TATSUMOTO FAVARINI (HGVP);
ALEXANDRE MACHADO TORRES (HGVP); ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HGVP); FÁBIO RICARDO LOUREIRO
SATO (HGVP)

Introdução: Objetivo: Comparar o potencial anti-inflamatório de dois protocolos farmacoterápicos, através dos
parâmetros de dor, trismo e edema, após a exodontia de terceiros molares; Metodologia: Foram selecionados
30 pacientes com inclusões simétricas dos terceiros molares, segundo classificação de inclusão dentária de Pell
e Gregory, que foram submetidos a dois procedimentos cirúrgicos, direito e esquerdo, sendo que em ambas as
cirurgias administrou-se dexametasona 8 mg no pré-operatório, com manutenção da dexametasona 8mg/dia
por 3 dias em um lado e diclofenaco sódico 150 mg/dia por 3 dias no outro, de forma randomizada, cruzada e
duplo-cego de modo que todos os pacientes funcionaram como controle de si mesmos (boca dividida). As demais
medicações utilizadas no pós-operatório, analgésico de resgate e antibioticoterapia, foram idênticas para todos
os pacientes. As variáveis analisadas foram à escala visual analógica de dor (EVA) , número total de analgésicos
consumidos, edema e trismo (de forma objetiva) , que foram analisados estatisticamente através do teste “t” de
Student. Resultados: Não houve diferença em relação à duração dos procedimentos (p=0,986) e a dor na EVA no
pós-operatório imediato (p=0,723). O consumo de dipirona foi maior (p<0,05) quando se utilizou do protoco-
lo com diclofenaco sódico. A redução de abertura bucal (p<0,05) e o edema (p<0,05) foram significativamente
menores quando se utilizou do protocolo com a manutenção da dexametasona no pós-operatório. Conclusão: O
protocolo medicamentoso com a manutenção da dexametasona no pós-operatório foi mais efetivo no controle da
dor, do trismo e do edema, após exodontia de terceiros molares, quando comparado ao protocolo com diclofenaco
sódico. Descritores: Dexametasona, Trismo, Diclofenaco

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143 – COADMINISTRAÇÃO DE DEXAMETASONA COM


NIMESULIDA NO CONTROLE DA DOR, EDEMA E TRISMO PÓS-
OPERATÓRIO

Autores: RICARDO JOSÉ DE HOLANDA VASCONCELLOS* (FOP/UPE); RENATA MOURA XAVIER DANTAS (FOP/
UPE); JIMMY CHARLES MELO BARBALHO (FOP/UPE); TASIANA GUEDES (FOP/UPE)

Introdução: Dor, edema e trismo são complicações que ocorrem, frequentemente, nas cirurgias para remoção
de terceiros molares. Como consequência do trauma cirúrgico, essas respostas inflamatórias induzem a um pós-
-operatório desconfortável quando não se utilizam fármacos que atuem no controle dos mesmos. O objetivo do
presente estudo foi comparar o efeito da coadministração de 8 mg de dexametasona e 100 mg de nimesulida
administrada 1 hora antes da remoção de terceiros molares inferiores posicionados simetricamente. O estudo
consistiu em um ensaio clínico, prospectivo, randomizado, duplo-cego, envolvendo 40 pacientes que foram ran-
domizados e alocados em 2 grupos pelo método split-mouth: Grupo 1 (dexametasona e placebo) e grupo 2 (de-
xametasona e nimesulida). Cada paciente foi submetido a 2 cirurgias em diferentes ocasiões sob anestesia local.
Os seguintes parâmetros foram avaliados: Dor (EVA) , número total de analgésicos de resgate consumidos, tempo
necessário para o consumo do primeiro analgésico de resgate, edema, trismo e satisfação dos pacientes. Diferen-
ças estatisticamente significantes foram encontradas nas variáveis dor no tempo de 2, 4, 12 horas, número total
de analgésicos de resgate e tempo necessário para o consumo do primeiro analgésico de resgate (p<0,05) , com os
maiores valores ocorrendo durante a administração de dexametasona e nimesulida. O edema e trismo durante
a administração das duas terapêuticas apresentaram valores reduzidos. As duas terapêuticas concederam satis-
fação aos pacientes. A administração de dexametasona isoladamente não apresenta benefícios sobre a dor, mas
atua na redução do edema e trismo pós-operatório. A coadministração de dexametasona e nimesulida apresenta
benefícios sobre a dor, edema e trismo em cirurgias para remoção de terceiros molares.

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206 – A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


EM FEIXE CÔNICO NA LOCALIZAÇÃO DE DENTES EM POSIÇÃO
ECTÓPICA

Autores: JULYANA GUNDIM DE CARVALHO* (UNIEVANGELICA - CENTRO UNIVERSITARIO);


PROF. MS. ITALO CORDEIRO DE TOLEDO (UNIEVANGELICA - CENTRO UNIVERSITARIO)

Introdução: A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM FEIXE CÔNICO NA LOCALIZA-


ÇÃO DE DENTES EM POSIÇÃO ECTÓPICA. O termo erupção ectópica pode ser usado abrangentemente para
caracterizar dentes que se desenvolveram em local desconforme do esperado na arcada dentária, podendo estar
inclusos nos seios faciais, apófise coronoide, fossas nasais, interior dos tecidos, entre outras estruturas anatômi-
cas da face. O diagnóstico desta condição é feito através de exame clínico e radiográfico de forma convencional,
mesmo com diversas possibilidades e técnicas radiográficas que permitem visualizar o elemento dentário, o exa-
me possibilita apenas a visualização bidimensional com presença de sobreposições. Para a realização do plano
de tratamento, planejamento cirúrgico e prognóstico do caso, se torna essencial que o cirurgião dentista saiba a
exata localização do dente e sua relação com estruturas adjacentes. No final da década de noventa o surgimentos
do aparelho de Tomografia Computadorizada Volumétrica para imagens odontológicas, com a técnica do feixe cô-
nico trouxe a disseminação de seu uso no ramo. O uso da Tomografia Computadorizada em feixe cônico (TCFC)
tem se tornado essencial por fornecer ao cirurgião-dentista detalhes tridimensionais, menos distorção, precisa
localização dos dentes, sua relação com dentes vizinhos, acidentes anatômicos e distância das corticais, possibi-
litando um plano de tratamento, planejamento cirúrgico, e prognóstico, mais precisos. O presente trabalho tem
como propósito mencionar a importância da TCFC para o planejamento cirúrgico de dentes ectópicos. Descrito-
res: Cirurgia bucal; tomografia computadorizada de feixe cônico; inclusões ectópicas; diagnóstico por imagem.

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294 – UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO TRANEXÂMICO PARA


HEMOSTASIA LOCAL APÓS EXODONTIAS UNITÁRIAS EM
PACIENTES QUE FAZEM USO DE VARFARINA: ESTUDO CLÍNICO
E RANDOMIZADO

Autores: LUIZ CARLOS ALVES JÚNIOR* (UFRN); SALOMÃO ISRAEL MONTEIRO LOURENÇO QUEIROZ (UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA
(UFRN)

Introdução: O presente trabalho trata-se de um ensaio clínico, controlado, cego e randomizado com pacientes
em terapia anticoagulante com varfarina comparando medidas de hemostáticos locais para o controle do sangra-
mento pós-exodontias. Para isso foram empregados dois métodos de hemostasia local, sendo o grupo I (controle)
utilizando somente irrigação, compressão com gaze com soro fisiológico e sutura e o grupo II (estudo) utilizando
irrigação, compressa com gaze embebida com ácido tranexâmico e sutura. A amostra foi composta de 37 pacien-
tes com media de idade de 45,5 anos, sendo 62,2% do sexo feminino. Após randomização 20 foram alocados para
o grupo controle e 17 para o grupo estudo, sendo realizado um procedimento cirúrgico por paciente. O tempo
de realização do procedimento cirúrgico durou em média 30,9 (±7,5) minutos. Todas variáveis que poderiam in-
terferir no desfecho foram semelhantes entre os grupos, não sendo verificadas diferenças significativas (p>0,05).
Na avaliação da hemostasia imediata a média para conseguir o estancamento do sangramento foi de 9,1 (±3,6)
minutos. No grupo estudo o tempo para conseguir essa hemostasia foi bem menor se comparado com o controle,
sendo essa diferença (6,018 / IC 95%: 4,677-7,359) estatisticamente significante (p<0,001). Avaliando o controle
do sangramento de forma mediata o uso do ácido tranexâmico se mostrou mais associado significativamente
com a não ocorrência de sangramento, principalmente nas primeiras 24h. Assim sendo essa medida de hemosta-
sia local de forma tópica como compressa com gazes e irrigação local foi eficaz como um protocolo de hemostasia
local na redução do tempo de hemostasia imediata e prevenção do sangramento mediato.

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310 – CONTROLE DA ANSIEDADE ODONTOLÓGICA: ESTUDO


COMPARATIVO DO MIDAZOLAM E ÓXIDO NITROSO EM
PACIENTES SUBMETIDOS A EXTRAÇÕES DE TERCEIROS
MOLARES

Autores: DARKLILSON PEREIRA SANTOS* (FORP/USP); MARCUS ANTÔNIO BRÊDA-JÚNIOR (FORP/USP);


EMANUELA PRADO FERRAZ (FORP/USP); FABÍOLA SINGARETTI DE OLIVEIRA (FORP/USP);
VALDEMAR MALLET DA ROCHA-BARROS (FORP/USP)

Introdução: Embora o emprego de anestesia local torne a extração de terceiros molares um procedimento pratica-
mente indolor, a intervenção cirúrgica frequentemente leva a manifestações de ansiedade com diferentes impli-
cações clínicas. Pacientes com moderado ou alto grau de ansiedade podem ser beneficiados mediante o emprego
de sedação oral ou sedação consciente com a mistura de óxido nitroso e oxigênio. O objetivo deste trabalho é ava-
liar comparativamente o efeito do midazolam e do óxido nitroso associado ao oxigênio em extrações de terceiros
molares inferiores, na alteração do nível de ansiedade dos pacientes por meio da dosagem de cortisol salivar, no
nível de saturação de oxigênio, na frequência cardíaca e na pressão arterial. Realizou-se um estudo split-mouth,
no qual vinte e oito pacientes do gênero masculino foram submetidos à extração de terceiros molares inferiores
sob anestesia local e sedação com midazolam e óxido nitroso associado ao oxigênio. Foram obtidos dados objeti-
vos (dosagem de cortisol salivar, saturação de oxigênio, frequência cardíaca e pressão arterial) e subjetivos (Escala
de Ansiedade Odontológica de Corah). Por meio do cortisol salivar, quarenta minutos após a administração do
midazolam, houve diferença estatisticamente significante quando comparado com o valor médio basal, não ocor-
rendo o mesmo com o óxido nitroso associado ao oxigênio. O nível de saturação de oxigênio, a frequência cardíaca
e a pressão arterial mantiveram-se estáveis, dentro dos padrões aceitáveis. O midazolam foi o método de sedação
mais eficaz para redução do nível de cortisol salivar. Ambas as técnicas de sedação mostraram-se seguras, sem
alterações significativas na saturação de oxigênio, frequência cardíaca e pressão arterial. Palavras-chave: midazo-
lam; óxido nitroso; cirurgia dento-alveolar

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337 – REMOÇÃO DE AGULHA FRATURADA PRÓXIMO A BASE DE


CRÂNIO:
RELATO DE CASO

Autores: EDUARDO SANTANA JACOB* (FORP/USP);BRUNO HENRIQUE MARINHEIRO (FORP/USP);


LUIZ FERNANDO GRACINDO (FORP/USP); ALEXANDRE ELIAS TRIVELLATO (FORP/USP);
CASSIO EDVARD SVERZUT (FORP/USP)

Introdução: Acidentes e complicações durante a anestesia local são comuns apesar do número reduzido de relatos
na literatura. O cirurgião Buco-Maxilo-Facial em especial, devido ao uso rotineiro das técnicas anestésicas e ao maior
conhecimento anatômico da área, acaba sendo solicitado para tratamento dessas complicações. Dentre os possíveis
acidentes, a fratura de agulha é incomum. Com a evolução tecnológica, agulhas descartáveis de aço inoxidável flexível
foram fabricadas, tornando raro esta ocorrência. Razões para este acidente podem estar associadas a falha na fabrica-
ção da agulha, erros na execução da técnica e movimentação súbita do paciente durante a punção. O bloqueio do nervo
alveolar inferior é relatado com maior frequência nos casos de fratura de agulha, com o fragmento geralmente alojado
no espaço pterigomandibular. Dor, risco de dano adicional as estruturas anatômicas e o aspecto psicológico do paciente
e do profissional justificam a remoção da agulha fraturada na maioria dos casos. Caso o fragmento da agulha esteja
posicionado profundamente aos tecidos moles, sua remoção imediata geralmente não é indicada. A remoção tardia
baseia-se na expectativa de formação de um tecido cicatricial encapsulando a agulha a fim de que sua remoção seja faci-
litada após algumas semanas. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente, do gênero feminino, 30 anos,
a qual foi encaminhada ao serviço de Residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto - USP com histórico de fratura de agulha durante o bloqueio do nervo alveolar inferior
direito ocorrido no mesmo dia. O acidente ocorreu durante uma consulta de rotina em um consultório odontológico,
onde o profissional após a fratura, informou a mesma do ocorrido e encaminhou ao serviço para tratamento do caso.
Ao exame físico, notava-se discreta limitação de abertura bucal e desvio mandibular durante a abertura bucal para a
esquerda. Queixas álgicas e parestesia eram ausentes. A tomografia computadorizada mostrava a agulha no espaço
pterigomandibular, medialmente ao ramo mandibular direito. A conduta inicial da equipe foi aguardar 8 semanas para
a remoção do fragmento de agulha com a esperada formação de tecido cicatricial local. Após esse período, um novo
exame tomográfico foi realizado, evidenciando uma migração da agulha em direção a base de crânio, estando próximo
ao processo estiloide e demais estruturas locais. A angiotomografia foi solicitada da região, evidenciando proximidade
do fragmento com vasos sanguíneos calibrosos. A paciente foi submetida a cirurgia para remoção do fragmento de
agulha, sob anestesia geral. O procedimento cirúrgico foi realizado sem intercorrências pelo acesso intrabucal na região
do espaço pterigomandibular, e com o auxílio do intensificador de imagem, foi possível sua localização e consequente
remoção. Pequena limitação de abertura bucal e discretas quixas álgicas durante a alimentação foram as queixas pós-
-operatória.

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464 – RARA COMPLICAÇÃO APÓS REMOÇÃO DE TERCEIRO


MOLAR SUPERIOR: RELATO DE CASO

Autores: FABRICIO DE LAMARE RAMOS* (HUWC-UFC); ALEXANDRE SIMÕES NOGUEIRA (HUWC-UFC);


FÁBIO WILDSON GURGEL COSTA (HUWC-UFC); ALEXANDRE MARANHÃO MENEZES NETO (HUWC-UFC);
EDUARDO COSTA STUDART SOARES (HUWC-UFC)

Introdução: A remoção de terceiros molares é um dos procedimentos mais comuns realizados pelos cirurgiões
bucomaxilofaciais, sendo a frequência de complicações entre 2,6% e 30,9%. As complicações relatadas na litera-
tura variam desde trismo e hemorragia até abscesso cerebral e asfixia por hematoma. O presente trabalho tem
como objetivo descrever um relato de caso de paciente com processo infeccioso persistente em espaço bucal após
exodontia de terceiro molar superior, sem causa identificável. Paciente, sexo feminino, 26 anos, normossistêmi-
ca, foi encaminhada ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Walter
Cantídio, após exodontia do elemento dentário 28. O exame clínico inicial revelou quadro clínico compatível
com abscesso de origem odontogênica envolvendo a hemi-face do lado esquerdo, além de drenagem espontânea
via alveolar, sob uso de amoxicilina. A conduta inicial foi a mudança do regime terapêutico para amoxicilina e
ácido clavulânico, seguido pelo acréscimo de metronidazol, ambas as tentativas não obtiveram sucesso. Diante
da evolução do quadro e da falta de cooperação da paciente, realizou-se a drenagem por via intra-oral em centro
cirúrgico sob sedação. A falta de involução do quadro após 10 dias da realização da primeira drenagem cirúrgica,
inclusive com recrudescimento do edema facial e reinício da dor, optou-se pela internação hospitalar, antibio-
ticoterapia endovenosa, realização de tomografia computadorizada e novo procedimento cirúrgico. Agora sob
anestesia geral, o segundo procedimento de drenagem foi realizado por acesso extra-oral, sendo encontrado uma
gaze no leito da infecção. Após essa intervenção, ocorreu involução do edema e da dor, sendo debelada o quadro
de infecção. Atualmente, o paciente se encontra com 6 meses de acompanhamento sem sinais e sintomas de in-
fecção. Tal situação serve para alertar o cirurgião bucomaxilofacial de que, embora seja incomum, a causa do insu-
cesso de uma infecção refratária pode estar relacionada a presença de um corpo estranho na intimidade tecidual.

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468 – EXODONTIA DE CANINO INCLUSO

Autores: WALDECK NEIVA EULÁLIO NETO* (UFPI); ALAN LEANDRO CARVALHO DE FARIAS (UFPI);
LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (UFPI); PROF. DR. WALTER LEAL DE MOURA (UFPI);
PROF. CARLOS EDUARDO MENDONÇA BATISTA (UFPI)

Introdução: Os caninos superiores permanentes, depois dos terceiros molares, apresentam maior ocorrência de
impactação, especialmente na região palatina. A principal causa de impactação é a ausência de espaço na arcada
dentária e o gênero mais acometido de acordo com a literatura tem sido o feminino, na segunda década de vida
com ocorrência unilateral. O diagnóstico precoce através de radiografia de rotina tem contribuído para a ma-
nutenção e restabelecimento da posição deste dente na arcada dentária, entretanto nem sempre o tratamento
conservador é indicado e assim o procedimento de extração por vezes é a primeira opção. A escolha do tratamen-
to deve ser baseada numa série de fatores, tais como: idade do paciente, grau de cooperação e receptividade ao
tratamento, relação maxilomandibular, comprimento dos arcos dentais, posição do dente incluso, anquilose ou
dilaceração do dente. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de uma paciente que foi encaminhada
pelo ortodontista ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário-UFPI
apresentando inclusão de canino superior em região anterior de maxila no qual o tratamento de escolha foi a sua
remoção cirúrgica. O procedimento evoluiu sem complicações e o paciente encontra-se em acompanhamento
ambulatorial neste serviço. Em vista destes argumentos, é importante que o cirurgião Bucomaxilofacial tenha
conhecimento técnico-científico para o correto tratamento das inclusões dos caninos permanentes.

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578 – EFEITO DA APLICAÇÃO DA LASERTERAPIA NO PÓS-


OPERATÓRIO DE EXODONTIA DOS TERCEIROS MOLARES
INFERIORES

Autores: RAYZA RECHETNICOU* (LADCO/CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA);


RENATA LAIS ALMEIDA CRUZ (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCA E MAXILOFACIAL. HOSPITAL DAS CLÍNICAS
- UFG); LUCIANE REZENDE COSTA (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCAL E MAXILOFACIAL. UFG);
GIOVANNI GASPERINI (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCA E MAXILOFACIAL. HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFG);
MÁRIO SERRA FERREIRA (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCAL. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANAPOLIS - UNIE-
VANGÉLICA)

Introdução: Este trabalho teve por objetivos investigar a ação do laser de baixa intensidade em exodontia de
terceiros molares inferiores, por meio da aplicação de infravermelho, no pós operatório imediato e testar assim
duas hipóteses: a aplicação de laser reduz o edema pós-operatório (1) e reduz a sintomatologia dolorosa (2).
Para o exposto, foram selecionados dezenove pacientes saudáveis que se submeteram a exodontia dos terceiros
molares em sessão única. A terapia do laser de baixa intensidade consistiu na aplicação extra-oral e intra-oral
de um lado da face após a cirurgia (lado irradiado). A aplicação no outro lado foi simulada (lado não-irradiado).
O lado irradiado e não-irradiado foram comparados em relação ao edema e dor. A avaliação da dor realizou-se
por meio de escala analógica de dor no pós-operatório imediato, primeiro, segundo e terceiro dia. O edema
foi avaliado somente no terceiro dia. O lado irradiado apresentou menor edema no terceiro dia com diferen-
ça estatisticamente significante quando comparado ao lado não irradiado. Entretanto, a dor não apresentou
diferença entre os lados estudados. De acordo com os parâmetros utilizados neste estudo, concluiu-se que a
aplicação do laser em baixa intensidade promoveu redução de edema no pós-operatório, porém não teve efeito
sobre a sintomatologia dolorosa.

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581 – CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA COM LASER DE DIODO EM


PACIENTE PÓS-ONCOLÓGICO

Autores: BERNARDO OTTONI BRAGA BARREIRO* (PUCRS); FERNANDO DE OLIVEIRA ANDRIOLA (PUCRS);
AUGUSTO WINGER (PUCRS); ROGÉRIO PAGNONCELLI (PUCRS);

Introdução: Lesões tumorais malignas em face, muitas vezes, necessitam de ressecção cirúrgica com margem de
segurança e deslocamento de tecido para fazer o fechamento do sítio operatório. Na odontologia o carcinoma es-
pinocelular é a neoplasia maligna mais frequente em mucosa bucal (NEVILLE, 2009; MONTERO; PATEL, 2015).
Na área operada há alterações nos tecidos moles, forma-se tecido de cicatrização que não possui as mesmas ca-
racterísticas biomecânicas dos tecidos originais, a reabilitação bucal desses pacientes pode ser difícil pela fibrose
local. Várias técnicas podem ser utilizadas para cirurgias pré-protéticas de remoção de bridas e aprofundamento
de fundo de vestíbulo bucal, essas podem ser feitas com bisturi frio, bisturi elétrico e/ou laser cirúrgico (ILÁRIA,
2015). Relato do caso clínico: A paciente, I.S.C. do sexo feminino com 63 anos de idade e sem comorbidades sis-
têmicas, fez remoção cirúrgica de lesão tumoral em mucosa jugal do lado direito. No exame anátomo patológico
o diagnóstico foi de carcinoma espinocelular bem diferenciado, superficial e com limites cirúrgicos livres. Cinco
anos após a remoção do carcinoma foi realizada a remoção das bridas e aprofundamento de sulco vestibular, sob
anestesia local infiltrativa, com laser cirúrgico de diodo com um comprimento de onda contínua de 808 nm. As
incisões, luz laser infravermelho de alta potência, foram feitas com aplicação de 3 W de potência do laser. Previa-
mente ao procedimento cirúrgico pré-protético a paciente foi moldada e foram confeccionadas duas goteiras para
serem usadas nos primeiros quinze dias pós-operatórios. Discussão: O uso do Laser Cirúrgico de Diodo é uma
alternativa para cirurgias pré-protéticas de aumento do fundo de sulco e remoção das bridas vestibulares e pode
ser usada com segurança em procedimentos cirúrgicos ambulatórias. O laser cirúrgico apresenta como vantagem
menor sangramento tanto durante o procedimento quanto no pós-operatório, comparando ao bisturi frio e elé-
trico (ILÁRIA, 2015; GARGARI, 2011).

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674 – COMPLICAÇÃO EM EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR


COM NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO CIRÚRGICA EM ÂMBITO
HOSPITALAR

Autores: FERNANDA MARIA RODRIGUES FERREIRA* (UNINOVAFAPI); WALTER LEAL DE MOURA (UFPI);
LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (UFPI); CARLOS EDUARDO MENDONÇA BATISTA (UFPI);
MARIA CAROLINA BONA LEITE (UNINOVAFAPI)

Introdução: A exodontia de terceiros molares configura-se como o procedimento mais comumente realizado na
especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. A remoção cirúrgica de terceiros molares pode re-
sultar em uma série de complicações como dor, trismo, edema, sangramento, alveolite, fraturas dento-alveolares,
injúrias periodontais a dentes adjacentes e/ou a ATM, parestesia temporária ou permanente, infecções abran-
gendo espaços faciais, fratura óssea da tuberosidade maxilar e/ou da mandíbula, comunicações buco-sinusais,
deslocamento de dentes para regiões anatômicas nobres, entre outras. Atenção aos detalhes cirúrgicos, incluindo
o preparo do paciente, a assepsia, o manejo cuidadoso dos tecidos, o controle da força aplicada com o instrumen-
tal, o controle da hemostasia e as adequadas instruções pós-operatórias, devem ser observados, a fim de evitar
eventuais acidentes e complicações. Este trabalho tem por objetivo relatar o caso do paciente C.C.F.F, 17 anos,
que compareceu ao consultório do cirurgião dentista com quadro álgico referente ao 3º molar inferior esquerdo e
limitação de abertura bucal. Diagnosticado com pericoronarite, o paciente foi submetido à intervenção cirúrgica,
em âmbito ambulatorial, para remoção do elemento dentário. Contudo, no transoperatório, ocorreu um acidente
que resultou em um deslocamento do dente para espaço medial e inferior da mandíbula. Devido à posição a qual
o dente fora deslocado, o paciente apresentava muita dor, sialorréia e trismo; inviabilizando a execução do pro-
cedimento na cadeira odontológica. O paciente foi então encaminhado ao ambulatório do serviço de CTBMF do
Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para avaliação e posterior tratamento. Após acurada anamnese, exame
físico e avaliação da Tomografia Computadorizada afim de se obter, com precisão, a real posição do dente; o pa-
ciente foi levado ao centro cirúrgico do HUT, onde foi realizado o procedimento sob anestesia geral. O dente foi
retirado do espaço para o qual foi deslocado e o paciente evoluiu bem, sem queixas ou indícios de complicações
pós-cirúrgicas. Descritores: Terceiro molar; cirurgia bucal; trismo

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

804 – CORTICOTOMIA ASSOCIADA À ORTODONTIA COMO


COADJUVANTE NAS MOVIMENTAÇÕES DENTÁRIAS E RELATO
DE CASO CLÍNICO

Autores: CIRO BORGES DUAILIBE DE DEUS* (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);


JEFFERSON MOURA VIEIRA (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);
AILTON GARCIA BOGALHO JÚNIOR (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);
PAULO ZUPELARI GONÇALVES (HOSPITAL DE BASE DE BAURU);
CLÁUDIO MALDONADO PASTORI (HOSPITAL DE BASE DE BAURU)

Introdução: Corticotomia é definida como uma osteotomia limitada à cortical óssea, tendo sido utilizada como
procedimento auxiliar no tratamento ortodôntico de maloclusões diversas. É um procedimento cirúrgico de re-
moção parcial da camada cortical de osso alveolar seguido imediatamente da aplicação de forças ortodônticas.
Quando esta terapêutica é adotada, o tempo de tratamento é reduzido consideravelmente devido à diminuição
da densidade óssea e, consequente diminuição da resistência ao movimento ortodôntico. O conceito mais novo
de corticotomia é suportado pelo Fenômeno Aceleratório Regional (Rapid Acceleratory Phenomenon - RAP) , ca-
racterizado pela aceleração do metabolismo ósseo, além do decréscimo da densidade óssea localizada. O presente
estudo reporta um caso clínico-cirúrgico de tratamento ortodôntico em associação com a cirurgia da corticoto-
mia com finalidade de agilizar as movimentações dentárias. Palavras-chave: corticotomia; osteotomia; cortical;
ortodôntico.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

808 – TRACIONAMENTO DE CANINO ASSOCIADO À


CORTICOTOMIA EM PACIENTE ADULTO: RELATO DE CASO

Autores: DAURO DOUGLAS OLIVEIRA* (PUC Minas); DANIEL FONSECA DOS SANTOS (PUC Minas);
LARISSA SALGADO DA MATTA CID PINTO (PUC Minas); RICARDO GONTIJO HOUARA (PUC Minas);
BRUNO FRANCO DE OLIVEIRA (PUC Minas)

Introdução: O tracionamento ortodôntico-cirúrgico de caninos impactados comumente representa um desafio


para a ortodontia. Para alcançar resultados favoráveis esse tratamento requer uma boa abordagem interdiscipli-
nar entre cirurgião e ortodontista. Inicialmente, através da técnica cirúrgica empregada e, posteriormente, com
um sistema eficiente de aplicação de força. Quando essa situação é encontrada em pacientes adultos o tratamento
passa a ser ainda mais desafiador, podendo requerer diferentes condutas na técnica cirúrgica. O objetivo desse
relato de caso é demonstrar o tracionamento de canino incluso associado com corticotomia em uma paciente de
55 anos. No mesmo momento da colagem do botão ortodôntico, as corticotomias foram realizadas contornando
a coroa do canino incluso e na direção do movimento a ser realizado, com a finalidade de diminuir a resistência
da cortical e aumentar o “turnover” celular na região. A tração foi feita com auxílio de implante ortodôntico.
Conseguiu-se ao final do tratamento o ideal posicionamento do canino, sem comprometimento periodontal ou
reabsorções radiculares. Portanto, a corticotomia é uma excelente técnica para auxiliar a movimentação dentária
num tempo mais rápido que o convencional, além de ser uma ótima indicação em tratamento ortodôntico em
pacientes adultos.

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Apresentação: Cirurgia endoscópica, navegação e novas tecnologias

227 – TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO EM PACIENTES


TRAUMATIZADOS COM FRATURAS ORBITAIS PÓS-
CRANIOTOMIA

Autores: GONZALO MARTINOVIC GUZMAN* (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO);


DANIELA CONTANZA ESPINOZA ESPINOZA (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO);
JERKO RAFFO SOLARI (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO);
JAIME MAYORGA MALDONADO (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO)

Introdução: O trauma de alta energia é cada vez mais frequente e muitas vezes é necessário um tratamento cirúr-
gico multidisciplinar. Fatores como álcool e drogas, juntamente com o comportamento irresponsável de adoles-
centes e adultos jovens, tem contribuído a aumento de acidentes automobilísticos e da violência que produzem
vários tipos de trauma. A paciente N.A.J.C., 21 anos de idade, sem história mórbida de importância sofreu um
acidente de carro por excesso de velocidade, e o passageiro no assento traseiro sestava em cinto de segurança e
bêbado. Foi diagnosticada com TCE aberto grave e contusão pulmonar. No TAC DE cérebro feito inicialmente
revelou-se fratura cominutiva fronto-temporal, se estendendo ao osso parietal directo, coleção extradural que
compromete a espessura da região fronto-parietal até 8 mm com várias bolhas de gás, foco de contusão hemorrá-
gica adjacente à fratura frontoparietal e fratura cominutiva deslocada da base do crânio, de parede lateral, medial
e assoalho da órbita earco zigomático, associado com hemosinus. O tratamento de emergência em HMS consistiu
em esquirlectomía ampla e limpeza, descompressão doosso temporal, craniotomia frontal direita paramediana
e drenagem do hematoma extradural e instalação de captor PIC. Tratamento de fratura orbitozigomática é di-
ferente para pior prognóstico de pacientes e com risco de vida. O paciente foi operado 5 dias pós-craniotomia
pela equipe de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e ENT para descompressão e fratura orbital endoscópica, redução e
fixação de fratura zigomático. Durante a cirurgia é possível remover o fragmento de osso é comprimindo o mús-
culo recto médio também é removido múltiplos fragmentos ósseos esfenoidais. O tratamento endoscópico foi
indicado neste caso por causa da incapacidade de acessar o fragmento de osso etmoide sem fazer o acesso amplo
e a possibilidade de danificar as estruturas oculares. Além disso, este tipo de tratamento tem muitas vantagens
dentre as quais destacamos a possibilidade de fazer pequenas incisões, é menos traumática, a menor associação
de complicações da ferida cirúrgica, gera menos estresse pós-operatória e causa menos dor e favorece uma recu-
peração mais rápida, mas tem desvantagens, bem como a necessidade de adquirir equipamentos e instrumentos
especiais, exige formação de pessoal médico, requer treinamento do cirurgião para conseguir uma boa coorde-
nação olho-mão e a percepção tátil é alterada. Apesar disso, temos de considerar este tratamento, pois permite
“Miniaturizar nossos olhos e esticar as mãos para fazer as intervenções [...] em sites que você só tem acesso a ele
o faria por incisões muito extensas.” A cirurgia endoscópica é uma opção de tratamento muito útil e temos de ter
isso em conta, a fim de oferecer aos nossos pacientes o melhor tratamento possível.

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Apresentação: Cirurgia endoscópica, navegação e novas tecnologias

828 – AUXÍLIO DOS BIOMODELOS EM CIRURGIAS FACIAIS


RECONSTRUTIVAS: SÉRIE DE CASOS

Autores: DEYVID DA SILVA REBOUÇAS* (Ebmsp); EDUARDO DE LIMA ANDRADE (Ebmsp);


TILA FORTUNA COSTA (Ebmsp); THIAGO SOARES DE FARIAS (Ebmsp); ADRIANO FREITAS DE ASSIS (Ebmsp)

Introdução: Os defeitos ósseos na região maxilofacial podem ser consequências de traumas, exérese de tumores
e anomalias congênitas e suas reconstruções apresentam-se como um grande desafio ao cirurgião, visto que a
arquitetura facial apresenta uma anatomia complexa. Os biomodelos são obtidos através de tomografia compu-
tadorizada do paciente e sua utilização pode contribuir no processo diagnóstico por possibilitar estudo tridimen-
sional do defeito do esqueleto facial, auxilia no planejamento cirúrgico, permite simular as manobras cirúrgicas
que serão realizadas, acura a previsão dos tipos e da extensão dos materiais de síntese e de reconstrução que serão
utilizados, bem como permite a customização de prótese previamente a cirurgia, o que viabiliza uma melhor
adaptação destas ao contorno facial. A cirurgia bucomaxilofacial realizada com o uso de biomodelos apresenta
diversas vantagens, tais como: previsibilidade dos movimentos cirúrgicos e das dificuldades operatórias, plane-
jamento da forma dos materiais de enxerto, modelagem prévia dos materiais de síntese, redução do tempo da
cirurgia, menor risco de infecção, menor morbidade. O objetivo deste trabalho é demonstrar as vantagens do uso
do bioprotótipo na cirurgia bucomaxilofacial através do relato de 05 casos que foram conduzidos no Serviço de
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/Hospital Geral Rober-
to Santos. Palavras-chaves: Traumatismos faciais, Ossos Faciais, Reconstrução.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

64 – ALTERNATIVA PARA EXPANSÃO DA MAXILA


CIRURGICAMENTE ASSISTIDA

Autores: GUILHERME SCHULDT* (UFPR); RODRIGO LIMA (PUCPR); MICHELLE FERNANDES FAST (UNIVERSIDA-
DE POSITIVO); TUANNY CARVALHO DE LIMA NASCIMENTO (HOSPITAL ERASTO GARTNER); JOÃO LUIZ CARLINI
(UFPR)

Introdução: A expansão da maxila assistida cirurgicamente é uma técnica utilizada para corrigir a deficiência
transversal da maxila, que é uma anomalia dentofacial relacionada à diminuição do arco superior em relação ao
arco inferior. É aplicada em pacientes no final da adolescência e em adultos devido à maturidade esquelética,
causando a obliteração da sutura intermaxilar, que exige o procedimento ortodôntico, e associado ao cirúrgico.
Tem como objetivo descrever através da técnica modificada e apontar as possíveis vantagens com esta modifica-
ção, como a manutenção da estética, a maior estabilidade ao longo prazo, o retorno. Diferentemente da técnica
convencional, onde a osteotomia é realizada na sutura intermaxilar, na técnica modificada as osteotomias são
realizadas entre o canino e o incisivo lateral, e como resultado obtivemos uma melhor estética, já que os diaste-
mas são mais discretos, a cicatrização óssea é mais rápida pela menor diástase óssea gerada, apresenta um retor-
no mais rápido à ortodontia, maior estabilidade num curto prazo, as forças sobre as estruturas periodontais são
minimizadas, evita mudança da linha media e facilita o alinhamento, principalmente dos caninos. Concluindo
uma melhora da estética no pós-operatório imediato visto que são formados dois diastemas menores; maior esta-
bilidade à curto prazo, visto que as diástases ósseas são menores facilitando a cicatrização óssea; retorno precoce
para tratamento ortodôntico.

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72 – EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA CIRURGICAMENTE


ASSISTIDA

Autores: TATIANA RAMIRES BARONE* (IAMSPE); MICHEL BURIHAN CAHALI (IAMSPE); JOSE ROBERTO BARONE
(IAMSPE)

Introdução: A deficiência transversal da maxila é uma anomalia dentofacial relacionada à diminuição do diâmetro
do arco maxilar. Esta situação patológica também denominada de atresia maxilar, é frequentemente encontrada
em pacientes que apresentam mordida cruzada posterior e apinhamento dental na região anterior. Este tipo de
deformidade está muitas vezes associado a deficiência respiratória nasal, sendo um importante fator etiopatogê-
nico. O tratamento destas deformidades podem ser feitos através da ortopedia funcional dos maxilares, ou través
das expansões cirúrgicas da maxila, ficando na dependência da idade do paciente e também no grau da atresia
maxilar . O presente trabalho aborda os principais aspectos ligados a Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente
Assistida, desde suas indicações, técnicas cirúrgicas e tipos de aparelhos expansores utilizados.

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74 – AVALIAÇÃO DA POSIÇÃO ANATÔMICA DO CANAL


MANDIBULAR EM RELAÇÃO AOS SEGMENTOS DA OSTEOTOMIA
SAGITAL DO RAMO MANDIBULAR

Autores: VICTOR DINIZ BORBOREMA DOS SANTOS* (UFRN); MÁRCIO MENEZES NOVAES (UFRN);
JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES (UFRN); ADRIANO ROCHA GERMANO
(UFRN)

Introdução: Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação tomográfica da posição anatômica do canal
mandibular, com a posição trans-operatória do nervo alveolar inferior após a separação da osteotomia sagital do
ramo mandibular. Neste estudo transversal prospectivo, foram avaliadas 20 tomografias computadorizadas de
pacientes portadores de deformidades dentofaciais que se submeteram a osteotomia sagital do ramo mandibular
bilateralmente. Foram realizadas medidas como a distância do canal mandibular à superfície interna da cortical
bucal e lingual, espessura da mandíbula, densidade óssea (unidades Hounsfield) e proporção de osso medular e
cortical em 3 regiões diferentes. Analisou-se, no trans-operatório, em qual segmento o nervo ficou aderido após
a separação da osteotomia sagital do ramo mandibular e estes dados foram correlacionados. Das 40 osteotomias
avaliadas, foi observado que a espessura mandibular, a distância do canal mandibular à cortical bucal e a distância
do canal mandibular a cortical lingual estão relacionadas significativamente (p<0,05) com a posição trans-ope-
ratória do nervo alveolar inferior. Palavras chave: Osteotomia sagital do ramo mandibular; Nervo Mandibular;
Cirurgia ortognática.

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107 – COMPARAÇÃO NA ESTABILIDADE NA FIXAÇÃO DA


OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO MANDIBULAR ENTRE DOIS
TIPOS DE PLACAS DE TITÂNIO: ESTUDO BIOMECÂNICO EM
MANDÍBULAS DE CARNEIRO

Autores: GUILHERME DOS SANTOS TRENTO* (UFPR); PAOLA FERNANDA COTAIT DE LUCAS CORSO (UFPR);
CAMILA DE OLIVEIRA TOMAZ (UFPR); LEANDRO EDUARDO KLUPPEL (UFPR); RAFAELA SCARIOT (UFPR)

Introdução: O presente estudo teve por objetivo avaliar comparativamente, in vitro, a estabilidade biomecânica
promovida pela fixação da osteotomia sagital de ramo mandibular quando da utilização de dois diferentes for-
matos de placas de titânio. Sete mandíbulas de carneiro preservadas e de pesos semelhantes foram selecionadas,
dissecadas com completa remoção de estruturas moles e seccionadas em sua linha média, dividindo as hemiman-
díbulas em dois grupos. Após realizar osteotomia sagital de ramo mandibular, com auxílio de serra reciprocante
e conforme técnica descrita amplamente na literatura, seguido de avanço de 5mm, as hemimandíbulas direitas
receberam a fixação com 1 placa reta com 4 furos e 4 parafusos monocorticais (grupo controle) e as hemimandí-
bulas esquerdas receberam fixação com 1 placa formato “L” com 4 furos e 4 parafusos monocorticais. Em seguida,
foram realizados testes mecânicos de carregamento linear com o objetivo de avaliar a resistência dos sistemas de
fixação às forças exercidas sobre os segmentos ósseos. As médias (desvio-padrão) dos valores da carga compres-
siva foram 70.68N (22.26) para as placas retas, enquanto que, para as placas em formato L, os valores obtidos
foram 78.80N (32.54). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística utilizando o Teste t de Student
para amostras independentes, demonstrando que os dois sistemas de fixação testados apresentam resistência
semelhante ao deslocamento durante o teste de flexão.

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128 – TRATAMENTO CIRÚRGICO COM PLANEJAMENTO DIGITAL


DE MICROSSOMIA HEMIFACIAL: RELATO DE CASO

Autores: JOÃO NUNES NOGUEIRA NETO* (UFBA/HUPES; HSA/OSID);


GABRIEL QUEIROZ VASCONCELOS OLIVEIRA (UFBA/HUPES; HSA/OSID);
ANDERSON DA SILVA MACIEL (UFBA/HUPES; HSA/OSID); ARLEI CERQUEIRA (UFBA/HUPES; HSA/OSID);
WEBER CEO CAVALCANTE (UFBA/HUPES; HSA/OSID)

Introdução: O tratamento de pacientes portadores de deformidades congênitas cursando com assimetrias faciais
constitui um grande desafio. A microssomia hemifacial é a segunda anomalia facial mais frequente entretanto
sua etiologia não é totalmente conhecida. Sabe que o incorreto desenvolvimento durante a fase embrionária nos
primeiros e segundos arcos branquiais afetem as estruturas derivadas. O nível de comprometimento é variável,
podendo acometer regiões: auricular, ocular, padrão esquelético e tecido mole adjacente; individualmente ou em
conjunto. Seu correto planejamento e tratamento é desafiador para o cirurgião devido às limitações impostas
pela anomalia. As informações obtidas através de documentações orto-cirúrgicas convencionais não se mostram
suficientes para o planejamento. Devido à imprecisão nas fases iniciais, as etapas de montagem em articulador
e cirurgia de modelos são prejudicadas, e os splints interdentários irão incorporar os erros acumulados ao longo
deste processo. Com o advento da Tomografia Computadorizada Cone Beam somada à utilização de softwares
operacionais, o planejamento digital ganhou destaque nos últimos anos, principalmente para casos complexos,
com resultados mais precisos e previsíveis. Existem diversos softwares disponíveis no mercado e cabe ao cirur-
gião utilizar aquele que melhor se adequa às suas necessidades e ao tratamento proposto. Assim, o objetivo do
presente trabalho é relatar um caso de paciente do gênero feminino, 18 anos, portadora de microssomia hemifa-
cial, submetida à cirurgia ortognática utilizando o planejamento digital.

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166 – A UTILIZAÇÃO DO POLIMETILMETACRILATO NA


CORREÇÃO CIRÚRGICA DOS DEFEITOS MAXILOFACIAS

Autores: DANIEL JORGE DA SILVA MONTEIRO DE FREITAS* (UFBA); RAFAEL FERNANDES DE ALMEIDA NERI
(UFBA); CLARISSE SAMARA DE ANDRADE (UFBA); WEBER CÉO CAVALCANTE (UFBA);

Introdução: A correção dos defeitos na região maxilofacial sempre foi um grande desafio para os cirurgiões buco-
-maxilo-faciais, entre muitas dificuldades a própria escolha de materiais reconstrutivos já se constitui num desa-
fio devido a todos os pré-requisitos necessários ao material “ideal”. Na cirurgia Bucomaxilofacial, o uso do osso
autógeno ainda é o padrão ouro para as reconstruções, porém os materiais aloplásticos vem se tornando uma
alternativa muito interessante. Acreditamos que Polimetilmetacrilato é uma alternativa segura e eficaz na camu-
flagem de defeitos faciais, tornando-se uma excelente opção para substituição óssea. O objetivo desse trabalho
é apresentar as vantagens e desvantagens da utilização do PMM na cirurgia bucomaxilofacial e correlacionando
com casos clínicos.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

172 – USO DO CONTRA-ÂNGULO PARA FIR EM CIRURGIA


ORTOGNÁTICA

Autores: RICHELI RODRIGUES DE SOUZA* (PUCRS); GABRIEL PORTELLA POZZOBON (PUCRS); ORION LUIZ
HAAS (PUCRS); OTÁVIO EMMEL BECKER (PUCRS); ROGÉRIO BELLE DE OLIVEIRA (PUCRS)

Introdução: Este trabalho visa apresentar o uso do contra-ângulo para Fixação Interna Rígida da osteotomia
sagital bilateral em cirurgia ortognática. Como vantagens pode-se destacar a ausência de acessos transcutâneo
e consequentemente ausência de cicatrizes em face. Além disso, o processo de adaptação e colocação das placas
e parafusos se mostra eficaz, respeitando os princípios biomecânicos de fixação interna rígida. Por conta da
grande importância da estética que este trabalho surge, evidenciando uma excelente alternativa que diminui o
risco de cicatrizes faciais a zero. Para se obter bons resultados estéticos todas as estapas em cirurgia ortognática
devem ser realizados intra-oral, sem acessos em pele, evitando assim a possibilidade de formação de cicatrizes
não-estéticas. Entretanto, para realizar a adaptação das miniplacas e parafusos na região posterior mandibular
é dificultada pela necessidade de manter a angulação ideal de inserção destes dispositivos. Portanto, para uma
abordagem adequada às colocação das miniplacas e parafusos o uso de acesso transcutâneo e trocater é utiliza-
do pata FIR das OSSB assim como em fraturas de ângulo mandibular. O uso de trocater e acesso transcutâneo
estão associados a uma incidência de 18% de formação de cicatriz em face. A posição da abordagem para o uso
do Trocater é frequentemente desfavorável esteticamente. Portanto em um conceito estético atual da cirurgia
ortognática, nenhum tipo de cicatriz facial deve ocorrer pois o procedimento visa a melhora estética e funcional
dos pacientes. O objetivo do trabalho é descrever a técnica do uso de contra-ângulo para fixação de miniplacas e
parafusos na região posterior de mandíbula.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

193 – OSTEOTOMIA MÉDIA MANDIBULAR

Autores: JERKO RAFFO* (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO);


DANIELA CONTANZA ESPINOZA ESPINOZA (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO);
FRANCISCO LOPETEGUI (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO); ANTONIO NUÑEZ (HOSPITAL MILITAR DE SANTIA-
GO); MACARENA SALAS (HOSPITAL MILITAR DE SANTIAGO)

Introdução: A cirurgia ortognática será o tratamento de escolha para pacientes com dysmorphosis craniofacial
e vai nos ajudar a oferecer aos pacientes não apenas a função adequada e oclusão, mas também uma melhora
estética variável que irá depender das características de cada paciente e objetivos funcionais. As dysmorphosis
Craniofacial devem ser avaliadas com cuidado, e tratamento de cada caso deve ser planejado considerando as
anomalias sagitais, verticais e transversais. As discrepâncias transversais podem ocorrer a nível dentário ou es-
quelético, e sua causa vai ser variada, mas sempre vai ser uma deferência entre a largura da maxila e da mandíbu-
la, gerando uma relação oclusal inversa entre pré-molares e molares superiores e inferiores. Ao longo da história
corrigir anomalias transversas tem sido baseadas na expansão del maxilar dentoalveolar, ortopédico, cirurgica-
mente assistida ou através da segmentação de osteotomia Fort I, mas a osteotomia mandibular média combinada
com osteotomia bilateral filial, apesar de ser pouco utilizado, mostrou ter vários benefícios e uma estabilidade
superior pós-processamento. Existem relatos do uso da osteotomía media desde o início dos anos 60, mas não
foi até 1976 que os primeiros relatos de casos foram publicados. Vários autores têm descrito a osteotomia médio
mandíbula inferior combinada com outros segmentações para obter um resultado estético mais favorável, além
de uma maior estabilidade pós-operatório ao evitar a inclinação molar com forças ortodônticos para expandir ou
reduzir a largura do maxilar ou da mandíbula. Este procedimento estabeleceu estágios e pode ser realizado antes
ou depois da intervenção do maxilar onde esta é necessária. O primeiro passo é a realização de osteotomia sagital
de ramo bilateral seguida de colocação de tala intermaxillar (splint) com cabos elásticos ou fios para estabilizar
a mandíbula e facilitar a realização da osteotomia média mandibular e mentoplastia. O próximo passo é a téc-
nica de mentoplastia para evitar a criação de passos e resultados nao desejados ao nível do queixo. Em seguida,
realiza-s cuidadosamente com a ajuda de fechamento e talhadeiras a osteotomia média mandibular que se esten-
dem do cume ósseo inferior ao rebordo alveolar entre os incisivos centrais, obtendo-se assim cinco segmentos
mandibulares (2 ramo, 2 corpo 1 mandibular e queixo). Neste momento deve ser ajustado para os segmentos de
tala intermaxilar e estabilizar novamente, e, em seguida, fixá-los em conjunto com placas de osteossíntese. Esta
técnica cirúrgica é rara e dá bons resultados e estáveis, mas há poucos relatos de casos. Devido a isso, é necessário
aumentar o número de publicações e estudos para melhorar evidência científica existente.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

214 – DELÍRIO PÓS ANESTÉSICO EM PACIENTE JOVEM


SUBMETIDO A CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: FERNANDA HERRERA DA COSTA* (UEL); RENAN BORDINI CARDOSO (UEL);


CECÍLIA LUIZ PEREIRA STABILE (UEL); GLAYKON ALEX VITTI STABILE (UEL);

Introdução: Delírio é definido como uma síndrome mental orgânica, de início rápido e agudo, decorrente de
quebra da homeostase cerebral e desorganização da atividade neural. É caracterizado por alteração das funções
cognitivas com redução no nível de consciência e desorganização de pensamentos, não atribuíveis a demência
prévia. Pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em pacientes idosos e frequentemente naqueles
que possuem doenças degenerativas pré-existentes. Embora a fisiopatologia seja pouco compreendida, estudos
apontam que dentre os principais fatores que podem levar ao delírio estão os fármacos utilizados para indução
de anestesia geral (hipnóticos, drogas anticolinérgicas e bloqueadores de receptores H2) , principalmente aqueles
relacionados a cirurgias de longa duração. No caso do delírio que ocorre no período pós-anestésico (DPA) , sua
classificação se dá em emergencial, aquele que surge até as primeiras 24 horas, e tardio, que ocorre após um inter-
valo lúcido de mais de um dia. O tratamento para essa entidade é realizado por equipe multidisciplinar, podendo
ser realizado por estímulos específicos cognitivos juntamente com intervenções farmacológicas para o controle
dos sintomas agudos. O caso relatado é de uma paciente jovem, 24 anos, gênero feminino, sem antecedente de
transtorno mental, sem história, sinal ou sintoma de patologias nos últimos dois anos, submetida a cirurgia or-
tognática bimaxilar com duração anestésica de 05 horas. Nas primeiras 24 horas pós-operatórias, a paciente não
apresentou alteração neurológica ou de humor que justificasse a manutenção da internação hospitalar. Após alta,
porém, ela passou a apresentar sintomas característicos de agitação, confusão mental e delírios de auto-controle
e foi, então, atendida em caráter de urgência por um psiquiatra. Após avaliação clínica conjunta com a equipe de
anestesiologia foi constatado um episódio de surto psicótico decorrente de delírio pós-anestésico tardio. O pre-
sente trabalho tem como objetivo primário, por meio de uma revisão e relato de caso inédito na área de Cirurgia
e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, a apresentação e caracterização do delírio pós-anestésico como complicação
anestésica e pós-operatória de cirurgia ortognática.

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340 – MUDANÇA DOS TECIDOS MOLES NASAIS E VOLUME


NASAL APÓS AVANÇO CIRÚRGICO BIMAXILAR

Autores: JOÃO EUDES TEIXEIRA PINHO FILHO* (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);


MURILO ALVES TEIXEIRA NETO (CIRURGIÃO DENTISTA); PHELYPE MAIA ARAUJO (HOSPITAL BATISTA MEMO-
RIAL);
ABRAHAO CAVALCANTE GOMES DE SOUZA CARVALHO (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);
RENATO LUIZ MAIA NOGUEIRA (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL)

Introdução: A cirurgia ortognática é realizada quando se pretende corrigir deformidades dento-esqueléticas, vi-
sando melhorar a função e estética do paciente. Estudos relatam que a mudança do tecido mole após avanço
maxilar via osteotomia Le Fort I pode variar entre 33% a 100%. Através da tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC) o diagnóstico da morfologia facial torna-se mais preciso ao fornecer informações valiosas
ao cirurgião bucomaxilofacial. Este trabalho propõe-se a analisar mudanças teciduais e volumétricas nasais em
pacientes submetidos a avanço bimaxilar associado ou não à mentoplastia de avanço ou rotação anti-horária do
plano oclusal. No estudo foram analisados volume nasal, largura da base alar e asa do nariz através de exames
tomográficos realizados no mesmo aparelho, do tipo Cone Bean I-Cat® (Imaging Science, Hatfield, PA) , seguindo
o mesmo protocolo de aquisição, com cortes tomográficos de 0,4 mm, nos períodos (T1) , pré-operatório; (T2) ,
pós-operatório imediato de quinze dias, e (T3) , pós-operatório tardio de seis meses. A amostra foi de 22 pacien-
tes (12 homens; 10 mulheres) com idade entre 20 e 35 anos. Os dados foram submetidos aos testes t pareado e
de wilcoxon (dados sem normalidade) através do softwareSigmastat 3.0, sendo o nível de significância (P <0,05)
e a realização da análise descritiva simples através do software Excel 2010 para os dados que não apresentaram
diferença estatisticamente significante. Os resultados mostraram que os pacientes tiveram um aumento signifi-
cante na largura da base alar entre T1 e T2 (P = 0,002) , mantendo-se estável entre T2 e T3 (P=0,568). Em relação
a asa do nariz observou-se aumento entre T1 e T2 (P = 0,001) e entre T2 e T3, não foi constatada significância
estatística (P=0,323).Quanto ao volume nasal não foi observado alteração significante entre T1 e T2 (P = 0,081)
bem como entre T2 e T3 (P=0,294). Assim conclui-se que houve aumento na largura da base alar e largura alar
entre T1 e T2, mantendo-se estável entre T2 e T3, o que indica uma estabilidade da técnica realizada. A sutura da
base alar evitou o alargamento durante o movimento de avanço maxilar, entretanto na largura alar observou-se
um aumento. Quanto ao volume nasal anterior não foi possível determinar uma previsibilidade.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

349 – AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DO LÁBIO SUPERIOR E


ÂNGULO NASOLABIAL APÓS AVANÇO CIRÚRGICO BIMAXILAR

Autores: JOÃO EUDES TEIXEIRA PINHO FILHO* (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);


MURILO ALVES TEIXEIRA NETO (CIRURGIÃO DENTISTA); PHELYPE MAIA ARAUJO (HOSPITAL BATISTA MEMO-
RIAL);
ABRAHAO CAVALCANTE GOMES DE SOUZA CARVALHO (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);
RENATO LUIZ MAIA NOGUEIRA (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL)

Introdução: Mudanças dos tecidos moles faciais ocorrem após realização da cirurgia ortognática em pacientes
portadores de deformidades dento-esqueléticas. Estudos relatam que a espessura do lábio superior e ângulo
nasolabial podem sofrer alterações após avanço maxilar e rotação anti-horária. Através da tomografia computa-
dorizada de feixe cônico (TCFC) o diagnóstico da morfologia facial torna-se mais preciso ao fornecer informações
valiosas ao cirurgião bucomaxilofacial. Este trabalho propõe-se a analisar mudanças teciduais em pacientes sub-
metidos a avanço bimaxilar associado ou não à mentoplastia de avanço ou rotação anti-horária do plano oclusal.
No estudo foram analisados a espessura do lábio superior e o ângulo nasolabial através de exames tomográficos
realizados no mesmo aparelho, do tipo Cone Bean I-Cat® (Imaging Science, Hatfield, PA) , seguindo o mesmo
protocolo de aquisição, com cortes tomográficos de 0,4 mm, nos períodos (T1) , pré-operatório; (T2) , pós-ope-
ratório imediato de quinze dias, e (T3) , pós-operatório tardio de seis meses. A amostra foi de 22 pacientes (12
homens; 10 mulheres) com idade entre 20 e 35 anos. Os dados foram submetidos ao testes t pareado através
do software Sigmastat 3.0, sendo o nível de significância (P <0,05) e a realização da análise descritiva simples
através do software Excel 2010 para os dados que não apresentaram diferença estatisticamente significante. Os
resultados mostraram que os pacientes tiveram um aumento significante na espessura do lábio superior entre T1
e T2 (P< 0,001) e uma diminuição entre T2 e T3 (P< 0,001).Analisando as diferenças entre o T1 e o T3, constatou-
-se que a alteração ocasionada com o tratamento não apresentou significância (P=0,176). Em relação ao ângulo
nasolabial observou-se ausência de significância entre T1 e T2 (P = 0,920) , bem como entre T2 e T3 (P=0,272).
Assim conclui-se que na espessura do lábio não houve uma diferença significante entre T1 e T3, demonstrando
uma manutenção da espessura labial e, que no ângulo nasolabial não foi possível determinar uma previsibilidade.

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Área: Tema livre

Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

357 – OSTEOTOMIA VÉRTICO-SAGITAL MODIFICADA -


TECHNICAL NOTE

Autores: BRUNO GOMES DA SILVA* (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG); GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL DAS
CLINICAS - UFG); RENATO DE TOLEDO BREGUEZ (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG)

Introdução: Choung em 1992 descreveu pela primeira vez uma osteotomia mandibular indicada principalmente
para o tratamento de prognatismo mandibular e, subsequentemente, para o tratamento de hiperplasia e fraturas
condilares. Este procedimento foi chamado Osteotomia Intra-oral Vértico-sagital do Ramo (OVSRM) , uma téc-
nica semelhante à osteotomia vertical do ramo mandibular. Consiste em um procedimento relativamente seguro
com baixos índices de complicações, podendo ser utilizada quando se pretende realizar recuos mandibulares, pe-
quenos avanços, e giro por apresentar um maior contato entre os fragmentos ósseos. As possíveis complicações
são inerentes às osteotomias mandibulares em função da proximidade de estruturas anatômicas importantes
como artéria maxilar e nervo alveolar inferior. Desde então, técnicas alternativas são desenvolvidas a fim de
minimizar esses problemas. Além de potencialmente reduzir tais problemas, OVSRM tem como vantagens sua
simplicidade e rapidez de execução. Desde a primeira descrição da técnica de osteotomia vértico-sagital, outros
autores relataram modificações a fim de melhorá-la, apresentando alternativas de corte que são mais seguros em
relação às estruturas anatômicas, fornecendo maior visibilidade e maior facilidade na execução. Uma técnica de
osteotomia vértico-sagital é descrita neste trabalho, com objetivo de simplificar a técnica já consagrada, reduzin-
do o tempo de execução e mantendo a segurança em relação às estruturas anatômicas adjacentes.

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363 – ANÁLISE CRÍTICA DO POSICIONAMENTO DA CABEÇA EM


PLANEJAMENTO DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: BRUNO GOMES DA SILVA* (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG); GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL DAS
CLINICAS - UFG)

Introdução: Para realização de planejamento de cirurgia ortognática, o posicionamento da cabeça é fundamental


e interfere no resultado cirúrgico. Atualmente existem duas formas distintas de se posicionar a cabeça do pacien-
te, posição natura de cabeça (PNC) e colocando-se plano horizontal de Frankfurt (PHF) paralelo ao solo. O regis-
tro com precisão da PNC é fundamental para os cirurgiões no diagnóstico e tratamento de pacientes com deormi-
dades craniomaxilofaciais e com a cabeça fora da PNC, a quantificação da deformidade é muitas vezes imprecisa.
O PHF é baseado em pontos de referência intracranianos que não são estáveis e sua relação vertical é sujeita à
variação biológica. Paciente que apresentam diagnóstico de deformidade dento-facial (DDF) tendem a mascarar
suas deformidades aterando a PNC, logo para o planejamento cirúrgico e análise facial é necessário a correção
dessa posição e estudos mostram que a PNC é alterada após cirurgia ortognática. A literatura não mostra como
e para quanto deve ser a correção da posição de cabeça e se a PNC sofre alterações, por que deve ser utilizada
como referência em cirurgia ortognática? Teoricamente, o plano sagital mediano (PSM) deve ficar perpendicular
ao solo e este plano pode ser delimitado através de 3 pontos, ponto médio da distância intercantal, filtro do lábio
e básio. Uma vez determinado PSM, yaw e roll podem ser corrigidos, pois matematicamente e geometricamente
são planos perpendiculares ao PSM. O grande problema no posicionamento da cabeça é determinação do pitch,
uma vez que estudos mostram variação da posição de cabeça de +8° a -11° em relação a linha horizontal verdadei-
ra. Essa discrepância de 19° altera de forma significativa o planejamento e resultado final da cirurgia com mudan-
ça no plano oclusal. Há a necessidade de estabelecimento de um método eficaz de posicionamento de cabeça em
cirurgia ortognática que não traga alterações significativas no resultado final, pois a literatura não relata maneira
efetiva de como determinar o pitch. Pesquisas futuras devem ser realizadas para solucionar essa questão trazendo
uma segurança maior no planejamento de cirurgias ortognáticas.

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375 – ANÁLISE COMPARATIVA REFERENTE AO PLANEJAMENTO


VIRTUAL 2D E 3D EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE
CASO CLÍNICO

Autores: RAÍ HEIDENREICH* (UFSC); JOSÉ NAZARENO GIL (UFSC); ANDRÉ LUIS BIM (USP);
MARIANA SAIDELES MARTINS (UFSC); MATHEUS SPINELLA (UEM)

Introdução: A cirurgia ortognática tem como objetivo a correção de diferentes deformidades dentofaciais, reesta-
belecendo os ossos gnáticos à uma oclusão funcional e estável, permitindo respiração adequada com a concomi-
tante melhora na estética facial. Para o cirurgião obter sucesso em seu resultado pós-cirúrgico e visualizar a real
situação de seu paciente com resolubilidade, é imprescindível um planejamento preciso para que o trans-cirúrgico
seja bem executado. Atualmente existem o planejamento bidimensional (2D) e o planejamento tridimensional
(3D). O planejamento 2D consiste-se em análises cefalométricas em software, a partir de tele radiografias de
norma lateral. Permite simulação do resultado final em duas dimensões e comparação com a própria foto do pa-
ciente, facilitando a comunicação profissional-paciente. O planejamento 3D surge como uma nova possibilidade
de planejamento, onde através de tomografia computadorizada, o cirurgião teria uma visualização tridimensio-
nal do resultado da cirurgia proposta, sendo uma opção interessante em casos de assimetria facial. Permitem o
desenho das osteotomias, planejamento da posição de placas e parafusos, localização de estruturas nobres como
o nervo alveolar inferior, prevê áreas de toque ósseo, indica necessidades de desgastes, permitem comparação
de relações ósseas virtuais com o ato cirúrgico, além de uma previsibilidade de posicionamento de tecido mole,
ilustrando uma visão ao paciente de frente das alterações planejadas. Através desta análise virtual, é confeccio-
nado um guia cirúrgico para ser usado durante o procedimento. Em relação ao planejamento 2D, há basicamente
dois problemas, um seria que os parâmetros medidos são limitados, onde uma análise cefalométrica ideal deveria
proporcionar informações tridimensionais que concedem tamanho, forma, posição e orientação das diferentes
formas faciais. O outro seria que a maioria das medidas cefalométricas 2D são distorcidas na presença de assi-
metria facial, além de exigir cirurgia em modelo para confecção de guia cirúrgico. Atualmente, estamos passando
por uma mudança de paradigma, de como nós fazemos a transição de 2D para imagens 3D. Essa transição foi fa-
cilitada com a introdução da tomografia computadorizada de feixe cônico, que permite a aquisição de imagens 3D
em um ambiente de escritório com mínima radiação. No entanto, muitas questões importantes com cefalometria
3D permanece a serem abordados. Estes problemas têm incluído a falta de fidelidade dos sistemas de referência
internas e algumas medições em 3D, e a falta de ferramentas para avaliar e medir simetria facial. O objetivo deste
trabalho é relatar um caso clínico de laterognatismo, associado à analise das possíveis vantagens e desvantagens
dos planejamentos 2D e 3D para a cirurgia ortognática, para que o cirurgião, tendo em vista as reais situações de
ambos os sistemas, tome a melhor conduta de planejamento para otimizar seus resultados finais e ter uma boa
previsibilidade clínica.

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416 – OSTEOTOMIA EM L INVERTIDO INTRABUCAL: RELATO


DE TRÊS CASOS

Autores: TUANNY CARVALHO DE LIMA DO NASCIMENTO* (CAIF/AFISSUR - HOSPITAL ERASTO GAERTNER);


JOÃO LUIZ CARLINI (CAIF/AFISSUR); CASSIA BIRON (CAIF/AFISSUR); MAURÍCIO ROMANOWSKI (CAIF/AFIS-
SUR); GUILHERME SCHULDT (CAIF/AFISSUR)

Introdução: Alguns fatores devem ser analisados para a seleção da melhor técnica para correção do prognatismo
ou retrognatismo. Busca-se versatilidade, ausência de alteração neuro-sensorial, fixação rígida, estabilizadas ci-
rúrgica e domínio da técnica 1,2,3,4. Uma alternativa cirúrgica para: a resolução de grandes avanços mandibula-
res; pacientes com côndilos comprometidos e mordidas abertas onde a mandíbula será a opção para fechamen-
to, a osteotomia L invertido é uma opção. Formas de tratamento: A osteotomia em L-invertido pode ser feita
via acesso extra-oral ou intra-oral. No entanto, o acesso extra-oral é mais simples, porém, necessita de acesso
transcutâneo, sendo assim, relativamente esquecida por alguns profissionais devido apelo estético. A técnica
está indicada para: grandes avanços (+12 mm) com rotação anti-horária; aos pacientes que apresentam pouco
tecido ósseo medular na região da osteotomia, dificultando a osteotomia sagital; para pacientes que apresentam
alterações condilares; e para reintervenções em pacientes que já foram submetidos a osteotomia sagital. Para a
osteotonia L invertida no acesso intra oral observa-se algumas dificuldades, como: posicionamento do segmento
condilar, fixação do enxerto e a fixação interna rígida, visto que devemos posicionar o côndilo, o enxerto e as
miniplacas com parafusos via trocater. O tempo de bloqueio intermaxilar, foi de duas semanas após uso intermi-
tente de elásticos, de acordo com a orientação da ortodontia. Metodologia: Apresentaremos relato de três casos:
1 -Paciente tratada anquilose anteriormente a técnica de osteotomia em L invertido; 2- Paciente com presença
de mordida aberta; 3- Paciente submetido a reintervenção cirúrgica (realizou sagital anteriormente) e côndilos
comprometidos. Resultados: Os casos apresentados apresentaram evolução satisfatória, boa estabilidade a longo
prazo. Considerações finais: A osteotomia L invertido intrabucal mostrou-se eficiente na resolução dos casos
apresentados e deve ser considerada como uma boa alternativa para as osteotomias mandibulares. Refências: 1.
Muto T, Akizuki K, Tsuchida N et al. Modified intraoral inverted ‘L’ osteotomy: a technique for good visibility,
greater bony overlap, and rigid fixation. J Oral Maxillofac Surg 2008; 66 (6) : 1309–1315. 2. Medeiros PJ, Ritto F.
Indications for the Inverted-L Osteotomy: Report of 3 Cases. J Oral Maxillofac Surg 2009; 67:444-447. 3. Baek
RM, Lee SW. A new condyle repositionable plate for sagittal split ramus osteotomy. J Craniofac Surg 2010; 21 (2)
: 489–490. 4. Hwang K, Nam YS, Han SH. Vulnerable structures during intraoral sagittal split ramus osteotomy.
J Craniofac Surg 2009; 20 (1) : 229–232.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

474 – SUTURA DUPLO V-Y COMO MÉTODO DE CONTROLE


DA EXPOSIÇÃO DO VERMELHÃO DO LÁBIO SUPERIOR EM
PACIENTE CLASSE III. RELATO DE CASO

Autores: FRANCISCO SAMUEL RODRIGUES CARVALHO* (HUWC-UFC);


MARCELO LEITE MACHADO DA SILVEIRA (HUWC-UFC); TÁCIO PINHEIRO BEZERRA (HUWC-UFC);
HENRIQUE CLASEN SCARPARO (HUWC-UFC); EDUARDO COSTA STUDART SOARES (HUWC-UFC)

Introdução: A cirurgia ortognática visa corrigir as discrepâncias oclusais e esqueléticas, bem como proporcionar a me-
lhora da estética e da harmonia facial. A análise e o planejamento pré-operatório permitem identificar possíveis pontos
de limitação e intervir no plano de tratamento visando melhorar o desfecho do caso. A estética nasolabial, apresenta
impacto no perfil facial desses pacientes, sendo necessário considerar a morfologia do lábio superior quando da realiza-
ção da osteotomia Le Fort I e, tem sido tópico de considerável interesse dos cirurgiões buco-maxilo-faciais ao longo do
tempo. Tem-se observado que mudanças na morfologia labial e nasal externa estão relacionadas tanto com a direção
quanto com a magnitude do reposicionamento maxilar, sendo as maiores mudanças nos reposicionamentos superior
e/ou anterior da maxila. Além disso, fatores como espessura dos tecidos moles, tempo decorrido desde a cirurgia, cica-
trização da ferida cirúrgica, técnicas de fechamento da ferida e técnicas cirúrgicas empregadas tem impacto profundo
sobre os desfechos nos tecidos moles. Tais mudanças têm se mostrado dependentes da espessura dos tecidos moles.
Indivíduos com lábios finos tem uma maior correlação de previsibilidade entre a magnitude do movimento ósseo e as
alterações nos tecidos moles, quando comparados a perfis mais espessos.O objetivo do presente trabalho é relatar o
caso de uma paciente do sexo feminino, 20 anos, com acentuada discrepância maxilo-mandibular, evidente protrusão
mandibular, área paranasal plana, lábio superior curto com porção central projetada e terços laterais afinados. Baseado
nesses achados a paciente foi diagnosticada com deformidade dento facial do tipo classe III e a cirurgia ortognática foi
estabelecida como melhor modalidade de tratamento a ser instituída. Algumas limitações foram observadas durante a
realização do planejamento pré-operatório como pequena discrepância dentária comparada com a discrepância esque-
lética, acentuada inclinação dos incisivos superiores (38º) e espessura do vermelhão do lábio superior, sendo grande
na porção central e estreita nos terços laterais. Após análise facial, cefalométrica e simulação computacional, a paciente
foi submetida a avanço mandibular com intrusão posterior e rotação horária do plano oclusal, completando a cirurgia
do terço médio com a sutura do lábio superior com a técnica do duplo V-Y. Em seguida, foi realizada a auto-rotação da
mandíbula com encaixe da oclusão. Esse planejamento além de obter um padrão de oclusão classe I com perfil facial
harmônico, permitiu uma melhor angulação do plano oclusal e dos incisivos superiores. Os riscos inerentes de encur-
tamento das porções laterais do lábio e aumento da porção central foram melhor controlados com a sutura duplo V-Y.
A satisfação relatada pela paciente e familiares nos permite sugerir que o emprego destes artifícios cirúrgicos devem
sempre ser considerados quando as características esqueléticas e de tecidos moles permitir.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

533 – TRATAMENTO DE BIPROTRUSÃO COM A TÉCNICA


CIRÚRGICA DE OSTEOTOMIA SUBAPICAL ANTERIOR DE
MANDÍBULA E SEGMENTAR DA MAXILA: RELATO DE CASO
CLÍNICO

Autores: PAULINE MAGALHÃES CARDOSO (*) (UFBA/HOSPITAL SANTO ANTONIO-OSID);


CLARISSE SAMARA DE ANDRADE (UFBA/HOSPITAL SANTO ANTONIO-OSID);
INGRID ESTEVES DE VILLERMOR AMARAL (UFBA/HOSPITAL SANTO ANTONIO-OSID);
PAULO RIBEIRO DE QUEIROZ NETO (UFBA/HOSPITAL SANTO ANTONIO-OSID);
ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (UFBA/HOSPITAL SANTO ANTONIO-OSID)

Introdução: Em casos de pacientes com protrusão mandibular e maxilar acentuada, quando optado por realizar
tratamento apenas ortodôntico, tanto o resultado estético quanto a estabilidade oclusal geralmente são preju-
dicadas. Sendo assim o objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico onde a paciente do gênero feminino de
30 anos, edêntula parcial, portadora de uma biprotrusão acentuada contudo possuia um posicionamento satis-
fatório do pogônio. A paciente se encontrava com 10 anos de tratamento ortodôntico. Avaliando essas condições
optou-se por realizar osteotomia Le Fort I segmentada, com exodontia do primeiro pré-molar direito. A seg-
mentação foi realizada na região da unidade 14 e na região referente a unidade 25 que já se encontrava ausente.
Na mandíbula foi realizada osteotomia subapical anterior, com exodontia imediata dos primeiros pré-molares.
Paciente atualmente se encontra com 13 meses de acompanhamento pós-cirúrgico, apresentando oclusão estável
e satisfação estética.

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582 – REPOSIÇÃO CIRÚRGICA DA PRÉ MAXILA EM PACIENTE


PORTADOR DE FISSURA PALATAL

Autores: AMANDA LOPES* (UP); RODRIGO DOMINGOS DE LIMA (CAIF); JOÃO LUIZ CARLINI (UFPR)

Introdução: A Abordagem multidisciplinar dos pacientes fissurados bilaterais é controversa na literatura princi-
palmente relacionada a pré maxila. Que muitas vezes encontra-se totalmente deslocada no espaço em relação a
maxila. Alguns protocolos preconizam não intervir cirurgicamente na pré maxila para evitar possíveis alterações
no crescimento da maxila tratando apenas ortopedicamente. Porem observamos que além da deformidade den-
tofacial importante há um comprometimento estético social para o paciente. Dessa forma propomos intervenção
cirúrgica na pré maxila promovendo o seu reposicionamento, realizando os enxertos ósseos nas fissuras devol-
vendo o arco dental maxilar, propiciando a erupção dos caninos permanentes. O caso clinico em questão refere-se
a uma paciente, sexo feminino, que entrou no protocolo do Centro de atendimento integral ao fissurado (CAIF)
que aborda pacientes fissurados bilaterais da seguinte maneira: A primeira intervenção foi realizada aos 4 meses
de idade com uma queiloplastia (Tecnica de Spina) em 2 tempos. Aguardou-se 18 meses para palatoplastia. Aos 6
anos de idade iniciou-se a intervenção ortodôntica preventiva com a instalação de expansor tipo Haas modificado
(Borboleta) , visto que a paciente apresentava mordida cruzada bilateral e uma exagerada projeção da pré maxila.
Após concluída a expansão de tal maneira que permitisse que a pré maxila pudesse se encaixar na maxila. Pro-
gramou-se cirurgia de reposição da pré maxila usando guia cirúrgico pré fabricado e enxerto de crista ilíaca para
o preenchimento das fissuras. Apos 2 meses de contenção com guia cirúrgico a paciente foi encaminhada para o
tratamento ortodôntico. Foi realizado uma queiloplastia para aprofundamento de fundo de vestíbulo para me-
lhorar a exposição dos incisivos superiores. Realizado o controle através de tomografia cone-bean e atualmente
encontra-se em alta do tratamento.

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684 – ACURÁCIA EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA BIMAXILAR -


AVALIAÇÃO BIDIMENSIONAL E TRIDIMENSIONAL

Autores: NEIMAR SCOLARI* (PUCRS); ORION LUIZ HAAS JÚNIOR (PUCRS); LUCAS DA SILVA MEIRELLES (PU-
CRS); OTÁVIO HEMMEL BECKER (PUCRS); ROGÉRIO BELLE DE OLIVEIRA (PUCRS)

Introdução: Objetivo: avaliar a acurácia e a precisão do método de avaliação manual dos resultados, realizado a
partir de radiografias teleperfil em 20 pacientes padrão facial classe II e III submetidos à Cirurgia Ortognática
Bimaxilar, comparando-o com a avaliação tridimensional realizada a partir de Tomografias Computadorizadas
de face do tipo Cone-Beam (TCCB) nos períodos pré e pós-operatório (6 meses) , em cirurgias iniciadas pela
maxila. Materiais e Métodos: As cirurgias foram realizadas no Hospital São Lucas da PUCRS. Traçados manuais
e tridimensionais foram feitos, respectivamente, em telerradiografias de perfil e em Tomografias computadori-
zada cone-beam com o Dolphin Imaging Software, por 2 avaliadores independentes, sendo um deles cegado em
relação aos movimentos cirúrgicos propostos para cada paciente. Foi desenvolvida uma análise cefalométrica
customizada e aplicada às duas formas de avaliação (manual e tridimensional). Sobre os traçados, foram avalia-
das 9 medidas pré e pós-operatórias. Dessas medidas, quatro foram verticais em relação ao Plano horizontal de
Frankfurt e serviram para mensuração das mudanças maxilomandibulares no sentido vertical, e cinco foram ho-
rizontais em relação à Linha N-perp, representando as mudanças maxilomandibulares no sentido ântero-poste-
rior. Para avaliar a confiabilidade intra e inter-examinador metade dos traçados foi refeito após 30 dias. A acurácia
foi medida através da raiz do erro quadrático da média (RMSE). A precisão foi calculada a partir da comparação
dos desvios-padrão. Resultados: o método tridimensional de avaliação apresentou melhor acurácia e precisão
quando comparado ao método manual. As médias dos escores das diferenças entre os movimentos planejados
e os movimentos executados em cada um dos métodos de avaliação foram menores no grupo do método de
avaliação tridimensional para todas as cinco variáveis analisadas (P<0,05). Conclusões: os movimentos previstos
são identificados no período pós-operatório. O método tridimensional é mais preciso e mais acurado para ava-
liar e quantificar esses movimentos. O conhecimento e a experiência do cirurgião responsável pelo tratamento
representa parte fundamental no tratamento para que seja reproduzido no paciente no trans-cirúrgico, aquilo
que realmente foi planejado. Palavras-chave: Cirurgia Ortognática, Cefalometria, Tomografia Computadorizada
Cone-Beam, Acurácia, Precisão

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

690 – OSTEOTOMIA SAGITAL DE RAMO EM CIRURGIA


ORTOGNÁTICA

Autores: ILSON DIVINO DO NASCIMENTO FILHO* (DISCENTE EM ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO


UNIRG); VALÉRIA DE LEMOS BRANDÃO (DISCENTE EM MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG);
ALLAN MARANHÃO GUERRA (DISCENTE EM ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG);

Introdução: A técnica da osteotomia sagital do ramo é um procedimento cirúrgico ortognático que proporciona o
manejo de avanços e recuos mandibulares. Sua indicação é mais frequente para pacientes com deformidades man-
dibulares, como prognatismo e retrognatismo. Trauner e Obwegeser descreveram essa técnica em 1957, desde
então aconteceram modificações com o intuito de reduzir complicações e para uma reprodução mais simplificada.
Essa técnica possui excelente cicatrização óssea e estabilidade entre o segmento proximal e distal, ocasionado por
uma ampla área de relações entre os segmentos ósseos. O trans cirúrgico consiste em realizar diversas osteoto-
mias em diferentes locais anatômicos como: na cortical lingual do ramo, acima da língula, borda anterior do ramo
até a região dos molares inferiores, vertical na face lateral do corpo até a borda inferior da mandíbula. Conhecer
a conjuntura da técnica cirúrgica de osteotomia de ramo ajuda a traçar planos de tratamento mais eficazes. Este
trabalho tem por objetivo descrever as características do procedimento de osteotomia sagital de ramo, bem como
suas indicações, desvantagens e complicações. Palavras-chaves: Cirurgia ortognática, Osteotomia mandibular,
Anormalidade Maxilomandibular.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

699 – AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA PERDA SANGUÍNEA


APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM RELAÇÃO AO TIPO DE
PROCEDIMENTO E IDADE DO PACIENTE NO HOSPITAL DOS
DEFEITOS DA FACE - SÃO PAULO

Autores: PRISCILA MONTEIRO JARDIM* (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FI-
LIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); MAGNO LIBERATO (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA
BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); FABIO SATO (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ
VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ERICA MARCHIORI (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA
FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ROGER MOREIRA (HOSPITAL DOS
DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO)

Introdução: Este estudo prospectivo objetivou avaliar a perda sanguínea após cirurgia ortognática em 14 pacien-
tes atendidos pelo serviço de cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital dos Defeitos da Face da Cruz Vermelha Brasi-
leira, Filial do Estado de São Paulo. Foram solicitados hemograma pré-operatório e pós-operatório imediato (POI)
, tendo como variáveis os níveis de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito. Outras variáveis como idade do pa-
ciente e tipo de cirurgia realizada (cirurgia monomaxilar, cirurgia bimaxilar, cirurgia bimaxilar com segmentação
de maxila) também foram avaliadas. Os dados foram submetidos à análise estatística com nível de significância
de p<0,05. Dos 14 pacientes, 5 eram do gênero masculino e 9 do feminino. A média de idade foi de 29 anos, com
desvio padrão (DP) de 11 anos. Do total de cirurgias, 9 foram bimaxilares, 3 foram bimaxilares com segmentação
maxilar e 3 monomaxilares. A média de queda dos eritrócitos foi de 0,74 10^6/mm3, para a hemoglobina foi de
2,11 g/dL e para o hematócrito de 6,47%. Correlacionando o dado laboratorial com o tipo de cirurgia encontra-
mos que a média de queda de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito para as cirurgias bimaxilares foi 0,66; 1,91;
5,97; para as cirurgias bimaxilares com segmentação foi 1,14; 3,1; 9,96; e para as monomaxilares foi 0,56; 1,63;
4,3. Em relação à idade, as respectivas variações para as faixas etárias entre 20-30 anos foram 0,70; 2,04; 6,16;
para 31-40 anos 0,58; 1,65; 5,1; e acima de 41 anos 0,96; 2,6; 8,3. Os dados foram submetidos à análise estatística
através do teste de Kruskal-Wallis, não evidenciando diferença estatisticamente significante para a variação dos
eritrócitos (p=0,181) , hemoglobina (p=0,260) e hematócrito (p=0,107) em relação ao tipo de cirurgia. O mes-
mo teste foi aplicado para as faixas etárias, não demonstrando também diferença estatisticamente significante
entre 20-30 anos (p=0,149) , 31-40 (p=0,306) e acima de 41 anos (p=0,189). Nossos resultados demonstraram
uma pequena variação em relação aos exames laboratoriais após a realização da cirurgia ortognática, no entanto
sem diferença estatisticamente significante considerando-se como variáveis o tipo de procedimento realizado e
a idade do paciente.

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701 – AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DA


RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA EM CIRURGIAS BUCO-
MAXILO-FACIAIS

Autores: PRISCILA MONTEIRO JARDIM (*) (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA-
FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO);MAGNO LIBERATO (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA
BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ERICA MARCHIORI (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ
VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); FABIO SATO (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE-
CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ROGER MOREIRA (HOSPITAL DOS DEFEI-
TOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO)

Introdução: SIRS é a resposta do organismo a um insulto variado, como infecção, trauma, queimadura e estresse cirúr-
gico, com a presença de pelo menos dois dos critérios de diagnóstico (febre- temperatura corporal > 38ºC ou hipoter-
mia, temperatura corporal < 36ºC, taquicardia – frequência cardíaca > 90 bpm, taquipnéia – frequência respiratória >
20 rpm ou PaCO2 < 32 mmHg, leucocitose ou leucopenia – leucócitos > 12.000 cels/mm3 ou <4.000 cels/mm3, ou a
presença de > 10% de formas jovens (bastões). Os sintomas da Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS)
apresentado imediatamente após a cirurgia foram recentemente considerados como potenciais avisos de complicações
pós-operatórias iminentes à falência de múltiplos órgãos. Diversos trabalhos discutem a relação entre o stress opera-
tório e SIRS no campo da cirurgia digestiva, mas esses estudos são escassos no campo da cirurgia buco-maxilo-faciais.
PROPOSTA: Realizar um estudo prospectivo a fim de analisar a incidência da Síndrome de Resposta Inflamatória
Sistêmica no pós-operatório de pacientes submetidos a cirurgias buco-maxilo-faciais no período de Junho/2013 a
Junho/2014. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados pacientes sem distinção de gênero, idade ou etiologia
que se submeteram à cirurgias buco-maxilo-faciais, sob anestesia geral, permanecendo internados por um período de
24h a contar do momento de internação. Foram colhidos dados dos sinais vitais (temperatura, frequência cardíaca,
frequência respiratória) e contagem de plaquetas no pré-operatório. Solicitado na prescrição do paciente a verificação
dos mesmos sinais vitais no pós-operatório com intervalos de 08/08 horas até o momento da alta hospitalar. Solicita-
do também Contagem de Plaquetas e Gasometria Arterial. Pacientes que apresentaram anormalidade nos seus sinais
vitais ou exames laboratoriais no período pré-operatório foram excluídos do estudo, totalizando uma amostra de 31
pacientes submetidos à pesquisa. RESULTADOS: Colocados em uma tabela com a idade, tipo de procedimento, sinais
vitais (Temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória) , concentração de CO2 e numero de plaquetas, foi
constatado que a prevalência foi de 10 pacientes apresentando sinais de SIRS, sendo todos com dois sinais entre os
quatro preestabelecidos. CONCLUSÃO: A prevalência dos pacientes que evoluem com SIRS, submetidos a cirurgia
buco-maxilo-facial é de 32,25%; É imprescindível ao cirurgião buco-maxilo-facial que saiba quais são os valores de refe-
rência dos sinais vitais e exames laboratoriais, assim como interpretá-los para manter a saúde geral do paciente; Uma
maior amostra de pacientes dever ser coletada para otimizar dos resultados da pesquisa realizada.

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702 – ACHADOS IMAGINOLÓGICOS DE TC E RMN DE ATM


VERUS SINAIS E SINTOMAS DE PACIENTES COM DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR.

Autores: PRISCILA MONTEIRO JARDIM (*) (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA-
FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO);SAMUEL DE SOUZA MORAES (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ
VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ERICA MARCHIORI (HOSPITAL DOS DEFEITOS DA
FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); FABIO SATO (HOSPITAL DOS DEFEI-
TOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO); ROGER MOREIRA (HOSPITAL
DOS DEFEITOS DA FACE- CRUZ VERMELHA BRASILEIRA- FILIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO)

Introdução: Desarranjos nas articulações têmporo-mandibulares (ATMs) são condições relativamente comuns,
mais ocorrentes em mulheres acima de 40 anos de idade. As desordens têmporo-mandibulares (DTMs) podem
ser musculares ou intra-articulares, e pertencem a um dos mais desafiadores campos de atuação do cirurgião
buco-maxilo-facial. Normalmente são caracterizadas por dor, diminuição da função e mobilidade e ainda pela
ocorrência de sons articulares como cliquese crepitação. Os exames complementares são de extrema importância
para o diagnóstico das patologias que acometem a ATM, bem como para o planejamento do tratamento. Auxi-
liam na investigação do estágio atual da doença, além de auxiliar na investigação da etiologia em alguns casos. A
tomografia computadorizada (TC) em seus cortes coronais, axiais e sagitais, bem como a reconstrução em 3 di-
mensões (3D) tem por objetivo avaliar as partes ósseas da ATM: cavidade glenoide, eminência articular e côndilo
mandibular. É possível detectar a presença de erosões, osteófitos e cistos subcondrais, reabsorção condilar, hipo
ou hiperexcursão condilar, redução do espaço intra-articular e perda de corticalização condilar e da eminência
articular. A ressonância magnética nuclear (RMN) fornece informações sobre a condição dos tecidos moles da
articulação, incluindo disco articular, músculos, ligamentos, cartilagem e cápsula articular. Além disso, a porção
medular do tecido ósseo também é bem visualizada. Com este exame de imagem é possível identificar formato al-
terado do disco articular, podendo sugerir uma possível perfuração discal (esta só é possível de ser visualizada no
trans-operatório); derrame articular; deslocamento do disco com ou sem redução. Baseados nessas informações,
o objetivo deste estudo retrospectivo é correlacionar a sintomatologia das DTMs com os achados imaginológicos
(TC e RMN) de pacientes atendidos pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-faciais do Hospital dos
Defeitos da Face da Cruz Vermelha Brasileira - Filial do Estado de São Paulo, no período de 2 anos.

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705 – EMPREGO DE ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO E CIRURGIA


ORTOGNÁTICA NO TRATAMENTO DE UMA PACIENTE COM
ATROFIA SEVERA DE REBORDO ALVEOLAR

Autores: AECIO ABNER CAMPOS PINTO JUNIOR (*) (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG);FELIPE EDUARDO BAI-
RES CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UFMG); JOANNA FARIAS DA CUNHA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); WAGNER HENRIQUES DE CAS-
TRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG)

Introdução: A reabilitação dentária de pacientes portadores de rebordos alveolares atróficos constitui-se em um


desafio para o cirurgião-dentista, uma vez que frequentemente requer uma abordagem terapêutica complexa,
multiprofissional e muitas vezes a necessidade de submeter o pacientes a vários procedimento cirúrgicos. O pre-
sente trabalho relata o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, 61 anos, que compareceu ao Serviço de
CTBMF do Hospital das Clínicas da UFMG, com queixas estéticas, funcionais e relacionadas à instabilidade de
suas próteses dentárias removíveis. Clinicamente, a mesma apresentava padrão de crescimento facial III, edên-
tula, com rebordos alveolares severamente atróficos. A paciente não apresentava lesões importantes de tecidos
moles da cavidade bucal ou esqueleto facial, nem outras comorbidades. O plano de tratamento proposto, e aceito
pela paciente, foi de uma abordagem multidisciplinar dividida em três etapas. A primeira seria a reconstrução do
rebordo alveolar da maxila através da enxertia óssea autógena proveniente de crista ilíaca anterior, sob anestesia
geral. A segunda etapa implicaria na instalação de implantes dentários osseointegráveis, sob anestesia local, qua-
tro meses após o primeiro procedimento. Finalmente, após o período de osseointegração dos implantes, e com
próteses dentárias provisórias implanto-suportadas fixadas em classe III de Angle, a paciente seria submetida
a uma cirurgia ortognática, sob anestesia geral, para correção posição esquelética da maxila. O tratamento foi
executado conforme planejado, não ocorrendo nenhuma intercorrência. A paciente encontra-se em acompanha-
mento pós-operatório de dois anos, sem queixas, com oclusão estável e satisfeita com o resultado do tratamento.

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711 – ENTENDIMENTOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO


PAULO SOBRE A COBERTURA DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA
PELOS PLANOS DE SAÚDE

Autores: MARILIA DE OLIVEIRA COELHO DUTRA LEAL (*) (UNICAMP);GILBERTO PAIVA DE CARVALHO (UFRR);
RUBENS GONÇALVES TEIXEIRA (SL MANDIC); CLÁUDIO ROBERTO PACHECO JODAS (SL MANDIC); EDUARDO
DARUGE JÚNIOR (UNICAMP)

Introdução: As solicitações de cirurgia ortognática na especialidade Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais
(CTBMF) por parte dos pacientes é uma constante atualmente. De igual modo, o são as negativas de cobertura
por parte das operadoras de planos privados de assistência à saúde (OPPAS). Nesse contexto, há um incremento
da quantidade de processos, o que aumenta proporcionalmente a importância do conhecimento das característi-
cas dessas demandas no intuito de estabelecer uma orientação fundamentada para cirurgião buco maxilo facial
(Cbmf) nas suas solicitações de cirurgia. Em face de tal quadro, torna-se fundamental a verificação dos entendi-
mentos dos Tribunais sobre a cobertura de cirurgias ortognáticas por parte das OPPAS, sobretudo se considerada
a inexistência de pesquisas que se preocupem em analisar o tema em âmbito local e/ou nacional. O objetivo desse
trabalho foi realizar um levantamento da jurisprudência no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) , no ano de
2014, a respeito das ações referentes à negativa de cobertura de cirurgia ortognática por OPPAS. O presente es-
tudo foi realizado por meio de análise documental, utilizando-se a internet, com finalidade de fazer a pesquisa no
Tribunal de Justiça de São Paulo (instância de segundo grau). Fez-se o acesso à página: www.tjsp.jus.br; no campo
“Jurisprudência (Pesquisa livre) ” usou-se as palavras-chave: buco maxilo facial E plano de saude E negativa de
cobertura e no campo “Data do julgamento” digitou-se: “01/01/2014 até 31/12/2014”. Obteve-se 128 acórdãos
e leu-se um a um, na busca por processos referentes à solicitação de cirurgia ortognática. Elaborou-se uma plani-
lha no programa Excel a fim de determinar os seguintes dados: nome do requerente/requerido, sexo, operadora
envolvida, data do julgamento, Comarca, número do processo e resultado da ação para o paciente (favorável/
desfavorável). Separou-se 59 acórdãos pertinentes à cirurgia ortognática, desse total: 57% dos casos são do sexo
feminino e 43% são do sexo masculino; a Unimed responde por 35% desses acórdãos, a Sul América por 32%
e os demais são de outras operadoras; no 1º semestre do ano têm 26 casos e no 2º existem 33; há 40 acórdãos
na Capital, dez em Campinas e os demais em outras Comarcas; somente dois casos foram desfavoráveis aos pa-
cientes, nos outros 57, as decisões da Corte foram favoráveis. Portanto conclui-se que: há uma grande incidência
de acórdãos de cirurgia ortognática no TJSP em 2014; há prevalência de casos do sexo feminino; a Unimed é a
operadora com maior número de casos; há um maior número de processos no segundo semestre de 2014; a maior
parte das ações é da Capital, com 67% dos casos e 96% das decisões são favoráveis aos pacientes.

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715 – AVALIAÇÃO CLÍNICA DAS DESORDENS


TEMPOROMANDIBULARES EM PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: PAOLA FERNANDA COTAIT DE LUCAS CORSO (*) (UFPR);ALINE MONISE SEBASTIANI (UFPR); NELSON
LUIS BARBOSA REBELLATO (UFPR); DELSON JOÃO DA COSTA (UFPR); RAFAELA SCARIOT DE MORAES (UFPR)

Introdução: A relação entre as disfunções da articulação temporomandibular (DTM) e as deformidades dentofa-


ciais tem sido amplamente debatida na literatura, da mesma forma, é discutido a influência da correção destas
deformidades com tratamento ortodôntico cirúrgico nestas disfunções. Foi realizado um estudo prospectivo no
qual todos os pacientes que foram submetidos a cirurgia ortognática no Serviço de Cirurgia e Traumatologia
buco-maxilo-faciais da Universidade Federal do Paraná, passaram por uma avaliação subjetiva e objetiva através
do uso de questionários e exame clínico no período prévio a cirurgia ortognática (T1) , no período pós-operatório
de quatro semanas (T2) e no período pós-operatório de seis meses (T3). Esses dados foram comparados com as
variáveis dos pacientes e com as variáveis cirúrgicas. A prevalência de DTM seis meses após a cirurgia ortogná-
tica foi significativamente menor. Pacientes portadores de má-oclusão Classe III apresentaram mais resultados
favoráveis. O gênero feminino apresentou maior prevalência de Desordens Musculares (DM) pré-operatórias.
Houve melhora significante das DM apenas de T2 para T3 e a melhora foi mais significativa no gênero masculino.
Pacientes com deformidades verticais apresentaram piora significativa das DM de T1 para T2. Houve diminuição
significante do estalido. Não houve diferenças importantes para deslocamento de disco e artralgia. A abertura
bucal com e sem dor teve piora de T1 para T2 e melhora de T1 e T2 para T3, ambas significativas. Os pacientes
submetidos a cirurgia de maxila isolada apresentaram melhor abertura bucal pós-operatória, assim como os
submetidos a fixação com parafusos monocorticais. A cirurgia ortognática influencia positivamente a disfunção
temporomandibular, apresentando melhores resultados em pacientes com má-oclusão Classe III.

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738 – APARELHO DISJUNTOR DE BATTISTETTI: UMA


NOVA PROPOSTA EM EXPANSÃO RÁPIDA DE MAXILA
CIRURGICAMENTE ASSISTIDA

Autores: FLAVIO H. SILVERA TOMAZI (*) (PUC/RS);CLAITON HEITZ (PUC/RS); RICARDO AUGUSTO CONCI (PUC/
RS); GUILHERME BATTISTETTI (UNIOESTE/PR); MARCELO MATOS ROCHA (UFMG/MG)

Introdução: A Expansão Rápida de Maxila Cirurgicamente Assisitida (ERMCA) é uma modalidade cirúrgica indi-
cada para corrigir discrepâncias transversais entre os maxilares. Essa discrepância se manifesta, principalmente,
através de mordida cruzada posterior, corredor bucal acentuado e apinhamento dental. Existem vários tipos de
técnicas e dispositivos usados para promover a separação sagital das maxilas, sendo os mais comuns os dispo-
sitivos de Hyrax e Hass, que são dento-suportados ou muco-dento-suportados. Alguns modelos de dispositivos
ósseo-suportados também são relatados na literatura, porém seu custo elevado acaba inviabilizando o uso em
muitos casos. Battistetti, junto com nossa colaboração, desenvolveu um aparelho ósseo suportado personalizado
através de solda de placas de aço a um torno central que é instalado sob a mucosa, diretamente no osso do pala-
to para auxiliar a ERMCA, especialmente em pacientes edentados ou com problemas periodontais. O aparelho
disjuntos de Battistetti apresenta um custo muito inferior quando comparado aos dispositivos ósseo-suportados
presentes no mercado, o que favor e ao acesso dos pacientes. O dispositivo encontra-se em fase de testes, e espe-
ramos em breve, lançá-lo no mercado para benefício da comunidade científica.

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755 – AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES


SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: WANDERLEY DA SILVA FÉLIX JUNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);PAOLA FERNANDA
COTAIT DE LUCAS CORSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); LEONARDO SILVA BENATO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ); NELSON LUIS BARBOSA REBELLATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); LEAN-
DRO EDUARDO KLUPPEL (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional através de dados antropométricos e percentual
de perda de peso de 36 pacientes submetidos à cirurgia ortognática nos períodos pré e pós operatório de 10, 40
e 90 dias. Materiais e Métodos: Estudo clínico prospectivo longitudinal com pacientes cirúrgicos, portadores de
deformidade dentofacial. Foram aferidos Peso Atual (PA) e estatura. Com o resultado obtido do peso atual, foram
calculados os percentuais de perda de peso involuntária. A gravidade da perda de peso foi classificada como mo-
derada quando entre 1-2% e intensa quando superior a 2%, valores inferiores foram desconsiderados. Os valores
obtidos de peso e estatura foram utilizados para o cálculo do IMC, obtido a partir da divisão da medida do peso
aferido pela medida da altura aferida ao quadrado. Resultados: Ao confrontar os dados dos pacientes submetidos
à cirurgia monomaxilar com os das cirurgias bimaxilares percebemos que não há diferença estatística, tanto no
IMC, quanto na perda de peso, nos diferentes tempos, pós operatório, 10, 40, e 90 dias. O peso e o IMC foram
similares entre os grupos nas quatro avaliações realizadas (p=0,754 e p=0,671) , bem como, o %PP foi semelhante
entre os tempos de PO (p=0,163). Entre os grupos avaliados, de indivíduos submetidos à cirurgia monomaxi-
lar e bimaxilar, o %PP foi semelhante entre todos os tempos avaliados (PO de 10 dias, p=0,074; PO de 40 dias,
p=0,531 e PO de 90 dias, p=0,131; Porém percebemos uma porcentagem expressiva de perda de peso intensa,
com mais de 2% de 95% nas cirurgias monomaxilares e 100% nas bimaxilares num pós operatório de 10 dias.
Conclusões: Os pacientes têm uma perda de peso corporal considerável nos primeiros 10 dias de pós operatório,
que se mantém até o 40º dia, e retomam aos níveis normais entre o 60º e 90º dia.

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764 – RECONSTRUÇÃO DA ARTICULAÇÃO


TÊMPOROMANDIBULAR COM PRÓTESE CUSTOMIZADA:
RELATO DE CASO.

Autores: ANDRE LUIS CHIODI BIM (*) (UFSC);MATHEUS SPINELLA (UFSC); MURILO CHIARELLI (HOSPITAL GO-
VERNADOR CELSO RAMOS); MARCOS PITTA (); JOSÉ NAZARENO GIL (UFSC)

Introdução: A artrite reumatoide é a doença autoimune mais comum que afeta a articulação temporomandibular
dentre outras doenças inflamatórias sistêmicas como psoríase, lupus eritematoso, espondilite anquilosante e
gota. Geralmente causam progressiva reabsorção das estruturas articulares resultando em retrognatismo man-
dibular, perda de dimensão vertical do ramo mandibular, plano oclusal alto, oclusão classe II, mordida aberta
anterior e desarranjo articular seguido de cefaléia constantes, dor, estalos, trismo e perda da função mastigatória.
Embora inicialmente predomine o processo de reabsorção, nos estágios finais a anquilose pode estar presente
devido à hipomobilidade prolongada. Através da ressonância magnética e tomografia computadorizada podemos
constatar a reabsorção e estreitamento médio-lateral do côndilo, reabsorção da eminência articular e o disco
articular que frequentemente encontra-se envolto de tecido reacional. O tratamento mais previsível da articula-
ção temporomandibular em pacientes com artrite reumatoide consiste em reconstrução com prótese bilateral,
coronoidectomia bilateral, cirurgia ortognática com rotação anti-horário do plano oclusal e avanço mandibular.
Existem outras opções de tratamento como o uso de enxertos autógenos como retalhos de fáscia e músculo tem-
poral, enxertos costocondrais e osteotomia vertical de ramo, entretanto por se tratar de uma doença autoimune o
sucesso e a estabilidade a longo prazo torna essas técnicas pouco utilizadas. A reconstrução da ATM com material
aloplástico é a melhor opção, pois elimina a progressão da doença, melhora a função e estética, podendo reduzir
ou eliminar a dor. O objetivo do trabalho é demonstrar as características da doença e todo planejamento cirúrgico
para obtenção de resultados previsíveis visando restabelecer a função, respiração e estética.

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769 – QUEILOPLASTIA PRIMÁRIA SEGUIDA DA INSTALAÇÃO DE


DISPOSITIVO NASAL: RELATO DE CASO CLÍNICO.

Autores: RAQUEL BASTOS VASCONCELOS (*) (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);JOSÉ FERREIRA DA CUNHA
(HOSPITAL ALBERT SABIN); ASSIS FELIPE MEDEIROS ALBUQUERQUE (HOSPITAL ALBERT SABIN);

Introdução: A fissura labiopalatina é a quarta maior deformidade encontrada em recém nascido e mais comum
defeito congênito da face. Por sua alta incidência, requer uma atenção e cuidados especiais, já que as fissuras
labiopalatinas podem potencialmente ter significativas consequências para esses pacientes no decorrer da sua
vida, devido a problemas estéticos, funcionais e sociais. As cirurgias de queiloplastia para tratamento de fissuras
labiais, estão em constante evolução técnica a procura de um resultado estético e funcional cada vez melhor, haja
visto que os resultados obtidos demostram que o labio curto com deformidade remanescente, que é uma das
características do paciente portador de fissura labio palatina, vêm se utilizando algumas manobras de rinoplas-
tia juntamente com a primeira cirurgia, proporcionando assim um resultado satisfatório durante a infância. Os
princípios delineados para manipulação dos tecidos moles evoluíram gradativamente e integram-se ao arsenal
de princípios da cirurgia plástica moderna. De acordo com a literatura, deve-se realizar um acompanhamento
do paciente até os dezoito anos de idade sendo a queiloplastia a primeira cirurgia a ser realizada, em geral aos 3
meses de idade e com o intuito de diminuir os procedimentos cirúrgicos, a rinoplastia vem sendo utilizada com o
primeira etapa cirúrgica . O objetivo desse trabalho é apresentar um caso de uma paciente I.S.S., sexo feminino,
apresentando dois anos de idade, portadora de fissura labiopalatina transforame procurou o serviço de Cirurgia
do Hospital Infantil Albert Sabin para tratamento cirúrgico primário. Foi utilizada a técnica de queiloplastia de
Fisher com rinoplastia, associada à cirurgia foi instalado um dispositivo nasal, com intuito de manutenção do re-
sultado da rinoplastia realizada .A paciente encontra-se com 6 meses de pós-operatórios, em queixas e com bom
resultado estético e manutenção do arcabouço nasal após a remoção do dispositivo nasal.

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773 – PLANEJAMENTO VIRTUAL 3D EM CIRURGIA


ORTOGNÁTICA

Autores: FRANCISCO CLOVIS ROMBE FILHO (*) (FMSLM);SÉRGIO LUIS DE MIRANDA (HIAE); ROBERTO MORENO
(HIAE); RAFAEL ALVES DE MIRANDA (HIAE); ADONAI CHEIN JUNIOR (HIAE)

Introdução: A cirurgia ortognática deixou de ser um procedimento com finalidade exclusivamente funcional e a
estética facial consagrou-se como um dos objetivos mais importantes da cirurgia e da ortodontia. A evolução dos
conceitos envolvidos no diagnóstico e plano de tratamento tem crescido incomparavelmente. As metas para o
tratamento dos pacientes tornaram-se mais amplas, levando ao desenvolvimento de novas ferramentas de diag-
nóstico. Dentre elas, destaca-se o planejamento cirúrgico digital em três dimensões, o qual proporciona maior
previsibilidade e padronização de toda base de dados clínica. Considerando a análise clínica soberana e impres-
cindível ao planejamento de sucesso, mas podemos hoje incluir a previsão dos planejamentos virtuais como um
fator decisivo neste processo. Os guias cirúrgicos, antes produzidos por meio de cirurgias de modelos em gesso,
hoje podem ser realizados por softwares com a prototipagem de guias cirúrgicos e polímeros, somente com a
supervisão do cirurgião. Este trabalho tem como objetivo a apresentação de um caso clínico com a utilização do
planejamento cirúrgico virtual em 3D.

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782 – OSTEOTOMIA LE FORT II PARA CORREÇÃO DE


DEFORMIDADE DENTOFACIAL TIPO CLASSE III

Autores: THIAGO VINÍCIUS RODRIGUES REIS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);CAMILA DE OLIVEIRA
TOMAZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); LEANDRO EDUARDO KLUPPEL (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ); DELSON JOÃO DA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); NELSON LUIS BARBOSA REBEL-
LATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: A cirurgia ortognática da maxila foi descrita primeiramente, em 1859, por Von Langenback. Em
1901, Le Fort publicou sua clássica descrição dos planos naturais da fratura maxilar. Em 1927, Wassmund, fez a
primeira descrição da osteotomia Le Fort I para a correção de deformidades do terço médio da face. As osteoto-
mias que se estendem à tradicional de Le Fort I têm sido chamadas por muitos nomes. A utilização deste grupo
de osteotomias é muito limitada, em relação à expansão, e os movimentos rotacionais e de torque (MILORO,
2008). Este trabalho visa relatar um caso de tratamento orto-cirúrgico para correção de deformidade dento-facial
tipo classe III resultante de sequela de fratura do terço médio da face. O tratamento proposto foi a osteotomia
Le Fort II. Foi utilizado acesso bicoronal, palpebral inferior e intra-oral e fixação com placas e parafusos sistema
2.0. O paciente encontre-se satisfeito com a estética, relata melhora mastigatória, respiratória e fonatória e não
apresenta queixa oftálmica.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

802 – REOPERAÇÃO DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA MAL


SUCEDIDA: RELATO DE CASO CLINICO

Autores: LUIS FERNANDO AZAMBUJA ALCALDE (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP);EDUAR-
DO SANT´ANA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP); RENATO YASSUTAKA FARIA YAEDÚ (FA-
CULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP); LETÍCIA LIANA CHIHARA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
BAURU - USP); (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP)

Introdução: A cirurgia ortognática consiste na correção de deformidades ósseas dos maxilares em relação à base
do crânio buscando a melhoria das funções de mastigação, deglutição e respiração, assim como proporcionar ao
paciente um equilíbrio facial harmônico. Análise de modelos, análise cefalométrica e análise facial em conjunto
devem proporcionar os pilares para um diagnóstico de sucesso. Quando o diagóstico fica aquém do desejado o
plano de tratamento não será o ideal acarretando em problemas no trans e/ou pós operatório.O presente trabalho
relata o caso da paciente V.M.S. do gênero feminino, 19 anos, leucoderma, a qual foi encaminhada ao ambula-
tório de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP com queixa
principal de ´´queixo torto``. A paciente relatava já ter sido operada duas vezes por outra equipe. Uma primeira
cirurgia ortognática para correção da deformidade dentofacial e uma segunda cirurgia com o intuito de debelar
uma infecção pós operatoria. A mesma relatava nao estar satisfeita com o resultado da cirurgia. Após anamnese
detalhada, análise facial, análise cefalometrica com tomografia e exame dos medelos de gesso, observou-se late-
rognatismo mandibular à esquerda bem como excesso vertical de maxila à direita. A paciente foi submetida a ci-
rurgia ortognática para correção da deformidade dentofacial através da técnica de osteotomia le fort I de maxila e
osteotomia sagital bilateral com fixação interna rigida hibrida mais mentoplastia. O presente trabalho tem como
objetivo relatar uma reoperação de uma cirurgia ortognática mal sucedida com o uso de enxerto heterógeno e
fixação interna rígida híbrida. Palavras-chave: Cirurgia Ortognática, Osteotomia Sagital do Ramo Mandibular,
Assimetria facial

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

807 – EFICÁCIA DA TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE


NA REDUÇÃO DO EDEMA, DOR E PARESTESIA NO PÓS
OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ORTOGNÁTICAS: ESTUDO
RANDOMIZADO DUPLO CEGO CRUZADO

Autores: ITALO CORDEIRO DE TOLEDO (*) (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG);GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL
DAS CLINICAS UFG);

Introdução: Este estudo teve como objetivo verificar a eficácia do uso de um protocolo de terapia laser de baixa
intensidade para redução do edema, dor e disturbios neurossensoriais após cirurgias ortognáticas. Dez pacientes
foram submetidos a osteotomia sagital bilateral com osteotomia Le Fort I recebendo aplicação da terapia laser de
baixa intensidade em um dos lados e foram avaliados num periodo de 60 dias. O protocolo utilizado foi aplicação
intra oral (&#955; = 660 nm (vermelho) , ED = 5J/cm2, t = 10 s / ponto, P = 20 mW, E = 1,2 J por ponto) e extra
oral (&#955; = 789 nm de infravermelho) , DE = 30J/cm2, t = 20 s / ponto, P = 60 mW, E = 1,2 J por ponto) nos
três primeiros dias pós operatorios . Depois do quarto dia, dez aplicações intra-orais e extra-orais foram realiza-
das (&#955; = 780nm (IR) , DE = 70J/cm2, P = 70 mW, t = 40 / ponto, E = J 2,8, por ponto). Os dados pós opera-
torios entre os lados irradiados e não irradiados foram comparados e submetidos ao teste estatístico de Wilcoxon.
Houve a recuperação da sensibilidade do labio inferior nos dois lados, mas no lado irradiado, essa recuperação
foi mais rápida. O edema foi avaliado através do coeficiente de edema e a dor através de uma escala analogical
visual. Não houve diferença estatisticamente significante entre o edema e a dor na avaliação imediatamente após
a cirurgia entre os dois lados. O edema foi significantemente menor no lado irradiado nas outras avaliações pós
operatórias (2.15 para 0.21) e lado não irradiado (2.72 para 1.29). A percepção de dor foi menos intensa do lado
irradiado em 24 horas (1.20 vs 3.4) e 3 dias (0.60 vs 2.10) , mas a partir do sétimo dia não observou-se dor xiii em
nenhum dos lados. O protocolo de terapia laser de baixa intensidade aqui descrito melhora a resposta dos tecidos
e reduzir a dor e inchaço resultante de cirurgias ortognáticas e acelerar a recuperação de distúrbios neurossenso-
riais resultantes da osteotomia sagital bilateral do ramo.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

813 – BENEFICIO ANTECIPADO EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA:


RELATO DE CASO.

Autores: JÉSSIKA SOUZA DE CARVALHO (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA);LÍVIA MARIA
ANDRADE DE FREITAS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA); ADRIANO FREITAS DE ASSIS
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); MATHEUS MELO PITHON (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
SUDOESTE DA BAHIA); RICARDO ALVES DE SOUZA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA)

Introdução: O tratamento de deformidades dentofaciais severas é um desafio para ortodontia. Angle (1903) já
afirmava que o método para correção desse tipo de deformidade seria a combinação de ortodontia e cirurgia. A
cirurgia ortognática trata das deformidades dentofaciais e tem se tornado escolha para esses pacientes. O tra-
tamento é multidisciplinar possibilitando a correção da oclusão inadequada, melhora da condição respiratória,
elevação da autoestima, maior satisfação com a estética facial e dental e resolução de possíveis dores muscu-
lares e/ou articulares. O tratamento ortodôntico convencionalmente feito é baseado: no diagnóstico, preparo
ortodôntico pré-cirúrgico, cirurgia propriamente dita e finalização ortodôntica. Este método tem sido usado há
décadas e tem demonstrado efetividade. Porém, durante este preparo, o paciente aguarda cerca de 1 ano e meio
até a cirurgia, e muitas vezes observa-se piora no quadro estético. Na busca por minimizar este período de espera
do paciente, introduziu-se um novo método chamado: Beneficio Antecipado. Este protocolo baseia-se em, após
o diagnóstico orto-cirúrgico, planejar todas as fases do tratamento, montar o aparelho ortodôntico e operar o
paciente. Então, depois se realiza o tratamento ortodôntico propriamente dito. O beneficio antecipado corrige
a posição das bases ósseas e desequilíbrio de tecidos moles e auxilia na movimentação dentária, por o período
pós-cirúrgico ter um turnover metabólico. Este relato de caso conduz o tratamento pela abordagem do beneficio
antecipado. Paciente S.R., 35 anos, leucoderma, mesofacial, com perfil demasiadamente convexo, bi-retruso, pa-
drão facial de Classe II e má-oclusão dentária de Angle de Classe I, com apinhamento moderado. O planejamento
seguiu-se com: Osteotomia tipo Le Fort I com segmentação (3 segmentos) entre lateral e canino, avanço de 5
mm e intrusão anterior de 2 mm em maxila. Osteotomia sagital bilateral do ramo mandibular, avanço de 8 mm
em mandíbula. E osteotomia horizontal basilar do mento com avanço de 4 mm. Em resumo, para minimizar o
tempo de tratamento, número de cirurgias e possibilitar ao paciente a redução de custos, desconforto de dois
pós-operatórios, além dos benefícios já citados, foi proposto a realização da cirurgia com beneficio antecipado,
proporcionando assim melhorias estéticas e funcionais ao paciente.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

822 – AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE E DO STRESS DE


DIFERENTES MÉTODOS DE FIXAÇÃO INTERNA ESTÁVEL
UTILIZADOS EM OSTEOTOMIA SAGITAL DOS RAMOS
MANDIBULARES: ANÁLISE ATRAVÉS DE ELEMENTOS FINITOS

Autores: BRUNO VIEZZER FERNANDES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);DIEGO JOSÉ STRINGHINI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); WANDERLEY DA SILVA FÉLIX JR. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA-
NÁ); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DELSON JOÃO DA COSTA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: A estabilização dos segmentos ósseos após a osteotomia sagital dos ramos mandibulares (OSRM) tem
evoluído com as diferentes técnicas de fixação disponíveis atualmente. A fixação interna estável (FIE) utilizando sis-
temas de placas e parafusos tem sido usada mundialmente durante os últimos 20 anos, apresentando altas taxas de
sucesso clínico. Vários sistemas de fixação podem ser utilizados, através de placas e parafusos. Os sistemas de placas
e parafusos locking foram introduzidos recentemente apresentando vantagens quando comparados com o sistema
convencional. Dentre as vantagens do sistema locking temos a menor perda de parafusos, melhor estabilidade, menor
necessidade de adaptação da placa e menor alteração da relação oclusal. Muitos estudos tem sido desenvolvidos para
avaliar a utilização deste novo sistema avaliando a estabilidade após a OSRM. Objetivos: O propósito deste estudo é
avaliar por meio de análise com elementos finitos o stress mecânico e estabilidade sobre o material de fixação com a
utilização de nove diferentes formas de osteossíntese após OSRM. Materiais e Métodos: Um modelo tridimensional
de uma hemimandíbula foi obtido a partir de uma imagem tomográfica. A fim de obter um modelo tridimensional
simétrico, a mesma foi espelhada. Todas as irregularidades desta imagem foram removidas, uma OSRM foi simulada
e um avanço de 5 mm do segmento distal foi realizado. A partir deste modelo, nove diferentes tipos de FIE foram ava-
liados. As forças foram aplicadas nas inserções dos músculos da mastigação e um anteparo foi colocado sobre a oclusal
dos dentes, permanecendo as cabeças mandibulares como eixo de rotação. Os valores dos intervalos do stress sobre as
placas e parafusos foram verificados em cada método de fixação. O deslocamento entre os segmentos osteotomizados
foi verificado através de intervalos milimétricos. Resultados: Como sugerido pela literatura os parafusos bicorticais
dispostos em L invertido obtiveram o menor deslocamento, já o modelo com a menor tensão foi o com duas placas
convencionais. Os resultados mostraram que as tensões foram melhor distribuídas através das placas locking, e que os
parafusos do tipo locking apresentaram maior concentração de tensões. Os valores de deslocamento nos modelos com
placas locking foram menores, quando comparados aos das placas convencionais. Conclusão: As placas do sistema loc-
king quando usadas para fixação das OSRM suportam tensões maiores quando comparadas as placas convencionais,
o que acarreta em um menor deslocamento dos segmentos osteotomizados quando submetidos a cargas semelhantes
às exercidas pelos músculos da mastigação. Palavras-Chave: Fixação interna de fraturas; Osteotomia sagital do ramo
mandibular; Análise de elementos finitos.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

877 – SEQUÊNCIA CIRÚRGICA DE HIPERPLASIA CONDILAR


ATIVA

Autores: CARLOS EDUARDO CHRZANOWSKI PEREIRA DE SOUZA (*) ();MIGUEL ÂNGELO RIBEIRO SCHEFFER ();
RENATO SCHRODER DOS SANTOS (); (); ()

Introdução: Muitas das assimetrias faciais podem ser originadas devidos a distúrbios de crescimento. Uma das
principais áreas de crescimento mandibular é o côndilo mandibular, e quando este desenvolvimento ocorre de
forma exacerbada, denominamos de hiperplasia condilar. A Hiperplasia condilar (HC) pode ser originária de vá-
rios fatores como um simples desenvolvimento exagerado do côndilo mandibular ou como um desenvolvimento
neoplásico nessa área. Dependendo da velocidade e época que esta condição ocorre, a assimetria pode compro-
meter todo o complexo maxilomandibular. Algumas opções de tratamento são disponíveis para as hiperplasias
condilares, no entando é consenso que a remoção do centro de crescimento, quando este está ativo, é unânime,
quando objetivamos um tratamento com estabilidade esquelética. Este trabalho visa discutir os aspectos da hi-
perplasia condilar, bem como apresentar uma sequência cirúrgica para a assimetria facial decorrente de hiperpla-
sia condilar ativa. A paciente, do gênero feminino, com 28 anos, apresentava-se com deformidade maxiloman-
dibular progressiva, evoluindo para dor articular não-provocada e má-oclusão. O diagnóstico foi obtido através
de exame clínico e de imagem. Após constatada a hiperplasia condilar ativa, a paciente foi submetida à cirurgia
articular para remoção do centro de crescimento, discopexia, cirurgia ortognática combinada e mentoplastia. Em
um período de acompanhamento de 11 meses, a paciente encontra-se com estabilidade esquelética e satisfeita
com o resultado estético-funcional. A cirurgia articular, concomitante a cirurgia ortognática é capaz de prover um
resultado favorável e estável para as assimetrias faciais decorrentes da hiperplasia condilar

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

888 – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PACIENTES


SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA ENTRE 2011 E 2013
EM SALVADOR-BA.

Autores: DEYVID DA SILVA REBOUÇAS (*) (ESCOLA BAHAINA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);DIEGO MAIA
DE OLIVEIRA BARBOSA (ESCOLA BAHAINA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); ADRIANO SILVA PEREZ (ESCOLA
BAHAINA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); FERNANDO BASTOS PEREIRA JUNIOR (ESCOLA BAHAINA DE ME-
DICINA E SAÚDE PÚBLICA); ADRIANO FREITAS DE ASSIS (ESCOLA BAHAINA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: A cirurgia ortognática tem como objetivo a correção de deformidades maxilofaciais através de mo-
vimentações cirúrgicas das estruturas esqueléticas e dos elementos dentários. Esta forma de tratamento pode
promover melhora das alterações funcionais devido a obtenção de uma mastigação adequada, restabelecimento
das funções fonéticas e respiratórias, além da promoção de harmonia facial. Porém, para se obter o sucesso no
tratamento, deve-se considerar, principalmente, a satisfação do paciente. O objetivo deste trabalho é avaliar a
satisfação dos pacientes que foram submetidos à cirurgia ortognática no período de 2011 até 2013, através de
um estudo transversal realizado no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública localizado na cidade de Salvador-BA. Aplicou-se um questionário estruturado em 36
pacientes, realizou-se uma análise descritiva para caracterizar a amostra quanto aos dados biográficos, padrão
facial, satisfação geral e específica, antes e após a cirurgia, obteve-se as médias dos valores atribuídos aos aspectos
estética, mastigação, respiração e fonação para o período anterior e posterior à cirurgia e calculou-se a diferença
das médias dos dois momentos. O Teste t. pareado foi utilizado para avaliar a significância estatística da diferença
das médias da amostra total, separadas por gênero, classificação dento-esquelética e faixa etária e o Teste Anova
para identificar se havia diferença com significância estatística entre os estratos. Observou-se que a cirurgia or-
tognática proporcionou melhora em todos os quesitos avaliados e encontrou-se diferença entre o período poste-
rior e o anterior com significância estatística para os aspectos estética e mastigação entre os gêneros masculino
e feminino, portadores de deformidade classe II e III e em todas as faixas etárias dos indivíduos estudados e da
amostra total. Palavras-chave: Cirurgia Ortognática, Satisfação do Paciente, Anormalidades Maxilofaciais.

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894 – TRATAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTE PADRÃO III COM


DEFICIÊNCIA MAXILAR VERTICAL

Autores: LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI);JULIO CESAR
DE PAULO CRAVINHOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI); MARCUS BARRETO VASCONCELOS (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO PIAUI); INGRID MADEIRA DE BARROS NUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI); ALAN
LEANDRO CARVALHO DE FARIAS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI)

Introdução: O desenvolvimento apropriado da forma e função craniofaciais é um processo complexo e sujeito a


intervenções por muitos fatores que podem provocar alterações no padrão de crescimento; resultando em uma
morfologia anormal do esqueleto facial e uma má-oclusão associada. Estas deformidades dentofaciais necessitam
de intervenção conjunta da ortodontia e cirurgia ortognática para que resultados estéticos e funcionais sejam al-
cançados. A face, por ser formada de um conjunto estrutural complexo que envolve ossos, tecidos moles, dentes e
outros órgãos deve ser bem analisada antes de qualquer intervenção cirúrgica; uma vez que alterações realizadas
repercutirão em todas as estruturas associadas. A análise facial é um procedimento individualizado que permite
a definição do padrão facial do indivíduo, classificando a desordem esquelética e/ou dentária e possibilitando um
planejamento das alterações desejadas e sua repercussão às estruturas faciais. Em um paciente que apresenta
um padrão de deficiência maxilar vertical associada à deformidade mandibular, a classe III esquelética revela um
excesso relativo ou absoluto da mandíbula. A maxila, hipoplásica no sentido vertical, também apresenta-se defi-
ciente no sentido ântero-posterior. Os aspectos principais deste padrão, que podem ser enumerados numa vista
frontal, são uma face curta, com redução acentuada no terço inferior, exposição negativa dos incisivos superiores
em repouso, sorriso com pouca expressão dos dentes superiores, sulco nasogeniano profundo e sulco mentola-
bial profundo. As características em perfil são o terço inferior encurtado, lábio inferior retraído, projeção do men-
to deficiente e profundidade do sulco mentolabial. A correção cirúrgica deste padrão de deformidade se dá pela
técnica de rebaixamento da maxila por meio da osteotomia total do tipo Le Fort I e Osteotomia Sagital Bilateral
do Ramo Mandibular para correção do posicionamento mandibular, caso haja necessidade de reposicionamento
desta; associada a aplicação de fixação interna através de placas e parafusos, o que permite uma significativa
sobreposição óssea, adequada cicatrização e estabilidade pós-operatória. Este trabalho tem por objetivo relatar
o tratamento cirúrgico de um paciente portador de deformidade dento-esquelética padrão III, com deficiência
maxilar vertical. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico que consiste no giro horário do plano oclusal
para correção da deficiência vertical/ântero-posterior maxilar e reposicionamento mandibular. O pós-operatório
tem apontado para um bom resultado, com significativa melhora do padrão dento-esquelético, oclusão final man-
tida, estável, sem queixas álgicas em região pré-auricular e quaisquer outras alterações dignas de nota.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

897 – TRATAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTE PADRÃO III COM


DEFICIÊNCIA MAXILAR ÂNTERO-POSTERIOR

Autores: LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI);JULIO CESAR
DE PAULO CRAVINHOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI); INGRID MADEIRA DE BARROS NUNES (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO PIAUI); JOANALVA CLAUDINO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI);

Introdução: O desenvolvimento apropriado da forma e função craniofaciais é um processo complexo e sujeito a


intervenções por muitos fatores que podem provocar alterações no padrão de crescimento; resultando em uma
morfologia anormal do esqueleto facial e uma má-oclusão associada. Estas deformidades dentofaciais necessitam
de intervenção conjunta da ortodontia e cirurgia ortognática para que resultados estéticos e funcionais sejam al-
cançados. A face, por ser formada de um conjunto estrutural complexo que envolve ossos, tecidos moles, dentes e
outros órgãos deve ser bem analisada antes de qualquer intervenção cirúrgica; uma vez que alterações realizadas
repercutirão em todas as estruturas associadas. A análise facial é um procedimento individualizado que permite
a definição do padrão facial do indivíduo, classificando a desordem esquelética e/ou dentária e possibilitando um
planejamento das alterações desejadas e sua repercussão às estruturas faciais. Em um paciente que apresenta de-
formidade dento-esquelética padrão III de grande magnitude, uma combinação do excesso mandibular A-P com
a deficiência maxilar A-P é muito comum. Os aspectos principais deste padrão que podem ser enumerados são o
achatamento e concavidade das regiões malar e paranasal, nariz grande, abertura do ângulo nasolabial, perda de
suporte do lábio superior, possível pseudo- exoftalmia, mento posicionado para anterior, região submentonia-
na longa e ângulo cervical fechado. A correção cirúrgica deste padrão de deformidade se dá por meio de avanço
maxilar pela técnica de osteotomia total do tipo Le Fort I e Osteotomia Sagital Bilateral do Ramo Mandibular
para recuo da mandíbula; associada a aplicação de fixação interna através de placas e parafusos, o que permite
uma significativa sobreposição óssea, adequada cicatrização e estabilidade pós-operatória. Este trabalho tem por
objetivo relatar o tratamento cirúrgico de um paciente portador de deformidade dento-esquelética padrão III, as-
sociada à deformidade maxilar anteroposterior. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico que consistiu
em avançar a maxila, e promover um giro anti-horário da mandíbula e em seguida, a realização de mentoplastia.
O pós-operatório tem apontado para um bom resultado, com significativa melhora do padrão dento-esquelético,
oclusão final mantida, estável, sem queixas álgicas em região pré-auricular e quaisquer outras alterações dignas
de nota.

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Apresentação: Distracção osteogênica

125 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR APÓS


HEMIMANDIBULETOMIA EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM USO
DE DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA, RELATO DE CASO.

Autores: RODRIGO GONÇALVES (*) (SANTA CASA DE PIRACICABA);PAULO AFONSO DE OLIVEIRA JR. (SANTA
CASA DE PIRACICABA); ARMANDO DE BARROS (SANTA CASA DE PIRACICABA); DANILO DRESSANO (SANTA
CASA DE PIRACICABA); FELIPE CALILE FRANCK (SANTA CASA DE PIRACICABA)

Introdução: A reconstrução mandibular em pacientes pediátricos apresenta um alto grau de dificuldade, pois
estes pacientes não possuem áreas doadoras para enxertos autógenos que com segurança possam ser utilizadas
sem afetar o padrão de crescimento nestas áreas, principalmente quando se trata de grandes reconstruções na
região maxilo-facial. Com o advento da distração osteogênica (DO) e as devidas adaptações para o esqueleto crâ-
nio-facial, abriram-se novas perspectivas de tratamento para estes pacientes, com a possibilidade de reduzir de
forma intensa as sequelas oriundas deste tipo de tratamento. No presente relato iremos abordar o tratamento de
um paciente pediátrico que foi submetido à ressecção de um tumor dois anos antes e apresentava grande defeito
ósseo segmentar em corpo e ramo mandibular e fratura da placa de reconstrução utilizada nesta primeira cirur-
gia. O paciente apresentava dor local, disfagia, dificuldade de abertura bucal. Foram realizados novos exames de
imagem, confeccionado um protótipo e em vista do quadro apresentado, o tratamento proposto foi a remoção da
placa fraturada, a instalação de uma nova placa de reconstrução, uma osteotomia no segmento mandibular distal,
após a instalação de um distrator mandibular, e a realização de distração osteogênica (DO) , para a formação de
um novo osso no corpo mandibular. Após o período de contenção, foi realizada a remoção do aparelho distrator
e preenchimento com substituto ósseo nos defeitos ainda apresentados. O paciente segue em acompanhamento
com nossa equipe. A distração osteogênica (DO) se mostrou uma opção eficaz na reconstrução mandibular em
pacientes pediátricos vítimas de patologias mutilantes. Palavras-chave: Distração osteogênica. Distração mandi-
bular. Reconstrução mandibular. Paciente pediátrico.

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Apresentação: Distracção osteogênica

157 – TRANSPORTE ÓSSEO POR DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA


PARA RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR: RELATO DE 2 CASOS
CLÍNICOS.

Autores: LETÍCIA ALMEIDA CHEFFER (*) (SERVIÇO DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL DA UFBA/HSA-OSID/


HGE/HUPES);ANDERSON MACIEL (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); ARLEI CERQUEIRA (SERVIÇO DE
CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL DA UFBA/HSA-OSID/HGE/HUPES); WEBER CEO CAVALCANTE (SERVIÇO DE
CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL DA UFBA/HSA-OSID/HGE/HUPES);

Introdução: A reconstrução mandibular é um dos procedimentos mais desafiadores da Cirurgia Bucomaxilofa-


cial, principalmente quando envolve reconstrução de grandes perdas ósseas. Atualmente existem vários proce-
dimentos que se propõem à reconstrução mandibular, cada um com suas vantagens, desvantagens e limitações
específicas. Entretanto, seus resultados finais, ainda assim, são imprevisíveis e sujeitos a muitas variáveis. Uma
modalidade para reconstrução de grande perda da continuidade mandibular é a distração osteogênica (DO). O
presente trabalho tem como objetivo demonstrar a utilização da DO em dois casos de reconstrução após res-
secção de tumores mandibulares benignos que causaram defeitos de continuidade mandibular maiores do que
8 centímetros e incluíram o arco central da mandíbula. A técnica de transporte ósseo envolve a criação de osso
e tecidos moles para preenchimento de um defeito à custa da movimentação de um disco de transporte ósseo,
com formação de novos tecidos ao longo da via percorrida até a fixação do disco ao osso hospedeiro. A distração
osteogênica (DO) é classificada de acordo com o número de segmentos ósseos como bifocal, trifocal, tetrafocal,
pentafocal e assim sucessivamente. Esta técnica está bem indicada para pacientes clinicamente comprometidos
que necessitam de cirurgia reconstrutiva sem grandes enxertias ósseas, como tratamento alternativo para rein-
tervenção após insucesso de reconstruções com enxertos, para minimizar custos do procedimento e redução do
tempo de hospitalização. Além disso, a DO é realizada para reconstrução após remoção de tumores benignos,
defeitos devido lesões por projétil de arma de fogo, manejo de osteomielite e tratamento de má ou não união. A
DO é conhecida como processo de formação óssea entre duas superfícies obtidas por osteotomia sob forças de
tensão-estresse, envolvidas pelo periósteo e a preservação do mesmo deve ser considerada como fundamento
biológico mais importante para o sucesso deste procedimento. Os pacientes tratados por meio de transporte ós-
seo com DO apresentam uma melhor condição clínica em termos de neoformação óssea e de tecidos moles, cujas
características são idênticas as suas estruturas adjacentes. Assim, a qualidade e a quantidade de osso e mucosa
são ideais para instalação de implantes osteointegrados, permitindo uma reconstrução final estética e funcional,
com estabilidade a longo prazo.

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Apresentação: Distracção osteogênica

195 – AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA NASAL EM PACIENTES


SUBMETIDOS A EXPANSÃO CIRÚRGICA ASSISTIDA DE MAXILA.

Autores: RENATA MOURA XAVIER DANTAS (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - FOP/UPE);IV-
SON SOUZA CATUNDA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - FOP/UPE); BELMIRO CAVALCANTI
DO EGITO VASCONCELOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - FOP/UPE); ANTÔNIO FIGUEIRE-
DO CAUBI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - FOP/UPE); MARCELO VICTOR OMENA CALDAS
COSTA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - FOP/UPE)

Introdução: Na deficiência transversa da maxila a distância entre as paredes laterais da cavidade nasal e o septo
nasal está frequentemente diminuída. Esta diminuição acarreta uma maior resistência ao fluxo aéreo nasal com
consequente dificuldade respiratória nasal. A expansão maxilar cirurgicamente assistida (EMCA) é usada para
tratar essa discrepância. O objetivo do presente estudo foi identificar alterações na via aérea nasal em pacientes
que tenham sido submetidos a EMCA. Consistiu em um estudo prospectivo, com uma amostra de 10 pacientes
submetidos a EMCA, e que concordaram em participar em todas as fases do estudo. A aquisição de dados envol-
veu uso de questionários para avaliação subjetiva da permeabilidade nasal um questionário, espelho milimetrado
de Glatzel como método de mensuração objetiva da função nasal, e medidas angulares da válvula nasal interna
(VNI) , abertura intermaxilar, largura nasal (abertura piriforme) e a área nasal vista por tomografia computadori-
zada multislice em cortes perpendiculares ao fluxo aéreo na região da VNI, tanto no pré-operatório e pós-opera-
tório. A largura nasal aumentou em todos os pacientes após EMCA (aumento médio: 1,29 mm). A abertura média
do espaço intermaxilar foi 5,30 mm. A via aérea nasal pós-operatória foi maior em oito pacientes (80%) , com um
aumento médio de 0,30 cm (2) (18,52%). Um aumento global significativo (P <0,05) no ângulo da válvula nasal
interna ocorreu no pós-operatório. A utilização do espelho de Glatzel revelou uma área menor de condensação
no pós-operatório em apenas um paciente. A via aérea nasal passou por uma mudança positiva após expansão
maxilar assistida cirurgicamente. Além disso, o ângulo de válvula nasal é sugerido como um novo parâmetro para
a análise desta melhoria.

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Apresentação: Distracção osteogênica

700 – ESTUDO COMPARATIVO DIMENSIONAL TOMOGRÁFICO


DO CÔNDILO MANDIBULAR DE INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA
TRANSVERSAL DE MAXILA

Autores: EDUARDO STEDILE FIAMONCINI (*) (FOB - USP);ANDRÉA GUEDES BARRETO GONÇALES (FOB - USP);
EDUARDO SANCHES GONÇALES (FOB - USP); ANA LÚCIA ÁLVARES CAPELOZZA (FOB - USP);

Introdução: A deficiência transversal de maxila, caracteriza-se por mordida cruzada posterior unilateral ou bila-
teral, dentes apinhados e rotacionados e pelo formato ogival do palato. O tratamento em indivíduos adultos tem
sido realizado a partir da expansão de maxila cirurgicamente assistida (EMCA) , que resulta em efeitos esque-
léticos e dentários no arco superior, com expectativa de efeitos no arco inferior. Neste estudo propõe-se avaliar
a ocorrência de alterações dimensionais nos côndilos mandibulares, de pacientes com deficiência transversal de
maxila submetidos a expansão cirurgicamente assistida em imagens obtidas por tomografias computadorizadas
de feixe cônico (TCFC) de catorze indivíduos com deficiência transversal de maxila, sendo cinco homens e nove
mulheres, com idades entre 24 e 28 anos. Na reformatação axial as medidas foram obtidas no sentido, póste-
ro-anterior lateral, póstero-anterior central e póstero-anterior medial da superfície articular. Nas reformatações
coronais, mensurou-se os sentidos látero-medial superior, látero-medial inferior, látero-medial médio e súpero-
-inferior. Os valores obtidos e submetidos à análise estatística pelo teste t pareado. As medidas axial póstero-
-anterior lateral esquerda (-0,90mm) , coronal médio direita (-1,24mm) , coronal inferior esquerda (1,78mm) ,
coronal súpero-inferior direita (0,76mm) , axial póstero-anterior lateral (-0,74mm) e coronal inferior (-1,13mm)
apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Após análise dos resultados obtidos na amostra estudada
conclui-se que em indivíduos com deficiência transversal de maxila e submetidos a EMCA, ocorreram alterações
dimensionais nos côndilos mandibulares, estas foram interpretadas como remodelação condilar fisiológica em
resposta a nova distribuição das forças mastigatórias, uma vez que caracterizaram-se tanto pelo aumento quanto
pela redução do côndilo, dependendo da posição da medida realizada.

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Apresentação: Distracção osteogênica

750 – ANÁLISE TRIDIMENSIONAL TOMOGRÁFICA DO ESPAÇO


AÉREO FARÍNGEO DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A EXPANSÃO
CIRURGICAMENTE ASSISTIDA DE MAXILA

Autores: EDUARDO STEDILE FIAMONCINI (*) (FOB - USP);VICTOR TIEGHI NETO (FOB - USP); EDUARDO SAN-
CHES GONÇALES (FOB - USP); OSNY FERREIRA JÚNIOR (FOB - USP);

Introdução: A deficiência transversal da maxila caracteriza-se por mordida cruzada posterior unilateral ou bila-
teral, apinhamento e rotação dentais, além de palato ogival. Em adultos, seu tratamento é a expansão de maxila
cirurgicamente assistida (EMCA) , procedimento este que afeta não só os ossos, mas também os dentes, cavidade
nasal, espaço aéreo faríngeo, lábios e demais tecidos moles circundantes. O objetivo deste estudo foi avaliar, por
meio de análise retrospectiva 3D (volumétrica) , mudanças no espaço da via aérea faríngea após EMCA. Foram
realizadas mensurações pré e pós-operatórias em tomografias digitais volumétricas (CBCT) , por meio do soft-
ware Dolphin Imaging 11,5, em 56 tomografias computadorizadas, em 4 períodos distintos (pré-operatório e
pós-operatórios de 15, 60 e 180 dias) , de 14 indivíduos que se submeteram a EMCA. Após coleta dos dados,
realisou-se análise estaística por meio do teste de Tukey, comparando as mudanças entre os períodos. Os resulta-
dos motraram ausência de diferenças estatisticamente significativas para o volume faríngeo total, nasofaríngeo
e faríngeo interior. No entanto encontrou-se diferença estatisticamente significativas (p<0,05) entre a porção
média do volume orofaríngeo no pós-operatório de 60 dias em relação ao pré-operatório, o que permitiu concluir
que a EMCA aumentou o volume da orofaringe, dos indivíduos envolvidos no estudo.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

15 – OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM RECONSTRUÇÃO DE


MANDÍBULA COM ENXERTO AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA
ANTERIOR

Autores: JOAO FERNANDO VEIGA PIRES (*) (HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS);ANA CRISTINA BITTENCOURT
ARRUDA (HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS); ANGELA CRISTINA GONÇALVES TORRES (HOSPITAL NAVAL
MARCÍLIO DIAS); ALEXANDRE RAMALHO SALVATERRA (HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS); MARCOS VINICIUS
CORRÊA RAMOS (HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS)

Introdução: Todo paciente que apresente um defeito segmentar da mandíbula e que tenha condições clínicas adequadas
deve ser submetido a reconstrução mandibular. Sua indicação dependerá de fatores relacionados à lesão, ao paciente e
à necessidade de tratamentos adjuvantes. O padrão-ouro para reconstrução óssea mandibular consiste na utilização de
enxerto autógeno livre ou microvascularizado, com predileção pela crista ilíaca e fíbula respectivamente. No entanto,
um dos maiores desafios está na utilização de enxertos não vascularizados para reconstrução de defeitos maiores que
9 cm. Os retalhos de crista ilíaca e fíbula proporcionam maior quantidade de osso e são escolhidos no tratamento de
lesões que comprometem áreas extensas da mandíbula. O ilíaco apresenta uma forma que se adapta bem à curvatu-
ra lateral do arco mandibular, dispensando, muitas vezes, as osteotomias. Sua estrutura facilita o uso dos implantes
ósseointegrados. O uso da oxigenoterapia hiperbárica (OHB) surge, neste contexto, como uma excelente alternativa
complementar para as reconstruções ósseas, melhorando o prognóstico e aumentando a previsibilidade dos grandes
enxertos. Consiste na administração de oxigênio a 100% em uma pressão ambiente bem maior (geralmente próxima
de 2,5 ATA) do que a encontrada ao nível do mar, realizada no interior de câmaras hiperbáricas que podem ser indivi-
duais (hospedando apenas um paciente) ou múltiplas (com capacidade para hospedar vários pacientes). O caso clínico
relatado corresponde a uma paciente do sexo feminino de 21 anos de idade, com sequela devido à não consolidação da
osteotomia sagital de mandíbula no lado esquerdo para correção de deformidade dentofacial padrão III. A radiografia e
a tomografia computadorizada obtidas após 3 meses da realização do corte sagital e instalação de placas e parafusos de
titânio para realização do recuo mandibular, revelaram sequestro ósseo de um fragmento do segmento proximal que
se estendia da região de ângulo mandibular até molares inferiores. Foi realizado um segundo procedimento cirúrgico
com remoção do sequestro ósseo e placas e parafusos, seguidos da instalação de uma nova placa para manutenção
do volume ósseo e contorno mandibular. Seis meses depois, a paciente evoluiu com assimetria facial, maloclusão e
necessidade de um novo procedimento cirúrgico. O tratamento cirúrgico de escolha foi remoção da placa de titânio e
reconstrução mandibular com enxerto de crista ilíaca, placa de titânio 2.0 e tela reabsorvível. Como esquema de OHB,
a paciente foi submetida a 10 sessões hiperbáricas no pré-operatório e 20 sessões no pós-operatório. Seis meses após a
reconstrução mandibular, foi possível constatar uma neoformação óssea mandibular, além de preservação do contorno
mandibular e estética facial. A radiografia panorâmica revelou bom posicionamento do enxerto ósseo e manutenção
do volume ósseo.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

18 – ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO DUPLO


CEGO PARA AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE DOIS SUBSTITUTOS
ÓSSEOS SINTÉTICOS

Autores: MARCELO JOSÉ PINHEIRO GUEDES DE UZEDA (*) (UFF);RODRIGO RESENDE (UFF); SUELEN SARTORE-
TO (UFF); ADRIANA NOVELINO (UFF); MONICA CALASANS-MAIA (UFF)

Introdução: Enxertos autógenos têm sido a escolha ideal para regeneração de tecido ósseo em defeitos provocados por atro-
fias fisiológicas ou condições patológicas como traumas e tumores que envolvam o complexo dento-alveolar. No entanto,
existem restrições quanto a sua obtenção tais como a necessidade de um segundo sítio cirúrgico, o aumento da morbidade
com a necessidade de um longo período de recuperação do paciente, o risco aumentado de infecção, disponibilidade limitada
de área doadora, além da acentuada imprevisibilidade de sua reabsorção durante o período de cicatrização. Devido as suas
características físico-químicas semelhantes às dos tecidos ósseo e dentário, e por mostrar resultados que excedem aos alcança-
dos pela hidroxiapatita estequiométrica (HA) , as cerâmicas a base de fosfato de cálcio têm sido indicadas como um substituto
ósseo bastante promissor para cirurgia ortopédica e maxilo-facial. Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento
biológico de dois substitutos ósseos de origem sintética (DentsCare/FGM®) comparados com um biomaterial de referencia
disponível no mercado (BoneCeramic®). Os biomateriais foram caracterizados através de Microscopia Eletrônica de varredura
(MEV) , Espectroscopia Raman, Difração de Raios X (DRX) e quantificação das fases de HA e TCP no Centro Brasileiro de Pes-
quisas Físicas (CBPF) e no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Este estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética através do Sistema Plataforma Brasil sob o nº XXX. Foram recrutados 48 voluntários livres e esclarecidos,
selecionados a partir de critérios físicos e psicológicos pré-estabelecidos. Os voluntários foram divididos aleatoriamente em
quatro grupos experimentais de 12 indivíduos cada, a saber: Biomaterial 1 ( B1) , Biomaterial 2 (B2) , BoneCeramic® e grupo
Coágulo e divididos em 2 períodos experimentais (3 e 6 meses). Todos os voluntários foram então submetidos a exodon-
tia sob anestesia local, com enxertia imediata com os biomateriais de acordo com os grupos experimentais. Decorridos os
respectivos períodos experimentais foi realizada a remoção de uma amostra trefinada (2 x 6 mm) imediatamente antes da
instalação de cada implante dentário. Cinco amostras por grupo e período experimental foram obtidas para processamento e
inclusão em parafina para análise descritiva e histomorfométrica com ênfase na observação da formação do tecido ósseo, pre-
sença de tecido conjuntivo fibroso e presença dos biomateriais, enquanto uma amostra foi processada para inclusão em resina
para observação em microscopia de luz de campo claro. Os resultados mostraram que Biomaterial 1 após 6 meses apresentou
uma maior quantidade de osso neoformado quando comparado aos outros demais grupos (B2, BC, e Coágulo). Os materiais
experimentais mostram-se de fácil e excelente manuseio para preenchimento alveolar, além de radiopacos o suficiente para
acompanhamento e controle pós-operatório. Ambos permitiram a instalação dos implantes após 3 e 6 meses sem complica-
ções ou perda dos implantes e preservaram a arquitetura alveolar. Concluímos que se tratam de materiais biocompatíveis e
osteocondutores, mostrando-se seguros e eficazes para uso em humanos.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

76 – A INTER-RELAÇÃO ENTRE CIRURGIA ORTOGNÁTICA,


RECONSTRUÇÃO MAXILAR E IMPLANTES NO CONTEXTO DA
BELEZA PELA ANÁLISE FACIAL

Autores: PEDRO HENRIQUE SILVA GOMES FERREIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA -
UNESP);ROBERTA OKAMOTO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); IDELMO RANGEL
GARCIA-JUNIOR (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); WIRLEY GONÇALVES ASSUNÇÃO
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); LEONARDO PEREZ FAVERANI (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP)

Introdução: A grande parte da população que procura atendimento odontológico deseja melhorar a estética facial
e do sorriso, para ser inserida na sociedade em que vive. Nos indivíduos usuários de próteses totais, a reabsorção
fisiológica causa uma atrofia em principalmente da maxila, sendo necessária a realização de técnicas reconstruto-
ras e as vezes de movimentação das bases ósseas, para a maior estabilidade oclusal e harmonia facial. O objetivo
deste trabalho é abordar por meio de um caso clínico as características relacionadas com a reabilitação dos pacien-
tes edêntulos, com indicação de cirurgia ortognática após reconstrução dos maxilares com enxerto ósseo. Pacien-
te de 38 anos de idade, gênero feminino, procurou atendimento com queixa de insatisfação com o uso da prótese
total e pelo edentulismo parcial inferior, bem como pela insatisfação estética facial, após o uso prolongado da
prótese, radiograficamente a maxila apresentava uma reabsorção severa e extensão alveolar dos seios maxilares.
Em ambiente hospitalar, sob anestesia geral foi realizado a remoção do enxerto da crista ilíaca para reconstrução
maxilar em bloco associada ao levantamento bilateral do seio maxilar. Após 6 meses, realizou-se a instalação dos
implantes da maxila, juntamente com a extração dos dentes antero-inferiores e a instalação dos implantes na
região pós-exodôntica, para a confecção da prótese sobre-implantes, com carga imediata na mandíbula. Após a
reabilitação com as próteses implantossuportadas, a paciente se mostrou-se satisfeita com o resultado estético-
-funcional alcançado e se recusou a se submeter a cirurgia ortognática proposta no planejamento. Com isso, os
profissionais devem apresentar as opções terapêuticas aos pacientes, porém deve prevalecer a queixa principal
dos mesmos, desde que seja uma modalidade de tratamento viável.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

78 – EFEITO OSTEOCONDUTOR DO BONE CERAMIC® EM


DEFEITOS CRÍTICOS

Autores: PEDRO HENRIQUE SILVA GOMES FERREIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA
- UNESP);ANDRÉ LUIS DA SILVA FABRIS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); JOEL FER-
REIRA SANTIAGO-JUNIOR (); LEONARDO PEREZ FAVERANI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA
- UNESP); ROBERTA OKAMOTO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP)

Introdução: Os substitutos ósseos sintéticos com a propriedade osteocondutora são investigados há décadas e a
sua estrutura serve de arcabouço para a migração celular e deposição óssea oriunda das imediações, desta forma,
podem ser gradativamente reabsorvidos e simultaneamente substituídos por novo tecido ósseo. Neste contexto,
os biomateriais cerâmicos a base de fosfato de cálcio são utilizados com frequência na realidade clínica médica
e odontológica. Dentre estes, o Bone Ceramic® - Straumann (BC) composto por fosfato de cálcio bifásico, uma
combinação de hidroxiapatita (HA) a 60% em peso e 40% em peso de beta- tricálcio fosfato, é um substituto ós-
seo 100% sintético, com morfologia para estimular a formação de osso vital. O objetivo deste estudo foi avaliar
o potencial osteocondutor de grânulos de hidroxiapatita e beta- tricálcio fosfato (Bone Ceramic - Straumann®)
em defeitos ósseos críticos em calvária de ratos. Estes foram divididos em três grupos (n=8) , de acordo com o
material de preenchimento do defeito de 5mm: Grupo Coágulo (GC) , Grupo Osso Autógeno (GA) e Grupo Bone
Ceramic (GBC). Foi avaliada a área de tecido ósseo neoformado aos 14 e 28 dias. Foi Aplicado o teste ANOVA e
como pós-teste, Tukey (p<0,05). A imunoistoquímica avaliou a expressão de OC, RUNX 2, TRAP e VEGF. A mi-
crotomografia (micro ct) obteve a imagem tridimensional dos defeitos. O GBC foi totalmente preenchido por um
conglomerado de biomateriais e osso neoformado, estatisticamente superior ao GC, em ambos os períodos ana-
lisados (p<0,05). No GA foi notado fechamento total do defeito aos 28 dias e houve maior área de neoformação
óssea em todos os períodos analisados (p<0,05). O GC apresentou apenas tecido conjuntivo delgado fechando o
defeito ósseo. A proteína TRAP foi imunomarcada de forma leve, moderada para VEGF e, a osteocalcina se mos-
trou presente em todos os períodos analisados. As imagens obtidas pela micro ct mostraram o preenchimento
do defeito pelo BC e osso autógeno aos 14 e 28 dias. O GA evidenciou aos 28 dias compatibilidade com total
neoformação óssea. Portanto, a suplementação do BC foi favorável para o preenchimento do defeito ósseo até
o final do período analisado, porém com menor taxa de neoformação óssea quando comparado ao autoenxerto.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

96 – FECHAMENTO DE FÍSTULA BUCO-SINUSAL COM


ENXERTO ÓSSEO DE PAREDE ANTERIOR DO SEIO MAXILAR

Autores: LUIS FERREIRA DE ALMEIDA NETO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE);JOSÉ MURILO
BERNARDO NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); JOSÉ CADMO WANDERLEY (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); JULIERME FERREIRA ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA
GRANDE); EDUARDO HOCHULI VIEIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)

Introdução: A fístula buco-sinusal (FBS) consiste na comunicação persistente entre o seio maxilar e a cavidade
oral, sendo uma complicação decorrente de traumas, patologias ou extrações dentárias, ocorrendo mais frequen-
temente após a exodontia dos molares superiores devido a sua proximidade com o seio maxilar. Cefaléia, sinusite
maxilar, dor, transtornos na deglutição e tosse noturna são alguns dos sinais e sintomas relatados. A FBS meno-
res que 2mm de diâmetro, tendem a fechar espontaneamente, na grande maioria dos casos, sem a necessidade
de abordagem cirúrgica. Casos de fístula buco-sinusal maiores que 3 mm necessitam de intervenção cirúrgica.
Técnicas cirúrgicas que utilizam retalhos (palatino, vestibular ou combinado) , enxerto ósseo e o enxerto pedi-
culado do corpo adiposo da bochecha têm sido empregadas para esse propósito. Este trabalho teve por objetivo
descrever um caso clínico de FBS utilizando-se a técnica de enxerto ósseo da parede anterior do seio maxilar e
discutir as vantagens e limitações com relação às técnicas mais utilizadas. A técnica descrita é relativamente sim-
ples, oferecendo resultado satisfatório, com o mínimo de desconforto para o paciente e tempo cirúrgico reduzido.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

103 – AVALIAÇÃO DO EFEITO SISTÊMICO DA LLLT SOBRE O


REPARO DE DEFEITO CRÍTICO EM TÍBIA DE COELHOS APÓS
PREENCHIMENTO COM BIOMATERIAL: PROJETO PILOTO

Autores: ISABELA POLESI BERGAMASCHI (*) (UFRGS);FERNANDO VACILOTTO GOMES (AGOR/RS); LUCIANO
MAYER (AGOR/RS); CARLOS EDUARDO BARALDI (UFRGS);

Introdução: Os laseres não cirúrgicos são usados para fins terapêuticos desde a década de 1960 por suas carac-
terísticas de baixa intensidade de energia e comprimento de onda capaz de penetrar nos tecidos, assim como,
pelos seus efeitos biomoduladores¹. As técnicas de reconstrução por meio de enxertia óssea evoluem de forma
exponencial na Odontologia atual², especialmente em se tratando de reconstrução dos processos alveolares dos
maxilares, onde as técnicas empregadas são ditadas pelo tipo de defeito a ser reconstruído e, em função deste,
pela forma como o material é empregado³. Pode-se utilizar o tecido ósseo na forma de blocos ou particulado sen-
do estes de origem xenógena, alógena ou autógena³. Alguns relatos na literatura apresentam resultados positivos
quando da associação do uso da LLLT aos enxertos ósseos realizados em defeitos críticos, quando aplicados in
loco4. O objetivo da pesquisa foi realizar a avaliação do efeito sistêmico do LLLT à distância sobre o processo de
reparo ósseo em áreas de enxertia óssea. Para tal, foram utilizadas 32 coelhos da raça Nova Zelândia divididos
em 2 grupos de 16 animais cada, sendo um controle (sem LLLT) e outro experimental (com LLLT). A tíbia es-
querda foi acessada cirurgicamente por meio de incisão por planos da sua porção medial, expondo o tecido ósseo.
Uma perfuração com broca trefina de 4.1mm fora realizada, preenchida com osso liofilizado de origem bovina
(BIOOSS®) e recoberta com membrana reabsorvível (BIOGUIDE®) para posterior sutura dos planos musculares e
pele. O grupo experimental recebeu laserterapia, a qual foi realizada por meio de diodo infravermelho (GaAlAs) ,
830nm, na dose de 10J/cm2, pontual, com potência de 50 mW em emissão contínua, 7 aplicações com intervalos
de 48 horas. As aplicações de LLLT foram realizadas à distância (região da calota craniana) , longe da área operada.
O grupo controle recebeu a mesma manipulação dos animais do grupo experimental, porém sem a ativação do
aparelho laser. No trigésimo dia de pós-operatório, os animais foram mortos com sobre dosagem anestésica e
lâminas histológicas do tecido ósseo enxertado da tíbia foram realizadas com coloração em hematoxilina-eosina.
A avaliação histológica está sendo realizada para posterior tratamento estatístico. Referências ¹ Karu T. Photo-
biology of low-power laser effects. Health Phys. 1989 May;56 (5) :691-704. ² Brunski JB et al. Biomaterials and
biomechanics of oral and maxillofacial implants: current status and future developments. Int J Oral Maxillofac
Implants. 2000 Jan-Feb;15 (1) :15-46. ³ Gerbi ME et al.. Assessment of bone repair associated with the use of or-
ganic bovine bone and membrane irradiated at 830 nm. Photomed Laser Surg. 2005 Aug;23 (4) :382-8. 4 Cunha
MJ et al. Effect of low-level laser on bone defects treated with bovine or autogenous bone grafts: in vivo study in
rat calvaria. Biomed Res Int. 2014;2014:104230.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

124 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO ÓSSEO


AUTÓGENO: ESTUDO DE 46 CASOS

Autores: CAMILA CAMARINI (*) (IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO);RONALDO RO-
DRIGUES DE FREITAS (IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO); FERNANDO MACIEL (IR-
MANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO); MANUELA PINOTTI (IRMANDADE SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO); ALAN CANTO (IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO)

Introdução: Os defeitos na região craniomaxilofacial podem ocorrer devido a traumatismos, patologias, infec-
ções, perda precoce de dentes, osteonecrose e de origem congênita. Apesar dos grandes avanços tecnológicos em
busca de alternativas que causem menor morbidade cirúrgica na reconstrução desses defeitos, o uso de enxertos
autógenos ainda hoje é considerado padrão ouro. Em relação a reconstrução de defeitos mandibulares, dependen-
do do tamanho, tipo e topografia do defeito, existe a opção dos enxertos livres e retalhos microvascularizados. Os
enxertos autógenos mais utilizados são a crista ilíaca, fíbula, costelas, rádio e escapula. O objetivo deste trabalho
é apresentar uma serie de casos tratados no serviço de Cirurgia e Buco Maxilo Facial, do Departamento de Cirur-
gia da Santa Casa de São Paulo, enfatizando a utilidade dos enxertos autógenos nas reconstruções mandibulares,
devolvendo aos pacientes a estética e função adequados.

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185 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR EM PACIENTE VÍTIMA DE


PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO

Autores: RODRIGO RODRIUGES RODRIGUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);AN-
TONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA
GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: A anquilose da articulação têmporo-mandibular (ATM) é uma doença rara, resultante da fusão do
côndilo mandibular com a base do crânio, envolvendo alterações anátomo-clínicas. Trauma e infecção são os
principais fatores etiológicos dessa patologia, que tem como método de tratamento a terapia cirúrgica associada
à fisioterapia prolongada. Este trabalho relata o caso de um paciente do gênero masculino, 24 anos de idade, com-
pareceu ao nosso serviço de Cirurgia e Traumatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, tendo
sido vítima de agressão por arma de fogo e evoluindo com fratura cominutiva de mandíbula. Durante a anamnese
o paciente apresentou limitação de abertura bucal e disfagia. Ao exame físico apresentava edema em hemiface
do lado direito, má oclusão dentária e limitação de abertura bucal. O exame de imagem evidenciou fratura comi-
nutiva na região posterior de maxila e região posterior de mandíbula abrangendo ramo e côndilo mandibular do
lado direito. O tratamento proposto foi a reconstrução do côndilo e ramo mandibular com enxerto costocondral.
Atualmente, o paciente apresenta 10 meses de acompanhamento pós-operatório, sem queixas, realizando mo-
vimentos mandibulares normais, oclusão satisfatória, abertura bucal de 50mm e sem déficits neurossensoriais.
O tratamento de escolha para a anquilose da ATM é cirúrgico, com a remoção do côndilo, associada ou não à
coronoidectomia, com a opção de se colocar algum material de interposição para evitar recidivas. É indispensável
à fisioterapia que deve ser instituída o mais breve possível.

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189 – TRATAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTES COM


ANQUILOSE DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Autores: RODRIGO RODRIUGES RODRIGUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);AN-
TONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA
GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: A articulação temporomandibular (ATM) é uma das articulações mais importantes do corpo huma-
no. As causas mais comuns de anquilose incluem trauma, infecções locais ou sistêmicos e desordens sistêmicas.
O objetivo do presente trabalho é relatar três casos clínicos de anquilose de ATM. Caso 1: Paciente do gênero
feminino, 7 anos de idade, com queixa de não conseguir abrir a boca, apresentava histórico de trauma durante o
parto. Ao exame clínico, apresentava limitação de abertura bucal. Ao exame de imagem foi identificada uma mas-
sa anquilótica em ATM direita. O tratamento proposto foi à remoção da massa anquilótica, artroplastia e coronoi-
dectomia ipslateral. A paciente encontra-se com 9 meses de pós-operatório, sem queixas, apresentando melhora
da fonação e deglutição, 29mm de abertura bucal. Caso 2: Paciente do gênero masculino, 48 anos de idade, com
queixa de limitação da abertura bucal após trauma pregresso em mandíbula. Ao exame clínico, apresentava limi-
tação da abertura bucal. Ao exame de imagem foi observada anquilose do côndilo mandibular esquerdo. O trata-
mento de escolha foi artroplastia seguido da osteotomia vertical do ramo mandibular com deslizamento superior
do segmento distal. Atualmente, o paciente encontra-se com 03 anos de pós-operatório, sem queixas, apresen-
tando melhora na mastigação e deglutição. Caso 3: Paciente do gênero feminino, 12 anos de idade, apresentava
queixa de não conseguir abrir a boca e com histórico de trauma durante o parto. Ao exame clínico, apresentava
limitação de abertura bucal. O tratamento inicial indicado foi artroplastia e enxerto costocondral livre bilateral
em 2007. Durante o acompanhamento de 05 anos, a mesma evoluiu com anquilose do enxerto. Em 2014, foi
realizado novo procedimento cirúrgico onde foram ressecadas as massas anquilóticas bilaterais e reconstrução
provisória com placa de reconstrução e côndilos confeccionados com resina acrílica. Posteriormente foi realizada
a confecção e instalação de próteses de ATM customizadas bilaterais. A paciente encontra-se com 6 meses de
pós-operatório, sem queixas, realizando movimentos normais de abertura bucal.

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198 – ANÁLISE IMUNOISTOQUÍMICA DO BETA TRICÁLCIO


FOSFATO COM OSSO AUTÓGENO NO LEVANTAMENTO DE SEIO
MAXILAR DE HUMANOS.

Autores: JOÃO PAULO BONARDI (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) );RODRIGO
DOS SANTOS PEREIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); FERNANDA BRASIL
JORGE DAURA BOOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA (FOAR/UNESP) ); ROBERTA OKAMO-
TO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); EDUARDO HOCHULI-VIEIRA (FACULDADE
DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA (FOAR/UNESP) )

Introdução: A reabilitação dos pacientes edêntulos na região maxilar posterior com implantes osseointegrados
foi, durante muito tempo, um desafio aos cirurgiões dentistas. O motivo, especificamente, deve-se à uma possível
deficiência horizontal e vertical do remanescente ósseo, qualidade óssea desfavorável ou pneumatização do seio
maxilar. O procedimento cirúrgico de elevação da membrana sinusal e as exaustivas pesquisas sobre substitutos
ósseos vieram proporcionar o reestabelecimento da altura óssea local para a futura instalação dos implantes den-
tais. Este estudo faz uma análise imunoistoquimica do beta tricálcio fosfato misturado ao enxerto ósseo autóge-
no na proporção de 1:1 no levantamento de seio maxilar humano. Doze seios maxilares foram enxertados com
um enxerto ósseo autógeno (grupo controle) e nove seios maxilares foram enxertados com beta tricálcio fosfato
misturado com enxerto ósseo autógeno na proporção 1:1 (grupo teste). Após 6 meses de reparo ósseo, foram
obtidas biópsias simultâneas à colocação de implantes dentários que foram submetidos a análise imuno-histo-
química para o fator de transcrição relacionados com o Runt 2 (RUNX2) , fator de crescimento endotelial vascular
(VEGF) , a fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) , e osteocalcina. As imunomarcações das amostras no
grupo teste para RUNX2 e VEGF demonstrou um alto turnover celular comparado ao grupo controle, evidencian-
do um material com atividade osteogênica.

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201 – AVALIAÇÃO DA OSTEOINDUÇÃO E OSTEOCONDUÇÃO DO


OSSO BOVINO INTEGRAL IMPLANTADO EM TECIDO MUSCULAR
E EM CALVÁRIA DE RATOS. ANÁLISE MICROSCÓPICA E
HISTOMÉTRICA.

Autores: LEONARDO DE FREITAS SILVA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP);ANA


PAULA FARNEZZI BASSI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); PAULO SÉRGIO PERRI DE
CARVALHO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); DANIELA PONZONI (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); ALESSANDRA MARCONDES ARANEGA (FACULDADE DE ODONTO-
LOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP)

Introdução: O trabalho teve como objetivo avaliar a propriedade biológica e a biocompatibilidade do osso com-
posto e do osso integral de origem bovina implantados em cavidades ósseas de calota e no plano subcutâneo de
ratos. Foram utilizados 24 ratos que foram sacrificados após 15 e 45 dias. Os resultados do exame microscópico
das peças obtidas do subcutâneo mostraram aos 15 dias uma reação inflamatória ao redor das partículas do ma-
terial com presença de células gigantes e aos 45 dias, observou-se diminuição da reação inflamatória e presença
de tecido conjuntivo fibroso ao redor das partículas com a presença de células gigantes. Não houve indícios de
formação óssea ectópica Nas peças histológicas obtidas da calota craniana, foi possível observar semelhança de
neoformação óssea no grupo controle aos 30 dias com 42,8% em comparação aos 22,6% do grupo Orthogen. Aos
60 dias havia 62,5% de neoformação óssea no grupo controle, 26% no grupo Orthogen. Foi possível concluir que
o osso composto e o osso integral de origem bovina são materiais biocompatíveis, possibilitam a neoformação
óssea devida suas qualidades osteocondutivas e não induzem a formação de osso ectópico.

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210 – ANÁLISE HISTOMÉTRICA DO BETA TRICÁLCIO FOSFATO


COM OSSO AUTÓGENO NO LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR
DE HUMANOS.

Autores: JOÃO PAULO BONARDI (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) );RODRIGO
DOS SANTOS PEREIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); FERNANDA BRASIL
JORGE DAURA BOOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA (FOAR/UNESP) ); LUIS FERNANDO
GORLA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA (FOAR/UNESP) ); EDUARDO HOCHULI-VIEIRA (FA-
CULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA (FOAR/UNESP) )

Introdução: A reabilitação de pacientes edêntulos em região posterior da maxila apresentou-se, por muito tempo,
como um desafio aos cirurgiões dentistas. A deficiência óssea vertical proveniente da pneumatização do seio ma-
xilar impossibilita a instalação de implantes dentais necessários para a reabilitação protética. Técnicas cirúrgicas
para a elevação da membrana sinusal e biomateriais para enxertia óssea permitiram que essa deficiência pudesse
ser reparada. O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de neoformação óssea por histometria do beta-tricálcio
fosfato (&#946;-TCP) , misturado ao enxerto ósseo autógeno (1:1) com a taxa de neoformação do enxerto ósseo
autógeno puro na elevação cirúrgica do seio maxilar de humanos. Doze seios maxilares foram enxertados com
enxerto ósseo autógeno puro (grupo controle) e 9 com &#946;-TCP misturado ao enxerto ósseo autógeno (Gru-
po Teste). A taxa de neoformação óssea foi de 38,6% ± 10,5% e 25,4% ± 6,4% no grupo controle e grupo teste
respectivamente (p = 0,001). O &#946;-TCP misturado com enxerto ósseo autógeno demonstrou uma diferença
de neoformação óssea após 6 meses de reparação óssea, no entanto, são necessários estudos celulares e uma
avaliação a longo prazo.

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237 – USO DE PROTEÍNA ÓSSEA MORFOGENÉTICA


RECOMBINANTE SINTÉTICA TIPO 2 ASSOCIADA À OSSO BOVINO
LIOFILIZADO PARA RECONSTRUÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA:
RELATO DE CASO

Autores: FABRÍCIO VIEIRA (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);CLAITON HEITZ
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); GUILHERME FRITSCHER (PONTIFÍCIA UNI-
VERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);

Introdução: Reconstruir a maxila ou a mandíbula em casos de perdas após ressecção de tumores, avulsões traumá-
ticas ou mesmo reabsorção por desuso, é uma das tarefas mais difíceis na clínica do cirurgião bucomaxilofacial. As
limitações de disponibilidade óssea e a morbidade associada ao enxerto autógeno têm direcionado pesquisas por
substitutos ósseos. Com isto, as proteínas ósseas morfogenéticas (bone morphogenetic proteins ou BMP) vêm
mostrando um grande avanço nas possibilidades de enxertia óssea. O presente estudo tem como objetivo uma
revisão da literatura acerca da viabilidade da utilização de proteína morfogenética óssea recombinante na recons-
trução dos maxilares, no qual se apresentará um caso clínico de maxila severamente atrófica reconstruída com
a associação de proteína óssea morfogenética recombinante sintética tipo 2 (Infuse Bone Graft®) e osso bovino
liofilizado (Bio-Oss®) para posterior reabilitação com implantes dentários. A utilização de rhBMP-2 mostrou-se
segura e eficaz, porém o alto custo desta modalidade de tratamento ainda é considerado um fator que dificulta o
desenvolvimento de pesquisas e a popularização de seu uso na clínica odontológica.

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242 – UTILIZAÇÃO DE INFUSE ® BONE GARFT COMO


SUBSTITUTO ÓSSEO APÓS A EXCISÃO CIRÚRGICA DE FIBROMA
CEMENTO OSSIFICANTE, NA MANDÍBULA : RELATO DE CASO
CLÍNICO.

Autores: PATRICK ARCANGELO PERTEL (*) (FAESA;UFES);RAMON GAVASSONI (UFES); ROSSIENE MOTTA BER-
TOLLO (UFES); MARTHA ALAYDE ALCANTARA SALIM (UFES); DANIELA NASCIMENTO SILVA (UFES)

Introdução: O INFUSE® rhBMP-2 é um produto da engenharia genética obtido a partir da proteína óssea natural
humana . Utilizado para as técnicas de enxertia, ele estimula a formação óssea através de um procedimento segu-
ro,menos invasivo e com tempo reduzido quando comparado com enxertos ósseos autógenos convencionais. O
INFUSE® rhBMP-2 é um produto composto basicamente por duas partes : proteína óssea orfogenética-2 humana
recombinada e uma esponja absorvível que servirá de veículo de transporte para a proteína. Após a aplicação
do produto no local onde se deseja ter a neoformação óssea, o produto será absorvido lentamente e ao mesmo
tempo ocorre a liberação da proteína morfogenética, as células multipotentes do organismo migram para o local
e são estimuladas a produzirem novo osso em um período de 4 a 9 meses dependendo da extensão óssea . Uma
das vantagens deste produto é que a utilização descarta a necessidade de um segundo sítio cirúrgico doador,
reduzindo assim o tempo e trauma cirúrgico, menor quantidade de drogas anestésicas, menor desconforto pós
operatório .Esse estudo relata um caso de um paciente, do gênero masculino, 61 anos que apresentava lesão de
crescimento lento diagnosticada através de exames por imagem (radiografia panorâmica e tomografia compu-
tadorizada de feixe cônico) e biópsia incisional como fibroma cemento ossificante localizado na mandíbula em
região posterior envolvendo o segundo pré molar e segundo molar do lado esquerdo. A lesão apresentava-se as-
sintomática, e ao exame clínico intra bucal notava-se aumento de volume na região de rebordo alveolar mandibu-
lar. . O procedimento cirúrgico foi realizado em ambiente hospitalar sob anestesia geral, durante o procedimento
cirúrgico os elementos dentários envolvidos foram extraídos devido ao envolvimento e infecção secundária local
e após a excisão cirúrgica da lesão utilizando motor cirúrgico Piezzo® a fim de preservar possíveis lesões do nervo
alveolar inferior. Foi realizado a instalação do enxerto ósseo INFUSE® rhBMP-2, associado a placa de titânio siste-
ma 2.0 looking. Foi utilizado regeneração com membrana BIOGUIDE® e BIOSS® apenas na área de exodontia do
elemento 38 não associado a lesão. Após período de 30 dias pós operatório realizou se nova tomada radiográfica
e observou se defeito ósseo e incio da neoformação óssea. Paciente ainda está em acompanhamento ambulatorial
periódico. Estudos mostraram que a capacidade de regeneração óssea promovida pelo rhBMP-2 é muito maior
quando comparada com outros substitutos ósseos existentes no mercado . O presente trabalho tem por objetivo
descrever a técnica cirúrgica para reconstrução óssea pós retirada de tumor na mandíbula e sua reconstrução com
o uso do INFUSE® rhBMP-2. Trabalho submetido ao comitê de ética em pesquisa UFES.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

284 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM PROTEÍNA ÓSSEA


MORFOGENÉTICA: RELATO DE CASO

Autores: DANIEL MARQUES NOVAES (*) (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO);ALBERTO FERREIRA
DA SILVA JUNIOR (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO); MARCIO TADASHI TINO (HOSPITAL DE
URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO); GUSTAVO SILVESTRE DE MAGALHAES ROCHA (HOSPITAL DE URGÊNCIAS
DE GOIÂNIA / SES-GO); RAUL SEABRA GUIMARÃES NETO (HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA / SES-GO)

Introdução: O reestabelecimento estético e funcional dos ossos da face pós tratamento cirúrgico de tumores dos
maxilares constitui um desafio, no entanto, estudos acerca das proteínas ósseas morfogenéticas apontam - nas
como uma alternativa promissora nas reconstruções, promovendo volume e distribuição óssea adequada. Assim
o objetivo deste trabalho é relatar o caso do paciente P. H. Q. M., 21 anos, diagnosticado com ameloblastoma mul-
ticístico localizado na região compreendida entre corpo e ramo mandibular esquerdo. Para o tratamento optou-se
pela ressecção tumoral em bloco com reconstrução imediata com proteína morfogenética (rhBMP-2). Após vi-
sualização da região a ser ressecada por meio de acesso submandibular, fixou-se uma placa de reconstrução pre-
viamente moldada por estudo de prototipagem estendendo-se da região parassinfisária esquerda até a cabeça da
mandíbula ipsilateral. Após a ressecção em bloco da região afetada, telas de titânio foram usadas para reproduzir
o formato anatômico da mandíbula e receberam esponjas de colágeno absorvíveis embebidas com rhBMP-2 (IN-
FUSE®) e uma mistura de hidroxiapatita granulada (Bio-Oss®) e osso medular de crista ilíaca. Na tomografia de
controle pós operatório de 6 meses nota-se reparação óssea em desenvolvimento, com aspecto de normalidade,
sem sinais de recidiva local ou doença residual nos cotos cirúrgicos. Paciente segue em acompanhamento clínico
e imaginológico periódico para proservação do caso.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

297 – CARGA IMEDIATA EM PRÓTESE IMPLANTO-SUPORTADA


APÓS A RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO LIVRE
DE CRISTA ILÍACA

Autores: LÍVIA BONJARDIM LIMA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);MAIOLINO THOMAZ FONSECA
OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); THIAGO DE ALMEIDA PRADO NAVES CARNEIRO (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); DARCENY ZANETTTA-BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBER-
LÂNDIA); PAULO CÉZAR SIMAMOTO-JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: A região da cabeça e do pescoço é comumente afetada em lesões por arma de fogo, podendo causar
defeitos estéticos e funcionais. Descontinuidade mandibular é um problema estético e funcional muito impor-
tante e sua reconstrução representa um desafio. A abertura, o fechamento, e os movimentos de lateralidade e
protrusão da boca são diminuídos e má oclusão pode ocorrer. O objetivo do trabalho é relatar o caso de um ho-
mem de 44 anos submetido a reconstrução de um defeito mandibular causado por arma de fogo, com enxerto
ósseo livre de crista ilíaca seguido da instalação de prótese implanto suportada sob carga imediata. Enxerto ósseo
autógeno é o tratamento mais previsível entre as opções disponíveis para a reconstrução de defeitos mandibu-
lares. Pacientes reconstruídos podem obter bons resultados com implantes dentários e próteses com carga ime-
diata. Este tratamento pode promover uma melhor função mastigatória, melhorando a capacidade de nutrição,
simetria facial, equilíbrio muscular, melhor dicção e também qualidade de vida. Palavras-chave: Enxerto ósseo;
Implantes; Carga imediata; Reconstrução. Apoio: Fapemig

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

415 – PROTOCOLO DE RECONSTRUÇÃO ALVEOLAR EM


PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA DO CENTRO DE
REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRÂNIO FACIAIS DO OSID:
RELATO DE CASO

Autores: VANESSA OLIVEIRA BATISTA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ HOSPITAL SANTO ANTÔNIO
(OSID) );CLARISSE SAMARA DE ANDRADE (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ HOSPITAL SANTO ANTÔNIO
(OSID) ); JOÃO NUNES NOGUEIRA NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ HOSPITAL SANTO ANTÔNIO
(OSID) ); BRÁULIO CARNEIRO JUNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ HOSPITAL SANTO ANTÔNIO (OSID);
ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ HOSPITAL SANTO ANTÔNIO (OSID)

Introdução: As fissuras labiopalatais ocorrem quando há a falta de fusão entre os processos faciais embrionários
e palatinos. Como consequência das fissuras pré-forame incisivo completa e transforame incisivo, tem-se um
defeito ósseo alveolar, que pode ser preenchido com enxerto ósseo. Este enxerto pode ser realizado com mate-
riais aloplásticos, alogênicos ou autógenos, sendo este o mais realizado. Os benefícios obtidos com esta técnica
incluem a estabilização da maxila, suporte ósseo para base alar e lábio, fechamento de comunicações e fístulas
oronasais, suporte ósseo para erupção dos elementos situados na região de defeito ósseo alveolar, adequado
suporte ósseo periodontal e quantidade óssea ideal para inserção de implantes. Em virtude da necessidade de
enxertia nos portadores de fissuras pré-forame incisivo completa e transforame incisivo e visando uma melhoria
na estética e função destes pacientes, torna-se necessário elucidar a aplicação do enxerto ósseo alveolar nos pa-
cientes portadores de fissuras labiopalatais, bem como seus benefícios. O trabalho enfoca através de um relato de
caso a elucidação das indicações e vantagens dos enxertos ósseos alveolares em pacientes portadores de fissuras
labiopalatinas, e ressaltando o protocolo utilizado pela equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial do Centro de Reabi-
litação de Anomalias Crânio Faciais das Obras Saciais Irmã Dulce, Salvador-BA.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

500 – LEVANTAMENTO DO ASSOALHO DE SEIO MAXILAR


UTILIZANDO BIOMATERIAL SINTÉTICO ASSOCIADO A OSSO
AUTÓGENO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: ALANA KÉSIA PASTOR DA SILVA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA);LUCCIANO
BRANDÃO DE LIMA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA); MARÍLIA LIMA PIMENTA ARAÚJO (UNI-
VERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA);

Introdução: O sucesso da reabilitação oral por meio dos implantes osteointegrados pode ser comprometido pela
falta de quantidade e qualidade óssea adequada, gerada pela reabsorção alveolar pós extração. Dessa forma, a
colocação de implantes na região posterior de maxila é um dos maiores desafios encontrados, devido à baixa
densidade óssea da região e pneumatização do seio maxilar. Para contornar essa limitação anatômica, a técnica ci-
rúrgica de levantamento do seio maxilar tem sido vastamente empregada e é frequentemente acompanhada pela
inserção de biomateriais para corrigir o defeito alveolar e criar suporte ósseo necessário para osteointegração do
implante. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clinico onde foi realizada a cirurgia de levantamento do
assoalho de seio maxilar utilizando um biomaterial a base de hidroxiapatita sintética (Alobone Poros®) associado
a osso autógeno coletado durante o trans-cirúrgico a fim de promover o aumento do rebordo posterior maxilar
para possibilitar a instalação de implantes. Após seis meses de acompanhamento radiográfico, observou-se ga-
nho ósseo de 10 mm na região enxertada, tornando o prognóstico mais favorável para a reabilitação desta com
implantes.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

698 – ANÁLISE COMPARATIVA DO PROCESSO DE REPARO DE


DEFEITOS ÓSSEOS REALIZADOS EM CALVÁRIA DE RATOS
PREENCHIDOS COM BETA TRICÁLCIO FOSFATO

Autores: BRUNO COELHO MENDES (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARAÇATUBA);LUCAS BO-
RIN MOURA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA); JULIANA DA SILVA DREYER MENE-
ZES (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA); RODRIGO DOS SANTOS PEREIRA (UNIVER-
SIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARAÇATUBA); EDUARDO HOCHULI VIEIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA)

Introdução: Com a popularização dos implantes dentários, houve um aumento na indicação para procedimentos
reconstrutivos alveolares. Enxertos ósseos são utilizados para reestabelecimento do volume alveolar para reabi-
litação com implantes dentários, aumentando assim a previsibilidade do tratamento. Entre os materiais disponí-
veis para a reabilitação destes defeitos maxilares, o enxerto autógeno é considerado o tratamento padrão de ouro,
no entanto, apresenta como desvantagem morbidade na região de sítio doador. Devido a este fato, biomateriais
são utilizados como alternativa de tratamento, sendo o &#946;-fosfato tricálcico (&#946;-TCP) é um material
aloplástico composto que tem semelhança química e cristalográfica com osso humano, apresentando potencial
osteocondutor. Este estudo avaliou a neoformação óssea resultante da utilização de &#946;-TCP, Chronos (Syn-
thes® - Paoli / CA) em defeitos críticos criados em calvárias de ratos por meio de análises histomorfométrica e
comparativa com os resultados com o grupo controle em que o defeito foi preenchido com autógeno osso. As
relações intra e intergrupos foram estabelecidos em períodos de 14 e 28 dias e avaliados por análise de variância
de dois fatores (ANOVA). Aos 14 dias houve uma maior neoformação óssea no grupo controle, com diferença es-
tatisticamente significativa quando comparado com o grupo experimental. Aos 28 dias, a diferença entre os dois
grupos foi mantida com maior formação óssea observada no grupo de controlo. O &#946;-TCP apresentou-se
como um material biocompatível, com rápida absorção e simultânea formação óssea, mas apresenta necessidade
de um tempo maior para a reparação do defeito ósseo em comparação com enxerto de osso autógeno.

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720 – ENXERTO ÓSSEO MICROVASCULARIZADO NA


RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR: RELATO DE CASO

Autores: EMERSON FILIPE DE CARVALHO NOGUEIRA (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);AIRTON VIEIRA


LEITE SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); RICARDO JOSÉ DE HOLANDA VASCONCELOS (UNIVER-
SIDADE DE PERNAMBUCO); MARCUS ANTÔNIO BRÊDA JÚNIOR (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); HÉLDER
LIMA REBELO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: Grandes defeitos ósseos mandibulares podem ocorrer devido aos traumatismos e após ressecções de
tumores. As reconstruções desses defeitos tem sido um desafio aos cirurgiões, devido à complexidade significan-
te da função e da estética. Reconstruções mandibulares superiores a 7cm apresentam maiores possibilidades de
insucesso quando utilizadas técnicas não vascularizadas. Para estes casos, os enxertos ósseos micro vasculariza-
dos são os mais indicados por apresentar resultados mais consistentes. A utilização de enxerto autógeno de crista
ilíaca é uma boa opção, pois fornece segmento ósseo significante, podendo ainda estar incluído a artéria e veia
circunflexa. Este trabalho relata o caso de paciente do sexo masculino, 43 anos de idade, que procurou o Serviço
de Bucomaxilofacial do Hospital Regional do Agreste em Caruaru/PE, com queixa de “crescimento da mandí-
bula”, assintomático, e com 5 anos de evolução. Ao exame físico facial, observou-se assimetria facial, lesão em
corpo mandibular direito, firme, endurecida, sem alteração na coloração da mucosa, e assintomática a palpação.
Na radiografia panorâmica dos maxilares, observou-se imagem radiolúcida em corpo e ângulo mandibular, bem
delimitada, e multilobular. A hipótese diagnóstica foi de ameloblastoma multicístico, confirmada após biópsia
incisional. A tomografia computadorizada sugeriu lesão de aproximadamente 6cm no seu maior comprimento.
Sendo assim, o planejamento cirúrgico foi de ressecção parcial de mandíbula seguida de reconstrução imediata
com placa e enxerto ósseo microvascularizado de crista ilíaca. O acesso cirúrgico de escolha foi o submandibular
estendido, onde foi realizado a ligadura da artéria e veia facial, com objetivo de receber o enxerto. Após exposição
do tumor, realizou-se a ressecção mandibular com serra reciprocante, e fixação dos cotos com placa de reconstru-
ção do sistema 2.4 e a sutura intra bucal. O enxerto ósseo foi obtido, incluindo a artéria e veia circunflexa pro-
funda, o qual foi posicionado no defeito ósseo mandibular, fixado com parafuso, e realizado a anastomose com
a artéria e veia facial, seguido de sutura por planos. No 7º dia de pós-operatório, o paciente apresentava discreto
quadro doloroso na região doadora (ilíaco); edema em região mandibular; suturas sem infecção ou deiscência;
oclusão dentária satisfatória; e, sem queixas na face. O mesmo está sendo acompanhado há 2 anos, sem sinais
de recidiva, e exames de imagem demonstrando satisfatório posicionamento e contorno do enxerto. O enxerto
de crista ilíaca microvascularizado demonstra ser uma técnica cirúrgica viável nas reconstruções mandibulares,
principalmente para os casos de grandes defeitos ósseos. Suas maiores vantagens são: ser osteocondutor; os-
teoindutor; ter possibilidade de oferecer grandes quantidades ósseas; além de permitir reabilitações dentárias
posteriores.

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737 – TRATAMENTO CIRÚRGICO E REABILITADOR DE TUMOR


ODONTOGÊNICO CÍSTICO CALCIFICANTE

Autores: SORAYA DA SILVA OLIVEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);RENATO BARJONA MIRAN-
DA DE MIRANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); CLAUDIA JORDÃO SILVA (UNIVERSIDADE FE-
DERAL DE UBERLÂNDIA); DARCENY ZANETTA BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); JONAS
DANTAS BATISTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: Os cistos odontogênicos calcificantes (COC) geralmente se apresentam como lesões císticas, no en-
tanto, também podem se apresentar como lesões sólidas com ocorrência central ou periférica. O (COC) repre-
senta 2% de todas as lesões odontogênicas na mandíbula. A Organização Mundial de Saúde renomeou essa
lesão como tumor odontogênico cístico calcificante (TOCC). É uma patologia rara decorrente de restos epiteliais
odontogênicos. Carcinoma odontogênico de células fantasmas (COCF) é a contraparte maligna deste tumor e
frequentemente surge da transformação maligna de TOCC após recorrências múltiplas. Seu crescimento é lento
e provoca expansão de tábuas ósseas, podendo danificar as estruturas adjacentes e causar reabsorção radicular.
Neste trabalho, apresentamos um caso clínico de TOCC em paciente do gênero feminino, de 64 anos, que apre-
sentou queixa dolorosa com aumento volumétrico em região de rebordo anterior da mandíbula. Ao exame de
imagem, observou-se lesão radiolucente multilocular na região da sínfise mandibular. A biópsia incisional con-
firmou o diagnóstico de TOCC. O tratamento de escolha foi a ressecção cirúrgica do tumor, com instalação de
placa de reconstrução mandibular do sistema 2.9, bem como reconstrução óssea imediata com enxerto livre de
crista ilíaca, associada a 10 sessões de oxigenoterapia hiperbárica no pós-operatório. O paciente não apresentou
complicações pós-operatórias e não apresentou recidivas após quatro meses de acompanhamento. Após 6 meses,
foram instalados quatro implantes osseointegráveis e captura imediata de prótese total removível.

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744 – RECONSTRUÇÃO ÓSSEA COM ENXERTO AUTÓGENO,


HETERÓGENO E RHBMP-2 EM SEVERA ATROFIA
MANDIBULAR: RELATO DE CASO

Autores: GABRIEL CURY BATISTA MENDES (*) (UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO - BAURU/SP);GUSTAVO
BATISTA GROLLI KLEIN (UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO - BAURU/SP); MARCELO SALLES MUNERATO
(UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO - BAURU/SP); RICARDO ALEXANDRE GALDIOLI SENKO (UNIVERSIDADE
SAGRADO CORAÇÃO - BAURU/SP); PAULO DOMINGOS RIBEIRO JUNIOR (UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO
- BAURU/SP)

Introdução: A reabilitação oral implantossuportada em pacientes portadores de severas atrofias ósseas é um


grande desafio. Com o desenvolvimento crescente da implantodontia moderna, as grandes reconstruções se tor-
nam cada vez menos frequentes na prática clínica. Entretanto, frente a atrofias ósseas severas a terapia com
implantes se torna muitas vezes impossível de ser alcançada sem procedimentos reconstrutivos prévios. Paciente
I.S., gênero feminino, 55 anos, edentulismo total superior e inferior, com queixa de instabilidade das próteses
totais, buscando tratamento com implantes osteointegráveis. Após avaliação com exames de imagens foi ob-
servado severa atrofia óssea dos maxilares, mais importante na mandíbula, com altura óssea na região anterior
inferior a 3mm. O plano de tratamento proposto foi a realização de procedimentos reconstrutivos previamente a
instalação dos implantes em ambos maxilares. Sob anestesia geral, foi realizado procedimento cirúrgico utilizan-
do enxerto autógeno de crista ilíaca em bloco para reconstrução onlay da região anterior de mandíbula e maxila
bilateral, associados a biomaterial xenógeno (Bio-Oss®) e proteína morfogenética rhBMP-2 (Infuse Bone Graft®).
Aguardado o período de integração dos enxertos de 6 meses, realizou-se o planejamento reverso e confecção dos
guias cirúrgicos, e implantes osteointegráveis de conexão protética Cone Morse foram instalados em maxila e
mandíbula, sendo 4 em mandíbula e 8 em maxila. Devido a boa estabilidade inicial dos implantes, intermediários
protéticos foram instalados e sequencia para reabilitação em sistema de carga imediata foi seguida. Próteses im-
plantossuportadas dento-gengivais metalo-acrílicas foram confeccionadas e instaladas 72 horas após a cirurgia.
Em controle pós-operatório de 12 meses, observa-se o sucesso da modalidade reabilitadora utilizada, restabele-
cendo funcional e esteticamente a paciente.

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765 – RECONSTRUÇÃO FRONTO-ORBITO-ZIGOMÁTICO COM


PRÓTESES CUSTOMIZADAS EM PMMA

Autores: EDUARDO DE LIMA ANDRADE (*) (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL. HGRS/EBMSP);GA-


BRIELA DOS SANTOS LOPES (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL. HGRS/EBMSP); THALES MOR-
GAN GUIMARÃES SÁ (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL. HGRS/EBMSP); GABRIELA MENDES
GONSALVES (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL. HGRS/EBMSP); ADRIANO FREITAS DE ASSIS
(RESIDÊNCIA EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL. HGRS/EBMSP)

Introdução: Defeitos craniofaciais são alterações na anatomia e morfologia de ossos faciais que afetam o bem es-
tar psicológico e social do indivíduo. Embora uma variedade de técnicas e substitutos ósseos para reconstrução de
áreas afetadas são descritas, o polimetil metacrilato (PMMA) , é um material aloplástico a base de resina acrílica,
biocompatível, não degradável, utilizado na reconstrução maxilofacial. O objetivo deste trabalho, é relatar o caso
de um paciente que compareceu ao serviço de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Geral Roberto Santos, no
ano de 2014, apresentando sequela de fratura Fronto-Orbito-Zigomático, decorrente de acidente motociclístico
no ano de 2012. Foi solicitado protótipo para melhor planejamento e confecção de próteses customizadas em
PMMA. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico sob anestesia geral e no momento encontra-se em
acompanhamento a cerca de seis meses. A avaliação pós operatória demonstrou excelente recuperação com bons
resultados estéticos e funcionais. Dessa forma, a reconstrução de defeitos craniofaciais é um desafio ao cirurgião
bucomaxilofacial. Através dos conhecimentos adquiridos pela formação odontológica, torna-se possível a custo-
mização de próteses em PMMA, as quais são uma boa opção e uso no serviço público.

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770 – AMELOBLASTOMA MANDIBULAR TRATADO POR


RESSECÇÃO ÓSSEA E RECONSTRUÇÃO IMEDIATA.

Autores: LUCAS SOUZA CERQUEIRA (*) (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDICINA
E SAÚDE PÚBLICA);EDUARDO DE LIMA ANDRADE (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA
MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); CINTIA MIRANDA SANTOS (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAH-
IANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); WASHINGTON GERALDO PELEGRINE ROCHA JÚNIOR (HOSPITAL GERAL
ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); ADRIANO FREITAS DE ASSIS (HOSPITAL
GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: AMELOBLASTOMA MANDIBULAR TRATADO POR RESSECÇÃO ÓSSEA E RECONSTRUÇÃO


IMEDIATA. MANDIBULAR AMELOBLASTOMA TREATED BY BONE RESECTION AND IMEDIATE RECONS-
TRUCTION. Resumo: Introdução: O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno, raro, que representa
1% dos tumores orais. Pode apresentar-se como lesão de grandes proporções com tumefação assintomática e
frequentemente acomete a mandíbula. Apesar de ser benigno, é um tumor de característica agressiva e pode
necessitar de terapêutica invasiva e mutiladora. As grandes ressecções ósseas, geralmente, são realizadas para o
tratamento destas lesões e podem resultar em grave sequela estética e funcional que afetam diretamente na qua-
lidade de vida do indivíduo. A reconstrução desses casos representa um desafio para o cirurgião bucomaxilofacial,
sobretudo quando se busca preservar e/ou devolver a função e estética. Diante das possibilidades reabilitadoras
existentes na atualidade, os enxertos ósseos autógenos e as próteses mandibulares são opções biologicamente
mais viáveis. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar o caso clinico de uma paciente que compareceu
ao ambulatório do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Geral Roberto Santos/
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (HGRS/EBMSP) que foi submetida à ressecção de um segmen-
to mandibular com desarticulação têmporomandibular para exérese de ameloblastoma e reconstrução imediata
com enxerto não-vascularizado de fíbula. Atualmente a paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial
e apresenta simetria facial, abertura bucal satisfatória, movimentos mandibulares preservados e contorno basi-
lar da mandíbula simétrico. Conclusão: A técnica de reconstrução adotada possibilitou reabilitação da paciente,
manutenção parcial das funções e estética facial. Palavras chave: Ameloblastoma; Mandíbula; Reconstrução man-
dibular. Keywords: Ameloblastoma; Mandible; Mandibular Reconstruction.

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771 – RECONSTRUÇÃO DE DEFEITO MANDIBULAR PÓS


TRAUMÁTICO COM ENXERTO LIVRE

Autores: THALLES MOREIRA SUASSUNA (*) (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS);RIEDEL FROTA SÁ NOGUEIRA NEVES
(HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); MARIA CATARINA DA COSTA NETA (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); STEFANNY
TORRES DOS SANTOS (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); DANIELLA CRISTINA DA COSTA ARAÚJO (HOSPITAL
GETÚLIO VARGAS)

Introdução: Os defeitos de continuidade nos ossos gnáticos, e principalmente na mandíbula, não são incomuns.
Estas ocorrem normalmente em decorrência de processos patológicos ou de traumas de alta energia. Especial-
mente nos traumas causados por Projéteis de Arma de Fogo (PAF) , um efeito de fragmentação óssea pode acon-
tecer e causar uma perda de substância irreversível, dado o grau de cominução encontrado nestas fraturas. Em se
concretizando a perda óssea, algumas alternativas podem ser ponderadas para tratamento, entre elas a recons-
trução do defeito mandibular com enxerto autógeno e a fixação com sistemas de carga suportada. Dessa maneira
temos a vantagem de: impedir fadiga do material de síntese (já que o osso vai adquirir continuidade novamente)
, permitir um melhor resultado estético e prover função adequada, inclusive permitindo a instalação de implan-
tes osseointegráveis na área enxertada. Dentre as áreas doadoras temos a calota craniana, tíbia, costela, fíbula,
escápula e as cristas anterior e posterior do osso ilíaco. Este último geralmente é a área de escolha dado a sua
grande disponibilidade de osso cortical e medular, embora o grau de reabsorção seja imprevisível. Este trabalho
tem como objetivo revisar aspectos das reconstruções mandibulares com enxerto autógeno livre. Paciente IGS,
25 anos, gênero masculino com história de agressão física por PAF na região de corpo mandibular. Na época foi
tratado emergencialmente em outro serviço fora do protocolo de fixação interna rígida vigente e após 3 anos
procurou atendimento ambulatorial. Clinicamente apresentava mobilidade atípica em mandíbula, reação infla-
matória crônica, assimetria facial e relatos de sintomatologia espontânea. Tomograficamente se via segmentos
ósseos fora de posição, gap entre os segmentos mandibulares e dispositivos de fixação soltos. O caso foi planejado
com auxílio de prototipagem (baseado nos arquivos DICOM da tomografia) , onde se realizou a redução dos seg-
mentos ósseos, ceroplastia (reproduzindo a área perdida e a ser enxertada) e modelagem da placa de reconstrução
perfil 2.3 mm. A cirurgia procedeu-se conforme planejamento no protótipo e foi utilizado enxerto de ilíaco de 6
cm para reconstrução do defeito na mandíbula. O paciente evoluiu sem complicações, encontra-se em acompa-
nhamento pós-operatório de 10 meses, e em fase de planejamento para implantodontia. Podemos concluir que
o ilíaco permanece sendo uma área doadora de enxerto viável a maioria dos defeitos mandibulares de pequena
extensão, e onde haja leito receptor saudável.

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793 – RECONSTRUÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR MAXILAR


COM ENXERTO DA REGIÃO ANTERIOR DE CRISTA ILÍACA E
REABILITAÇÃO COM PRÓTESE PROTOCOLO SUPERIOR SOBRE
IMPLANTES ANGULADOS – UM RELATO DE CASO

Autores: THIAGO VINÍCIUS RODRIGUES REIS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);GUILHERME DOS SAN-
TOS TRENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); RICARDO PASQUINI FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ); DELSON JOÃO DA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); NELSON LUIS BARBOSA REBEL-
LATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: Defeitos ósseos maiores requerem sítios doadores distantes, visto que estes apresentam um maior
volume ósseo, fundamental para sua reconstrução. Áreas doadoras extrabucais, além das vantagens da obtenção
de grande volume ósseo e possibilidade de reconstrução de grandes defeitos, podem apresentar baixa morbidade
e fácil acesso, principalmente quando os enxertos são removidos da região anterior da crista ilíaca (MAZZONET-
TO, et al., 2012). Este trabalho visa relatar um caso de reconstrução da pré-maxila com enxerto autógeno de crista
ilíaca com posterior reabilitação com prótese protocolo sobre implantes inclinados de uma paciente atendida pelo
serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial da Universidade Federal do Paraná. A paciente C. F. S.,
41 anos, leucoderma, portadora de importante reabsorção do rebordo alveolar maxilar no sentido horizontal,
utilizava prótese total superior a mais de 10 anos. A paciente foi submetida à cirurgia, sob anestesia geral, para a
retirada de bloco ósseo córtico-medular na região anterior de crista ilíaca, com posterior colocação de seis implan-
tes na pré-maxila, sendo que os posteriores foram angulados tangenciando a parede medial do seio maxilar para
aumentar o polígono de sustentação para posterior reabilitação com prótese protocolo superior. O tratamento
possibilitou a melhora estética, funcional, fonatória, além de devolver a paciente ao seu meio bio-psico-social e
cultural, garantindo a satisfação da paciente e dos profissionais envolvidos.

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865 – RECONSTRUÇÃO COM PRÓTESE CUSTOMIZADA DE


POLIMETILMETACRILATO EM REGIÃO DE OSSO FRONTAL:
RELATO DE CASO

Autores: ANA CAROLINA LEMOS PIMENTEL (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA);THAISE
GOMES FERREIRA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); THALES MORGAN GUIMARAES SÁ
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); WASHINGTON GERALDO PELEGRINI ROCHA JUNIOR (ES-
COLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); ADRIANO FREITAS ASSIS (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E
SAUDE PUBLICA)

Introdução: O trauma em região frontal, não é raro, principalmente a depender da população estudada: área
geográfica, faixa etária, nível sócio-econômico-cultural, sendo correspondente à 08% dos traumas em face e es-
timado entre 06 e 12% das fraturas de face. As causas mais conhecidas de trauma em face na atualidade são os
acidentes automobilísticos e as agressões físicas. O tratamento das fraturas e deformidades facias desenvolveu-se
consideravelmente após a introdução da tomografia computadorizada (TC) no auxilio diagnóstico e no planeja-
mento. Associado também à possibilidade de confecção do protótipo tridimensional, reproduzindo as condições
encontradas e possibilitando realizar as próteses e orteses customizadas previamente ao procedimento, assim
como simular o procedimento necessário a ser realizado, reduzindo assim o tempo cirúrgico e a morbidade do
procedimento. Os defeitos maxilo-faciais decorrentes de traumas e cirurgias mutiladoras provocam deformida-
des estéticos funcionais e resultam em sequelas que interferem diretamente na qualidade de vida dos indivíduos.
As técnicas de reconstrução craniofacial são complexas e existe a possibilidade da utilização de enxertos autó-
genos ou biomateriais. Dentre os biomateriais, o polimetilmetacrilato é uma resina de base acrílica considerada
uma boa opção para reconstrução de defeitos ósseos faciais, por possuir baixo custo, ser inerte, biotolerado,
diminuir o tempo cirúrgico, e permitir fácil manipulação e modelagem. O objetivo deste trabalho é relatar o caso
de um paciente de 45 anos de idade, que compareceu ao ambulatório de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-
-facial (CTBMF) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/Hospital Geral Roberto Santos (EBMSP/HGRS)
devido a defeito ósseo em região frontal em decorrência de um acidente motociclistico há 01 ano que resultou
em um procedimento de craniotomia. Após o exame tomográfico foi realizado uma prototipagem do crânio para
posterior confecção de uma prótese de polimetilmetacrilato, o paciente foi submetido a cirurgia sob anestesia
geral para a fixação da prótese e correção do defeito em face. No momento o paciente encontra-se em acompa-
nhamento ambulatorial pela equipe de CTBMF.

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Área: Tema livre

Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

867 – RECONSTRUÇÃO DE DEFEITO CRANIOFACIAL COM


PRÓTESE DE POLIMETILMETACRILATO

Autores: THAISE GOMES FERREIRA (*) (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDICINA E
SAÚDE PÚBLICA);VICTOR ARAUJO BARBOSA (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDI-
CINA E SAÚDE PÚBLICA); IGOR RAFAEL GOMES CAVALCANTE (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/ESCOLA
BAHIANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); BRUNNA SANTOS BARRETO (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS/
ESCOLA BAHIANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); ADRIANO FREITAS DE ASSIS (HOSPITAL GERAL ROBERTO
SANTOS/ESCOLA BAHIANA MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: A cranioplastia, no tratamento de sequelas cranianas, tem como objetivo a reabilitação mor¬fológica
e funcional do crânio. Podem-se identificar dois grupos principais de materiais utilizados para a reconstrução da
abóbada craniana, os enxertos ósseos e os materiais aloplásticos, como o titânio, o polietileno, a hidroxiapatita
e o polimetil metacrilato (PMMA). A confecção da prótese de PMMA pode ser executada no período pré-opera-
tório, utilizando-se biomodelos de prototipagem rápida ou durante o procedimento cirúrgico, aplicando-se di-
retamente sobre os tecidos. A prototipagem rápida, como método auxiliar na cranioplastia, permite a simulação
de procedimentos na fase pré-operatória e a confecção de próteses personalizadas, reduzindo a morbidade, o
tempo cirúrgico e melhoran¬do os resultados obtidos. O objetivo do presente trabalho é apresentar a utilização
do PMMA na reconstrução craniofacial, por meio de um caso clínico de uma paciente do gênero feminino, 40
anos, que foi submetida a reconstrução de defeito craniano, com prótese pré-fabricada de PMMA e evidenciar
a necessidade estética e funcional deste tipo de abordagem cirúrgica. Palavras-chave: Reconstrução; Polimetil
metacrilato; Modelos anatômicos

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Apresentação: Implantes ósseos integráveis

70 – REABILITAÇÃO ORAL DE UMA MANDÍBULA


EXTREMAMENTE ATRÓFICA: RELATO DE CASO

Autores: EDUARDO AZOUBEL (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CÉARA);MARIA CECÍLIA FONSÊCA AZOUBEL
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); NEIANA CAROLINA RIOS RIBEIRO (ESCOLA BAHIANA DE
MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); BRIANA GÓES MONTEIRO (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);
ARTHUR SOARES OLIVEIRA (GOETHE UNIVERSITÄT)

Introdução: O edentulismo é um dos principais agravos que acometem a saúde bucal dos brasileiros, consequen-
temente a ausência dentária influencia na qualidade óssea dos maxilares onde a perda de função mastigatória
desencadeia o processo de atrofia óssea. A atrofia mandibular significa diminuição da massa óssea, tornando o
osso mais vulnerável às fraturas, com um processo de reparo prejudicado devido ao potencial osteogênico redu-
zido. Em virtude desses fatores o tratamento e a reabilitação oral desse tipo de paciente torna-se mais complexo.
A abordagem atual para esses tipos de caso alia modernas técnicas de enxertos ósseos associados a implantes os-
seointegrados permitindo assim a reabilitação protética, devolvendo ao paciente uma melhor qualidade de vida.
Contudo o propósito deste trabalho é demonstrar um caso clínico sobre a reabilitação de uma paciente com a
mandíbula severamente atrófica, através de estudo minucioso, com confecção de protótipo, implantes dentários
e inserção de placa de reconstrução como forma preventiva para uma possível fratura de mandíbula, descrevendo
passo a passo as suas características clínicas, cirúrgicas, periodontais e protéticas.

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Área: Tema livre

Apresentação: Implantes ósseos integráveis

106 – ATUAÇÃO DA MELATONINA NO REPARO ÓSSEO NA


INTERFACE OSSO/IMPLANTE EM RATOS PINEALECTOMIZADOS
– ANÁLISES HISTOMÉTRICA E BIOMECÂNICA

Autores: TÁRIK OCON BRAGA POLO (*) (UNESP - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - SP, BRA-
SIL.);LETÍCIA PITOL PALIN (UNESP - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - SP, BRASIL.); LEONARDO
PEREZ FAVERANI (UNESP - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - SP, BRASIL.); DÓRIS HISSAKO
SUMIDA (UNESP - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - SP, BRASIL.); ROBERTA OKAMOTO (UNESP
- FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - SP, BRASIL.)

Introdução: Os transtornos cronobiológicos afetam grande parte da população. Segundo estudos, a ausência da
melatonina promove aumento do estresse oxidativo celular e leva a atraso no reparo alveolar. Nesse sentido, este
trabalho teve como objetivo Investigar as alterações celulares e possíveis complicações que possam ocorrer junto
à interface (osso/implante) em ratos pinealectomizados. Foram utilizados 24 ratos Wistar machos, divididos
em três grupos: controle (CO) , pinealectomizados sem melatonina (PNX) e pinealectomizados com melatonina
(PNXm). Após 30 dias da pinealectomia, os animais receberam implante em cada tíbia. Por meio de gavagem, os
grupos PNX e PNXm receberam veiculo de solução e melatonina até a eutanásia aos 42 dias, respectivamente.
Posteriormente, foi realizada avaliação biomecânica e histométrica (ELCOI e AON) , utilizando p=0,05. Na aná-
lise biomecânica, os grupos PNX e PNXm não apresentaram diferença estatisticamente significante (p=0.500).
A análise de ELCOI, os grupos foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk com uma determina-
ção não paramétrica e o teste de Kruskal-Wallis apontou diferença estatisticamente significante entre os grupo
PNXm (7702.260) , CO (6514.809) e PNX (4450.339). Na análise de AON, os grupos foram submetidos ao teste
de normalidade de Shapiro-Wilk com uma determinação paramétrica teste ANOVA ONE WAY com pós teste de
Tukey que apresentou diferença estatisticamente significativa (p<0.001) entre os grupos PNXm vs PNX e entre
os grupos CO vs PNX, e (p=0.665) entre PNXm vs CO. De acordo com os resultados, conclui-se que a terapia com
melatonina favoreceu o reparo ósseo periimplantar em ratos pinealectomizados. Palavras-chave: Melatonina,
Glândula Pineal, Implantes Dentários. Agradecimento: Processo FAPESP - 2014/11920-6

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116 – QUAL A AÇÃO DO ALENDRONATO NA NEOFORMAÇÃO


ÓSSEA PERIIMPLANTAR EM RATAS OSTEOPORÓTICAS?

Autores: PEDRO HENRIQUE SILVA GOMES FERREIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA -
UNESP);GABRIEL RAMALHO FERREIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); DANILA DE
OLIVEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); LEONARDO PEREZ FAVERANI (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA - UNESP); ROBERTA OKAMOTO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
ARAÇATUBA - UNESP)

Introdução: O fenômeno da osseointegração promoveu grande avanço no tratamento para reabilitação bucal,
com prognóstico de sucesso próximo de 100%. Alguns fatores devem ser considerados visando a eficácia da os-
seointegração, tais como a qualidade do tecido ósseo que receberá o implante, sendo um fator determinante para
uma integração adequada do implante dentário com o osso, visto que as características micro-estruturais ósseas
influenciam na capacidade de suportar a transmissão e distribuição de forças fisiológicas. Uma das principais
causas de perda da qualidade óssea é a osteoporose, doença caracterizada por um aumento da porosidade do es-
queleto resultante de uma redução da massa óssea, sendo suas formas mais comuns a senil e a pós-menopausa.
Como tratamento no brasil o medicamento de eleição é o alendronato, o qual exerce ação anti-reabsortiva, se
ligando à hidroxiapatita e inibindo o desenvolvimento de osteoclastos e vem sendo utilizado no tratamento da
osteoporose. O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência deste medicamento na expressão de proteínas
da matriz extracelular durante a osseointegração em ratas osteoporóticas. Foram utilizados os grupos experi-
mentais: SHAM - 10 ratas submetidas à cirurgia fictícia e alimentadas com dieta balanceada; OVX-ST - 10 ratas
submetidas à ovariectomia bilateral, alimentadas com dieta pobre em cálcio (osteoporóticas) e sem tratamento
medicamentoso; e, OVX-ALE - 10 ratas submetidas à ovariectomia bilateral, alimentadas com dieta pobre em
cálcio (osteoporóticas) e tratadas com alendronato. Na metáfise tibial direita de cada animal foi instalado um
implante com superfície lisa e, na esquerda, com superfície tratada por duplo ataque ácido. A eutanásia dos ani-
mais foi realizada aos 14 e 42 dias após a instalação dos implantes, através de sobredosagem anestésica. As peças
foram processadas laboratorialmente e incluídas em parafina para a realização da análise imunoistoquímica. Fo-
ram analisadas as proteínas: fosfatase alcalina, osteopontina e RUNX2. As imunomarcações para OP e RUNX2
mostraram a presença de células da linhagem osteoblástica junto ao tecido ósseo neoformado nos grupos SHAM
e OVX-ALE. No grupo OVX-ST observou discreta presença de células positivas para RUNX2 presentes no tecido
conjuntivo reparacional. A fosfatase alcalina apresentou imunomarcação moderada no grupo OVX-ST, entretan-
to, apresentou-se discreta nos grupos SHAM E OVX-ALE. Pôde-se concluir que o alendronato além de diminuir
a osteoclastogênese, melhora a formação óssea e aumenta a expressão de células da linhagem osteoblástica du-
rante a osseointegração.

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255 – A UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES EM PACIENTES


IRRADIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: YARA DE PAULA FARIAS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);YURI CAMPELO FRAGA (INSTITUTO
DR JOSÉ FROTA); RENATO LUIZ MAIA NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); RAFAEL LIMA VERDE
OSTERNE (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); MANOEL DE JESUS MELLO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
CEARÁ)

Introdução: Diversas neoplasias da região de cabeça e pescoço apresentam dentro das modalidades terapêuticas
a radioterapia, que podem apresentar complicações, variando deste mucosite e xerostomia até osterradionecrose
dos maxilares, representando desafios para a reabilitação oral. Existem controvérsias em relação ao uso de im-
plantes nestes pacientes. Objetivou-se realizar uma revisão da literatura acerca do uso de implantes em ossos
irradiados, pois é de extrema relevância o conhecimento deste tema para que se possa analisar com bom senso
o uso de implantes dentários nestes pacientes. Foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed usando os
termos “dental”, “implant” e “irradiated”. Foram achados 97 artigos relevantes e selecionados 23. Como critério
de inclusão, utilizou-se: revisões sistemáticas, relatos de casos e série de casos. Como critério de exclusão, ultili-
zou-se: artigos publicados antes do ano 2000, implantes em enxerto ósseo, implantes extra-orais e artigos com
amostra menor que 10 pacientes. Existem dois grandes riscos do uso de implantes em pacientes irradiados, a
osteoradionecrose e a não osseointegração. A radiação promove uma diminuição da atividade osteoblástica e
osteoclástica, e da vascularidade. A diminuição do fluxo sanguíneo, células de defesa e nutrientes faz com que
estrutura óssea mandibular e maxilar sofra degeneração e perca a capacidade de regeneração. Todas essas alte-
rações podem levar a redução da remodelação e viabilidade óssea, o que potencialmente afeta a osseointegração
dos implantes. Os tecidos irradiados, com o tempo, ficam mais fibróticos e hiposvascularizado, causando impacto
negativo na reabilitação com implante. Devido à sua alta densidade óssea e reduzido suporte arterial, a mandí-
bula é mais susceptível à osteorradionecrose. Quanto a osseointegração, maior índice de falha no período de
cicatrização que pacientes não-irradiados, sendo os melhores resultados em mandíbula, devido a alta estabilidade
do implante. A literatura atual não apresenta dados suficientes para a indicação absoluta de implantes em ossos
irradiados, sendo o senso clínico fundamental para o planejamento.

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298 – IMPLANTES INSTALADOS IMEDIATAMENTE AO


LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR COM UTILIZAÇÃO DE
COÁGULO

Autores: VALTHIERRE NUNES DE LIMA (*) (UNESP - ARAÇATUBA);ANA PAULA FARNEZI BASSI (UNESP - ARAÇA-
TUBA); LEONARDO PEREZ FAVERANI (UNESP - ARAÇATUBA); FLÁVIA GASPARINI KIATAKE FONTÃO (ILAPEO -
CURITIBA); RICARDO PIOTO (ILAPEO - CURITIBA)

Introdução: A idealização de um substituto ósseo “ideal”, que diminua a morbidade cirúrgica e consiga manter as
propriedades de osteoindução, osteocondução e ascélulasosteoprogenitoras tem sido o principal foco das pesqui-
sas atuais. Este estudo objetivou realizar um estudo clínico prospectivo de procedimento para sinusliftmaxilar na
região posterior da maxila, utilizando somente o coágulo sanguíneo como material de preenchimento. Material
e Método: 17 pacientes foram submetidos ao procedimento cirúrgico de sinuslift maxilar em 20 seios maxilares
operados e um total de 25 implantes instalados nestas regiões, com diâmetro de 4.3 mm.A mucosa sinusal foi
elevada juntamente com parede anterior da maxila osteotomizada, tornando-se o novo teto do seio maxilar,
sustentada pelos implantes instalados na mesma sessão. A altura óssea linear e mensuração da densidade óssea
pelos tons de cinza foram realizadas através de tomografia computadorizada (CT) no pós-operatório imediato
(Tinicial) , aos 3 meses (T1) e aos 51 meses (T2). Resultados: Na primeira fase somente 1 implante foi perdido
(96% de sucesso) e após a instalação das próteses até 51 meses de acompanhamento, nenhum implante foi
perdido (100% de sucesso na segunda fase). A altura óssea na comparação entre Tinicial (média de 5.940 mm)
x T1 (13.141 mm) , Tinicial x T2 (11.573 mm) foi estatisticamente significante (Teste -T pareado, p<0.001). A
comparação T1 x T2 também apresentou diferença estatística (Wilcoxon, P<0.001) , com uma perda média de
altura óssea de 1.57 mm.A densidade óssea aumentou no final do período analisado (menores valores de tons de
cinza – T2= 1588.368 x T1 = 1657.201) , entretanto sem diferenças estatisticamente significante (Teste-T parea-
do, P>0.05). Conclusão: Os resultados deste estudo nos encorajam a concluir que a técnica de sinuslift maxilar
com instalação imediata de implantes sem o uso de biomateriais, somente com o preenchimento com coágulo
pode ser realizada com altas taxas de sucesso, reduzindo a morbidade cirúrgica do enxerto autógeno e algumas
limitações dos demais substitutos ósseososteocondutores.

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325 – ESCLERODERMIA LINEAR FRONTAL “EN COUP DE


SABRE” ASSOCIADA A IMPLANTES OSSEINTEGRADOS

Autores: LEONARDO MATOS SANTOLIM ZANETTINI (*) (PUCRS);EDUARDO PITTAS DO CANTO (ITI); WALDEMAR
DAUDT POLIDO (ITI);

Introdução: RESUMO A esclerodermia localizada é uma doença inflamatória clinicamente distinta, afetando
principalmente a derme e gordura subcutânea. É caracterizada pela deposição excessiva de colagénio que con-
duz a um espessamento da derme e / ou tecidos subcutâneos, conduzindo finalmente a uma esclerose do tipo
cicatriz. A sua etiologia permanece indefinida. A esclerodermia linear “en coup de sabre” (LSC) é um subtipo de
esclerodermia localizada. LSCs geralmente desenvolvem-se na primeira ou segunda década de vida, apresen-
tando-se como lesões de banda escleróticas com mais ou menos descoloração da pele da região fronto-parietal.
Atrofia involuntaria da pele, músculo, e até mesmo do osso pode ocorrer. Lesões “En Coup de Sabre” descritas
na literatura são principalmente na região frontal perto da linha média com orientação vertical. Além disso, pro-
blemas dentários são comuns em pessoas com esclerodermia. Estes tipos de problemas acontecem por uma série
de razões: abertura bucal limitada, tornando-se difícil cuidar dos dentes; boca seca causada por danos glândula
salivar acelerando a deterioração dos dentes; danos aos tecidos conjuntivos na boca podendo levar a dentes com
mobilidade. O objetivo deste trabalho é discutir, através da revisão da literatura e relato de caso, o caso de um pa-
ciente com esclerodermia linear frontal “en coup de sabre” associado à reabilitação oral com implantes dentários
e próteses implanto-suportadas.

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331 – IMPLANTES CURTOS: ALTERNATIVA À ENXERTOS


ÓSSEOS EM MANDÍBULA POSTERIOR

Autores: LEONARDO MATOS SANTOLIM ZANETTINI (*) (PUCRS);CARLOS FORTUNA (ITI); WALDEMAR DAUDT
POLIDO (ITI);

Introdução: RESUMO Nos últimos 30 anos, a implantodontia sofreu grande aprimoramento de modelos e técni-
cas. Existem diversos fatores que limitam a colocação de implantes, incluindo volume e densidade insuficiente de
osso, o que é frequentemente encontrado em pacientes edêntulos com reabsorção severa de mandíbula. Com o
aprimoramento das técnicas de aumento ósseo, tais como enxertos ósseos, regeneração óssea guiada e distração
osteogênica, hoje tornou-se possível reabilitar muitos desses casos com implantes, embora os resultados clínicos
mostrem que aumentos verticais ósseos são limitados. Esses tratamentos aumentam o tempo de tratamento,
morbidade, complicações e custo. Na última década, o uso de implantes curtos tornou-se de grande interesse
entre cirurgiões. Estudos mostram que os implantes curtos (<8mm) têm os mesmos índices de sucesso e de per-
da óssea marginal que os implantes longos. O objetivo desse estudo é reportar, através da revisão de literatura
e relato de caso, a reabilitação oral com implantes curtos de 4mm em região posterior de mandíbula, essa sendo
uma alternativa viável à aumentos ósseos.

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727 – ESTUDO COMPARATIVO DA INTERAÇÃO CELULAR ENTRE


QUATRO TIPOS DE IMPLANTES DENTÁRIOS

Autores: FABIANA FERREIRA ALVES (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO);-
NILTON JÚNIOR AZAMBUJA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE PAULISTA); MÁRCIA MARTINS
MARQUES (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIA CRISTINA ZINDEL
DEBONI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIA DA GRAÇA NACLÉRIO-HO-
MEM (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)

Introdução: O tratamento de superfície dos implantes dentários é um critério importante para a osseointegração.
Considerando a variedade de modificações das superfícies encontradas, estas podem acelerar ou melhorar o pro-
cesso de osseointegração. Para tanto foram estudadas as características da composição química e a rugosidade, a
partir das quais foram encontradas diferentes respostas celulares em estudos comparativos in vitro. O objetivo
deste estudo foi comparar a adesão e o crescimento dos OSTEO-1 em implantes dentários com diferentes tra-
tamentos de superfície. Foram utilizados quatro tipos de implantes dentários comercialmente disponíveis, com
os seguintes tratamentos de superfície: (A) jateamento e condicionamento ácido com revestimento de fosfato e
cálcio (CaP); (B) duplo condicionamento ácido; (C) condicionamento ácido; (D) oxidação anódica. Os implantes
de mesmo tamanho foram fixados com dispositivo biocompatível no fundo dos poços das placas de cultura de
12 poços e cobertas com meio de cultura de células. Os OSTEO-1 foram colocados no corpo do implante. Nos
períodos de 24, 48 e 72 horas mais tarde, as culturas foram submetidas ao ensaio de redução de MTT para avaliar
a viabilidade celular. Os dados foram utilizados para analisar a adesão celular (24h) e para obter as curvas de cres-
cimento das células (24, 48 e 72h). Os experimentos foram realizados em triplicata. Os dados foram comparados
por ANOVA, complementado pelo teste de Tukey (p <0,05). Os OSTEO-1 aderiram ao corpo de todos os tipos de
implantes testados. A maior taxa de crescimento celular foi observada em culturas semeadas sobre tratamento
de superfície A. O menor crescimento celular foi apresentado por culturas semeadas no tratamento de superfície
D (p <0,05). Com base nesta investigação in vitro é possível concluir que todos os implantes dentários testados,
independentemente do tratamento de superfície, não são citotóxicos para os OSTEO-1. No entanto, as carac-
terísticas físico-químicas do tipo de tratamento de superfície dos implantes dentários influencia o crescimento
celular. A superfície A pareceu ter o comportamento mais compatível com os OSTEO-1, uma vez que promoveu
mais crescimento celular.

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776 – AVALIAÇÃO DO EFEITO DA LLLT SOBRE O REPARO


ÓSSEO PERIMPLANTAR: ANÁLISE POR MEV E ESTERIOLOGIA

Autores: LUCIANO MAYER (*) (UFBA);FERNANDO VACILOTTO GOMES (AGOR/RS); CARLOS EDUARDO BARALDI
(UFRGS); MARÍLIA GERHARDT DE OLIVEIRA (HOSPITAL CRISTO REDENTOR, GHC - MINISTÉRIO DA SAÚDE);

Introdução: Estudos prévios em animais relataram efeitos positivos da terapia laser de baixa intensidade (LLLT)
no reparo ósseo. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da LLLT no processo de reparo perimplantar, por meio
da microscopia eletrônica de varredura (MEV) e da estereologia da interface osso-implante. Trinta e dois coelhos
machos, da raça Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus) tiveram seus incisivos inferiores esquerdos removidos,
seguidos da inserção imediata de um implante osseointegrável de titânio no alvéolo dentário da amostra. Os ani-
mais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle (C - não irradiado) e 3 experimentais em três
doses diferentes de LLLT (5 J/cm², 10 J /cm², 20 J/cm²) por sessão. O Laser (GaAlAs, &#955; = 830nm, 50mW,
CW) foi aplicado a cada 48 horas durante 13 dias (sete aplicações) , com início após a última sutura. Os animais
foram mortos e os tecidos preparados para MEV e análise estereológica. Os resultados mostraram valores signi-
ficativamente superiores contato osso-implante (BIC) (p <0,05) em MEV e análise estereológica para o grupo 20
J/cm². Valores de área óssea foram melhores nos grupos irradiados. Sob as condições experimentais descritas, a
laserterapia melhora o reparo ósseo perimplantar, aumentando o BIC, bem como a neoformação óssea entre as
espiras do implante.

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786 – IMPLANTE CURTO VERSUS IMPLANTE LONGO. ANÁLISE


FOTOELÁSTICA DA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES AO VARIAR A
ALTURA DA COROA PROTÉTICA.

Autores: VALDIR DE OLIVEIRA (*) (UNISA);CARLOS EDUARDO XAVIER S R S (UNISA); ANDRÉ CARVALHO RODRI-
GUEZ (UNISA); DANIELA MARTI COSTA (UNISA); MARCIO MARTINS (UNISA)

Introdução: A perda de elementos dentais dá início a uma das patologias orais mais importantes: a atrofia do re-
bordo alveolar. A reabilitação das áreas posteriores de maxila e mandíbula que, em muitos casos, não apresentam
altura óssea adequada para receber um implante de tamanho convencional, passa por procedimentos cirúrgicos
avançados de enxertia óssea para aumentar o rebordo atrófico, permitindo assim a instalação de implantes. Esse
procedimento causa morbidez, demanda um longo período de tempo e é dispendioso para o paciente, que nem
sempre está disposto a submeter-se a ele. O uso de implantes curtos (< 10 mm) tem sido avaliado há anos, para
suprir a necessidade desses pacientes portadores de severa atrofia de rebordo ósseo alveolar. Um dos problemas
apresentados na literatura é a possibilidade de falha que estes implantes apresentam por problemas biomecâ-
nicos, uma vez que recebem coroas de proporção algumas vezes maior que o seu tamanho. O presente trabalho
avaliou e comparou a distribuição de tensões ao redor de implantes curtos, de 6,0 mm de Ø x 5,7 mm de compri-
mento da marca Bicon®, USA, e implantes longos, de 4,5 mm de Ø x 11 mm de comprimento, do mesmo fabri-
cante, variando a proporção coroa/implante de 1:1, 2:1, 3:1 e 4:1 (em relação ao implante curto) , aplicando cargas
verticais de 100 N e horizontais de 30 N. Os resultados mostraram que os implantes curtos avaliados apresenta-
ram maior intensidade/concentração de tensões que os implantes longos, talvez por sua área superficial 21,85%
menor. De forma geral o estudo permitiu concluir que o padrão de distribuição de tensões entre o implante curto
e longo avaliados, mostra que o implante curto, desde que corretamente indicado, pode ser utilizado em lugar do
longo quando a altura óssea não permitir sua instalação, mesmo que a relação coroa/implante seja considerada
desfavorável.

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789 – REABILITAÇÃO DE MANDÍBULA ATRÓFICA POR MEIO


DE IMPLANTES E TRANSPOSIÇÃO BILATERAL DOS NERVOS
ALVEOLARES INFERIORES

Autores: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE CAMPO GRANDE – UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL-UFMS);MURILO MOURA OLIVEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
CAMPO GRANDE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL-UFMS); GUSTAVO ADOLFO PEREIRA
TERRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE CAMPO GRANDE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
DO SUL-UFMS); TÚLIO MARCOS KALIFECOÊLHO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE CAMPO GRANDE – UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL-UFMS);

Introdução: A instalação de implantes, como opção na reabilitação oral, é uma realidade desta ultima década. Fator imprescindível
para o correto posicionamento dos implantes é a disponibilidade óssea alveolar. Quando a espessura ou altura óssea é insuficiente,
faz-se necessário realizar procedimentos prévios ou simultâneos a colocação dos implantes, como implantes curtos e ou inclinados.
Em casos mais limítrofes, ou seja, 3mm ou menos de osso na região posterior da mandíbula o reposicionamento do nervo alveolar
inferior (NAI) é a técnica mais indicada. O risco inerente a esse procedimento cirúrgico é o dano ao NAI, provocando hipoeste-
sia, parestesia ou hiperestesia temporária ou permanente. O presente trabalho descreve um caso clínico de paciente de 52 anos,
sexo feminino que compareceu à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul com necessidade de
reabilitação da mandíbula posterior através da colocação de implantes bilateralmente, uma vez que sua prótese parcial removível
se encontrava mal adaptada e a paciente não queria voltar a utilizar uma prótese móvel. De acordo com exames imaginológicos
foi verificado que altura óssea era de 3,5 mm do lado direito e 4,5 mm do lado esquerdo, da crista alveolar até do teto canal do
NAI, justificando a indicação da técnica. O tratamento foi realizado com medicação pré e pós operatória, sob anestesia local, por
meio da transposição do NAI esquerdo seguida pelafresagens e instalação de 3 implantes de 3,75 x 10 mm, uso de 1 frasco de
osso heterógeno e 1 membrana aposicionada sobre o enxerto. O NAI juntamente com o mentual foram posicionados vestibular
e posteriormente a sua posição original, concluindo-se o procedimento com sutura continua festonada e pontos simples nas inci-
sões relaxante. A paciente foi acompanhada no pós-operatório do lado direito em 7, 15, 30, 60 e 90 e180 dias, apresentando boa
cicatrização, estabilidade dos implantes, ausência de sinais de infecção e com parestesia com sinais de remissão ao final de seis
meses. No pós-operatório dos 11 meses, a paciente ainda apresentava sintomas de hipoestesia, sendo medicada com Lyrica®. O
lado direito foi operado sete meses após o primeiro procedimento, seguindo o mesmo protocolo, instalados 2 implantes de 3,75 x
11,5 mm,. Houve parestesia no pós-operatório do procedimento, sendo que ao quinto mês a paciente apresentava hipoestesia, a
qual perdura após 15 meses do procedimento, mas apresentando sinais de remissão, como ocorreu no lado oposto.Concluímos que
a transposição do NAI em casos de severa atrofia de mandíbula em região posterior é um procedimento viável para obter uma rea-
bilitação oral satisfatória, fornecendo estabilização suficiente aos implantes. Além disso, diminui o tempo de tratamento, números
de procedimento e custos aos pacientes. No caso de deficiência neurológica, os pacientes necessitam de avaliações periódicas no
pós operatório, porém a maior parte das deficiência se resolvem espontaneamente.

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906 – ANÁLISE FOTOELÁSTICA EM MODELOS COM IMPLANTES


DISTAIS ANGULADOS EM UMA REABILITAÇÃO TIPO
PROTOCOLO.

Autores: MÁRIO SERRA FERREIRA (*) (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCAL. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA);PAULO CEZAR SIMAMOTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); RAYZA
RECHETNICOU (LIGA ACADEMICA DE DIAGNÓSTICO E CIRURGIA ORAL. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁ-
POLIS - UNIEVANGÉLICA); SIMONE SOUZA SILVA SANT´ANA (DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCAL. CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA); CÉLIO JESUS DO PRADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
UBERLÂNDIA)

Introdução: A reabilitação tipo protocolo é amplamente utilizada na implantodontia como forma de tratamento
para pacientes edêntulos totais. Inúmeros trabalhos citam sobre o número ideal de implantes concomitante com
a melhor escolha de intermediários protéticos. Este trabalho teve por objetivos investigar os campos de tensão
periimplantar gerados por cinco diferentes configurações em uma reabilitação mandibular, através da aplicação
de carga vertical sobre o cantiléver por meio da técnica de fotoelasticidade e testar duas hipóteses: a redução no
tamanho do cantiléver pela inclinação do implante distal diminui o gradiente de tensão (1) , e que o uso de pilares
angulados também favorece a distribuição de tensões (2). Para o exposto, foram confeccionadas cinco infraestru-
turas metálicas com intermediáos cônicos de perfil baixo, unidos a implantes tipo hexágono externo de 13 mm
por 3,75 mm, simulando configurações distintas de uma reabilitação tipo protocolo Branemark e inseridos em
resina fotoelástica para análise das tensões. Uma avaliação qualitativa e quantitativa das ordens de franjas e da
tensão cisalhante (t) foi realizada em 27 pontos localizados ao redor dos implantes, por meio de um carregamen-
to aplicado verticalmente em dois pontos do cantiléver. Os grupos diferiram entre si pela variação da inclinação
do implante distal em 0° (grupo GC) , 17° (grupo G17) e 30° (grupo G30) , além da variação do intermediário reto
e angulado. Os dados foram analisados por meio de teste de análise de variância (ANOVA) e Tukey, para grupos
paramêtricos (P<0,05). Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Os pontos
de maior tensão foram encontrados nos implantes distais nas regiões cervical e apical. Os grupos que apresen-
taram menor tensão foram o 30° angulado (G30A) e o 17° angulado (G17A). Os que atingiram maiores níveis de
tensão periimplantar foram o 17° reto (G17R) e o 0° (GC). A angulação do implante distal em 30° gera vantagem
mecânica, resultando na diminuição da tensão periimplantar. A utilização de micro-units angulados ofereceu
menores tensões entre os grupos.

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7 – FASCEÍTE NECROSANTE ODONTOGÊNICA EM UMA


CRIANÇA DE 10 ANOS

Autores: CAIO CEZAR REBOUÇAS E CERQUEIRA (*) (HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL);DANIEL SA-
RAIVA DE PAULA (HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL);

Introdução: A fasceíte necrotizante é um quadro grave, associado a processos infecciosos agressivos. Consiste
em uma séria inflamação da bainha muscular que leva a necrose do tecido subcutâneo e fascia adjacente. Muitas
vezes está diretamente relacionada a coleções purulentas, abscessos e mais comumente acomete a pacientes com
comorbidades sistêmicas. A exemplo de paciente diabéticos, angiopatas e imunossuprimidos. É um quadro pouco
comum e ainda mais raro em pacientes pediátricos e sem histórico de comprometimento sistêmico. Possui um
risco significativo de mortalidade e de deficiência de membros e perda de tecido Esse trabalho visa apresentar um
caso de fascíte necortizante, em um paciente hígido de 10 anos de idade, tendo com origem um abscesso odonto-
gênico. Foi instituído tratamento padrão para o tratamento de infecções odontodogênicas, baseado na remoção
do foco, drenagem e antibioticotarapia. Além disso, foi realizada a excisão da pele necrótica e foram aplicados
curativos pós operatórios durante porservação. Por fim o fechamento final da pele.

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20 – ANGINA DE LUDWIG COM COMPROMETIMENTO CERVICAL


SEVERO – RELATO DE CASO

Autores: MARCUS ANTONIO BRÊDA JÚNIOR (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA - FOP-UPE);JOSÉ RICARDO
MIKAMI (HOSPITAL GERAL DO ESTADO - HGE - AL); RICARDO VIANA BESSA NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE ALAGOAS); MILKLE BRUNO PESSOA SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC); BELMIRO CAVAL-
CANTI DO EGITO VASCONCELOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA - FOP - UPE)

Introdução: Angina de Ludwig é uma séria infecção, rápida evolução, caracterizada por uma celulite que afeta os
espaços submandibular, sublingual e submentoniano, de forma bilateral. Sua etiologia mais comum é a dentária
com cerca de 70% a 90% dos casos. Porém outros fatores podem contribuir para o surgimento da doença, como,
lacerações da mucosa oral, amigdalites e fraturas mandibulares. O diagnóstico é clínico e os achados do exame
físicos incluindo aumento de volume endurecido e tenso dos espaços submandibular e submentoniano, com
elevação e deslocamento da língua. Os pacientes apresentam dispneia, disfagia/odinofagia, associado à sialorréia
e febre alta. O trismo está frequentemente presente, indicando irritação direta dos músculos mastigatórios. Os
exames complementares incluem radiografias, para localização do possível foco odontogênico e a observação
das vias aéreas e tecidos moles cervicais, tomografia computadorizada e ressonância magnética que também são
utilizadas para determinar a extensão do processo infeccioso. Exames laboratoriais devem ser realizados para se
verificar alterações da série branca. A evolução desta infecção pode atingir áreas do pescoço podendo estender-se
até a glote. Pode estender-se ao espaço faríngeo lateral e o espaço retrofaríngeo. Esta disseminação pode evoluir
até o mediastino. O tratamento da angina de Ludwig concentra-se em torno de quatro atitudes: manutenção das
vias aéreas, incisão e drenagem cirúrgicas, antibioticoterapia e eliminação do foco infeccioso. Os microrganismos
envolvidos são aqueles presentes na flora oral, sendo então as infecções causadas por flora mista, envolvendo ae-
róbios e anaeróbios. Penicilinas como a ampicilina e a amoxicilina são antibióticos bactericidas bastante úteis no
tratamento da infecção odontogênica. Devido à sua efetividade contra patógenos aeróbios facultativos e anaeró-
bios, esses antibióticos são considerados de primeira escolha no tratamento de infecções da cavidade oral. Muitas
vezes é necessário associar outras substâncias para que se possa alcançar uma melhor atividade do antibiótico.
A adição de inibidores da beta-lactamase como o clavulanato/ácido clavulânico é de grande importância para au-
mentar a ação das penicilinas, possuindo a capacidade de desativar uma ampla variedade de enzimas beta-lacta-
mases comumente produzidas por microorganismos resistentes às penicilinas e cefalosporinas. O metronidazol
é eficaz apenas contra infecções exclusivamente anaeróbias e em associação com outros antibióticos apresenta
bons resultados. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de uma angina de Ludwig grave, com
extensa disseminação para os espaços cervicais, enfatizando a importância do tratamento cirúrgico associado à
medicação endovenosa.

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23 – HAMARTOMA LEIOMIOMATOSO ASSOCIADO À


MALFORMAÇÃO LABIAL SUPERIOR: FOLLOW-UP DE 4 ANOS

Autores: CÉSAR VIANA TOLEDO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI);SAU-
LO GABRIEL MOREIRA FALCI (UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI); MÁRIO
JOSÉ ROMAÑACH (UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO); ANA TEREZINHA MARQUES MESQUITA (UNIVERSIDA-
DE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI); CÁSSIO ROBERTO ROCHA DOS SANTOS (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI)

Introdução: Hamartoma é uma malformação benigna localizada formada por proliferação de tecidos que normal-
mente são encontrados no local da lesão. Ele é formado durante o período de desenvolvimento da área afetada,
apresentando-se com tecidos normais desorganizados e mal definidos, sendo comumente encontrada no fígado,
baço, rins, pulmões, e pâncreas. Na cavidade oral, malformações vasculares são os hamartomas mais comuns,
mas outros tecidos podem predominar como: musculatura lisa e esquelética, nervos, gordura, tecido linfoide e
glândulas salivares e sebáceas. O Hamartoma leiomiomatoso (LH) da cavidade oral é composto predominante-
mente por músculo liso, provavelmente derivado de paredes dos vasos sanguíneos e geralmente se apresenta
como um nódulo pedunculado ou séssil na língua ou rebordo alveolar/gengival de pacientes em sua primeira
década de vida. Um paciente do sexo masculino, leucoderma de três meses de idade, foi encaminhado a clínica
de cirurgia oral da universidade do autor, apresentando uma malformação lábio superior associada a um nódulo
polipoide no rebordo alveolar anterior maxilar. Microscopicamente, o nódulo era predominantemente compos-
to por uma proliferação de músculo liso não encapsuladas entremeadas por numerosos vasos sanguíneos de
tamanhos variados e fibras nervosas pequenas espalhadas. A análise do tecido do músculo liso foi positiva para
desmina e actina de músculo liso, enquanto que as células endoteliais foram destacadas por coloração com CD34.
O diagnóstico final foi de um hamartoma leiomiomatoso oral associado à malformação do lábio superior. Ocor-
reu excisão da lesão e queiloplastia. Após 4 anos de acompanhamento, o exame clínico mostrou que o paciente
apresenta diastema entre os incisivos centrais decíduos, porém o exame radiográfico mostrou desenvolvimento
normal dos incisivos permanentes.

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59 – NEUROFIBROMA ISOLADO EM GENGIVA: RELATO DE


CASO

Autores: JOSÉ ALCIDES ALMEIDA DE ARRUDA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNI-
VERSIDADE DE PERNAMBUCO);JULIO LEO PIRES BENTO RADNAI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PER-
NAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); ANA PAULA VERAS SOBRAL (FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); EMANUEL DIAS DE OLIVEIRA E SILVA (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MARCIA MARIA FONSECA DA SILVEIRA
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: O neurofibroma é o tipo mais comum de neoplasia de nervo periférico em cavidade bucal, que pode
se originar de uma mistura variável de células de Schwann, células híbridas perineurais e fibroblastos intraneu-
rais. Podem desenvolver-se como tumores solitários ou como componente da neurofibromatose tipo I (NF-1).
Apresentam-se como indolores, amolecidos, séssil ou pedunculado e variam em tamanho. A língua e mucosa
jugal são os locais mais comuns, sendo infrequente a região de palato, assoalho bucal e, raramente, gengiva. Ain-
da que ocasional, também pode originar-se intra-ósseo. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso
clínico insólito de uma paciente, 62 anos de idade, com um neurofibroma em região de gengiva entre os dentes
25 e 26, medindo aproximadamente 12,0 cm na sua maior dimensão sem associação com a NF-1. A relevância
deste relato de caso se dá pela importância do estabelecimento do diagnóstico, tratamento instituído e acompa-
nhamento do paciente com este tipo de tumor dos tecidos moles, uma vez que o neurofibroma solitário pode ser
a primeira manifestação da NF-1. E, pela oportunidade de conscientização do cirurgião dentista no sentido do
diagnóstico das alterações que acometem o complexo maxilomandibular. Descritores: Neurofibroma em gengiva;
Células de Schwann; Tumores dos tecidos moles.

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61 – FASCEÍTE NECROTIZANTE CERVICAL EM DECORRÊNCIA


DE EXODONTIA: RELATO DE CASO

Autores: JOSÉ ALCIDES ALMEIDA DE ARRUDA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNI-
VERSIDADE DE PERNAMBUCO);GIOVANNA EMANUELLE CAVALCANTI PERRELLI (FACULDADE DE ODONTOLO-
GIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); EUGÊNIA LEAL DE FIGUEIREDO (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); ANA PAULA VERAS SOBRAL (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);

Introdução: Fasceíte Necrotizante (FN) é uma infecção extremamente rara, caracterizada por necrose dos tecidos
subcutâneos e das camadas fasciais. São fatores de risco para o desenvolvimento da FN, pacientes com: diabe-
tes melittus, doença renal crônica, doença vascular periférica, desnutrição, idade avançada, obesidade, abuso de
álcool, uso de drogas endovenosas, cirurgias e úlceras isquêmicas. As manifestações clínicas na região de cabeça
e pescoço geralmente tem início agudo, caracterizado por dor intensa, edema, hiperemia, eritema e presença do
tecido necrótico; nos casos mais graves, obstrução das vias aéreas superiores. Esse trabalho tem por objetivo re-
latar um caso de uma paciente E.J.N., 73 anos de idade diagnosticada com FN na região cervical em decorrência
de exodontia. Logo, a apresentação desse raro caso clínico pode servir como orientação aos cirurgiões-dentistas
com a manutenção da cadeia asséptica e sempre acompanhar pós cirurgicamente pacientes com idade avançada
ou com outras alterações sistêmicas que podem aumentar o risco para o surgimento desta grave infecção. Descri-
tores: Fasceíte Necrotizante Cervical; Infecção; Streptococcus

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62 – EXTENSA MIÍASE EM REGIÃO RETROAURICULAR: RELATO


DE CASO

Autores: JOSÉ ALCIDES ALMEIDA DE ARRUDA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVER-
SIDADE DE PERNAMBUCO);GIOVANNA EMANUELLE CAVALCANTI PERRELLI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DE PERNAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); IVSON SOUZA CATUNDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS); MARIANA CRUZ GOUVEIA PERRELI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVERSI-
DADE DE PERNAMBUCO); CARLOS AUGUSTO PEREIRA DO LAGO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PER-
NAMBUCO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: A miíase é uma patologia causada pela presença de larvas de moscas da ordem díptena, principal-
mente as Cochliomyia homnivorax e as Dermatóbia hominis em órgãos ou tecidos do homem e de outros ani-
mais. Mais comum em países do terceiro mundo, como os da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. É
uma enfermidade de maior incidência nos países de clima quente e úmido e pode estar associada à higienização
precária e/ou pacientes com saúde geral debilitada. As manifestações clínicas da miíase não são específicas e
variam de acordo com a área do corpo envolvida e com a espécie da mosca. O conhecimento dessa afecção pelo
cirurgião-dentista é de fundamental importância, uma vez que o estabelecimento do diagnóstico precoce pode
minimizar as sequelas e deformidades. O objetivo deste trabalho é descrever o comportamento clínico, suas
causas, consequências e, através de casos clínicos, detalhar as condutas necessárias para o tratamento desta en-
fermidade. Descritores: Miíase; Cochliomyia homnivor; Dermatóbia hominis; afecção

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69 – OSTEONECROSE MAXILAR INDUZIDA POR


BISFOSFONATOS: UM RELATO DE CASO

Autores: EDUARDO AZOUBEL (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CÉARA);MARIA CECÍLIA FONSÊCA AZOUBEL
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); NEIANA CAROLINA RIOS RIBEIRO (ESCOLA BAHIANA DE
MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); BRIANA GÓES MONTEIRO (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);
PEDRO PINTO BERENGUER (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: Os bisfosfonatos (BPs) são inibidores da reabsorção óssea, sendo utilizados como terapia medica-
mentosa em pacientes com osteoporose e patologias associadas a perdas ósseas. O uso prolongado dos BPs tem
sido associado à ocorrência de osteonecrose dos maxilares (ONM) , podendo ser induzida por tratamentos cirúr-
gicos ou de forma espontânea sem nenhum tipo de intervenção odontológica. Com o aumento de casos de ONM
associada ao uso de BPs, é de suma importância o papel do cirurgião-dentista no acompanhamento destas lesões
necróticas, através do reconhecimento dos sinais e sintomas e elucidação das condutas a serem tomadas. Este
trabalho tem como objetivo a apresentação de um relato de caso clínico de osteonecrose de maxila associada ao
uso de bisfosfonato, descrevendo as características clínicas e imaginológicas da paciente em questão, assim como
o tratamento reabilitador escolhido.

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73 – OSTEONECROSE MAXILAR ASSOCIADA AO USO DE


BIFOSFONADO

Autores: MAICON DOUGLAS PAVELSKI (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE);A-
LINE ALVES LUCIANO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE); GERALDO LUÍS GRIZA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE); NATASHA MAGRO ÉRNICA (UNIVERSIDADE ES-
TADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE); ELEONOR ÁLVARO GARBIN JÚNIOR (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE)

Introdução: Conceitualmente, a osteonecrose associada ao uso de bifosfonados é uma área de exposição óssea
em maxila ou mandíbula, ocorrendo em pacientes que estão ou estiveram sob uso desta medicação, não foram
irradiados na região maxilofacial e cuja lesão não cicatriza no período de oito semanas. Descrita pela primeira vez
em 2003, a necrose maxilar associada ao uso de bifosfonados vem aumentando sua incidência, pois estes medica-
mentos são os mais prescritos mundialmente para o tratamento de doenças relacionadas ao metabolismo ósseo
e na prevenção da osteoporose e osteopenia. Embora seus mecanismos de ação sejam conhecidos, sua etiologia,
formas de prevenção e tratamento ainda são desafios a serem vencidos. Sabe-se que estas drogas têm potencial
antiosteoclástico e antiangiogênico, os quais por sua vez, desfavorecem o turn over ósseo comprometendo o
processo de remodelação óssea. O diagnóstico é basicamente clínico, pois a lesão inicia-se como uma área óssea
exposta sem causa aparente. Mobilidade dental pode estar presente mesmo sem indícios de doença periodontal.
A lesão pode permanecer assintomática por anos e a dor referida, na maioria das vezes, está associada a uma
inflamação ou infecção dos tecidos suprajacentes. O tratamento dependerá do estágio no qual a lesão se encontra
e da extensão do tecido ósseo comprometido, variando desde controle dos fatores locais como higiene oral e co-
lutórios bucais, até debridamento cirúrgico e sequestrectomia associados à antibioticoterapia tópica e sistêmica.

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91 – FECHAMENTO DE FÍSTULAS ORAIS UTILIZANDO


RETALHO TEMPORAL

Autores: GUILHERME SCHULDT (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);RODRIGO LIMA (PONTIFÍCIA UNI-
VERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ); MICHELLE FERNANDES FAST (UNIVERSIDADE POSITIVO); TUANNY CARVA-
LHO DE LIMA NASCIMENTO (HOSPITAL ERASTO GARTNER); JOÃO LUIZ CARLINI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ)

Introdução: As comunicações buconasais e/ou bucossinusais são situações que ocorrem por vários motivos como
exodontias mal sucedidas, ressecção de tumores, patologias congênitas e traumas. A extensão e localização das
comunicações são importantes quesitos para o planejamento da cirurgia para o fechamento destas fístulas. Vá-
rias são as técnicas preconizadas com retalho livres ou pediculados. Nestes destacamos o retalho vestibular, reta-
lho da mucosa jugal, gordura, retalho palatino, retalho de língua, o retalho do músculo temporal ou a associação
destes. A decisão por optar pelo retalho do músculo temporal normalmente está descrito quando outras técnicas
falharam ou a comunicação tem dimensões que recomendam uma grande quantidade de tecido para recobrimen-
to. O formato deste retalho pode variar de miofascial, mioósseo, ou miosteocutâneo. Vamos descrever a técnica
utilizada e exemplificar através de um caso clínico a aplicação do retalho do músculo temporal para fechamento
de defeitos orais extensos, evidenciando as vantagens e desvantagens da técnica utilizada. A escolha do retalho
temporal para fechamento de defeitos intraorais requer algumas considerações: para os pacientes que sofreram
radioterapia na região maxilofacial é desaconselhável, para pacientes calvos que não desejam uma cicatriz na
cabeça pode ser contraindicação.

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Área: Tema livre

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99 – FIBRODISPLASIA OSSIFICANTE: RELATO DE CASO


CLÍNICO

Autores: GUILHERME SCHULDT (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ);RODRIGO LIMA (PONTIFÍCIA UNI-
VERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ); MICHELLE FERNANDES FAST (UNIVERSIDADE POSITIVO); TUANNY CARVA-
LHO DE LIMA NASCIMENTO (HOSPITAL ERASTO GARTNER); JOÃO LUIZ CARLINI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ)

Introdução: A fibrodisplasia ossificante é uma formação óssea heterotópica não-neoplásica podendo envolver
músculos, tendões, aponeuroses e fáscias sendo tradicionalmente apresentada como um edema tecidual com
uma ossificação progressiva verificada radiograficamente. Esta patologia foi descrita pela primeira vez em 1648
por Patin como “a mulher que virou madeira”. Tendo como objetivo relatar um caso clínico de fibrodisplasia os-
sificante com comprometimento da região maxilofacial. O paciente foi tratado cirurgicamente e foram utilizadas
barreiras com membrana de titânio, fixadas com parafusos de titânio. Paciente acometido pela miosite ossifi-
cante, teve início após tratamento odontológico de rotina após anestesia alveolar inferior e evoluindo o quadro
de restrição de abertura até o trismo, sendo que no caso, estavam envolvidos os músculos pterigoideo lateral e
medial. Confirmação do diagnóstico ocorreu por biópsia incisional e procedeu-se com cirurgia para ressecção da
massa óssea formada na região que idealmente seria muscular e interposição com gordura abdominal na área
ressecada. Após recidiva excessiva, optou-se por uma nova cirurgia, desta vez interpondo lâminas de titânio com
0.5mm de espessura fixadas com parafusos do sistema 2.0 nas regiões ressecadas, numa tentativa de evitar re-
inserção muscular e possíveis recidivas. Após primeira intervenção cirúrgica, pós-operatório imediato foi obtido
35mm de abertura bucal, sendo prescrito sessões diárias de fisioterapia, uso de miorrelaxante e analgésico. Tam-
bém foi prescrito a infiltração de triacinolona 2ml ao mês. Após 6 meses, a abertura limitou-se para 8mm, sendo
assim proposta uma nova cirurgia. Desta vez utilizando lâminas de titânio interpostas numa tentativa de evitar
a recidiva. A abertura bucal segue diminuindo gradativamente, sendo possível prever que num futuro próximo, a
paciente será submetida a uma nova cirurgia. Trata-se de uma patologia rara, onde as formas de tratamento são
paliativas com recidivas frequentes, sendo um quadro patológico que afeta muito a qualidade de vida do paciente.

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110 – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: DTM X SÍNDROME DE


CHIARI

Autores: JOÃO LUIZ GOMES CARNEIRO MONTEIRO (*) (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO);LÍVIA MIRELLE BAR-
BOSOA (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); MARIANA CRUZ GOUVEIA PERRELLI (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO);
BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO VASCONCELOS (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); CARLOS AUGUSTO PEREIRA
DO LAGO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO)

Introdução: A Síndrome de Chiari descreve malformações na qual pode ocorrer uma herniação do cerebelo ao
longo da medula. Os sintomas iniciais podem ocorrer na infância, mas na maioria dos casos os sintomas apare-
cem entre 30 e 50 anos de idade. Os pacientes podem apresentar cefaléia, cervicalgia, dor em face, atrofia das
papilas linguais, disfagias, perda sensorial ao longo da distribuição do nervo trigêmeo, nistagmo, além de paresia
em membros inferiores. O objetivo desse trabalho é descrever o caso de uma paciente portadora da síndrome de
Chiare tipo I apresentando sintomas faciais. Este caso destaca a importância do conhecimento da síndrome para
um diagnóstico diferencial das patologias orais e maxilofaciais.

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Área: Tema livre

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135 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FIBROMA OSSIFICANTE EM


MAXILA: RELATO DE CASO

Autores: MAXINE ENNATA ALVES DE ALMEIDA (*) (UNIVERSIDADE NILTON LINS);CHRISTIAN BARTOLOMEU
RECCHIONI (INSTITUTO DA FACE DO AMAZONAS); VICTOR HUGO MARQUES COELHO (UNIVERSIDADE NILTON
LINS);

Introdução: O fibroma ossificante é uma neoplasia benigna relativamente comum, classificada como uma lesão
fibro-óssea. Sua etiologia é incerta, mas seu desenvolvimento é frequentemente associado a fatores irritantes
locais. Há uma predileção pelo sexo feminino, com maior acometimento da região de molares e pré-molares
inferiores, nas segunda e quarta década de vida. Clinicamente, caracteriza-se por um aumento volumétrico as-
sintomático, podendo promover com o tempo, assimetria facial. O objetivo deste trabalho é descrever um caso
clínico-cirúrgico de fibroma ossificante localizado na região posterior de maxila direita. Paciente J.L.S.A, gênero
feminino, leucoderma, 27 anos, encaminhada por Cirurgião-Dentista ao ambulatório de Cirurgia e Traumatolo-
gia Bucomaxilofacial do Hospital Adventista de Manaus, com queixa de assimetria facial e crescimento na região
posterior de maxila, lado direito. Relatou que a lesão era indolor com crescimento lento e tinha evolução há um
ano. Em anamnese a paciente não apresentava antecedentes de quaisquer alterações sistêmicas. Ao exame clí-
nico intrabucal, notou-se tumefação rígida à palpação, recoberta por mucosa normal em região de tuberosidade
maxilar lado direito. Ao exame extrabucal notou-se assimetria facial sem presença de sintomatologia dolorosa.
Foi solicitada uma Tomografia Computadorizada, a mesma evidenciou focos radiopacos e zonas radiolúcidas
circundadas por linha radiolúcida bem delimitada. Formação sólida de grande densidade em íntimo contato com
a tuberosidade maxilar, alvéolos dentários e dentes 15, 16 e 18. Foram solicitados exames pré-operatórios e os
mesmos não apresentaram alterações. A paciente foi submetida à cirurgia de remoção da lesão juntamente com
os prováveis fatores irritantes. Realizada a remoção da lesão foi fixada tela reabsorvível . O material foi enviado
para avaliação anatomopatológica, onde o resultado foi diagnosticado como fibroma ossificante. Conclui-se que é
de extrema importância a identificação e eliminação de fatores locais potencialmente capazes de provocar lesões
proliferativas reacionais, de modo a evitar danos estético-funcionais ao paciente. Quando na presença destas
lesões é fundamental aliar o correto diagnóstico e a remoção completa da lesão para minimizar a tendência à
recidiva com a eliminação dos prováveis fatores etiológicos.

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140 – FASCEÍTE NECROTIZANTE EM REGIÃO MAXILOFACIAL –


UMA COMPLICAÇÃO DE ORIGEM ODONTOGÊNICA: RELATO DE
CASO.

Autores: EDUARDO SANTANA JACOB (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO);LUIZ FER-
NANDO GRACINDO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO); BRUNO HENRIQUE MARINHEIRO
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO); CASSIO EDVARD SVERZUT (FACULDADE DE ODONTO-
LOGIA DE RIBEIRAO PRETO); ALEXANDRE ELIAS TRIVELLATO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO
PRETO)

Introdução: Fasceíte necrotizante (FN) é uma infecção rara, de rápida progressão que acomete a pele e os tecidos
subcutâneos, com ampla destruição do local afetado. O tronco e as extremidades são as áreas mais afetadas. A
FN é incomum na região de cabeça e pescoço, sendo as infecções odontogênicas as causas mais comuns. Alto
potencial letal é descrito na literatura. Dentre as classificações descritas, encontra-se a do tipo I, a qual é mais
comum após cirurgias em pacientes imunocomprometidos, e a do tipo II, ocorrendo após traumas prévios e em
pacientes saudáveis. O tratamento inclui a drenagem cirúrgica, o desbridamento local e a antibioticoterapia apro-
priada. Este trabalho objetiva relatar o caso de uma paciente do gênero feminino, 18 anos, com história médica
negativa que compareceu ao serviço alegando queixas álgicas na região de segundo molar inferior direito há apro-
ximadamente uma semana. Ao exame físico notava-se tumefação em região submandibular e submentoniana
direita, com eritema e rubor local, e a presença de tecido necrótico em região submandibular direita. Trismo e
desidratação eram evidentes. Ao exame radiográfico notou-se a presença de lesão radiolúcida em região periapi-
cal do dente 47, e pela tomografia computadorizada observa-se a presença do processo infeccioso nos espaços
submandibulares bilaterais, submentoniano, temporal direito, bucal direito e faríngeo lateral direito. Exames
laboratoriais revelaram um quadro de leucocitose com desvio para a esquerda. Imediatamente, a paciente foi
submetida à drenagem cirúrgica sob anestesia geral associada à exodontia do 47, instalação de drenos de irriga-
ção e de Penrose em acessos cirúrgicos e, o início da terapêutica antibiótica. A paciente seguiu sob os cuidados
adicionais da equipe do Centro de Terapia Intensiva do hospital a qual foi submetida ao procedimento. Curativos
diários foram trocados para acompanhamento da ferida cirúrgica e um desbridamento cirúrgico. Como terapia de
suporte, utilizou-se sessões de oxigenação hiperbárica. Embora contraditório na literatura, o uso da terapia com
oxigenação vem trazendo resultados clínicos satisfatórios em casos de infecções com necrose tecidual associada.
Após 3 semanas de internação hospitalar, a paciente recebeu alta e encontra-se em pós-operatório de oito meses
de tratamento. Um bom aspecto cicatricial, a manutenção da movimentação mandibular e uma boa abertura bu-
cal garantiram o sucesso do tratamento. Cirurgia reconstrutiva adicional foi desconsiderada pela paciente e pela
equipe, devido à tênue cicatriz remanescente.

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142 – SIALOLITO EM DUCTO DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR


- RELATO DE CASO

Autores: GABRIELA RIBEIRO DE ARAÚJO (*) (PONTIFÍCA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS);LEAN-
DRO JUNQUEIRA DE OLIVEIRA (PONTIFÍCA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS); PAULO EDUARDO
ALENCAR DE SOUZA (PONTIFÍCA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS);

Introdução: Sialolitíase é uma patologia benigna caracterizada pela formação de cálculos salivares que se desen-
volvem no interior do sistema ductal salivar. Apresenta crescimento gradual, provocando obstrução e aumento
de volume do ducto afetado, reduzindo o fluxo salivar e ocasional sintomatologia dolorosa. Se formam com maior
incidência, cerca de 80 a 90%, nas glândulas submandibulares devido as suas características anatômicas. Após o
diagnóstico confirmado por exames clínicos e radiográficos, o plano de tratamento pode variar desde o acompa-
nhamento clínico até técnicas cirúrgicas intra ou extraorais, com preservação ou excisão da glândula. O presente
trabalho relata um caso clínico de paciente do sexo feminino, 61 anos de idade, que compareceu ao serviço de
Estomatologia do Departamento de Odontologia da Pontifíca Universidade Católica de Minas Gerais, queixan-
do-se de incômodo abaixo da língua, com manifestação secundária e tempo de evolução indeterminado. Ao rea-
lizar o exame clínico extraoral, não se observou aumento de volume em face, alteração de cor e/ou temperatura
entretanto a região submandibular direita apresentava-se dolorida à palpação. Ao exame intra-oral observou-se
aumento de volume na porção anterior direita do soalho bucal, móvel, com consistência endurecida e presença de
fístula. Na radiografia oclusal de mandíbula, foi possível verificar área radiopaca, bem delimitada, assimétrica, de
aproximadamente 1,5 cm. Com a correlação dos achados clínicos e radiográficos, sugeriu-se a hipótese diagnós-
tica de um sialolito. Sendo assim, como forma de tratamento, foi adotada a excisão cirúrgica sob anestesia local.
Fez-se incisão no soalho bucal, na região do ducto da glândula submandibular direita seguida de dissecção romba,
a qual possibilitou a visualização direta e remoção do cálculo. Foi realizada limpeza do campo operatório, com
soro fisiológico e síntese através de sutura com pontos simples utilizando fio de seda 4.0. Como controle do pós-
-operatório foram prescritos analgésico e anti-inflamatório. O material obtido foi enviado para exame anatomo-
patológico no Laboratório de Patologia Bucal da PUC Minas. Após desmineralização em solução de EDTA a 10%,
os cortes histológicos mostraram laminações concêntricas de material calcificado circundando nichos de restos
orgânicos amorfos, confirmando o diagnóstico de sialolito. A paciente retornou no setímo dia após a cirurgia, e,
ao exame intra oral a região encontrava-se em processo de cicatrização. Sendo assim, os pontos foram removidos
e observou-se normalidade no fluxo salivar confirmada após a realização da manobra de ordenha.

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145 – CONDILECTOMIA BAIXA ASSOCIADA À CIRURGIA


ORTOGNÁTICA PARA TRATAMENTO DE OSTEOCONDROMA EM
CÔNDILO MANDIBULAR: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: DANIEL MIRANDA DE PAULA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);LAISE FERNANDES TOURINHO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MAYSA NOGUEIRA DE BARROS MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAH-
IA); DANIEL BARROS RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);

Introdução: A hiperplasia condilar (HC) é um termo genérico utilizado para denominar condições que causam al-
teração de tamanho e forma do côndilo mandibular. De acordo com a classificação de Wolford et al. (2014) , o tipo
I usualmente se desenvolve na puberdade, tendo um vetor de crescimento predominantemente horizontal. O
tipo II, ou osteocondroma, pode ocorrer em qualquer idade, apresentando crescimento vertical, de caráter ilimi-
tado. O tipo III inclui outros tipos de tumores benignos, como osteoma e neurofibroma, e o tipo IV inclui tumores
malignos, como condrossarcoma e mieloma múltiplo. O osteocondroma é um dos tumores ósseos benignos mais
comuns e, na região craniofacial, acomete predominantemente côndilo mandibular e processo coronoide. Dentre
as patologias ósseas benignas de côndilo mandibular, é considerado o tumor mais prevalente. Os principais sinais
resultantes do crescimento ósseo são assimetria facial e má-oclusão. O protocolo de tratamento preconizado é a
condilectomia, recontorno da forma do “novo” côndilo, reposicionamento de disco articular e, se indicado, cirur-
gia ortognática. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de hiperplasia condilar tipo II tratada com
condilectomia baixa, reposicionamento de disco articular e cirurgia ortognática. Paciente do gênero feminino,
45 anos, compareceu ao ambulatório do serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Federal da Bahia
queixando-se de dor e aumento de volume em região de ATM direita. Paciente negou ser portadora de patologias
de base e negou alergias medicamentosas e cirurgias prévias em região maxilofacial. Ao exame físico, observou-se
assimetria facial com desvio de mento à esquerda, assimetria do plano oclusal e abertura bucal limitada (28 mm).
Ao exame tomográfico, observou-se aumento do volume condilar e alongamento do colo do côndilo direito. Pela
avaliação da cintilografia óssea, observou-se aumento de atividade metabólica em côndilo direito, indicando um
crescimento ósseo ainda em atividade. Diagnosticada a HC tipo II, foi programada a abordagem cirúrgica para
controle do crescimento condilar e correção da má-oclusão. Sob anestesia geral, paciente foi submetida à condi-
lectomia baixa após realização de acesso endaural. O remanescente do côndilo foi remodelado para simular um
novo côndilo e, em seguida, realizou-se reposicionamento de disco articular, com a utilização de uma âncora ins-
talada na porção posterior do colo do côndilo. Para correção da má-oclusão, foi realizada uma osteotomia sagital
do lado direito, após realização de acesso de Obwegeser. No pós-operatório, paciente foi submetida a 10 sessões
de fisioterapia, visando restabelecer a abertura bucal máxima e diminuir a possibilidade de anquilose temporo-
mandibular. Atualmente, paciente encontra-se em pós-operatório de 6 meses, sem queixas álgicas e/ou estéticas,
apresentando abertura bucal máxima (30 mm) e oclusão satisfatórias.

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149 – LESÃO FIBRO-ÓSSEA SINUSAL – RELATO DE DOIS CASOS


CLÍNICOS

Autores: MAYSA NOGUEIRA DE BARROS MELO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);IÊDA MARIA CRUZOÉ-
-REBELLO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA); BRÁULIO CARNEIRO JUNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);

Introdução: Os seios maxilares são os maiores dos seios paranasais e constituem um espaço pneumático locali-
zado dentro do osso maxilar bilateralmente. Têm proximidade com os ápices das unidades dentárias superiores e
permitem a proliferação de inúmeras entidades patológicas semelhantes no seu interior. Dentre elas destacam-se
as lesões fibro-ósseas, caracterizadas pelo desenvolvimento de tecido fibroso que gradualmente é substituído por
tecido ósseo, observado radiograficamente pela presença de áreas radiopacas em casos de lesões mais avançadas
(aspecto de vidro despolido). É comum que as mesmas, quando localizadas em seio maxilar, sejam diferencia-
das através do estudo histopatológico, dentre elas: fibroma ossificante, odontoma complexo, displasia fibrosa
monostótica maxilar, osteoma, granuloma central de células gigantes. Os odontomas são considerados tumores
odontogênicos benignos mistos por originarem-se de células epiteliais e mesenquimais, e exibirem as estruturas
do tecido dentário (esmalte, cemento, polpa e dentina). Seu crescimento é lento e cessa quando o processo de
mineralização se completa. O odontoma é considerado complexo quando os tecidos odontogênicos estão dis-
postos de maneira desordenada constituindo-se basicamente de dentina imatura envolta por tecido conjuntivo
fibroso. Neste caso, os odontomas acabam assemelhando-se à outras lesões fibro-ósseas. Neste trabalho relata-
mos os aspectos clínicos e radiológicos de dois casos de odontoma em seio maxilar de grandes proporções, e as
principais características que permitem o diagnóstico diferencial com outras lesões fibro-ósseas que acometem a
região. O primeiro caso trata-se de paciente do gênero masculino de 43 anos de idade, que ao realizar radiografias
panorâmicas de rotina, teve lesão em região de seio maxilar direito identificada pelo cirurgião-dentista em março
de 2012. Foi encaminhado ao serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ,
quando foi solicitada tomografia computadorizada de feixe cônico da região maxilar direita. Ao suspeitar-se de
Odontoma, optou-se por realizar biópsia excisional sob anestesia geral, e obteve-se laudo histopatológico de
Odontoma complexo. O paciente permanece em acompanhamento até a presente data sem sinais de recidiva. O
segundo caso trata-se de lesão em seio maxilar esquerdo identificada por Odontopediatra em criança do gênero
feminino de 09 anos de idade. A mesma foi encaminhada ao serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da UFBA em
janeiro de 2015 quando programou-se excisão cirúrgica da lesão sob anestesia geral ao suspeitar-se de Odonto-
ma complexo. A paciente evolui até a presente data sem sinais de recidiva e o laudo histopatológico confirmou
que a lesão tratava-se de Odontoma complexo. O presente trabalho, portanto, ao relatar dois casos de odontoma
complexo acometendo seio maxilar, demonstra a importância do diagnóstico diferencial de lesões fibro-ósseas
em seio maxilar e seu adequado tratamento.

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154 – AMELOBLASTOMA EM MAXILA – RELATO DE CASO


CLÍNICO

Autores: MAYSA NOGUEIRA DE BARROS MELO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);VILDEMAN RODRIGUES
DE ALMEIDA JUNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); CHRISTIANO SAMPAIO QUEIROZ (UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA); JOÃO NUNES NOGUEIRA NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); ROBERTO ALMEIDA
DE AZEVEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Introdução: Ameloblastomas são tumores odontogênicos benignos de origem epitelial, não mineralizados e que
apresentam um comportamento localmente agressivo e infiltrativo, o que resulta em sequelas mutilantes que
podem até mesmo oferecer risco a vida dos pacientes. O sítio mais acometido é a mandíbula e podem atingir
proporções variadas, de acordo com o tempo de evolução. Sua ocorrência varia de 10 a 30% em relação aos demais
tumores odontogênicos. São detectados em exame rotineiro radiográfico com finalidade clínica, entretanto, o
diagnóstico é feito por meio de exame histopatológico, embora os achados clínicos e estudos por imagem através
de radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada (TC) contribuam sobremaneira para tal. Manifesta-
-se, geralmente, entre a terceira e quinta décadas de vida, e mais raramente outras faixas etárias, ainda que não
haja predileção por gênero. O tratamento pode ser conservador ou radical, a depender da extensão da lesão, a qual
possui potencial agressivo e recidivante. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de amelo-
blastoma em maxila com 3 anos de acompanhamento. Trata-se de paciente do gênero feminino, 29 anos de idade,
encaminhada no ano de 2012 ao serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universi-
dade Federal da Bahia após consulta dom cirurgião-dentista que identificou alteração na radiografia panorâmica.
Estabelecida a hipótese diagnóstica de ameloblastoma realizou-se biópsia incisional, a qual confirmou que se
tratava de ameloblastoma. Realizou-se biópsia excisional seguida de osteotomia periférica da região em cerca de
1,5mm. A mesma mostrou sinais radiográficos de recidiva em maio de 2015, quando optou-se pela reintervenção
através da realização de maxilectomia da região 15 à região de túber direito. A paciente evolui em acompanha-
mento até o presente momento e o último laudo histopatológico confirmou que a lesão tratava-se de recidiva de
ameloblastoma. O presente trabalho, através do caso relatado, enfatiza a importância do acompanhamento em
longo prazo dos tumores odontogênicos, em especial o amelobloastoma, devido ao seu risco de recidivas.

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164 – TÉCNICAS CIRÚRGICAS COMO MEDIDAS TERAPÊUTICAS


EM PACIENTES ACOMETIDOS POR OSTEONECROSE DOS
MAXILARES INDUZIDA POR BISFOSFONATOS: REVISÃO DE
LITERATURA

Autores: ROBERTA KAROLINY DE ALMEIDA DA MATTA (*) (FACULDADE DE MACAPÁ - FAMA);MILENA CRISTINA
COSTA DOS SANTOS (FACULDADE DE MACAPÁ - FAMA); PATRICIA LENORA DOS SANTOS BRAGA (FACULDADE
SÃO LEOPOLDO MANDIC - SLMANDIC); RUBENS PORTAL JUNIOR (FACULDADE DE MACAPÁ - FAMA);

Introdução: Os bisfosfonatos (BFs) constituem uma classe de medicamentos que diminuem a reabsorção óssea
pelos osteoclastos (reduzindo o tempo de vida útil e função destes) , sendo então, extensivamente utilizados
no tratamento de várias doenças ósseas, destacando-se a doença de Paget, hipercalcemia maligna, osteoporose
pós-menopausa e metástases ósseas associadas a tumores de tecidos moles (mama, próstata ou pulmões). Essas
drogas vêm sendo utilizadas em larga escala pelo mundo, apresentando real melhoria no tratamento dos casos
propostos, porém no ano 2003 foi descrito pela primeira vez, um novo efeito colateral tardio relacionado ao uso
crônico dos bisfosfonatos: a osteonecrose dos maxilares (ONM). Múltiplos fatores parecem estar relacionados
ao aparecimento desta condição patológica, como a duração da terapia com BFs, uso pela via endovenosa e exo-
dontias. Apesar de vários trabalhos demonstrarem a baixa incidência desta complicação, este número tende a
crescer principalmente em decorrência ao aumento do número de pacientes que fazem uso destes medicamentos,
devendo o cirurgião dentista estar atento às possíveis complicações do advindas do uso dos BFs. O tratamento
dessa condição é bastante variado e seu protocolo terapêutico dependerá do grau clínico da doença, onde em
casos avançados muitas das vezes é necessário lançar mão de técnicas cirúrgicas. Para o manejo do osso necró-
tico exposto pode ser indicado, além de outras recomendações, o debridamento cirúrgico e/ou sequestrectomia,
técnicas as quais demonstram ser bastante efetivas em muitas ocasiões. Porém pacientes que apresentem casos
demasiadamente avançados com complicações como fraturas patológicas, presença de fístulas extraorais e exten-
sas áreas de osso necrótico com presença de infecção, a ressecção parcial ou total do segmento ósseo afetado com
reconstrução imediata parece ser uma melhor opção de conduta terapêutica do que a realização de um tratamen-
to mais conservador. Este trabalho tem por objetivo descrever as características e propriedades dos bisfosfonatos,
associando seu uso crônico ao aparecimento da osteonecrose dos maxilares, bem como os manejos cirúrgicos
indicados frente a determinados casos desta condição patológica.

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165 – TÉCNICA PARA FIXAÇÃO DE PLACAS DE RECONSTRUÇÃO


MANDIBULAR PELO ACESSO INTRA-ORAL COM BROCAS
ADAPTADAS PARA CONTRA-ÂNGULO

Autores: LUCAS DA SILVA MEIRELLES (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);O-
RION LUIZ HAAS JUNIOR (PUCRS); NEIMAR SCOLARI (PUCRS); VINÍCIUS NERY VIEGAS (PUCRS); ROGÉRIO
BELLE DE OLIVEIRA (PUCRS)

Introdução: Placas de reconstrução mandibular são utilizadas no tratamento do trauma mandibular e nas patolo-
gias onde existe a necessidade de realizar ressecções com margem cirúrgica ou evitar a fratura patológica após a
exérese. A fixação deste material ocorre, normalmente, pela abordagem extra-oral. Esta nota relata a técnica para
a fixação da placa de reconstrução pelo acesso intra-oral com o auxílio da prototipagem para modelagem prévia
da placa e o uso do contra-ângulo cirúrgico com brocas adaptadas para perfuração e inserção óssea dos parafusos
em áreas de difícil acesso. A técnica de fixação intra-oral evita o dano ao nervo marginal mandibular, a formação
de cicatrizes na face, minimiza o risco de exposição extra-oral da placa de reconstrução e diminui a morbidade
cirúrgica.

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215 – TRATAMENTO CIRÚRGICO COM REABILITAÇÃO IMEDIATA


DE AMELOBLASTOMA DESMOPLÁSICO: RELATO DE CASO.

Autores: MARCELO SALLES MUNERATO (*) (UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC) , BAURU-SP);GA-
BRIEL CURY BATISTA MENDES (UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC) , BAURU-SP); NATAIRA REGINA
MOMESSO (UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC) , BAURU-SP); MARIZA AKEMI MATSUMOTO (FA-
CULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (UNESP) , ARAÇATUBA-SP); PAULO DOMINGOS RIBEIRO JUNIOR
(UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC) , BAURU-SP)

Introdução: O ameloblastoma desmoplásico tem como características histológicas um estroma densamente cola-
genizado e permeado por pequenas ilhas e cordões de epitélio tumoral odontogênico, com pouca tendência para
formar estruturas císticas. Clinicamente pode apresentar um aumento volumétrico indolor, localizado predo-
minantemente na região anterior da mandíbula com pequena predileção pelo sexo masculino e baixa incidência
entre os tumores odontogênicos. Nos exames de imagem é descrito como uma lesão radiolúcida de limites pouco
nítidos, semelhante a bolhas de sabão e que pode mimetizar lesões fibro-ósseas. Reabsorção radicular e neofor-
mação óssea podem estar presentes. O tratamento é controverso, mas a necessidade de excisão com adequada
margem de tecidos não envolvidos devido ao alto índice de recidivas é necessário. Os autores apresentam um
relato de caso clínico de um paciente do gênero feminino, 32 anos, apresentando aumento volumétrico intrabu-
cal na região dos elementos 43 e 44, indolor, com discreta assimetria facial. Radiograficamente observou-se uma
lesão radiolúcida com limites pouco nítidos, multilobulada e reabsorção radicular evidente estendendo-se entre
os elementos 45 ao 34. Foi realizado uma biopsia incisional e com o exame anatomopatológico foi confirmado o
diagnóstico de ameloblatoma desmoplásico. Perante ao diagnóstico o plano de tratamento foi elaborado através
de uma mandibulectomia marginal envolvendo toda a área acometida pelo tumor. No mesmo momento o pacien-
te foi submetido a instalação de implantes osteointegráveis e reabilitação oral com prótese fixa dento-gengival.
O paciente encontra-se em controle pós-operatório, possuindo no momento um acompanhamento de 20 meses
sem sinais de recidiva do tumor. Com a execução deste caso clínico pode ser considerado a inclusão no plano de
tratamento desses tumores odontogênicos, como uma alternativa, a reabilitação protética imediata com mínima
morbidade, apesar de algumas vezes o tratamento radical ser aplicado.

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216 – CORONOIDECTOMIA E OSTEOPLASTIA NO TRATAMENTO


DE LESÃO FIBRO-ÓSSEA MANDIBULAR EM PACIENTE
HEBIÁTRICO.

Autores: PEDRO HENRIQUE DE AZAMBUJA CARVALHO (*) (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PELOTAS);EDUARDO SOUZA ABDUCH RODRIGUES (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ
CHAGAS JÚNIOR (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); MARCOS ANTONIO TORRIANI
(HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: As lesões fibro-ósseas compõem um grupo de entidades patológicas benignas associadas à deposição
desordenada de colágeno e ossificação imatura. Estas lesões podem ser classificadas em três variantes semelhan-
tes histologicamente, mas com comportamentos clínicos distintos: displasia fibrosa, displasia óssea e fibroma
ossificante. A displasia pode se apresentar de três formas: monostótica, envolvendo apenas um osso; poliostótica,
nos casos de dois ou mais ossos acometidos; ou então na síndrome de McCune-Albright, quando associada a má-
culas café-com-leite e alterações endócrinas. O diagnóstico diferencial inclui fibroma ossificante, osteossarcoma
central de baixo grau, granuloma de células gigantes e as outras lesões fibro-ósseas. Uma das chaves radiográficas
para o diagnóstico é a aparência de vidro fosco e a observância de limites mal definidos. O tratamento da displa-
sia fibro-óssea é normalmente conservador, no entanto quando essas lesões causam extensas malformações ou
afetam a função e/ou estética, a cirurgia se apresenta como tratamento que busca a melhora da qualidade de vida.
Neste caso clínico o paciente L.S.L, com 13 anos de idade, sem comorbidades sistêmicas, apresentava aumento
de volume crescente em hemi-face esquerda há 9 meses, acometendo as regiões pré-auricular, retromandibular e
bucal, acompanhados de limitação progressiva de abertura de boca, com abertura interincisal de 8 mm. Ao exame
tomo e radiográfico se observou crescimento anormal do ramo mandibular e processo coronoide, sem envolvi-
mento do côndilo e aspecto radiográfico de vidro despolido. Inicialmente foi realizada biópsia incisional do ramo
mandibular sob anestesia geral, sendo diagnosticada displasia fibrosa monostótica. Aos 21 dias após a biópsia
foi realizada nova cirurgia, sob anestesia geral, na qual se executou a coronoidectomia e plastia da face lateral
do ramo mandibular esquerdo. Antes da incisão foi realizada infiltração de bupivacaína a 0,5% com epinefrina
1:100.000 na linha da incisão. Após a incisão foi realizada divulsão dos tecidos até expor toda a face ascendente
do ramo. Na sequência, o processo coronoide foi removido ao nível da incisura mandibular. Após a remoção do
processo coronoide, a face lateral do ramo mandibular foi desgastada e regularizada com fresas, a fim de melhorar
o contorno facial. Após a cirurgia o paciente iniciou fisioterapia, atingindo em 90 dias de pós-operatório abertura
bucal de 30mm, com boa função. Atualmente apresenta abertura bucal de 35mm e melhora estética significati-
va. A partir do caso apresentado e da revista da literatura, pode se concluir que a plastia dos ossos afetados pela
displasia fibrosa permite a melhora no quadro estético e funcional dos pacientes acometidos por essa patologia.
Entretanto, deve-se acompanhar estes pacientes até a finalização do crescimento.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

239 – LASER CIRÚRGICO PARA TRATAMENTO DE HIPERPLASIA


FIBROSA INFLAMATÓRIA: RELATO DE CASO

Autores: CAMILA KUNZ (*) (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL);LETICIA SCHER
(PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); VLADIMIR DOURADO POLI (PONTIFICIA UNI-
VERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); CASSIA DOS SANTOS MACHADO VAZ (PONTIFICIA UNIVER-
SIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); ROGERIO MIRANDA PAGNONCELLI (PONTIFICIA UNIVERSIDADE
CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: A hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI) , também chamada de hiperplasia fibrosa traumática, é uma
proliferação benigna que provem de reação hiperplásica a um trauma crônico de baixa intensidade na cavidade
bucal. O tratamento indicado para a HFI é a remoção do fator etiológico, com excisão cirúrgica, que pode ser feito
com bisturi convencional, elétrico ou através do uso de laser cirúrgico. Atualmente, existem alguns tipos de laser
utilizados na odontologia e na cirurgia oral, dentre os quais se destaca o laser de diodo, que apresenta grandes e
confiáveis benefícios, em comparação a outros tipos. Este trabalho tem por objetivo apresentar um relato de caso
de remoção cirúrgica de paciente com HIF na cavidade oral, utilizando radiação laser de diodo (808nm). A palavra
LASER significa “amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”. O laser cirúrgico de alta potência pode
ser utilizado para vários procedimentos cirúrgicos em tecidos moles ou duros, dentre os quais aumento de coroa
clínica, gengivoplastia, biópsias, em hemangiomas, para hemostasias, e outros. Especificamente sobre os siste-
mas de laser de diodo, podem ser utilizados no modo contínuo, pulsado ou micro-pulsado, através do contato ou
não aos tecidos, o que é decidido de acordo com a abordagem clínica, tratamento e método de escolha. Os lasers
de diodo tem comprimento de onda que variam de 810-980nm. No pós-operatótrio imediato constata-se uma
ferida em forma de crosta, seca em pele, úmida em mucosa, sem sangramento, desde um tecido inorgânico até
um tecido carbonizado com áreas amarelo vivo ao esbranquiçado. Relato de Caso clínico: Paciente, sexo feminino,
55 anos de idade, procurou atendimento relatando desconforto para se alimentar, em razão de presença de lesão
com aumento de volume, com evolução de aproximadamente 03 anos. Ao exame físico intra-oral, observou-se
múltiplas lesões exofíticas, ocupando praticamente toda mucosa jugal, do lado direito. Para o procedimento da
biópsia incisional foi utilizada anestesia local. Uma das lesões exofíticas foi removida em nível da base, a peça
cirúrgica foi e encaminhada ao exame anatomopatológico. O diagnóstico definitivo confirmou a lesão como hi-
perplasia fibrosa inflamatória. Após 15 dias da biópsia, foi realizada a remoção total das lesões. Decorridos 30
dias da primeira irradiação da lesão, foi realizado novo procedimento de vaporização para remoção da HFI. A
exérese total da lesão foi realizada em uma terceira e ultima etapa, também utilizando-se radiação laser de diodo,
com intervalo de tempo de 90 dias da irradiação anterior. O laser cirúrgico de alta potência pode ser utilizado para
uma variedade de procedimentos cirúrgicos em tecidos moles ou duros. As vantagens de utilizar o laser de alta
potência para cirurgia em tecidos moles são: hemostasia, redução de tuberosidade, redução de tempo cirúrgico,
ausência de sutura, redução de trauma, edema, cicatriz, dor e infecção pós-operatória.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

241 – EVOLUÇÃO DE TÉCNICA DESCOMPRESSIVA EM TUMOR


ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO

Autores: CAMILA KUNZ (*) (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL);CASSIA DOS SAN-
TOS MACHADO VAZ (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); VLADIMIR DOURADO
POLI (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); ROGERIO BELLE (PONTIFICIA UNIVER-
SIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL); FABIO MAITO (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO
GRANDE DO SUL)

Introdução: O Tumor Odontogênico Ceratocístico é um tumor epitelial que se origina a partir de restos de epité-
lio odontogênico, da lâmina dentária. Tem comportamento biológico agressivo, e uma alta taxa de recorrência.
São assintomáticos, com crescimento ântero-posterior através dos espaços da medula óssea. Radiograficamente,
a lesão aparece radiolúcida, uni ou multilocular, cercado por margens lisas ou com bordas irregulares. A mandíbu-
la é a região mais afetada, sendo ramo e ângulo os mais frequentemente envolvidos . A taxa de recorrência varia
de 2,5% a 62,5% nos primeiros cinco anos após o tratamento (dependendo do tipo de tratamento realizado).
Esta taxa elevada pode ser explicada pela presença de restos epiteliais presentes na fina e friável cápsula de tecido
conjuntivo, e esta pode ser rompida com facilidade. Consequentemente, as células epiteliais tumorais podem ser
deixadas no local da cirurgia e, potencialmente, desencadear a recorrência, formando novo tumor. O TOC pode
ser tratado de forma conservadora ou agressiva, dependendo da sua evolução e extensão. O tratamento conserva-
dor inclui a descompressão, marsupialização, enucleação com ou sem a crioterapia; e o tratamento agressivo seria
a ressecção. Este trabalho tem por objetivo mostrar as vantagens, e como é efetiva a utilização da descompressão
no tratamento primário de Tumor Odontogênico Ceratocístico, através de um relato de caso clínico. Relato de
caso: Paciente do sexo feminino, de 48 anos, oriunda de Rio Grande/RS, lugar onde foi realizada a biópsia parcial/
incisional (em região de fundo de sulco mandibular, lado direito). O laudo da biópsia diagnosticou como Tumor
Odontogênico Ceratocístico. Clinicamente apresentava leve aumento de volume em terço inferior de hemi-face
direita. Foi colocado dispositivos de descompressão e a paciente foi acompanhada durante, aproximadamente,
1 ano, onde foram comparadas panorâmicas e verificado a evolução da lesão. A descompressão do TOC com
dispositivos é muito eficiente, regredindo a lesão ao formar novo osso na região; Com a descompressão, é pos-
sível remover a lesão sem, necessariamente, realizar a ressecção mandibular, optando por um tratamento mais
conservador.

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248 – MANEJO CLÍNICO E CIRÚRGICO DE TUMOR MARROM DO


HIPERPARATIREOIDISMO EM PACIENTE COM DOENÇA RENAL.

Autores: RAÍSA CAVALCANTE DOURADO (*) (UFBA);GABRIEL QUEIROZ VASCONCELOS OLIVEIRA (UFBA); WE-
BER CEO CAVALCANTE (UFBA);

Introdução: As lesões de células gigantes são incomuns nos maxilares. No entanto, podem possuir comporta-
mento agressivo, além da possibilidade de estarem associadas a doenças sistêmicas, como o hiperparatireoidis-
mo. O tumor marrom do hiperparatireoidismo é um tipo de lesão óssea erosiva, causada pela atividade osteoclás-
tica rápida e fibrose peritrabecular. Acomete principalmente extremidades dos ossos longos, a pélvis e costelas.
Quando acomete os maxilares, a mandíbula apresenta maior predileção, sendo raro em maxila. O tumor marrom
está relacionado ao aumento da secreção do paratormônio (PTH) que pode ser classificado em hiperparatireoidis-
mo primário, em decorrência da hipersecreção do PTH pelas glândulas paratireoides, secundário, em pacientes
que apresentam deficiência de vitamina D e doenças renais, e quando não há controle nesses pacientes, pode-se
desenvolver uma formação adenomatosa caracterizando o hiperparatireoidismo terciário. O presente trabalho
tem o objetivo de relatar um caso de tumor marrom do hiperparatireoidismo terciário associado a paciente com
doença renal, acometendo a maxila, bem como evidenciar os aspectos relacionados ao manejo clínico e cirúrgico
destes pacientes.

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264 – EXPRESSÃO DE RECEPTORES DA CALCITONINA EM


LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES DO COMPLEXO
MAXILO-MANDIBULAR

Autores: LUCAS BORGES FLEURY FERNANDES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS);ALLISSON FILIPE LO-
PES MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); ELISMAURO FRANCISCO DE MENDONÇA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS); PAULO OTAVIO SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); MARÍLIA MORAES (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DE GOIÁS)

Introdução: A Lesão Central de Células Gigantes (LCCG) é uma lesão intraóssea que pode ser classificada em não
agressiva e agressiva. Devido aos defeitos estéticos e funcionais do tratamento cirúrgico da LCCG, terapias medi-
camentosas tem sido relatadas, como injeções de calcitonina. Há na literatura estudos que suportam o uso desses
medicamentos através da investigação da presença de receptores de calcitonina (RCT) em LCCG, no entanto não
existe consenso se todas as lesões expressam esses receptores e se existe alguma diferença entre lesões agressivas
e não agressivas. Estudo avaliou e comparou a expressão de receptores de calcitonina (RCT) em Lesão Central de
Células Gigantes (LCCG). Trinta e um casos foram selecionados do arquivo de blocos do Laboratório de Patologia
Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás. As LCCG foram classificadas em não agres-
sivas (n= 20) e agressivas (n= 11) de acordo com critérios clínicos e radiográficos. O RCT foi identificado através
da técnica de imunohistoquímica, com o método de polímeros. Para a análise quantitativa foram contadas as
células imunomarcadas e o total de células em oito campos consecutivos, diferenciando as células mononucleares
(CMO) das células gigantes multinucleadas (CGM). Foi realizado testes de correlação para verificar correlações
entre a expressão do RCT em CGM e CMO. Os grupos foram comparados utilizando o teste t de Mann Whitney
e o nível de significância foi aceito quando p<0,05. Foi verificada correlação entre a expressão do RCT em CMO
e CGM para todas as lesões analisadas (r=0.45; p<0.01) e nas lesões não agressivas (r=0,66; p<0,01). Adicional-
mente, o RCT foi identificado em todos os casos analisados e não foram encontradas diferenças entre lesões
agressivas e não agressivas com relação à expressão do RCT. Os resultados indicam que as CGM são formadas
devido à fusão de células CMO. Além disso, os achados indicam que não existem diferenças na expressão do RCT
em LCCG não agressivas e agressivas, fortalecendo o uso de calcitonina para tratamento dessas lesões. Palavras-
-chave: Granuloma Central de Células Gigantes, Receptores de calcitonina, Células Gigantes Multinucleadas

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267 – CISTO ORTOCERATINIZADO – RELATO DE CASO.

Autores: ERYKSSON SOUZA DE SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);IGOR FIGUEIREDO
PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); MARCELO DRUMMOND NAVES (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE MINAS GERAIS); RODRIGO CARVALHO PINTO COELHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);
AUGUSTO SETTE-DIAS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)

Introdução: O cisto ortoceratinizado (CO) escrito pela primeira vez em 1972 como uma variante do ceratocisto,
pela presença de uma camada ortoceratinizada na superfície do epitélio cístico e por apresentar uma menor
recorrência. No entanto com a nova classificação da OMS em 2005 reclassificou os ceratocistos como tumores
odontogênicos por apresentar um comportamento mais agressivo, portanto o CO foi reconhecido como uma
entidade única e distinta do tumor ceratocisto. Objetivo: O objetivo foi relatar um caso atípico de CO bem como
o diagnóstico e a conduta terapêutica no tratamento desta entidade patológica. Relato de caso: paciente gê-
nero feminino, 19 anos, sem nenhuma alteração sistêmica, procurou a clínica de especialização em cirurgia e
traumatologia buco-maxilo-facial da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) , encaminhada pelo seu or-
todontista após exames de imagem de rotina. Ao exame clínico,não apresentava tumefação em mucosa, sem
sinais flogísticos e assintomática. À tomografia computadorizada observou-se lesão radiolúcida unilocular, bem
delimitada na região distal do elemento 47 e ausência do elemento 48 sem histórico de exodontia. Ao exame de
imagem panorâmico do paciente aos 12 anos não se encontrava lesão prévia. Foi programado ato cirúrgico, com
punção aspirativa prévia, na qual obteve resposta negativa, e biópsia excisional, sob anestesia local, em seguida
o espécime foi enviando para exame histopatológico. Resultados: Ao exame, os cortes revelaram fragmento de
cápsula cística revestidos por epitélio estratificado pavimentoso ortoceratinizado com cavidade preenchida por
grande quantidade de fibrinas de ceratina, chegando diagnóstico histopatológico sendo um CO. Discussão: O CO
é uma entidade rara, pouco descrita na literatura. Clinicamente apresenta-se como uma lesão única, assintomá-
tica, predominante em região posterior de mandíbula em jovens do gênero masculino. Aos exames de imagem
apresenta-se como uma lesão unilocular, bem definida e sem estar associada com raízes de dentes e reabsorção.
Conclusão: O CO é uma entidade rara que pode clinicamente ser semelhante a outros cistos como cisto radicular,
periapical ou traumático. Em contraste com outros cistos de maior acometimento na cavidade oral, o CO é uma
lesão cística com grande potencial de crescimento e pequeno grau de recorrência, sendo o diagnóstico unicamen-
te histopatológico e o tratamento remoção cirúrgico da lesão por completo.

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273 – PREVALÊNCIA DE LESÕES BUCAIS NO SERVIÇO PÚBLICO


DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO – RS, BRASIL

Autores: MATEUS GIACOMIN (*) (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO);GABRIEL DA ROCHA (UNIVERSIDADE DE


PASSO FUNDO); SAMARA ANDREOLLA LAZARO (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); PEDRO HENRIQUE SIGNO-
RI (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); RENATO SAWAZAKI (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO)

Introdução: Para o controle do câncer fazem-se necessárias informações de qualidade sobre sua distribuição de
incidência e mortalidade, o que possibilita melhor compreensão sobre a doença e seus determinantes, formula-
ção de hipóteses causais, avaliação dos avanços tecnológicos aplicados à prevenção e tratamento, bem como a
efetividade da atenção à saúde. O câncer de boca é o quinto tipo de câncer em incidência no mundo, sendo que
no Brasil é o quinto tipo de câncer em incidência entre os homens e o sétimo entre as mulheres. O Instituto Na-
cional de Câncer estima que no ano de 2012 tenha ocorrido no Brasil 14.170 novos casos de neoplasia maligna
da cavidade oral, sendo 9.990 homens e 4.180 mulheres. O cirurgião-dentista ocupa uma posição estratégica no
reconhecimento das alterações que envolvem a cavidade bucal e o diagnóstico precoce constitui uma das formas
mais eficazes de combater uma doença. Objetivo: Esta pesquisa relatou a prevalência das patologias bucais que
acometeram os pacientes que procuraram o Serviço de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer de Boca na
rede Municipal de Saúde de Passo Fundo – RS entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010. Materiais e Métodos:
O estudo foi realizado por meio de análise dos prontuários de atendimento de todos os pacientes atendidos neste
ambulatório. Foi feito um levantamento das lesões encontradas, associando os fatores de risco, gênero e idade
visando determinar a prevalências dessas patologias. As lesões foram classificadas em 8 grandes grupos (hiper-
plasias reacionais, lesões infecciosas e inflamatórias, patologia de glândulas salivares, tumores e cistos odonto-
gênicos, neoplasias benignas, lesões cancerizáveis, neoplasias malignas e doenças autoimunes). Resultados: O
grupo das hiperplasias reacionais foi o mais prevalente com 31,3% dos casos. As lesões bucais acometem princi-
palmente pacientes com mais de 40 anos. Conclusão: As lesões bucais acometem principalmente pacientes com
mais de 40 anos. Constatou-se que o grupo das hiperplasias reacionais foi o mais prevalente das lesões bucais. Até
os 30 anos o grupo das patologias de glândulas salivares foi o mais prevalente dentre todos os grupos de lesões.
Pacientes do gênero masculino, com mais de 40 anos, que apresentam fatores de riscos associados, são o grupo
mais propenso a desenvolver neoplasias malignas na cavidade bucal.

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275 – RETALHO PALATINO MODIFICADO PARA FECHAMENTO


DE FÍSTULA BUCONASAL

Autores: CAROLINA FERRAIRO DANIELETTO (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - FACULDADE DE ODON-
TOLOGIA DE ARAÇATUBA);GUSTAVO ZANNA FERREIRA (UNICESUMAR); CAROLINA RESQUETTI LUPPI (UNIVER-
SIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); VALTHIERRE NUNES DE LIMA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA); LIOGI IWAKI FILHO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ)

Introdução: A fístula buconasal é uma comunicação persistente entre as cavidades bucal e nasal. Pode ser congêni-
ta ou adquirida, através de traumatismos, infecções e após ressecções de tumores maxilares. O presente trabalho
tem por objetivo relatar e descrever uma técnica cirúrgica de rotação de retalho palatino modificada para o fecha-
mento de fístula buconasal presente em um paciente submetido à ressecção de tumor benigno em maxila. Relato
de caso: Paciente aos 49 anos de idade, gênero masculino, leucoderma, compareceu ao ambulatório de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Estadual de Maringá queixando-se de dificuldade na masti-
gação e deglutição, voz nasalizada, odor fétido advindo da cavidade bucal, e perda do convívio social. Durante a
anamnese, o paciente referiu como história da doença atual, ressecção de tumor benigno, adenoma pleomórfico
em palato duro há 6 meses, e negou alterações sistêmicas, vícios ou hábitos. Ao exame físico intrabucal, apre-
sentava fístula buconasal medindo aproximadamente 1,5cm em seu maior diâmetro, localizada discretamente
à direita. Em tomografia computadorizada por feixe cônico, pode ser definida a extensão da lesão, e excluido a
possibilididade de um envolvimento com seio maxilar. Realizada prótese total obturadora, até o momento cirúr-
gico. A cirúrgia foi realizada sob anestesia geral para maior conforto do paciente, e a técnica cirúrgica utilizada foi
a rotação de retalho palatino, delineando a incisão apartir do fundo de vestíbulo do lado esquerdo, atravessando
o rebordo alveolar, estendendo-se próximo à região de inervação do nervo nasopalatino, e retornando ao lado
esquerdo passando em proximidade com a fístula buconasal, e sendo finalizada em palato mole. Modificada pela
realização de duas incisões retilíneas e paralelas de aproximadamente 1,5cm cada, localizadas em rebordo alveo-
lar posterior direito, formando um túnel, no qual o retalho palatino foi envelopado e o ápice do retalho suturado
no fundo de vestíbulo direito, para conferior maior estabilidade ao retalho. Ao final, a sutura foi realizada com
Vicryl 4.0, e o reembasamento da prótese com cimento cirúrgico. O paciente foi orientado quanto à higiene e
cuidados locais. E seguiu-se com retornos periódicos. Discussão: Diversas são as técnicas existentes para o fe-
chamento de fístulas buconasais, e a escolha da técnica mais adequada para cada caso dependerá, da extensão,
localização e complexidade do defeito. Considerações finais: A técnica de rotação de retalho palatino modificada
mostrou-se viável. Não houve recidiva da fístula buconasal ou necrose tecidual, respondendo positivamente à
modificação realizada. E a reabilitação funcional e estética, permitiu ao paciente um retorno ao convívio social.

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283 – CISTO DENTÍGERO EM CRIANÇA : RELATO DE CASO


CLÍNICO

Autores: CAMILA FIALHO DA SILVA NEVES DE ARAUJO (*) (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA);MARCIO TA-
DASHI TINO (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA); GILBERTO FENELON DAS NEVES (HOSPITAL DE URGÊN-
CIAS DE GOIÂNIA); DANIEL MARQUES NOVAES (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA); BRUNO SOUSA PINTO
FERREIRA (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA)

Introdução: O Cisto Dentígero corresponde a 20% de todos os cistos epiteliais de desenvolvimento dos maxilares.
Pode ser definido como um cisto que inclui a coroa, e ocasionalmente as raízes, de terceiros molares inferiores,
caninos superiores e segundo pré-molares inferiores. São mais frequentes entre os 10 e 30 anos, assintomáticos,
podendo aumentar consideravelmente de tamanho causando expansão óssea e assimetria facial. Esses cistos po-
dem deslocar o dente envolvido para distâncias consideráveis, havendo a possibilidade de reabsorção radicular de
dentes adjacentes. Este trabalho traz o relato de caso de cisto dentígero associado a um 2º pré-molar inferior em
paciente pediátrico, sendo tratado por meio dos métodos de Partsch I e II pela equipe de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial do Hospital de Urgências de Goiânia.

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296 – FIBROMA OSSIFICANTE EM MANDÍBULA: RELATO DE


CASO

Autores: DANIEL MARQUES NOVAES (*) (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO);BRUNO SOUSA
PINTO FERREIRA (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO); MARCIO TADASHI TINO (HOSPITAL DE
URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO); CAMILA FIALHO DA SILVA NEVES DE ARAÚJO (HOSPITAL DE URGÊNCIAS
DE GOIÂNIA / SES-GO); GILBERTO FENELON DAS NEVES (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA / SES-GO)

Introdução: O fibroma ossificante central é uma lesão rara, caracterizada pela substituição de tecido ósseo nor-
mal por tecido fibroso benigno contendo material mineralizado, que tem predileção pelo sexo feminino e ocorre
entre a terceira e quarta década de vida. Apresenta-se geralmente com o aumento volumétrico assintomático, de
evolução lenta, acometendo principalmente a mandíbula. Radiograficamente é radiolúcida ou mostrando graus
variados de radiopacidade com limites bem definidos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de uma
paciente; que foi encaminhada ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial de um hospital terciário
de referência da região Centro-Oeste, na cidade de Goiânia-Goiás; do gênero feminino, melanoderma, 41 anos,
com aumento de volume indolor em mandíbula há cerca de 12 meses. Ao exame intra-oral, evidenciou-se uma
elevação no fundo de vestíbulo inferior direito, na região dentes 43 e 44, com abaulamento da cortical óssea ves-
tibular, de consistência fibroelástica recoberto por mucosa íntegra. Radiograficamente a lesão apresentou aspecto
radiolúcido com graus variados de radiopacidade no seu interior, com limites precisos, expansão da cortical óssea
com fenestração óssea vestibular, lesão lítica insuflativa com área hipodensa, envolvimento dos dentes 43 e 44
associadas a divergências e reabsorões radiculares. Após constatação da punção branca foi realizada a enucleação
total da lesão com fácil descolamento e remoção dos dentes. A peça cirúrgica foi enviada para exame histopatoló-
gico, revelaram fragmentos de tecido conjuntivo denso, bastante celularizado, constituída por fibroblastos fusi-
formes e intensa deposição colágena sem atipias celulares de padrão monótono, onde notam-se pequenos focos
ou ilhotas de material osteoide imaturo e irregular e trabéculas ósseas maduras que confirmou o diagnóstico de
fibroma ossificante central. No controle pós-operatório de dois meses a paciente encontra-se com evolução favo-
rável. Apesar de não haver relatos de transformação maligna, é importante o diagnóstico precoce evitando que
estas lesões atinjam grandes tamanhos podendo comprometer estruturas anatômicas importantes.

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300 – TRATAMENTO CONSERVADOR DE TUMOR


ODONTOGÊNICO QUERATOCISTO PELA TÉCNICA DE
TAPIZAMENTO – RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: PAULA CRISTINA COUTINHO (*) (UNIP CAMPUS FLAMBOYANT GOIÂNIA GOIÁS);RUBENS JORGE SILVEI-
RA (UNIP CAMPUS FLAMBOYANT GOIÂNIA GOIÁS); WEULER DOS SANTOS SILVA (UNIP CAMPUS FLAMBOYANT
GOIÂNIA GOIÁS); ALBERTO FERREIRA DA SILVA JUNIOR (UNIP CAMPUS FLAMBOYANT GOIÂNIA GOIÁS); LUCAS
ANTÔNIO DE CARVALHO E SILVA (UNIP CAMPUS FLAMBOYANT GOIÂNIA GOIÁS)

Introdução: O Tumor Odontogênico Queratocisto (TOQ) é uma lesão de provável origem odontogênica, natureza
benigna, evolução lenta e assintomática. É uma lesão intraóssea dos maxilares de comportamento invasivo-des-
trutivo, com alto índice de recidiva. A etiologia ainda não está totalmente esclarecida, existem duas teorias: uma
a partir de remanescentes da lâmina dentária e outra a partir da proliferação de células da camada basal ou do
epitélio oral. A Organização Mundial de Saúde 2005 (OMS) considera o queratocisto um tumor odontogênico, e
não, uma lesão cística, por conta de seu comportamento agressivo, alto índice de recidiva e devido suas caracterís-
ticas tumorais, enfatizando a natureza neoplásica. TOQ pode acometer pacientes de uma ampla faixa etária, com
pico de incidência entre a segunda e terceira década de vida. O sexo masculino é o mais acometido, sendo a man-
díbula a região mais afetada, com elevada tendência de envolvimento da região posterior e geralmente associado
a um dente incluso, o siso. Clinicamente, manifesta-se como um aumento volumétrico. A expansão das corticais
ósseas pode ocorrer, o que pode levar a infecção secundária, tornando a lesão sintomática com ou sem drenagem
espontânea, bem como pode ocorrer parestesia do nervo alveolar inferior. O exame imaginológico do TOQ, é
de suma importância para estabelecer a hipótese diagnóstica, plano de tratamento e avaliar o prognóstico. Os
aspectos imaginológicos não estabelece um diagnóstico conclusivo pré-operatório. É imprescindível a realização
de biópsia seguida do exame histopatológico, para estabelecer o diagnóstico definitivo. Este trabalho tem como
objetivo relatar caso clínico de TOQ que acometeu a região de transição entre o corpo, ângulo e ramo ascendente
da mandíbula lado esquerdo. A lesão foi tratada de maneira conservadora, através de curetagem cuidadosa, os-
tectomia periférica nas áreas que permitiam a sua realização e por fim associação da técnica de enucleação com
marsupialização o que caracteriza a Técnica de Tapizamento. O tamponamento da cavidade foi feito com gaze
embebida com Reparil® Gel, e trocas de curativos a cada 3 dias, totalizando 28 curativos neste caso, assim ocor-
reu total epitelização (reparação por segunda intenção) da cavidade e não mais houve a necessidade do curativo.
Todos estes procedimentos foram executados de forma a evitar o risco de fratura mandibular, parestesia, bem
como evitar a ressecção mandibular local. Os autores mostrarão a sequencia do tratamento e o follow-up de 30,
60, 90 e 180, bem como o exame tomográfico pré e pós-operatório de 180 dias. Em decorrência da agressividade
da lesão e o alto índice de recidiva que está diretamente relacionado a técnica cirúrgica, se faz necessário o acom-
panhamento anual através de exames clínicos e imaginológicos para diagnosticar possível recidiva da lesão, prin-
cipalmente nos casos tratados conservadoramente. No momento o paciente encontra-se em acompanhamento e
sem sinais e/ou sintomas de recidiva.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

308 – TRATAMENTO CIRÚRGICO E RECONSTRUTIVO DE


FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL EM MANDÍBULA: RELATO DE
CASO

Autores: LIVIA MIRELLE BARBOSA (*) (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO);JOÃO LUIZ GOMES CARNEIRO MONTEIRO
(HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); MARIANA VASCONCELOS DA CRUZ GOUVEIA (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO);
BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO VASCONCELOS (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); CARLOS AUGUSTO PEREIRA
DO LAGO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO)

Introdução: O fibroma ossificante juvenil (FOJ) é designado como um neoplasma fibro-ósseo benigno, observado
em indivíduos jovens. São descritas duas variantes clínico-patológicas, denominadas de fibroma ossificante juve-
nil trabecular (FOJtr) e fibroma ossificante juvenil psamomatoide (FOJps). Essas lesões, quando acometem os-
sos gnáticos, localizam-se preferencialmente em maxila, sendo incomum a apresentação de lesões em mandíbula.
O presente trabalho tem como objetivo descre¬ver um caso clínico de um FOJ em mandíbula, abordando suas
características clínicas, radiográficas e his-tológicas, sua forma de tratamento, além de discutir sobre reconstru-
ção mandibular após ressecção mandibular, que é um tópico importante da cirurgia buco maxilo facial. Próteses
em titânio podem ser utilizadas com sucesso, porém devido ao seu alto custo e a dificuldade em consegui-la faz
com que outros materiais sejam utilizados. Neste trabalho relata-se a utilização da reconstrução mandibular com
metilmetacrilato.

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314 – MIXOMA ODONTOGÊNICO DE MANDÍBULA: ABORDAGEM


CIRÚRGICA COM USO DA SOLUÇÃO DE CARNOY

Autores: THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE (*) (UFRN);HAROLDO ABUANA OSÓRIO JÚNIOR (UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES
(UFRN)

Introdução: O mixoma é uma lesão de natureza puramente odontogênica que ocorre exclusivamente nos ossos
gnáticos, sendo chamado por alguns autores de mixoma odontogênico. Embora seja uma neoplasia benigna, é
agressiva e tem grande potencial de recidiva e em decorrência desse comportamento muitos cirurgiões optam
pela abordagem mais radical. O trabalho relata paciente gênero feminino, 23 anos, procurou o Serviço de Cirurgia
e Traumatologia Buco-maxilo-facial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DOD-HUOL) com queixa
de dor associada ao elemento 38, refratária ao acesso à câmara pulpar. A radiografia panorâmica exibia imagem
radiolúcida circunscrita e unilocular que se iniciava no ápice do elemento 38 e se estendia posteriormente para
a região do ramo e borda inferior esquerda da mandíbula. Foi realizada a exodontia mais biópsia incisional da
lesão, confirmando o diagnóstico histopatológico de Mixoma Odontogênico. A abordagem cirurgica hospitalar
houve a curetagem periférica e autilização da solução de Carnoy. Apesar dos desafios de diagnóstico impostos
pela semelhança entre o mixoma odontogênico e outras lesões, tanto pelas características clínicas, radiográficas
quanto histopatológicas, o diagnóstico precoce, através da cuidadosa análise de todos os dados em conjunto,
pode abreviar o curso natural da lesão, limitando os danos causados através de adequado tratamento. A necessi-
dade de acompanhamento do paciente é de grande importância, pois há grande risco de recidiva, o que influencia
no prognóstico.

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319 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO DO DUCTO


NASOPALATINO - RELATO DE CASO

Autores: DIEGO FEIJAO ABREU (*) (INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA);MANOEL DE JESUS RODRIGUES MELLO (INSTI-
TUTO DR. JOSÉ FROTA); RENATO LUIZ MAIA NOGUEIRA (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL);

Introdução: O cisto do ducto nasopalatino é o cisto não-odontogênico mais comum da cavidade oral, correspon-
dendo a aproximadamente 1% de todos os cistos dos maxilares. Sua patogênese é incerta, porém atribuída, na
literatura, a uma degeneração cística de remanescentes do ducto nasopalatino. O crescimento da lesão é geral-
mente lento e sintomatologia dolorosa pode ou não estar presente. Ocorre frequentemente entre a quarta e a
sexta década de vida e apresenta predileção pelo sexo masculino. O presente trabalho objetiva abordar um caso
clínico de cisto do ducto nasopalatino, suas características e a conduta adotada em seu tratamento. Paciente
M.R.N., sexo feminino, 39 anos, melanoderma, fumante, apresentou-se com queixa de aumento de volume em
região anterior de maxila, com evolução de quatro anos. Ao exame clínico, observou-se um abaulamento da corti-
cal vestibular, firme à palpação, recoberto por mucosa oral com aspecto normal. Ao exame imaginológico, visua-
lizou-se lesão radiolúcida, circunscrita, na região anterior de maxila, com cerca de 3,5 cm. A hipótese diagnóstica
estabelecida foi de cisto do ducto nasopalatino. A biopsia excisional foi a modalidade cirúrgica de tratamento. O
procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia geral e a lesão encaminhada para exame histopatológico. O
laudo obtido foi compatível com a hipótese diagnóstica pré-estabelecida. A paciente encontra-se atualmente em
acompanhamento ambulatorial pós-operatório de 2 anos, sem sinais de recidiva.

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333 – FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL EM MANDÍBULA:


RELATO DE UM CASO COM ÊNFASE NO DIAGNÓSTICO
HISTOPATOLOGICO DIFERENCIAL

Autores: JULIANA CAMPOS PINHEIRO (*) (UNIVERSIDADE TIRADENTES);JULIANA BATISTA DE MELO FONTE
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARIA DE FÀTIMA BATISTA MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGI-
PE); FRANCISCO DE ASSIS LIMA ALMEIDA JÚNIOR (UNIVERSIDADE TIRADENTES); RICARDO LUIZ CAVALCANTI
DE ALBUQUERQUE JÚNIOR (UNIVERSIDADE TIRADENTES)

Introdução: O fibroma ossificante central é um tumor fibro-ósseo benigno raro da região craniofacial, diagnos-
ticado com uma combinação de exames clínicos, imaginológicos e histopatológicos. A lesão é assintomática, na
maioria dos casos, até o crescimento produzir tumefação visível e deformidade moderada. Problemas estéticos e
oclusais são frequentemente as primeiras manifestações dessas lesões. Ocorrem com maior frequência na man-
díbula, porém podem ocorrer em outras regiões do corpo. Têm um bom prognóstico e uma baixa recorrência.
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente do sexo feminino, 48 anos, feoderma, apresentando
aumento de volume assintomático, de consistência pétrea e coloração rosa pálida, localizado na região lingual
dos dentes 31, 32 e 33, com um ano de evolução. A tomografia computadorizada de feixe cônico revelou lesão
central hipodensa bem delimitada, parcialmente preenchida por material hiperdenso, provocando abaulamento
de cortical óssea lingual. Foi realizada biópsia incisional, que revelou proliferação fusocelular imersa em tecido
conjuntivo fibroso, associada à deposição de trabéculas ósseas irregulares imaturas. O diagnóstico foi de Fibroma
Ossificante Central. O Fibroma Ossificante Central é uma neoplasia benigna fibro-óssea incomum que acomete
os ossos maxilares. Sua apresentação clinicopatológica pode determinar dificuldades diagnósticas, especialmente
com displasia fibrosa, fibroma ossificante juvenil e osteossarcoma de baixo grau. Desta forma, pretende-se neste
trabalho discutir critérios de diagnóstico diferencial e sua importância para o estabelecimento de uma conduta
terapêutica adequada.

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336 – OSTEOMA MANDIBULAR EM PACIENTE NÃO


SINDRÔMICO: RELATO DE CASO.

Autores: SORAIA RODRIGUES DE GOIS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA);EDUARDO COSTA STUDART
SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA); FABIO WILDSON GURGEL COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO CEARA); RODRYGO NUNES TAVARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA); MAYKEL SULLYVAN MARINHO
DE SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA)

Introdução: Osteoma mandibular em paciente não sindrômico: relato de caso. Os osteomas são lesões benignas
dos maxilares, raramente encontrados em outros ossos, as quais podem acometer o periósteo ou o osso medular.
É mais comum na mandíbula do que na maxila, em especial, na porção lingual do corpo ou no côndilo mandibu-
lar. Embora consideradas neoplasias por diversos autores, processos inflamatórios locais têm sido atribuídos ao
seu desenvolvimento. O tratamento baseia-se na excisão cirúrgica conservadora, visto que as lesões raramente
recidivam removidas completamente. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente de 52
anos de idade, sexo feminino, que procurou atendimento queixando-se de uma aumento de volume indolor, de
crescimento lento, localizado na região de ângulo mandibular do lado esquerdo. A tomografia computadorizada
revelou uma massa hiperdensa, de contornos bem definidos, cuja base pediculada se inseria na porção basilar do
ângulo mandibular esquerdo. O tratamento consistiu da remoção cirúrgica, cujo exame histopatológico, confir-
mou a suspeita clínica de osteoma. A paciente foi então encaminhada ao Serviço de Gastroenterologia, o qual
descartou a possibilidade de síndrome de Gardner. Decorridos 12 meses de acompanhamento pós-operatório,
não há sinais de recidiva. O presente caso ressalta a relevância do trabalho multidisciplinar no diagnóstico correto
e consequentemente na melhor terapêutica a ser instituída em cada caso.

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338 – FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO EXPANSIVO EM


MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE (*) (UFRN);MAURÍLIA RAQUEL DE SOUTO MEDEIROS
(UFRN); MARA LUANA BATISTA SEVERO (UFRN); MARIA LUIZA DINIZ DE SOUSA LOPES (UFRN); ERICKA JANINE
DANTAS DA SILVEIRA (UFRN)

Introdução: O fibro-odontoma ameloblástico (FOA) é um tumor odontogênico benigno raro, de origem mista de
epitélio e ectomesênquima odontogênico associados a presença de tecidos mineralizados dentários. Seu aspecto
radiográfico é de uma lesão radiolúcida bem definida, contendo níveis variados de material radiopaco de forma e
tamanho irregulares. O tratamento mais comum é a enucleação. O trabalho relata um caso de FOA diagnosticado
no Serviço de Diagnostico do Departamento de Patologia Oral- UFRN, além de relatar as características clinicas
histopatológicas e opções de tratamento para esse tumor.Paciente dez anos de idade, gênero masculino, procurou
atendimento odontológico devido a um ligeiro aumento de volume no rosto. Nos exames extra e intra-oral foi
detectada discreta assimetria facial do lado direito na região posterior de mandíbula, e aumento de volume na
região de fundo de vestíbulo bucal inferior do lado direito, após exames radiológicos e histopatológicos foi cons-
tatado o diagnostico de fibro-odontoma ameloblástico. Por esse tumor apresentar certa similaridade com outras
patologias, torna-se indispensável o diagnóstico diferencial com outros tumores, sendo que muitas vezes esse
diagnóstico só pode ser elucidado com testes histopatológicos. Apesar de incomum, o FOA deve ser considerado
no diagnóstico diferencial de lesões com padrão radiográfico misto radiolúcido-radiopaco, especialmente em ca-
sos de pacientes jovens.

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350 – ADENOMA PLEOMÓRFICO: RELATO DE CASO

Autores: MURILO ALVES TEIXEIRA NETO (*) (ACADEMIA CEARENSE DE ODONTOLOGIA);RAQUEL BASTOS
VASCONCELOS (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL); DIEGO FEIJÃO ABREU (INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA); JOÃO
EUDES TEIXEIRA DE PINHO FILHO (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL); JOSÉ LINCOLN PARENTE (CENTRO DE
ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICAS)

Introdução: O adenoma pleomórfico ou tumor misto benigno é a neoplasia de glândulas salivares de maior in-
cidência, tanto nas glândulas maiores como nas menores, derivados de uma mistura de elementos ductais e
mioepiteliais. A lesão prevalece no lobo superficial da glândula parótida, cuja frequência varia de 75% a 85%,
seguindo-se da submandibular com 8% e glândulas salivares menores com 7% a 15%. Os aspectos clínicos do
adenoma pleomórfico geralmente incluem lesões solitárias, ovoides e de margens bem delimitadas. Apresenta
crescimento lento e assintomático. A lesão é móvel, exceto quando ocorre no palato, ocorrendo mais frequente-
mente na 4ª e 5ª décadas de vida, com ligeira predominância no gênero feminino. O presente trabalho tem como
objetivo relatar um caso clínico em que uma paciente C.F.B., sexo feminino, de 36 anos de idade, compareceu ao
serviço de estomatologia do Ceo Centro, com queixa de aumento de volume em palato, de formato arredomn-
dado e de superficie lisa em região de palato duro correspondente ao dente 21 ao 26. Não relatava dor no local
apesar de a lesão apresentar-se dura e de base sessil. Já submetida a uma biopsia incisional com diagnóstico de
adenoma pleomórfico. Indicando-se tratamento cirúrgico através de enucleação da lesão benigna localizada. Pa-
ciente se encontra em acompanhamento de 6 meses, sem queixas dolorosas ou de fonação e não apresentando
sinais clínicos de recidiva.

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355 – RETALHO DE LÍNGUA PARA FECHAMENTO DE


COMUNICAÇÃO BUCONASOSINUSAL

Autores: TUANNY CARVALHO DE LIMA DO NASCIMENTO (*) (CAIF/AFISSUR - HOSPITAL ERASTO GAERTNER);-
JOÃO LUIZ CARLINI (CAIF/AFISSUR); GUILHERME STRUJAK (CAIF/AFISSUR); CASSIA BIRON (CAIF/AFISSUR);

Introdução: INTRODUÇÃO, APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS O desafio para o fechamento das comunicações


buconasosinusais está na escolha da melhor técnica e área doadora que proporciona tecido suficiente para o fe-
chamento das fístulas. A escolha do retalho dependerá da localização, da extensão e do tipo de comunicação, se
é por: ressecção tumoral, fissuras uni ou bilaterais. O tratamento desses pacientes depende do local do problema
de comunicação, estruturas anatômicas afetadas, extensão e domínio da técnica pelo Cirurgião. O retalho pedi-
culado de língua tem sido preconizado para fechamento de fístulas e fissuras extensas por oferecer um retalho
amplo, bem vascularizado, de execução relativamente simples e causa poucas sequelas ao sítio doador. Entretan-
to, requer grande colaboração do paciente, já que se recomenda um período (21 dias) no qual o retalho fica preso
ao pedículo. Dificultando a fonação, mastigação, deglutição e higiene do paciente. O trabalho apresentará uma
sequência de 11 casos de pacientes submetidos ao retalho pediculado de língua para fechamento de comunica-
ção buconasosinusais. METODOLOGIA Pacientes tratados entre 2002-2012, selecionados para a serie de casos,
entre 8-56 anos (média de idade 32 anos, sendo 8 masculino e 3 femininos) , utilizando a técnica de retalho de
língua isolado ou associado com retalho de mucosa palatina. Entre os casos atendidos, anteriormente, apresen-
tavam perda completa de pré-maxila (2 casos); hemimaxilectomia para ressecção tumoral (2 casos) e tratamento
de pacientes portadores de fissuras uni ou bilaterais (7 casos). Caso n idade sexo Origem da fístula Localização
enxerto implante complicações acompanhamento 1 8 m Fissura bilateral Palato duro Não Não Nenhuma 11 anos
2 27 m Fissura bilateral Fissura bilateral Não Não Nenhuma 10 anos 3 10 m Fissura bilateral Fissura bilateral Sim
Não Nenhuma 10 anos 4 17 m Necrose de pré -maxila (portador de fissura bilateral Região anterior de maxila
Sim Sim Nenhuma 8 anos 5 19 m Fissura bilateral Fissura Sim Sim Nenhuma 7 anos 6 56 f Complicação após
reconstrução de maxila Anterior de maxila Sim Sim Fístula residual (feito novo retalho de língua) 5 anos 7 36 f
Rececção tumoral Hemimaxila direita Sim Sim Nenhuma 5 anos 8 26 m Fissura unilateral Fissura unilateral Sim
Sim Nenhuma 5 anos 9 26 f Necrose de pré-maxila Região anterior de maxila Sim Sim Nenhuma 3 anos 10 33 m
Rececção tumoral Hemimaxila esquerda Sim Sim Nenhuma 2 anos 11 23 m Fissura bilateral Fissura bilateral Sim
Não Fístula residual (fechada em ambulatório) 2 anos RESULTADOS Entre os onze pacientes estudados apenas
um dos casos apresentou perda do retalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Trata-se de um procedimento seguro e
com altas taxas de sucesso, quando indicado para resolução de casos extremos, onde procedimentos prévios que
não obtiveram sucesso. Sendo a má desvantagem manter o paciente com o pedículo preso por 21 dias e a neces-
sidade de um novo procedimento para sua secção.

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364 – USO DE PRÓTESE CRÂNIO-MANDIBULAR CUSTOMIZADA


PARA RECONSTRUÇÃO DE SEQUELA DE ENXERTO LIVRE
DE FÍBULA, NO TRATAMENTO DE MIXOMA DE GRANDES
PROPORÇÕES COM FOLLOW UP DE 14 ANOS.

Autores: DANILO DRESSANO (*) (SANTA CASA DE PIRACICABA);PAULO AFONSO DE OLIVEIRA JR. (SANTA CASA
DE PIRACICABA); ARMANDO DE BARROS (SANTA CASA DE PIRACICABA); RODRIGO GONÇALVES (SANTA CASA
DE PIRACICABA); FELIPE CALILE FRANCK (SANTA CASA DE PIRACICABA)

Introdução: Mixomas odontogênicos, embora sejam tumores benignos, se mostram bastante agressivos com
eminente tendência à recidiva quando tratado de modo conservador. Apresentam indicação de ressecção com
margens de segurança de 1,0 a 1,5 cm. O caso apresentado trata de um mixoma odontogênico, localizado em
hemimandibula direita, com evolução de 7 anos, onde primeiramente foi proposta a ressecção completa da lesão
e imediata reconstrução com enxerto autógeno livre de fíbula e placa de reconstrução locking. No acompanha-
mento pós-operatório (PO) mediato, a paciente apresentou processo infeccioso no sítio do enxerto, sendo tratada
com terapia antibiótica sistêmica, que se mostrou eficaz. A paciente continuou sendo acompanhada pelo nosso
departamento para controle PO constante por mais 5 anos, sem apresentar alterações importantes a mesma não
retornou mais ao serviço. Após 8 anos a paciente retornou ao nosso serviço referindo dores na região da articu-
lação temporomandibular ao lado direito e dificuldade à abertura bucal. Exames por imagens foram solicitados, o
que revelou a fratura do segmento proximal do enxerto com migração deste para o espaço medial e deslocamento
da placa de reconstrução para o processo zigomático do osso temporal, fazendo com que a paciente articulasse a
placa com o arco zigomático e causando dores aos movimentos bucais e posteriormente evoluído para uma pseu-
do anquilose da placa ao osso. Em vista do quadro apresentado, o tratamento proposto foi a remoção da placa de
reconstrução com os remanescentes do enxerto livre fraturado e imediata instalação de prótese de mandíbula e
côndilo customizada TMJ Concepts. Em acompanhamento PO mediato de 8 meses, a paciente não refere queixas
álgicas, apresenta boa abertura da boca (40mm) , foi reabilitada com PPR e continua sendo acompanhada pelo
nosso departamento. Concluímos que a prótese de côndilo customizada é uma excelente opção e eficaz quando
utilizada em grandes reconstruções que envolvem o côndilo da mandíbula para paciente vítimas de patologias
mutilantes. Além de apresentar uma evidente estabilidade PO, simplifica o ato cirúrgico mostrando uma evidente
menor morbidade quando comparada à outras opções como o enxerto livre ou, até mesmo, microvascularizado
de fíbula . Palavras-chave: Prótese articular, prótese mandibular, mixoma.

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376 – OSTEOMIELITE SUPURATIVA CRÔNICA EM CRIANÇA


APÓS EXODONTIA DE DECÍDUO

Autores: LUCIANO CRUZ DE BARROS CALDAS (*) (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO);LÍVIA MIRELLE BARBOSA
(HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); JOÃO LUIZ GOMES CARNEIRO MONTEIRO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); SU-
ZANA CÉLIA DE AGUIAR SOARES CARNEIRO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO); CARLOS AUGUSTO PEREIRA DO
LAGO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO)

Introdução: A osteomielite é um processo in&#64258;amatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas
superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento. A grande maioria de casos de
osteomielite é causada por infecção bacteriana e resulta em uma destruição lítica e expansiva do osso envolvido,
com supuração e formação de sequestro ósseo. A osteomielite supurativa pode ser dividida em aguda e crônica.
Na forma crônica, o tecido morto circundado atua como um reservatório para as bactérias, e os antibióticos têm
grande di&#64257;culdade em alcançar essa região. Este padrão começa a evoluir cerca de um mês após a disse-
minação da infecção aguda inicial e resulta em um processo latente que é difícil de ser resolvido, a não ser que o
problema seja tratado de modo agressivo. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de osteomielite supurativa
crônica em uma paciente pediátrica com história de exodontia de dentes decíduos em região anterior de mandí-
bula e que evoluiu com uma infecção na região com tempo de evolução de seis meses.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

413 – FIBROMA OSSIFICANTE: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E


ACOMPANHAMENTO

FERNANDO DE OLIVEIRA ANDRIOLA (*) (HOSPITAL SÃO LUCAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO
GRANDE DO SUL);BERNARDO OTTONI BRAGA BARREIRO (HOSPITAL SÃO LUCAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); VALÉRIA RODRIGUES SARAIVA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DO RIO GRANDE DO SUL); FABIO LUIZ DAL MORO MAITO (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRAN-
DE DO SUL); GUILHERME GENEHR FRITSCHER (HOSPITAL SÃO LUCAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: O Fibroma Ossificante é uma neoplasia fibro-óssea benigna dos maxilares que possui evolução lenta mas
com significativo potencial de crescimento. Tem preferência pela mandíbula, sexo feminino, geralmente entre a 3ª e 4ª
décadas de vida. Se apresenta como tecido fibroso intra-ósseo com variados graus de celularidade e material minerali-
zado no seu interior, resultando em aumento de volume indolor (0,2cm – 15cm) , podendo provocar assimetria facial.
Episódios raros de dor, parestesia, rompimento das corticais ósseas ou alteração na continuidade da mucosa. É uma
lesão bem demarcada do osso circundante, podendo estar, ou não, circundado por cápsula fibrosa. Pode causar mobi-
lidade dentária, divergência e até reabsorção radicular, mas geralmente a vitalidade pulpar é mantida (Neville, 2009;
Paiva, 2009; Miloro, 2013; Yoshimura 2013). RELATO DE CASO CLÍNICO: Em novembro de 2013, a paciente realizou
uma radiografia panorâmica de rotina em que foi identificada uma imagem radiolúcida nos ápices dos dentes 42 a 45.
Testes de percussão e sensibilidade tiveram respostas positivas, sem sintomatologia, havendo uma pequena expansão
da cortical óssea por vestibular. Foram levantadas as hipóteses diagnósticas de Displasia Cementária Periapical, Lesão
Fibro-óssea Benigna e Lesão Central de Células Gigantes. Em dezembro de 2013 a paciente foi encaminhada para a
Estomatologia da PUCRS onde foram solicitados exames laboratoriais (hemograma completo, contagem de plaquetas,
glicemia, fósforo, cálcio, fosfatase alcalina, VSG, PTH, TTPA, TP, uréia e creatinina) , os quais não apresentaram qual-
quer alteração. Em abril de 2014 foi realizada biópsia incisional da lesão, junto ao Departamento de CTBMF da PUCRS,
e um fragmento sólido com consistência de osso medular foi encaminhado para exame anatomopatológico, com a
hipótese de lesão fibro-óssea benigna (Displasia Fibrosa, Fibroma Ossificante) ou Lesão Central de Células Gigantes.
No final do mês de abril foi divulgado o diagnóstico de Fibroma Ossificante. Após a biópsia, os dentes permaneceram
vitais, tendo a paciente relatado parestesia no lábio inferior por cerca de um mês. Entre os meses de maio e junho de
2014 foram realizados tratamentos endodônticos nos dentes 43 e 44, para futura realização de cirurgia para enucleação
do tumor. Após as endodontias, não foi relatado mobilidade ou movimentações dentárias, apenas expansão da cortical
vestibular. Foi realizada a contenção dos elementos dentários relacionados com a lesão com braquetes e fio ortodôntico
e, posteriormente, realizou-se a cirurgia e o acompanhamento pós-operatório clínico e radiográfico do caso. DISCUS-
SÃO: O caso foi acompanhado clínica e radiograficamente. Até o presente momento já se passaram 10 meses desde a
data da cirurgia, podendo-se observar, radiograficamente, o reparo ósseo gradual do defeito originado pela lesão. Clini-
camente a paciente apresenta mucosa vestibular de coloração normal e sem alterações de volume, sugerindo ausência
de recidiva

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

419 – GLOSSECTOMIA PARCIAL EM PACIENTE PORTADOR DE


MACROGLOSSIA IDIOPATICA: RELATO DE CASO

Autores: CESAR AUGUSTO BORGES (*) (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA);DANIEL DA
PAIXÃO UYEDA (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); ROGERIO DE ALMEIDA SILVA (HOS-
PITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); CARLOS ALYSSON ARAGÃO LIMA (HOSPITAL GERAL DE
VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); DANIEL UYEDA PAIXÃO (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PAN-
GELLA)

Introdução: A macroglossia é uma patologia congênita ou adquirida de múltiplas etiologias e pode ser identifi-
cada como verdadeira, quando há um aumento excessivo da língua, ou relativa, quado esta é menor que a cavi-
dade oral. Malformações vasculares, hipertrofia muscular são causas mais comuns de macroglossia verdadeira.
A macroglossia relativa pode ter como causa a micrognatia e a hipotonia muscular. A discrepância do tamanho
da língua com a cavidade oral pode resultar em deformidades dentofaciais, musculoesqueléticos, obstrução de
vias aéreas, e problemas na fala. Em crianças a diminuição da mobilidade da língua pode aumentar o risco de
aspiração por diminuir a capacidade de manipular líquido ou bolo alimentar na cavidade oral. O presente traba-
lho mostra um relato de caso de um paciente do gênero masculino de 22 anos de idade que procurou o serviço
de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do hospital geral de vila penteado com queixa de dificuldade de
fonação, má oclusão dentaria e estética facial, onde evidenciamos um prognatismo mandibular e macroglossia
com encaminhamento de avaliação do fonoaudiólogo. Identificando a necessidade de tratamento cirúrgico sob
anestesia geral e entubação nasotraqueal e optamos pela técnica de Obwegeser (orifício de fechadura) para a
correção da macroglossia do mesmo. A cirurgia correu sem intercorrências e o paciente seguiu entubado para a
preservação das vias aéreas de edema em região de orofaringe por mais dois dias. Cabe lembrar que independente
da escolha da técnica cirúrgica, pode haver complicações pós-operatórios, com deiscência de sutura, hemorragia
pós operatória, obstrução de vias aéreas, parestesia e hipomobilidade da língua. Apesar de desafiadora a cirurgia
de glossectomia parcial, quando bem indicada traz os benefícios do restabelecimento da fonação, deglutição, res-
piração e estética. Sem que o paciente perca as sensação de gustação e mobilidade da língua.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

448 – OSTEOTOMIA LE FORT I PARA REMOÇÃO DE MÚLTIPLOS


DENTES INCLUSOS EM PACIENTE COM ARTRITE REUMATOIDE
JUVENIL: RELATO DE UM CASO RARO

Autores: MAYKEL SULLYVAN MARINHO DE SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);ALEXANDRE


SIMÕES NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); RAFAEL LINARD AVELAR (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO CEARÁ); SORAIA RODRIGUES DE GOIS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); EDUARDO COSTA STUDART
SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)

Introdução: Artrite reumatoide juvenil é uma doença reumática crônica comum na infância. Trata-se de um dis-
túrbio autoimune que tem sido classificada em cinco subtipos de acordo com os sintomas clínicos vistos durante
os primeiros seis meses da doença. Na região maxilofacial, micrognatia, má oclusão, assimetria facial, e limita-
ção de abertura bucal são os sinais clínicos mais observados, como resultado do comprometimento no sítio de
crescimento do côndilo mandibular. Não há relato na literatura da associação dessa patologia em pacientes com
amelogênese imperfeita e dentes inclusos nos maxilares. A osteotomia Le Fort I tem sido empregada com a fi-
nalidade de ressecar tumores de base de crânio e terço médio da face, tendo o benefício, não apenas de permitir
uma visão direta da área a ser operada, mas também de preservar tecido ósseo não comprometido por estas pa-
tologias. As desvantagens incluem os clássicos e raros acidentes e complicações peri e pós-operatória envolvidas
na osteotomia, tais como hemorragia, má oclusão, pseudoartrose ou não união, sinusite maxilar e denervação
dental. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente do sexo feminino, 20 anos, portadora
de artrite reumatoide juvenil, que procurou atendimento queixando-se da ausência de múltiplos dentes na boca.
Os exames imaginológicos evidenciaram inúmeros dentes malformados e em inclusão profunda, tanto na maxila
quanto na mandíbula, com alguns deles associados às áreas radiolúcidas de margens bem definidas. Diante da
dificuldade de remover múltiplas unidades dentárias sob anestesia local e da destruição óssea decorrente de um
acesso transalveolar, optou-se pelo emprego da osteotomia Le Fort I para a exérese dos dentes. A paciente evoluiu
no pós-operatório com boa cicatrização óssea, estabilidade maxilar e recobrimento de tecido mole necessários
para a etapa de reabilitação funcional e estética, demonstrando a utilidade do emprego deste acesso cirúrgico na
remoção de múltiplos dentes inclusos em locais distantes do rebordo alveolar.

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461 – AMELOBLASTOMA ADENOIDE COM DENTINOIDE

Autores: ARTHUR JOSÉ BARBOSA DE FRANÇA (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - FOP/UPE);EMANUEL


SÁVIO DE SOUZA ANDRADE (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); KAROLINE MARIA SANTOS DE OLIVEIRA (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);

Introdução: O Ameloblastoma é o segundo tumor odontogênico mais comum,com comportamento clínico benig-
no,mas agressivo.Microscopicamente possui características clássicas e raramente provoca dificuldade de diagnós-
tico.Já o tumor odontogênico adenomatoide (TOA) ,antes considerado como uma variante do ameloblastoma,re-
presenta 3-7% de todos os tumores odontogênicos e geralmente ocorre na região anterior da maxila.Ao contrário
do ameloblastoma,o TOA é uma lesão circunscrita,menos agressiva e tem potencial de crescimento limitado.
Tendo isso em mente,os cirurgiões geralmente tomam uma abordagem mais conservadora no tratamento do
TOA em comparação ao ameloblastoma (MORIDANI, 2008).Se o tratamento do TOA é adequado,ele raramen-
te recidiva.Dos vários casos do TOA relatados na literatura,apenas alguns apresentaram recorrência (FUKAYA
et al,1971;XIANG et al,2007) ,e um caso recorreu três vezes (TAKIGAMI et al,2008).Uma revisão completa da
literatura realizada em 2004 concluiu que as lesões que são relatadas como recorrentes do TOA,são quase cer-
tamente ameloblastoma adenoide com dentinoide (IDE et al,2009).O Ameloblastoma adenoide com dentinoide
é um tumor odontogênico raro que mostra características histopatológicas semelhantes ao Ameloblastoma e ao
TOA,juntamente com a formação de tecido duro.Desde a primeira ocorrência,apenas alguns casos desta entidade
foram relatados na literatura.Este relato de caso descreve um paciente de 45 anos que apresentou-se ao ambula-
tório da Faculdade de Odontologia de Yenepoya,queixando-se de aumento de volume na região ânterosuperior
esquerda da maxila,há duas semanas.Relatou que fez ‘canal’ em alguns dentes e duas cirurgias anteriores devido a
inchaços semelhantes na mesma região.Ao exame intraoral e à palpação,observou-se uma estrutura de superfície
lisa,macia,bem definida,volumosa,com cerca de 3×1cm de tamanho dos elementos 21 ao 23,causando oblitera-
ção vestibular parcial.Nos exames de imagem,verificou-se radiotransparência difusa na região.Foi dado um diag-
nóstico prévio de cisto radicular recorrente/TOA,e a enucleação foi aconselhada.Na avaliação histopatológica,as
lâminas mostraram estroma de tecido conjuntivo densamente colagenoso,com áreas escassas de epitélio odon-
togênico,mostrando aspectos característicos de um ameloblastoma do tipo plexiforme e formação de microcistos
que se assemelharam ao padrão ductal do TOA.O material extracelular era consistente com focos ocasionais de
dentinoide em formações tubulares.Devido à escassez de casos de ameloblastoma adenoide com dentinoide,o
comportamento e a gestão adequada desses tumores são incertas.Recorrências podem ter sido causadas por sub-
diagnóstico e tratamento inadequado feito na presunção de TOA.Assim,podemos considerar que a presente lesão
representa um raro caso de ameloblastoma adenoide com dentinoide.Portanto, todos os patologistas devem ter
um conhecimento aprofundado desta entidade e avaliar as lâminas microscópicas completamente e corretamen-
te,a fim de fazer um diagnóstico preciso.

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463 – LESÃO MIOFIBROBLÁSTICA EM OSSO TEMPORAL

Autores: JÉSSICA HALICE NORONHA (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);LUCIANA SIGNORINI (UNIVERSIDADE PO-
SITIVO); ANDREA OLIVEIRA GEBERT (UNIVERSIDADE POSITIVO); ANA PAULA RIBEIRO BRAOSI (UNIVERSIDADE
POSITIVO); LUIZ FERNANDO BLEGGI TORRES (CENTRO DE PATOLOGIA DE CURITIBA)

Introdução: Lesão miofibroblástica em osso temporal – relato de caso Autores: Jéssica Hálice Noronha, Luciana
Signorini, Andrea Oliveira Gebert, Ana Paula Ribeiro Braosi e Luiz Fernando Bleggi Torres. RESUMO: O tumor
miofibroblástico inflamatório (TMI) é uma lesão rara, com predileção por pulmões, cavidade abdominal e bexi-
ga. A ocorrência na região de cabeça e pescoço é rara e, quando ocorre pode acometer seios paranasais e órbita.
Sua etiologia é incerta, havendo relatos que o correlacionam a traumas, etiologia viral (Epstein-Barr vírus) e a
alterações cromossômicas. O TMI é composto histologicamente por células fusiformes, com fibroblastos e miofi-
broblastos e um infiltrado linfoplasmocitário. Seus diagnósticos diferenciais recaem sobre o carcinoma de células
fusiformes, histiocitoma fibroso, fibrossarcoma, fasceíte nodular, tumor miogênico, miofibroblastoma, fibroma-
tose e fibrossarcoma infantil congênito. O diagnóstico é realizado por imunohistoquímica, a qual será positiva
para vimentina, músculoliso específico e actina de músculo liso na maioria dos casos. O objetivo do presente
trabalho é relatar o caso de tumor miofibroblástico inflamatório em osso temporal. Relato de caso: Paciente R.S,
gênero feminino, leucoderma, de 27 anos com queixa estética e dor ao realizar abertura bucal com lesão nodular
fixa, dura à palpação, com cerca de 1,0 cm, localizada no processo zigomático do osso temporal com evolução
de aproximadamente um ano. A tomografia computadoriza revelou lesão exofítica em processo zigomático do
osso temporal esquerdo, com tecido mole circunferencial em torno da lesão. Foi realizada biópsia excisional sob
anestesia geral, com incisão pré auricular e osteotomia da lesão com motor ultrassônico, o espécime enviado ao
laboratório para análise histopatológica, o qual se revelou positivo para actina 1 a 4 de músculo liso e negativo
para desmina, S100, Ki 67 e CD34 Class II, condizente com lesão miofibroblástica com baixo grau de agressivi-
dade biológica. Atualmente a paciente se encontra em acompanhamento nove meses e sem recidivas. O tumor
miofibroblástico é uma lesão aparentemente benigna, mas apresenta uma similaridade com lesões malignas,
devido à sua agressividade e ao alto grau de destruição que causa nos tecidos, podendo ter desfechos fatais. Há
relatos, inclusive, de lesões metastáticas ou recorrentes em peritônio. Na região de cabeça e pescoço há poucos
relatos de lesões bem documentados. Histologicamente, a lesão se apresenta com aspecto fascicular de células
fusiformes, associadas a um infiltrado linfoplasmocitário e citoplasma eosinofílico mais claro. O diagnóstico de-
finitivo geralmente é fechado por meio da imunohistoquímica, que pode mostrar um painel positivo para actina
de músculo liso, vimentina, desmina e citoqueratina, mas nem sempre, devendo-se correlacionar com os dados
clínicos e de imagem.

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499 – CISTO DERMOIDE DO ASSOALHO BUCAL: RELATO DE


CASO

Autores: PALENA ARAUJO PINTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO);EIDER GUIMARÃES BASTOS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO); JOSIMAR CAMELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO);
LUIS RAIMUNDO SERRA RABÊLO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO);

Introdução: O cisto dermoide é uma lesão incomum na cabeça e no pescoço, com apenas 6,9% se apresentando
nestas regiões. Esta entidade tem sido descrita como um cisto de desenvolvimento que contem anexos da derme
como glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos revestidos por epitélio escamoso estratificado. Cisto
dermoide pode ser dividido em três subgrupos: (1) cisto epidermoide (simples) , que são mais comuns, não con-
tendo anexos da pele; (2) cisto dermoide (composto) , segundo mais comum contendo folículos sebáceos e sudo-
ríperos; (3) teratoma (complexo) , mais incomuns por apresentarem elementos epiteliais e não epiteliais. Neste
trabalho, os autores apresentam um caso clínico de cisto dermoide localizado no assoalho da cavidade bucal, com
apresentação clínica. Nesse caso, a lesão já estava causando desconforto respiratório progressivo em virtude da
projeção posterior da língua em direção à orofaringe e dificuldade mastigatória, provenientes da grande extensão
da lesão. Paciente, gênero masculino, 45 anos de idade, pardo, apresentou-se à Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Maranhão, com assimetria facial provocada por uma tumefação localizada na região
de assoalho bucal. O paciente queixava-se de disfagia e dificuldades respiratórias, principalmente quando em
posição supina. A lesão era mole à palpação com consistência “borrachoide”, com o tempo de evolução de 1 ano
e 2 meses. Não havia história de febre ou drenagem, envolvimento traumático nem linfadenopatia cervical. A
compressão externa da região das glândulas submandibulares produzia saliva de aparência normal dos orifícios
do ducto de Wharton. Na imagem da ressonância nuclear magnética observa-se uma massa sob o nível superior
do músculo milohioideo. Com o paciente em decúbito dorsal e intubação nasotraqueal, e por meio de uma incisão
retilínea na região ventral da língua, realizou-se o acesso, e em seguida, o descolamento para a exposição de toda
a lesão. Após a exérese, procedeu-se à sutura com fio poliglactina 910. No exame histopatológico, mostrou-se um
epitélio escamoso, apêndices das estruturas de pele e anexos de glândulas sebáceas, encapsuladas, compatível
com cisto dermoide. O caso apresentado, devido ao tempo de evolução e às possíveis consequências negativas
para o paciente, optou-se imediatamente pela excisão cirúrgica intrabucal, já que a localização anatômica da lesão
era acima dos músculos milohioideo e gêniohioideo. Quando o diagnóstico é precoce e a intervenção, correta, o
índice de recidiva torna-se raro. Descritores: cisto dermoide, soalho bucal, neoplasma

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501 – PILOMATRICOMA - RELATO DE CASO

Autores: JÉSSICA HALICE NORONHA (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);MELISSA RODRIGUES ARAUJO (UNIVER-
SIDADE POSITIVO); FREDERICO DELIBERADOR (UNIVERSIDADE POSITIVO); ALLAN GIOVANINI (UNIVERSIDADE
POSITIVO); LUCAS CAETANO UETANABARO (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Introdução: Epitelioma calcificante de Malherbe (Pilomatricoma) – relato de caso Autores: Jéssica Hálice Noro-
nha, Frederico Deliberador, Melissa Rodrigues Araújo, Lucas Caetano Uetanabaro, Allan Giovanini. Resumo: O
epitelioma calcificante de Malherbe ou pilomatricoma é um tumor de pele benigno, raro, representando 0,12%
dos tumores de pele, que ocorre principalmente na face. Seu crescimento é lento e assintomático e tem origem
nas células da matriz do folículo piloso. Os pilomatricomas podem estar associados a distrofia miotônica (doença
de Steinert) , síndromes de Gardner, Turner, Rubinstein-Taybi e Soto e cistos dermoides. Os diagnósticos dife-
renciais são lipoma, reação a corpo estranho e carcinoma. O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico de pa-
ciente atendida no ambulatório de CTBMF da Universidade Positivo Curitiba - PR Relato de caso: Paciente K.M.S,
gênero feminino, 13 anos, sem histórico anterior de doenças ou síndromes, com queixa estética, assintomática e
tempo de evolução de 2 anos. Ao exame físico extra-oral observou-se à palpação lesão nodular subcutânea móvel,
aparentemente calcificada, de aproximadamente 1,5cm estendendo-se de região pré-auricular até a região retro-
mandibular .A radiografia panorâmica não mostrou alterações de normalidade. A tomografia computadorizada
mostrou imagem radiopaca em região pré auricular e retromandibular supra óssea. Foi realizada biópsia excisio-
nal através de incisão retromandibular e o espécime removido foi enviado para análise histopatológica, que reve-
lou lesão caracterizada por proliferação de pequenos blocos de células basaloides sem atipias e pequeno número
de células gigantes multinucleadas, além de grandes blocos de células escamosas anucleadas, com aspecto “em
sombra”, compatível com pilomatricoma. Paciente em acompanhamento de seis meses e sem sinais de recidivas,
sendo assim a completa excisão do pilomatricoma se mostrou uma boa opção de tratamento.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

502 – ABORDAGEM POUCO INVASIVA DE TUMOR


ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO EXTENSO EM MANDÍBULA:
RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: MARIANA LIMA DE FIGUEIREDO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);RODRIGO
RODRIGUES RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMA-
NO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
DE DO NORTE)

Introdução: O Ceratocisto Odontogênico, agora denominado Tumor Odontogênico Ceratocístico (TOC) , é uma
entidade que foi incluída a partir de 2005 dentro do grupo dos tumores odontogênicos, devido a apresentar
características compatíveis com neoplasmas, como sua alta taxa de recorrência e mecanismo de crescimento
diferenciado. Originado a partir de remanescentes celulares da lâmina dentária ou da proliferação de pequenos
hamartomas epiteliais do epitélio gengival, frente a fatores inerentes desconhecidos do próprio epitélio ou da ati-
vidade enzimática na capsula fibrosa. Apresentam-se como uma lesão de evolução lenta, assintomática localizada
predominantemente na região posterior e no ramo ascendente da mandíbula, podendo estar associada algumas
vezes a dor, tumefação ou drenagem. Radiograficamente mostram-se na maioria das vezes como área radiotrans-
parente uniloculares, associadas a dentes impactados. O seu diagnóstico é baseado em aspectos histopatológicos
onde apresenta revestimento epitelial do tipo estratificado paraceratinizado com células basais hipercromáticas
e mais externamente um tecido conjuntivo fibroso que pode conter cistos-satélites. O tratamento dos TOCs é
semelhante aos de outros cistos odontogênicos, isto é, baseado em enucleação, curetagem, marsupialização, des-
compressão, ostectomia, ressecção marginal ou segmentar, além da utilização de solução de Carnoy na loja cirúr-
gica, para reduzir a chance de recidiva, assim como o uso adjunto da crioterapia. Este trabalho apresenta 9 relatos
de casos de pacientes que procuraram o serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Departamento de Odontologia
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Dentre esses, 6 pacientes foram do sexo feminino e 3 do sexo
masculino, com idades entre 20 a 70 anos. Radiograficamente apresentaram-se como imagens radiotransparen-
tes variando entre uni ou multiloculares, localizadas principalmente em ramo ascendente e corpo mandibular.
O tratamento proposto foi a remoção das lesões, em ambiente hospitalar, através de ostectomia, ressecção e
colocação de solução de Carnoy por 5 minutos, com apenas um caso em que foi realizada somente a enucleação.
Dentre os 9 casos, dois apresentaram recidiva, sendo uma segunda intervenção cirúrgica realizada através de
ostectomia, ressecção e colocação de solução de Carnoy por 5 minutos. Atualmente, os pacientes encontram-se
sob acompanhamento ambulatorial sem sinais clínicos e radiográficos de recidiva da lesão.

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506 – EFETIVIDADE DA HIGIENIZAÇÃO ORAL NA REDUÇÃO


DOS ÍNDICES DE PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO
MECÂNICA EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE
TERAPIA INTENSIVA

Autores: ANDERSON STRINGARI (*) (UNIPLAC - UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE);ANELISE VIAPIA-


NA MASIERO (UNIPLAC - UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE); LETÍCIA KAULING (UNIPLAC - UNIVERSI-
DADE DO PLANALTO CATARINENSE); PRISCILA ZANCHETT DA SILVA (UNIPLAC - UNIVERSIDADE DO PLANALTO
CATARINENSE); SUSANA RATH GARGIONI (UNIPLAC - UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE)

Introdução: As afecções bucais tem se mostrado como um importante fator de risco para o desenvolvimento de
doenças sistêmicas. Em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) o quadro sistêmico pode
ser agravado uma vez que infecções bucais podem evoluir para infecções sistêmicas, resultando muitas vezes, no
óbito do paciente. Dentre as doenças sistêmicas, merece destaque a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica
(PAV) , que segundo a literatura é a segunda causa de infecção hospitalar e a responsável por taxas significativas
de morbidade e mortalidade em pacientes de todas as idades. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi
avaliar a efetividade de um protocolo de higienização oral na redução nos índices de PAV em pacientes interna-
dos em Unidades de Terapia Intensiva em Hospitais de um município de médio porte da Serra Catarinense. O
presente estudo caracterizou-se como um estudo transversal, observacional descritivo, aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UNIPLAC. Foi realizado em uma Unidade de Terapia Intesiva para
atendimento de pacientes adultos (UTI). Considerou-se como critérios de inclusão pacientes adultos, com idade
igual ou superior a 16 anos, internados na Unidade de Terapia Intensiva, sob ventilação mecânica por pelos me-
nos de 24 horas e perspectiva de duração desta por período superior a 72 horas. O estudo foi desenvolvido em
duas etapas: 1º momento: Realizou-se o acompanhamento dos registros de incidência da (PAV) nos pacientes
internados na UTI de um Hospital Filantrópico de Grande Porte, durante o período de 3 meses consecutivos,
sem interferir no protocolo de higienização oral que era realizado pelos técnicos de enfermagem; 2º momento:
Instituição do protocolo padronizado de higiene oral e acompanhamento dos registros de incidência da (PAV) nos
pacientes internados na UTI, durante o período de 3 meses consecutivos. Neste período de 6 meses foram incluí-
dos no estudo 59 pacientes, sendo 40 na primeira etapa e 19 na segunda etapa. Do total de pacientes 57,50% na
primeira etapa, e 47,40% na segunda etapa apresentaram PAV. A Análise estatística pelo teste do Qui-Quadrado
não identificou diferença estatística entre os grupos, (p= 0.2027) embora tenha se observado redução no percen-
tual de incidência de PAV, após a instituição do protocolo padronizado de higienização oral. Acredita-se que este
resultado se justifica pelo número reduzido de pacientes da segunda etapa em relação à primeira.

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536 – DESCOMPRESSÃO DE EXTENSO TUMOR ODONTOGÊNICO


QUERATOCÍSTICO EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: BRUNO HENRIQUE MARINHEIRO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO);EDUARDO


SANTANA JACOB (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO); RENATO TORRES AUGUSTO NETO
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO); CASSIO EDVARD SVERZU (FACULDADE DE ODONTO-
LOGIA DE RIBEIRAO PRETO); ALEXANDRE ELIAS TRIVELLATO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO
PRETO)

Introdução: Tumor odontogênico queratocístico (TOQ) é uma neoplasia intraóssea benigna de origem odon-
togênica com alta taxa de recorrência. A TOQ ocorre normalmente nos maxilares, na região posterior do corpo
e ramo ascendente da mandíbula, sendo sua ocorrência duas vezes maior do que na maxila. De acordo com a
literatura, TOQs tem uma taxa de incidência de 12 % a 14% entre a terceira e sexta décadas de vida e possui uma
maior predileção pelo gênero masculino, com uma proporção de 2:1. Diversos tipos de tratamento são descritos
na literatura. A descompressão é um método conservador de tratamento que tem sido utilizado com sucesso em
algumas patologias dos maxilares. O presente trabalho relata um caso de TOQ localizado em mandíbula e discute
a importância e a eficácia do tratamento utilizado. O caso se refere a uma paciente do gênero feminino, 47 de
anos, cuja queixa principal no atendimento inicial era assimetria facial à esquerda, trismo, alteração sensorial em
lábio e algesia durante a mastigação, com tempo de evolução impreciso pela mesma. Ao exame clínico notava-se
grande aumento de volume em região de ângulo mandibular à esquerda. A oroscopia, observou-se expansão das
corticais na região de ângulo e ramo mandibular. Por meio da radiografia panorâmica, verificamos que a lesão se
estendia para as regiões de ângulo, ramo ascendente, côndilo e coronoide mandibular. Solicitou-se tomografia
computadorizada para melhor avaliação das dimensões da lesão, planejamento da biópsia incisional e acompa-
nhamento da evolução do tratamento. No momento da biópsia, a punção aspirativa revelou a presença de líquido
compatível com cisto. Assim, no mesmo ato, foram instalados 2 drenos, um na região mais superior do ângulo e
outro da região mais anterior. Após a descompressão de 20 meses, realizou-se a enucleação e curetagem local. A
lesão não apresentou recidiva durante o período de acompanhamento de 3 anos, após a cirurgia de enucleação.
A paciente não desenvolveu nenhuma alteração motora, com regressão da parestesia do nervo alveolar inferior,
retorno da simetria da face, neoformação óssea completa, além da melhora da abertura bucal. Dessa forma, ob-
servou-se que, apesar do diagnóstico de TOC, a opção do tratamento conservador não está descartada. Taxas de
sucesso deste tipo de tratamento com outras mais agressivas podem ser comparadas na literatura, possuindo o
benefício da menor morbidade e preservação de estruturas nobres.

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Área: Tema livre

Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

545 – OSTEOMA PERIFÉRICO ATÍPICO EM ARCO ZIGOMÁTICO:


RELATO DE CASO

Autores: CHRISTOPHER CADETE DE FIGUEIREDO (*) (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO ESTADO DA


PARAÍBA);IGOR FIGUEIREDO PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); PLÍNIO NOBRE DE ASSIS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); JORGE ANTÔNIO DIAZ CASTRO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO
PESSOA); ADRIANO DUARTE QUINTANS (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO ESTADO DA PARAÍBA)

Introdução: Osteomas são lesões osteogénicas benignas caracterizadas pela proliferação de osso compacto e/ou
esponjoso. Podem ser central, periférico ou periostetal. A etiologia destas lesões permanece desconhecida. Geral-
mente é assintomática com crescimento lento. Muitas vezes é detectada acidentalmente no exame radiográfico
de rotina ou quando há assimetria facial ou disfunção. As localizações mais comum são o corpo da mandíbula e
o côndilo, osteomas em arcos zigomáticos são raros. Radiograficamente, osteomas periféricos são vistos como
uma imagem radiopaca oval, bem circunscrita ligada ao córtex por uma base ampla ou pedículo. Objetivo deste
trabalho é apresentar o tratamento de um caso de osteoma periférico em arco zigomático. Descrição do caso:
Paciente do gênero feminino, parda, 32 anos, foi atendida no Hospital Municipal Santa Izabel pelo Serviço de
Cirurgia e Tramautologia Bucomaxilofaciais com presença de aumento de volume em região de arco zigomático
direito acompanhado de sintomatologia dolorosa com evolução de 5 anos. Foi realizado a ressecção da lesão e
nos cotos restantes foi instalado uma placa de osteossíntese do sistema 2.0 mm. O diagnóstico do exame anato-
mohistopatológico foi de Osteoma periférico. Conclusão: A Paciente foi totalmente reabilitada funcionalmente e
esteticamente. Descritores: Osteoma, Arco Zigomático, Fixação Óssea

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565 – MIXOMA EM REGIÃO POSTERIOR DE MAXILA: RELATO


DE CASO

Autores: TUANNY CARVALHO DE LIMA DO NASCIMENTO (*) (CAIF/AFISSUR - HOSPITAL ERASTO GAERT-
NER);LAURINDO MOACIR SASSI (HOSPITAL ERASTO GAERTNER); JOÃO LUIZ CARLINI (CAIF/AFISSUR); CASSIA
BIRON (CAIF/AFISSUR);

Introdução: O mixoma é uma neoplasia benigna mesenquimal, de crescimento lento, localmente agressivo e aco-
mete tecidos duros e moles 1,2, 3,4,5,6. O tratamento recomendado é a ressecção óssea do tumor, com margem
de segurança. O maior desafio está no fechamento da ferida e posterior reconstrução da área afetada. METODO-
LOGIA Trata-se de um paciente leucoderma, 33 anos de idade, do gênero masculino, apresentou-se com aumento
de volume em região posterior de maxila à esquerda, com acesso endodôntico no dente 27. Foi realizado bióp-
sia incisonal e o diagnóstico foi de mixoma. Optou-se pela ressecção total da lesão, através de acesso extraoral
(Weber Ferguson) e intrabucal envolvendo mucosa e dentes; fechamento da ferida intraoral através de retalho
conjugado de mucosa palatina e retalho pediculado de língua. RESULTADOS Após 21 dias, foi liberado o pedículo
da língua; observamos total fechamento da ferida operatória, sem indícios de recidiva da lesão; promoveu-se a
reconstrução alveolar com enxerto ósseo de crista ilíaca, implantes e prótese. CONSIDERAÇÕES FINAIS Mixo-
ma odontogênico é uma lesão totalmente agressiva, requer enucleação da lesão com margem de segurança, e o
maior desafio está no fechamento da ferida e posterior reconstrução da área afetada. REFÊNCIAS 1. Allphin AL,
Manigilia AJ, Gregor RT, Sawyer R. Myxomas of the mandible and maxilla. Ear Nose Throat J 1993;72:280-4. 2.
Zachariades N, Papanicolaou S. Treatment of odontogenic myxoma - Review of the literature and report of three
cases. Ann Dent 1987;46:34-7. 3. Wachter BG, Steinberg MJ, Darrow DH, McGinn JD, Park AH. Odontogenic
myxoma of the maxilla: a report of two pediatric cases. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2003;67:389-93. 4. Pia-
telli A, Scarano A, Antinori A, Trisi P. Odontogenic myxoma of the mandible. Report of a case and review of the
literature. Acta Stomatol Belg 1994;91:101-10. 5. Simon ENM, Merkx MAW, Vuhahula E, Ngassapa D, Stoellinga
PJW. Odontogenic myxoma: a clinicopathological study of 33 cases. Int J Oral Maxillofac Surg 2004;33:333-7. 6.
Brites FC. Mixoma odontogênico – tratamento cirúrgico radical. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camara-
gibe v.12, n.4, p. 33-38, out./dez. 2012.

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580 – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO DE


EXTENSO LIPOMA

Autores: GUILHERME PIVATTO LOUZADA (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);-
CLAITON HEITZ (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); FABIO DAL MORO MAITO
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); ANDRÉ XAVIER FAVORETTO (PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); RICARDO GIACOMINI DE MARCO (PONTIFÍCIA UNIVERSI-
DADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: O lipoma intra-oral é uma neoplasia benigna originada de tecido mesenquimal, composta por adi-
pócitos maduros, sendo incomuns na cavidade oral e maxilofacial com incidência de apenas 1 a 4% de todos os
tumores benignos de mucosa oral. Como diagnóstico diferencial pode ser citado às lesões de glândulas salivares,
hiperplasias fibrosas, neurofibromas e o hemangioma. O tecido mesenquimal adiposo é usualmente coberto por
uma fina camada de cápsula fibrosa. Os lipomas apresentam-se como massas nodulares, sésseis ou peduncu-
ladas, de consistência amolecida, aspecto gelatinoso e de superfície lisa, frequentemente são assintomáticos e
sem ulcerações. Sua etiologia e patogenicidade não está bem esclarecida, sendo relatada a influência de fatores
hormonais, endócrinos e inflamatórios. O diagnóstico final somente é obtido por meio de biópsia incisional ou
excisional, seguido de análise histológica. Seu tratamento é a excisão cirúrgica conservadora e recidivas não são
observadas. Objetivos: A proposta deste trabalho é relatar um caso de extenso lipoma intra-oral abordando a
importância do diagnóstico diferencial para tratamento. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 60 anos,
procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacaial da PUCRS vinculado ao Hospital São Lucas
para avaliar um aumento de volume na região massetérica do lado direito. A avaliação clinica e anamnese, foi
referido o surgimento de uma lesão de crescimento lento com evolução de aproximadamente 02 anos, indolor,
de consistência amolecida e limites precisos de forma arredondada. Foi solicitado Ecografia da região submandi-
bular direita, onde observou-se ao nível subcutâneo, na região lateral direita da mandíbula imagem nodular com
ecogenicidade heterogênea (padrão ecográfico sólido) medindo 2,4 x 1,9 x 1,0 cm, podendo ser relacionada com
lipoma. Após realizar o tratamento cirúrgico excisional, foi enviado o espécime ao exame histopatológico, consta-
tando em microscopia as características de Lipoma. Conclusão: Embora se trate de uma lesão rara e usualmente
com tamanho menor, as lesões de grande porte podem apresentar dificuldades diagnósticas e cirúrgicas, exigindo
para seu diagnóstico e tratamento exames complementares e técnicas cirúrgicas mais apuradas.

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583 – TUMOR NEURECTODERMICO MELANOCITICO DA


INFÂNCIA ASSOCIADO A CISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE
CASO

Autores: PEDRO EVERTON MARQUES GOES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);FRANCISCO PAULO
ARAUJO MAIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); LUDMILA FIGUEIREDO DA SILVA (UNIVERSIDADE FE-
DERAL DA PARAÍBA); POLLIANNA MUNIZ ALVES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); ANIBAL HENRIQUE
BARBOSA DE LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O tumor neurectodérmico melanocítico da infância (TNMI) é um neoplasma benigno, raro, com ori-
gem nas células da crista neural, descrito pela primeira vez no ano de 1918. Apresenta-se, geralmente, como um
aumento de volume, séssil, recoberto por mucosa íntegra, que apresenta coloração arroxeada ou enegrecida em
algumas áreas. Acomete, principalmente, pacientes com idade inferior a um ano, tendo forte prevalência para o
envolvimento da maxila e ligeira predileção pelo gênero masculino. Assim, o presente trabalho objetiva descrever
o caso clínico de uma paciente, de 06 meses de idade, cuja genitora buscou atendimento no Serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Lauro Wanderley, queixando-se de ter “nascido um
caroço na boca” de sua filha. A inspeção extra-oral, evidenciou aumento de volume em região maxilar direita e área
paranasal, gerando apagamento do sulco naso-labial e elevação da asa nasal. Ao exame intra-oral, foi observado
aumento de volume, em maxila anterior direita, firme a palpação, recoberto por mucosa íntegra, com presença de
telangiectasias e área central de aspecto translúcido e coloração arroxeada. O exame tomográfico evidenciou área
hipodensa, circunscrita, com calcificações internas, mantendo íntimo contato com o dente 51 e gerando deslo-
camento anterior do mesmo. Foi realizada biópsia incisional, a qual mostrou diagnóstico compatível com TNMI
associado a cisto de origem odontogênica. Diante destes achados, foi planejada e realizada excisão cirúrgica da
lesão, seguida de curetagem e ostectomia periférica, sob anestesia geral. No momento, a paciente encontra-se
com 14 meses de acompanhamento pós-operatório sem sinais clínicos e/ou radiográficos de recidiva da lesão.

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607 – TUMOR MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO:


RELATO DE CASO

Autores: LUDMILA SILVA DE FIGUEIREDO (*) (UFPB);ANÍBAL HENRIQUE BARBOSA LUNA (UFPB); PEDRO ÉVER-
TON MARQUES GÓES (UFPB); RODRIGO TOSCANO DE BRITO (UFPB); NATÁLIA LINS DE SOUZA (UFPB)

Introdução: O fibroma ameloblástico (FA) é um incomum tumor odontogênico beningo misto caracterizado por
proliferação neoplásica do epitélio e do ectomesênquima e constitui cerca de 2% dos tumores odontogênicos.
Acomete pacientes nas duas primeiras décadas de vida, pode estar associado a dente incluso (75%) ou falha na
erupção dentária. Não apresenta predileção por gênero e ocorre mais frequentemente na região posterior de
mandíbula (70%). O crescimento é lento, não infiltrativo, pode causar expansão das corticais ósseas bem como
deslocamento de elementos dentários. Geralmente é assintomático. Radiograficamente, observa-se imagem
radiolúcida com aspecto unilocular quando em menores dimensões e multilocular em maiores dimensões. As
margens da lesão tendem a ser bem definidas e podem mostrar-se esclerosadas. A detecção da lesão é realizada
através de exames radiográficos de rotina, quando há falha na erupção dentária ou devido à expansão óssea. O
diagnóstico se dá através do exame anatomopatológico. Histologicamente, apresenta-se como massa sólida de
tecido mole com superfície externa lisa. Cápsula definida pode ou não estar presente. Observa-se tecido me-
senquimal rico em células, lembrando a papila dentária primitiva e proliferação do epitélio odontogênico em
aspecto de cordões estreitos e longos ou em pequenas ilhas que lembram o estágio folicular de desenvolvimento
do órgão do esmalte. A taxa de recidiva desta lesão varia na literatura de 0% a 18% e 43,5% conforme o estudo.
O tratamento apropriado é alvo de discussão. Preconiza-se tratamento inicial conservador. A excisão cirúrgica
mais agressiva deve ser reservada para lesões recorrentes. O presente trabalho objetiva relatar o caso do paciente
JPS, gênero masculino, 5 anos, que compareceu ao Hospital Universitário Lauro Wanderley com seu responsá-
vel queixando-se de “dente que ‘tá’ demorando a ‘nascer’ e inchaço na gengiva”. Ao exame físico de face, não se
detectou assimetrias. Ao exame intra-oral, observou-se aumento de volume em região anterior de mandíbula do
lado direito e retardo na erupção do dente 82. Ao exame tomográfico, detectou-se área hipodensa com dimen-
sões médio-lateral de 3,8 centímetros e ântero-posterior de 1,4 centrímetros, estendendo-se do dente 83 até o
73, envolvendo o 82 e os germes dentários dos dentes 41, 42, 43, 44, 31, 32, 33 e 34. Após biópsia incisional, o
diagnóstico foi de fibroma ameloblástico. Realizou-se enucleação e curetagem da lesão, exodontia dos dentes 71,
72, 81, e 82 e germes dos dentes permanentes envolvidos na lesão. O paciente evoluiu satisfatoriamente e en-
contra-se em acompanhamento clínico e radiográfico há 10 meses sem sinais de recidiva. O diagnóstico precoce e
a instituição de tratamento conservador é primordial para diminuição da morbidade associada a procedimentos
cirúrgicos mais agressivos além de evitar deformidades cosméticas ao paciente. O prognóstico da lesão é bom,
mas é imprescindível acompanhamento regular dos pacientes.

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626 – TRATAMENTO CIRURGICO PARA MICROSTOMIA APÓS


LESÃO POR PARACOCCIDIOIDOMICOSE - RELATO DE CASO

Autores: JOSÉ LEOZIR PEDROSO JUNIOR (*) (HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL - RO);ROGÉRIO B. MORAES
(HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL - RO); JOAZIR C. FERREIRA JR (HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL - RO);
CARLOS A. DE ARRUDA JR (HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL - RO); MARCO A. B. VASQUES (HOSPITAL REGIO-
NAL DE CACOAL - RO)

Introdução: A Paracoccidioidomicose é uma infecção micótica sistêmica endêmica de grande incidência nos países
da América Latina. Quando não diagnosticada e tratada, pode levar ao rápido e progressivo envolvimento dos
pulmões, baço, fígado, órgãos linfoides do tubo digestivo e cavidade oral. O agente etiológico é um fungo deno-
minado Paracoccidioides brasiliensis que vive livre na natureza, provavelmente nas plantas, no solo e na água. O
grande fator de risco para aquisição da infecção são as profissões ou atividades relacionadas ao manejo do solo
contaminado com o fungo, como por exemplo, atividades agrícolas, práticas de jardinagens, entre outros. Em
muitos casos a localização primária do fungo ocorre na mucosa bucal, apresentando sintomas como sialorréia,
halitose, sangramento no local da lesão, mobilidade dentária, dor, ardor e, ainda tumefação difusa no lábio e
lesões se estendendo para faringe e laringe. As lesões podem gerar odinofagia, diversos graus de disfonia, ou mes-
mo afonia . Outra complicação é a fibrose gerada pelo processo cicatricial, que dependendo da sua extensão pode
levar à microstomia . A microstomia é uma redução na abertura oral decorrente do processo de cicatrização hi-
pertrófica, principalmente em região de comissura, que pode resultar em alterações na habilidade de se alimentar,
no controle de saliva, na higienização oral, dificuldades nos procedimentos odontológicos, além de deformidades
estéticas, associadas ao comprometimento dental e esquelético. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso
clínico, na qual o paciente N.N. 60 anos, masculino foi encaminhado ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bu-
comaxilo Facial do Hospital Regional de Cacoal – Ro, com histórico de tratamento para Paracoccidioidomicose à
10 anos, com queixa de dificuldade de abertura bucal há 07 anos . Ao exame físico notou-se limitação de abertura
bucal, com intenso cordão fibroso em região de lábio superior e mucosa jugal lado direito, má higiene oral, com-
promentimento da saúde dentária e periodontal generalizada e pelo histórico e avaliação clínica foi diagnosticado
com microstomia proveniente de sequela fibrosa após tratamento para Paracoccidioidomicose. A remoção das
lesões ocorreu sob anestesia geral,através da técnica de Converse (1959) onde foi removida a fibrose cicatricial e o
reposicionamento da comissura labial, baseado na distância interpupilar. O resultado pós-operatório foi bastante
satisfatório onde notou-se melhora na abertura bucal e na motricidade labial, melhora na higiene oral, na dicção,
na alimentação e após 01 ano de acompanhamento os resultados positivos foram mantidos com ausência de re-
cidiva e boa cicatrização das feridas. Foi concluído que a Paracoccidioidomicose é uma doença grave, que mesmo
tratada de maneira correta pode gerar diversas sequelas, entre elas a microstomia, que necessita de tratamento
cirúrgico adequado, garantindo resultados satisfatórios e qualidade de vida do paciente.

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681 – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CIRÚRGICO DE MÁCULA


MELANÓTICA ORAL

Autores: ILSON DIVINO DO NASCIMENTO FILHO (*) (DISCENTE EM ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO
UNIRG);VALÉRIA DE LEMOS BRANDÃO (DISCENTE EM MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG); JAMIL
ELIAS DIB (DOCENTE DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG E CIRURGIÃO BUCOMAXILOFACIAL);

Introdução: As máculas melanóticas orais são pigmentações planas, marrons, azuis ou negras presentes na mu-
cosa devido a um aumento centrado de células contendo melanina, que ocorre na zona de vermelhão do lábio
inferior, mucosa jugal, gengiva e palato, de etiologia ainda não esclarecida. Grande parte das amostras de biópsias
indicam predileção sexo feminino (2:1) , em pacientes brancos, com idade média de 43 anos. Clinicamente são
menores que 1 cm, não sofrem alterações aceleradas de tamanho ou cor. A lesão típica aparece como uma mácula
oval ou redonda, indolores, bem demarcada, podendo ser solitária ou, em menor incidência, múltiplas. A gran-
de maioria aparece de forma lenta, porém ocasionalmente podem atingir seu diâmetro máximo rapidamente,
permanecendo constante depois disso. Este trabalho tem por objetivo descrever as características clínicas e o
tratamento da mácula melanótica oral relatando o caso de uma paciente de 47 anos de idade, de etnia oriental,
com uma pigmentação de coloração enegrecida bem definida, menor do que 7mm, assintomática, localizada em
mucosa labial inferior, sem elevação ou depressão em relação aos tecidos circunjacentes a lesão, com surgimento
de aproximadamente 3 anos. Foi realizado o procedimento cirúrgico de biópsia excisional, seguido de envio da
lesão em sua totalidade para exame histopatológico obtendo como resultado de mácula melanótica oral. Palavras-
-chaves: procedimento cirúrgico bucal, biópsia, pigmentação.

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683 – ESTUDO DA EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS DA VIA


DE SINALIZAÇÃO WNT/&#946;-CATENINA EM TUMORES
ODONTOGÊNICOS QUERATOCÍSTICOS ANTES E APÓS A
MARSUPIALIZAÇÃO

Autores: LUIZ FERNANDO BARBOSA DE PAULO (*) (HOSPITAL DE CLINICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE
UBERLANDIA);JOÃO PAULO SILVA SERVATO (DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA ORAL, UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLANDIA); PAULO ROGÉRIO DE FARIA (DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA ORAL, UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE UBERLANDIA); SERGIO VITORINO CARDOSO (DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA ORAL, UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLANDIA); ADRIANO MOTA LOYOLA (DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA ORAL, UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLANDIA)

Introdução: O Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) consiste em um tumor benigno intraósseo de origem
epitelial odontogênica, uni ou multicístico, caracterizado histologicamente por um epitélio pavimentoso estrati-
ficado paraqueratinizado, com potencial infiltrativo agressivo e altas taxas de recorrência. Como uma forma mais
conservadora de tratamento, tem-se utilizado a marsupialização, a qual promove uma gradual redução do tama-
nho do cisto, bem como mudanças no tecido epitelial dos TOQ de epitélio paraqueratinizado para pavimentoso
estratificado não queratinizado. A ativação aberrante da via de sinalização Wnt/&#946;-catenina está associada
com o potencial de proliferação de células epiteliais, contribuindo para o desenvolvimento de neoplasias orais.
O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre as mudanças histopatológicas que ocorrem nos TOQ após
a marsupialização e a expressão das proteínas envolvidas na via de sinalização Wnt/&#946;-catenina (Wnt-1,
APC, GSK-3&#946;, &#946;-catenina, Lef-1, Ciclina D1, C-myc e Ki-67). Amostras teciduais de 15 casos de TOQ
antes e após a marsupialização foram submetidas ao processo de imuno-histoquímica, buscando a detecção das
proteínas citadas. Os achados demonstram que a marsupialização associada à enucleação de lesões pequenas
pode contribuir para reduzir a possibilidade de recidiva dos TOQ, tendo em vista que, nessa série, nenhuma
recorrência foi observada. O epitélio morfologicamente alterado (indiferenciado) do epitélio neoplásico após a
marsupialização apresenta modificações da expressão da via Wnt/&#61538;-Catenina, traduzida pela redução da
expressão de alguns produtos gênicos, o que pode sugerir que as mudanças morfológicas estejam associadas com
redução no nível de ativação da via.

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689 – FIBROMA DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO

Autores: ILSON DIVINO DO NASCIMENTO FILHO (*) (DISCENTE EM ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO
UNIRG);VALÉRIA DE LEMOS BRANDÃO (DISCENTE EM MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG);

Introdução: O fibroma é o “tumor” mais incidente da cavidade bucal, sendo melhor descrito como uma hiperpla-
sia reacional do tecido conjuntivo fibroso causado por uma irritação local ou traumática. Há relatos de diferentes
pigmentações em sua extensão, podendo ser semelhantes à mucosa circunscrita a lesão, marrons ou acinzenta-
das. Podem acontecer em qualquer local na boca, sendo bem frequentes na linha de oclusão na mucosa jugal, mu-
cosa labial, língua e gengiva. A maioria é séssil, apesar de alguns serem pedunculados. Comumente apresenta-se
como um nódulo indolor, a menos que esteja associado a uma ulceração traumática da superfície. Grande parte
das amostras de biópsias indicam predileção do sexo masculino (2:1) , mais comuns na 4ª e 6ª décadas de vida. O
tratamento consiste na excisão cirúrgica conservadora e posterior envio para análise histopatológica. A cirurgia
conservadora possui taxas mínimas de recidiva e a histopatologia deve ser realizada pois clinicamente podem ha-
ver características similares a outros tumores benignos ou malignos. O presente trabalho descreve o diagnóstico,
características e forma de tratamento do fibroma. Palavras-chaves: fibroma, diagnóstico bucal, estomatologia.

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691 – HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL: AVALIAÇÃO CLINICA E


HISTOPATOLÓGICA DE 193 CASOS DIAGNÓSTICADOS EM UM
SERVIÇO DE CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL NO BRASIL

Autores: JULIANA CAMPOS PINHEIRO (*) (UNIVERSIDADE TIRADENTES);JOHN LENNON SILVA CUNHA (UNIVER-
SIDADE TIRADENTES); FRANCISCO DE ASSIS ALMEIDA LIMA JÚNIOR (UNIVERSIDADE TIRADENTES); LOARA
GABRIELLA ROQUE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); THIAGO DE SANTANA SANTOS (UNIVERSIDADE
TIRADENTES)

Introdução: A hiperplasia fibrosa focal (HFF) , ou fibroma traumático é uma lesão reacionária hiperplásica do teci-
do conjuntivo bucal. É a lesão mais comum na cavidade bucal, porém há uma escassez de estudos publicados a seu
respeito. Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento retrospectivo de casos de HFF em um período
de 18 anos. 193 casos foram analisados no período entre 1992 e 2009, na Universidade de Pernambuco, onde
somente os pacientes com diagnóstico histopatológico da lesão foram incluídos no estudo. Foram analisados os
dados com relação a idade e gênero do paciente, as características da lesão, presença de dor, histórico de trauma,
tratamento, acompanhamento e retorno do paciente. A análise dos dados foi feita limitando-se à descrição das
variáveis, proporções e médias, resumidas em imagens e gráficos. Nos casos analisados, a localização mais co-
mum foi na mucosa bucal (61,7%) , seguida pelo lábio inferior (10,4%) e dorso da língua (5,7%). Em relação aos
resultados obtidos, 41,4% dos casos estavam concentrados na quinta década de vida, 70,5% eram do sexo femi-
nino, 90,7% dos pacientes relataram a ocorrência de trauma prévio à lesão e apenas 7,8% relataram dor. As lesões
raramente ultrapassam 02 mm de diâmetro e o tratamento empregado em todos os casos foi a excisão cirúrgica
sob anestesia local. Este estudo é de grande importância pela divulgação de informações a respeito da HFF em
uma determinada região, abrindo a possibilidade de comparação com outros estudos realizados em diferentes
localidades.

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692 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMOR ODONTOGÊNICO


CERATOCÍSTICO EM ADOLESCENTE – RELATO DE CASO

Autores: RICARDO JOSÉ DE HOLANDA VASCONCELLOS (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
- UPE);PALOMA RODRIGUES GENÚ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ - UPE); ANDRÉ VAJGEL FER-
NANDES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ - UPE); ERICK ANDRÉS ALPACA ZEVALLOS (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ - UPE); SAULO QUEIROZ DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO
CRUZ - UPE)

Introdução: O ceratocisto odontogênico, atualmente denominado de tumor odontogênico ceratocístico, é uma


patologia do grupo dos tumores odontogênicos em decorrência das características análogas às neoplasias, como
a alta taxa de recorrência e mecanismo de crescimento distinto. De etiologia incerta, acredita-se estar relacionado
aos remanescentes epiteliais da lâmina dentária. Desenvolve-se comumente na região posterior da mandíbula,
com crescimento lento e assintomático através do trabeculado ósseo medular. Radiograficamente, o padrão uni-
locular é o mais frequente, entretanto também é encontrado com aspecto multilocular. O presente trabalho tem
como objetivo relatar o caso clínico de uma paciente jovem, portadora de tumor odontogênico ceratocístico em
região posterior de mandíbula, ocasionando deformidade facial perceptível. Inicialmente, foi indicada para cirur-
gia de ressecção óssea radical, em outro serviço, cujo planejamento foi alterado para curetagem da lesão devido à
localização e extensão da patologia, a idade da paciente e a consequente repercussão psicossocial da adolescente
diante de uma abordagem terapêutica agressiva. O procedimento foi executado sob anestesia geral por acesso
intrabucal. A paciente encontra-se com seguimento de oito anos, apresentando completo reestabelecimento do
arcabouço ósseo, sem sinais de recidiva.

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694 – ODONTOMA COMPLEXO EXTENSO ENVOLVENDO O SEIO


MAXILAR: RELATO DE CASO

Autores: BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP);FELIPE ALEXANDER CALDAS
AFONSO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP); JOSÉ BENEDITO DIAS LEMOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
USP); MARCIA MARIA DE GOUVEIA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP); MONYQUE CUNHA TRINDADE (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO DA USP)

Introdução: O Odontoma é considerado o tumor mais frequente dos maxilares, tendo sido relatada a preva-
lência de 22% dentre todos os tumores odontogênicos. É definido como um tumor misto contendo células do
epitélio e ectomesênquima odontogênico, exibindo tecidos de origem dental diferenciados (esmalte, dentina,
cemento e polpa). Seu desenvolvimento se dá ao longo da formação da dentição, porém pode ser descoberto já
na fase adulta, sendo que em sua maioria, a descoberta se dá nos exames radiográficos de rotina para avaliação
de dentes não irrupcionados. A etiologia ainda é incerta, porém o trauma local, processos infecciosos, genética
e influências no desenvolvimento são causas possíveis. Radiograficamente e histologicamente eles são divididos
em dois padrões: composto e complexo, baseado no grau de diferenciação e similaridade morfológica com dentes
maduros. O Odontoma Composto caracteriza-se pela presença de estruturas semelhantes a dentes (dentículos)
, com um alto grau de diferenciação histológica, podendo ser diferenciadas áreas de esmalte, dentina, cemen-
to e polpa. Frequentemente encontrados em regiões anteriores, geralmente impedindo a irrupção da dentição
permanente. Odontomas complexos mostram-se em um padrão amorfo. Usualmente, apresentam-se com mais
frequência em regiões posteriores de mandíbula e possuem um alto potencial de crescimento. O objetivo deste
trabalho é apresentar um relato de caso de um odontoma complexo extenso em região de seio maxilar esquerdo
com envolvimento de dente incluso. Paciente R.S.R, 28 anos, gênero feminino, parda, foi internada no Hospital
Universitário da USP em janeiro de 2015 com histórico de dor e aumento de volume em face há 10 dias, tendo
sido realizada antibioticoterapia e realização de tomografia computadorizada de face, a qual evidenciou lesão
óssea em vidro despolido em seio maxilar esquerdo associada com dente incluso. A paciente foi então submetida
a biópsia incisional da lesão sob anestesia local, no qual o laudo anatomopatológico definiu lesão com aspecto his-
tológico compatível com odontoma complexo. A paciente foi submetida a procedimento cirúrgico sob anestesia
geral em março de 2015, para enucleação e curetagem local, tendo sido realizado o fechamento do defeito ósseo
com retalho de bola de bichat e reaproximação das margens para cicatrização por primeira intenção. A paciente
evoluiu bem no pós-operatório imediato, sem complicações. No pós-operatório de 02 meses a paciente encontra-
va-se bem, sem queixas estéticas ou funcionais, com boa simetria facial e ferida intra-oral totalmente cicatrizada
e de bom aspecto. Em conclusão, o tratamento de escolha para os odontomas é a remoção cirúrgica, sendo que o
potencial de recidiva é baixo, visto que no caso exposto acima, a abordagem conservadora permitiu a preservação
da anatomia local, com um adequado resultado estético final.

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697 – FRATURA PATOLÓGICA MANDIBULAR DECORRENTE DE


MIELOMA MÚLTIPLO

Autores: LUCAS BORIN MOURA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA);LUIS FERNAN-
DO DE OLIVEIRA GORLA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA); MARISA APARECIDA
CABRINI GABRIELLI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA); MARIO FRANCISCO REAL
GABRIELLI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA); VALFRIDO ANTONIO PEREIRA FILHO
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP/ARARAQUARA)

Introdução: O mieloma múltiplo é uma neoplasia caracterizada pela proliferação de células plasmocitoides secre-
toras de imunoglobulinas anormais, resultando em complicações locais e sistêmicas, como fraturas patológicas
e nefropatia. Clinicamente, tem predileção pela região posterior de mandíbula apresentando-se como uma área
unilocular bem delimitada ou área osteolítica com bordos mal definidos. Com maior incidência entre a quinta e
sétima década de vida, e maior predileção pelo sexo masculino 4:1. O objetivo da apresentação será relatar um
caso de paciente do sexo masculino, 70 anos, com fratura patológica em ângulo mandibular direito devido à
plasmocitoma, com histórico de fratura patológica em ângulo mandibular contralateral (esquerdo) , há 13 anos,
tratado em outro serviço e sem diagnóstico por escrito. Após investigação foi diagnosticado quadro de mieloma
múltiplo, porém antes do início do tratamento o paciente sofreu falência renal e óbito. O diagnóstico diferencial
é necessário neste padrão de lesão visto que o mieloma múltiplo apresenta uma taxa de sobrevida, em cinco
anos, de 5,7% e a presença de lesões mandibulares representam um estágio avançado da doença, necessitando o
tratamento em caráter de urgência.

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709 – GRANDE TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE EM


MAXILA - RELATO DE CASO

Autores: DANILO DE PAULA RIBEIRO BORGES (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);ADRIA-
NO SILVA PEREZ (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); RENAN FERREIRA TRINDADE (ESCOLA
BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); VICTOR ARAUJO BARBOSA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E
SAÚDE PÚBLICA); WILTON COSTA NETO (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é uma lesão benigna derivado do epitélio odontogênico.
Descrito pela primeira vez por Ghosh em 1934, teve diversas denominações, dentre elas adamantinoma, adenoa-
meloblastoma e tumor adenomatoide ameloblástico. No intuito de definir uma nomenclatura mais abrangente,
e evitar confusão entre os clínicos pelo uso do termo “Adenoamloblastoma”, Philipsen e Birn (1969) sugeriram
a terminologia “Tumor odontogênico adenomatoide”. O TOA representa 3% a 7% de todos os tumores odonto-
gênicos, sendo considerado o quarto tipo mais comum. De crescimento lento e sem comportamento invasivo,
geralmente assintomático, pode causar expansão cortical e deslocamento dos dentes adjacentes. Seu diâmetro
varia entre 1,5 e 3 cm, sendo mais comum na região anterior da maxila. Sua ocorrência é maior em mulheres
entre a segunda e terceira décadas de vida. Radiograficamente, o TOA apresenta-se, em sua maioria, como le-
sões radiolúcidas uniloculares, bem circunscritas, podendo possuir áreas radiopacas no seu interior, associados
com frequência a um dente retido. Suas características radiográficas são similares a de outras lesões que afetam
a mesma região, como o cisto dentígero. Seu diagnóstico é histológico, e os achados são bem característicos. O
tratamento de eleição do TOA é a enucleação da lesão, apresentando índice de recidiva muito baixo. Neste traba-
lho é relatado um caso de tumor odontogênico adenomatoide, associado à coroa de um incisivo lateral superior
incluso, que levou a impacção do canino superior, em uma mulher de 25 anos de idade, melanoderma, bem como,
revisar os aspectos clínicos, radiográficos, biológicos e tratamento desta incomum lesão.

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714 – DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE GARDNER A PARTIR DE


MANIFESTAÇÃO BUCO-MAXILO-FACIAL

Autores: BRUNNA SANTOS BARRETO (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);WASHINGTON
PELLEGRINI (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); CÍNTIA MIRANDA (ESCOLA BAHIANA DE ME-
DICINA E SAÚDE PÚBLICA); THAISE FERREIRA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); MARCIO
MARCHIONNI (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: A síndrome de Gardner é uma desordem rara, determinada por um gene autossômico dominante, na
qual aproximadamente um terço dos casos acontece espontaneamente e parece representar mutações genéticas.
Esta síndrome é considerada como parte de um espectro de doenças caracterizada por poliposecolorretal familial,
além de outras anormalidades gastrointestinais que são observadas juntas com uma variedade de achados que
podem envolver a pele, tecidos moles, retina, sistema esquelético e dentes. Anomalias orais e faciais são comu-
mente observadas em pacientes afetados por esta desordem, entre elas, pode-se destacar a presença de odonto-
mas, impactação de dentes e dentes supranumerários, embora este último achado não seja tão frequente nesta
síndrome. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, 21
anos, que compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CTBMF) , do Hospital Geral
Roberto Santos/Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, o qual foi diagnosticado com síndrome de Gardner,
por meio de manifestações Buco-Maxilo- Faciais: dentes supranumerários impactados, odontomas e agenesia
dentária. A partir destes sinais, foi realizada uma avaliação gastrenterológica e a presença de pólipos intestinais
foi confirmada, chegando-se ao diagnóstico final de síndrome de Gardner. A paciente foi submetida a cirurgia
sob anestesia geral para exodontia das unidades impactadas e exérese dos tumores. Atualmente, encontra-se em
acompanhamento pela equipe de CTBMF e pela equipe de cirurgia do aparelho digestivo.

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716 – TRATAMENTO DE OSTEOMIELITE MANDIBULAR: RELATO


DE CASO

Autores: ALAN LEANDRO CARVALHO DE FARIAS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ);THAÍS CRISTINA DE
ARAÚJO MOREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UFPI); WALTER LEAL DE MOURA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
UFPI); SIMEI ANDRÉ DA SILVA RODRIGUES FREIRE (); LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO UFPI)

Introdução: Osteomielite (OM) é definida como uma inflamação progressiva do osso e medula óssea e é encon-
trada mais comumente nos ossos que suportam os dentes no esqueleto facial. A OM é uma doença raramente en-
contrada em países desenvolvidos e tem maior incidência em nações subdesenvolvidas. Fatores locais, tais como
trauma e infecção dental, estão frequentemente associados com o aparecimento de OM. A presença de dentes
cria um caminho direto para o osso através de doença pulpar e periodontal. Os fatores sistêmicos que predispõem
os indivíduos a OM incluem diabetes, anemia, desnutrição, doenças malignas, estado imunocomprometido, e
outras doenças que se manifestam com hipovascularização do osso. Seu curso clínico é descrito como dor crônica
e inflamação com períodos de exacerbação. Complicações graves, tais como fraturas patológicas e lesões nervosas,
são comumente relatadas. O tratamento da OM é um grande desafio devido à localização anatômica e natureza
polimicrobiana da doença, além do estado fisiológico dos pacientes que geralmente está debilitado. A OM mais
comumente envolve a mandíbula, o que dificulta o seu tratamento. Antibióticos, anti-inflamatórios não esteroi-
dais, e esteroides são amplamente administrados para controlar os sintomas, no entanto, eles raramente alteram
a frequência de recorrência e a duração da doença. As intervenções cirúrgicas de diferentes graus são geralmente
indicadas. No entanto, mesmo com condução adequada, o curso do tratamento podem se tornar extraordinaria-
mente caro, com internações longas e administração de antibióticos prolongada, mostrando a importância do
diagnóstico e intervenção precoce. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de uma paciente que procu-
rou o serviço de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial do Hospital Universitário da Universidade Federal do
Piauí, tendo como queixa “dor nos dentes e mandíbula com secreção de pús”. A paciente era portadora de lúpus
eritematoso sistêmico foi encaminhada ao serviço de reuamatologia do mesmo hospital, onde foi internada parar
controle da doença de base e foi submetida a procedimento de exodontia dos dentes 41,42, 31 e raiz do 32,33 e
34 associado a exérese de fístulas cutâneas e decorticalização sob anestesia geral. A paciente evoluiu bem, sem
complicações ou queixas e melhora do quadro infeccioso e álgico. Em vista destes argumentos o diagnóstico e
intervenção precoce se fazem mandatórios, para um correto tratamento e obtenção de menores complicações
para o paciente.

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717 – NEUROMA MUCOSO EM REGIÃO ANTERIOR DE


MANDÍBULA EM CRIANÇA: RELATO DE CASO

Autores: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA (UFMS) );SÍLVIA ROBERTA CIESLAK
SANCHES X (FACULDADE DE ODONTOLOGIA (UFMS) ); OLÍVIA TOSTA DE MACEDO VIANNA MATEUS (FACULDA-
DE DE ODONTOLOGIA (UFMS) ); PAULA OLIVEIRA LOPES (FACULDADE DE ODONTOLOGIA (UFMS) ); ROSANA
MARA GIORDANO DE BARROS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA (UFMS) )

Introdução: Neuromas mucosos são um dos componentes do subtipo 2B das Neoplasias endócrinas múltiplas
(NEM) que são síndromes genéticas com caráter autossômico dominante, caracterizadas pelo envolvimento tu-
moral de glândulas endócrinas, divididas em dois tipos. A NEM tipo 1 tem desenvolvimento de tumores em glân-
dulas adrenais, paratireoide, ilhotas pancreáticas e hipófise. Já a NEM tipo 2 subdividida em 2 tipos: A, acomete
as glândulas adrenais, paratireoide e tireoide. A NEM tipo 2B caracteriza-se por lesões nodulares ou tumorais
únicas ou múltiplas que na maioria das vezes se desenvolvem nos primeiros anos de vida, acometem a língua,
mucosa jugal, palato e gengiva – neuromas mucosos. Outros achados são as ganglioneuromatoses intestinais,
envolvimento tumoral maligno em tireoide e tumor benigno em glândulas adrenais. Os indivíduos apresentam
constituição corporal marfanoide e dolicocefalia. A face é estreita, os lábios espessos e protuberantes, mordida
anterior aberta e diastemas nos dentes anteriores. Apresenta-se caso clínico de paciente do gênero feminino,
parda, 5 anos, que compareceu ao serviço de “Diagnóstico Histopatológico em Doenças Bucais” na Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Foi encaminhada de um cirurgião bucomaxilofacial
para realizar exame histopatológico e prosseguimento do tratamento. Ao exame clínico, observou-se membros fi-
nos e alongados, manchas “café-com-leite” dispersas pelo tronco, bossa frontal e hipertelorismo, dentes decíduos,
germes dos permanentes em formação (radiograficamente) e lesão tumoral de base séssil em mucosa gengival
inferior na região dos elementos 72 ao 83, com textura e coloração semelhante à mucosa gengival e firme à palpa-
ção. Durante a anamnese foi observado que o pai da criança apresentava inúmeros nódulos moles e manchas de
coloração “café-com-leite” e uma bolsa tumoral na pele em região póstero-lateral do tórax, sugestivas de neurofi-
bromatose tipo I. Na paciente, foi realizada biópsia incisional da lesão. De acordo com o exame histopatológico, o
tecido conjuntivo mostrava numerosos feixes nervosos com disposição circular e discreto espessamento do peri-
neuro. Por meio da avaliação do quadro clínico e do laudo histopatológico de neuroma mucoso foi diagnosticada
Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2B. A paciente foi encaminhada ao endocrinologista, pediatra e geneticista.
Exames extra e intra-bucais minuciosos são imprescindíveis para que o paciente seja atendido de forma integral,
considerando que alterações bucais, por vezes, estão atreladas a doenças sistêmicas. A falta de patologistas es-
pecializados em doenças orais nos diferentes níveis de atenção em saúde faz com que o cirurgião bucomaxifacial
tenha, muitas das vezes, a responsabilidade profissional em suprir essa demanda, tanto na realização diagnóstico
quanto no encaminhamento. O diagnóstico precoce, realizado através da boca, determina melhora na qualidade
de vida dos pacientes e prognóstico favorável.

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726 – SIALÓLITO EM GLÂNDULA SUBLINGUAL: RELATO DE


CASO

Autores: JOÃO MARQUES MENDES NETO (*) (UESPI);THAÍS CRISTINA DE ARAÚJO MOREIRA (UFPI); ALA LEAN-
DRO CARVALHO DE FARIAS (UFPI); LUIDE MICHAEL ROFRIGUES FRANÇA MARINHO (UFPI); ÉWERTON DANIEL
ROCHA RODRIGUES (UFPI)

Introdução: A sialolitíase é uma patologia caracterizada pela presença de calcificações de crescimento lento que
acometem as glândulas salivares e seus ductos. As glândulas maiores, principalmente a glândula submandibular,
são mais acometidas segundo a literatura. Acomete principalmente o gênero masculino e embora possam ocorrer
em qualquer idade sua incidência é maior em indivíduos entre 30 e 60 anos de idade. Em geral são assintomáticos
e sua evolução pode gerar edema e dor na região afetada, seu diagnóstico é clínico e radiográfico. O tratamento
depende da localização e tamanho do calculo salivar e pode variar desde procedimentos simples como a remoção
do cálculo do interior do ducto da glândula afetada até a exérese da glândula salivar, quando este está em seu in-
terior. Objetivo do presente trabalho é apresentar um caso de uma paciente de iniciais M.M.M.S que compareceu
ao serviço ambulatorial de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial do Hospital Universitário da Universidade
Federal do Piauí queixando-se de aumento de volume em região sublingual. Após exame clínico e imaginológico
chegou-se ao diagnóstico de sialólito em glândula sublingual, onde optou-se por sua remoção cirúrgica sob anes-
tesia local em ambiente ambulatorial. A paciente evolui bem, sem sinais de complicações ou recidiva e encontra-
-se em acompanhamento pelo serviço. Em vista destes argumentos a sialolitíase é de ocorrência comum e se faz
necessário um correto diagnóstico para o tratamento satisfatório destas injúrias.

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735 – AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES


COM LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Autores: SAMARA PEREIRA QUEIROZ (*) (UFBA/OSID);WALTER SURUAGY MOTTA PADILHA (UFBA/OSID); ALE-
XANDRE MARTINS SEIXAS (UFBA/OSID); GEORGES SOUZA DE BURGHGRAVE (UFBA/OSID);

Introdução: As luxações da articulação temporomandibular consistem no travamento do côndilo em uma posi-


ção anormal, geralmente, anterior à eminência articular. Algumas doenças sistêmicas ou condições anatômicas
podem favorecer o deslocamento articular. Essa pesquisa tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico de
pacientes com luxação da articulação temporomandibular que foram atendidos pela equipe de CTBMF do Hos-
pital do Oeste, em Barreiras, na Bahia, no período de 2010 a 2014. O estudo foi retrospectivo e composto de 37
pacientes, que apresentaram 53 luxações. Os resultados mostraram um maior número de pacientes do gênero
feminino (51,4%) , na terceira década de vida (45,9%) e de luxação bilateral (73,6%). A idade média foi 35,19
anos, sendo a recidiva evidenciada em 45,9% dos indivíduos. O tempo de luxação variou de 0,25 até 96 horas e
o bocejo foi o principal fator etiológico (40,5%). Alterações psicológicas ou neurológicas e o uso de medicações
foram associados com a recidiva, notando uma relação estatisticamente significativa, com maior quantidade de
luxação nesses pacientes. Com isso, pode ser concluído que o quadro epidemiológico de luxação da articulação é
semelhante ao relatado na maioria dos estudos e que algumas condições psicológicas ou neurológicas, bem como
o uso de alguns tipos de medicamentos predispõem a sua ocorrência. Palavras-chave: Transtornos da Articulação
Temporomandibular; Luxações; Distonia.

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753 – CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE ASSOCIADO A


ODONTOMA COMPOSTO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: ALISSON DOS SANTOS ALMEIDA (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA /HOSPITAL
GERAL ROBERTO SANTOS);THALES MORGAN GUIMARÃES DE SÁ (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE
PÚBLICA /HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); EDUARDO DE LIMA ANDRADE (ESCOLA BAHIANA DE MEDICI-
NA E SAÚDE PÚBLICA /HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); BRUNNA SANTOS BARRETO (ESCOLA BAHIANA
DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA /HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); ANTÔNIO MÁRCIO MARCHIONNI
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA /HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS)

Introdução: O cisto odontogênico calcificante é uma lesão rara que apresenta diversas variantes clínicas e histo-
lógicas. Suas características e comportamento clínico são bastante variáveis, podendo se portar como um cisto
ou como uma neoplasia agressiva. É uma lesão predominantemente intra-óssea que pode estar associado ou não
a dentes inclusos e a tumores odontogênicos, em especial ao odontoma. Os odontomas são os tumores odonto-
gênicos mais comuns, formado pela proliferação excessiva de tecidos odontogênicos totalmente desenvolvidos,
sendo, por alguns autores, considerados harmatomas.O Objetivo é relatar um caso clínico de cisto odontogênico
calcificante associado a um odontoma composto tratados com enucleação e curetagem. Paciente do sexo mascu-
lino,04 anos,melanoderma,compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CTBMF) ,
do Hospital Geral Roberto Santos/Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com um aumento de volume em
região de parassínfise mandibular esquerda sem sintomatologia dolorosa e com evolução de cerca um ano. Radio-
graficamente observou-se uma área radiolúcida, bem definida, que causava expansão da cortical óssea vestibular
da mandíbula. No interior da lesão era possível observar estruturas radiopacas semelhantes a dentes. Foi realiza-
da enucleação e curetagem da lesão e encaminhamento do material para estudo histopatológico, cujo diagnóstico
foi conclusivo para cisto odontogênico calcificante associado a odontoma composto. O paciente encontra-se no
décimo terceiro mês pós-operatório, fazendo acompanhamento ambulatorial e controle radiográfico da lesão, que
não apresentou até o momento sinais de recidiva. O cisto odontogênico calcificante é uma lesão peculiar, de varia-
do comportamento clínico, que obriga o cirurgião dentista a avaliar e correlacionar cuidadosamente a história e
os achados clínicos e radiográficos, para definir a melhor forma de tratamento. Descritores : Cistos Ósseos; Cisto
Odontogênico Calcificante; Odontoma.

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757 – INTERCORRÊNCIAS PÓS OPERATÓRIAS NAS


RECONSTRUÇÕES CIRÚRGICAS APÓS EXÉRESE DE
AMELOBLASTOMA: RELATO DE 3 CASOS CLÍNICOS

Autores: LAURA MALTA LOBO FERREIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);JANEYSA SANTOS
NEVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); PATRÍCIA MARIA DA COSTA REIS (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE MINAS GERAIS); MARCELO DRUMMOND NAVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);

Introdução: Ameloblastomas são tumores odontogênicos que correspondem a 1% de todos os cistos e tumores
da cavidade bucal, e 10% dos tumores odontogênicos em mandíbula. São localmente agressivos podendo atingir
grandes extensões e causar severas deformidades faciais e prejuízos funcionais. Um completo conhecimento do
seu comportamento clínico/patológico associado a um tratamento adequado da doença é essencial para evitar
recidivas. Existem diversas formas de tratamento para os diferentes tipos de ameloblastoma, sendo o tratamento
cirúrgico radical - ampla ressecção e reconstrução imediata - o mais indicado para a maioria dos casos. As inter-
corrências pós-operatórias mais comuns citadas na literatura são exposição de placa de reconstrução, perda de
parafusos e fratura de placa de reconstrução. O objetivo do presente trabalho é descrever intercorrências pós-
-operatórias de cirurgias de exérese de ameloblastoma em três casos clínicos tratados cirurgicamente no Serviço
de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Municipal Odilon Behrens e Universidade Federal de
Minas Gerais (Belo Horizonte – Minas Gerais) e discutir as abordagens possíveis e condutas preventivas. Todos
os pacientes possuíam radiografia panorâmica e tomografia computadorizada prévias à cirurgia. Para os que
se submeteram a reconstrução mandibular foi utilizada a prototipagem da área a ser operada. Intercorrências
encontradas nos casos clínicos: Caso 1: exposição de placa de reconstrução; Caso 2: afrouxamento de parafusos;
Caso 3: fratura da placa de reconstrução.Vários fatores podem influenciar nas complicações pós-operatórias,
porém certas condutas prévias as podem minimizar. O diagnóstico precoce da lesão de ameloblastoma, por exem-
plo, diminui a morbidade do procedimento. O contato do paciente com a equipe multidisciplinar envolvida no
tratamento diminui o impacto e a insegurança do mesmo em relação ao tratamento. A reserva de sangue e CTI
antes da cirurgia também minimizam as complicações. A realização de traqueostomia eletiva para a cirurgia
mantém a via área do paciente pérvia caso haja formação de edema importante e desinserção muscular (comuns
nesses casos). A utilização de placas de tamanho e formato adequados diminui o risco de fratura e exposição das
mesmas. A fixação adequada dos parafusos previne o afrouxamento e perda dos mesmos. Se já instalada uma
intercorrência, deve-se realizar uma abordagem multidisciplinar do paciente, a fim de corrigi-la e proporcioná-lo
condições estéticas/funcionais satisfatórias, conforto e qualidade de vida.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

761 – TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE EM PACIENTE


PEDIÁTRICO - RELATO DE CASO

Autores: BRUNA BARCELOS FERREIRA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);FERNANDA HERRERA DA


COSTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); JOÃO PAULO BONARDI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAU-
LISTA); RICARDO ALVES MATHEUS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CECILIA LUIZ PEREIRA-STABILE
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) , é um tumor de origem epitelial com efeito indutivo
ao ectomesênquima, com capacidade de produzir material semelhante à dentina, representando 1,7% a 3% de
todos os tumores odontogênicos. É considerado uma neoplasia benigna, comum em pacientes jovens, do gênero
feminino. Possui maior predileção de ocorrência nas porções anteriores dos maxilares, sendo a região anterior de
maxila duas vezes mais acometida do que mandíbula. A maioria dos casos relatados são assintomáticos, envol-
vendo caninos permanentes, não excedendo mais que 3 cm. Geralmente são descobertos em exames radiográfi-
cos de rotina ou investigação da não irrupção de dentes permanentes na segunda década de vida. O objetivo deste
trabalho é relatar um caso de tumor odontogênico adenomatoide que foge dos padrões geralmente encontrados,
pois se relaciona a um canino decíduo incluso em mandíbula (elemento 73) , de uma paciente com seis anos de
idade, que teve o diagnóstico através de um exame radiográfico de rotina quando se investigava a causa de não
erupção do elemento dentário em questão, bem como, por meio de uma revisão de literatura, discutir caracte-
rísticas clínicas, radiográficas, histopatológicas e métodos de tratamentos. Discutir-se-á ainda a importância de
exames complementares para estabelecimento do correto diagnóstico e estabelecimento da conduta terapêutica
a ser empregada.

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785 – LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: UMA REVISÃO


DE LITERATURA E RELATO DE CASO COM USO DE INJEÇÃO
INTRALESIONAL DE CORTICOSTEROIDE

Autores: LUANDSON NUNES DOS SANTOS BARBOSA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA);A-
NANDA LOBO P. COSTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA); NATIELE VILAS BOAS SANTOS
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA); ANTÔNIO V. CÂNCIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA
DE SANTANA); JENER G. FARIAS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA)

Introdução: A Lesão Central de Células Gigantes (LCCG) é uma lesão intraóssea benigna exclusiva dos ossos
gnáticos com predominância para o gênero feminino, que acomete com maior frequência a região anterior da
mandíbula, e que ainda gera controversas no meio científico. Visando coletar informações atuais acerca da LCCG
e discutir a aplicação de tratamentos alternativos para essa patologia, desenvolveu-se a presente revisão de lite-
ratura com o relato de caso clínico de uma paciente de 58 anos de idade, gênero feminino, faioderma e natural
de Jacobina/BA que, encaminhada pela Secretária Municipal de Saúde, procurou assistência odontológica no
Serviço de Estomatologia e Cirurgia Bucomaxilofacial da Santa Casa de São Félix – Bahia. Clinicamente, a pa-
ciente apresentava um aumento de volume na hemiface esquerda na área correspondente entre os elementos
dentários 21 a 24, sem sintomatologia dolorosa e com evolução lenta por um período de 10 meses. Os exames
clínicos radiográficos apontaram para a suspeita diagnóstica da LCCG, sendo confirmada após os resultados do
exame histopatológico das peças biopsiadas pela técnica incisional. Confirmado o diagnóstico de uma LCCG não
agressiva em região predominantemente anterior da maxila esquerda, escolheu-se a melhor forma terapêutica
para a paciente. Ao se considerar a possibilidade de comunicação buconasal, bucossinusal e outras deformidades
faciais decorrentes de uma terapia cirúrgica imediata, optou-se pelo uso de Injeção Intralesional de Corticoste-
roide. Após um ano, obtida uma relativa calcificação da lesão devido a ação do corticosteroide sobre os osteoclas-
tos, a paciente foi submetida a uma osteoplastia sob anestesia geral, não apresentando recidivas 9 meses após.
Conclui-se que o tratamento da LCCG com Injeção Intralesional de Corticosteroide pré técnica cirúrgica pode ser
usado como uma alternativa para evitar graves defeitos faciais, que poderiam desenvolver distúrbios funcionais,
estéticos e psicológicos no paciente. Descritores: Lesão Central de Células Gigantes, Terapia, Corticosteroides,
Calcitonina, Interferons

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791 – TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO EM REGIÃO DE


MENTO – RELATO DE CASO

Autores: VALDIR DE OLIVEIRA (*) (UNISA);CARLOS EDUARDO XAVIER S R S (UNISA); ANDRÉ CARVALHO RODRI-
GUEZ (UNISA); DANIELA MARTI COSTA (UNISA); MARCIO MARTINS (UNISA)

Introdução: O Tumor Odontogênico Ceratocístico - nova denominação para o Ceratocisto Odontogênico - é um


tumor que, acredita-se, pode ser originado por remanescentes da lâmina dentária, preferencialmente localizado
na mandíbula. De natureza benigna esse tumor tem evolução lenta e geralmente assintomática. Como caracte-
rística apresenta em seu interior substância viscosa ou cremosa, que se forma a partir de sua cobertura epitelial.
Pode apresentar abaulamento das corticais ósseas. Por apresentar alto poder rescidivante, a solução dessa pa-
tologia desafia as soluções de tratamento propostas e requer acompanhamento através de exames de imagem,
por tempo ilimitado. O presente trabalho apresenta um caso ocorrido em paciente do sexo feminino, na terceira
década de vida, na região do mento e de grandes proporções, onde foi realizada a exérese da lesão e reforço man-
dibular com placa de reconstrução.

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794 – SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL (SAB) : AVALIAÇÃO DE


ALTERAÇÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS EM LÍNGUA

Autores: ITALO CORDEIRO DE TOLEDO (*) (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG);REJANE FARIA RIBEIRO-ROTTA (FA-
CULDADE DE ODONTOLOGIA UFG); ALINE CARVALHO BATISTA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UFG); LUCIA-
NO ALBERTO DE CASTRO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UFG); DIEGO ANTONIO COSTA ARANTES (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA UFG)

Introdução: A síndrome da ardência bucal (SAB) é uma condição dolorosa crônica, de origem incerta que pode
afetar vários sítios da mucosa bucal, sendo a língua o sítio mais frequente. Alguns estudos têm sugerido que a
ardência lingual nos pacientes portadores de SAB pode estar associada a alterações nervosas periféricas. Objetivo:
Avaliar a densidade e integridade de filetes nervosos (FN) na região subepitelial da mucosa lingual de pacientes
com diagnóstico de SAB primária. Materiais e Métodos: A densidade (por mm²) de FN periféricos foi avaliada
comparativamente em amostras de mucosa lingual de pacientes clinicamente diagnosticados com SAB primária
(n=12) e de indivíduos com ausência de sinais e sintomas de ardência (grupo controle) (n=11). FN S100+ (células
de Schwann positivas) e PGP 9.5+ (axônios íntegros positivos) foram identificados pela técnica da imuno-histo-
química (métodos de polímeros). Resultados: Os achados revelam que pacientes com SAB apresentam densida-
des similares de FN periféricos S100 + (mediana= 3,7/mm²) quando comparados ao grupo controle (mediana=
2,6/mm²) (P=0,65). A densidade de FN íntegros ou PGP 9.5+ também foi semelhante entre os grupos avaliados
(mediana= 0,7 e 0,8mm², respectivamente; P=0,72). Além disso, a relação entre FN S100+ / PGP 9.5+ nos pacien-
tes com diagnóstico clínico de SAB e controles foi igual (P=0,7). Conclusão: Pacientes com diagnóstico clínico de
SAB primária não apresentaram alterações em morfologia, densidade e integridade de axônios de FN periféricos
em regiões sintomáticas da língua. A SAB primária é uma doença complexa, debilitante, cujo conhecimento de fa-
tores envolvidos na sua etiopatogenia pode proporcionar que novas modalidades terapêuticas sejam instituídas a
partir de bases cientificas sólidas em beneficio do paciente. Os dados clínicos permanecem como mais relevantes
no processo de diagnóstico de SAB.

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797 – FRATURA PATOLÓGICA DE MANDÍBULA POR


OSTEONECROSE, INDUZIDA POR USO DE BISFOSFONATOS.
CASO CLÍNICO.

Autores: VALDIR DE OLIVEIRA (*) (UNISA);CARLOS EDUARDO XAVIER S R S (UNISA); ANDRÉ CARVALHO RODRI-
GUEZ (UNISA); DANIELA MARTI COSTA (UNISA); MARCIO MARTINS (UNISA)

Introdução: Osteonecrose é o termo utilizado para descrever a morte das células ósseas quando os osteócitos se
apresentam acelulares e necróticos. A necrose também destroi as células ósseas endoteliais, impedindo o fluxo de
sangue dentro do osso. Clinicamente, a osteonecrose da mandíbula apresenta lesões intra-orais com exposição
óssea que simulam abscesso dental ou osteomielite, com ulceração local da mucosa oral e dor. A osteonecrose dos
maxilares, pode se originar como uma reação adversa ao uso dos bisfosfonatos. Os bisfosfonatos são potentes ini-
bidores da reabsorção e remodelação ósseas. Seu mecanismo de ação consiste na inibição da função dos osteoclas-
tos. Causa desequilíbrio na remodelação óssea (também promove uma mudança na ação dos osteoblastos). Os
bisfosfonatos têm sido indicados para o tratamento de doenças do metabolismo ósseo e outras específicas. Atual-
mente, seu emprego terapêutico aumentou e, com ele, efeitos colaterais adversos, dos quais o mais importante
para nossa área de atuação é a indução da osteonecrose dos maxilares, uma complicação de difíceis tratamento e
solução. O exato mecanismo de desenvolvimento da osteonecrose dos maxilares induzida por bisfosfonatos bem
como seu tratamento definitivo ainda não estão plenamente estabelecidos. Porém alguns cuidados preventivos
podem ser tomados na tentativa de dirimir ou diminuir o aparecimento da doença. Neste trabalho apresentamos
um caso bastante severo onde a osteonecrose levou à fratura espontânea da mandíbula de um paciente, fazendo-
-se necessária intervenção cirúrgica para remoção da lesão e fixação com placa de reconstrução.

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799 – MIÍASE ORAL E DOENÇA DE ALZHEIMER.


APRESENTAÇÃO DE UM CASO CLÍNICO

Autores: VALDIR DE OLIVEIRA (*) (UNISA);CARLOS EDUARDO XAVIER S R S (UNISA); ANDRÉ CARVALHO RODRI-
GUEZ (UNISA); DANIELA MARTI COSTA (UNISA); MARCIO MARTINS (UNISA)

Introdução: Miíase (doença da mosca – grego) é o termo para definir uma invasão de tecidos vivos de animais,
inclusive o homem, por ovos ou larvas de moscas da ordem díptera, sendo mais frequentemente observada em
países de clima tropical, como o Brasil. Sua ocorrência na cavidade bucal é rara, podendo manifestar-se em bolsas
periodontais, alvéolos pós extrações dentárias e outras localidades da cavidade bucal (gengivas, dentes, periodon-
to, língua).Os principais fatores predisponentes, são: falta de higiene bucal, senilidade, comprometimento neu-
rológico e halitose severa, fatores presentes em muitos portadores da doença de Alzheimer. Este trabalho relata
um caso de Miíase bucal, em um paciente de 72 anos de idade, com doença de Alzheimer em estágio avançado,
trazido ao PS por parentes após a cuidadora perceber sangramento e presença de larvas em sua cavidade oral a
ponto de “causar sufocamento” do mesmo. O diagnóstico foi estabelecido clinicamente, por observação da infes-
tação de larvas ativas em toda a cavidade oral. Foi prescrito o uso dos antibióticos Ivermectina e Metronidazol e
o paciente foi hospitalizado para debridamento do tecido necrótico, exodontia total e remoção das larvas. Após a
alta, cuidadora e parentes receberam orientações para prevenir uma reinfecção. No retorno para avaliação clínica
pós-operatória, após 25 dias o paciente apresentava cura total. O principal tratamento preconizado para a Miíase
baseia-se na remoção mecânica das larvas e prescrição de Ivermectina, via oral.

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803 – A INVIABILIDADE DE PROCEDIMENTOS EXODÔNTICOS


EM PACIENTES QUE FAZEM USO DE PAMIDRONATO E
ZOLEDRONATO

Autores: GUILHERME DE CARVALHO WANDERLEY (*) (UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) );PABLO RAFAEL SAL-
DANHA DE AZEVEDO TELES (UNIVERSIDADE POTIGUAR);

Introdução: Os bisfosfonatos (BFs) constituem uma classe de medicamentos que diminuem a reabsorção óssea
pelos osteoclastos, propiciando um tecido ósseo de alta densidade. Esses compostos são utilizados no tratamento
de doenças que afetam o metabolismo ósseo em associação com excessiva reabsorção, como a osteoporose pós-
-menopausa e a doença de Paget, e nos casos de hipercalcemia maligna ou metástases ósseas osteolíticas, estas úl-
timas comuns em câncer de mama, pulmão ou próstata. Os BFs apresentam duas categorias de estrutura química
de cadeia R2, que são os BFs nitrogenados e os não-nitrogenados, ambos são internalizadas pelos osteoclastos
no processo de reabsorção óssea levando esta célula à morte por apoptose, por diferentes mecanismos de ação.
Os BFs não-nitrogenados ao serem metabolizados pelos osteoclastos passam a ser substratos na síntese de aná-
logos citotóxicos da adenosina trifosfato (ATP) que provocam a morte da célula. Contudo, os BFs nitrogenados,
após reabsorvidos pelos osteoclastos parecem atuar interrompendo a via do mevalonato, responsável por guiar
a síntese do colesterol. A interrupção deste mecanismo faz com que o transporte vesicular intracelular seja com-
prometido, provocando a morte celular e afetando diretamente a reabsorção óssea, os mesmos podem apresentar
reações adversas, a maior parte focada no sistema digestivo. Embora estes medicamentos estejam em uso desde
1960, estudos quanto a complicação de Osteonecrose Associado aos Bisfosfanatos (OAB) dos ossos maxilares e
mandibular vem sendo divulgados a partir do ano de 2003. Mesmo que sua etiopatogenia permaneça incerta, a
atuação dos BFs é visto em diversos níveis: físico-químico, tecidual, celular e molecular. Estudos apontam que a
OAB é secundária aos mecanismos de ação dos BFs, que resultam em atividade antiosteoclástica e antiangiogê-
nica, o que altera o metabolismo ósseo, inibindo a reabsorção óssea e diminuindo o turnover ósseo. Em estudos
realizados entre os anos de 2005 e 2008 envolvendo 447 pacientes, observou-se uma grande quantidade de
pacientes que faziam uso de pamidronato e zoledronato, medicamento de segunda geração de uso intravenoso,
indicado para doença de paget e neoplasias. Segundo estes estudos, 78,9% dos casos refere-se a procedimentos
exodônticos, onde 27,9% foram acometidos na maxila, 62,1% na mandíbula e 9,8% em ambos. Como mostrado,
os pacientes que fazem uso de BFs administrado por via parenteral parecem ser mais susceptíveis à OAB do que
os tratados por via oral. Pacientes que fazem uso de BFs e são submetidos a cirurgia dento-alveolar apresentam
risco sete vezes maior para OAB, sendo a mandíbula a mais afetada. Visto que o tratamento com o BFs nos casos
de neoplasias malignas e doença de Paget é imprescindível, cabe uma criteriosa avaliação de risco/beneficio em
curto, médio e longo prazo para o paciente, entretanto, uma avaliação odontológica anteriormente ao inicio do
tratamento com os BFs se faz necessário.

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837 – SÍNDROME DE MELKERSSON ROSENTHAL: DESAFIOS DE


DIAGNÓSTICO

Autores: LAÍSA BRENDA DE HOLANDA CAVALCANTI (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);MARÍLIA GABRIELA


MENDES DE ALENCAR (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); EDMILSON ZACARIAS DA SILVA JÚNIOR (UNIVERSI-
DADE DE PERNAMBUCO); HELDER LIMA REBELO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); BELMIRO CAVALCANTI
DO EGITO VASCONCELOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: A Síndrome de Melkersson-Rosenthal (S.M.R.) é uma desordem incomum. Sua tríade completa con-
siste em edema orofacial, paralisia facial e língua fissurada, acometendo cerca de 25% dos casos. Sua forma oli-
gossintomática engloba, no mínimo, duas das características mencionadas anteriormente, enquanto que a forma
monossintomática, considerada por alguns autores como queilite granulomatosa de Miescher, caracteriza-se pelo
envolvimento único dos lábios. Não há relatos que associem a S.M.R. à transformação maligna. Fatores hereditá-
rios, alérgicos e infecciosos têm sido associados como possíveis agentes etiológicos. Não há predileção por sexo
ou raça, embora existam relatos, sugerindo uma leve predileção pelo sexo feminino. O edema orofacial é manifes-
tação dominante. O lábio superior é a localização preferencial, embora outras áreas da face possam ser afetadas,
incluindo mento, bochechas, região periorbital, mucosa oral, língua e gengiva. Em sua fase inicial, poderá regredir
rapidamente em horas ou dias, mas, após numerosas recidivas, torna-se de difícil regressão, gerando uma fibrose
localizada que resulta em aspecto deformante. A paralisia facial é um achado frequente. Os episódios são súbitos,
clinicamente indistinguíveis da paralisia de Bell, evidenciando-se meses a anos antes ou após, o edema orofacial.
A língua fissurada tem frequência relatada de 20 a 77% dos casos, não sendo um achado específico para a síndro-
me. Desta forma, o presente estudo visa corroborar a falta de conhecimento relacionado a etiologia dessa síndro-
me, resultando em poucos resultados no que se refere às várias modalidades terapêuticas para o tratamento da
Síndrome de Melkersson Rosenthal.

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858 – AMELOBLASTOMA ACANTOMATOSO DE CORPO E SÍNFISE


DE MANDÍBULA: RELATO DE UM CASO

Autores: MANOEL ROQUE PARAISO SANTOS FILHO (*) (UNIVERSIDADE TIRADENTES);EDVALDO DÓREA DOS
ANJOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); RICARDO LUIZ CAVALCANTI ALBUQUERQUE JÚNIOR (UNIVERSIDADE
TIRADENTES); MARIA DE FÁTIMA BATISTA DE MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);

Introdução: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paciente do gênero feminino, 24 anos, feoderma,
apresentando aumento de volume em corpo e sínfise de mandíbula, lado direito, assintomático, com 4,0 cm de
diâmetro, e evolução de um ano. Tomografia cone beam revelou imagem hipodensa multilocular, bem delimitada,
estendendo-se da região do 32 ao 45, provocando expansão e perfuração da cortical vestibular. Realizada a bióp-
sia incisional, observou-se histologicamente a proliferação de epitélio odontogênico em ilhas, com diferenciação
ameloblástica periférica e metaplasia escamosa central. O diagnóstico foi Ameloblastoma Acantomatoso. Foi rea-
lizada resecção subtotal de corpo e sínfese de mandíbula, paciente encontra-se há dez meses sem recidiva. O ame-
loblastoma é um tumor odontogênico benigno agressivo e com elevado potencial de recidiva. O reconhecimento
de suas características clínicas e imaginológicas pode auxiliar no estabelecimento do diagnóstico diferencial e da
conduta terapêutica adequada, contribuindo para um melhor prognóstico dos pacientes

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864 – AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO MURAL EM MAXILA:


RELATO DE CASO

Autores: WASHINGTON GERALDO PELLEGRINI ROCHA JUNIOR (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE
PUBLICA);LUCAS SOUZA CERQUEIRA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); IGOR RAFAEL
GOMES CAVALCANTE (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); GABRIELA MENDES GONÇALVES
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); ANTONIO MÁRCIO TEXEIRA MARCHIONNI (ESCOLA BAH-
IANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA)

Introdução: O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem epitelial, que surgem dos restos da lâmina
dentária, de um órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogênico ou
das células basais da mucosa oral. O ameloblastoma é um tumor odontogênico que pode acometer a mandíbula
ou maxila, sendo mais comum em mandíbula. É de crescimento lento, localmente invasivo, que apresentam um
curso benigno na maior parte dos casos, mas podem ser malignos devido a sua progressiva disseminação de
modo a envolver estruturas vitais. O objetivo desse trabalho é relatar caso clinico do paciente, sexo masculino, 46
anos, melanoderma, onde procurou o serviço de Cirurgia e Traumatoloia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Geral
Roberto Santos/Escola Bahiana de Medicida e Saúde Pública, relatando aumento de volume em região posterior
de maxila há aproximadamente 2 anos, após a exodontia das unidades 25 e 26. Foi realizado a biópsia para con-
firmação do diagnóstico, o paciente foi submetido à ressecção cirúrgica para tratamento do caso. O paciente foi
acompanhado por quinze meses pós-cirurgia e não foi observado indícios de recidiva. O paciente não aceitou
realizar reabilitação óssea e protética.

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869 – CISTO EPIDERMOIDE EM ASSOALHO BUCAL – RELATO


DE CASO

Autores: CÍNTIA MIRANDA SANTOS (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA);BRUNNA SANTOS
BARRETO (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); VICTOR ARAÚJO BARBOSA (ESCOLA BAHIA-
NA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA); LUCAS SOUZA CERQUEIRA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE
PUBLICA); ADRIANO SILVA PEREZ (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PUBLICA)

Introdução: O cisto epidermoide da cavidade oral é uma malformação de desenvolvimento rara que se caracteriza
por apresentar epitélio semelhante à epiderme. Geralmente, é considerado como uma forma cística benigna de
teratoma, um tumor de desenvolvimento constituído pelos três folhetos germinativos: ectoderma, mesoderma
e endoderma. Apresenta maior prevalência em crianças e adultos jovens, sem predileção por gênero. Os cistos
epidermoides da cavidade oral geralmente se situam na linha média do assoalho bucal e, dependendo do seu
tamanho e localização em relação ao músculo gênio-hioide, podem causar elevação da língua, disfagia, disfonia
e comprometimento de vias aéreas. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um cisto epidermoide na cavi-
dade oral em um paciente de 19 anos, com aumento de volume no assoalho de boca e região submentoniana,
que ocasionava dificuldades na fala e na alimentação. São ressaltadas as características clínicas da lesão, o uso
de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) para determinação da extensão da lesão, e
a enucleação por acesso intra-oral como tratamento. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico clínico
de cisto epidermoide. Uma vez que a lesão atinja um volume que comprometa as vias aéreas, é imperativo que o
tratamento cirúrgico seja instituído o mais breve possível. Após a enucleação, a recidiva é rara.

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870 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOQUIMIONECROSE


MANDIBULAR ASSOCIADA AO USO DE ALEDRONATO DE SÓDIO:
RELATO DE CASO

Autores: NEY ROBSON BEZERRA RIBEIRO (*) (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL, FORTALEZA-CE, BRASIL);RENATO
LUÍZ MAIA NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA-CE, BRASIL); LEONARDO DE FREITAS
SILVA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO); DIEGO SANTIAGO DE MENDONÇA
(HOSPITAL BATISTA MEMORIAL, FORTALEZA-CE, BRASIL); DIEGO MATOS SANTANA (HOSPITAL BATISTA MEMO-
RIAL, FORTALEZA-CE, BRASIL)

Introdução: A osteonecrose mandibular associada ao uso dos bisfosfonatos orais é uma condição rara, caracteri-
zada pela exposição de osso necrótico na região dos maxilares de pacientes que utilizaram ou estão fazendo uso
de bisfosfonatos. Estes são análogos sintéticos não metabolizados do pirofosfato capazes de se incorporar em te-
cidos mineralizados e inibir a função dos osteoclastos. Devido aos seus efeitos potentes sobre a reabsorção óssea
osteoclásticas, os bisfosfonatos são amplamente utilizados no tratamento e / ou prevenção de doenças metabó-
licas ósseas caracterizadas por atividade osteoclástica aumentada, tal como a osteoporose. Apesar dos benefícios
relacionados ao uso desses medicamentos, a osteonecrose dos maxilares tem sido reconhecida como a principal
complicação associada à terapia oral com bisfosfonatos. Os principais sinais e sintomas clínicos presentes na
osteonecrose incluem dor, mobilidade dentária, edema, eritema e ulceração. Os fatores de riscos relacionados à
osteonecrose dos maxilares incluem o tempo de exposição ao bisfosfonato, à droga utilizada, a via de adminis-
tração e procedimentos cirúrgicos odontológicos. O tratamento de pacientes com diagnóstico estabelecido de os-
teonecrose dos maxilares associada à bisfosfonato consiste na eliminação da dor, controle da infecção dos tecidos
duros e moles, e minimizar a progressão ou ocorrência da doença. A abordagem cirúrgica esta indicada somente
para pacientes em estágios avançados da doença. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de uma
paciente de 75 anos, gênero feminino, leucoderma, em tratamento de osteoporose com aledronato de sódio há
mais de cinco anos, que se queixava de disfagia, dor e supuração após realização de exodontias.

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871 – CONDILECTOMIA TOTAL E OSTEOTOMIA VERTICAL


DO RAMO MANDIBULAR COM DESLIZAMENTO DO
COTO PROXIMAL COMO TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
OSTEOCONDROMA: RELATO DE CASO

Autores: NEY ROBSON BEZERRA RIBEIRO (*) (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL, FORTALEZA-CE, BRASIL);RAI-
MUNDO NONATO MAIA (HOSPITAL INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA, FORTALEZA-CE, BRASIL); LEONARDO DE
FREITAS SILVA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO); VALTHIERRE NUNES LIMA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO); DIEGO MATOS SANTANA (HOSPITAL BATIS-
TA MEMORIAL, FORTALEZA-CE, BRASIL)

Introdução: Osteocondroma caracteriza-se por uma proliferação óssea exofítica de etiologia incerta, sendo lo-
calizado principalmente no fêmur ou na tíbia. Na região craniomaxilofacial o osteocondroma ainda é conside-
rado raro devido à maioria dos ossos serem de origem intramembranosa Na mandíbula, o côndilo e o processo
coronoide são os locais mais acometidos. O protocolo de tratamento ideal para o osteocondroma condilar ainda
continua controverso, dentre as formas de tratamento, a condilectomia total tem sido mais relatada na literatu-
ra. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente portador de osteocondroma em região de côndilo
mandibular tratado através da condilectomia total, seguida da reconstrução imediata do côndilo. Esta última foi
realizada através da osteotomia vertical do ramo e deslizamento do segmento proximal em direção a cavidade
articular. No momento o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de um ano e trinta dias, sem
sinais de recidiva ou queixas funcionais e estéticas.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

872 – EXTENSO ODONTOMA EM MANDÍBULA: RELATO DE


CASO

Autores: IGOR RAFAEL GOMES CAVALCANTE (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);WILTON
COSTA NETO (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); DANILO DE PAULA RIBEIRO BORGES (ES-
COLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); ALISSON DOS SANTOS ALMEIDA (ESCOLA BAHIANA DE ME-
DICINA E SAÚDE PÚBLICA); CARLOS ELIAS DE FREITAS (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: Odontomas são lesões hamartomatosas compostas por esmalte maduro, dentina e polpa, e pode ser
classificado como composto ou complexo, dependendo da extensão da morfodiferenciação ou na sua semelhança
com os dentes normais. Eles são os tumores odontogênicos benignos mais comuns, constituindo 22 % de todos
os tumores odontogênicos da mandíbula . Eles são frequentemente não- agressivo e de crescimento lento na
natureza, e geralmente são diagnosticados em exames radiológicos de rotina na segunda década de vida . Nós
relatamos o caso de uma Lesão grande, indolor, localizado em região posterior da mandíbula direita, associado a
falta de primeiro e segundo molares inferiores direito, onde o uso de um biomodelo nos proporcionou um menor
tempo cirúrgico e um planejamento adequado. O diagnóstico foi confirmado após a excisão cirúrgica e análise
histopatológica da lesão, onde o laudo foi conclusivo para odontoma composto e complexo.

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875 – TRATAMENTO DE FIBROMA ODONTOGÊNICO CENTRAL


EM SÍNFISE MANDIBULAR: RELATO DE CASO

Autores: MANOEL ROQUE PARAISO SANTOS FILHO (*) (UNIVERSIDADE TIRADENTES);JOSÉ CARLOS PEREIRA
(UNIVERSIDADE TIRADENTES); RICARDO LUIZ CAVALCANTI ALBUQUERQUE JÚNIOR (UNIVERSIDADE TIRADEN-
TES); TITO MARCEL LIMA SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ANTONIO DIONÍZIO DE ALBUQUERQUE NETO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paciente do gênero masculino, 15 anos, melanoderma,
apresentando aumento de volume em sínfise de mandíbula, assintomático, com 5,0 cm de diâmetro, e evolução
de aproximadamente um ano. Tomografia cone beam revelou imagem hipodensa unilocular, bem delimitada, es-
tendendo-se da região do 73 ao 44,envolvendo as unidades 33 e 43 (inclusos) , provocando expansão vestibular.
Realizada a biópsia incisional, observou-se histologicamente a proliferação de epitélio odontogênico com a pre-
sença de ilhas em forma de ninhos, apresentando tecido mixoide e matriz de fibras colágenas finas, diagnóstico
foi Fibroma Odontogênico Central. O tratamento realizado do FOC é a cirurgia conservadora pela enucleação
da lesão, de modo que a sua taxa de recorrência é mínima, estando geralmente associada a remoção incompleta
da lesão. O reconhecimento de suas características clínicas e imaginológicas pode auxiliar no estabelecimento
do diagnóstico diferencial e da conduta terapêutica adequada, contribuindo para um melhor prognóstico dos
pacientes.

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880 – LESÕES ORAIS E RELAÇÃO COM A CONTAGEM DE


LINFÓCITOS T CD4+

Autores: JULIO LEITE DE ARAUJO JUNIOR (*) (FACULDADE LEÃO SAMPAIO);DAVID GOMES DE ALEN-
CARGONDIM (FACULDADE LEÃO SAMPAIO); FRANCISCO AURÉLIO LUCCHESI SANDRINI (FACULDADE
LEÃO SAMPAIO); EDUARDO FERNANDO CHAVES MORENO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO); IVO CAVAL-
CANTE PITA-NETO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO)

Introdução: Algumas lesões bucais são frequentes em pacientes portadores do HIV, em que se torna importante
que o cirurgião-dentista tenha conhecimento destas manifestações que podem levar a suspeita da presença do
vírus. Objetivo: realizar uma revista de literatura das principais manifestações bucais dos pacientes portadores de
HIV, abordando a análise do marcador laboratorial, o qual é a contagem de linfócitos T CD4, dentro da avaliação
da progressão da doença e a associação direta com o surgimento de manifestações na cavidade bucal. Material: As
lesões mais encontradas são causadas por infecções oportunistas fúngicas e virais, e processos neoplásicos. Den-
tre as doenças citadas neste trabalho compreendem a candidíase, leucoplasia pilosa, Herpes Simples, Sarcoma
de Kaposi dentre outros. Conclusão: Pode-se concluir a necessidade de acompanhamento da contagem de CD4,
junto ao infectologista, como exame que detecta a progressão da doença e prevê o surgimento de manifestações
das doenças oportunistas, assim como a avaliação da efetividade do tratamento realizado com drogas anti-retro-
virais. Descritores: HIV; linfócitos T CD4-positivos; doenças da boca

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892 – COLGAJO DE MÚSCULO TEMPORAL - SU UTILIDAD


RECONSTRUCTIVA EN CIRUGÍA ONCOLÓGICA DE CAVIDAD
ORAL

Autores: SEBASTIAN BERRHAU (*) (FACULTAD DE CIENCIAS MEDICAS UNLP - CATEDRA DE CIRUGIA A);MAU-
RICIO JACIANSKY (INSTITUTO DE ONCOLOGÍA ROFFO); MARTIN VIZCARRA (PRACTICA PRIVADA); SEBASTIAN
CARELLA (PRACTICA PRIVADA); CARLOS RIES CENTENO (UNIVERSIDAD DEL SALVADOR)

Introdução: La resolución de los defectos de tamaño mediano o mayores resultantes de cirugías resectivas por
cáncer de cavidad oral puede ser compleja. Actualmente se cuenta con procedimientos microquirúrgicos recons-
tructivos que brindan apropiados resultados tanto funcionales como estéticos en el tratamiento de estos de-
fectos. El colgajo de músculo temporal es un recurso válido ante la inconveniencia de realizar reconstrucciones
microquirúrgicas. Este colgajo consigue el cierre primario del defecto, logra una estética razonable, preserva una
adecuada función fonatoria y deglutoria, da soporte a rehabilitaciones protésicas y sus resultados son predecibles
a largo plazo. La técnica de elevación es sencilla en comparación a otros colgajos, el aporte vascular es confiable
y la localización en proximidad al área maxilofacial muestra practicidad en la tarea reconstructiva. En el presente
trabajo, basado sobre la experiencia adquirida en más de 60 casos, se resumen sus principios anatómicos, pre-
sentan sus indicaciones y contraindicaciones, ventajas y desventajas y se describe su técnica quirúrgica mediante
ejemplificación con casos clínicos.

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896 – ABORDAGEM ESTÉTICA PARA DISPLASIA FIBROSA


CRANIOFACIAL-RELATO DE CASO

Autores: JULIO LEITE DE ARAUJO JUNIOR (*) (FACULDADE LEÃO SAMPIO);JÉFERSON MARTINS PEREIRA LUCE-
NA FRANCO (FACULDADE LEÃO SAMPIO); EDUARDO COSTA STUDART SOARES (FACULDADE LEÃO SAMPIO);
ROMILDO JOSÉ SIQUEIRA BRINGEL (FACULDADE LEÃO SAMPIO); IVO CAVALCANTE PITA NETO (FACULDADE
LEÃO SAMPIO)

Introdução: A Displasia Fibrosa é uma doença que geralmente acomete mulheres jovens de caráter benigno rara,
assintomática de crescimento lente promovendo substituição do tecido óssea por tecido conjuntivo amorfo, pro-
movendo deformação óssea, podendo invadir e provocar compressão de estruturas nobres. Objetivo: Apresen-
tar um caso clinico de Displasia Fibrosa Crâniofacial, enfatizando o diagnóstico e tratamento através do acesso
intra-oral. Material e Método: Trata-se do relato de caso da paciente I. S. M, 21 anos de idade, sexo feminino,
feoderma, normossistêmica que procurou o serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial em Juazeiro do Norte – CE
com história de aos 8 anos de idade ter se submetido a cirurgia para displasia fibrosa maxilar esquerda, ciente
da possibilidade de recidiva. Apresentava queixa de aumento e volume facial. Ao exame clínico observou-se au-
mento de volume maxilar, duro a palpação com pele e mucosa de recobrimento de aspecto normal sem expansão
palatina, desvio da linha média facial e dental maxilar. Resultado: Realizada biópsia com laudo histopatológico
foi revelada displasia fibrosa corroborando com achados clínicos-imaginológicos. Foi realizado procedimento por
acesso intra-oral desgastando a lesão recontornando a face, baseado na prototipagem da paciente, sendo adicio-
nado rinoplastia reparadora. Observou-se excelentes resultados estéticos na técnica cirúrgica com inexistência de
cicatrizes faciais. A paciente permanecerá acompanhada no pós-operatório para identificação de recidiva. Descri-
tores: Maxila, Displasia Fibrosa, Técnica cirúrgica.

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898 – REMOÇÃO DE OSTEOMA EM ARCO ZIGOMÁTICO

Autores: LUIDE MICHAEL RODRIGUES FRANÇA MARINHO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI);CARLOS
EDUARDO MENDONÇA BATISTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI); WALTER LEAL DE MOURA (UNIVERSIDA-
DE FEDERAL DO PIAUI); ALAN LEANDRO CARVALHO DE FARIAS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI);

Introdução: Os osteomas são por definição lesões osteogênicas benignas que crescem devido à proliferação de
osso compacto maduro ou de osso medular. Estes são divididos em três grupos: periférico, central e extra-esque-
lético. Os osteomas são comumente encontrados na placa cortical dos ossos longos, contudo, também podem
afetar a região maxilofacial. Estas lesões podem surgir na superfície do osso como uma massa polipoide ou séssil,
ou podem ser localizados no osso medular. Geralmente, são detectados em adultos jovens e caracterizam-se por
serem lesões solitárias, assintomáticas e de crescimento lento; contudo, podem crescer excessivamente causando
assimetrias faciais e severas disfunções. Radiograficamente, os osteomas caracterizam-se por uma massa escle-
rótica bem circunscrita. O tratamento para os osteomas de pequeno porte, que não causem nenhuma alteração
funcional ou estética, consiste somente na proservação, com avaliações clínico-radiográficas periódicas. Lesões
que alcancem grandes dimensões, provocando déficits funcionais e prejuízos estéticos devem ser tratados cirur-
gicamente através de excisão destes. Os osteomas são totalmente benignos, não apresentando risco de maligni-
zação e recidivas, após sua total remoção. As localizações mais comuns nos ossos gnáticos são a região de côndilo
e corpo mandibular; contudo, os osteomas podem afetar outras regiões, como já foi relatado na literatura: canal
auditivo, placa pterigoidea, osso temporal, seios paranasais e arco zigomático. Este trabalho tem por objetivo
relatar o caso do paciente R.N.F.F que compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do
Hospital universitário de Teresina (HU-UFPI) , queixando-se de um aumento de volume na região de terço mé-
dio, lado esquerdo, mais especificamente na porção do arco zigomático, acompanhada de dor e limitação dos
movimentos mandibulares. Durante a avaliação inicial o paciente relatou que a lesão tinha o tempo de evolução
de aproximadamente 01 ano e que este crescimento se deu de maneira lenta e gradual. Após exame físico e de
imagem, constatou-se a presença de uma massa polipoide em arco zigomático esquerdo com padrão de cresci-
mento látero-inferior. O paciente foi submetido à procedimento cirúrgico para remoção da massa tumoral óssea
e fora realizada uma plastia, seguida de instalação de uma placa do sistema 1.5mm na região do arco zigomático
para devolução do contorno e promoção de estabilidade dos cotos ósseos. A análise histopatológica revelou ser
uma lesão benigna composta de osso cortical, com pequenas áreas de osso medular, compatível com osteoma. O
pós-operatório tem apontado para um resultado satisfatório com bom contorno da região, sem assismetria facial,
ausência de dor aos movimentos mandibulares e sem limitações funcionais.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

900 – FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL DE GRANDES


PROPORÇÕES: RELATO DE CASO

Autores: GUILHERME CÂNDIDO DO ESPÍRITO SANTO ROCHA (*) (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO);MARCELO MINHARRO CECCHETTI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); FLAVIO WELLINGTON DA SILVA FERRAZ (HOSPI-
TAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIA PAULA SIQUEIRA
MELO PERES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO);
ANDRÉ CAROLI ROCHA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO)

Introdução: O fibroma ossificante juvenil é diferenciado do convencional principalmente devido a idade dos pa-
cientes acometidos, local de aparecimento e ao comportamento clínico do mesmo, sem predileção por gênero. Na
maior parte dos casos são observados crescimento lento, circunscrito, sem continuidade óssea. Radiograficamen-
te apresenta-se como uma lesão radiotransparente, bem delimitada com possíveis radiopacidades centrais, sendo
comumente encontrados na maxila, gerando assim um velamento do seiomaxilar quando este está acometido.
Ocorre com idades variadas desde os seis meses até os setenta anos de idade. Podem ser encontrados tanto na
maxila quanto na mandíbula, mas com predileção principal pela maxila, os quais são encontrados por exames
de imagem de rotina ou quando estes causam extensa expansão da cortical óssea gerando assimetrias faciais.
Existem complicações secundárias advindas desse crescimento que estão relacionadas com o comprometimento
de estruturas anatômicas adjacentes como: invasão de cavidades orbitárias, nasais, cranianas. Clinicamente de-
monstradas através de obstruções nasais, exoftalmias, proptoses, amauroses. Seu tratamento é variável, a depen-
der de sua agressividade e extensão. A maioria apresenta crescimento lento e progressivo, porém alguns podem
se apresentar agressivos. Para lesões menores opta-se por uma abordagem simples e curetagem local. Já para le-
sões de grande monta com crescimento rápido, opta-se por ressecções amplas. Seu índice de recidiva varia de 30%
a 58%, não sendo descritas transformações malignas. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de uma criança
do gênero masculino, 8 anos de idade, encaminhada da médica pediatra com queixa de aumento de volume
progressivo em região de terço médio de face a direita. Foi submetido em serviço externo a dois procedimentos
de plastia óssea sem melhora relevante na assimetria facial, comparecendo com laudo anatomopatológico e diag-
nóstico de fibroma ossificante juvenil. Ao exame físico extra oral apresentava assimetria facial devido aumento
de volume em região de terço médio de face a direita, exoftalmia de olho direito, acuidade visual preservada. Ao
exame físico intra oral apresentava abaulamento em palato duro a direita, deslocamento anterior dos elementos
dentários do primeiro quadrante, apagamento do fundo de vestíbulo a direita, mucosas normocoradas. Em to-
mografia de face apresentava expansão das corticais ósseas de aspecto misto comprometendo soalho orbitaria a
direita. Foi submetido à maxilectomia através do acesso de weber-fergusson e reconstrução do soalho de órbita
com enxerto de ilíaco. Encontra-se em pós operatório de um ano com função ocular preservada e ausência de
recidiva da lesão até o momento.

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Apresentação: Ronco e apnéia do sono

35 – AVANÇO BIMAXILAR EM PACIENTES PORTADORES DA


SÍNDROME DA APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
(SAHOS)

Autores: VINÍCIUS RIO VERDE MELO MUNIZ (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA);RAFAEL FERNANDES DE ALMEIDA NERI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FE-
DERAL DA BAHIA); THIAGO FELIPPE OLIVEIRA MACÊDO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA); ARLEI CERQUEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA
BAHIA); WEBER CEO CAVALCANTI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Introdução: A Síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) é uma condição potencialmente fatal
que é caracterizada pelo colapso repetitivo da via aérea superior durante o sono. A polissonografia, um exame
multiparamétrico, continua sendo o exame padrão ouro para identificação da SAHOS e seu grau de severidade.
Diversas modalidades de tratamento estão disponíveis para estes pacientes, incluindo mudança de hábitos (po-
sição do sono, diminuição do consumo de álcool e drogas com efeitos sedativos, perda de peso, dentre outros)
, pressão aérea positiva contínua, cirurgia de tecidos moles e cirurgia ortognatia. O avanço maxilo-mandibular
(AMM) é atualmente a técnica cirúrgica mais eficaz para o tratamento da SAHOS em adultos, pois amplia o espa-
ço aéreo superior, expandindo as estruturas anexas de tecidos moles da faringe e língua, resultando na redução
do colapso faríngeo durante a pressão negativa resultante dos movimentos inspiratórios. No entanto, alguns
autores têm questionado a indicação generalizada do AMM devido à falta de dados multicêntricos e o potencial
aumento da morbidade. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso clínico de um pa-
ciente portador de deformidade dentofacial em associação à SAHOS e hipertensão arterial sistêmica (HAS) que
foi submetido ao procedimento de AMM e discutir, brevemente, o que a literatura atual discursa sobre o tema
apresentado. Como resultado, foi possível observar um grande aumento de vias aéreas superiores no sentido
anteroposterior, após análise comparativa entre as radiografias cefalométricas de perfil pré e pós-operatórias,
além de apresentar resolução do quadro de HAS e melhora dos resultados polissonográficos, comprovando que
esta modalidade de tratamento é eficaz no tratamento da SAHOS quando bem indicada. Descritores: Cirurgia
ortognatia, Apneia, Polissonografia.

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Área: Tema livre

Apresentação: Ronco e apnéia do sono

328 – TRATAMENTO DE APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO POR


AVANÇO BIMAXILAR

Autores: ANDRÉ COELHO LOPES (*) (HOSPITAL POLICLIN);MARCELO MAROTTA ARAÚJO (HOSPITAL POLICLIN);
ANTENOR ARAÚJO (HOSPITAL POLICLIN); KAYO COSTA ALVES (HOSPITAL POLICLIN); IVAN JOSÉ MOREIRA DE
OLIVEIRA (HOSPITAL POLICLIN)

Introdução: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono consiste em uma desordem comum em que ocorre um
colapso parcial ou total das vias aéreas na faringe durante o sono, apresentando grande potencial de causar con-
sequências fisiológicas ao indivíduo, o que será proporcional ao número de eventos de apnéia por hora durante
o sono. Tal distúrbio respiratório traz consigo sintomas como disfunçãoo cognitiva, fadiga, sono durante o dia,
dificuldade de concentraçãoo, irritabilidade, depressão, podendo evoluir para problemas no trabalho e sociais.
Complicações sistémicas também podem ocorrer, como hipertensão, arritmia cardíaca, hipertensão pulmonar,
infarto e até morte. Tais complicações têm chamado atenção devido ao sério potencial de consequências fisiológi-
cas aos portadores de síndrome da apnéia obstrutiva do sono. O diagnóstico é realizado por um exame físico com
uma anamnese detalhada em conjunto com exames de imagem e com uma polissonografia. O tratamento depen-
de dos resultados dos exames de diagnóstico, em fases menos severas o tratamento consiste em apenas acompa-
nhamento que envolve melhora na dieta, perda de peso e inclusão de exercícios físicos. O tratamento cirúrgico
é indicado quando não ocorre sucesso no conservador ou quando o paciente é anatomicamente comprometido
com espaços aéreos comprimidos. Em casos cirúrgicos o avanço bimaxilar é indicado. O principal objetivo deste
trabalho é realizar uma revisão literária e apresentar um caso clinico de um paciente R.M de 45 anos do gênero
masculino queixando-se de dificuldade respiratória e de dormir. O diagnostico de Síndrome de apnéia obstrutiva
do sono foi realizado por uma anamneses, exame físico, radiografias e polissonagrafia. O tratamento proposto foi
avanço cirúrgico de maxila e mandibula com um pós-operatório de 6 meses.

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

11 – POLITRAUMA DE FACE RELATO CLÍNICO DE CASO


COMPLEXO

Autores: RONALDO DA SILVA LEMES (*) (RESIDÊNCIA HOSPITALAR DE BUCOMAXILOFACIAL DA SANTA CASA
DE MISERICORDIA DE PELOTAS);RONALDO DA SILVA LEMES (RESIDÊNCIA HOSPITALAR DE BUCOMAXILOFA-
CIAL SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PELOTAS); CLAUDEMIR APARECIDO GIRONDI (RESIDÊNCIA HOSPITA-
LAR DE BUCOMAXILOFACIAL SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PELOTAS); TIAGO PRESTES ALMEIDA (RESI-
DÊNCIA HOSPITALAR DE BUCOMAXILOFACIAL SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PELOTAS); BIANCA JAQUES
LEMES (RESIDÊNCIA HOSPITALAR DE BUCOMAXILOFACIAL SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PELOTAS)

Introdução: Politrauma de face, relato de caso clinico complexo O plolitrauma de face deve ser observado como uma en-
tidade de grande importância na cirurgia Bucomaxiliofacial devido a sua gravidade ao paciente e a sua complexidade de
tratamento. No Relato de caso o paciente JLGF, de entrada no serviço de traumatologia bucomaxilofacial do Hospital
Santa Casa de Misericórdia de Pelotas (HSCMP) , transferido de outro setor do mesmo hospital, anteriormente rece-
bera atendimento na unidade de Pronto Socorro de outro hospital. Quando do início de nosso atendimento já havia
se passado 14 dias do trauma facial, visualmente o pacientes apresentava pequenas lacerações e abrações de pele já em
avançado processo de cicatrização, uma considerável assimetria de facial e um hematoma orbital bilateral, sinais que
poderiam ser compatível com um trauma de baixa gravidade, no entrando ao ser interrogado e examinado clinicamen-
te o paciente se queixava de uma intensa dor de cabeça, diplopia, tinha dificuldade de fala, deglutição e de realizar qual-
quer movimento mandibular, apresentava mobilidade do processo alveolar da maxila, crepitação a palpação do terço
médio da face, bem como uma oclusão anormal com contatos prematuros posteriores, sinais e sintomas que sugeriam
um trauma de maior gravidade. Entre os exames complementares de imagens disponíveis (RX, tomografia e tomogra-
fia computadorizada) se optou pela tomografia computadorizada com uma reconstrução 3D pois após exame clinico
já se esperava um quadro severo de politraumatimos; Através da tomografia com reconstrução foi possível identificar
14 fragmentos distinguíveis dos ossos da face, sendo acometido de fratura: a mandibular, os ossos maxilares de forma
cominutiva, os ossos nasais, os ossos zigomaticos, ambos arcos zigomáticos, além de fratura do septo nasal. Como não
havia fraturas na cavidade craniana a o anestesista fez a opção de intubação por via nasal, pela narina esquerda, uma
vez que os fragmento envolvendo essa narina tinham menor deslocamento; Após intubação o foi utilizado PVPI para
degermar a pele do paciente seguido de aposição de campos cirúrgicos e da confecção do bloqueio intermaxilar com uso
de barra de Herich. Tendo em vista a grande cominuidade dos ossos acometidos e a dificuldade de se expor, reduzir e
fixar todos os fragmentos optou-se por uma abordagem mais conservadora, com o objetivo de: reduzir e fixar o maior
número de fraturas trabalhando com pequenas incisões diminuindo o tempo cirúrgico e evitando o descolamento de
pequenos fragmentos; garantir uma correta e estável oclusão bem como movimentos mandibulares sem interferên-
cias; eliminar as queixas do paciente relativo as dores de cabeça e face além da dor ao mastigar e falar; eliminar a assi-
metria facial e diplopia. Com o uso de pequenas incisões os objetivos foram amplamente alcançados, restando apenas
uma pequena assimetria facial, que levando a gravidade e complexidade do caso foi julgada como satisfatória

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

19 – FRATURAS DAS PLACAS DE RECONSTRUÇÃO


MANDIBULAR: ETIOLOGIA E ANÁLISE MICROESTRUTURAL

Autores: CAIO CEZAR REBOUÇAS E CERQUEIRA (*) (HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL);EVERTON
LUIS SANTOS DA ROSA (HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL);

Introdução: O objetivo deste trabalho foi analisar a etiologia e biomecânica do sistema de fixação de placas 2,4
utilizadas em pacientes submetidos a reconstrução mandibular. Além disso, demonstrar pontos de nucleação de
trinca e observar se o biótipo do paciente, localização do defeito e do tipo de fixação tem influência sobre a fratura
placas. Este é um estudo retrospectivo, que procedeu-se no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
do Hospital de Base do Distrito Federal, entre os anos de 2003 e 2014. Foram incluídos todos os pacientes sub-
metidos a reconstrução mandibular utilizando placas 2,4 placas, em um total de 30 pacientes. Deste montante, 3
pacientes (placas 01, 02 e 03) apresentaram fraturas das placas. Duas dessas placas fraturadas foram submetidos
a seis análises laboratoriais: macrofoto, estereomicroscopia, microscopia óptica, microscopia eletrônica, teste de
difração e teste de microdureza de Vickers. A terceira placa foi analisada apenas por microscopia eletrônica. Atra-
vés da análise foi possível identificar pontos de nucleação de trinca, o que indica que a falha mecânica ocorreu
devido a fadiga, o estresse devido às dobras e à carga cíclica a que foram submetidos os hardwares. Portanto, as
placas fraturaram por carga cíclica e fadiga. Um rosto braquicefálico pode ter influência no processo devido ás
maiores forças musculares envolvidas. A localização do defeito mais problemático foi o ângulo mandibular. A fi-
xação utilizada neste estudo tem grande taxa de sucesso (90%) em comparação com as outras opções geralmente
aplicadas.

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37 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA COMINUTIVA DE


MANDÍBULA ASSOCIADO COM ENXERTO AUTÓGENO - RELATO
DE CASO

Autores: EDSON LUIZ CETIRA FILHO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);ARIEL VALENTE BEZERRA
(INSTITUTO DOUTOR JOSÉ FROTA); PHELYPE MAIA ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); MANOEL
DE JESUS RODRIGUES MELLO (INSTITUTO DOUTOR JOSÉ FROTA); RICARDO FRANKLIN GONDIM (INSTITUTO
DOUTOR JOSÉ FROTA)

Introdução: O presente trabalho tem por objetivo relatar o tratamento cirúrgico de um paciente vítima de aci-
dente motociclístico com remoção de lesão fibroóssea e reconstrução com osso autógeno. Dentre as fraturas que
acometem o esqueleto facial, as fraturas de mandíbula destacam-se devido à sua alta frequência, cerca de 45%
segundo a Literatura, e limitações causadas ao paciente, como dor, parestesia, limitação de abertura bucal e má
oclusão. Algumas condições patológicas ósseas podem favorecer determinadas fraturas. As lesões fibro-ósseas
têm por característica a substituição de tecido ósseo sadio em tecido conjuntivo fibroso. Dentre as formas de tra-
tamento para lesões fibro-ósseas dos maxilares, a ressecção cirúrgica é uma das opções que pode ser utilizada. E,
quando o trauma está associado com estes tipos de lesões, a tendência é gerar áreas maiores de defeitos ósseos,
requerendo o uso de artifícios que promovam um melhor prognóstico ao paciente, como o uso de autoenxertos,
como uma porção da crista do osso ilíaco. O paciente do gênero masculino, 21 anos de idade, foi levado a um hos-
pital da cidade de Fortaleza após acidente motociclístico. Ao ser avaliado no serviço de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Faciais, apresentou ao exame clínico mobilidade entre segmentos ósseos da mandíbula, edema fa-
cial do lado direito e equimose submandibular no lado direito. Relatou parestesia do lado direito inferiormente e
dor à manipulação óssea. Após exames clínico e imaginológico foi dado o diagnóstico de fratura de corpo mandi-
bular direito associado à lesão de aspecto difuso e radiolúcido. Biópsia incisional foi realizada em que se obteve o
diagnóstico histopatológico de lesão fibroóssea benigna em mandíbula. O paciente foi submetido à cirurgia para
tratamento de fratura de mandíbula, remoção da lesão fibro-óssea e a reconstrução mandibular com placas do
sistema 2.4 mm lock. Biópsia excisional foi realizada, ratificando o diagnóstico inicial. Após 2 meses, foi utilizado
enxerto autógeno do osso ilíaco, instalando-o à região de loja cirúrgica relacionada com a ressecção da lesão cita-
da, sendo mantida a reconstrução com placas do sistema 2.4 mm. Após 10 meses de pós-operatório, o paciente
encontra-se em fase de tratamento para reabilitação com prótese implantossuportada.

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41 – UTILIZAÇÃO DE PRÓTESE PERSONALIZADA DE


METILMETACRILATO E TELA DE TITÂNIO EM SEQUELA DE
FRATURA DO OSSO FRONTAL.

Autores: PEDRO HENRIQUE DA HORA SALES (*) (HOSPITAL INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA - IJF);DIEGO FEIJÃO
ABRE (HOSPITAL INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA - IJF); VINÍCIUS GABRIEL BARROS FLORENTINO (HOSPITAL INS-
TITUTO DR. JOSÉ FROTA - IJF); MANOEL DE JESUS RODRIGUES MELLO (HOSPITAL INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA
- IJF); CARLOS VINÍCIUS MELO DA MOTA (HOSPITAL INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA - IJF)

Introdução: Os acidentes automobilísticos estão entre as causas mais comuns de fraturas faciais. Esses traumas
podem variar desde pequenas fraturas a traumas de alta energia ocasionando fraturas complexas ou deforma-
ções nos ossos faciais. As fraturas do osso frontal são fraturas pouco comuns no esqueleto facial mas quando
ocorrem geralmente necessitam de cirurgia aberta para redução e fixação o que geralmente envolve um alto custo
hospitalar e uma equipe multidisciplinar. Proposição: apresentar uma caso clínico de reconstrução de fratura
do osso frontal com prótese de metilmetacrilato e tela de titânio. Relato do Caso: Paciente W.A.M, 21 anos de
idade, gênero masculino, vitima de acidente automobilístico com trauma crânio-facial, atendido pela Cirurgia e
Traumatologia Buco-maxilo-facial portando sequela do trauma. A anamnese e o exame físico foi identificado um
defeito ósseo extenso em região frontal médio-lateral à esquerda, com destruição do pilar fronto-zigomático,
rebordo e teto supra-orbitário, glabela e pilar fronto-nasal. um exame tomográfico especifico foi realizado para a
confecção de um modelo tridimensional como parte do plano de tratamento. Para preenchimento do defeito foi
utilizada uma malha de titânio do sistema de 1,5 mm, para permitir a modelagem sobre o protótipo. Seguiu-se
a isto, o preenchimento do defeito com metilmetacrilato. O acesso coronal seguiu sobre esta cicatriz e permitiu
a visualização de toda a extensão da fratura, incluindo os contornos da órbita e os pilares a serem reconstruídos.
Seguiu-se a instalação da prótese com osteossíntese da malha de titânio utilizando parafusos do sistema de 1,5
mm.. Suturas suspensórias no pericrânio e músculo frontal foram realizadas. Um dreno de sucção foi instalado
e permaneceu por 48 horas. O retalho foi aproximado por primeira intenção com Vicryl 3-0 e a pele suturada
com pontos simples interrompidos de Nylon 3-0 monofilamentar. O paciente encontra-se no sexto mês pós-
-operatório e cursa assintomático, sem sinais flogísticos, sem complicações associadas à cirurgia até o momento.
Considerações finais: pacientes com sequela de trauma na área crânio-facial podem ser um verdadeiro desafio ci-
rúrgico para a reconstrução. A utilização de biomodelos e imagens tridimensionais de alta qualidade, bem como a
presença de um equipe multidisciplinar são essenciais para a obtençãoo do melhor resultado estético e funcional
possível.

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54 – COMPLICAÇÃO EM RECONSTRUÇÃO ORBITÁRIA. RELATO


DE CASO.

Autores: EDUARDO SOUZA ABDUCH RODRIGUES (*) (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS);PEDRO HENRIQUE DE AZAMBUJA CARVALHO (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); MARCOS
ANTÔNIO TORRIANI (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS
JÚNIOR (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: As fraturas de órbita costumam ser de alta complexidade, devido às questões funcionais, relaciona-
das à mobilidade do globo ocular e acuidade visual, assim como repercussões estéticas, devido às alterações em
tecidos moles que circundam a órbita. Essas fraturas podem causar distopia, enoftalmia, exoftalmia, diplopia,
distúrbios sensoriais, e ainda cegueira traumática (amaurose) em virtude da agressão ao nervo óptico ou canal
óptico. Os principais fatores etiológicos dos traumas faciais são acidentes automobilísticos, agressão física, aci-
dentes em práticas desportivas, quedas, e ferimentos por arma de fogo. As fraturas de órbita podem ser do tipo
“blow-out” ou “blow-in”, que significam a explosão do assoalho para o interior do seio maxilar ou para dentro
da própria cavidade orbital, levando a uma difícil previsão da projeção correta do globo ocular a ser estabelecida
no ato cirúrgico. O diagnóstico de fratura orbitária é feito com um adequado exame clínico e de imagem para
averiguar o grau e tipo de fratura. O tratamento necessita um planejamento detalhado, avaliando a necessidade
do uso de malha de titânio e sistema de placas e parafusos, para uma boa redução e fixação da fratura, e também
para que se possa devolver o volume adequado da órbita, existem diversos materiais para mimetizar a anatomia
orbitária e devolver função e estética, mas sua escolha é controversa. O tempo de reconstrução orbital é um
dos fatores determinantes no que diz respeito à incidência de possíveis complicações pós-operatórias, devido
a alterações nos tecidos moles envolvidos. Este trabalho visa apresentar um caso clínico de um paciente vítima
de acidente automobilístico, atendido no Pronto Socorro Municipal de Pelotas/RS pela equipe de Residência em
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFPel, o qual apresentava fratura complexa do terço médio de
face, e foi submetido a duas intervenções cirúrgicas: a primeira com redução e fixação dos fragmentos ósseos,
através de acesso coronal, infra-orbitário e intra-oral; uma segunda intervenção para restabelecer o volume e o
contorno adequado da cavidade orbitária. Esta última intervenção foi planejada utilizando, além de tomografia
computadorizada, um biomodelo, o qual foi encerado no intuído de prever as movimentações ósseas necessárias
para alcançar o objetivo. Pode-se concluir que as fraturas orbitárias configuram-se em um grande desafio para o
Cirurgião Buco-Maxilo-Facial, muitas vezes havendo a necessidade de procedimentos complementares.

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60 – TRATAMENTO DAS FRATURAS DE CÔNDILO MANDIBULAR:


REVISÃO DE LITERATURA

Autores: JEAN SERGIO DA SILVA (*) (FACSETE/ICOS);ANTONIO EUGENIO MAGNABOSCO NETO (FACSETE/
ICOS); AUGUSTO GEWEHR CAMILOTTI (FACSETE/ICOS); MARCELLO CREMA ALBERTON (FACSETE/ICOS); RA-
FAEL EVARISTO FERREIRA DOS SANTOS (FACSETE/ICOS)

Introdução: As fraturas de côndilo mandibular despertam grande interesse por parte dos pesquisadores e profis-
sionais da área, por ainda não existir um consenso quanto à melhor forma de tratamento. Fraturas de côndilo po-
dem ser gerenciados com tratamento conservador (incruenta) , ou seja, sem tratamento, fisioterapia, aparelhos
ortopédicos ou redução fechada. Já o tratamento aberto (cruento) inclui a fixação rígida interna, com colocação
de placa e parafusos. O propósito deste trabalho foi analisar, através de uma revisão bibliográfica, a comparação
das duas formas de tratamento para as fraturas de côndilo mandibular. Os procedimentos cirúrgicos devem ser
indicados em pacientes com má oclusão importante e persistente, deslocamento da cavidade glenoide, angulação
da cabeça superior a 45º e ausência de contato ósseo e presença de corpo estranho intracapsular. Palavras-chave:
Côndilo Mandibular. Fraturas Mandibulares. Fratura de Côndilo

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86 – FRATURA DE MANDÍBULA CAUSADA POR PROJÉTIL NÃO


LETAL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: KAOHANA THAIS DA SILVA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ);ELEONOR ÁLVARO
GARBIN JÚNIOR (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ); NATASHA MAGRO ÉRNICA (UNIVERSIDA-
DE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ); LARISSA NICOLE PASQUALOTTO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE
DO PARANÁ); BRUNA DE REZENDE MARINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)

Introdução: As armas de fogo são amplamente associadas a lesões corporais, homicídios e suicídios. Utiliza-
das pelas forças policiais em todo o mundo, potencialmente podem provocar lesões caracterizadas por exten-
sa destruição tecidual, cujo tratamento é complexo e costuma requerer grandes reconstruções. Na tentativa de
controlar situações de agitação social, manifestações, tumultos ou depredações sem, contudo, matar ou ferir
gravemente os participantes, a polícia vem utilizando armas com munição não letal. Atualmente, a munição
não letal mais utilizada em conflitos diretos pela policia é o projétil de borracha, com o principal de deter um
oponente sem causar-lhe lesões que necessitem de cuidados médicos especiais ou decorram em debilidade ou
dano permanente. Entretanto, vale ressaltar que esses projéteis podem, quando não manuseados corretamente,
causar grandes lesões e, inclusive, levar a óbito, a depender do peso corporal e da região do corpo atingida. Por
esse motivo, o alvo deve ser, principalmente, os membros inferiores, evitando-se, sobretudo, o ventre e a cabeça.
Relato de Caso: P.P.D., 43 anos, foi admitido no pronto socorro do Hospital Universitário do Oeste do Paraná,
vítima de ferimento por projétil não letal de arma de fogo, apresentando extensa lesão corto-contusa em face
transfixante para cavidade oral e fratura de corpo mandibular direito e ângulo mandibular esquerdo. Necessitou
receber tratamento imediato para fixação interna rígida da fratura e sutura da lesão. Conclusão: O uso de armas
munidas por projéteis não letais podem resultar em lesões potencialmente graves, quando negligenciadas as
regras de segurança em seu uso.

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105 – REDUÇÃO CRUENTA DE FRATURA DE PAREDE ANTERIOR


DE OSSO FRONTAL COM ACESSO BICORONAL: RELATO DE
CASO CLINICO

Autores: LARISSA NICOLE PASQUALOTTO (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ);RICARDO AU-
GUSTO CONCI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ); NATASHA MAGRO ÉRNICA (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ); GERALDO LUIS GRIZA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ);
CARLA SALVI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)

Introdução:O osso frontal é localizado no neurocrânio,articulando-se com os ossos da face através das suturas
frontomaxilares, frontozigomáticas e frontonasais.A parede anterior tem resistência baixa às forças de impacto,
porém é protegida, de alguma forma, pelo contorno supraorbitário, mais proeminente e necessita de traumas
de alta energia para que ocorra a fratura. O seio frontal está intimamente associado ao teto da órbita, seios
etmoidais, nariz e fossa cerebral anterior, estando ausente em aproximadamente 4% da população. 5 a 15% da
incidência de todas as fraturas de face são fraturas de osso frontal,sendo destacados os acidentes por veículos
automotores, agressões e quedas como principais etiologias. Normalmente estão associadas às fraturas de terço
médio da face, principalmente as do complexo Naso-Orbito-Etmoidal e as do Complexo Zigomático.As inter-
venções nos casos de fratura de osso frontal são indicadas para evitar complicações imediatas de curto e médio
prazo, como extravasamento de líquido cefalorraquidiano, meningite e transmissão de infecção, além de evitar
complicações em longo prazo, tais como osteomielite, sinusite crônica, mucocele, abcesso cerebral e restauração
do contorno estético adequado.Existem três opções fundamentais para a resolução das fraturas de Osso Frontal:
tratamento não-cirúrgico; cirúrgico conservador e cirúrgico aberto. Em casos que necessita grande exposição da
região orbital, frontal e/ou nasal, o acesso bicoronal é bem empregado e aceito, porém comprometimentos estéti-
cos podem surgir em pacientes com alopécia. RELATO DE CASO: Paciente do gênero masculino, 18 anos, vítima
de agressão física, com diagnóstico de fratura de parede anterior do Osso Frontal do lado esquerdo, apresentan-
do comprometimento estético. Ao exame tomográfico, verificou-se fratura isolada da parede anterior do Osso
Frontal. O acesso de escolha para o tratamento foi o bicoronal. No pós-operatório imediato, observou-se melhora
significativa no contorno da parede anterior do Osso Frontal, o qual apresentava uma depressão pré-operatória
importante.CONCLUSÕES:A melhor ocasião para redução das fraturas de frontal depende de fatores como a
gravidade e extensão da lesão e de um exame físico completo do paciente. O procedimento deve sempre ser o
menos invasivo possível, executando sempre a exploração e limpeza da ferida cirúrgica, permeabilidade do ducto
nasofrontal e fixação adequada dos fragmentos ósseos para um bom contorno facial. O acesso bicoronal, embora
invasivo,proporciona adequado campo cirúrgico e uma redução e nivelamento ósseo satisfatório.

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126 – ESTUDO RETROSPECTIVO DE FRATURAS DE MANDÍBULA


EM UM HOSPITAL EM SÃO PAULO

Autores: VINICIUS TATSUMOTO FAVARINI (*) (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);HENRIQUE PETEAN (HOS-
PITAL GERAL DE VILA PENTEADO); BEATRICE OGUSCO (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO); AMANDA DA
COSTA NARDIS (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO); ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HOSPITAL GERAL DE
VILA PENTEADO)

Introdução: O trauma é uma das principais causas de óbito entre os indivíduos nas primeiras quatro décadas de
vida, sendo responsável por cerca de 80% das mortes que ocorrem na adolescência. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS) , atualmente 5,8 milhões de pessoas no mundo vão a óbito por ano devido ao trauma,
correspondendo a 10% de todas as causas de morte. Dentre as inúmeras lesões ocorridas em centros de traumas
urbanos, o traumatismo facial é um dos mais prevalentes. Sendo que, dentre os ossos faciais, a mandíbula está
entre os ossos faciais de maior acometimento. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico
retrospectivo dos pacientes com fraturas de mandíbula, no hospital de referência para trauma Buco-Maxilo-Facial
na Zona Norte de São Paulo, no período de 03 anos (janeiro de 2012 a Dezembro de 2014). Foram encontrados
191 pacientes com 303 fraturas (1,58 fraturas por paciente) e idade média de 30,3 anos; o gênero masculino foi
acometido em uma proporção de 3,3:1. A etiologia mais prevalente foi o acidente de trânsito (37,1%) , seguido de
violência interpessoal (34%) e quedas (20%). Em termos da região da fratura, a cabeça da mandíbula foi mais aco-
metida, com 86 fraturas (28,38%) , seguido do ângulo mandibular, com 78 fraturas (25,74%). O tratamento ci-
rúrgico aberto das fraturas mandibulares foi realizado em 59,73% dos casos. A distribuição mensal foi semelhan-
te em todos os meses do ano. Concluímos que acidentes de trânsito e agressões foram responsáveis, juntos, por
70,8% das fraturas mandibulares. Este fator causal é passível de regulação através de medidas sociais. É proposto
estudo que correlacione os traumas faciais com o abuso de álcool e entorpecentes. Desta forma, será possível o
desenvolvimento de políticas públicas de medidas preventivas direcionadas a reduzir a incidência destas fraturas.

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137 – TRATAMENTO DE FRATURA LE FORT III EM PACIENTE


GERIATRICO: CASO CLÍNICO

Autores: MAXINE ENNATA ALVES DE ALMEIDA (*) (UNIVERSIDADE NILTON LINS);CHRISTIAN BARTOLOMEU
RECCHIONI (INSTITUTO DA FACE DO AMAZONAS); VICTOR HUGO MARQUES COELHO (UNIVERSIDADE NILTON
LINS);

Introdução: Fortes impactos no terço médio da face causam padrões recorrentes de fratura que seguem as três
linhas de fraqueza do esqueleto facial, descritas por Le Fort em 1901, seguindo a escala I, II e III. Estas fraturas
são responsáveis por 10-20% das fraturas faciais, sendo a classificação Le Fort III, também chamada de disjunção
crâniofacial, a de maior complexidade, onde a face desarticula-se do crânio e move-se em um bloco único, poden-
do permanecer suspensa somente por tecido mole. Geralmente ocorre pelas suturas zigomaticofrontal, maxilo-
frontal, nasofrontal, soalho de órbita, etmoide e esfenoide. Clinicamente podemos observar: equimose periorbi-
tária bilateral, alterações visuais e do globo ocular, lesão ao nervo infra-orbitário, liquorréia, anosmia, assimetria
facial, epistaxe, crepitação e mobilidade fragmentária. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de uma
paciente idosa do sexo feminino, feoderma, 60 anos, vítima de agressão física, evidenciando mobilidade do terço
médio a palpação, edema, hematoma periorbitário bilateral, maloclusão e perca do globo ocular lado esquerdo.
Foi solicitada uma Tomografia computadorizada de face, a mesma acusou fratura do tipo Le Fort III associada
à fratura de OPN e Mandíbula. Algumas semanas depois, a paciente foi submetida a tratamento cirúrgico para
redução e fixação das fraturas do terço médio da face, em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. Realizaram-se
os acessos para as exposições dos traços de fraturas. As fraturas foram reduzidas e fixadas com placas e parafusos
de titânio. Não foi realizado o bloqueio maxilo-mandibular, pois a paciente apresentava-se edentula. No pós-
-operatório, a paciente evoluiu bem, observou-se bom aspecto cicatricial dentro das normalidades. A mesma já
foi encaminhada ao oftalmologista para avaliação e conduta relacionadas à perda ocular. O trauma facial é uma
realidade e acomete todas as idades. A técnica cirúrgica e materiais de fixação utilizados devem ser escolhidos
sempre visando à melhora e a longevidade do paciente. O acompanhamento do caso em longo prazo é essencial.

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148 – AVALIAÇÃO DE AMOSTRAS TECIDUAIS CIRCUNJACENTES


A PLACAS DE TITÂNIO REMOVIDAS DE PACIENTES

Autores: CLARICE MAIA SOARES DE ALCÂNTARA PINTO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
- UNICAMP);CAROLINA SANTOS VENTURA DE SOUZA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - UNI-
CAMP); MÁRCIO DE MORAES (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - UNICAMP);

Introdução: O objetivo do presente estudo foi avaliar os achados histológicos de amostras de tecidos adjacentes
a placas de titânio, removidas de pacientes devido indicações clínicas, e identificar a composição das partículas
metálicas encontradas nestes tecidos. Materiais e Métodos: A população experimental incluiu 38 pacientes dos
quais placas e parafusos associados foram removidos e a curetagem de um espécime de tecido mole adjacente
foi realizada durante a remoção das placas. Todas as amostras de tecido foram analisadas por microscopia óptica
e os seguintes aspectos foram avaliados: presença de pigmentos, osso vital ou desvitalizado, células gigantes,
tecido de granulação, fibrose e inflamação. Amostras em que pigmentos metálicos foram encontrados na análise
por microscopia óptica foram avaliadas também através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espec-
troscopia por energia dispersiva de raios-X (EDS). Os prontuários dos pacientes foram avaliados para obtenção
dos seguintes dados: tipo de procedimento cirúrgico que levou à instalação das placas e parafusos, tempo entre a
instalação e remoção desses dispositivos (período de retenção) , indicação para remoção das placas e parafusos e
sítio anatômico da remoção. Resultados: Quarenta e quatro amostras de tecido foram removidas de 38 pacientes.
Infecção foi a principal razão para a remoção das placas. Trinta e três amostras de tecido foram obtidas durante
a remoção de placas mandibulares, 8 amostras foram obtidas a partir da maxila, 2 espécimes foram obtidos do
complexo zigomático e em um caso o sítio anatômico não estava especificado nos registros histopatológicos.
Todos os tecidos moles mostraram graus variados de fibrose. Pigmentos metálicos foram identificados em 42
das 44 amostras. Destes 42 espécimes, quarenta foram avaliados através de análises por MEV e EDS. Pigmentos
metálicos foram identificados no MEV e a natureza dos pigmentos foi confirmada utilizando a análise por EDS.
Além do titânio, outros metais e elementos não-metálicos foram encontrados na análise por EDS. Conclusão:
Apesar da identificação de partículas metálicas nas amostras teciduais avaliadas, os resultados do estudo sugerem
que as placas e parafusos de titânio para osteossíntese apresentam um comportamento inerte e, portanto, não há
necessidade de remoção destes implantes após o período de reparo ósseo.

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174 – OBLITERAÇÃO DO DUCTO NASOFRONTAL NO


TRATAMENTO DE FRATURA DO OSSO FRONTAL E MARGEM
SUPRA-ORBITÁRIA: CASO CLÍNICO.

Autores: JOÃO PAULO BONARDI (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) );TARIK
OCON BRAGA POLO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); CASSIANO COSTA SILVA
PEREIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); LEONARDO PEREZ FAVERANI (FA-
CULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) ); IDELMO RANGEL GARCIA-JÚNIOR (FACULDADE
DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA (FOA/UNESP) )

Introdução: Fraturas que envolvem as paredes do seio frontal normalmente são geradas por impacto de grande
intensidade, suas sequelas podem trazer transtornos estéticos e funcionais significativos, forçando o cirurgião
a realizar um minucioso planejamento para o tratamento adequado. O objetivo deste trabalho é relatar o caso
clínico de um paciente do gênero masculino, 26 anos, vitima de acidente trabalhista, atendido na Santa Casa
de Araçatuba, onde após avaliação da neurocirurgia a equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial foi
solicitada para avaliação e conduta do caso. Após avaliação clinica e tomográfica, contatou-se fratura do osso
frontal e margem supraorbitária. Em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, utilizou-se do acesso coronal para
reconstrução da parede anterior do seio frontal com obliteração do ducto nasofrontal e seio frontal com retalho
de pericrânio e musculo temporal direito, restabelecendo o contorno fronto-orbitário com malha de Titânio e
parafusos do sistema 1,5mm. No controle pós-operatório de 24 meses, notou-se restabelecimento estético-fun-
cional da região frontal, sem quaisquer complicações. Conclui-se que o tratamento de fraturas de seio frontal no
tempo adequado é de extrema importância para o sucesso estético e funcional e quando há dano na patência do
ducto nasofrontal, sempre é necessária à obliteração do ducto para prevenir sequelas tardias.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

199 – DIFERENTES MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE FRATURAS


CONDILARES ANALISADOS ATRAVÉS DE ELEMENTOS FINITOS

Autores: RICARDO AUGUSTO CONCI (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);-
FLAVIO HENRIQUE DA SILVEIRA TOMAZI (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);
RICARDO GIACOMINI DE MARCO (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); GUILHER-
ME GENEHR FRITSCHER (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); CLAITON HEITZ
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: Fraturas de côndilo mandibular representam um tema de grande importância dentro da Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial, pela grande incidência dentre as fraturas faciais, além das inúmeras discussões
no que diz respeito às formas de tratamento, acessos cirúrgicos e o tipo de material que vai ser utilizado para
fixação das fraturas. O tratamento divide-se em cirúrgico e não-cirúrgico, e depende de algumas situações e indi-
cações. Quando o tratamento cirúrgico é a escolha, deve-se buscar uma adequada redução das fraturas, além de
eficiente fixação interna para se obter um bom resultado final. Inúmeras configurações de placas, isoladas ou não,
com formatos e tamanhos variados, são utilizadas para a resolução cirúrgica das fraturas condilares. Almejando
aprimorar as vantagens e minimizar as desvantagens das técnicas de fixação, foi desenvolvido o parafuso Neck
Screw, visando a estabilidade necessária para a correta fixação através de um sistema de compressão dinâmica,
aumentando o contato entre os cotos fraturados, além de servir como aliado no momento da redução das fratu-
ras. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a fixação e a estabilidade das fraturas de côndilo mandibular
e comparar três técnicas de fixação, sendo que a primeira configuração apresenta uma placa de 2.0 mm, com 4
furos, com parafusos de 6 mm de comprimento, a segunda configuração apresenta duas placas, sendo uma de
1.5 mm e outra de 2.0 mm, ambas com 4 furos, com parafusos de 6 mm de comprimento e a última, apresenta
o parafuso Neck Screw. Os resultados demonstram uma melhor estabilidade quando do uso de duas placas, no
que diz respeito ao deslocamento das fraturas, deformação dos materiais de síntese e valores de tensões mínimas
e máximas. Os resultados com o parafuso Neck Screw são satisfatórios, semelhantes aos encontrados quando
da utilização de uma miniplaca, sendo, portanto, uma alternativa para redução e fixação das fraturas condilares,
desde que corretamente indicado e com sequência e técnica cirúrgica adequadas. PALAVRAS-CHAVE: Côndilo
mandibular; Neck Screw; Fraturas condilares.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

200 – DISGEUSIA COMO COMPLICAÇÃO DE FRATURA LE FORT


III: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: FERNANDA HERRERA DA COSTA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);THIAGO HENRIQUE


MARTINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); JOÃO PAULO BONARDI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA); CECÍLIA LUIZ PEREIRA STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); GLAYKON ALEX VITTI
STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: Disgeusia é caracterizada pelo mau funcionamento dos sentidos químicos do paladar e do olfato.
Vários fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento da disgeusia como a xerostomia, infecções bucais,
irradiações, uso de medicamentos, desordens cerebrais e trauma na região de cabeça e pescoço. Os primeiros
relatos sobre a perda do olfato e paladar após trauma craniano foram descritos na literatura médica em meados
de 1800. Segundo alguns autores, a disgeusia associada a trauma cefálico é rara, com incidência de 0,4-0,5%.
Seu mecanismo pós-traumático incluem lesões na língua, nos pares de nervos cranianos VII, IX, X ou no tronco
cerebral. O caso clínico relatado é de um paciente do gênero masculino, 32 anos de idade, vítima de acidente des-
portivo com traumatismo craniano leve e fraturas de face com alteração de oclusão. Na anamnese não apresentou
história médica relevante, negando hábitos, alergias e comorbidades. Por meio dos exames clínico e imaginoló-
gicos, foram diagnosticadas fraturas tipo Le Fort I e Le Fort III, tratadas por meio de redução e fixação interna
estável. Durante o controle pós-operatório, o paciente referiu melhora parcial da anosmia que já estava presente
no pré-operatório e desenvolvimento tardio de disgeusia por alteração dos sabores doce e salgado, a qual foi in-
vestigada por meio de exames clínicos como avaliação das papilas gustativas e fluxo salivar, testes gustativos com
soluções de sacarose 1M e NaCl 1M, aplicação tópica de chocolate com porcentagens de cacau variadas bem como
exames laboratoriais (concentração sérica de zinco e cobre) para diferenciar a disgeusia por desordem periférica
da causada por desordem central. O objetivo deste trabalho é, por meio de relato de caso clínico caracterizar a
disgeusia como uma complicação de fraturas Le Fort III, além de apresentar os testes e exames realizados para
definir o diagnóstico de disgeusia pós-traumática periférica.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

223 – TRATAMENTO DAS FRATURAS DO SEIO FRONTAL COM


ENVOLVIMENTO DO DUCTO NASO-FRONTAL

Autores: DANIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (*) (UFRN);HAROLDO ABUANA OSÓRIO JÚNIOR (UFRN); ADRIA-
NO ROCHA GERMANO (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES (UFRN)

Introdução: As fraturas do seio frontal compreendem de 5% a 15% de todas as fraturas craniomaxilofaciais, sen-
do o trauma de alta velocidade o principal fator etiológico. Apesar de sua baixa prevalência, o tratamento dessas
fraturas é controverso e complexo, e deve levar em consideração uma série de fatores, como o tipo de fratura,
envolvimento da parede posterior do seio frontal, dano ao ducto nasofrontal, status neurológico e presença de
fístula liquórica. Os objetivos do tratamento são a estética adequada e a saúde do seio frontal, e principalmente
evitar complicações a curto e a longo prazo, diante da intima relação com o cérebro. Na obstrução do ducto na-
so-frontal, o tratamento padrão consiste na obliteração do ducto, e quando o trauma envolve a parede posterior
do seio frontal, com deslocamento importante e/ou dano a dura máter, deve-se realizar a cranialização. Como al-
ternativa à obliteração, pacientes com injúria moderada ao ducto naso-frontal serão submetidos a cateterização e
acompanhamento pós-operatório adequado. O trabalho relata dois casos clínicos operados no Serviço de Cirurgia
e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFRN com trauma de face e fratura do seio frontal. O primeiro paciente,
vítima de acidente motociclístico dia 05 de março de 2011 evoluiu com fratura dos terços superior e médio da
face, dentre esses fratura da parede anterior do seio frontal com envolvimento do ducto naso-frontal. Nesse caso
em particular foi realizado a cateterização e posterior redução e fixação das fraturas. O segundo paciente, cuja
etiologia do trauma foi semelhante no dia 12 de janeiro de 2014, apresentou-se com fratura naso-órbito-etmoidal
e do seio frontal. Diante do envolvimento da parede posterior com deslocamento e fístula liquórica associada, a
abordagem consistiu em cranialização, com reparo da dura máter e obliteração do seio frontal. Ambos evoluíram
de forma satisfatória, sem queixas e sem complicações durante a evolução, demonstrando a indicação adequada
dos procedimentos. O planejamento cirúrgico das fraturas do seio frontal deve levar em consideração a análise
adequada de cada caso em particular, com observação detalhada da tomografia computadorizada e classificação
da fratura.

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233 – FRATURA COMPLEXA DE MANDÍBULA: TRATAMENTO EM


DOIS TEMPOS CIRÚRGICOS – RELATO DE CASO

Autores: FABRÍCIO VIEIRA (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);RAFAEL DE
ARAÚJO NORONHA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); BRUNA RODRIGUES
FRONZA (HOSPITAL CRISTO REDENTOR - PORTO ALEGRE, RS); ATHOS NILO BIER GRECO JÚNIOR (HOSPITAL
CRISTO REDENTOR - PORTO ALEGRE, RS); MICHEL MARTINS GUARENTI (HOSPITAL CRISTO REDENTOR - POR-
TO ALEGRE, RS)

Introdução: O trauma em mandíbula continua sendo um dos mais comuns e desafiadores dos traumas da prática
clínica do cirurgião bucomaxilofacial. A variação de envolvimento anatômico, mecanismos e formas da lesão po-
dem ser desafiadores até mesmo para o cirurgião mais experiente. A causa é geralmente por crimes violentos ou
acidentes de viação. O objetivo do presente estudo é relatar um caso clínico com descrição da técnica abordada em
dois tempos cirúrgicos para o manejo de fratura complexa de mandíbula decorrente de acidente automobilístico.
No primeiro momento cirúrgico de urgência optou-se por restaurar o perímetro mandibular e oclusal intervindo
na fratura exposta/composta em que houve perda de substância da região sinfisária, realizando bloqueio maxilo
mandibular e fixação com mini placa e placa de reconstrução. Posteriormente foi realizada intervenção para o
reposicionamento das fraturas bilaterais de côndilo e processo coronoide através de redução aberta e fixação com
mini placas e parafusos. Observou-se um resultado satisfatório no tratamento em dois tempos cirúrgicos, suces-
so que associamos à técnica cirúrgica, mas também influenciada pelo mecanismo da lesão, o perfil do paciente, e
o tempo decorrido entre o acidente e o tratamento.

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247 – DESLOCAMENTO DA CABEÇA DA MANDÍBULA PARA O


INTERIOR DA FOSSA CRANIANA MÉDIA: RELATO DE CASO

Autores: MARCIO TADASHI TINO (*) (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO/SES-GO);CAMILA FIALHO
DA SILVA NEVES DE ARAUJO (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO/SES-GO); ANDERSON MAGA-
LHÃES PINTO (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO/SES-GO); ROBSON RODRIGUES GARCIA (HOSPI-
TAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO/SES-GO); REJANE FARIA RIBEIRO-ROTTA (FACULDADE DE ODONTO-
LOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS)

Introdução: Deslocamento traumático da cabeça da mandíbula para interior da fossa craniana média: Relato de
Caso Enquanto que as fraturas da cabeça da mandíbula são comuns entre os traumas faciais, o deslocamento
traumático do processo condilar para o interior da fossa craniana média, por meio da fossa mandibular, é raro.
Esta condição foi relatada pela primeira vez em 1963, e até o ano de 2012, apenas 45 casos foram relatados na
literatura em inglês. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de deslocamento traumático da cabeça da
mandíbula para interior da fossa craniana média, tratado cirurgicamente. Paciente de 21 anos, gênero masculino,
vítima de acidente motociclístico, apresentando traumatismo cranioencefálico associado a afundamento de fron-
tal, limitação de abertura bucal, paralisia hemifacial no lado esquerdo, alteração de oclusão dentária às custas de
mordida cruzada à esquerda e mordida aberta no lado contralateral. Na tomografia computadorizada de crânio e
face constatou-se hematoma subaracnoide traumático temporal à esquerda, fratura comunitiva da parede ante-
rior de seio frontal e deslocamento da cabeça esquerda da mandíbula para o interior da fossa craniana média, com
fratura da fossa mandibular. Foi realizado tratamento cirúrgico por meio de craniectomia temporal esquerda para
reposicionamento condilar, em conjunto com a equipe de neurocirurgia. A fossa mandibular foi reconstruída com
bloco de enxerto ósseo autógeno temporal assim como a fratura de frontal. Após o reestabelecimento da oclusão
dentária, mantivemos o bloqueio maxilomandibular com fios de aço por 04 semanas. Paciente encontra-se em
acompanhamento ambulatorial pelas equipes de cirurgia bucomaxilofacial e neurocirurgia, apresentando boa
abertura bucal, mantendo a paralisia em hemiface, sem outras sequelas neurológicas.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

249 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR APÓS FRATURA POR PAF:


RELATO DE CASO

Autores: SAMARA PEREIRA QUEIROZ (*) (UFBA/OSID);THIAGO SALDANHA DE LUCENA SANDE (UFBA/OSID);
ALEXANDRE MARTINS SEIXAS (UFBA/OSID); WALTER SURUAGY MOTTA PADILHA (UFBA/OSID); GEORGES SOU-
ZA DE BURGHGRAVE (UFBA/OSID)

Introdução: Os ferimentos por arma de fogo têm sido constantes na região maxilofacial, com maior incidência
na mandíbula e causando normalmente fraturas cominutivas. Devido sua imprevisibilidade e alto risco de in-
fecção a forma de tratamento clássica se constitui na irrigação com solução salina, debridamento, com remoção
de fragmentos do projétil, de restos dentários e de tecidos inviáveis, além de sutura e uma redução fechada com
barra de Erich e bloqueio maxilomandibular. Apesar disso, atualmente há uma maior quantidade de relatos de
realização de tratamento aberto e fixação interna nesses pacientes, já durante o atendimento inicial. O protocolo
de tratamento vai depender da experiência da equipe cirúrgica, do material de síntese disponível e das caracte-
rísticas de cada paciente, porém uma limpeza cirúrgica imediata e antibioticoterapia devem sempre ser seguidas.
O caso relatado é um paciente vítima de PAF em face, com fratura cominutiva de corpo e ramo mandibular, bem
como ferimento extenso em terço médio e inferior do lado esquerdo. Ele foi submetido, sob anestesia geral, a
irrigação e debridamento da ferida, cateterização do ducto da glândula parótida, redução e fixação dos fragmen-
tos mandibulares aparentemente viáveis. Os fragmentos reduzidos não sofreram reabsorção e em um segundo
tempo cirúrgico a reconstrução óssea foi menor, sendo possível a utilização de enxerto de crista ilíaca. O objetivo
desse trabalho é apresentar um caso de fixação imediata de fratura mandibular após ferimento por arma de fogo
e discutir suas vantagens. Palavras-chave: Fraturas cominutivas; Lacerações; Reconstrução.

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265 – FRATURAS BILATERAIS DE CÔNDILO MANDIBULAR:


TRATAMENTO CIRÚRGICO X NÃO CIRÚRGICO

Autores: ÂNGELO NIEMCZEWSKI BOBROWSKI (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS);GILBERTO LEAL


GRADE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS);
MARCOS ANTONIO TORRIANI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS JR. (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: A Mandíbula é a segunda parte do esqueleto maxilofacial mais comumente fraturada e, dentre as di-
versas localizações, o côndilo é acometido em cerca de 29,3% dos casos e tem seu tratamento controverso (cirúr-
gico ou não cirúrgico). O ensino tradicional, em muitos países, acredita que a abordagem não cirúrgica apresenta
resultados funcionais que, no seu conjunto, são satisfatórios e superam possíveis riscos da intervenção cirúrgica.
Os proponentes do tratamento cirúrgico têm como princípio base que o realinhamento anatômico da fratura e
a fixação esquelética são a melhor forma de alcançar bons resultados. O objetivo deste relato é apresentar dois
casos de Fratura Bilateral de Côndilo Mandibular em que, no primeiro, foi instituído o tratamento não cirúrgico e,
no segundo, foi instituído o tratamento de forma cirúrgica e apresentar seus resultados comparativamente. Am-
bos os pacientes, um de gênero feminino e 29 anos e outro de gênero masculino e 28 anos, foram encaminhados
ao serviço de residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, vítimas de acidente automobilístico
com fraturas bilateral de côndilo mandibular e sínfise-parassínfise e queixa de dor e desoclusão dentária. Um foi
submetido à osteossíntese da fratura de sínfise-parassínfise mandibular e tratamento não cirúrgico de côndilo bi-
lateral, o outro, submetido à osteossíntese da fratura de sínfise-parassínfise mandibular e de côndilo mandibular
D. No pós-operatório os pacientes evoluíram bem, o tratado cirurgicamente apresentou complicações de fístula
salivar e paralisia no pós-operatório imediato e no atual acompanhamento, ambos, apresentam oclusão estável
e a abertura bucal de 33 e 39 mm. Quando bem indicados, tanto o tratamento cirúrgico como o não cirúrgico
podem ser aplicados, considerando cada caso na sua individualidade e com suas particularidades. A prevenção de
acidentes automobilísticos é uma forma de evitar novas fraturas e consequente as possíveis sequelas advindas na
vida do indivíduo.

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279 – TRATAMENTO DE FRATURA PANFACIAL APÓS ACIDENTE


AUTOMOBILÍSTICO: RELATO DE CASO

Autores: LOURIVAL RAIMUNDO DOS SANTOS JUNIOR (*) (ILAPEO);DAVANI LATARULLO COSTA (ILAPEO); PAULO
EDUARDO PRZYSIEZNY (ILAPEO); MAX ERNEST FURLONG (ILAPEO);

Introdução: Tratamento de Fratura Panfacial Após Acidente Automobilístico: Relato de Caso Os acidentes auto-
mobilísticos são os principais responsáveis pelas fraturas que envolvem mais de um dos terços da face, denomi-
nadas de fraturas panfaciais ou complexas de face, necessitando de tratamento cirúrgico reabilitador estético e
funcional. Este trabalho tem como objetivo relatar o tratamento de fraturas complexas do terço médio e superior
de face em uma paciente vítima de acidente automobilístico e encaminhada ao serviço de urgência da especia-
lidade Bucomaxilofacial do Hospital Angelina Caron na cidade de Curitiba- Pr. Paciente vítima de capotamento
de ônibus recebeu atendimento de suporte básico de vida imediato ao acidente em rodovia. A equipe Bucoma-
xilofacial foi acionada para realizar o atendimento primário ao paciente politraumatizado em face em pronto
socorro. Foram então realizados exames clínicos, físicos, radiográficos e descartado a possibilidade de fratura dos
ossos do neurocrânio, e então, obtido o diagnóstico de fratura complexa fronto-naso-orbitária e do tipo Le Fort
I bilateral. A conduta inicial foi de aguardar período de cinco dias para remissão do edema em face e posterior-
mente redução das fraturas e fixação interna rígida com mini-placas, parafusos e tela de reconstrução em uma
única etapa cirúrgica. Durante este período paciente permaneceu internada sob efeito de corticoide, analgesia e
antiinflamatório além de compressas de gelo em face. Procedimento realizado sob anestesia geral com entubação
orotraqueal. O acesso cirúrgico para RED + FIR (redução e fixação interna rígida) das fraturas de osso frontal e
superior de órbita foi o acesso coronal. Este acesso permite completa visualização dos traços de fratura e ampla
manipulação dos tecidos acometidos. Ainda, acesso palpebral inferior foi realizado bilateralmente para RED +
FIR das fraturas de rebordo infraorbitário. Acesso intraoral mucoperiosteal total foi realizado para visualização
da fratura do tipo Le Fort I. A fixação interna rígida foi realizada através dos sistemas de fixação 1.6mm e 2.0mm;
além de tela orbitária do sistema 1.6mm associada à membrana absorvível bio-gide. O procedimento cirúrgico foi
realizado em única etapa cirúrgica a acompanhamento clínico – radiográfico de longo prazo pode ser estabelecido.
Desta forma, podemos concluir que um correto atendimento primário, exatidão no diagnóstico, osteossíntese
dos segmentos fraturados e acompanhamento clínico e radiográfico são requisitos essenciais para o sucesso do
tratamento de fraturas panfaciais.

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

341 – TRAUMA COMPLEXO EM FACE POR MORDEDURA CANINA


EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO

Autores: GUILHERME PIVATTO LOUZADA (*) (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO
SUL);CLAITON HEITZ (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); GUILHERME GENEHR
FRITSCHER (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL); MICHEL MARTINS GUARENTI
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL);

Introdução:Lesões faciais decorrentes de mordedura canina são frequentemente relatadas na literatura mundial,
principalmente em crianças menores de sete anos.Tais injúrias podem apresentar-se desde simples abrasões até
ferimentos profundos, irregulares e com grande perda de substância, podendo comprometer severamente pa-
drões estéticos e funcionais das vítimas. Locais, como couro cabeludo, face e região cervical, são frequentemente
envolvidos.Na face, os locais mais acometidos são os lábios, a região de mento, o nariz e as orelhas. Relato de ca-
so:Paciente, GBB, 4 anos, sexo masculino, leucoderma, vítima de ataque por mordedura de cão da raça American
Pit Bull Terrier.Deu entrada no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com assistência
inicial pela equipe de emergência, para realizar o primeiro atendimento visando à estabilização geral. Na sequen-
cia do atendimento, as equipes de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial e cirurgia plástica realizaram ava-
liação conjunta, onde se observou múltiplos ferimentos lacero-contusos em face e couro cabeludo, com compro-
metimento ósseo e de várias estruturas anatômicas importantes.Através do recurso de imagem por tomografia
computadorizada possibilitou-se visualizar múltiplas fraturas e avulsões ósseas em região de terço médio da face
além de macerações da mandíbula em região de ângulo e corpo direito.A avaliação oftalmológica resultou normal.
Paciente foi levado a bloco cirúrgico em caráter de emergência, sob anestesia geral, para proporcionar a limpeza
e descontaminação das feridas, junto ao procedimento de síntese dos ferimentos lacerados.Ocorreu a lesão da
glândula parótida esquerda com o arrancamento da porção superficial, mantendo a preservação do ducto.Devido
à cinemática forte do trauma que ocasionou fraturas cominutivas,optou-se por uma abordagem conservadora
as fraturas ósseas.Foi realizado terapia antibiótica com amoxicilina 1 grama + acido clavulânico 200mg, conti-
nuado por 7 dias na posologia de 500mg, via endovenosa, a cada oito horas.Devido à extensão dos ferimentos,
que provocaram grande perda sanguínea, foi optado pela transfusão de duas bolsas de concentrado de hemácias
no pré-operatório. A vacina anti-rábica foi realizada com uma dose nos dias 0 e 3 do pós operatório, onde se ob-
servou que o animal se manteve sadio, encerrando a terapia.Paciente iniciou logo com 14 dias de pós-operatório
trabalhos específicos com fisioterapeuta e fonoaudióloga para melhorar funções motoras e de fala.Após um mês
de pós-operatório, paciente apresenta boa recuperação.Objetivo:Relatar o caso de paciente pediátrico vítima de
mordedura canina, com extenso ferimento em face e couro cabeludo abordando o manejo inicial para tratamento.
Conclusão:A avaliação minuciosa do paciente vítima de trauma facial por mordedura canina deve ser prioridade
no primeiro atendimento, baseado em uma correta anamnese por uma equipe multiprofissional possibilitando
assim obter o sucesso do tratamento.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

352 – REABILITAÇÃO IMPLANTAR PRÓXIMA A TRAÇO DE


FRATURA EM PARASSÍNFISE MANDIBULAR FIXADA PELA
TÉCNICA DO LAG SCREW: RELATO DE CASO.

Autores: MARCELO LEITE MACHADO DA SILVEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);FÁBIO WILDSON
GURGEL COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); MARCELO FERRARO BEZERRA (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO CEARÁ); FRANCISCO SAMUEL RODRIGUES CARVALHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); EDUAR-
DO COSTA STUDART SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)

Introdução: O tecido ósseo, após um episódio de fratura, passa por diferentes fases durante o processo de cicatri-
zação. O advento da fixação interna rígida (FIR) veio para facilitar o processo de consolidação óssea, uma vez que
permite que a cicatrização aconteça de forma direta, sem a formação de calo ósseo. A técnica de lag screw, quando
empregada na região anterior da mandíbula tem mostrado elevada eficácia. O lag screw, além de imobilizar a
fratura, é capaz de manter uma compressão entre os cotos fraturados propiciando maior união interfragmentária
e facilitando assim o processo de cicatrização óssea direta. Por ser simples e versátil, essa técnica também propor-
ciona redução do tempo cirúrgico quando comparado ao uso de placas de FIR e, consequentemente, diminuição
dos riscos de infecção pós-operatória. Além disso, a região anterior da mandíbula favorece a aplicação da técnica
devido à sua anatomia curva, corticais ósseas espessas e ausência de estrutura anatômica nobre na área de in-
serção dos parafusos. Poucos estudos na literatura tratam da realização de implantes osseointegrados em áreas
de cicatrização óssea pós-traumática ou próxima a áreas de fratura. Por esse motivo, e levando em consideração
os princípios de cicatrização óssea e osseointegração, relatamos aqui um caso de reabilitação implantar em área
de fratura mandibular tratada por meio da técnica do lag screw. O paciente, vítima de acidente motociclístico,
procurou atendimento apresentando fratura de parassínfise mandibular do lado esquerdo associada à perda dos
elementos 31, 41 e 42, a qual foi fixada utilizando-se dois parafusos de lag screw de 2.0mm. Após sete meses
da redução da fratura procedeu-se a instalação de dois implantes hexágono-externo e, em seguida, realizou-se a
reabilitação protética por meio de ponte fixa de 3 elementos. Atualmente o paciente encontra-se com um quinze
meses de acompanhamento pós-operatório, reabilitado do ponto de vista estético e funcional.

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

373 – INSTALAÇÃO DE BARRA DE ERICH E FIXAÇÃO DA


PRÓTESE TOTAL PARA TRATAMENTO DE FRATURA BILATERAL
DE MANDÍBULA

Autores: ÁTILA ROBERTO RODRIGUES (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG);PAULIA-
NE FRANÇA CARLOS DE SOUSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG); SANDRO ISAÍAS
SANTANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG);

Introdução: A fratura bilateral de côndilo e ramo mandibular pode provocar o encurtamento da altura vertical da
região posterior da mandíbula, ocasionando uma mordida aberta anterior em pacientes dentados. Em fraturas
tratadas de forma não cirúrgica é realizado o bloqueio maxilomandibular, com o paciente em oclusão dentária,
por um determinado período seguido da elasticoterapia. No entanto, em pacientes desdentados totais ocorre a
dificuldade do restabelecimento da altura vertical do ramo mandibular, sendo o cirurgião obrigado a recorrer a
alternativas de estabilização, para o restabelecimento do correto posicionamento ósseo e harmonia do sistema
estomatognático. No presente relato, apresentamos um caso clínico de uma paciente vítima de queda da própria
altura, com laceração em região de mento e frontal, fratura de ramo mandibular à esquerda e fratura alta de
côndilo mandibular à direita, confirmadas em exame tomográfico, transferida ao Hospital Universitário Alzira
Velano em Alfenas. Ao exame clínico intra-oral, apresentava edentulismo total superior e inferior. As próteses se
encontravam com os familiares do paciente no momento da avaliação inicial, quando foram requisitadas e man-
tidas em solução desinfetante. Inicialmente foi realizada a instalação da barra de Erich nas próteses através da
confecção de perfurações interdentárias. Em seguida, após realização da avaliação pré-anestésica, a paciente foi
conduzida ao centro cirúrgico para tratamento inicial da fratura de ramo mandibular. Num primeiro momento,
sob anestesia geral, as próteses dentárias desinfetadas foram colocadas na paciente e verificada a possibilidade
de uma oclusão estável. Dessa maneira, usando parafusos de titânio, as próteses foram fixadas na maxila e na
mandíbula, e em seguida, foi realizado o bloqueio maxilo-mandibular com fio de aço. Em seguida, através do aces-
so transmassetérico, a fratura do ramo mandibular foi reduzida e fixada com placas e parafusos do sistema 2.0
mm. No período pós-operatório a paciente permaneceu com BMM através de elásticos, removidos após 15 dias,
quando a paciente apresentou manutenção da estabilidade oclusal envolvendo as próteses, ótima abertura bucal,
movimento de lateralidade e ausência de dor. Paciente se encontra ainda sob acompanhamento por um período
de 45 dias, para então realizar a remoção das próteses e orientação para confecção de novas próteses.

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378 – TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA FRONTO-


NASO-ÓRBITO-ETMOIDAL APÓS 6 MESES DO TRAUMA: RELATO
DE CASO

Autores: THAIS DA SILVA FONSECA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); JENNIFER SANZYA SILVA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSI-
TÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RAFAEL LOPES QUADROS DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE
BARROS BARRETO); DIEGO PACHECO FERREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Injúrias Fronto-Naso-Órbito-Etmoidal têm sido as fraturas mais complexas de ser tratada no dia-a-
-dia do Cirurgião Buco-Maxilo-Facial. Por causa da posição anatômica do complexo Fronto-Naso-Órbito-Etmoi-
dal e da enorme quantidade de energia necessária para criar uma fratura nesta área, estas lesões são muitas vezes
severas à associação cranioencefálica. Acometem principalmente homens, com idade entre 20 e 30 anos, tendo
como principais agentes etiológicos acidentes automobilísticos, motociclísticos e agressões físicas. Exames com-
plementares são fundamentais para o correto diagnóstico e planejamento cirúrgico. O tratamento das fraturas
Fronto-Naso-Órbito-Etmoidal de forma adequada e a possibilidade de acompanhamento pós-operatório para
proservação apresentam grande significado clínico, pois as sequelas geradas podem trazer transtornos funcionais
e estéticos importantes, que são de difícil reparação numa segunda intervenção cirúrgica. O presente trabalho
tem como objetivo expor um relato de caso de paciente de sexo masculino, 21 anos, vítima de acidente motoci-
clístico, portando sequelas decorrentes de uma fratura Fronto-Naso-Órbito-Etmoidal após 6 meses do trauma,
foi submetido a cirurgia pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário
João de Barros Barreto, sob anestesia geral, para redução e fixação das fraturas com placa, tela e parafusos de
titânio dos sistemas de 1,5mm e 2.0mm. O paciente evolui satisfatoriamente, com bom resultado estético.

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380 – TRATAMENTO DE TRAUMA DE COMPLEXO ZIGOMÁTICO


SEQUELADO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: RAÍ HEIDENREICH (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA);JOSÉ NAZARENO GIL (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA); ANDRÉ LUIS BIM (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIANA SAIDE-
LES MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA); MATHEUS SPINELLA (UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL DE MARINGÁ)

Introdução: O complexo zigomático orbitário (CZO) , devido a sua posição projetada na face, é frequentemente
envolvido em traumatismo e, depois do nariz, é a estrutura óssea facial mais sujeita a fraturas, perdendo princi-
palmente projeção da face no sentido ântero-posterior. O osso zigoma articula-se com os ossos frontal, esfenoide,
temporal e maxilar, contribuindo significativamente para a resistência da face. É um osso piramidal, apresenta o
corpo robusto e quatro processos: temporal, orbital, maxilar e frontal. Tais processos se constituem nos pontos
de fragilidade do zigoma, ocorrendo, muitas vezes, sua simples separação pelas suturas dos ossos com os quais se
une, a denominada disjunção zigomática ou fratura do CZO. Inclui o rompimento das quatro suturas: zigomati-
cofrontal, zigomaticotemporal, zigomaticomaxilar e zigomaticoesfenoide. O arco zigomático pode ser fraturado
independentemente ou como parte da fratura do complexo zigomático. A etiologia das fraturas do CZO varia com
a distribuição demográfica do local estudado, sendo que normalmente é causado por acidentes por veículos mo-
torizados, seguido das agressões interpessoais, acidentes esportivos, e quedas. Os sinais e sintomas que devem
ser investigados são: Edema e equimose periorbitária (mais comuns) , sensibilidade nervosa (principalmente pa-
restesia do n. Infra-orbitário) , epistaxe, distopia, diplopia, enfisema, enoftalmo, exoftalmo, trismo e hemorragia
subconjuntival. Os exames de imagem são essenciais para promover o diagnóstico e o tratamento do trauma,
sendo o mais utilizados as radiografias (incidências de Waters e Hirtz) e a tomografia computadorizada (TC) em
cortes coronais e axiais e reconstrução tridimensional. A TC é especialmente útil no estudo do assoalho, parede
de órbita, presença de diásteses nas suturas (frontozigomática, esfenozigomática) e análise do comportamento
do deslocamento do segmento fraturado (medial ou lateral). As fraturas do complexo zigomático não são fatais
e geralmente são tratadas após lesões mais sérias serem estabilizadas e o edema ser resolvido 7 dias após estas
lesões. As lesões geralmente são tratadas de forma cruenta com fixação funcionalmente estável com mini-placas
e parafusos ou incruenta reduzindo o zigoma, de acordo com a severidade da lesão. As lesões que não são tratadas
neste período com o seu tratamento adiado de maneira imprópria, entram no processo de remodelação e consoli-
dação de matriz óssea neo-formada, formando assim a sequela do complexo zigomático. O tratamento das seque-
las consiste-se basicamente de confecção de protótipo, cirurgia no modelo, confecção de splint para orientação
no trans-operatório, acesso à fratura, osteotomia da sequela, redução do zigoma as suas demais articulações com
auxilio de splint, fixação interna e sutura em camadas. O objetivo deste trabalho é demonstrar um relato de caso
envolvendo redução cruenta de sequela de complexo zigomático com mini-placas e parafusos.

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438 – FRATURA DE CÔNDILO PROVOCADA POR PAF: RELATO


DE CASO

Autores: ALEXANDRE MARANHÃOMENEZES NETO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);ALEXANDRE


SIMÕES NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); HENRIQUE CLASEN SCARPARO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ); EDUARDO COSTA STUDART SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); FABRICIO
DE LAMARE RAMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)

Introdução: O crescente aumento da violência fez com que as fraturas decorrentes por projétil de arma de fogo
constituíssem a segunda causa de morte mais prevalente, superada apenas pelos acidentes automobilísticos,
especialmente os motociclísticos. As fraturas mandibulares que tem como etiologia as armas de fogo, são de
difícil resolução devido à constantes casos de perda de substância decorrente do impacto do projétil, elevando a
probabilidade de não união, aumentando o risco de infecção e dificultando o tratamento final. A literatura atual
relata diversas abordagens no manejo destes ferimentos, com a finalidade de buscar reduzir as intercorrências.
O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de fratura condilar, provocada por um projétil de arma
de fogo. O paciente foi atendido inicialmente no Hospital Instituto José Frota, seguindo as diretrizes do ATLS.
Após estabilização pela equipe da cirurgia geral foi encaminhado para uma avaliação secundária no Serviço de
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal
do Ceará onde foi revelado, um ferimento com apenas um orifício de entrada em região de ângulo mandibular
esquerdo. Durante a anamnese foi verificada queixa álgica durante movimentos mastigatórios e limitação de
abertura bucal. A radiografia panorâmica mostrou uma fratura de traço único em côndilo mandibular, sem perda
de substância e deslocamento ósseo. O paciente foi submetido à cirurgia, sob anestesia geral, onde foi realizado
acesso pelo orifício de entrada, redução cruenta da fratura e fixação interna rígida com duas placas do sistema
2.0. O paciente evoluiu muito bem, onde foi possível restabelecer uma mastigação adequada e boa cicatrização do
ferimento após 12 meses de pós-operatório.

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457 – TRATAMENTO CONSERVADOR DE FRATURA


UNILATERAL DE CÔNDILO ASSOCIADA Á FRATURA DE SÍNFISE
MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO

Autores: VICTOR HUGO MARQUES COELHO (*) (UNIVERSIDADE NILTON LINS);CHRISTIAN BARTOLOMEU REC-
CHIONI (INSTITUTO DA FACE DO AMAZONAS); MAXINE ENNATA ALVES DE ALMEIDA (UNIVERSIDADE NILTON
LINS);

Introdução: O côndilo mandibular apresenta-se como um dos locais mais comumente acometidos nas fraturas
mandibulares, sendo, na maioria das vezes, decorrente de um trauma na região de sínfise ou de para-sínfise
mandibular. Seu tratamento em pacientes pediátricos difere do tratamento em adultos devido a fatores como
a cooperação do paciente, tempo de cicatrização e devido ao côndilo ser uma região importante de crescimento
ósseo. A escolha pelo tratamento cirúrgico ou conservador é motivo de controvérsias, devido às complicações
pós-tratamentos, uma das principais indicações para a redução cirúrgica consiste na impossibilidade de estabe-
lecer a oclusão adequada pelo tratamento conservador. O presente trabalho objetiva relatar um caso clínico de
redução conservadora de fratura unilateral de côndilo associada à fratura de sínfise mandibular. Paciente J.C.T,
7 anos, gênero masculino, leucoderma, vítima de atropelamento, apresentou-se ao serviço de Cirurgia e Trau-
matologia Buco Maxilo Facial do Hospital Adventista de Manaus. Durante a anamnese os sinais vitais estavam
normais e ausência de doenças sistêmicas. Ao exame físico pôde-se observar pequena escoriação em região de
mento, limitação da abertura bucal, sintomatologia álgica, assimetria facial e pequeno edema na região de arti-
culação temporomandibular unilateral. Ao exame intraoral não foi encontrado nenhuma anormalidade. Na ava-
liação imagiológica foi solicitada Tomografia computadorizada, observando fratura de côndilo direito e de sínfise
mandibular. O tratamento consistiu em redução conservadora para a fratura de côndilo e redução cirúrgica na
fratura de sínfise mandibular utilizando placa e 5 parafusos absorvíveis, sob anestesia geral. Devido a fratura de
côndilo e flexibilidade da placa, foi realizado bloqueio maxilo mandibular por meio de barra de Erich. O sucesso
do tratamento conservador em crianças está correlacionado ao restabelecimento dos movimentos mandibulares
e principalmente uma oclusão adequada, além do acompanhamento por toda sua fase de crescimento.

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549 – PREVALÊNCIA DAS INTERNAÇÕES DE PACIENTES


IDOSOS COM FRATURAS DO CRÂNIO E OSSOS DA FACE NA
REGIÃO NORTE E NORDESTE DO BRASIL.

Autores: CHRISTOPHER CADETE DE FIGUEIREDO (*) (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO ESTADO DA


PARAÍBA);IGOR FIGUEIREDO PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); PLÍNIO NOBRE DE ASSIS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); DAYANE DAYSE LOPES AVELINO DE ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DA PARAÍBA); JOSÉ LACET DE LIMA JÚNIOR (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO ESTADO DA PARAÍ-
BA)

Introdução: Os traumas de crânio e ossos da face podem representar 50% de todas as mortes traumáticas. Vemos
baixa incidência para pacientes maiores de 60 anos, devido a características íntimas da terceira idade, como pouca
atividade social e esportiva. Porém com a melhoria na qualidade de vida, a população idosa além de ter crescido
em todo o mundo, incorporou mudanças de atitudes, como um estilo de vida mais ativo, e se predispondo a um
maior risco de sofrer fraturas. Objetivo: Analisar o perfil das internações desses pacientes com fraturas faciais na
região Norte e Nordeste do Brasil, no período de 2010 a 2014. Metodologia: Utilizou-se uma abordagem indutiva
com procedimento comparativo-descritivo e técnica de documentação indireta. Os dados foram obtidos median-
te consulta ao sítio do DATASUS, e as informações coletadas foram agrupadas nas seguintes faixas etárias de
acordo com o site: 60 a 69; 70 a 79; 80 anos ou mais, considerando as informações disponíveis para cada estado
das regiões. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: No ano de 2013, obteve-se
o maior número de notificações com 375 casos; em 2011 foi observado o menor índice de internações com 317;
Bahia se sobressaiu quanto ao número de internações no Nordeste com 276, e o Para no Norte com 324; 74,7%
das internações tratavam-se de indivíduos do gênero masculino e 68,9% dos pacientes internados estavam na fai-
xa etária de 60 a 69 anos. Conclusão: Houve uma maior ocorrência de fraturas em indivíduos do sexo masculino
e a faixa etária mais acometida foi a de 60 a 69 anos. A Bahia foi o estado mais prevalente quanto ao número de
internações no Nordeste e o Para no Norte. Houve indícios de subnotificação no estado do Amazonas. Descrito-
res: Fraturas Cranianas, Sistemas de Informação Hospitalar, Epidemiologia nos Serviços de Saúde.

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590 – UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE FIXAÇÃO ABSORVÍVEL EM


CASO DE FRATURA MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO –
RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: WALLYSON LUIS MAUES DA FONSECA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);WENDER LUIS BARRO-
SO TAVARES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); WILLY FERNANDES DE MEDEIROS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE
BARROS BARRETO)

Introdução: As fraturas faciais na infância são geralmente decorrentes de traumas de alta energia e seu tratamen-
to está relacionado à fase de crescimento facial. Esses tipos de traumas são objeto de atenção especial no que tan-
ge ao diagnóstico e ao tratamento, devido às condições próprias da idade. Para o tratamento cirúrgico das fraturas
mandibulares em crianças, a fixação interna estável (FIE) utilizando-se miniplacas/parafusos de titânio pode
ser utilizada com inteiro sucesso. Mas, recentemente, destaca-se a utilização de materiais absorvíveis, os quais
apresentam algumas vantagens sobre dispositivos metálicos, especialmente em pacientes pediátricos. O sistema
de fixação reabsorvível apresenta resultados satisfatórios em pacientes em fase de crescimento, pois não impede
o desenvolvimento fisiológico dos ossos que sofreram fratura. Outras vantagens da utilização desse materiais
de fixação absorvíveis incluem: ausência de migração do material de fixação durante o período de crescimento;
eliminação de artefatos de imagem, quando da realização de exames; insensibilidade térmica nos locais de insta-
lação do material; e elimina um segundo ato operatório para a remoção do material. Este trabalho relata um caso
de fratura mandibular em paciente pediátrico, 11 anos de idade, tratado com miniplacas e parafusos absorvíveis
pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto no
Hospital Geral da UNIMED de Belém do Pará.

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706 – RECONSTRUÇÃO DE OSSO FRONTAL E NASAL COM


ENXERTO DE PARIETAL: RELATO DE CASO

Autores: GABRIELA DOS SANTOS LOPES (*) (EBMSP);ALISSON DOS SANTOS ALMEIDA (EBMSP); WILTON COS-
TA NETO (EBMSP); MURILLO LEITE MASCARENHAS (EBMSP); CARLOS ELIAS DE FREITAS ()

Introdução: A craniotomia é um tratamento multilador que causa graves defeitos faciais trazendo a necessidade
de reconstruções. A cranioplastia é um procedimento cirúrgico para o tratamento dessas sequelas, que promove
uma reabilitação morfológica e funcional do crânio. Dentre as técnicas complexas de reconstrução existe a pos-
sibilidade da utilização de enxertos autógenos ou biomateriais. Porém o padrão ouro para esses tipos de recons-
trução são os enxertos autógenos apesar da alta morbidade e a incidência de reabsorção. Os principais sítios doa-
dores são a tábua externa do osso parietal, costelas e crista ilíaca.O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um
paciente de 38 anos de idade, que compareceu ao ambulatório de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/Hospital Geral Roberto Santos (EBMSP/HGRS) devido a defeito em
osso frontal e dorso nasal em decorrência de um acidente desportivo. O paciente negou síncope e êmese pós trau-
ma, negou alterações sistêmicas, uso crônico de fármacos e alergias medicamentosas. Após o exame tomográfico
foi programado a reconstrução do osso frontal e dorso nasal com enxerto de parietal. O paciente foi submetido a
cirurgia sob anestesia geral para a remoção e fixação do enxerto para a correção do defeito em face. No momento
o paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial pela equipe de cirurgia bucomaxilofacial.

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718 – TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA DE COMPLEXO


ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO: RELATO DE CASO

Autores: ALAN LEANDRO CARVALHO DE FARIAS (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UFPI);CARLOS EDUARDO
MENDONÇA BATISTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UFPI); WALTER LEAL DE MOURA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
UFPI); ANTONIEL DA SILVA SOARES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO UFPI); ALAN GONÇALVES PINHEIRO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO UFPI)

Introdução: O complexo zigomático-orbitário (CZO) atua como um importante componente da face e, devido
sua forma convexa e proeminência, está frequentemente envolvido em trauma facial, sendo apontado por vários
estudos como um dos ossos mais acometidos por fraturas faciais. Os mais comuns fatores etiológicos envolvidos
nestas lesões são violência interpessoal, acidentes de trânsito, quedas, e lesões esportivas. O CZO ocupa uma
posição-chave no aspecto anterolateral da face, o que contribui para definir a largura terço médio da face, e para
definir a forma e o contorno dos rebordos orbital inferior e lateral bem como projeção da bochecha. O tratamento
deve ser individualizado de acordo com cada caso e varia de abordagens conservadoras como o tratamento fecha-
do, até redução aberta e fixação interna com placas, malhas de titânio e parafusos do sistema de 1.5mm em qua-
tro pontos de suas articulações com ossos vizinhos. A complexidade da anatomia tridimensional do CZO torna
seu tratamento um desafio e sua má reconstrução pode gerar problemas como diplopia, distopia e enoftalmia que
são passíveis de correção, que por vezes necessitam de mais de um tempo cirúrgico. O presente trabalho tem por
objetivo relatar um caso de complicação de tratamento de fratura de CZO. O paciente havia sido tratado em outro
serviço e procurou o serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário da Universidade Federal
do Piauí, com queixa estética e por apresentar fístula cutânea com presença de secreção purulenta. Após exame
clínico e de imagem o mesmo foi tratado em dois tempos cirúrgicos, onde o primeiro foi à remoção do sistema de
fixação e desbridamento e em um segundo momento através de uso de prototipagem, placas e malhas de titânio
do sistema 2.0mm e 1.5mm. O mesmo evoluiu bem no pós-operatório com melhora do quadro estético e funcio-
nal, sem sinais de complicação pós-operatória e encontra-se em acompanhamento. Em vista destes argumentos,
o cirurgião deve ter critério técnico-científico suficiente para a condução de sequelas das fraturas do CZO, tendo
em vista os prejuízos que as mesmas trazem nos quesitos estéticos, funcionais e psicossociais que proporcionam
aos indivíduos portadores destas lesões.

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719 – ACESSO INTRABUCAL PARA TRATAMENTO DE FRATURAS


CONDILARES

Autores: RICARDO JOSÉ DE HOLANDA VASCONCELLOS (*) (HOSPITAL UNIVERSITARIO OSWALDO CRUZ);ERICK
ANDRES ALPACA ZEVALLOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO OSWALDO CRUZ); ANDRÉ VAJGEL FERNANDES (HOS-
PITAL UNIVERSITARIO OSWALDO CRUZ); DAVID MORAES DE OLIVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO OSWALDO
CRUZ); SAULO QUEIROZ DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO OSWALDO CRUZ)

Introdução: As fraturas de côndilo mandibular são um tipo de lesão traumática frequente, representando de
25% a 35% de todas as fraturas mandibulares reportadas. O tema das fraturas de côndilo mandibular provoca
maior discussão e controvérsia que qualquer outro tema do trauma maxilofacial no que concerne à classificação,
diagnostico, e manejo terapêutico. Podem ser tratadas mediante procedimento aberto ou fechado. As vantagens
e desvantagens de cada procedimento são comparados através das prováveis sequelas e riscos envolvidos, além
da particularidade de cada caso. No entanto, o que é melhor para o paciente deverá ser prioridade sem importar
com o que é confortável para o cirurgião. Diferentes métodos de osteossíntese são usados com funcionalidade e
resultados estáveis. Um procedimento com um sistema que permita a máxima estabilidade com mínimo trauma
durante sua inserção deve ser selecionado, além disso, o fácil manuseio aumenta a aceitação dos cirurgiões ao
procedimento. A abordagem intrabucal não é rotineiramente utilizada para o tratamento de fraturas condilares,
pois a redução das fraturas deslocadas pode ser dificultada pela visibilidade limitada do sitio da fratura. No entan-
to, o tratamento intrabucal pode ser viabilizado através de técnicas endoscópicas com instrumentos angulados.
Espelhos clínicos também têm sido utilizados para verificar a redução da borda posterior e a fixação. A recente
introdução de um sistema de chave angulada faz com que o uso da abordagem intrabucal para o tratamento das
fraturas subcondilares com deslocamento ou fraturas de colo de côndilo sejam viáveis sem a necessidade de ins-
trumentos endoscópicos ou espelhos clínicos. O propósito dessa apresentação é demonstrar que a redução aberta
de fraturas condilares mediante uma abordagem intrabucal utilizando um sistema de chave angulada e sistema
de fixação interna, é uma alternativa viável de tratamento seguro e de rápido acesso para este tipo de fraturas
mandibulares.

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763 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS CONDILARES

Autores: BRUNA SILVA SANCHES (*) (UNIP);ALEXANDRE J PRATI (UNIP); DANIEL F. GALAFASSI (UNIP); MARCELO
N. CARNEIRO (UNIP); GABRIEL P. PASTORE (UNIP)

Introdução: O tratamento cirúrgico das fraturas do côndilo mandibular tem sido um assunto controverso há anos
na literatura, principalmente em relação à redução aberta ou tratamento conservador. Os côndilos mandibulares
representam os locais de maior acometimento das fraturas de mandíbula, podendo chegar a uma frequência
de ate 35% do total das fraturas mandibulares. Estas fraturas resultam na maioria das vezes de impactos na
região de sínfise e/ou parassinfise mandibular. O tratamento dessas fraturas pode ser conservador ou cirúrgico.
As indicações para o tratamento cirúrgico podem ser absolutas ou relativas, estas incluem: deslocamento do
côndilo fraturado, impossibilidade de obtenção de oclusão adequada por redução fechada, invasão da ATM por
corpo estranho, perda da dimensão vertical por fratura bilateral de côndilo e impedimento da função mandibular
normal. O tratamento conservador consiste na manutenção da oclusão por meio de elasticoterapia associada
a aparelho ortodôntico ou barra de Erich, restrição de dieta e fisioterapia. Quando o tratamento de escolha é o
cirúrgico, existem diferentes técnicas de fixação interna descritas, o objetivo do tratamento é reposicionamento
dos cotos fraturados restabelecendo a anatomia normal, de forma a eliminar ou diminuir o período de bloqueio
maxilomandibular pós-operatório, e restabelecer precocemente a função mandibular. O tratamento cruento está
associado a maior incidência de complicações pós–operatórias, como: remodelação ou reabsorção do côndilo,
infecção, hemorragia, fratura do materil de fixação, cicatrização hipertrófica e paralisia temporária/permanente
dos ramos do nervo facial. Apesar disto o tratamento não cirúrgico pode também resultar em sequelas, tais como
ocorrência de retrognatia, anquilose temporomandibular, assimetria facial, disfunção de ATM, desvios na aber-
tura bucal e mordida aberta. O objetivo do presente trabalho é apresentar dois casos clínicos em que as fraturas
condilares foram tratadas cirurgicamente e evoluíram com resultado estético e funcional satisfatórios. O primei-
ro caso clinico: a um paciente, 22 anos, vitima de agressão física, evolui com fratura de côndilo bilateral, de sínfise
e Lanelong. Foi realizado tratamento cirúrgico por acesso submandibular e acesso retroauricular bilateral e acesso
intra-oral em fundo de vestíbulo da maxila mais redução e osteosintesse das fraturas com placas e parafusos. O
segundo caso clinico: paciente 40 anos, gênero masculino, vitima de acidente motociclístico, e evolui com fratura
de sínfise e condilo esquerdo que foram acessadas por acesso extra oral retromandibular e intra oral em fundo
de vestíbulo mandibular, redução e osteosintesse das fraturas com placas e parafusos. Após 1 mês no retorno
observou –se fratura do material de fixação do condilo, devido a pouca espessura e o mal posicionamento das
placas que não foram resistentes o suficiente pra evitar forças de torção do condilo. Foi reabordado e uma nova
redução e fixação foi realizada,

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779 – FRATURA COMPLEXA DO TERÇO MÉDIO DA FACE-


RELATO DE CASO

Autores: RENATO BARJONA M DE MIRANDA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);SORAYA DA SILVA


OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); LAIR MAMBRINI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂN-
DIA); MARCELO CAETANO PARREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); FLAVIANA SOARES
ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: Fraturas do terço médio de face compreendem: Fraturas Le Fort I, II e III, Nasal, Seio Frontal, NOE,
Zigomático, órbita (paredes medial, lateral, assoalho e teto) e palato-alveolar. O tipo de fratura, a severidade, o
envolvimento de outras estruturas faciais e o tempo decorrido influenciam a modalidade de tratamento empre-
gado. O presente trabalho expõe um caso de fratura complexa de terço médio de face. Paciente R.A.C., feoderma,
sexo masculino, 35 anos de idade, foi atendido pelo Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital de Clínicas
da Universidade Federal de Uberlândia após acidente motociclístico. Ao exame clínico, observou-se perda de
projeção do terço médio de face, degrau em rebordo infra-orbitário, região fronto-zigomática e arco zigomático
bilateralmente, além de mobilidade em maxila e ossos nasais. As imagens tridimensionais tomográficas con-
firmaram o diagnóstico clínico. Sob anestesia geral, as fraturas foram adequadamente reduzidas e fixadas com
placas e parafusos de titânio do sistema 2.0 e 1.5. O paciente permaneceu em acompanhamento ambulatorial,
apresentando boa cicatrização e nenhuma intercorrência pós-operatória. O exame clínico associado ao imagino-
lógico é indispensável para o diagnóstico e seleção da conduta adequada para tratamento das fraturas complexas
da face. A fixação interna rígida proporciona excelentes resultados estéticos e funcionais.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

790 – TRATAMENTO DE FRATURA DO TIPO BLOW-OUT

Autores: SORAYA DA SILVA OLIVEIRA (*) ();RENATO BARJONA MIRANDA DE MIRANDA (); CLAUDIA JORDÃO
SILVA (); LAIR MAMBRINI FURTADO (); JONAS DANTAS BATISTA ()

Introdução: As fraturas do complexo zigomático-orbitário são bastante frequentes e podem gerar grandes trans-
tornos funcionais e estéticos. O tipo de fratura, a severidade e o envolvimento de outras estruturas faciais influen-
ciam a modalidade de tratamento empregado. O presente trabalho expõe um caso clínico-cirúrgico de fratura do
complexo zigomático-orbitário esquerdo, envolvendo apenas o soalho orbitário, além de discutir a abordagem
utilizada para redução e fixação. Paciente L.S.P, feoderma, sexo masculino, 28 anos de idade, compareceu ao
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de
Uberlândia, com queixas de visão dupla após cabeçada de gado. Ao exame clínico, observou-se oftalmoplegia,
distopia, além do relato de diplopia. Os exames imaginológicos confirmaram o diagnóstico clínico de fratura
do soalho orbitário esquerdo, com herniação de tecido proveniente do globo ocular. Paciente foi submetido a
procedimento cirúrgico sob anestesia geral, onde o tecido herniado foi removido do interior do seio maxilar e foi
instalada tela de titânio e parafusos do sistema 1,5mm. O paciente permaneceu em acompanhamento ambulato-
rial, apresentando boa cicatrização e nenhuma intercorrência pós-operatória. O diagnóstico clínico associado ao
imaginológico é indispensável para o diagnóstico e seleção da conduta adequada para tratamento das fraturas do
complexo zigomático-orbitário, além da fixação interna rígida que proporciona excelentes resultados do ponto de
vista estético e funcional.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

800 – USO DE TELA DE TITÂNIO PRÉ-MOLDADA ORBITÁRIA


PARA RECONSTRUÇÃO DA AREA CHAVE: RELATO DE CASO

Autores: GUILHERME CÂNDIDO DO ESPÍRITO SANTO ROCHA (*) (UNIVERSIDADE PAULISTA);ALEXANDRE JA-
VARONI PRATI (UNIVERSIDADE PAULISTA); LUCIANO MAURO DEL SANTO (UNIVERSIDADE PAULISTA); PATRICIA
RADAIC PASTORE (UNIVERSIDADE PAULISTA); DANIEL FREIRE GALLAFASSI (UNIVERSIDADE PAULISTA)

Introdução: Os traumas na região do complexo zigomático-maxillar (CZM) podem acarretar diversas deformi-
dades estéticas e incapacidades funcionais que vão desde depressões faciais a deficiências na movimentação do
globo ocular. As fraturas do assoalho de orbita geralmente estão associadas ao deslocamento ósseo, ocasionado
pelas fraturas região zigomático-maxilar, cujas forcas comprometem as delgadas paredes orbitárias. Atualmente,
sua frequência aumentou em decorrência do maior número de acidentes de trânsito e violência urbana. O diag-
nóstico rápido e intervenção precoce são recomendados a fim de se prevenir sequelas, como: enoftalmo, distopia,
diplopia e limitação dos movimentos oculares. Muitas vezes fraturas de assoalho ocorrem concomitantemente
com fraturas de parede medial. A complexa geometria da órbita faz a reconstrução anatômica um procedimento
desafiador, principalmente quando acometem a área chave. O tratamento para fraturas de órbita pode ser insti-
tuído por diversas formas que são eleitas mediante o tamanho do defeito e da escolha do material reconstituinte.
Para o tratamento cirúrgico de fraturas das paredes orbitárias são utilizados vários tipos de materiais dentre
aloplásticos, alogênicos e autógenos. A seleção do material está relacionada a diversos fatores, como: tamanho
do defeito, paredes envolvidas, adaptação dos contornos internos, restauração do volume apropriado, tempo de-
corrido do trauma e experiência do cirurgião. O tratamento das fraturas de órbita é dividido entre o tratamento
conservador (com ou sem intervenção cirúrgica tardia, para sequelas persistentes) e o tratamento cirúrgico ime-
diato. A eleição do tipo de tratamento obedecerá ao diagnóstico por imagem e a critérios patológicos funcionais
e motores. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente do gênero masculino, de 16 anos de idade,
vítima de agressão física. Ao exame físico apresentava equimose e edema periorbitários a direita, ferimento cor-
to-contuso suturado em pálpebra superior, ausência de enoftalmia, discreta oftalmoplegia em adução e supra-
versão do olho direito e hiposfagma. Em tomografia de face observa-se comprometimento do soalho orbitário
na sua região posterior e parede medial (área chave). Foi submetido a procedimento cirúrgico para reconstrução
do defeito orbitário com malha de titânio pré-moldada do sistema Matrix (MIDFACE Preformed Orbital Plates)
DepuySynthes através dos acessos subciliar a direita e coronal. Atualmente o paciente encontra-se com 01 mês de
pós-operatório com função e estética reestabelecidas. O uso da malha de titânio pré-moldada escolhida facilitou
o procedimento cirúrgico, diminuindo o tempo do mesmo e apresentando melhor adaptação ao sítio cirúrgico.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

827 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DO COMPLEXO


ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO: RELATO DE CASO

Autores: MOACIR TEOTÔNIO DOS SANTOS JUNIOR (*) ();MARCUS ANTONIO BRÊDA JÚNIOR (); MARCELO MA-
ROTTA ARAUJO (); MILKLE BRUNO PESSOA SANTOS (); HÉLDER LIMA REBELO ()

Introdução: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO: RELA-


TO DE CASO Devido a sua localização anatômica proeminente, o complexo zigomático é a segunda estrutura
óssea da face mais acometida por fraturas, ficando atrás apenas da região nasal. Ocorrem frequentemente por
agressões físicas, acidentes de trânsito e práticas esportivas. Seu diagnóstico é dado através do exame clínico e
radiográfico associado à história do trauma (tipo, tempo decorrido e intensidade). Tais fraturas possuem sinais
característicos como assimetria facial por afundamento da região zigomática, deslocamento do ligamento palpe-
bral lateral, deformidade da margem orbitaria, edema e equimose em região periorbital e do vestíbulo bucal da
maxila, equimose subconjuntival, enoftalmia, distopia, diplopia, hematoma palpebral, degrau na região dasutura
zigomático-frontal ou da margem orbitária inferior, degrau no pilar zigomático,parestesia do nervo infraorbitá-
rio, dor ao movimento da mandíbula e trismo. Exames radiográficos são imprescindíveis para o correto diagnós-
tico e tratamento, sendo indicadas as técnicas deWaters (observando o velamento do seio maxilar e fratura do
zigoma) e deHirtz (observando o grau de desvio ósseo apresentado pelo arco zigomático e a perda de projeção
ântero-posterior do zigoma). A Tomografia Computadorizada,devido àsua ausência de sobreposição de imagens
em relação as radiografias convencionais,é uma ferramenta utilizada facilitando a localização precisa das fraturas.
São classificadas segundo Knight e North a partir do grau de cominuição e seu deslocamento, ajudando assim
na escolha da melhor conduta terapêutica. Em fraturas deslocadastemcomo princípio básico a redução e fixação,
sendo o tratamento de escolha a fixação interna estável (FIE) , resultando em uma maior estabilidade, segurança
e diminuição de complicações pós-operatórias.Podem ser acessadas por via intra-oralpara o pilar zigomático,
supra-orbital na sobrancelha ou palpebral superior para sutura fronto-zigomática e para rebordo infraorbitário o
acesso subciliar outransconjuntival são alternativas disponíveis.Assim como nas fraturas maxilares, é indicado
usar placas mais delicadas e parafusos monocorticais para síntese óssea, sendo o número de pontos de fixação de-
finido a partir do grau de deslocamento e complexidade da fratura. Este trabalho tem por objetivo expor um caso
do paciente com fratura do osso zigomático. O acesso utilizado foi o subciliar e em fundo de vestíbulo maxilar,
para fixação dos pontos referentes a cada acesso. Acompanhamento de 8 meses pós-operatório, exibindo adequa-
da projeção Antero-posterior do osso zigomático, cicatriz subciliar quase que imperceptível e sem complicações
pós-operatórias com resultado satisfatório.

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836 – REMOÇÃO DE UM CORPO ESTRANHO EM REGIÃO DE


ÓRBITA ATRAVÉS DA ABORDAGEM TEMPORAL

Autores: LAÍSA BRENDA DE HOLANDA CAVALCANTI (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);TASIANA GUEDES


DE SOUZA DIAS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE); HÉCIO HENRIQUE ARAÚJO DE
MORAIS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE); HELDER LIMA REBELO (UNIVERSIDADE DE
PERNAMBUCO); JIMMY CHARLES MELO BARBALHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: Acidentes com armas de fogo podem resultar em extensos traumas orbitais. Peças das armas podem
se desprender e impactar na região maxilofacial. Estas injúrias podem causar a perda da acuidade visual e preju-
dicar os movimentos oculares. Um tratamento multidisciplinar é requerido para lesões associadas com este tipo
de trauma. A tomografia computadorizada (T.C.) com reconstrução tridimensional é de suma importância para
determinar a localização precisa e o tamanho do objeto localizado do esqueleto facial, facilitando o planejamento
do acesso cirúrgico a ser utilizado. O acesso temporal é uma técnica fácil e simples, com mínimas complicações,
indicada para o acesso da fossa infratemporal. Este trabalho descreve o uso do acesso temporal em um paciente
do sexo masculino, 31 anos, feoderma, que compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Fa-
cial do Hospital do Trauma em Campina Grande – PB, relatando ter sido vítima de acidente com uma culatra de
rifle que penetrou seu “rosto” no lado direito (sic). Ao exame clínico, foi verificado um objeto metálico penetrante
em região infraorbital direita e palpável em região temporal. O paciente relatou a perda de acuidade visual no
olho direito por causa do trauma e informou não ter nenhuma deficiência visual antes do acidente. Os exames
oftalmológicos constataram que a contusão no globo ocular direito desencadeou hemorragia interna importante
com lesões irreversíveis em estruturas internas, levando à perda total da acuidade visual. A T.C. com reconstrução
tridimensional (3D) revelou fraturas do osso zigomático e parede lateral direita da órbita na região de asa maior
do osso esfenoide. O corpo estranho era um objeto cilíndrico metálico que tinha passado através da órbita direita,
transfixando a asa maior do osso esfenoide e alojando-se na fossa infratemporal. O paciente foi preparado para
remoção do corpo estranho sob anestesia geral, onde foi obtida a exposição do objeto metálico, através do acesso
convencional, com uma incisão de 2 a 3 cm acima do arco zigomático na fáscia temporal, seguida da dissecção
através do lado interno da camada profunda fáscia temporal. O objeto metálico posteriormente foi seccionado
em duas partes com um alicate de corte para facilitar a remoção do mesmo. Imediatamente após a recuperação da
anestesia, um novo exame oftalmológico confirmou a perda de acuidade visual, ausência de reflexos pupilares e
a manutenção dos movimentos da musculatura extrínseca do olho. No primeiro ano de avaliação de acompanha-
mento, o paciente não apresentou nenhum tipo de queixa e teve um resultado estético aceitável.

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873 – ABORDAGEM CIRÚRGICA NO TRATAMENTO DE SEQUELA


DE FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO:
RELATO DE CASO

Autores: THALES MORGAN GUIMARÃES SÁ (*) (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA);GABRIELA
MENDES GONÇALVES (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); CÍNTIA MIRANDA (ESCOLA BAHIA-
NA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA); EDUARDO DE LIMA ANDRADE (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE
PÚBLICA); ADRIANO FREITAS DE ASSIS (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: O trauma facial está frequentemente associado às injúrias do complexo zigomático-orbitário devido à
sua maior proeminência na face. Fraturas dessas estruturas comprometem significativamente o arcabouço ósseo
do olho, ocasionando defeitos estéticos e funcionais importantes ao paciente, como assimetria facial, enoftalmia
e diplopia. O tratamento de sequelas que envolvem o complexo zigomático-orbitário é um grande desafio para
o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial, sendo a abordagem cirúrgica nesses casos complexa e delicada, exigindo bom
planejamento e experiência do profissional. Este trabalho se propõe a relatar um caso clínico de um paciente do
gênero masculino, 34 anos, vítima de acidente de trabalho há cerca de 02 anos, apresentando sequela de fratura
do complexo zigomático-orbitário esquerdo com acentuada distopia ocular, que foi tratado no serviço de Cirur-
gia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Hospital Geral Roberto
Santos, em Salvador, Bahia, Brasil. A técnica de reconstrução adotada possibilitou a reabilitação e manutenção
parcial das funções e estética facial.

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874 – FRATURA DE MANDÍBULA POR PROJÉTIL DE ARMA DE


FOGO- RELATO DE CASO

Autores: GABRIELA MENDES GONÇALVES (*) (EBMSP);ANA CAROLINA PIMENTEL LEMOS (EBMSP); LUCAS
SOUZA CERQUEIRA (EBMSP); ALISSON DOS SANTOS ALMEIDA (EBMSP); ANTONIO MÁRCIO MARCHIONNI
(EBMSP)

Introdução: Fratura de mandíbula por projétil de arma de fogo – Relato de caso Mandibular fracture by firearm
Gonçalves, Gabriela Mendes1; Pimentel, Ana Carolina Lemos1; Cerqueira, Lucas Souza1; Almeida, Alisson dos
Santos1; Marchionni, Antônio Marcio2. 1- Residentes de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Hospital Geral Roberto Santos 2- Preceptor da Residência de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Hospital Geral Roberto Santos
Resumo: Os traumas maxilofaciais que ocorrem em detrimento de projétil de arma de fogo são caracterizados
por ferimentos perfuro-contundentes que apresentam um padrão altamente variável, podendo lesar estruturas
vitais, resultando hemorragias de difícil controle e assim, necessitando de um atendimento multidisciplinar para
realizar o tratamento adequado. O perfil epidemiológico dos traumatismos faciais apresenta como agentes mo-
dificadores das relações interpessoais as mudanças sociais, urbanas e rurais, gerando ações de grande violência
física tanto de caráter pessoal quanto de grupo. 92,3% dos pacientes que apresentam traumatismos faciais por
projétil de arma de fogo são do gênero masculino enquanto o gênero feminino representa apenas 7,7% desses
casos, sendo a mandíbula a região mais acometida. Estes ferimentos resultam de forma frequente em fraturas
cominutivas com pequenos e múltiplos fragmentos. Os pacientes acometidos por essas fraturas podem apre-
sentar mordida aberta anterior, limitação de abertura de boca e de lateralidade, desvio mandibular em abertura
máxima e em protrusão e mais raramente anquilose da articulação temporomandibular. O presente trabalho tem
como objetivo apresentar um relato de caso de uma paciente vítima de PAF e discutir os possíveis tratamentos
para as fraturas causadas por projétil de arma de fogo (PAF). Paciente, gênero masculino, 26 anos, melanoderma,
vitima de PAF em face e MID no dia. Cursando com trauma em face. Refere primeiro atendimento no Hospital
Dantas Bião na cidade de Alagoinhas- BA. Onde foi solicitada a avaliação com a equipe de Cirurgia e traumatolo-
gia bucomaxilofacial do HGRS em Salvador- BA. Nega alterações sistêmicas, nega alergias medicamentosas e uso
crônico de fármacos, refere etilismo social, nega tabagismo e uso de drogas ilícitas, paciente desdentado superior
e higiene oral satisfatória.

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879 – PSEUDOANEURISMA COMO COMPLICAÇÃO DE FRATURA


DE CÔNDILO MANDIBULAR: RELATO DE CASO

Autores: JULIO LEITE DE ARAUJO JUNIOR (*) (FACULDADE LEÃO SAMPAIO);DAVID GOMES DE ALENCAR GON-
DIM (FACULDADE LEÃO SAMPAIO); EDUARDO COSTA STUDART SOARES (FACULDADE LEÃO SAMPAIO); PAULO
CÉSAR SOLON (FACULDADE LEÃO SAMPAIO); IVO CAVALCANTE PITA NETO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO)

Introdução: Pseudoaneurismas são complicações vasculares cada vez mais reconhecidas pelo avanço da tecnologia
na obtenção do diagnóstico, por meio clínicos, ultrassonografia (Eco Color Doppler) , tomografia computadoriza-
da (angiotomografia) , ressonância magnética e angiografia. Esta condição pode ser tratada de forma expectante,
cirúrgica, por compressão, endovascular, embolizações, injeções de trombina, injeções de salina dentre outros.
Caso Clínico: Paciente I.I.S, do sexo masculino, feoderma, 18 anos idade, vítima de acidente motociclísticos enca-
minhado após 10 dias ao serviço de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Regional do Cariri-CE. Ao exame físico
foi observado considerável aumento de volume em região pré-auricular e submandibular a esquerda, pulsátil e
depressível a palpação, associado a dor. Apresentava maloclusão, limitação de abertura bucal, assimetria facial e
crepitação óssea em região de parassínfise mandibular a direita. Ao exame tomográfico foi evidenciado fratura
de colo do côndilo bilateral, processo coronoide à esquerda e parassínfise a direita. Diante da persistência do au-
mento de volume em região pre-auricular, foi solicitado uma angiotomografia e ultrassonografia com doppler dos
vasos cervicais, os quais confirmaram uma formação aneurismática associada a artéria carótida externa esquer-
da em região medial ao côndilo mandibular esquerdo. Após avaliação da equipe de radiologia intervencionista,
o paciente foi submetido à embolização seletiva da artéria carótida externa esquerda, seguido da regressão da
lesão e suspensão do procedimento cirurúrgico eletivo bucomaxilofacial para realização em um outro momento.
O resultado demonstrou que a embolização seletiva da artéria carótida externa foi uma opção viável, prática e
segura para o tratamento do pseudoaneurisma com resolução completa da lesão. Conclusão: Ressaltamos que os
pseudoaneurismas apresentam as fraturas faciais como fatores etiológicos raros, no entanto uma cuidadosa aná-
lise das suas características anatômicas assim como diagnóstico precoce concorrem para prevenção de acidentes
e complicações graves nas abordagens dos traumas de face. A angiotomografia e ultrassonografia com doppler
mostraram ser importantes métodos de diagnóstico, excelente alternativa na avaliação de pseudo-aneurisma
traumático de carótida aliada a interdisciplinaridade da cirurgia bucomaxilofacial com a cirurgia vascular e radio-
-intervenção Palavras-chave: Falso Aneurisma/terapia; Falso Aneurisma/ultrassonografia; embolização; Cirurgia.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

882 – UTILIZAÇÃO DE FIXAÇÃO INTERNA ESTÁVEL PARA


TRATAMENTO DE FRATURA DE MANDIBULA EM CRIANÇA:
RELATO DE CASO.

Autores: MARIA SOCORRO FERREIRA (*) (FACULDADE LEÃO SAMPAIO);DAVID GOMES DE ALENCAR GONDIM
(CIRURGIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL DO HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); IVO CAVALCANTE PITA NETO (CIRUR-
GIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL DO HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); FRANCISCO AURELIO LUCCHESI SANDRINI
(CIRURGIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL DO HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); VILSON ROCHA CORTEZ TELES DE
ALENCAR (PROFESSOR DA FACULDADE LEÃO SAMPAIO)

Introdução: Fraturas do esqueleto facial são relativamente incomuns em crianças e adolescentes. Os pacientes
pediátricos compreendem menos de 15% de todas as fraturas faciais e é rara a ocorrência em crianças com a faixa
etária menor que cinco anos. Fatores sociais, culturais e de desenvolvimento estão intimamente relacionados
com a incidência. Observa-se um aumento na sua incidência à medida que as crianças iniciam a vida escolar e a
prática de atividades físicas. Apesar da proteção relativa proporcionada pela flexibilidade óssea durante essa faixa
etária, os traumas de grande energia cinética, impreterivelmente, ocasionam fraturas complexas. As particulari-
dades anatômicas da mandíbula associadas à complexidade da fratura geram controvérsias em relação à terapêu-
tica cirúrgica. Apesar da natureza conservadora do bloqueio maxilo-mandibular, a elevada morbidade relacionada
em especial à ATM e ao estado geral do paciente, supera os benefícios da técnica. A estabilidade tridimensional,
o reparo ósseo primário, o curto período de tratamento e a ausência de bloqueio maxilo-mandibular fazem da
fixação interna rígida (FIR) o método de escolha para o tratamento de fraturas mandibulares. Neste contexto, o
objetivo deste trabalho é apresentar o relato de caso da paciente T.A.S, 5 anos, leucoderma, gênero feminino, a
qual apresentou-se ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do hospital Regional do Cariricom
histórico de atropelamento há 7 dias. Após avaliação sistêmica, observamos, ao exame físico, assimetria facial,
mobilidade e crepitações ósseas na mandíbula e maloclusão. Ao exame tomográfico, observamos fratura de pa-
rassínfise mandibular direita e corpo à esquerda. O tratamento proposto foi a utilização de fixação interna estável
por meio da instalação de miniplacas do sistema 2.0mm, com parafusos monocorticais, visando o mínimo dano
aos germes dos dentes permanentes. Atualmente, a paciente encontra-se com satisfatório resultado estético e
funcional e aguarda para a remoção do material de osteossíntese no sexto mês de pós-operatório.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

887 – BLOQUEIO INTER-MAXILAR PELA TÉCNICA DE FIO


INTER-DENTAL CALIBROSO:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

Autores: MATEUS DE CARVALHO URQUIZA (*) (FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL DEVRY);ANDERSON DA


SILVA DOS ANJOS (FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL DEVRY); FABRÍCIO MOREIRA SERRA E SILVA ();

Introdução: O tratamento das fraturas maxilo-mandibulares geralmente requer a oclusão dentária como refe-
rência para uma adequada redução. Uma variedade de técnicas de bloqueio intermaxilar é descrita na literatura,
mostrando suas indicações e contraindicações. A utilização de técnicas com fio de aço, barra de Erich e parafusos
de bloqueio, atualmente são as mais relatadas e utilizadas. O risco de acidentes, o tempo cirúrgico, o custo e
os danos aos dentes, são alguns dos pontos discutidos, quando se avalia as vantagens e desvantagens de cada
técnica. Assim, procuramos descrever uma opção de técnica simplificada e eficiente de bloqueio intermaxilar,
utilizando fio de aço calibroso.

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

890 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DO COMPLEXO


ZIGOMÁTICO- ORBITÁRIO: RELATO DE CASO

Autores: DIEGO SANTIAGO DE MENDONÇA (*) (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL DE FORTALEZA);PEDRO HENRI-
QUE DA HORA SALES (INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA); NEY ROBSON BEZERRA RIBEIRO (HOSPITAL BATISTA ME-
MORIAL DE FORTALEZA); DANIEL FACÓ DA SILVEIRA SANTOS (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL DE FORTALEZA);

Introdução: As fraturas de osso zigomático correspondem a um dos tipos de traumas faciais mais comuns, em
razão de sua projeção no esqueleto da face. Os principais fatores etiológicos associados a esse tipo de trauma são
acidentes de trânsito e agressão interpessoal. Existe uma leve predileção pelo sexo masculino e a faixa etária entre
3a e 5a décadas de vida é a mais acometida. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um paciente do
sexo masculino, 23 anos, feoderma, vítima de acidente motociclísitico, que compareceu a um serviço especializa-
do com queixa principal de “o meu rosto está torto e está dormente debaixo do olho”. O exame físico extra-oral
evidenciou assimetria facial, perda de projeção ântero-posterior em região correspondente à do osso zigomático
esquerdo e parestesia do nervo infra-orbitário ipsilateral. A oroscopia mostrou degrau ósseo em região do pilar
zigomático-maxilar esquerdo. A tomografia computadorizada confirmou a suspeita clínica de fratura do osso
zigomático esquerdo. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico dos segmentos fraturados com a utili-
zação de acessos cirúrgicos vestibular maxilar e transconjuntival e por meio de osteossíntese com miniplacas e
parafusos do sistema 1.5. Atualmente, o paciente se encontra com 4 meses de acompanhamento pós-operatório,
apresentando abertura bucal satisfatória e sem queixas estéticas e/ou funcionais.

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Área: Tema livre

Apresentação: Trauma maxilo-facial

893 – FRACTURAS EN MANDIBULAS ATROFICAS -


TRATAMIENTO SEGUN EL PRINCIPIO DE CARGA SOPORTADA

Autores: SEBASTIAN BERRHAU (*) (FACULTAD DE CIENCIAS MEDICAS UNLP - CATEDRA DE CIRUGIA A);MAURI-
CIO JACIANSKY (INSTITUTO DE ONCOLOGÍA ROFFO); FABIAN NADINI (PRACTICA PRIVADA); SEBASTIAN CAREL-
LA (PRACTICA PRIVADA); CARLOS RIES CENTENO (UNIVERSIDAD DEL SALVADOR)

Introdução: INTRODUCCIÓN: Las fracturas de mandíbula atrófica son de compleja resolución. Debido a su baja
incidencia, no existen estudios de alto nivel de evidencia que avalen una modalidad terapéutica específica para su
tratamiento. OBJETIVO: Evaluar los resultados terapéuticos obtenidos con la reducción abierta y fijación interna
según el principio de carga soportada en el tratamiento de fracturas de mandíbulas atróficas. MATERIAL Y MÉ-
TODO: Estudio retrospectivo observacional de aplicación en hospital municipal de tercer nivel y práctica privada.
Material: registros institucional y privado de fracturas mandibulares, período 1991-2014. Método: revisión de
historias clínicas de pacientes tratados por fracturas de mandíbula atrófica mediante reducción abierta y fijación
rígida interna según el principio de carga soportada. RESULTADOS: Se registraron 30 fracturas en 21 pacientes
con mandíbula atrófica, sobre un total de 410 pacientes con fracturas mandibulares (incidencia del 5,12%) , cor-
respondiendo 26 (86,66%) al sexo femenino y 4 (13.33%) al sexo masculino. El rango de edad fue de 38 a 93 años
(media: 65,5 años). Todas se localizaron en el cuerpo mandibular. En 9 casos (42,85%) resultaron bilaterales. 25
fracturas fueron tratadas con placas 2.4-mm de reconstrucción mandibular y 5 con placas mandibulares 2.0-mm
de bloqueo, de 1.5 mm de perfil. No se evidenciaron complicaciones vinculadas a la consolidación ósea ni falla
del material de osteosíntesis. CONCLUSIÓN: La reducción abierta y fijación interna según el principio de carga
soportada es una terapéutica predecible y segura para el tratamiento de las fracturas en mandíbulas atróficas.
La mayoría de las publicaciones recientes comparten resultados similares y lo consideran el procedimiento de
elección actual.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

895 – TRATAMENTO EMERGENCIAL DE FRATURA DE


MANDÍBULA - RELATO DE CASO

Autores: HELDER CAVALCANTE CARNEIRO JUNIIOR (*) (INSTITUTO DR JOSÉ FROTA - FORTALEZA,CE (REDIDEN-
TE) );PAULO HENRIQUE RODRIGUES DE CARVALHO (INSTITUTO DR JOSÉ FROTA - FORTALEZA,CE (RESIDENTE)
); EDSON LUIZ CETIRA FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - FORTALEZA,CE (ACADÊMICO) ); ARIEL
VALENTE BEZERRA (HOSPITAL BATISTA MEMORIAL - FORTALEZA,CE (ESPECIALISTA) ); RICARDO FRANKLIN
GONDIM (INSTITUTO DR JOSÉ FROTA - FORTALEZA,CE (ESPECIALISTA)

Introdução: Ligeiramente projetada anteriormente, a mandíbula é a segunda parte do esqueleto maxilofacial que
mais comumente fratura. As fraturas mandibulares podem ser provocadas por traumas diretos; por iatrogênias e
por patologias ósseas. No entanto, fatores são determinantes no padrão e severidade das fraturas faciais. Assim,
traumas de alta intensidade provocam fraturas faciais que podem comprometer de forma severa as via aéreas
superiores do paciente, a coluna cervical e a base do crânio, tendo em tais situações condições de emergência
clínica ou cirúrgica do paciente. Quando as fraturas mandibulares ocorrem bilaterais em parassínfise ou corpo e/
ou cominutivas, favoráveis ao deslocamento estão diretamente ligadas às situações de emergência, provocando
deslocamentos póstero-inferiores dos fragmentos e um retroposicionamento lingual dificultando assim a passa-
gem de ar pela orofaringe. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso de cirurgia de emergência de fratura
cominutiva de mandíbula realizada no Instituto Dr. José Frota (IJF) , Fortaleza- CE em um paciente, ANC, 25
anos, gênero masculino, vítima de acidente motociclístico e que se apresentou com politraumatismo facial. Após
avaliação da Neurocirurgia, da Cirurgia Geral e da Traumato-Ortopedia o paciente foi encaminhado e avaliado
pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, apresentando-se consciente e dificuldade respiratória
em decúbito dorsal horizontal. Após anamnese não se constatou comorbidades. Clinicamente foram observadas
lesões abrasivas e laceração em terço médio e inferior de face; deslocamento com retrusão e deformidade do arco
mandibular; desoclusão dentária e mobilidade em mandíbula e maxila. Tomografia computadorizada confirmou
o diagnóstico de fratura de maxila, complexo zigomático esquerdo e fratura cominutiva de mandíbula. Em centro
cirúrgico paciente foi traqueostomizado e submetido à redução, imobilização e fixação das fraturas faciais. Fra-
turas mandibulares foram reduzidas e fixadas através dos acessos, submandibular e intraoral, através de placas e
parafusos do sistema 2.0mm e 2.4mm, este loking, obedecendo aos princípios anatômicos e de oclusão. A maxila
foi reposicionada e fixada somente na região anterior com sistema 2.0mm. Optou-se por realizar a cirurgia da
fratura do complexo zigomático em segundo tempo cirúrgico. Em acompanhamento pós-operatório observou-se
boa evolução clínica com estabilidade da oclusão, adequado contorno mandibular, restabelecimento a função
mastigatória, estética facial aceitável. Assim, as cirurgias de emergência na região bucomaxilofacial, considera-
mos que o restabelecimento da permeabilidade das vias aéreas superiores se concentra como o objetivo principal
no tratamento emergencial das fraturas de mandíbula, e quando possível, devemos perfazer o contorno facial,
a restauração da função mastigatória impedindo o desenvolvimento de infecções, devolvendo e/ou melhorando
assim a estética facial e dentária o reinserindo na sociedade.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

84 – ANQUILOSE DE ATM EM ADULTOS: RECONSTRUÇÃO COM


PRÓTESE EM METILMETACRILÁTO - RELATO DE CASO

Autores: CAIO DE ANDRADE HAGE (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);PRISCILLA
FLORES SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); FÁBIO LUIZ NEVES GONÇALVES (HOS-
PITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); THIAGO BRITO XAVIER (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: A anquilose pode ser definida como sendo a fusão das superfícies articulares seja por tecido ósseo,
fibroso ou fibro-ósseo. A anquilose da articulação têmporo-mandibular (ATM) é uma condição que pode causar
problemas na mastigação, digestão, fala, aparência e higiene, o que também pode desencadear alterações psico-
lógicas. A anquilose da ATM é classificada de acordo com a combinação do local (intra ou extra-articular) , tipo
de tecido envolvido (ósseo, fibroso ou fibro-ósseo) e a extensão da fusão (completa ou incompleta). Ela também
pode ser classificada segundo Sawhney (1986) em tipo I, no qual o côndilo está presente e possui apenas fibro-a-
desões; tipo II, onde há fusão óssea, o côndilo está remodelado, porém o pólo medial está intacto; tipo III, onde
já tem o bloco anquilótico, o ramo mandibular encontra-se fusionado ao arco zigomático, o pólo medial ainda
está intacto; e tipo IV, no qual já existe verdadeiro bloco anquilótico com anatomia totalmente alterada porque
o ramo está fusionado à base do crânio. A etiologia pode ser diversa incluindo trauma, condições inflamatórias
sistêmicas e locais, neoplasias e infecções na região da ATM. O fator etiológico mais comum está associado a
trauma ou infecção. Diversas técnicas têm sido citadas na literatura para o tratamento desta patologia, tais como
a artroplastia simples, interposicional e a reconstrução articular com materiais aloplásticos ou autógenos. Dessa
forma, o objetivo este trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente do sexo feminino, 27 anos, com his-
tórico de infecção há 10 anos que procurou o serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial do Hospital
Universitário João de Barros Barreto com queixas de disfagia, dislalia e apresentando abertura bucal máxima de
10mm tratada pela técnica da reconstrução articular com material aloplástico (prótese de metilmetacriláto) bem
como avaliar os resultados dessa cirurgia segundo esta técnica com ênfase no baixo custo do material, facilidade
de acesso e uma opção viável de tratamento a ser utilizado no sistema público de saúde (SUS).

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Apresentação: Cirurgia da ATM

104 – EMINECTOMIA: QUANDO INDICAR E COMO REALIZAR? –


RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: RODRIGO FIGUEIREDO DE BRITO RESENDE (*) (HEAPN);PAULO ROBERTO BARTHOLO (HEAPN); ANTO-
NIO MARCOS PANTOJA (HEAPN); ROSANGELA VARELLA (HEAPN); MAURICIO MEIRELLES (HEAPN)

Introdução: A articulação temporomandibular é uma estrutura altamente especializada, que difere das demais ar-
ticulações do corpo humano pelo fato dos seus movimentos serem sinérgicos e sincrônicos com a articulação do
lado oposto1, o que determina um deslocamento frequentemente bilateral e sempre em direção anterior, sendo a
. única articulação humana capaz de ser deslocada sem a ação de forças externas. A luxação mandibular pode ser
completa ou parcial e, como os ligamentos podem tornar-se mais ou menos estirados ou até mesmo rompidos,
a ATM se torna apta para deslocar novamente. Quando o deslocamento ocorre de forma constante e repetida, é
denominado habitual. Os sinais e sintomas comumente relatados e observados quando do deslocamento mandi-
bular são boca aberta, mento protruído, espasmo muscular, salivação excessiva, fala dificultada além de dor nas
articulações. Em casos de deslocamento unilateral, a mandíbula se encontra desviada para o lado contra lateral
ao afetado. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico da paciente F.R, gênero feminino, leucoderma, 30
anos de idade, atendido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Estadual Adão
Pereira Nunes / RJ, onde o mesmo relatou dezesseis episódios de luxação de ATM. A paciente foi submetida a
eminectomia bilateral com a utilização de acesso endaural sob anestesia geral, sem intercorrências cirúrgicas. No
pós - operatório de 6 meses, não há novo episódio de luxação.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

108 – ARTROCENTESE: POR QUE INDICAR? – RELATO DE CASO


CLÍNICO

Autores: RODRIGO FIGUEIREDO DE BRITO RESENDE (*) (HEAPN);PAULO ROBERTO BARTHOLO (HEAPN); ANTO-
NIO MARCOS PANTOJA (HEAPN); ROSANGELA VARELLA (HEAPN); MAURICIO MEIRELLES (HEAPN)

Introdução: A artrocentese é um procedimento minimamente invasivo realizado na articulação temporoman-


dibular com baixo risco de complicações, alta taxa de sucesso e baixo um custo operacional. Este procedimento
pode ser realizado sob anestesia geral ou mesmo sob anestesia local, com ou sem sedação, sendo considerado
um procedimento de primeira linha para pacientes portadores de disfunção temporomandibular que não res-
ponderam a terapia conservadora. Dentre suas indicações de tratamento estão o deslocamento do disco articular
com redução ou sem redução, limitação da abertura bucal de origem articular, dor articular e outros desarranjos
internos na articulação. A técnica tradicional consiste em lavar e injetar medicações no espaço articular utilizando
duas agulhas nesse na região, sendo uma posicionada estrategicamente para entrada da solução de lavagem e a
outra para sua saída. Os pacientes tendem a ter resultados variados, dependendo do grau de sua doença. Estudos
mostram melhora significativa à dor, promovendo um aumento da mobilidade mandibular. Este trabalho tem
como objetivo, apresentar as indicações de artrocentese, assim como suas técnicas e medicações utilizadas em
literatura. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico do paciente W.R., gênero masculino, leucoderma, 32
anos de idade, atendido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial ddo Hospital Estadual Adão
Pereira Nunes / RJ, com história de trauma em terço inferior de face a cerca de um ano, onde o mesmo apresen-
tava trismo severo de 4 mm. O paciente foi submetido a artrocentese bilateral sob anestesia geral, realizada com
auxílio do broncofibroscópio. Em seu pós - operatório imediato evolui com abertura satisfatória de 22 mm e após
sete dias com 37 mm em amplitude máxima.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

112 – ANQUILOSE BILATERAL DE MANDÍBULA: RELATO DE


CASO EM ADULTO

Autores: DANIEL FERREIRA DO NASCIMENTO (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);BRUNO LUIZ MENEZES
DE SOUZA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); ILKY POLLANSKY SILVA E FARIAS (HOSPITAL REGIONAL DO
AGRESTE); JOSÉ EUDES PROTÁZIO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); BELMINO CARLOS AMARAL TORRES
(HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE)

Introdução: A anquilose mandibular é a fusão da mandíbula à fossa da articulação temporomandibular, trazendo


limitações funcionais e de crescimento mandibular trazendo transtornos estéticos, tem como etiologia o trauma,
doença sistêmica e infecção como principais fatores desencadeadores. Objetivo: Relatar caso clínico no qual pa-
ciente apresenta anquilose bilateral de mandíbula e o tratamento realizado, bem como os achados da literatura.
Relato de Caso: Paciente com histórico de fratura bilateral de côndilo mandibular na infância não tratada, ten-
do como consequência a fusão do côndilo mandibular à fossa mandibular, apresentando limitação em abertura
bucal, deficiência em crescimento mandibular, foi submetido a procedimento cirúrgico para remoção de bloco
anquilótico bilateral através do protocolo de Kaban. Conclusão: Paciente ao ser submetido a procedimento de
remoção do bloco anquilótico através do protocolo de Kaban apresentou melhora funcional, no entanto, apenas
o tratamento cirúrgico não é o suficiente devendo o tratamento fisioterápico ser realizado para prevenção da re-
cidiva, o déficit estético continua, devendo ser programado novo procedimento cirúrgico para melhorar a relação
maxilomandibular.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

113 – IMAGINOLOGIA DAS DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR

Autores: DANIEL FERREIRA DO NASCIMENTO (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);JEFFERSON LUIZ FIGUEI-
REIDO LEAL (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PERNAMBUCO/FOP); JULIANA JOB DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO PERNAMBUCO/FOP); BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO VASCONCELOS (UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL DO PERNAMBUCO/FOP); GABRIELA GRANJA PORTO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PERNAMBUCO/
FOP; HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE)

Introdução: A Disfunção temporomandibular (DTM) é o conjunto de condições que afetam a articulação tempo-
romandibular (ATM) e/ou os músculos da mastigação, assim como os componentes teciduais adjacentes. Algu-
mas mazelas podem acometer a ATM como: Lesões inflamatórias, doenças degenerativas, distúrbios posturais,
traumas e outras patologias, então é de grande importância o exame clínico e se necessário para um diagnóstico
preciso exames de imagem compatíveis com a hipótese diagnóstica para que seja planejado o melhor tratamento.
Objetivo: Reconhecer as principais disfunções da ATM e seus principais sinais e sintomas abordando casos clíni-
cos, identificar os principais exames por imagem para diagnosticar as disfunções da ATM e relacionar os possíveis
exames imaginológicos com as diversas patologias da ATM. Conclusão: A solicitação de exames de imagem deve
ser baseada no exame clínico minucioso, tomografia computadorizada é o exame de escolha para observar as al-
terações ósseas da ATM, ressonância magnética é o exame indicado para observar alterações nas estruturas moles
da ATM, radiografias planas podem ser úteis para um diagnóstico inicial.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

120 – REABILITAÇÃO COM PRÓTESE DE ATM PERSONALIZADA:


CASO CLÍNICO

Autores: JULIANA TEREZINHA GARCIA (*) (HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ DRº HOMERO DE MIRANDA
GOMES - HRSJHMG);AIRA MARIA BONFIM SANTOS (PROFª DRª UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA -
UFSC); HENRIQUE TAVARES (CIRURGIÃO DENTISTA ESPECIALISTA EM PRÓTESE DENTÁRIA); EDUARDO MEU-
RER (DRº EM CTBMF E CHEFE DO SERVIÇO DE CTBMF DO HRSJHMG);

Introdução: A necessidade de técnicas de reconstrução mandibular devido a doenças como traumas, neoplasias,
cistos entre outras, fez as próteses de Articulação Temporomandibular (ATM) evoluírem. Hoje em dia existem ba-
sicamente dois tipos de próteses aloplásticas para a ATM: as personalizadas e as pré-fabricadas. O objetivo deste
trabalho é apresentar um caso clínico tratado com prótese personalizada de ATM da empresa Promm, operado
no Hospital Regional de São José Drº Homero de Miranda Gomes – HRSJHMG em 2013. A paciente com his-
toria de ameloblastoma multicistico em mandíbula tratada há mais de 11 anos com ressecção em bloco da lesão
e reconstrução com prótese de ATM, apresentou-se no presente Hospital com queixas como dor e má oclusão.
Apresentava limitação de abertura bucal além de desadaptação da prótese articular. Foi realizada cirurgia para a
troca da prótese. Optou-se por uma prótese personalizada. A paciente evoluiu bem no pós-operatório e já possui
acompanhamento de 1,5 anos sem intercorrências.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

146 – A UTILIZAÇÃO DA VISCOSSUPLEMENTAÇÃO NO MANEJO


DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES

Autores: LÍVIA MARIA VIDIGAL QUINTÃO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA);GLAUCIA VALIAS FIL-
GUEIRAS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOÃO PAULO MARINHO DE RESENDE (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI MONTEIRO DE CASTRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE
FORA); EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: As disfunções temporomandibulares nas quais observa-se deslocamentos de disco com e sem redu-
ção muitas vezes estão associadas às alterações inflamatórias como sinovite, retrodiscite e capsulite ou alterações
degenerativas como osteoartrose e osteoartrite (BONOTTO, CUSTÓDIO E CUNALI, 2014). Diferentes aborda-
gens têm sido propostas para o controle dessas disfunções, havendo tratamentos classificados como conservado-
res (fármacos, fisioterapia, placas oclusais estabilizadoras e reposicionadoras, orientações) , minimamente invasi-
vos (infiltrações de hialuronato de sódio, de corticosteroides, artrocentese) e invasivos (artroscopia, artroplastia,
artrotomia) (JANUZZI e IWAKI FILHO, 2013). O ácido hialurônico (AH) é encontrado na matriz extracelular
de diversos tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem articular e o liquido sinovial. Tem um efeito mecânico e
metabólico. O conceito mecânico é baseado na função de lubrificação dos tecidos articulares, devido ao seu alto
peso molecular e o papel metabólico diz respeito à nutrição das peças avasculares da articulação, como o disco e
a cartilagem condilar (NARDINI, MASIERO e MARIONI, 2005; MANFREDINI et al., 2009; JANUZZI e IWAKI
FILHO, 2013). A viscossuplementação da ATM é uma técnica minimamente invasiva, que consiste na injeção in-
tra-articular de hialuronato de sódio (HS) , principalmente no espaço articular superior, com o objetivo de elimi-
nar ou diminuir a dor e proporcionar ganho funcional articular, promovendo melhora do liquido sinovial. Além
disso, essa substância, conforme seu peso molecular, pode aumentar a produção do AH natural pelas células
sinoviais, apresentando uma excelente propriedade terapêutica (MANFREDINI et al., 2009). Geralmente é rea-
lizada em associação com a artrocentese, sendo indicada no tratamento das seguintes condições: deslocamento
agudo e crônico do disco com redução e sem redução, osteoartrose, osteoartrite e doença articular degenerativa
(JANUZZI e IWAKI FILHO, 2013).

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Apresentação: Cirurgia da ATM

159 – A UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO NAS


ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR

Autores: LÍDIA DE ALMEIDA CÂNDIDO VARGAS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA);LETÍCIA VENÂN-
CIO CALIL (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); DANIELA ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA); LUCAS NARDELLI MONTEIRO DE CASTRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); EDUARDO
STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: Estudo que teve objetivo de revisar a literatura baseada na técnica de Viscossuplementação, analisan-
do a eficácia do protocolo padrão e a utilização do ácido hialurônico na mesma, incluindo um relato de caso clíni-
co, no qual a terapia em questão foi utilizada. Doenças degenerativas da articulação temporomandibular (ATM)
são as causas, frequentemente, de dor orofacial, por isso, ao longo dos anos, várias abordagens têm sido propos-
tas para controlar os sintomas e para melhorar a função da articulação; entre elas, a viscossuplementação com
injeções de ácido hialurônico vem ganhando difusão, sendo um dos tratamentos mais utilizados para a osteoar-
trite da ATM, onde a concentração e peso molecular do ácido hialurônico no fluido sinovial estão diminuídos. Sua
técnica consiste na suplementação e aumento das propriedades reativas do líquido sinovial, suprindo a barreira
viscoelástica, sob a qual a regeneração tecidual e função ocorrem. Ela é considerada uma técnica minimamente
invasiva, sendo que a injeção intra-articular é feita com o objetivo de eliminar ou diminuir a dor e proporcionar
ganho funcional articular, promovendo melhora qualitativa e quantitativa do liquido sinovial, além de ter menor
custo e ser eficaz à curto e médio prazo;. Concluiu-se que há necessidade de mais evidências sobre a potencial
eficácia da estratégia usada na viscossuplementação para gerenciar distúrbios degenerativos, além de desenvolver
um protocolo ideal que otimize no número de aplicações e proporcione uma técnica menos invasiva, nesse aspec-
to. O papel no comprometimento da lubrificação das articulações como fator de risco para desarranjos internos
da ATM e, subsequentemente, em distúrbios inflamatório-degenerativos fornece um razão para a realização da
viscossuplementação, que é apoiado pela evidência clínica de sua eficácia.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

177 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE


TEMPOROMANDIBULAR EM PACIENTE HEBIÁTRICO
UTILIZANDO ENXERTO COSTOCONDRAL: RELATO DE CASO

Autores: MARA MAGNOLER SAMPAIO MEI (*) (SANTA CASA DE CAMPO GRANDE-MS);EVERTON FLORIANO
PANCINI (SANTA CASA DE CAMPO GRANDE-MS); HUGO MITUO DE OLIVEIRA (SANTA CASA DE CAMPO GRAN-
DE-MS);

Introdução: A anquilose da articulação temporomandibular consiste na fusão do processo condilar junto à fossa
mandibular, podendo ser óssea ou fibrosa. Possui etiologia multifatorial, decorrente à fatores congênitos, pro-
cessos infecciosos na região articular, radioterapia e trauma. Essa aderência restringe os movimentos articulares,
limitando as funções fisiológicas como a mastigação, deglutição e fonação resultando ainda em problemas estéti-
cos, psicossociais. O diagnóstico é obtido pela correlação dos sinais clínicos e imaginológicos. O tratamento con-
siste basicamente na ressecção do bloco anquilótico e reconstrução da articulação com interposição de material
autógeno ou alógeno e fisioterapia imediata. Por ventura, recidivas podem vir a suceder o tempo cirúrgico, o que
se torna um verdadeiro desafio para o cirurgião buco-maxilo-facial. Sendo assim, o presente trabalho tem por
objetivo descrever o caso do paciente gênero masculino, 15 anos, leucoderma, sem comorbidades, com histórico
de trauma durante o parto por uso de fórceps obstétrico e tratamento cirúrgico prévio na infância sem sucesso.
Relatava limitação de abertura bucal e assimetria facial. Após exame clínico e imaginológico foi diagnosticado
como portador de anquilose de ATM unilateral a direita classe IV de Sawhney. Foi realizado o tratamento cirúrgi-
co através da osteotomia e osteoplastia do tecido anquilótico e reconstrução condilar com enxerto costocondral
associado à coronoidectomia contralateral. No pós-operatório imediato foi submetido à mobilização precoce e
efetiva fisioterapia, obtendo melhora na amplitude de abertura bucal assim como reestabelecimento das funções
mastigatórias, sendo observado manutenção do resultado em cinco meses de proservação. São ainda descritos as
vantagens, desafios e resultados satisfatórios do enxerto costocondral como material de reconstrução articular
nos pacientes em fase de crescimento assim como a necessidade do acompanhamento clínico e imaginológico
criterioso a longo prazo, o que corrobora com as evidências científicas pesquisadas.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

243 – CASO CLÍNICO DE RESSECÇÃO DE ANQUILOSE ÓSSEA DE


ATM COM RECONSTRUÇÃO PROTÉTICA

Autores: FABIANO MARTINS (*) (HOSPITAL GERAL);ROGERIO ALMEIDA SILVA (HOSPITAL GERAL); DANIEL KAZU-
TOYO DA PAIXÃO UYEDA (HOSPITAL GERAL);

Introdução: Anquilose da articulação temporomandibular é uma condição patológica onde o côndilo encontra-se
fusionado à fossa articular por tecido ósseo, fibroso ou fibro-ósseo. Interfere na mastigação, fala, higienização
oral, e pode trazer um potencial risco de vida quando em uma situação de emergência este paciente necessita
reestabelecer uma via aérea segura através das manobras de chin lift, jaw thrust. Existem múltiplos fatores que
podem resultar na formação de uma anquilose de ATM, como trauma, infecção, artrite, cirurgia de ATM prévia,
deformidades congênitas e fatores idiopáticos. Trauma é a causa mais comum de anquilose da ATM somando
31% a 98% dos casos. Investigações epidemiológicas mostram que a idade do paciente e o tipo de trauma es-
tão relacionados com a anquilose. Devido as crianças terem maior potencial de crescimento que os adultos elas
desenvolvem a anquilose com maior facilidade devido a reação tecidual exacerbada ao trauma. Uma fratura de
côndilo intracapsular, que danifica tanto tecido ósseo quanto tecidos moles adjacentes é a causa mais provável de
anquilose. Devido a sua evolução lenta, é muitas vezes negligenciada pelo paciente, que só procura tratamento
quando ocorre restrição total de abertura de boca. Seu diagnóstico no período inicial é difícil devido a ausência
de manifestações radiográficas. O tratamento incluí ressecção completa do tecido anquilótico, reconstrução da
ATM e correção da deformidade mandíbular remanescente. Vários métodos são descritos, como artroplastia
interposicional e reconstruções com enxertos autógenos ou materiais aloplásticos. Paciente do sexo feminino,
20 anos, deu entrada em nosso serviço em 2013 com história de fratura de mandíbula (côndilo) por acidente
automobilístico há 10 anos, referiu queixa de limitação de abertura bucal e assimetria facial. A mesma foi sub-
metida à resseção da massa anquilótica, coronoidectomia ipsilateral e contralateral, reconstrução articular com
material aloplástico e osteotomia sagital mandibular para correção da deformidade mandibular. Concluímos que
a reconstrução com prótese de ATM de estoque, mostrou-se um método previsível, rápido, com baixa morbidade
e com retorno funcional rápido.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

258 – EMINECTOMIA: TRATAMENTO DE LUXAÇÃO DA


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) E CASO CLÍNICO

Autores: MARIA EDUARDA BENÉ DE OLIVEIRA SABINO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DO RECIFE);THAL-
LES MOREIRA SUASSUNA (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); MARCELO FRIAS DE MEDEIROS (HOSPITAL GETÚLIO
VARGAS); ADIMILSON JOSÉ DA SILVA JUNIOR
(UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MARIA CATARINA DA COTA NETA (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS)

Introdução: A luxação da articulação temporomandibular (ATM) é a perda parcial ou total do contato entre as
duas superfícies ósseas articulares, na qual o côndilo é movido para uma posição anormal em relação à fossa man-
dibular, podendo apresentar-se: anterior, posterior, superior, lateral ou medial ao tubérculo articular, e assim,
não volta à posição correta sem a intervenção de forças externas para a redução. Esta condição pode apresen-
tar-se como um episódio isolado ou adquirir um caráter recorrente, necessitando, muitas vezes, de tratamento
cirúrgico. Basicamente existem duas modalidades cirúrgicas, uma com o objetivo de restringir a abertura bucal
(ancoragens e aumento da eminência articular com uso de anteparos) e a outra com a finalidade de promover
movimentos mandibulares livres (remoção da eminência articular). Paciente CO, 33 anos, gênero feminino e me-
lanoderma compareceu ao Hospital da Face – HGA relatando episódios semanais de Luxação durante atividades
funcionais. Foi indicado e instituído o tratamento cirúrgico através da Eminectomia bilateral. A técnica consiste
em, através do acesso pré-auricular, expor o tubérculo articular, osteotomia na base deste e osteoplastia até ficar
nivelado com o arco zigomático. A paciente evoluiu sem intercorrências e com resolução das suas queixas. A
eminectomia é uma modalidade cirúrgica amplamente utilizada, relatada e aceita, desta forma, permanece como
sendo opção bastante viável para tratamento das Luxações de ATM.

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277 – ABORDAGEM SECUNDÁRIA APÓS TRATAMENTO


CIRÚRGICO DE LUXAÇÃO MANDIBULAR RECIDIVANTE:
RELATO DE CASO

Autores: ILKY POLLANSKY SILVA E FARIAS (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);RAFAEL DE SOUSA CARVA-
LHO SABOiA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); DANIEL FERREIRA DO NASCIMENTO (HOSPITAL REGIONAL
DO AGRESTE); BRUNO LUIZ MENEZES DE SOUZA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); AIRTON VIEIRA LEITE
SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE)

Introdução: A luxação da Articulação TemporoMandibular (ATM) ocorre quando o côndilo mandibular se move
para fora da fossa mandibular e permanece travado anteriormente à eminência articular, sendo sua ocorrência
repetitiva, geralmente associada à hipermobilidade mandibular e ao grau de inclinação da eminência articular. O
deslocamento anterior é o mais comum, podendo ser uni ou bilateral. Quando é unilateral, o paciente apresenta
desvio de linha mediana dos dentes mandibulares e do mento para o lado normal. Quando bilateral, não ocor-
re desvio de linha mediana dos dentes mandibulares nem do mento, e sim um falso prognatismo mandibular.
Na palpação, sente-se a ausência do côndilo na fossa articular. O paciente relata dor na região pré-auricular, na
ATM, dificuldades de deglutição e fonação, sialorréia e ruído durante a abertura da boca. A cada vez que ocorre a
luxação, há mais estiramento e rompimento do ligamento capsular, conduzindo a mais episódios. OBJETIVO: O
presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de luxação mandibular recidivante pós-operatório. CONCLU-
SÃO: O tratamento da luxação mandibular recidivante demanda um diagnóstico e planejamento sistematizado,
haja vista a escolha da técnica cirúrgica ser dependente do estado geral do paciente, do número de episódios de
luxação, de ser uni ou bilateral e dos aspectos anatômicos da fossa mandibular e eminência articular. Os trata-
mentos cirúrgicos apresentam bons resultados, baixo índice de complicações e menor chance de recidiva, sendo
a eminectomia a primeira escolha no tratamento deste quadro clínico.

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324 – CONSIDERAÇÕES ANATOMO CIRÚRGICAS NO ACESSO


AO CÔNDILO MANDIBULAR POR ABORDAGEM ENDAURAL,
RETROMANDIBULAR, PRÉ-AURICULAR E SUBMANDIBULAR

Autores: JANE DE FREITAS REIGOSA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA);LIVIA MARIA VIDIGAL
QUINTÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOÃO PAULO MARINHO DE RESENDE (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI MONTEIRO DE CASTRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE
FORA); EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: O côndilo é um dos mais frequentes sítios de fraturas mandibulares, variando de 9 a 50% de todas
as fraturas maxilofaciais. A exemplo de redução de fraturas condilares e subcondilares existem as abordagens
retromandibular, pré auricular, submandibular e endaural. A escolha da abordagem cirúrgica é feita a partir da
localização da fratura e como melhor acessá-la para que se evite a possibilidade de possíveis danos ao nervo facial
ou artéria maxilar e a possibilidade de cicatrizes pós-operatórias. O presente estudo teve como objetivo a análise
comparativa dos acessos cirúrgicos ao côndilo mandibular, propondo a melhor abordagem de acordo com as ca-
racterísticas de cada caso. A revisão de literatura foi realizada através da base de dados Pubmed. No procedimento
cirúrgico a artéria maxilar está sob risco de injúria e tem estreita relação com a porção medial do côndilo mandi-
bular. A abordagem retromandibular é ideal para a técnica de redução por osteossíntese e uso de miniplacas. O
acesso endaural permite uma excelente exposição das porções anterior, posterior e lateral da ATM. Inferiormente
a abordagem proporciona um bom acesso ao espaço inferior e colo do côndilo. A abordagem pré-auricular é o
acesso com a maior prevalência de uso e é ideal para o tratamento de fraturas das porções superiores do côndilo.
Incisão submandibular é a escolha ideal para fraturas do corpo mandibular e ângulo mandibular e é contrain-
dicado para fraturas do ramo ou fraturas condilares média e alta, pois apresenta espaço restrito para exposição
e operação. É possível observar que o local anatômico das fraturas condilares e as características individuais de
cada paciente determinam a escolha da abordagem cirúrgica a ser utilizada. O risco de lesão do nervo facial está
presente em todos os acessos abordados. Para as fraturas altas de côndilo, o acesso pré-auricular é recomendado,
já as para as fraturas de colo de côndilo é indicado o acesso retromandibular e a abordagem endaural possibilita o
melhor resultado estético, dentre os diferentes acessos ao côndilo mandibular.

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327 – ARTROCENTESE COMO TRATAMENTO COADJUVANTE DE


DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES

Autores: JANE DE FREITAS REIGOSA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA);ERICK DE ALMEIDA GON-
ÇALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOÃO PAULO MARINHO DE RESENDE (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI MONTEIRO DE CASTRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE
FORA); EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: A desordem temporomandibular caracteriza-se como alterações estruturais e funcionais do sistema


estomatognático, que são caracterizadas por dor na articulação temporomandibular (ATM) , limitações em mo-
vimentos mandibulares, ruídos na ATM e sintomas otológicos. Diagnosticada a origem da disfunção temporo-
mandibular institui-se os tratamentos conservadores da desordem. Entretanto, diante da não responsividade ao
tratamento conservador adotado, a artrocentese é a primeira linha de intervenção cirúrgica para a terapêutica
da condição. A artrocentese é um procedimento minimamente invasivo capaz de reduzir dor, sons articulares e
aumentar a abertura bucal. Define-se a artrocentese como sendo a lavagem da articulação e drenagem do fluído
articular podendo ser realizado uma viscossuplementação. É indicada nos casos de deslocamento anterior de dis-
co sem redução, adesão de discos e desordens inflamatórias intracapsulares. O objetivo foi relatar o caso no qual
utilizou-se o procedimento de Artrocentese em um paciente com Desordem Temporomandibular e descrever a
técnica cirúrgica utilizada como terapia coadjuvante para esta patologia. No presente estudo o paciente apre-
sentando Desordem Temporomandibular, dor pré-auricular, estalidos, crepitação, dor orofacial, incompetência
funcional mastigatória e usuário de longa data de placa miorrelaxante foi submetido à cirurgia de artrocentese
pela técnica com o uso de dois portais. Após a cirurgia o paciente apresentou melhora significativa do quadro
sintomatológico. Pode-se concluir que a artrocentese é uma intervenção cirúrgica eficaz para o tratamento coad-
juvante das desordens temporomandibulares.

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361 – LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DOS PACIENTES


ATENDIDOS NA CLÍNICA MANGANELLO COM DESARRANJOS
DA ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR

Autores: ROBERTO GIL DE ALCÂNTARA MALLET (*) (CLÍNICA MANGANELLO);LUIZ CARLOS SOUZA MANGANEL-
LO (CLÍNICA MANGANELLO);

Introdução: Neste estudo, realizamos o levantamento de 174 pacientes atendidos na Clínica Manganello, nos
anos de 2014 e 2015 (até o mês de Abril) , cuja queixa inicial foi de desarranjos na ATM. Identificamos que a
grande maioria destes pacientes, pertencem ao sexo feminino, numa faixa etária que vai dos 20 aos 40 anos de
idade. A presença de hábitos parafuncionais, ruídos articulares (ATM) e sintomatologia dolorosa em musculatura
mastigatória foram achados bastante frequentes (acima de 50% dos casos). A limitação de abertura bucal inicial
(menos de 30 mm) ocorreu em apenas 1% deles. 70% dos pacientes referiram, na primeira consulta, dor igual ou
maior que 04 usando a escala analógica visual (VAS).

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377 – TRATAMENTO DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE DO CÔNDILO


MANDIBULAR: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS TÉCNICAS
CIRÚRGICAS

Autores: MÍRIAM THARSILA DE ASSIS OLIVEIRA (*) (ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR);AIR-
TON VIEIRA LEITE SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); ANA CARINE FERRAZ RAMEIRO (HOSPITAL
REGIONAL DO AGRESTE); EMERSON FELIPE DE CARVALHO NOGUEIRA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);

Introdução: RESUMO A luxação recidivante do côndilo mandibular é caracterizada pelo seu deslocamento para
fora da fossa mandibular do osso temporal e não é capaz de retornar, permanecendo travado anteriormente à
eminência articular, de ocorrência repetitiva, e que, para voltar à posição fisiológica, é necessária redução manual.
A luxação pode ocorrer durante tratamentos odontológicos, laringoscopia para intubações endotraqueais, trau-
mas na região facial, bocejos, dentre outros. O rompimento ou estiramento dos ligamentos da articulação, altera-
ções anatômicas na inclinação e altura da eminência articular, bem como na profundidade da fossa mandibular e,
por fim, espasmos intensos no músculo pterigoideo lateral e abaixadores da mandíbula são os principais fatores
etiológicos da luxação do côndilo mandibular. Dificuldade de fechar a boca, depressão pré-auricular, tensão dos
músculos da mastigação e dor severa na região articular são os achados clínicos mais frequentes. O objetivo do
presente trabalho é relatar dois casos de luxação recidivante de côndilo mandibular tratados por técnicas cirúr-
gicas diferentes (eminectomia e inserção de anteparo com mini placa e parafuso) , bem como descrever as indi-
cações, contraindicações, vantagens e desvantagens das duas técnicas. O relato de caso 1 trata-se de paciente do
sexo feminino, 24 anos, apresentando quadro de luxação de côndilo mandibular direito. A mesma relatou ocor-
rência de até 7 episódios por dia. Ao exame clínico, foi observado abertura bucal interincisal de 52 mm, perda dos
molares inferiores e má-oclusão dentária. O exame radiográfico revelou a presença de eminência articular direita
alta, sendo então realizado o tratamento cirúrgico de eminectomia. Paciente evoluiu bem e sem intercorrências,
abertura bucal de 50 mm e sem episódios de luxação com 1 ano e 3 meses de proservação. O caso clínico 2 trata-se
de paciente do sexo feminino, 46 anos, apresentando quadro de luxação bilateral. A paciente relatou ocorrência
de até 4 episódios por semana. Ao exame clínico, foi observado abertura bucal interincisal de 48 mm, ausência
de vários elementos dentários e queixa de dor em região de ATM. O exame radiográfico revelou a presença de
eminência articular baixa bilateral, sendo o tratamento cirúrgico realizado de colocação de anteparo com placa e
parafusos. A paciente evoluiu bem, sem intercorrências, abertura bucal de 45mm e sem episódios de luxação com
6 meses de proservação. O tratamento da LRCM demanda um diagnóstico e planejamento sistematizado, haja
vista a escolha da técnica cirúrgica ser dependente do estado geral do paciente, número de episódios de luxação,
ser uni ou bilateral e aspectos anatômicos da fossa mandibular e eminência articular. Os tratamentos cirúrgicos
apresentam menor chance de recidiva, sendo a eminectomia a primeira escolha no tratamento da LRCM. Pala-
vras-chave: Côndilo mandibular, luxação, tratamento cirúrgico.

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407 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE


TEMPOROMANDIBULAR EM PACIENTE COM SEQUELA DE
FRATURA MANDIBULAR.

Autores: MATHEUS DANTAS DE ARAÚJO BARRETTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NOR-
TE - UFRN);LUANA MARIA FERREIRA NUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN);
JEFFERSON ROCHA TENÓRIO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN); JOSÉ SANDRO
PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN)

Introdução: As fraturas em ossos faciais acometem preferencialmente a mandíbula devido à sua posição e proe-
minência. O côndilo mandibular é o segundo sítio mais comumente afetado e o diagnóstico dessas fraturas se
dá através de um apurado exame clínico e imaginológico. Falha no processo de diagnóstico e tratamento desse
tipo de fratura pode levar ao quadro de Anquilose da Articulação Temporomandibular (AATM). A AATM associa-
da ao trauma é uma complicação rara das fraturas mandibulares e está associada com fraturas intracapsulares,
imobilização prolongada da mandíbula, fraturas condilares não tratadas ou tratamento cirúrgico inadequado. As
principais modalidades de tratamento para a AATM incluem: artroplastia em gap, artroplastia interposicional e a
reconstrução articular com enxertos autógenos e aloplásticos. Além disso, a fisioterapia durante o pós-operatório
é essencial, pois trás resultados funcionais satisfatórios. O presente trabalho tem o objetivo de relatar o caso clí-
nico de um paciente do gênero masculino, 20 anos de idade, vítima de acidente automobilístico que não realizou
tratamento cirúrgico imediato de fratura mandibular. O paciente buscou o serviço de cirurgia e traumatologia
buco-maxilo-facial da UFRN, queixando-se de limitação bucal. O exame clínico revelou severa limitação de aber-
tura bucal (6mm) associada à assimetria facial, desvio mandibular para o lado esquerdo e aumento de volume na
região de ATM direita. A tomografia computadorizada constatou a presença de fratura de parassínfise esquerda e
fratura alta no côndilo mandibular direito, além da presença de AATM grau I de Shawney (adesão fibro-óssea leve
à moderada) no côndilo em questão. Com base nos achados clínicos e imaginológicos, o diagnóstico foi de AATM
secundária à trauma e o paciente foi submetido à tratamento cirúrgico com artroplastia interposicional utilizan-
do retalho de fáscia e músculo temporal, e fixação interna rígida da ATM e parassínfise. O paciente seguiu com
fisioterapia pós-operatória para auxiliar o aspecto funcional da articulação. O pós-operatório de 5 anos constatou:
abertura interincisal máxima de 37mm, oclusão mantida e estável, ausência de danos nos ramos do nervo facial
e sem sinais de recidiva. O presente trabalho objetiva fazer o relato clínico de um caso de AATM pós-trauma bem
como trazer uma revisão crítica da literatura atual a cerca das modalidades de tratamento existentes.

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412 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE


DO CÔNDILO MANDIBULAR: RELATO DE CASO

Autores: ELLEN CRISTINE DE CARVALHO SIQUERA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);EMERSON


FILIPE DE CARVALHO NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RICARDO JOSÉ DE HOLANDA
VASCONCELLOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); TATIANA NUNES SILVA ALENCAR (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE PERNAMBUCO); VANESSA PATRÍCIA DE LIMA LIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Introdução: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE DO CÔNDILO MANDIBULAR: RELA-


TO DE CASO A luxação mandibular é considerada recidivante quando há ocorrência de pelo menos três episódios
num período de seis meses. Nesse tipo de luxação, o côndilo mandibular pode deslocar-se para posterior, lateral,
medial, superior, e anterior. Sendo o deslocamento anterior o mais frequente, podendo surgir durante abertura
bucal aumentada, como no bocejo, na manipulação da mandíbula durante tratamento dentário, no trauma, e
até mesmo no momento da intubação endotraqueal. Clinicamente, o paciente pode apresentar incapacidade de
fechar a boca, depressão pré-auricular, sialorréia, protusão do mento ou seu desvio para o lado oposto, tensão da
musculatura mastigatória e dor. O diagnóstico é clínico, porém exames de imagem, como radiografias e tomo-
grafias nos auxiliam na observância das estruturas articulares. Os tratamentos podem ser emergenciais através
da redução com a manobra de Nelaton; não-cirúrgicos, a exemplo da infiltração de substâncias esclerosantes; e
cirúrgicos, como a eminectomia ou colocação de anteparo com mini placa e parafuso. A eminectomia consiste na
remoção da eminência articular por meio de osteotomia, com objetivo de propiciar uma livre movimentação do
côndilo sem travamento. Atualmente, é o método terapêutico definitivo mais aceito, por apresentar bons resul-
tados, menor risco de aderência e interferência na abertura durante a translação condilar. O presente trabalho
relata o caso de um paciente do sexo masculino, 22 anos, portador de necessidades especiais, atendido na emer-
gência do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru/PE, apresentando um quadro de luxação mandibular bilate-
ral e histórico de ocorrência frequente. Realizou-se redução pela manobra de Nelaton, imobilização com a técnica
de Barton. Devido ao histórico de frequente recorrência do quadro clínico, o diagnóstico de luxação mandibular
recidivante foi estabelecido. Na radiografia panorâmica dos maxilares observou-se eminências articulares com
altura aumentada. O tratamento de escolha foi a eminectomia bilateral. Realizada sob anestesia geral, e acessos
pré-auricular extendido em um dos lados e endaural no lado contralateral. A eminência articular foi removida
através de osteotomias com brocas 702 e osteoplastia com broca maxicute, seguida pela sutura por planos. No 7º
dia, de pós-operatório, o paciente retornou sem queixas, e sem alterações na motricidade da musculatura facial.
Num seguimento de 24 meses, o paciente não apresentava sinais de recidiva.

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555 – TRATAMENTO CIRÚRGICO TARDIO DE FRATURA


CONDILAR COMPLEXA COM PRÓTESE DE ATM: RELATO DE
CASO

Autores: CHRISTOPHER CADETE DE FIGUEIREDO (*) (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO ESTADO DA


PARAÍBA);IGOR FIGUEIREDO PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); JORGE ANTÔNIO DIAZ
CASTRO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA); ADRIANO DUARTE QUINTANS (SINDICATO DOS ODON-
TOLOGISTAS NO ESTADO DA PARAÍBA); JOSÉ LACET DE LIMA JÚNIOR (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS NO
ESTADO DA PARAÍBA)

Introdução: Aproximadamente 30-36% das fraturas mandibulares ocorrem na região condilar. Historicamente as
fraturas condilares não são tratadas cirurgicamente, e sim de forma conservadora com o bloqueio maxilo-mandi-
bular seguido de fisioterapia. O tratamento cirúrgico é indicado nos casos de: Côndilos deslocados e/ou desalo-
jados, pacientes edêntulos, perda de altura de ramo mandibular e quando a manipulação fechada não conseguir
restabelecer a movimentação e/ou oclusão pré-trauma. Em casos de fibrose recorrente e/ou anquilose a prótese
de ATM deve ser considerada. Objetivo: Demonstrar o tratamento tardio de fratura condilar unilateral comple-
xa, com instalação de prótese de ATM e avaliar os resultado dessa cirurgia. Relato do caso: Paciente do gênero
masculino, 47 anos, desdentado total, vítima de acidente de trabalho, apresentando sintomatologia dolorosa em
ATM esquerda, limitação e desvio da abertura bucal para a esquerda. Na TC foi observado a presença de fratura
condilar complexa na região, com fragmentos intermediários, intra e extra capsulares. A redução cirúrgica era
inviável, devido à cominução da fratura e ao edentulismo do paciente. Optou-se pela instalação de uma prótese de
ATM standard da W. Lorenz, porém a cirurgia só foi liberada pelo plano de saúde 60 dias após o trauma, isso pro-
moveu um princípio de anquilose na ATM envolvida. Conclusão: A reconstrução cirúrgica com prótese de ATM
para o tratamento de fratura condilar complexa se mostrou eficaz. O paciente foi reabilitado funcionalmente e
esteticamente. Descritores: Articulação Temporomandibular, Anquilose, Prótese Mandibular.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

625 – HIPERPLASIA CONDILAR: RELATO DE CASO

Autores: ISABELLA CUNHA COSTA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);INGRID FABIANE COSTA DE
SOUZA CAVALCANTI (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); JOSÉ WILSON NOLETO RAMOS JÚNIOR (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);
MARINA MACEDO CORDEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: A hiperplasia condilar é uma malformação incomum provocada pelo crescimento excessivo de um
dos côndilos mandibulares. Sua causa permanece desconhecida, embora distúrbios endócrinos, traumatismos e
problemas circulatórios locais sejam sugeridos como possíveis fatores etiológicos. Acomete adolescentes e adul-
tos jovens, manifestando-se clinicamente como assimetria facial (laterognatismo para o lado oposto) , progna-
tismo, mordida cruzada e mordida aberta posterior do lado acometido. Em alguns casos podemos observar um
crescimento maxilar compensatório causando uma inclinação do plano oclusal. Radiograficamente pode mani-
festar-se como um aumento irregular da cabeça condílica, como um alongamento do colo o côndilo, ou como um
aumento de todo o ramo mandibular. A cintilografia tem sido utilizada rotineiramente para avaliar se a hiperpla-
sia condilar está em atividade. Histologicamente, se o côndilo ainda apresenta atividade, observa-se proliferação
de cartilagem condilar. Muitas vezes, a hiperplasia condilar é uma condição autolimitante, sendo os casos com
deformidade residual tratados através de cirurgia ortognática. Os casos de pacientes em fase de crescimento que
apresentam atividade condilar podem ser submetidos à condilectomia alta, onde são removidos apenas os dois
terços superiores do côndilo (responsáveis pelo crescimento) , sendo esperado a harmonização do crescimento
facial. Já os casos de pacientes adultos em que a atividade condilar foi constatada, a condilectomia alta é preconi-
zada, seguida de cirurgia ortognática em um segundo tempo cirúrgico para a correção da deformidade residual.
Objetivo: Relatar um caso clínico de hiperplasia condilar, tratada com sucesso por meio da técnica de condilecto-
mia alta. Relato de caso: Será o relato de uma paciente melanoderma de 22 anos de idade (fig. 1) que se apresen-
tou ao Serviço de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB) com a queixa
principal de que seu rosto estava “torto para o lado direito”. Ao exame clínico extra-oral observamos desvio da
linha média facial mandibular para direita. Já o exame intra-oral revelou um desvio da linha média dentária que
acompanhava á assimetria facial. A avaliação radiográfica e tomográfica demonstrou alongamento do ramo man-
dibular esquerdo e aumento da cabeça condílica do mesmo lado. O exame cintilográfico evidenciou atividade do
côndilo mandibular esquerdo. O tratamento preconizado foi a condilectomia alta através do acesso de Al-Kayat,
visando eliminar o crescimento excessivo do côndilo esquerdo, para posterior correção da deformidade através
de cirurgia ortognática. O segmento do côndilo removido foi enviado para exame histopatológico. A paciente en-
contra-se com oito meses de pós-operatório da cirurgia condilar, e está sendo preparada ortodonticamente para
ser submetida a cirurgia ortognática. Conclusão: A condilectomia altla demonstrou ser um procedimento efetivo
no tratamento da hiperplasia condilar.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

730 – RECONSTRUÇÃO DA ATM COM ENXERTO


COSTOCONDRAL: RELATO DE DOIS CASOS

Autores: TÂMARA MELO NUNES OTA (*) (UNIABO-PA);BRUNO THIAGO CRUZ E SILVA (UNIABO-PA); ANA KARLA
DA SILVA TABOSA (UNIABO-PA); FERNANDO JORDÃO DE SOUSA JUNIOR (UNIABO-PA); JOSE THIERS CARNEI-
RO JUNIOR (HOSPITAL OFIR LOYOLA E UNIABO-PA)

Introdução: RECONSTRUÇÃO DA ATM COM EXERTO COSTOCONDRAL: RELATO DE DOIS CASOS A An-
quilose da Articulação Temporomandibular (ATM) pode ser definida como união das superfícies articulares im-
pedindo assim a excursão normal da mandíbula, ocasionando alterações como desenvolvimento incompleto dos
ossos gnáticos, limitação de abertura bucal, assimetria facial, dificuldade de mastigação, disfonia, maloclusão e
distúrbios psicológicos. Os fatores causais principais para o acometimento da anquilose são trauma e infecção. Na
literatura são encontradas diversas formas de tratamento dentre elas a artroplastia simples, artroplastia interpo-
sicional e a excisão e reconstrução da articulação. Esta ultima, utilizando enxerto costocondral, representa uma
alternativa para o tratamento devido ao potencial de crescimento, com um excelente resultado pós-operatório. A
reconstrução da ATM com enxerto autógeno é uma preferência para os pacientes pediátricos devido ao potencial
de crescimento e remodelação da estrutura. Foi encaminhado ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucoma-
xilofacial do Hospital Ophir Loyola, Belém, Pará, dois pacientes pediátricos com queixa de abertura de boca
reduzida. As crianças apresentavam clinicamente limitação de abertura bucal, assimetria facial leve, disfonia. Ao
exame tomográfico verificou-se imagem característica de anquilose articular, ambos acometendo a ATM direita.
Os pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico para excisão da massa anquilótica e reconstrução com
enxerto costocondral, seguido de fisioterapia pós-operatória. Não houve intercorrências no período pós-operató-
rio. No momento apresentam-se em acompanhamento regular de 7 meses sem evidências de recidiva.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

749 – ACESSO CIRÚRGICO ENDAURAL PARA A ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR

Autores: BERNARDO FERREIRA BRASILEIRO (*) (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);LAYSE BARRETO
OLIVEIRA BORGES (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);

Introdução: Acesso cirúrgico endaural para a articulação temporomandibular Layse Barreto Oliveira Borges, Ber-
nardo Ferreira Brasileiro. UFS - Universidade Federal de Sergipe O acesso pré-auricular tem sido usado com alto
índice de sucesso, e ao longo da evolução histórica da Cirurgia Bucomaxilofacial, várias modificações técnicas
desse acesso foram propostas para reduzir sequelas irreversíveis. Nishioka e Van Sickels (1987) publicaram uma
importante modificação do acesso pré-auricular ao desenhar uma incisão escondida em sua porção média atrás
da cartilagem tragal. A incisão é dividida em três partes: (1) o aspecto superior que é curvilíneo, do início da
cartilagem superior até o topo do tragus; (2) a porção pré-lobular, que se inicia do aspecto inferior do tragos até
a porca mais inferior do lobo da orelha e (3) a porcão média ou endaural, que conecta as duas incisões a partir
da prega cutânea que conecta as porções superior e inferior em relação ao tragus. Considerando-se os desafios
anatômicos deste acesso cirúrgico e os detalhes particulares desta modificação técnica a depender da indicação
clínica, este trabalho objetiva descrever o acesso endaural. Dois casos clínicos são apresentados para ilustrar o
acesso endaural para a região da articulação temporomandibular. Um caso contempla a abordagem articular para
tratamento de uma hiperplasia condilar por meio de uma condilectomia alta. A outra situação clínica descreve
a abordagem endaural para realização de uma eminectomia em paciente com luxação recidivante unilateral da
articulação temporomandibular. Em ambas situações, o acesso foi conduzido sem complicações, com adequada
exposição cirúrgica e sem sequelas nervosas pós-operatórias. O acesso tem demonstrado vantagens superiores
em relação ao acesso pré-auricular convencional ao oferecer resultados cosméticos superiores uma vez que a
incisão apresenta reparos que guiam o cirurgião durante o fechamento, diminuem a tensa de retração cicatricial
e torna menos visível o terço médio da incisão ao posicioná-la atrás da cartilagem tragal. Além disso, o acesso
cirúrgico endaural não apresenta risco de dano adicional aos ramos do nervo facial ou diminuição do campo ope-
ratório para procedimentos de exposição do côndilo ou eminência do osso temporal. Palavras-chave: Articulação
temporomandibular; cirurgia mandibular. Nishioka GJ, Van Sickels JE. Modified endaural incision for surgical
access to the temporomandibular joint. J Oral Maxillofac Surg. 1987 Dec;45 (12) :1080-1. Santos GS, Nogueira
LM, Sonoda CK, de Melo WM. Using endaural approach for temporomandibular joint access. J Craniofac Surg
2014 May;25 (3) :1142-3.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

762 – CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A PROTESE TOTAL


DE ATM : RELATO DE CASO

Autores: JOSE THIERS CARNEIRO JUNIOR (*) (HOSPITAL OPHIR LOYOLA / ABO-PA);ANA KARLA DA SILVA
TABOSA (HOSPITAL OPHIR LOYOLA / ABO-PA); TAMARA MELO NUNES OTA (HOSPITAL OPHIR LOYOLA / ABO-
-PA); DOUGLAS VOSS (HOSPITAL OPHIR LOYOLA / ABO-PA); BRUNO CRUZ E SILVA (HOSPITAL OPHIR LOYOLA /
ABO-PA)

Introdução: As deformidades dentofaciais e desordens da articulação temporomandibular (ATM) são patologias


comumente co-existentes, uma vez que patologias de ATM na maioria das vezes causam alteração do crescimento
normal da face. Os pacientes portadores de tais condições podem ter grande beneficio com abordagem cirúrgica
da ATM associada a cirurgia ortognática, pois certas alterações mostram melhores prognósticos com reconstru-
ção articular através de próteses totais, como nos casos de processos remodeladores de hiperplasias e reabsorções
progressivas do côndilo articular. A cirurgia ortognática concomitantemente com a reconstrução das ATM´s,
possui grandes vantagens à reabilitação do paciente, visto que são procedimentos complementares, demonstran-
do que a estabilidade oclusal depende diretamente da estabilidade articular, existindo interdependência entre
ambas. A cirurgia ortognática e abordagem da ATM realizada no mesmo tempo cirúrgico requerem um planeja-
mento cuidadoso e experiência do cirurgião para atuar nas duas regiões. O objetivo deste trabalho é apresentar
um caso clínico de paciente portador de má formação da ATM esquerda resultando em acentuada assimetria de
face, a qual foi submetida no mesmo tempo cirúrgico a cirurgia ortognática e colocação de prótese total de ATM.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

787 – TRATAMENTO DE ANQUILOSE DA ATM E UTILIZAÇÃO DO


PRÓPRIO CÔNDILO APÓS SUA REMODELAÇÃO: RELATO DE CASO

Autores: MILKLE BRUNO PESSOA SANTOS (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);ÂNGELO GUILHERME COSTA
MONTEIRO (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC); AMANDA CANSANÇÃO PONTES FONSECA (CENTRO UNIVER-
SITÁRIO CESMAC); CAMILA FLORES FRAGA DE CASTRO (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC); LAIS REGINA
COSTA AMORIM (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC)

Introdução: TRATAMENTO DE ANQUILOSE DA ATM E UTILIZAÇÃO DO PRÓPRIO CÔNDILO APÓS SUA


REMODELAÇÃO: relato de caso A ATM (articulação temporomandibular) é uma articulação sinovial, bilateral,
com movimentos próprios, concomitantes, triaxial, que liga a mandíbula a base do crânio. A manutenção de sua
função habitual está muito ligada ao equilíbrio anátomo-funcional do sistema estomatognático. A anquilose da
ATM segundo Figueiredo et al. “refere-se à união intracapsular do complexo disco-côndilo à superfície articular
do osso temporal”. Sua classificação é de acordo com: a localização – intra ou extra-articular; o tipo de tecido –
fibroso, ósseo ou fibro-ósseo; a extensão da fusão – completa ou incompleta; segundo Sawhney em–tipo I (pre-
sença de côndilo e possui apenas fibro-adesões) , tipo II (há fusão óssea, o côndilo está remodelado, o pólo medial
está intacto) , tipo III (há o bloco anquilótico, o ramo mandibular está fusionado ao arco zigomático, o pólo medial
está intacto) e tipo IV (há verdadeiro bloco anquilótico com anatomia alterada porque o ramo está fusionado à
base do crânio). O trauma e a infecção local são as causas mais comuns. Ainda são fatores etiológicos: a radio-
terapia, neoplasias na ATM, cirurgias para excisão de tumores na ATM, otite média aguda, mastoidite, artrite
reumatoide, psoríase, doença óssea de Paget, artrite supurativa, lúpus eritematoso, dentre outros. Pereira Filho
et al. apud Miranda e Antonine concluíram que a anquilose da ATM pode acometer indivíduos de qualquer faixa
etária, sendo mais prevalente até os 10 anos de vida. O indivíduo portador pode apresentar impossibilidade de
movimentos mandibulares. Devido a essa limitação de movimentos, o portador tem a mastigação limitada ou au-
sente, dificuldade de comunicação, desfiguração facial, deficiência na higienização oral, distúrbios de crescimento
facial e mandibular, maloclusão, comprometimento agudo das vias respiratórias, dentre outras. A anquilose da
ATM causa no paciente um prejuízo social que leva a um prejuízo psicológico. O diagnóstico é clínico e deve ter
o auxílio de métodos de imagem, como: radiografia panorâmica, radiografia frontal e axial da ATM, ressonância
magnética e tomografia computadorizada (TC). A TC é o mais indispensável, suas incidências dos cortes axiais,
coronais e sagitais ajudam a identificar o tipo e abrangência levando a um melhor planejamento e diminuindo a
morbidade da cirurgia e, consequentemente, a um melhor pós-operatório. A terapia é cirúrgica, as técnicas mais
usadas, são: artroplastia simples, artroplastia interposicional e reconstrução articular com materiais aloplásticos
ou autógenos. Dentre os autógenos temos a remodelação do próprio côndilo, que pode ser fixado com o auxílio de
placas e parafusos. A fisioterapia pós-cirúrgica é uma grande aliada contra a recidiva da anquilose. Este trabalho
tem como objetivo relatar o tratamento cirúrgico de uma paciente portadora de anquilose unilateral da ATM do
tipo fibro-óssea.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

812 – EFICÁCIA DO INSAPONIFICÁVEL DE SOJA E ABACATE


NAS ARTRALGIAS E OSTEOARTRITES DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR

Autores: JESSICA CAROLINE AFONSO FERREIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO);IV-


SON SOUZA CATUNDA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO
VASCONCELOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); EMANUEL SÁVIO DE SOUZA ANDRADE
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); DAVI FELIPE NEVES COSTA

Introdução: Objetivo: Avaliar através de um estudo preliminar a eficácia do Insaponificável de Soja e Abacate (ISA)
nos pacientes portadores de artralgia e osteoartrite (OA) da articulação temporomandibular (ATM). Pacientes e
Métodos: Tratou-se de ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. A Análise estatística foi
realizada em 14 mulheres com diagnóstico de artralgia e OA da ATM pelos Critérios de Diagnóstico em Pesquisa
dos Transtornos Temporomandibulares RDC/TMD, divididas em dois grupos: G1-Placebo (controle) e G2-ISA
(experimental). As variáveis dor foram determinadas pela EVA e o algômetro de pressão; a função mandibular foi
examinada através da mensuração dos movimentos mandibulares e a qualidade de vida pelo Oral Health Impact
Profile (OHIP-14). Todos os pacientes foram acompanhados por um período de 06 meses, sendo 4 meses utili-
zando a medicação. Resultados: Os resultados foram favoráveis ao uso do ISA para diminuição da sintomatologia
dolorosa e melhora da qualidade de vida. Também foi significativo a redução do uso de medicação de resgate do
grupo experimental comparado ao grupo controle. Conclusões: Mesmo em se tratando de um estudo preliminar
esta pesquisa traz fortes indícios do benefício do ISA em pacientes com doenças degenerativas e artralgia da
ATM, de forma que pesquisas adicionais com maior amostragem devem ser executadas.

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Apresentação: Cirurgia da ATM

852 – UTILIZAÇÃO DE MINI-ÂNCORAS NO TRATAMENTO


DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE ANTERIOR DO CÔNDILO
MANDIBULAR

Autores: EDMILSON ZACARIAS DA SILVA JÚNIOR (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-FACULDADE DE ODON-


TOLOGIA DE PERNAMBUCO);MANOELA MOURA DE BORTOLI (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-FACULDADE
DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); HÉLDER LIMA REBÊLO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-FACULDADE
DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); MARÍLIA GABRIELA MENDES DE ALENCAR (UNIVERSIDADE DE PER-
NAMBUCO-FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO); BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO VASCONCE-
LOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO)

Introdução: Quando o côndilo mandibular se desloca para fora da cavidade articular, ultrapassando as superfícies
articulares limítrofes e permanecendo travado nesta posição até que forças externas o reduzam, caracteriza-se a
luxação da articulação têmporo-mandibular. Sua ocorrência repetitiva, denominada de luxação recidivante, está
geralmente associada à hipermobilidade mandibular. Na maioria dos casos, a luxação apresenta-se como um epi-
sódio isolado, entretanto a luxação recorrente tem sua prevalência em torno de 3 a 7% da população em geral. É
uma condição que pode afetar bastante a qualidade de vida dos pacientes acometidos e merece atenção especial
no campo da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. O tratamento inicial é sempre o conservador, com o objetivo de evi-
tarem-se procedimentos invasivos desnecessários. No entanto, quando de sua ineficácia, o tratamento cirúrgico
é o instituído. Em geral, existem duas modalidades de tratamento cirúrgico para a luxação recidivante de ATM,
uma com o objetivo de restringir a abertura bucal e outra com finalidade de promover movimentos mandibulares
livres (remoção da eminência articular) , cada uma com suas indicações, vantagens e desvantagens. O uso de mi-
ni-âncoras condilares como forma terapêutica para a luxação recidivante da ATM é uma opção válida, não altera a
anatomia articular e será explanado através de revisão na literatura adicionalmente ao relato de caso clínico, onde
este método foi utilizado com sucesso.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

95 – ANTI-INFLAMATÓRIOS E EXODONTIAS: REVISÃO DE


LITERATURA

Autores: FABRICIO MORAES PEREIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);WILKELLY ALVES DE LIMA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); CHAIME PANTOJA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); LUÍS
ANTÔNIO LOUREIRO MAUÉS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);

Introdução: A prática cirúrgica é comum na Odontologia e os traumas gerados podem gerar inflamação. Este
processo busca proteger o organismo frente a um estímulo agressivo previamente causado a partir de alguns me-
canismos endógenos, que, exacerbados, podem levar a dor, edema e trismo. Neste caso, faz-se uso de fármacos
com ação anti-inflamatória, a fim de melhorar os estados pré- e pós-operatórios, levando bem-estar durante a
recuperação. Os mais comumente utilizados são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e os corticosteroi-
des, interferindo no metabolismo do ácido aracdônico para atenuação dos sinais de inflamação. O objetivo deste
trabalho é apresentar a atuação de diferentes tipos de anti-inflamatórios em processos de exodontia e discutir
acerca de suas vantagens e desvantagens. Este trabalho foi feito a partir revisão de literatura feita em 20 obras
científicas disponíveis em bases de dados online: Scielo, PUBMED, LILACS e Bireme. As obras pesquisadas ava-
liam o processo inflamatório a partir da exodontia de terceiro molar inferior, por ter graus de desconforto pré-,
trans- e pós-operatórios e intensidade inflamatória variáveis, junto a dor, edema e trismo, além de perceber o
conhecimento limitado de profissionais e acadêmicos acerca do uso dos fármacos anti-inflamatórios. As obras
avaliaram a ação medicamentosa de fármacos anti-inflamatórios, a partir de estudos cruzados, duplos cegos e
com sequência de tratamento aleatória. Os corticosteroides tiveram boa ação na redução do processo inflamató-
rio, edema e ao trismo, com menor efeito na dor. Os AINEs, principalmente os seletivos para COX-2, tiveram boa
ação na redução do processo inflamatório, edema, trismo e dor. Interações entre diferentes anti-inflamatórios
e outras substâncias resultaram em boa redução dos sintomas, reduzindo a medicação analgésica adicional. Os
corticosteroides inativam a enzima fosfolipase A2, atenuando os efeitos da inflamação. Tem grande eficácia no
pré-operatório, pois diminuem o trismo e a dor, parcialmente, além de sua meia-vida mais longa permitir o uso
de dose única diária. Eles devem ser usados com cautela, pois causam efeitos sistêmicos, como a supressão do
eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenais. Para atenuar este efeito, esses fármacos devem ser usados de 3 a 5 dias no
pós-operatório evitando ingeri-los em períodos noturnos. Os AINEs agem na inibição das enzimas cicloxigenases
(COX-1 e COX-2). São mais usados os seletivos para COX-2, pois possuem menos efeitos adversos, principal-
mente no trato gastrointestinal. Deve haver cuidado na interação com medicamentos anti-hipertensivos, anti-
-coagulantes orais ou com pacientes com problemas renais. Há estudos que sugerem problemas cardiovasculares
e neurodegenerativos ao uso de inibidores da COX-2. Corticosteroides e AINEs são de grande importância para
o controle da inflamação, levando em consideração suas vantagens e desvantagens, e o conhecimento sobre as
condições de uso destes fármacos devem ser mais bem explorado.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

109 – TRANSPLANTE DENTÁRIO AUTÓGENO – RELATO DE


CASO

Autores: RAFAELA PEREIRA DE MORAES (*) (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE - MACEIÓ-AL);LAÍS


REGINA COSTA AMORIM (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE - MACEIÓ-AL); WANESSA BARROS DE
ABREU SANTANA (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE - MACEIÓ-AL); FELIPE ANDRÉ OMENA BISPO
(INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE - MACEIÓ-AL); JOSÉ RICARDO MIKAMI (INSTITUTO ODONTOLÓGI-
CO DO NORDESTE - MACEIÓ-AL)

Introdução: O transplante dentário autógeno pode ser definido como o movimento cirúrgico de um dente incluso
ou erupcionado de um local para outro, num mesmo indivíduo, em alvéolos de dentes recém extraídos ou pre-
parados cirurgicamente. É uma opção de tratamento para reposição de elemento dentários quando há um dente
doador viável, podendo ser indicado em casos de agenesia dental e perda prematura de dentes devido a trauma,
cárie ou doença periodontal. Os autotransplantes dentários são influenciados por fatores pré e pós-operatórios
como a idade do paciente, estágio de desenvolvimento radicular, tipo do dente transplantado, trauma cirúrgico
durante a remoção do transplante, armazenamento após extração e sítio receptor. O objetivo deste trabalho
é exemplificar o sucesso do transplante dentário autógeno por meio de um caso clínico no qual o paciente foi
submetido ao transplante do dente 38 para o alvéolo do dente 37 que foi extraído devido à cárie extensa. O
acompanhamento pós-operatório de 1 ano revelou vitalidade pulpar, saúde periodontal, formação radicular, além
de função e estética adequadas do dente 38 transplantado. Estudos clínicos e experimentais confirmam que o
transplante dental é uma alternativa segura, rápida e economicamente viável e que, a depender de uma associa-
ção de uma boa técnica cirúrgica, atenção e habilidade do cirurgião e da cooperação do paciente, o prognóstico do
procedimento torna-se excelente.

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121 – TÉCNICA DE EXODONTIA MINIMAMENTE TRAUMÁTICA


COM A UTILIZAÇÃO DE EXTRATOR DENTÁRIO

Autores: BETINA BELLOC CRESCENTE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);ANA PAULA PO-
LETTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ANDRESSA BERTOLO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL); TAÍSE SIMONETTI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ANGELO
LUIZ FREDDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: A exodontia é a intervenção cirúrgica mais antiga da odontologia, sendo, atualmente, um procedi-
mento cirúrgico bastante comum dessa área. Dentre as suas indicações podemos destacar os restos radiculares,
dentes retidos, dentes destruídos por cárie e dentes com doença periodontal severa. Com o advento dos im-
plantes osteointegráveis, que prescindem da preservação da tábua óssea vestibular e de um contorno gengival
adequado, novas técnicas estão sendo disponibilizadas, a fim de possibilitar uma exodontia menos traumática,
que cause menor morbidade aos pacientes e facilite a fase reabilitadora. A técnica de “extração atraumática” tem
por objetivo realizar a exodontia do dente no sentido vertical, preservado osso alveolar e mantendo a arquitetu-
ra óssea logo após a exodontia. Dentre essas novas técnicas de extração atraumática, o extrator dentário é um
aparelho instalado no dente a ser extraído que viabiliza a extração via alveolar, evitando movimentos pendulares
que, quando realizados, podem fraturar a tábua óssea. Este dispositivo pode ser utilizado em dentes com coroa
hígida ou remanescentes radiculares. O sucesso da técnica está diretamente relacionado ao conhecimento das
suas indicações e limitações de uso, assim como a correta utilização dos diferentes tipos de dispositivos. O pre-
sente trabalho tem por objetivo demonstrar dois casos clínicos de extração dentária por meio da utilização do
extrator dentário, demonstrando as suas indicações, vantagens e limitações. Os casos clínicos relatados neste
trabalho consistem dos pacientes M.R.A.S., de 59 anos, do sexo feminino e V.R.A.P., de 63 anos, do sexo femini-
no, as quais tinham indicação de extração dentária dos elementos 37, 35 e 36 respectivamente. Para os referidos
procedimentos foi optado pela utilização do extrator dentário, a fim de realizar uma extração menos invasiva,
proporcionando melhores condições para a fase de reabilitação protética. É possível constatar que os procedi-
mentos obtiveram bons resultados trans e pós operatórios, reforçando as vantagens da técnica utilizada, como,
por exemplo, a manutenção de um contorno ósseo e gengival adequados. Entretanto, podemos destacar algumas
limitações da técnica, dentre elas a dificuldade de manejo do extrator dentário e a dificuldade de re-anestesia. Por
conseguinte, é imprescindível que o cirurgião-dentista tenha conhecimento das técnicas cirúrgicas disponíveis
para a extração dentária, a fim de que as indicações destas sejam respeitadas e os pacientes recebam a melhor
opção de tratamento existente. Palavras-chave: extração minimamente invasiva; extração minimamente traumá-
tica; extração atraumática

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151 – EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA CIRURGICAMENTE


ASSISTIDA : RELATO DE CASO

Autores: IVNA FEIJÓ AMARANTE (*) (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA);JOSÉ LINCOLN CARVALHO PARENTE
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); VANESSA SAVASTANO DE CERQUEIRA RÊGO RIBEIRO (UNIVERSIDADE
DE FORTALEZA); RAYANA DE CARVALHO ALMEIDA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA); RAIMUNDO THOMPSON
GONÇALVES FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)

Introdução: A expansão rápida da maxila cirurgicamente assistida, é um eficiente tratamento de deficiências


transversais da maxila em pacientes adultos que possuem má oclusão, combinado de procedimentos ortodôn-
ticos e que promovem o aumento de espaço no arco dental, além de alinhar os dentes. A correção desse tipo de
deformidade torna-se, além de uma necessidade estética, um procedimento de ordem funcional, sendo postos
em causa valores como: discrepância maxilo-mandibular, prejuízo à estabilidade oclusal, constrição da cavidade
nasal, alterações fonéticas, respiração bucal, entre outros. Uma alternativa à ERM em adultos é a osteotomia
maxilar segmentada tipo Le Fort I. No entanto, a morbidade deste tipo de procedimento é consideravelmente
maior que a Le Fort I em apenas um único segmento. Então, a expansão rápida da maxila cirurgicamente assisti-
da (ERMCA) é um método eficiente para o tratamento das deficiências maxilares em pacientes esqueleticamente
maduros com morbidade bem menor do que esses dois métodos. No presente caso, paciente de 32 anos, sexo
masculino, perdeu os incisivos aos 15 anos de idade em um acidente e devido a isso teve perda do perímetro do
arco e necessita realizar a ERMCA . O tratamento consistiu em incisões foram feitas em fundo de saco vestibular
de canino a primeiro molar superiores e incisão para realizar frenectomia labial. Após a sindesmotomia, foram
realizadas as osteotomias horizontais 5 mm acima dos ápices dentais da fossa piriforme ao pilar zigomático e em
Y na linha média e a ativação do Hyrax em 2 mm. Em seguida, foi realizado o uso de martelo e cinzel para soltar a
sutura palatina e permitir a ativação das maxilas em mais 3mm. Os 3 mm que foram abertos foram fechados e as
maxilas mobilizadas . As suturas foram feitas com vicryl 4.0. Foi prescrito amoxicilina 500 mg 8/8 horas durante
7 dias, dexametasona 4 mg de 8/8 horas durante 3 dias e dipirona 1 g se sentir dor. O presente caso concluiu
que esse tratamento é eficaz para atresia transversa de maxila, por ser uma técnica barata, simples e o paciente
evoluiu de forma satisfatória, apresentando edema e queixas álgicas compatível com o procedimento, ausência
de deiscências de sutura e infecções.

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205 – OSTEONECROSE MANDIBULAR POR USO DE


BIFOSFONATO: RELATO DE CASO CLÍNICO.

Autores: EMMANUEL LAWALL DOMINGOS (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA);EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOAO PAULO MARINHO
DE RESENDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI
MONTEIRO DE CASTRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); CAROLINA
MENDONÇA CYRANKA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: Os bifosfonatos são medicamentos amplamente utilizados em pacientes que apresentam reabsorção
óssea proveniente de doenças como mieloma múltiplo, doença de Paged, osteoporose e metástases ósseas. Entre-
tanto, apesar de seus benefícios, um importante efeito colateral tem sido observado em pacientes que utilizam
essa classe de medicamentos: osteonecrose dos maxilares. O presente trabalho apresenta um relato de caso clíni-
co no qual uma paciente, 70 anos, sexo feminino, desenvolveu osteonecrose mandibular após procedimento de
exodontia de dentes incisivos mandibulares. A paciente fazia uso de bifosfonato para tratamento de osteoporose.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

276 – FECHAMENTO DE FÍSTULA BUCOSINUSAL UTILIZANDO


ENXERTO PEDICULADO DO TECIDO ADIPOSO DA BOCHECHA:
RELATO DE CASO

Autores: ERYKSSON SOUZA DE SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);IGOR FIGUEIREDO
PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); FERNANDO LUCAS ALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS); GUSTAVO CHIAVAIOLI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); LEANDRO NAPIER DE
SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)

Introdução: O seio maxilar é um espaço pneumático encontrado na maxila bilateralmente. Muitas vezes esta em ínti-
mo contato com os ápices da dentição posterior. Em algumas ocasiões de cirurgias traumáticas e/ou iatrogênicas pode
haver rompimento da membrana do seio maxilar ou incorporação de fragmentos dentários no espaço pneumático,
ocorrendo um acesso direto entre seio e cavidade oral que chamamos de fistula bucosinusal. Os critérios diagnósticos
dessas fístulas bucosinusal incluem manifestações clínicas de infecção e sinusite, características. Objetivo: é descrever
uma opção tratamento utilizando enxerto de tecido adiposo da bochecha para caso de fístula bucosinusal. Relato do
caso: paciente gênero feminino, 33 anos, sem nenhuma alteração sistêmica, procurou o ambulatório da cirurgia e trau-
matologia buco-maxilo-facial do hospital municipal Odilon Behrens referindo-se de dor após exodontia de elemento
dentário 15, com evolução de 1 semana. Ao exame clínico, presença de fístula bucosinusal em região de maxila direita
com relato de sinusite e sem uso de medicações. À tomografia computadorizada imagem sugestiva de fragmento den-
tário em seio maxilar direito. Foi prescrito terapia antibiótica (amoxicilina com ácido clavulânico) pré opertório e pós
operatório, medicação analgésica e realizado cirurgia para remoção de raiz no seio maxilar com uma incisão vestibular
maxilar e no mesmo tempo cirúrgico enxerto pediculado de tecido adiposo da bochecha para fístula e suturas. Resulta-
dos: Após um manejo adequado além de antibioticoterapia, a paciente retornou com 15 dias pós cirúrgico, onde foi rea-
lizado a remoção de sutura na qual não havia sinais fluogísticos, teve uma evolução satisfatória e a remissão do quadro
com uma regeneração tecidual e obliteração da comunicação. Discussão: Comunicações bucosinusal tendem a se fechar
sozinhas quando pequenas, variando de 1 a 2 mm e sem presença de infecção. O corpo adiposo da bochecha ou de
acordo com sua nomenclatura antiga, bola de bichat, é um tecido adiposo especializado, denominado de sissarcose. Na
fase adulta tem como função melhorar a motilidade muscular. O uso do tecido adiposo da bochecha trás uma serie de
vantagens para o tratamento de fístulas, por ser um procedimento simples, trás pouco desconforto ao paciente, baixo
índice de complicações e alta previsibilidade, encontra-se próximo ao local do defeito cirúrgico e gera menos cicatrizes
e distúrbios no vestíbulo do que um deslize de retalho. Como principais desvantagens descritas na literatura pode ser
citado o fato de só poder ser utilizada uma única vez e a chance de trismo pós-operatório, o que não foi visto neste caso.
Conclusões: O melhor tratamento para fístula bucosinusal é evita-la, realizando um bom planejamento e avaliação
criteriosa dos exames clínicos e de imagem. Quando ocorre, o tipo de tratamento a ser empregado varia de acordo com
tamanho, processos infecciosos, corpos estranhos, período de instalação e da habilidade do cirurgião.

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335 – FECHAMENTO DE FÍSTULA BUCO-SINUSAL - RELATO DE


DOIS CASOS CLÍNICOS

Autores: CARLOS VINICIUS AYRES MOREIRA (*) (ESTAGIÁRIO DO SERVIÇO DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA
BUCOMAXILOFACIAL - UFBA);PAULA RIZERIO D`ANDREA ESPINHEIRA (ESTAGIÁRIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA
E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL - UFBA); ROBERTO AZEVEDO (PROFESSOR DE CIRURGIA E TRAUMA-
TOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL - UFBA); BRAULIO CARNEIRO JUNIOR (PRECEPTOR DO SERVIÇO DE CIRURGIA
E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL - OBRAS SOCIAIS IRMÃ DULCE);

Introdução: A fístula Buco-Sinusal ou Oroantral é uma ocorrência patológica comum, caracterizada pela comuni-
cação do seio maxilar com a cavidade bucal durante exodontias de elementos superiores posteriores cujas raízes
possuem intima relação com o seio. O diagnóstico destas comunicações deve ser feito através de métodos clíni-
cos e imaginológicos. O tratamento deve ser realizado o mais precocemente possível, mas a conduta depende
da magnitude da comunicação, do agente causal e da existência de infecção nas estruturas envolvidas. Fistulas
pequenas normalmente regridem espontaneamente, porem quando apresentam diâmetro igual ou superior a 3
mm ou se a comunicação persistir devido a presença de uma infecção no seio maxilar, será necessário a utilização
de tratamento cirúrgico. Dentre as técnicas apresentadas pela literatura, o fechamento da fístula buco-sinusal
com retalho da mucosa vestibular e/ou palatina apresentam resultados satisfatórios. O Objetivo deste trabalho
é relatar dois casos clínicos de fechamento de fístula buco-sinusal, realizados com a técnica de deslizamento de
retalho vestibular, contribuindo assim na orientação dos profissionais quanto aos benefícios deste procedimento.

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339 – TRANSPLANTE DENTAL AUTÓGENO

Autores: ARIANE HERNANDEZ DE BARROS (*) (UNIT);LUCIANO SCHWATZ LESSA FILHO (UNIT); JOSÉ RODRI-
GUES LAUREANO FILHO (FOP-PE); JOSÉ RICARDO MIKAMI (); PEDROTHALLES BERNARDOS DE CARVALHO
NOGUEIRA (UNIT)

Introdução: O transplante dentário autógeno envolve o transplante imediato e sua implantação em um novo
alvéolo. Esse trabalho mostra o sucesso do transplante dentário autógeno por meio de um caso clínico no qual foi
submetido ao transplante do dente 38 para o alvéolo do dente 37 que foi extraído devido à cárie extensa. Durante
o exame clínico e radiográfico, notou-se uma cárie extensa do 37 com TVP negativo necrose pulpar e perfuração
do assoalho da câmara pulpar. Na técnica cirúrgica, foi realizada anestesia local, incisão, exodontia do dente
condenado, exodontia do dente doador 38, transplante, sutura e contenção com fio de aço e resina. O acompa-
nhamento pós-operatório comprovou vitalidade pulpar, saúde periodontal, formação radicular, além de função
e estética adequadas do dente 38 transplantado. Sendo assim, de acordo com o relato clínico e estudos clínicos e
experimentais confirma-se que o transplante dental é uma alternativa segura, rápida e economicamente viável e
que, associado a uma boa técnica cirúrgica, realizada no menor tempo possível, atenção e habilidade do cirurgião
e da cooperação do paciente, o prognóstico do procedimento torna-se excelente.

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351 – FRATURA MANDIBULAR EM DECORRÊNCIA DA REMOÇÃO


DO TERCEIRO MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: MIQUEIAS OLIVEIRA DE LIMA JUNIOR (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);FABIANO CON-
RADO GONÇALVES (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); GUSTAVO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); ZENIMAR DA SILVA CHAGAS (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO
AMAZONAS); ANTHONY TAVARES LASMAR (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: As fraturas mandibulares durante à remoção de terceiros molares são uma intercorrência, às vezes,
com consequências graves. Ocorrem quando a força de resistência aplicada ao tecido ósseo é menor que as forças
aplicadas durante o procedimento e também está relacionada com a posição do dente incluso na mandíbula.
O objetivo deste relato será apresentar uma alternativa para o tratamento de uma intercorrência ocorrida du-
rante a remoção cirúrgica de um terceiro molar impactado. Paciente do gênero feminino, 32 anos, compareceu
a policlínica odontológica da UEA relatando dor e assimetria facial. Na anamnese a paciente relatou ter feito a
remoção cirúrgica de um terceiro molar impactado há 30 dias, ao exame clínico observou-se má-oclusão, edema
e hematoma em região lingual, degrau ósseo à palpação intraoral, deslocamento e mobilidade da fratura durante
a manipulação, a mesma portava duas radiografias panorâmicas, uma pré-operatória evidenciando a presença de
um terceiro molar incluso verticalmente com as raízes basilar e uma segunda panorâmica onde se confirmava a
presença de uma fratura mandibular deslocada, além de uma extensa ostectomia, foi solicitado uma tomografia
computadorizada da fratura onde foi classificada como complexa em virtude da associação da extensa ostecto-
mia com a patologia presente. O tratamento neste caso foi realizado sob anestesia geral por um acesso extraoral
submandibular, acesso ao sítio da fratura, redução funcional e anatômica utilizando-se para isso uma placa de
reconstrução do sistema 2.4. A paciente está em controle clínico e radiográfico e no momento apresenta-se em
bem estar geral. Contudo, o correto estudo e um planejamento individualizado devem ser sempre realizados.
Fatores de risco associados às fraturas mandibulares necessitam ser identificados e minimizados durante o proce-
dimento cirúrgico, sendo necessário de imediato realizar uma abordagem preventiva, mas para isso é necessária
a experiência do cirurgião, estando preparado para uma abordagem mais conservadora, bem como diagnosticar,
tratar ou encaminhar o paciente, caso uma fratura indesejada ocorra.

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368 – AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO ANESTÉSICO TÓPICO


EMLA 5% COMPARADO AO PLACEBO EM ANESTESIAS
INFILTRATIVAS EM MAXILA

Autores: FERNANDA MARIA RODRIGUES FERREIRA (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMA-
NAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI);LEONARDO ALONSO DE MOURA (CENTRO UNIVERSITÁRIO
DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI); FRANCISCA MARYLYA GON-
ÇALVES CRUZ (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNI-
NOVAFAPI); ISADORA MARÍLIA MORENO MOURÃO FERREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS
HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI); ISABELLE DE MENESES ARAGÃO (CENTRO UNIVERSI-
TÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI)

Introdução: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO ANESTÉSICO TÓPICO EMLA 5% COMPARADO AO PLACEBO EM


ANESTESIAS INFILTRATIVAS EM MAXILA O uso de anestésicos locais tópicos é um componente importante
da administração atraumática da anestesia, porém seus níveis de concentração elevados podem ser responsáveis
por complicações sistêmicas e uma técnica de injeção atraumática seguindo todos os passos pode reduzir a sen-
sação dolorosa sem necessidade de uma anestesia tópica prévia. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia do
anestésico tópico EMLA 5% comparado ao placebo (gel de clorexidina 0,12% e aromatizante) na redução da per-
cepção de dor durante anestesias infiltrativas na maxila. O estudo foi do tipo ensaio clínico randomizado e duplo
cego. A amostra foi constituída por 30 indivíduos de ambos os sexos, com idade acima de 18 anos e menor de 50,
sem doenças sistêmicas, não possuindo alergia conhecida aos anestésicos tópicos e locais, sem problemas com
ansiedade ou pânico de anestesias infiltrativas e que necessitem de tratamento cirúrgico com infiltração de anes-
tésico local na maxila, os procedimentos cirúrgicos foram realizados pelos acadêmicos do curso de odontologia do
Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas, supervisionados pelos professores de cirurgia
da clínica. A eficácia anestésica das drogas foi avaliada através de um questionário de dor, escala de onze pontos
em caixa. Não foi observada diferença com significância estatística para grupo controle e grupo experimental (p
= 0,126). Conclui-se que EMLA e placebo tiveram o mesmo nível de eficácia. Não há necessidade de utilização de
anestésico tópico para realizar anestesia infiltrativa e o condicionamento psicológico do paciente é importante
para reduzir a ansiedade. A técnica atraumática é eficaz no alívio da sensação dolorosa. Palavras chave: Cirurgia
Bucal. Anestesia. Placebo.

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428 – TRANSPLANTE DENTÁRIO AUTÓGENO E


REANATOMIZAÇÃO PARA A REABILITAÇÃO ESTÉTICA E
FUNCIONAL – RELATO DE CASO

Autores: CHRISTIAN ALVES DOS SANTOS (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);ADRIELI BUREY (UNI-
VERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); RICARDO TAKAHASHI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);
GLAYKON ALEX VITTI STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); MÁRCIO GRAMA HOEPPNER (UNI-
VERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: A realização de faceta direta com resina composta está indicada para dentes anteriores que apresen-
tam alterações de cor e/ou forma, como também para a reanatomização dentária em situações de transplante
autógeno. O objetivo do presente trabalho é apresentar e discutir o tratamento integrado realizado para solu-
cionar o problema estético em um paciente jovem, com agenesia dos dentes 21 e 22. Após avaliação clínica e ra-
diográfica, foi discutido e proposto por profissionais das áreas de Ortodontia, Cirurgia, Endodontia e Dentística
Restauradora, a exodontia do dente 61, o preparo do alvéolo, a exodontia do dente 15 e o seu transplante no
alvéolo previamente preparado, na região correspondente ao dente 21. Previamente a etapa clínica cirúrgica, o
procedimento foi simulado em um modelo de gesso, obtido a partir da moldagem da arcada superior do paciente.
Decorrido 1 ano da fase cirúrgica, o dente 15 foi reanatomizado em incisivo central, com resina composta pela
técnica restauradora direta. Com base no resultado imediato obtido e após 2 anos de proservação do tratamento
restaurador, pode-se concluir que o tratamento realizado foi e se mostra satisfatório, e que a integração das dife-
rentes áreas foi de suma importância.

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450 – ACESSO DE CALDWELL-LUC PARA REMOÇÃO DE RESTO


RADICULAR NO SEIO MAXILAR

Autores: CAIO ZUCOLOTO PEREIRA (*) (FAESA);PATRICK ARCANGELO PERTEL (FAESA); RENATO MARANO RO-
DRIGUES (FAESA); GABRIELA MAYRINK GONÇALVES (FAESA); LILIANE SCHEIDEGGER ZANETTI (FAESA)

Introdução: Introdução O deslocamento acidental de elementos dentários e restos radiculares para o seio maxilar
é uma complicação comum durante as exodontias de dentes posteriores maxilares. O fragmento deve ser remo-
vido para prevenir infecções sinusais além de desconfortos associados a ocorrência de comunicação bucossinusal
gerada. A técnica cirúrgica mais utilizada para a remoção de corpos estranhos no seio maxilar tem sido o acesso
de Caldwell-Luc que consiste numa janela realizada na fossa canina por meio de osteotomia da cortical vestibular
da maxila. Objetivo O propósito deste trabalho é evidenciar por meio de um caso clínico, o acesso de Caldwell-Luc
na retirada de restos dentários impulsionados acidentalmente durante as exodontia. Metodologia Será apresen-
tado um caso em que foi realizado o acesso de Caldwell-Luc para retirada de um resto radicular da raiz palatina
do dente 16 do interior do seio maxilar impulsionado ao seio maxilar acidentalmente no dia anterior. O alvéolo
da comunicação bucossinusal gerada foi fechada por sutura oclusiva após a remoção da raiz do interior do seio.
Resultado O acesso de Caldwell-Luc realizado sob anestesia local possibilitou a retirada da raiz do seio maxilar de
forma simples e segura. O tratamento imediato possibilitou a prevenção de infecções e desconfortos ao paciente,
que evoluiu com boa cicatrização dos tecidos. Discussão O seios maxilares apresentam-se adjacentes aos dentes
posteriores da maxila, o que aumenta a possibilidade de acidentes durante suas exodontias, que se realizadas com
manobras bruscas podem gerar lesões alveolares que impulsionam fragmentos para o interior do seio maxilar.
Estes acidentes devem ser tratados o mais breve possível para evitar complicações. O acesso de Caldwell-Luc tem
sido utilizado com sucesso por ser um método seguro, simples e com mínimas complicações. Muitos casos de cor-
pos estranhos dentro do seio maxilar são descobertos em período tardio, quando já estão instalados os problemas
como infecções e fistulas bucossinusais. Entretanto, o tratamento cirúrgico recente deste acidente possibilitou o
fechamento do alvéolo apenas com sutura oclusiva, sem a utilização de retalhos adicionais. Em virtude do tempo
decorrido não havia fistula formada e nenhum processo infeccioso instalado, permitindo a cicatrização alveolar
e prevenindo as complicações. Conclusão O acesso de Caldwell-Luc associado a sutura oclusiva do alveolo dentá-
rio na intrusão acidental recente de raiz no seio maxilar possibilitou a prevenção de infecções e desconfortos ao
paciente que evoluiu com boa cicatrização dos tecidos. Referências 1 Huang IY, Chen CM, Chuang FH. Caldwel-
l-Luc procedure for retrieval of displaced root in the maxillary sinus Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol
Endod. 2011 Dec;112 (6) : 59-63. 2 Simuntis R, Kubilius R, Vaitkus S. Odontogenic maxillary sinusitis: a review
Stomatologija. 2014;16 (2) :39-43

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452 – CELULITE DE ORIGEM ODONTOGÊNICA –


RELATO DE CASO

Autores: KAROLINE GOMES DA SILVEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);EDUARDO DE ALMEIDA


SOUTO MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); DIEGO DANTAS MOREIRA DE PAIVA (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);
ANIBAL HENRIQUE BARBOSA LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: A infecção odontogênica é uma patologia de origem dentária e periodontal. Aliados ao exame clínico,
os exames por imagens são importantes no diagnóstico e no planejamento cirúrgico. A tomografia computado-
rizada é o exame padrão ouro para observação dos espaços faciais acometidos e no grau de comprometimento de
vias aéreas. A interpretação dos achados clínicos e exames complementares nos assegura um diagnóstico defini-
tivo, podendo ser realizado um tratamento imediato, já que pode acometer desde espaços faciais primários até os
espaços secundários, podendo levar a morte destes pacientes, se não devidamente tratados. O presente trabalho
tem como objetivo relatar o caso do paciente JSQ, sexo masculino, 21 anos, compareceu ao Hospital Universitá-
rio Lauro Wanderley queixando-se de dor intensa em região submandibular esquerda e no elemento dentário 37,
trismo, disfonia, dispneia e disfagia. Ao exame físico de face, verificou-se aumento de volume em região subman-
dibular e submentoniana esquerda, hipertermia, hiperemia, febre, abertura bucal de 13mm e destruição coro-
nária do dente 37. Ao exame tomográfico observou-se acometimento dos espaços submandibular e submentual
esquerdos e desvio da traqueia. O tratamento realizado foi exodontia de 37, drenagem extrabucal dos espaços
faciais, instalação de dreno sob anestesia geral e antibioticoterapia. Paciente evolui satisfatoriamente, sem sinais
de infecção. As infecções odontogênicas podem ser de rápida progressão e devem ser tratadas imediatamente,
pois podem levar o paciente a desenvolver sérias complicações, e até mesmo, óbito.

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504 – AUTOTRANSPLANTE DENTAL APÓS TRATAMENTO DE


AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: RELATO DE CASO

Autores: AMANDA SOARES COSTA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);LAYS NÓBREGA GOMES (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); JOSÉ WILSON NOLETO RAMOS JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); OLAVO SOUTO MON-
TENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: Autotransplante dentários é o nome da técnica onde um dente perdido ou ausente é substituído
por um dente transplantado do mesmo indivíduo. Nesta técnica, um dente natural é transferido do seu alvéolo
para outro alvéolo, o qual pode ser natural ou criado cirurgicamente. Os dentes podem ser perdidos por vários
motivos, dentre os quais lesões cariosas extensas, reabsorções radicular, doença periodontal, fratura coronora-
dicular, agenesias e aplasias de dentes. O objetivo deste trabalho será a apresentação de um caso clínico de um
paciente do gênero feminino, com 18 anos de idade, que compareceu à residência de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial do HUW / UFPB queixando-se de um aumento de volume em região de ramo mandibular do
lado esquerdo. Após os exames clínico, de imagem e biopsia, foi diagnosticado um ameloblastoma do tipo unicís-
tico acometendo ramo e ângulo mandibular do mesmo lado. O tratamento da lesão tumoral implicou na perda
do terceiro e do segundo molar que estavam associados à lesão. A paciente foi submetida cerca de 8 meses após
o tratamento do ameloblastoma ao autotransplante do terceiro molar inferior do lado direito para substituir o
segundo molar inferior direito. O dente em questão foi abordado por meio de incisão em envelope, seguida de
remoção cautelosa do mesmo e posterior hidratação em gaze com soro fisiológico .Após a confecção do alvéolo
cirúrgico, foi realizada a implantação do elemento e realização de contenção semi-rígida com fio de nylon por
um período de 15 dias. Como o ápice ainda se encontrava aberto, optou-se pelo não tratamento endodôntico.
O caso foi conduzido com sucesso, com um período de acompanhamento pós-operatório de um ano, no qual o
dente apresentou cicatrização periodontal, sem sinais de reabsorção. O caso clínico em questão demonstrou que
a técnica de autotransplante dentário é um procedimento com bom prognóstico, sendo uma excelente alternativa
para substituir dentes ausentes.

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553 – O USO DO CORPO ADIPOSO DE FACE NO TRATAMENTO


DE UMA FÍSTULA ORONASAL: RELATO DE CASO

Autores: NATÁLIA LINS DE SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);ANÍBAL HENRIQUE BARBOSA
LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTONIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA PARAÍBA); KAROLINE GOMES DA SILVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); EDUARDO DE ALMEIDA
SOUTO MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: A fístula oronasal é uma comunicação criada entre a cavidade nasal e a cavidade bucal, que tem
como fatores etiológicos a excisão cirúrgica de lesões patológicas, fissuras palatina, acidentes por arma de fogo,
deformidades da fossa nasal e inalação de cocaína. Os principais sintomas em pacientes que apresentam a fístula
oronasal são regurgitação de saliva e alimentos para dentro da cavidade nasal, halitose, problemas de dicção, in-
suficiência velofaringea e o déficit auditivo. Diversos métodos para o tratamento da fístula oronasal vem sendo
relatados na literatura, tais como enxertos, retalhos locais, retalhos distantes, retalhos do corpo adiposo de face,
entre outros. Entre os retalhos citados acima, o corpo adiposo bucal apresenta como vantagens a simplicidade e
facilidade da técnica intra-oral, rica vascularização, estética e a possibilidade de se adaptar bem ao defeito cirúrgi-
co, sendo umas das principais formas de escolha no tratamento de defeitos intra-orais. Sendo assim, o presente
trabalho descreve o caso clínico da paciente MDVM, sexo feminino, 22 anos de idade, que se apresentou ao
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Lauro Wanderley relatando re-
gurgitação alimentar para cavidade nasal e dificuldade para falar, com histórico médico prévio de cirurgia ablativa
em maxila anterior para remoção de tumor. Ao exame físico a paciente apresentava um perfil côncavo, com perda
de sustentação nasal, ausência de porção anterior de maxila estendendo-se aos primeiros molares e a presença de
duas fístulas oronasais em fundo de sulco vestibular anterior. O tratamento da fístula consistiu da utilização do
retalho bilateral do corpo adiposo de face associado com retalho palatino deslizante. Paciente atualmente encon-
tra-se em acompanhamento, apresentando mucosas íntegras, normocoradas com oclusão completa da fístula.

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591 – TRANSPLANTE DENTAL AUTÓGENO COMO ALTERNATIVA


PARA REABILITAÇÃO BUCAL: RELATO DE CASO

Autores: THAIS DA SILVA FONSECA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);RAFAEL LOPES QUADROS DA SILVA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI DA SILVA PIMENTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); JENNIFER SANZYA SILVA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BAR-
ROS BARRETO); DIEGO PACHECO FERREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O transplante dentário é a implantação de um dente autólogo em novo alvéolo. O momento ideal
para a realização deste procedimento é quando o dente atinge de metade a três quartos do comprimento radicu-
lar, e o forame apical está aberto, para que o término da rizogênese aconteça no leito receptor, deste modo prova-
velmente não sendo necessário o tratamento endodôntico. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de
autotransplante dentário realizado no Centro de Especialidades Odontológicas do Hospital Universitário João de
Barros Barreto da Universidade Federal do Pará. Paciente do gênero masculino, 16 anos, apresentava clinicamen-
te pericoronarite relacionada ao elemento 38 e ao exame radiográfico apresentava o elemento 46 incluso em po-
sição vestíbulo-lingual e provável dilaceração radicular. Foi optado pela realização da exodontia do dente 38 para
tratamento da pericoronarite, exodontia do dente 46 e realizado o preparo do alvéolo desta região para implanta-
ção do elemento 38 para reabilitação de um primeiro molar inferior direito. Após 12 meses de controle clínico e
radiográfico, ficou constatado que o dente transplantado para a posição de primeiro molar inferior direito possui
saúde periodontal e pulpar, pois possui vitalidade e ausência de bolsas periodontais e as imagens radiográficas
sugerem a continuidade da rizogênese no leito receptor. O transplante dental, quando corretamente indicado, é
uma boa alternativa terapêutica de baixo custo para reabilitações orais.

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615 – FLUORESCÊNCIA ÓSSEA INDUZIDA POR DOXICICLINA:


A UTILIDADE DO MARCADOR ÓSSEO NO TRATAMENTO
CIRÚRGICO DE OSTEOMIELITES DOS MAXILARES

Autores: KAROLINE ARAUJO LIMA (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);GONÇALVES, P.S (UNIVERSI-
DADE DO ESTADO DO AMAZONAS); MOTTA-JUNIOR, J (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);

Introdução: Fluorescência óssea induzida por Doxiciclina: a utilidade do marcador ósseo no tratamento cirúrgico
de osteomielites dos maxilares As osteomielites dos maxilares são definidas como um processo inflamatório da
porção medular do osso afetado, que pode desenvolver-se em consequência de infecções odontogênicas e estar
associada ou não a condições sistêmicas, com grande tendência a progredir pelos espaços medulares e invadir o
osso cortical, periósteo e tecido mole circunjacente. O debridamento cirúrgico e/ou ressecção da região acome-
tida é a terapia de escolha para os estados avançados da doença, contudo, a execução de tal tratamento ainda
apresenta pouca padronização, devido à falta de modalidades de imagem que permitam a visualização dos limites
dessa inflamação no tecido ósseo, tendo como limites os sinais clínicos durante o ato operatório. Uma modalida-
de de tratamento auxiliar no ato operatório é a autofluorescência, obtida por meio da administração de derivados
da Tetraciclina, por período específico, associado a dispositivos que utilizam lâmpada fluorescente com raios ul-
travioleta. Esta modalidade de visualização trans-cirúrgica direta promove a distinção do tecido ósseo sadio, por
meio da fluorescência, o que auxilia no tratamento de osteomielite. O presente trabalho tem como objetivo rela-
tar, através de um caso clínico, a aplicabilidade do uso de Doxiciclina associada à emissão de luz fluorescente du-
rante um debridamento cirúrgico de osteomielite em corpo mandibular. Lima, K. A.*; Saunier, P.G; Motta-Junior

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

620 – ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL: RELATO DE


CASO.

Autores: RÔMULO VINICIUS TRIGUEIRO MONTEIRO (*) (FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS);JOSÉ WILSON
NOLETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA); JOSÉLIA DA SILVA LEITE (CENTRO DE ESPECIALIDADES
ODONTOLOGICA DE JOÃO PESSOA); MARCOS ANTÔNIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAM-
PINA GRANDE); RAISSA VITORIA TRIGUEIRO DE ALMEIDA MONTEIRO (FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS)

Introdução: A odontectomia parcial intencional é uma técnica cirúrgica que visa a remoção parcial de um elemen-
to dentário em situações especificas quando a sua total remoção aumentaria os riscos de fratura mandibular ou
de causar danos as estruturas adjacentes, nestes casos podemos optar pela permanência do segmento radicular
em seu alvéolo evitando tais complicações, porém tal técnica deve ser adotada durante o planejamento pré-ope-
ratório, e não como uma conduta de urgência durante o período transoperatório.Este trabalho tem como objetivo
descrever uma modificação da técnica de Odontectomia através de um casoclinico, onde relata um caso de uma
paciente de 26 anos, sexo feminino que se apresentou na Escola de Odontologia da Universidade Federal de Cam-
pina Grande para extração do terceiro molar inferior direito com indicação ortodôntica, após exames comple-
mentares como panorâmica o mesmo elemento apresentava-se em uma posição mesio-angulada onde suas raízes
mostravam grande intimidade com o canal mandibular e foi solicitado uma tomografia computadorizada onde
o mesmo observou âmbito contato direto com o canal mandibular onde o tratamento de escolha adotado foi a
odontectomia. A paciente foi reavaliada radiograficamente após 2 semanas e não relatou quaisquer sintomas. A
radiografia panorâmica após 24 meses não mostra sinais radiográficos de patologia e observou-se migração de
2 milímetros de raiz remanescente. O paciente foi monitorado sem reclamações de quaisquer queixas. Descrito-
res:Exodontia, terceiros molares, cirurgia.

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622 – PROFILAXIA ANTIBIOTICA PARA ENDOCARDITE


INFECCIOSA EM CIRURGIAS ORAIS:ATUAIS DIRETRIZES

Autores: RAÍNA MARQUES DA CONCEIÇÃO (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);WEN-
DER LUÍZ BARROSO TAVARES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE
SOUZA DAMASCENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); WILLY FERNANDES DE MEDEI-
ROS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); JENNIFER SANZYA SILVA DE ARAÚJO (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Endocardite infecciosa é uma infecção rara e grave que acomete o tecido de revestimento e válvulas
do coração, quando microorganismos entram na corrente sanguínea em um fenômeno denominado bacteremia,
e encontram ambiente propício para aderência e colonização em um endocárdio danificado. Se não tratada com
antibióticos, leva a morte, e em geral, apresentam tempo prolongado de tratamento. Partindo-se deste princípio
a profilaxia antibiótica foi pensada para prevenir a ocorrência de endocardite infecciosa, tendo por princípio a
administração de altas doses de antibiótico antes do procedimento cirúrgico, para que neste momento, a con-
centração plasmática do antibiótico seja máxima e atingira rapidamente para combate a bacteremia e reduzir o
risco de desenvolvimento de endocardite bacteriana. A técnica começou a ser empregada em odontologia quando
foram detectadas bactérias da flora oral em hemoculturas de pacientes portadores de EI e devido a associação
desta condição a má higiene oral e manifestação após procedimentos odontológicos. Deste modo passou a ser
realizada a cobertura antibiótica indiscriminadamente, para todo e qualquer tipo de procedimento odontológi-
co que causem sangramento e em todos os pacientes, sem restrições, como realizado em 1992 pela Sociedade
Britânica para Quimioterapia Antimicrobiana (BSAC). Devido ao risco que o uso indiscriminado de antibióticos
oferece ao desenvolvimento de bactérias resistentes, as reações adversas e a falta de comprovação da efetividade
da profilaxia, esta conduta abrangente foi questionada e reformulada por outras entidades científicas, como fez
a Sociedade de Cardiologia (BCS) e Royal College Physicians (RCP) em 2004 que restringiu o uso de antibióticos
profiláticos em procedimentos odontológicos que causem bacteremia e em pacientes com comprometimento
sistêmico e que tenham realizado cirurgias cardíacas. Em 2006, a Sociedade Britânica para Quimioterapia An-
timicrobiana reformulou suas diretrizes e restringiu a conduta profilática a pacientes com alto risco de morte e
a procedimentos em que haja manipulação dento gengival, os pacientes considerados de alto risco são os que já
possuem história prévia de endocardite, que possuam válvulas cardíacas protéticas ou shunts pulmonares. Ainda
sem comprovação da efetividade da terapia profilática, devido a falta de estudos controlados prospectivos rando-
mizados, e da comprovação da ocorrência de bacteremia em atividades diárias como no ato de escovar os dentes,
mastigação vigorosa, uso do fio dental, entre outros, em 2008 o Instituto Nacional de Saúde e Excelêmcia Clínica
(NICE) , do Reino Unido, reformulou suas diretrizes, suspendendo a terapia profilática em qualquer situação,
incluindo em pacientes de alto risco, mediante estudos que apontam que a cobertura profilática não é garantia
de não ocorrência de endocardite, ou seja, há relatos de que mesmo seguindo o protocolo medicamentoso pré
cirúrgico, uma parcela dos pacientes ainda assim desenvolveram a doença,

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

788 – CONDUTA CLÍNICA APÓS INJÚRIAS AOS NERVOS


ALVEOLAR INFERIOR E LINGUAL DURANTE A REMOÇÃO DE
TERCEIROS MOLARES INFERIORES

Autores: CARLA ALVES VIEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);MARIA HELENA RODRIGUES GALVÃO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARIÂNGELA DE ARAÚJO BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA);

Introdução: A cirurgia de terceiros molares é um procedimento comum em cirurgia bucomaxilofacial. Entre as


complicações pós-cirúrgicas, temos as parestesias dos nervos alveolar inferior (NAI) e lingual (NL) que são fre-
quentemente citadas na literatura graças à proximidade anatômica dessas estruturas com os dentes em questão.
Esse trabalho tem como objetivo sistematizar a conduta clínica do cirurgião-dentista frente a lesões dos NAI e NL
durante a remoção de terceiros molares inferiores através da análise documental da produção bibliográfica, ob-
tida através de artigos disponíveis em bases de dados e livros texto. Três tipos de sintomatologia pós-operatória
podem ser relatados, a anestesia profunda, a parestesia e a disestesia que fazem referência a gravidade da injúria
aos nervos, e o cirurgião-dentista deve diagnosticar através de testes neurosensitivos e com auxílio de exames
complementares. Em casos de presença de corpos estranhos, obstrução do canal mandibular ou deslocamento
de fragmentos ósseos, a descompressão cirúrgica é indicada. Já em situações de injúria por infecção, antibióticos
poderão ser utilizados para tratamento inicial. Na compressão do nervo por edema pós-trauma, geralmente a
sensibilidade retorna gradativamente, podendo ser precedida do uso de corticoides ou a descompressão cirúr-
gica. Em todos os casos os pacientes devem passar por avaliações mensais para acompanhar se há remissão dos
sintomas. O tratamento cirúrgico deve ser considerado nos casos onde não há melhora nos primeiros 3 meses ou
quando no final dos 12 meses persiste um déficit substancial. Durante o tratamento o profissional pode lançar
mão de terapia medicamentosa, laser de baixa intensidade; fisioterapia e acupuntura. É necessário que os cirur-
giões-dentistas tornem-se cientes das opções de tratamento para cada caso, que podem ser complexos e envolver
uma equipe multidisciplinar. O planejamento deve ser realizado em conjunto com o paciente que deve ser alerta-
do quanto a imprevisibilidade da resposta ao tratamento. Diante do exposto, pôde-se observar que a Odontologia
ainda necessita de um campo de pesquisa mais efetivo no tocante ao tratamento das injúrias ao NL e NAI, para
que se possa oferecer alternativas ao paciente que visem devolver-lhe o estado de normalidade.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

841 – MÚLTIPLAS EXTRAÇÕES DE ELEMENTOS DENTÁRIOS


INCLUSOS – RELATO DE CASO

Autores: HÉRICKSON DE OLIVEIRA NASCIMENTO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFAL);JAIR QUEIROZ


DE OLIVEIRA NETO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFAL); MARCUS ANTÔNIO BRÊDA JÚNIOR (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO UPE); JOSÉ RICARDO MIKAMI (IDENT); RICARDO VIANA BESSA
NOGUEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFAL)

Introdução: A ocorrência de múltiplos dentes inclusos num só paciente, na ausência de uma condição sistêmica
associada ou síndrome é considerada um fenômeno raro. A ocorrência de múltiplos dentes num só paciente, na
ausência de uma condição sistêmica associada ou síndrome é considerada um fenômeno raro. Dessa forma, a
hiperdontia consiste na alteração na quantidade do número de dentes considerados normais na dentição huma-
na e representa uma das formas de anomalia dental, na qual existe um número acrescido de dentes ao esperado
para a respectiva dentição. Esses elementos dentais são chamados de supranumerários e são considerados den-
tes extras (ou adicionais) , erupicionados (ou não) , semelhantes em morfologia (ou não) aos demais dentes no
grupo ao qual eles estão associados. Os dentes supranumerários podem ser classificados como suplementares,
sendo aqueles que apresentam a morfologia similar à dentição normal e, rudimentares que apresentam diferen-
tes formas, sendo menores e cônicos. Na grande maioria dos casos os pré-molares supranumerários tendem a
ser suplementares. O diagnóstico da hiperdontia está normalmente associado a algum distúrbio na erupção de
dentes permanentes, o que é confirmado muitas vezes por meio de exames clínicos e/ou radiografia de rotina.
Clinicamente, é possível associar aos supranumerários, maloclusões, cistos dentígeros, diastemas, apinhamentos
dentais, rotações dentais, inflamação gengival, abscesso periodontal e cárie no dente adjacente. As radiografias
dentais (panorâmicas, oclusais e periapicais) são de essencial valor para o diagnóstico dos dentes supra-numerá-
rios, por estes estarem quase sempre retidos e assintomáticos. O Objetivo desse trabalho é relatar o caso de um
paciente com necessidade de extração múltipla de elementos dentários inclusos, associado a uma hiperdontia se-
vera dos maxilares ( 20 dentes inclusos, 16 supranumerários e 4 terceiros molares inclusos) no qual a abordagem
terapêutica foi a remoção dos dentes inclusos para a realização de movimentações ortodônticas. Baseado no ex-
posto, o conhecimento por parte do cirurgião do manejo clínico e terapêutico da hiperdontia é muito importante
para o prognóstico e acompanhamento do paciente.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

854 – ENUCLEAÇÃO DE GRANDE CISTO RESIDUAL EM SEIO


MAXILAR, ASSOCIADO À FECHAMENTO SIMULTÂNEO DE
COMUNICAÇÃO BUCO SINUSAL: RELATO DE CASO.

Autores: GUILHERME BORGES MANTA (*) (HOSPITAL DR. FERNANDO MAURO PIRES DA ROCHA);FÁBIO LOPES
DUARTE (HOSPITAL DR. FERNANDO MAURO PIRES DA ROCHA); BASÍLIO ALMEIDA MILANI (HOSPITAL DR. FER-
NANDO MAURO PIRES DA ROCHA); MARCELO SHIWA (); FRANCISCO ORLANDO GIRALDI NETO (HOSPITAL DR.
FERNANDO MAURO PIRES DA ROCHA)

Introdução: Cistos são lesões revestidas por tecido epitelial contendo no seu interior substância líquida ou se-
mi-sólida. Os cistos intra-ósseos são detectados em estágio inicial, apenas pelo exame radiográfico e quando
não tratados precocemente podem atingir grandes proporções,ocasionando áreas de extensas reabsorção óssea
por compressão e devido a sua característica expansiva, podendo até provocar deformidades ósseas extensas e
assimetria facial. Este trabalho tem por objetivo apresentar um caso de cisto residual em maxila resultante da
exodontia do 16, ocorrendo simultaneamente a fístula buco sinusal e, alcançando uma grande dimensão após a
invasão do seio maxilar. Causando assimetria facial em paciente leucodérmico, do sexo masculino com 23 anos.

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Apresentação: Cirurgia dento-alveolar

885 – TRANSPLANTE DENTÁRIO AUTÓGENO COMO


ALTERNATIVA PARA REABILITAÇÃO ORAL

Autores: PAMELA SAUNIER GONÇALVES (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);PEDRO HENRIQUE


RIBEIRO ARANTES (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); GUSTAVO ALBUQUERQUE (UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO AMAZONAS); VALBER BARBOSA MARTINS (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); MAR-
CELO VINÍCIUS OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: Transplante Dentário Autógeno Como Alternativa Para Reabilitação Oral GONÇALVES, P.S; ARAN-
TES, P.H.R; ALBUQUERQUE, G; MARTINS, V.B; OLIVEIRA, M.V Apesar da evolução que se teve na saúde oral
no que diz respeito à prevenção, as extrações dentarias ainda ocorrem com muita frequência. O transplante
dental autógeno surge como excelente alternativa para reabilitação oral por ser um procedimento biologicamen-
te aceitável, de baixo custo, que pode ser realizado com o individuo ainda jovem, tendo em vista que a idade do
paciente geralmente impede que outros tratamentos reabilitadores possam ser realizados devido ao crescimento
ósseo. O procedimento de autotransplante dentário consiste na movimentação cirúrgica de um dente do mesmo
indivíduo, no caso um terceiro molar, do seu lugar original para um alvéolo preparado ou já existente ocupado por
um dente que será extraído. É objetivo do presente artigo relatar um caso clinico de um paciente com destruição
cariosa acentuada do elemento 47, sendo realizado exodontia e autotransplante imediato do 48. Realizou-se a
exodontia do dente 47, seguido da exodontia do dente 48 e autotransplante imediato, plastia do alvéolo recep-
tor, e contenção com sutura em toda extensão cirúrgica. Após 11 meses de proservação, há indícios clínicos e
radiográficos de sucesso do tratamento proposto sendo este uma excelente alternativa de reabilitação. A cirurgia
de autotransplante de terceiros molares com rizogênese incompleta ainda não é usualmente apresentada aos pa-
cientes como alternativa de tratamento para reabilitação oral, porém, se seguido as condutas da maneira correta,
o sucesso será obtido.

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Apresentação: Cirurgia endoscópica, navegação e novas tecnologias

394 – UTILIZAÇÃO DE BIOMODELOS PARA PLANEJAMENTO EM


CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

Autores: HAROLDO ABUANA OSÓRIO JUNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE);DA-
NIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA
GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRADA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: Biomodelagem representa um termo genérico usado para definir a capacidade de reproduzir a morfo-
logia de uma estrutura biológica em um arcabouço sólido. Os biomodelos têm sido utilizados para planejamento
cirúrgico na área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial desde 1985, sendo atualmente empregados em
cirurgias de deformidades craniofaciais, sequelas de traumas, patologias, próteses maxilofaciais, anomalias de ar-
ticulação temporomandibular. Muitas são as vantagens descritas com o uso dos biomodelos, tais como: melhorar
a visualização imaginológica das estruturas, permitir simulação cirúrgica e otimizar planejamento pré operatório,
possibilitar a confecção de guias cirúrgicos, melhorar a compreensão dos pacientes quanto aos respectivos casos,
reduzir tempo operatório através da modelagem prévia de malhas/telas/placas, facilitar a comunicação da equipe.
Existem diferentes métodos para a confecção dos protótipos, sendo a estereolitografia um dos mais conhecidos
e relatados na literatura. Outro método comumente utilizado é o de sinterização seletiva à laser (SLS) , que
apresenta um custo inferior se comparado à estereolitografia, possibilitando o uso desses artifícios em serviços
públicos. O objetivo do presente trabalho visa relatar os casos operados na Residência de Cirurgia e Traumatolo-
gia Buço-Maxilo-Facial, no período compreendido entre 2011 e 2015, planejados com o auxílio de biomodelos.

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Apresentação: Cirurgia endoscópica, navegação e novas tecnologias

846 – VISCOSSUPLEMENTAÇÃO COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA


PARA AS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES EM
PACIENTES COM HISTÓRIA DE ARTRITE REUMATOIDE

Autores: MAITÊ SANTIAGO NILZEN (*) (UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP);PATRICIA RADAIC (UNICAMP); GABRIEL
PASTORE (UNICAMP); DOUGLAS GOULART (UNICAMP); JULIANA M CAMPOS (UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP)

Introdução: Viscossuplementação como opção terapêutica para as disfunções temporomandibulares em pacien-


tes com história de artrite reumatoide A articulação temporomandibularé revestida internamente por uma mem-
brana que produz o líquido sinovial, que preenche o espaço articular superior e inferior. Este é responsável pela
nutrição e lubrificação dos tecidos articulares. A falta de coordenação do conjunto côndilo e disco articular, de-
correm do colapso da função normal, pela incompetência dos ligamentos articulares laterais e lâmina retrodiscal.
Esta patologia está inserida no grupo de disfunção temporomandibular envolvendo o componente articular, des-
critos como os deslocamentos de disco com e sem redução. Essas disfunções podem estar associadas a alterações
inflamatórias como sinovite, retrodiscite e capsulite ou alterações degenerativas como osteoartrose e osteoartri-
te. O tratamento pode ser conservador como:repouso funcional, tratamento medicamentoso com anti-inflama-
tórios não esteroides (AINES) , utilização de dispositivos inter-oclusais, fisioterapia. Quando o tratamento con-
servador não apresenta resposta pode-se optar pelo tratamento cirúrgico. Os tratamentos cirúrgicos podem ser
invasivos, como abordagens abertas (discopexia) ou minimamente invasivos (artroscopia, artrocentese, injeções
intra-articulares de corticosteroides, viscossuplementação com ácido hialurônico- HA).A Viscossuplementação
com hialuronato de sódio aumenta a concentração e o peso molecular de HA no líquido sinovial, também ocorre
a liberação das zonas de aderências entre o disco articular e a fossa mandibular, há um aumentoda mobilidade ar-
ticular permitindo melhor circulação do líquido sinovial. Além disso, este tratamento tem um efeito anti-inflama-
tório e analgésico devido a diminuição doatrito entre as superfícies articulares. O objetivo do presente trabalho
é relatar um caso clinico no qual foi empregado a terapia de viscossuplementaçãopara uma paciente refratária ao
tratamento conservador com placamiorrelaxante e fisioterapia. Paciente J.E.N, sexo feminino, 20 anos, procurou
atendimento relatando dor e crepitação na ATM, ao exame físico foi observada limitação de abertura bucal. A
paciente apresenta história de artrite reumatoide. Ao exame de ressonância magnética foi observado derrame
articular, osteófitos e remodelação condilar. A paciente estava não respondeu a terapia com placa miorrelaxante e
fisioterapia em tratamento há 2 anos.A paciente foi submetida a artroscopia da ATM bilateral associada a viscos-
suplementação. A paciente evoluitu sem complicação com melhora do quadro clínico de dor e limitação funcional
após seis meses de acompanhamento pós-operatório. A viscossuplementaçãomostrou-se uma medida terapêuti-
ca efetiva no restabelecimento funcional das ATM, a curto prazo.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

71 – CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A RECONSTRUÇÃO


DE MAXILA ATRÓFICA COM ENXERTO AUTÓGENO PARA
REABILITAÇÃO ORAL COM IMPLANTES ÓSSEO INTEGRAVEIS

Autores: THAIS CHAVES PENNER TAVARES (*) (ESCOLA SUPERIOR DA AMAZONIA - ESAMAZ);ROGERIO BENTES
KATO (ESCOLA SUPERIOR DA AMAZONIA - ESAMAZ); ALADIM GOMES LAMEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARA - UFPA); ISADORA REGIANE RODRIGUES MACEDO (CENTRO UNIVERSITARIO DO PARA - CESUPA);

Introdução: A atrofia maxilar severa é consequência de exodontias precoces, gerando muitas vezes uma discre-
pância maxilo mandibular de padrão III. No momento do planejamento, o cirurgião e o protesista devem discu-
tir se apenas a reabilitação com enxertos, implantes e prótese serão suficiente para corrigir essa deformidade.
Quando esse tipo de tratamento não for suficiente para correção da deformidade deve-se lançar mão da cirurgia
ortognática para correção do posicionamento da maxila para o padrão facial I. De posse desses argumentos, o
objetivo desse trabalho é apresentar um relato de caso clínico em que se fez necessário a associação da cirurgia
ortognática com a técnica de enxertia para correção da deformidade dentofacial, juntamente com a colocação de
implantes osseointegráveis e prótese implanto-suportada. Paciente L.A.C. compareceu a Faculdade de Odonto-
logia da Universidade Federal do Pará, no curso de especialização em Implantodontia para reabilitação oral de
maxila edentula. Após exame clinico e radiográfico observou-se uma severa atrofia de maxila pela perda precoce
dos elementos dentários, havendo necessidade de reconstrução com enxerto autógeno para futura colocação de
implantes e instalação de prótese implanto-suportada, porém durante o planejamento, verificou-se que apenas a
utilização da técnica de enxertia não seria suficiente para tirar a paciente do padrão III e devolve-la para o padrão
facial I, então optou-se pela realização da combinação das técnicas de avanço de maxila associada a enxertia óssea
com osso autógeno proveniente da crista ilíaca, durante o período de incorporação do enxerto, a paciente utilizou
uma prótese provisória sobre implantes temporários colocados no mesmo ato cirúrgico. A cirurgia foi realizada
com sucesso e 6 meses após o procedimento a paciente foi submetida a cirurgia de colocação de implantes e pró-
tese com carga imediata. Concluímos que em pacientes com atrofia severa de maxila, com alteração do padrão
facial, a combinação da cirurgia ortognática com enxertia de osso autógeno para reabilitação com implantes e
próteses implanto-suportada torna-se fundamental para a correção estético- funcional.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

80 – A REABILITAÇÃO PROTÉTICA DAS DEFORMIDADES


BUCOMAXILOFACIAIS

Autores: GABRIELA LUIZA HOCHSCHEIDT (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);JÚLIA ROST
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); DEISE PONZONI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
DE DO SUL); ANGELO LUIZ FREDDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ADRIANA CORSETTI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: Deformidades faciais por perda de substância podem ser resultantes de causas genéticas (malforma-
ções congênitas) , traumáticas (acidentes em geral) , infecciosas (sífilis, leishmaniose, osteomielites) e patológicas
(tumores malignos e/ou benignos). Estas deformidades não só levam a sério comprometimento funcional e es-
tético, mas possuem grande comprometimento psicossocial do paciente. O tratamento destes pacientes envolve
uma abordagem multidisciplinar, envolvendo, principalmente a Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais,
Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Prótese Bucomaxilofacial. A reconstrução cirúrgica dos tecidos é o método de
eleição, porém existem condições que podem contraindicar esse tipo de tratamento e indicar a reabilitação proté-
tica, como: possibilidade de recidiva do tumor, pacientes com fissura lábio palatal, onde há recidiva cirúrgica com
persistência de fístula e hipernasalidade, radioterapia prévia (afetando a vascularização da região) , extensão da
perda, condições de saúde e idade do paciente, fatores econômicos, resistência do paciente em submeter-se a in-
tervenções cirúrgicas. Em virtude disso, este trabalho tem como terá como objetivo apresentar os relatos de casos
de diferentes possibilidades de reabilitações bucomaxilofaciais através de materiais aloplásticos, entre eles estão
a prótese obturadora intra-oral, prótese óculo-palpebral, prótese nasal, prótese ocular e prótese auricular. Todos
os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para divulgação das imagens para fins
didáticos. A partir dos casos apresentados, podemos devemos considerar que bons resultados estéticos e funcio-
nais irão depender da escolha adequada da técnica e dos materiais a serem utilizados. E perceber que o principal
objetivo dos profissionais envolvidos será promover o resultado mais satisfatório, que englobe, principalmente os
aspectos psicossociais do paciente mutilado, promovendo o seu bem-estar físico, mental e social. A importância
da prótese bucomaxilofacial e a reabilitação do paciente, ressalta o papel indispensável da Odontologia na socie-
dade para o tratamento destes pacientes de alta complexidade.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

87 – TRATAMENTO DE DEFORMIDADE DENTOFACIAL CLASSE


III – UTILIZAÇÃO DE OSTEOTOMIA SECUNDÁRIA PARA
ALINHAMENTO PASSIVO APÓS OSTEOTOMIA SAGITAL DOS
RAMOS MANDIBULARES.

Autores: ALEX LANDUCCI (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);JESSICA HALICE NORONHA (UNIVERSIDADE POSITI-
VO); LEANDRO EDUARDO KLUPPEL (UNIVERSIDADE POSITIVO); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE POSITIVO);
FREDERICO DELIBERADOR (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Introdução: As maloclusões de classe III esqueléticas caracterizam-se pelo posicionamento mais anterior da man-
díbula em relação à maxila, sendo que a discrepância pode ser causada pela deficiência anterior da maxila, progna-
tismo mandibular ou ambos. Uma relação dento-esquelética classe III, além dos prejuízos estéticos produz sérios
problemas funcionais, como a falta de contato entre os dentes, um posicionamento errôneo da língua, dificul-
dade na fala e dicção, entre outros. O presente trabalho objetiva a apresentação de um caso clinico do paciente
M.P.N.B., gênero masculino, 20 anos, ASA I, classe III com deficiência ântero posterior de maxila e prognatismo
mandibular severo. O paciente compareceu ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Positivo –
Curitiba-PR, para tratamento cirúrgico da deformidade dentofacial. Após o preparo orto-cirúrgico e planejamen-
to do caso, optou-se por cirurgia ortognática combinada, com realização de osteotomia Le Fort I para a maxila
e osteotomia sagital bilateral dos ramos mandibulares. Durante o trans-cirúrgico, após a realização e separação
dos segmentos mandibulares (dentado e condilar) , houve dificuldade no posicionamento passivo da mandíbula
para fixação. Optou-se por realizar osteotomias secundárias bilaterais em mandíbula. Desde 1989, esta técnica
é aplicada para promover um assentamento passivo e um bom alinhamento entre os seguimentos proximal e
distal, antes da aplicação dos dispositivos de fixação interna. A principal vantagem da realização da osteotomia
secundária é que ela elimina completamente qualquer tendência entre os fragmentos de interferir um com o
outro, removendo todas as áreas de contato prematuro de modo que a extremidade proximal do segmento possa
ser rodada de forma passiva em contato com o segmento distal. Não há outros métodos da eliminação dessas
áreas de contato prematuro de osso para grandes movimentos mandibulares. Tentar remover o contato prema-
turo do osso de dentro da osteotomia coloca em risco o nervo alveolar inferior e possui limitações na magnitude
do movimento. Outro benefício do uso da osteotomia secundária é que ele pode causar menos deslocamento da
cabeça da mandíbula por eliminar completamente qualquer interferência óssea possível entre os segmentos. A
principal desvantagem da osteotomia secundária é um suposto dano ao nervo alveolar que podem ocorrer devido
à manipulação do tecido e instrumentação na região da ostetomia. Após a realização da osteotomia secundária,
obteve-se um bom alinhamento dos segmentos. A região foi fixada com placas retas e parafusos do sistema 2.0.
Após 3 meses de acompanhamento, o paciente encontra-se com ótima evolução, abertura de boca normal, boa
estabilidade oclusal e não apresenta danos sensoriais.

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129 – AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO SEPTO NASAL NA


EXPANSÃO DE MAXILA CIRURGICAMENTE ASSISTIDA POR
MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Autores: TAÍS FEITOSA LEITÃO DE OLIVEIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP);OSNY FER-
REIRA JÚNIOR (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP); EDUARDO SANCHES GONÇALES (FACULDA-
DE DE ODONTOLOGIA DE BAURU - USP); GÉSSYCA MOREIRA MELO DE FREITAS GUIMARÃES (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE BAURU - USP);

Introdução: RESUMO A expansão da maxila cirurgicamente assistida (EMCA) é um procedimento cirúrgico in-
dicado para a correção da atresia maxilar em pacientes que já atingiram a maturação óssea. Os efeitos da EMCA
são observados não só nos arcos dentários, maxilas e mandíbula, mas também na cavidade nasal, já que o septo
nasal encontra-se localizado no centro do assoalho nasal, apoiado sobre a sutura palatina mediana. O objetivo
deste estudo foi identificar a posição do septo nasal antes e após a separação cirúrgica das maxilas e avaliar sua
influência na movimentação da maxila do lado que foi deslocado. Foram avaliadas 56 tomografias computado-
rizadas de feixe cônico (TCFC) adquiridas no tomográfo i-CAT Classic®, com voxel de 0,3mm, de 14 indivíduos
submetidos à EMCA nos períodos pré-operatório e pós-operatório de 15, 60 e 180 dias. Inicialmente, as imagens
pós-operatórias foram visualizadas nas reformatações multiplanares, para identificar a qual maxila, direita ou es-
querda, o septo nasal permaneceu ligado após a EMCA. Numa segunda etapa, foram realizadas medidas lineares
nas imagens correspondentes aos períodos pré e pós–operatórios. Essas medidas foram realizadas na reforma-
tação axial imediatamente acima do aparelho expansor, de forma padronizada para cada paciente, e consistiram
da distância entre uma linha de referência central, que passava na espinha nasal anterior e no centro do forame
incisivo, dividindo o paciente em lado direito e esquerdo, até os caninos e molares direitos e esquerdos. O índice
kappa intraexaminador foi > 0,9. Para comparar as diferenças entre as médias dos dois grupos (lado ligado ao
septo nasal e não ligado ao septo nasal) foi utilizado o teste t. Em 78,6% dos pacientes o septo nasal permaneceu
ligado à maxila esquerda e em 21,4%, ligado à maxila direita. Em relação às medidas lineares, tanto na região de
caninos como na região de molares, observou–se que, no período pré-operatório, não havia diferença entre os
lados direito e esquerdo. Após a EMCA, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) , observando que
houve menor movimentação da maxila a qual o septo nasal permaneceu ligado. Portanto, pode–se concluir que a
expansão maxilar ocorre de forma assimétrica, pois a maxila que permanece ligada ao septo nasal, após a EMCA,
movimenta-se menos do que a maxila não ligada ao septo nasal.

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179 – REABILITAÇÃO OCULAR POR PRÓTESE


BUCOMAXILOFACIAL

Autores: LUIZA BASTOS NOZARI (*) (UFRGS);JOSÉ RICARDO BUSATTO (UFRGS); TAINARA MILNIKEL (UFRGS);
JÚLIA CHRIST DA SILVA (UFRGS); ADRIANA CORSETTI (UFRGS)

Introdução: A reabilitação protética sempre fez parte da história da humanidade; os primeiros relatos datam de
antes de cristo, quando diferentes civilizações buscavam realizar reposições artificiais com materiais que estavam
à disposição, desde madeira até pedras e metais preciosos. (MORONI, 1982). No século XIX, o alemão Ludwig
Muller Uri, que confeccionava olhos de vidro para bonecas, passou a confeccioná-los para humanos. Durante a 2ª
Guerra Mundial, quando a exportação foi proibida na Alemanha, as oculares passaram a ser confeccionadas com
resina acrílica nos Estados Unidos (RODE, 1968). A prótese bucomaxilofacial, contudo, figura-se como especia-
lidade odontológica no Brasil, desde 1925, quando foi introduzida por João Luiz Alves (REZENDE, OLIVEIRA,
DIAS, 1986). A modalidade vem ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento, juntamente com o aumento
da demanda, que se deve principalmente, no caso da prótese ocular, a traumas decorrentes da violência urbana
e doméstica (ORESTES-CARDOSO et al., 2012). A prótese ocular tem como objetivos reestabelecer a estética do
paciente, manter o tônus muscular prevenindo o colapso e a deformidade palpebral, proteger a cavidade anoftál-
mica de agressões e direcionar a secreção lacrimal, impedindo seu acúmulo. Apenas oculares feitas sob medida
para cada paciente têm a capacidade de atender a todas essas demandas. No presente trabalho, apresenta-se o
relato de caso de uma paciente que passou por enucleação do globo ocular esquerdo e fez uso de próteses ocu-
lares de estoque durante 41 anos. A paciente buscou o atendimento da Faculdade de Odontologia da Universi-
dade Federal do Rio Grande do Sul (FO-UFRGS) para confecção de prótese ocular individualizada. Foi assinado
um Termo de Consentimento Informado, liberando o uso de sua imagem para fins didáticos. Como esperado a
paciente relatou melhora nos movimentos, maior conforto no uso da peça quando compara à anterior, além de
uma mudança significativa na questão estética. O relato nos confirma tamanha importância de individualização
das próteses oculares. A divulgação da prótese bucomaxilofacial como especialidade odontológica e a expansão
do número de profissionais na área também são de extrema importância, visto que, a exemplo de tantos outros,
a paciente utilizou próteses de estoque por 41 anos, sem nunca ao menos imaginar que um cirurgião dentista
poderia ajudá-la a melhorar sua condição.

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208 – INTERCORRÊNCIAS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA:


REVISÃO DE LITERATURA

Autores: EMMANUEL LAWALL DOMINGOS (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA);EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOAO PAULO MARINHO
DE RESENDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI
MONTEIRO DE CASTRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); CAROLINA
MENDONÇA CYRANKA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: As cirurgias ortognáticas são utilizadas para a correção das deformidades dentofaciais. Como em
todo procedimento cirúrgico, intercorrências podem ocorrer durante os períodos trans e pós-operatórios. Apesar
de serem consideradas não muito frequentes, esse tipo de complicação deve ser evitado por parte do cirurgião
uma vez que podem trazer consequências graves ao paciente. Os principais tipos de intercorrências que costu-
mam ocorrer tanto nas cirurgias da maxila quanto nas cirurgias da mandíbula são hemorragia, distúrbios neuro-
sensoriais, fraturas indesejáveis, entretanto, muitos outros tipos de complicações também podem ocorrer com-
prometendo a qualidade e podendo colocar em risco a vida do paciente. Dessa maneira, o cirurgião deve evitar
todo o tipo de complicação e estar preparado para corrigi-las quando necessário. O Presente trabalho tem como
objetivo, através de uma revisão de literatura, descrever os principais tipos de complicações que podem ocorrer
nos períodos trans e pós-operatórios das cirurgias ortognáticas avaliando as suas causas etiológicas e também os
métodos mais utilizados atualmente para o seu tratamento.

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225 – CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE DESDENTADA –


RELATO DE CASO

Autores: JOÃO PAULO STANISLOVICZ PROHNY (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);JÉSSICA NORONHA (UNIVERSIDA-
DE POSITIVO); ALEX LANDUCCI (UNIVERSIDADE POSITIVO); LEANDRO KLUPPEL (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: A cirurgia ortognática consiste em um método de correção cirúrgica dos ossos maxilares, permitindo
a obtenção do correto posicionamento destes e dos elementos dentários em relação à base do crânio. Nos casos de
pacientes edêntulos totais com deformidade dento-facial, a reabsorção progressiva do osso alveolar é um efeito
secundário da perda dos elementos dentários, tendo como consequência o aumento das mudanças nas relações
intermaxilares. A perda óssea, particularmente a da maxila, combinada com a idade, hipotonia muscular e a
inversão dos lábios, resulta em alterações faciais, fazendo com que a adaptação protética já não seja satisfatória,
assim como a estética e a relação funcional. Para esses pacientes, a cirurgia ortognática é uma opção antes da
reabilitação protética. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de cirurgia ortognática em paciente des-
dentada total, para posterior reabilitação protética. Paciente A.B.P., gênero feminino, 66 anos de idade, procurou
o Serviço de Implantodontia da Universidade Positivo para troca das suas próteses totais por próteses sobre im-
plantes. Durante anamnese, relatou que não fazia uso de medicação contínua, ausência de alergia a medicamen-
tos e alimentos e não apresenta histórico de doenças pré-existentes. Ao exame clínico, foi observada deficiência
de maxila, com o sulco naso labial profundo dando aspecto de envelhecimento. Aos exames de imagens observou
edentulismo total com deficiência anteroposterior de maxila. A paciente foi encaminhada para o Serviço de Cirur-
gia buco-maxilo-facial. O tratamento proposto foi à confecção de próteses descompensadas e cirurgia ortognática
para avanço de maxila. Para realização do bloqueio maxilo-mandibular foi necessária adaptação de braquetes
ortodônticos nas próteses e realização de cerclagens para estabilização das próteses. Foi realizado o avanço de 6
mm da maxila, sob anestesia geral, sem intercorrências. No pós-operatório de 45 dias a paciente apresenta ede-
ma compatível com a realização do procedimento. Atualmente a paciente aguarda a reconstrução da maxila com
enxerto ósseo para posterior reabilitação com próteses sobre implante. Palavras-chave: Cirurgia Ortognática;
Osteotomia; Prótese Total.

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253 – CORREÇÃO CIRÚRGICA DE DEFICIÊNCIA ÂNTERO-


POSTERIOR DE MAXILA - RELATO DE BENEFICIO ANTECIPADO

Autores: AMANDA LOPES (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) );FERNANDA DURSKI (UNIVERSIDADE POSITIVO
(UP) ); TATIANA MIRANDA DELIBERADOR (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) ); GLEISSE WANTOWSKI (UNIVERSIDA-
DE POSITIVO (UP) ); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP)

Introdução: O planejamento combinado orto-cirúrgico para um paciente com deformidade dentofacial é a etapa
mais importante do tratamento. Um novo conceito de planejamento, através de benefício antecipado, vem sendo
bastante utilizado. Ele trabalha na perspectiva da realização da cirurgia primeiro e depois ortodontia. Existem
inúmeras justificativas para essa abordagem. Uma das principais justificativas é que os tecidos moles circun-
dantes como lábios, bochechas e língua juntamente com a arcada dentária em melhor posição após a cirurgia
poderiam facilitar a movimentação ortodôntica e como consequência reduzir o tempo de tratamento do paciente,
justamente por fornecer ao paciente benefícios estéticos e funcionais antecipados. Este trabalho tem como ob-
jetivo relatar a abordagem de cirurgia ortognática antes da ortodontia por meio de um caso clínico. Paciente AP,
sexo feminino, 30 anos e portadora de uma deformidade dento-facial classe III com deficiência antero-posterior
de maxila e desvio de linha média procurou atendimento no Serviço de buco-maxilo do Hospital XV, Curitiba-PR,
Brasil. A paciente relatou tratamento compensatório prévio, sem sucesso. Apresentava agenesia dos elementos
dentários 12,22,14,24 e reabsorções radiculares severas. Após o planejamento orto-cirúrgico, optou-se por ci-
rurgia ortognática para avanço de maxila de 6mm e reposicionamento inferior de 4 mm, sob anestesia geral. Foi
realizada a instalação dos aparelho ortodôntico 7 dias antes da cirurgia com soldagem dos ganchos para auxiliar
o procedimento. Após quarenta dias do procedimento, iniciou-se mecânica ortodôntica convencional. A paciente
encontra-se em finalização de mecânica ortodôntica, com excelentes resultados estéticos e funcionais.

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260 – TÉCNICA MODIFICADA PARA DOWNFRACTURE MAXILAR


EM PACIENTES FISSURADOS

Autores: ROBERTO FERREIRA ZANIN (*) ();THIAGO ZANELLA (); CLAITON HEITZ ();

Introdução: Objetivo deste trabalho é demonstrar uma técnica que consiste na utilização de um separador de
Smith no pilar zigomático para uma separação (down-fracture) controlada da maxila em pacientes fissurados e
para que complicações indesejáveis devido à força excessiva não ocorram. Nos pacientes com fissura alveolar, a
maxila é segmentada em duas ou três partes devido à fissura. Estas partes deverão sofrer a separação da maxila
individualmente e isso pode levar ao afrouxamento dos braquetes ou deformidade do fio ortodôntico. Para evitar
estas complicações, a separação da maxila, usando de força controlada com o separador de Smith no pilar zigo-
mático é uma alternativa válida porque todos os fragmentos sofrerão a separação maxilar ao mesmo tempo. Esta
técnica foi desenvolvida para separação de maxilas com fissura alveolar, pois utilizando a técnica convencional
apenas conseguiremos a separação do maior segmento da maxila e o segmento anterior deverá sofrer a separação
com a força sendo aplicada no sentido vestíbulo-palatino, o que geralmente leva ao deslocamento do braquete e/
ou deformação do fio ortodôntico. Sendo assim, esta técnica, diferentemente da técnica convencional, nos per-
mite realizar a separação maxilar em um só momento.

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317 – ALTERAÇÃO DE PLANO OCLUSAL PARA CORREÇÃO DE


DEFORMIDADE DENTOFACIAL SEVERA – RELATO DE CASO

Autores: KATHELEEN MIRANDA DOS SANTOS (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);FERNANDA DURSKI TEIXEIRA (UNI-
VERSIDADE POSITIVO); RODRIGO GOMES (UNIVERSIDADE POSITIVO); LEANDRO EDUARDO KLUPPEL (UNIVER-
SIDADE POSITIVO); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Introdução: Alteração de plano oclusal para correção de deformidade dentofacial severa – relato de caso MI-
RANDA K*, TEIXEIRA FD, GOMES R, KLUPPEL LE, SCARIOT R. A cirurgia ortognática é uma modalidade de
tratamento bem estabelecida para a correção de deformidades dentofaciais moderadas e graves. A cirurgia tem
como objetivo primordial corrigir as discrepâncias do esqueleto facial de modo a facilitar a terapia ortodôntica da
má-oclusão. As deformidades dentofaciais podem, frequentemente, serem tratadas por procedimentos isolados
na maxila, mandíbula ou ambas. Paciente ILSF, 31 anos, sexo feminino, compareceu ao Serviço de Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital XV, Curitiba-PR, com queixa de dores de cabeça frequente na região
de temporal e sorriso gengival. Ao exame clínico e radiográfico, observou-se retrognatismo mandibular e excesso
vertical de maxila severo, associado a um “cant” de maxila. Apresentava também alteração da morfologia condilar
bilateral, além de perdas dentárias relacionadas à doença periodontal grave. O plano de tratamento proposto foi
a cirurgia ortognática sob anestesia geral visando a impactação anterior da maxila de 8mm, alterando o plano
oclusal, correção do “cant”, avanço da mandíbula e mentoplastia de avanço. A fixação foi feita com placas e para-
fusos de titânio. Atualmente a paciente encontra-se em fase de mecânica ortodôntica final, sem queixas estéticas
ou funcionais.

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342 – INFLUÊNCIA DA ORTODONTIA NO RESULTADO DA


CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: SANDRO ISAIAS SANTANA (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG);ÁTILA RO-
BERTO RODRIGUES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG); PAULIANE FRANÇA CARLOS
DE SOUSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS-MG);

Introdução: A comunicação entre cirurgião buco-maxilo e ortodontista nem sempre acontece de forma satisfa-
tória. Desta forma, não é possível realizar um diagnóstico conjunto e consequentemente uma lista de objetivos
para a ortodontia pré-cirúrgica, para a própria cirurgia e para a ortodontia pós-cirúrgica. O paciente, então, pode
não entender que a ortodontia é capaz de limitar os resultados cirúrgicos. tornando-se reticente a detalhes que
podem otimizar o resultado estético. Isso leva o cirurgião a operar casos preparados de forma inadequada por
pressão de pacientes que não suportam mais a espera pela cirurgia e o tratamento ortodôntico que deixa evidente
sua deformidade dento-facial. O objetivo deste trabalho é relatar dois casos onde os resultados foram satisfa-
tórios aos olhos dos pacientes mas que, porém, poderia ter tido resultados ainda melhores caso a ortodontia
pré-cirúrgica houvesse sido conduzida de forma a coincidir os objetivos ortodônticos e cirúrgicos. No primeiro
caso, um paciente com deficiência severa de mandíbula foi tratado ortodonticamente de forma a compensar sua
alteração morfofuncional através da extração de 4 prés-molares. Sua cirurgia limitou-se basicamente a rotação do
plano oclusal e avanço de mento, com resultado estético insatisfatório. No segundo caso, de uma jovem com defi-
ciência de maxila, a Discrepância de Bolton anterior passou despercebida pelo ortodontista. Seu avanço de maxila
foi inferior ao desejado tendo em vista a necessidade de deixar os caninos em Classe I. Em ambos os casos, os
pacientes chegaram ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Alzira
Velano, em Alfenas – MG, já com aparelhos ortodônticos e afirmando estarem prontos para a cirurgia ortognáti-
ca. Claro fica, pois, que o planejamento multidisciplinar no início do tratamento é fundamental para obtenção de
resultados em nível de excelência.

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385 – CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE COM


ASSIMETRIA SEVERA DE FACE: RELATO DE CASO

Autores: HAROLDO ABUANA OSÓRIO JUNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);DA-
NIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA
GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: Assimetrias faciais representam uma das características clínicas mais comuns em pacientes com
diversos tipos de maloclusão. Podem ser causadas por alterações de desenvolvimento, anomalias congênitas,
presença de tumores, traumas, hiperplasia condilar unilateral, anquilose de ATM. As assimetrias menores e não
relacionadas a quadros patológicos são mais frequentes, sendo decorrentes de pequenas diferenças dimensionais
entre os dois antímeros faciais e, muitas vezes, passíveis de correção com o tratamento ortodôntico compensa-
tório. Para os pacientes que apresentam assimetrias mais importantes o tratamento de escolha deve se basear na
preparação ortodôntica, associada à abordagem cirúrgica ortognática. O planejamento para a correção de assime-
trias faciais é mais desafiador do que o necessário para a correção de deformidades sagitais, em decorrência do
envolvimento de movimentos tridimensionais mais complexos. A análise bidimensional cefalométrica apresenta
utilidade limitada nesses casos complexos, sendo necessária a avaliação imaginológica tridimensional através
de tomografias, bem como através da simulação cirúrgica direta em biomodelos. Considerando que simetria é
considerada um dos principais fatores envolvidos na atratividade da face, a correção dessas deformidades faciais
está diretamente relacionada ao bem estar dos pacientes no âmbito social, além de favorecer o funcionamento
do sistema estomatognático. O objetivo do presente trabalho concerne em relatar um caso de assimetria facial
importante, no qual a paciente foi submetida ao tratamento ortodôntico e cirurgia ortognática bimaxilar com
reposicionamento mentual.

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570 – INDICAÇÕES PARA O BENEFÍCIO ANTECIPADO EM


CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Autores: KESSIA NARA ANDRADE SALES (*) (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE URGÊNCIA DE CON-
TAGEM);MARIA DE FÁTIMA BATISTA MEDEIROS ALVES TEIXEIRA (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE
URGÊNCIA DE CONTAGEM); PROFº MS. CARLOS HENRIQUE BETTONI CRUZ DE CASTRO (); PROFº DR. SERGIO
MONTEIRO LIMA JUNIOR (); PROFªMS. FERNANDA BRASIL DAURA JORGE BOOS LIMA ()

Introdução: A correção das deformidades dentofaciais é realizada por meio de tratamento ortodôntico-cirúrgico
que consiste em uma fase ortodôntica pré-cirúrgica, cirurgia ortognática e uma finalização com ortodontia. O
paciente é submetido a um preparo ortodôntico extenso, com o objetivo de promover um alinhamento intra-ar-
cos com adequado posicionamento dentário nas bases ósseas, criando uma maior discrepância entre as arcadas
dentárias que consequentemente ocasiona uma piora temporária na estética do paciente. O benefício antecipado
consiste uma técnica em que o procedimento cirúrgico é realizado previamente ao tratamento ortodôntico e tem
como vantagens a redução do tempo total de tratamento, benefício psicológico e um menor tempo de uso do apa-
relho ortodôntico. O objetivo deste trabalho é apresentar as indicações do benefício antecipado em pacientes com
deformidades dento-faciais. Descrevendo o caso clínico de um paciente do sexo masculino com face curta, defi-
ciência ântero-posterior de mandíbula e mordida profunda sem tratamento ortodôntico prévio. Vários estudos
apontam que os pacientes avaliam a ortodontia como a pior parte do tratamento devido à estética e desconforto
dos aparelhos, além da demora no tratamento. Muitas vezes o paciente solicita uma rápida correção de seu perfil,
por insatisfação estética. O benefício antecipado permite melhoras significativas no início do tratamento, evitan-
do que o paciente tenha uma piora no aspecto facial por descompensação dentária, que está presente na maior
parte dos tratamentos orto-cirúrgicos convencionais, evitando um impacto psicológico negativo no paciente.
Esse tratamento é também indicado aos pacientes com problemas respiratórios e/ou ronco e apnéia do sono com
estreitamento das vias aéreas, uma vez que o avanço mandibular e avanço da maxila aumentam o diâmetro das
vias aéreas. Após a cirurgia ortognática o paciente inicia o tratamento ortodôntico. O benefício antecipado está
indicado quando a curva de Spee não se apresenta muito acentuada, pois pode dificultar o estabelecimento de
uma posição mandibular previsível. E necessário a estabilidade oclusal após a cirurgia, avaliada a partir da análise
dos modelos de gesso. Conclui-se que essa modalidade de tratamento resulta em excelentes resultados clínicos,
redução do tempo total de tratamento, além de evitar uma piora no perfil pré-operatório devido à descompensa-
ção dos incisivos e menor tempo de tratamento.

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574 – OSTEOTOMIAS SEGMENTARES DE MAXILA

Autores: LARISSA GONÇALVES CUNHA RIOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);VANESSA ÁLVA-
RES DE CASTRO ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); MARCELO CAETANO PARREIRA DA
SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); MATEUS ALVES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA); DARCENY ZANETTA-BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: A cirurgia ortognática consiste na principal forma de tratamento das desarmonias dentofaciais atra-
vés da associação entre a ortodontia e a cirurgia bucomaxilofacial. Alterações no crescimento dos ossos maxilares
podem ser de origem genética ou adquirida, podendo causar comprometimento da função mastigatória, fonética
e respiratória, além de desarmonia da face. O tratamento orto-cirúrgico difundiu-se principalmente com o ad-
vento das técnicas de fixação interna tornando as cirurgias mais estáveis, o planejamento 3D tornando-as mais
previsíveis, e a interação com a ortodontia a partir do diagnóstico fundamentado na análise facial. As osteoto-
mias de segmentação maxilar para correção de deformidades dentofaciais também tem se tornado cada vez mais
comuns. Tal procedimento permite correção das discrepâncias de comprimento de arco anterior, promoção de
estabilidade oclusal e aperfeiçoamento das intercuspidações dentárias, simplificando o tratamento ortodôntico.
Há diferentes tipos de osteotomias para segmentação maxilar, tais como em dois segmentos, em três segmentos
e quatro segmentos. A escolha da osteotomia é realizada de acordo com as necessidades clínicas, respeitando as
limitações de cada técnica. O objetivo deste trabalho é discutir as diferentes técnicas cirúrgicas de osteotomias
maxilares e apresentar um caso clínico de segmentação maxilar em 3 segmentos.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

584 – SEGMENTAÇÃO DE MAXILA ASSOCIADA A AUTO-


GIRO DE MANDÍBULA PARA CORREÇÃO DE DEFORMIDADE
DENTOFACIAL – RELATO DE CASO

Autores: JÉSSICA HALICE NORONHA (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);RAFAELA SCARIOT DE MORAES (UNIVERSI-
DADE POSITIVO); LEANDRO KLUPPEL (UNIVERSIDADE POSITIVO); ALEX LANDUCCI (UNIVERSIDADE POSITIVO);
NAYLIN DANYELE DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Introdução: Segmentação de maxila associada a auto-giro de mandíbula para correção de deformidade dentofa-
cial – relato de caso Autores: Jéssica Hálice Noronha, Alex Landucci, Naylin Danyele de Oliveira, Rafaela Scariot
e Leandro Kluppel As deformidades dentofaciais são descritas como modificações graves esqueletais e dentoal-
veolares que requerem tratamentos ortodônticos combinados com cirurgia ortognática. Os portadores dessas
deformidades podem apresentar assimetrias musculares, desvios funcionais e disfunções temporomandibulares
(DTM). A face longa tem um prognóstico desfavorável em termos de metas de correção ortodôntica e estabili-
dade. Geralmente manifesta-se precocemente, mantendo-se como padrão ao longo de todo o processo de cres-
cimento e desenvolvimento. Relatar o caso de uma segmentação de maxila. Relato de caso: Paciente CM, gênero
feminino, 23 anos, compareceu ao ambulatório de CTMBF da Universidade Positivo Curitiba PR com queixa
estética e funcional. Ao exame clínico notou-se mordida aberta anterior e incompetência de selamento labial,
além de deficiência anteroposterior de mandíbula. A paciente não queria realizar procedimento na mandíbula ou
mento. O plano de tratamento foi segmentação de maxila e auto giro de mandíbula, sob anestesia geral. A maxila
foi fixada com 4 mini placas 2.0 em L (pilar canino e zigomático) + 19 parafusos de 5 e 6mm. Após 13 meses, a
paciente encontra-se em acompanhamento, relata satisfação estética e funcional. Sendo assim, a segmentação de
maxila e auto giro mandibular mostrou-se uma boa opção de tratamento para face longa .

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

616 – HIPERPLASIA BILATERAL DO PROCESSO CORONOIDE DA


MANDÍBULA COM SEVERA LIMITAÇÃO DE ABERTURA BUCAL

Autores: HECTON TOMOHIKO OLIVEIRA SATO (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);JEAN GLAYD-
SON DE SOUZA FIALHO (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS); GUSTAVO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); YLRI HIROKATSU SATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZO-
NAS); JOSÉ AUSTREGÉSILO MENDES FILHO (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS)

Introdução: A hiperplasia idiopática do processo coronoide da mandíbula (HPCM) é uma rara desordem em que
se observa um crescimento anormal do tecido ósseo maduro no processo coronoide. HPCM é definida como uma
desordem incomum, onde por uma obstrução mecânica, causa limitação de abertura bucal¹. MURAKAMI (2000)
², o processo coronoide hipertrofiado entra em contato com a porção posterior da maxila, ocasionando limitação
dos movimentos mandibulares habituais, dor e trismo³’&#8308;. Identificada pelo Cirurgião-dentista, as dificul-
dades para realizar procedimentos intra-bucais devido à abertura bucal limitada&#8309;. A anormalidade é iden-
tificada geralmente na puberdade, agravando progressivamente ao longo dos anos e atingindo o grau máximo de
severidade no início da 3&#7491; década de vida&#8309;’&#8310;&#8242;¹&#8309;. Algum sinal ou sintoma
pode confundir com disfunções na articulação temporomandibular. Assimetria facial e limitação de movimentos
mandibulares em todas as direções são relatados na HPCM. Já desordens na ATM não costumam causar esse tipo
de limitação por longo período de tempo&#8309;&#8242;¹&#8310;&#8242;¹&#8311;. Muitas postulações têm
sido apresentadas para etiopatogênese da hiperplasia coronoide: atividade do músculo temporal, trauma, altera-
ções endócrinas&#8311;’&#8312;’&#8313;. O diagnóstico é baseado em achados clínicos e complementado por
exames de imagem, radiografias e tomografia computadorizada. Radiograficamente pode ser visualizado no exa-
me panorâmico como um alongamento e/ou um alargamento do processo coronoide²’¹&#8304;&#8242;¹¹. LIN
(1999) ¹³, descreve dois tipos de tratamento para a HPCM, o tratamento conservador, por meio de fisioterapia
mandibular, sendo indicado para a fase inicial do processo patológico e o tratamento cirúrgico, onde se remove o
processo coronoide por um procedimento denominado coronoidectomia, indicado para os casos mais avançados.
O tratamento cirúrgico por realizados por acesso intra-oral, tem demonstrado bons resultados¹&#8308;. Pacien-
te L.V.V, gênero masculino, 19 anos de idade, apresentando limitação de abertura bucal desde os 10 anos de idade,
agravando nos últimos 05 anos, associado a dor mastigatória, dificuldade de higienização. O paciente apresentava
desarmonia dento-facial do tipo classe III esquelética, atresia de maxila e mordida profunda. Solicitou-se exames
de imagens, constatando hiperplasia do processo coronoide acentuada. Foi proposto uma abordagem cirúrgica
envolvendo coronoidectomia em ambiente hospitalar sob anestesia geral com suporte da equipe de cirurgia torá-
cica. Realizou intubação nasotraqueal com auxílio de broncofibroscopio e acessos cirúrgicos intra-orais, obtendo
resultados imediatos de abertura bucal de 45 mm. Considerando a melhora significativa dos movimentos man-
dibulares, foi possível concluir que o tratamento adotado foi eficaz no tratamento da hiperplasia bilateral de pro-
cesso coronoide mandibular e a expansão mandibular complementou uma melhor relação maxilo-mandibular.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

696 – TRATAMENTO EM DOIS TEMPOS CIRÚRGICOS DE


PACIENTE PADRÃO FACIAL TIPO II COM ATRESIA DE MAXILA

Autores: FELIPE PELOGGIA (*) (INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - UNESP);MARCELO MAROTTA ARAÚJO
(RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUAMTOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL HOSPITAL POLICLIN/CLÍNICA PROF. DR.
ANTEN); IVAN J. M. OLIVEIRA (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUAMTOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL HOSPITAL
POLICLIN/CLÍNICA PROF. DR. ANTEN); ANDRÉ C. LOPES (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUAMTOLOGIA BUCO-
-MAXILO-FACIAL HOSPITAL POLICLIN/CLÍNICA PROF. DR. ANTEN); KAYO C. ALVES (RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E
TRAUAMTOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL HOSPITAL POLICLIN/CLÍNICA PROF. DR. ANTENO)

Introdução: A atresia de maxila é o tipo de deformidade dento-facial mais comumente encontrada e apresenta
etiologia multifatorial. Uma vez diagnosticada, através de exame clínico, exames radiográficos e análise de mo-
delos, e determinado o tipo de deficiência transversa da maxila (DTM) , que pode ser relativa ou absoluta, pode
ser empregado o tratamento, que pode ser ortodôntico, expansão rápida da maxila (ERM,) ou expansão rápida da
maxila assistida cirurgicamente (ERMAC). A ERMAC apresenta vantagens quando comparada com a ERM, entre
elas a aposição óssea no local da osteotomia, redução do risco de movimentação dentária e aumento da estabi-
lidade periodontal, e ambas apresentam suas indicações e contra-indicações precisas. O objetivo desse trabalho
é relatar um caso de ERMAC prévia à cirurgia ortognática e discutir as vantagens e desvantagens da realização
deste procedimento em um ou dois tempos cirúrgicos. Conclui-se que A ERMAC prévia à cirurgia ortognática
apresenta-se como uma opção viável e vantajosa quando comparada à osteotomia segmentar. A escolha de rea-
lizar o procedimento cirúrgico em uma ou duas etapas dependerá do paciente. No caso relatado, os dois tempos
cirúrgicos facilitaram o preparo ortodôntico, reduziram a morbidade da segunda cirurgia e possibilitou um ade-
quado posicionamento intermaxilar pós-operatório.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

707 – PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA FACIAL COMO


COMPLICAÇÃO EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE UM
CASO RARO

Autores: AECIO ABNER CAMPOS PINTO JUNIOR (*) (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG);FELIPE EDUARDO BAI-
RES CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UFMG); JOANNA FARIAS DA CUNHA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); WAGNER HENRIQUES DE CAS-
TRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG)

Introdução: Embora raro e pouco citado na literatura, o pseudoaneurisma pode ser uma complicação associada à
cirurgia ortognática e pode representar uma ameaça à vida do paciente, devido à possibilidade de ocorrência de
episódios graves de hemorragia. Descrevemos o caso clínico de um paciente submetido à cirurgia ortognática,
no Serviço de CTBMF do Hospital das Clínicas da UFMG, que apresentou, como complicação pós-operatória, a
formação de um pseudoaneurisma da artéria facial. O paciente evoluiu sem complicações no período pós-opera-
tório, durante os primeiros dez dias. Após esse período o mesmo apresentou três quadros hemorrágicos graves. O
diagnóstico de pseudoaneurisma da artéria facial foi estabelecido através de angiografia e, no mesmo momento,
a intercorrência foi tratada através de embolização, com histoacryl e lipiodol. Não foram observadas outras com-
plicações. O paciente apresenta-se em acompanhamento pós-operatório da cirurgia ortognática de 18 meses sem
queixas, com oclusão estável e satisfeito com o resultado obtido.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

729 – FRATURA ASSIMÉTRICA DO PROCESSO ALVEOLAR EM


EXPANSÃO CIRÚRGICA DA MAXILA: RELATO DE CASO

Autores: TÂMARA MARJORIE TARGINO DOS SANTOS LIMA BARROS DE (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PA-
RAÍBA);DERYCK ANTONNY DE SOUSA HENRIQUES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); MARCUS VINÍCIUS
SOUSA JANUÁRIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); YSLÁVIA PRISCCILLA SOARES (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DA PARAÍBA); FERNANDO ANTONIO PORTELA DA CUNHA FILHO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA
PARAÍBA)

Introdução: A expansão rápida da maxila cirurgicamente assistida (ERMCA) , procedimento cirúrgico que tem
como objetivo eliminar os pilares de reforço da maxila através de osteotomias para promover o aumento do seu
diâmetro transversal, é uma técnica amplamente utilizada para o tratamento de discrepâncias transversais da
maxila. No entanto, como qualquer cirurgia, pode apresentar algumas complicações, que apesar de ainda pouco
difundidas no meio cientifico são de fundamental importância para escolha de condutas pós-operatórios que
culminem no sucesso do restabelecimento estético e funcional do paciente. A fratura assimétrica do processo
alveolar da maxila, é uma complicação pós-operatória que deve ser lavada em consideração na escolha do pro-
tocolo de ativação do aparelho expansor, visto que a mesma promove uma tendência a invaginação apical das
fibras gengivais da região mesial dos incisivos centrais, podendo impedir a aposição do osso na direção coronal,
gerando defeitos ósseos complexos. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura dando ênfase às complicações
pós-operatórias em ERMCA, especificamente as fraturas assimétricas do processo alveolar e relatar um caso clí-
nico-cirúrgico de intercorrência após a ERMCA, propondo um novo protocolo de ativação do aparelho expansor.
Caso Clínico: Paciente, 37 anos de idade, foi encaminhado ao Serviço de Referência, para realização de ERMCA.
Ao exame radiográfico pré-operatório havia razoável distância entre as raízes dos ICS e ausência de periodontite.
A cirurgia foi efetuada com técnica de osteotomia Le Fort I subtotal com cinzelamento do septo nasal, do pro-
cesso pterigoide bilateral e, da sutura intermaxilar. Quando da separação das maxilas, notou-se traço de fratura
correndo oblíquo em relação à sutura intermaxilar. O diagnóstico de fratura assimétrica da crista alveolar foi con-
firmado por radiografias periapicais e oclusais. Foi proposto protocolo de ativação onde o paciente foi orientado
a realizar ½ volta do parafuso expansor por dia com intervalo de um dia, sendo ¼ pela manhã e ¼ à noite, até se
conseguir a expansão maxilar desejada. O paciente evoluiu com ausência de mobilidade dentária e, perda da in-
serção das fibras periodontais e, sem isquemia da mucosa. Conclusão: Com base na literatura e no caso relatado,
pode se concluir que a análise do tipo de fratura ocasionada no processo alveolar é se suma importância para a
determinação do protocolo de ativação do aparelho expansor e que o protocolo utilizado no tratamento do caso
foi clinicamente adequando mostrando-se capaz de controlar a resposta tecidual do paciente.

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741 – RELATO DE CASO CLÍNICO: CIRURGIA ORTOGNÁTICA


INICIANDO PELA MANDÍBULA

Autores: AECIO ABNER CAMPOS PINTO JUNIOR (*) (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG);FELIPE EDUARDO BAI-
RES CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN (HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UFMG); JOANNA FARIAS DA CUNHA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); WAGNER HENRIQUES DE CAS-
TRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG)

Introdução: A cirurgia ortognática, muito realizada atualmente, tem como intuito a correção de diversos tipos
de deformidades dento-esqueléticas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes que apresentam alguma de-
sarmonia facial, aliada a uma queixa que justifique a realização do procedimento. O objetivo deste trabalho é de
relatar o caso de uma paciente do gênero feminino, de 25 anos, que foi encaminhada, por seu ortodontista, ao
serviço de CTBMF do Hospital das Clínicas da UFMG, apresentando queixas estéticas e funcionais. À anamnese
não foram encontradas alterações sistêmicas e sua história médica não foi contribuitória. No exame físico, a
paciente foi classificada como padrão II de crescimento facial, apresentando incompetência labial de 08mm, ex-
posição gengival ao sorriso de 05mm ao nível dos incisivos centrais superiores e oclusão classe II de Angle com
overjet acentuado (06mm). Após avaliação clínica e imaginológica, a paciente foi diagnosticada como portadora
de excesso vertical de maxila e deficiência antero-posterior de mandíbula. O plano de tratamento constou de uma
abordagem ortodôntica visando a preparação para a cirurgia ortognática que visou a movimentação de reposição
superior de maxila e avanço mandibular. Após a preparação clínica e laboratorial o procedimento cirúrgico, sob
anestesia geral, ocorreu iniciando-se pela mandíbula, uma vez que a relação cêntrica não pôde ser obtida com
segurança durante o preparo pré-operatório. Através de osteotomias sagitais dos ramos mandibulares e Le Fort
I fixadas rigidamente, com placas e parafusos de titânio, os movimentos planejados puderam ser obtidos. O pro-
cedimento cirúrgico transcorreu conforme o planejamento e sem intercorrências. A paciente evoluiu sem compli-
cações no período pós-operatório e após 03 meses do procedimento o aparelho ortodôntico fixo foi removido e a
mesma apresenta-se com oclusão estável, sem queixas e satisfeita com o resultado.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

798 – BICHECTOMIA: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: VITOR JOSÉ DA FONSECA (*) (HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFMG);LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFMG); FELIPE EDUARDO BAIRES CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFMG);
JOANNA FARIAS DA CUNHA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFMG); WAGNER HENRIQUES CASTRO (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS - UFMG)

Introdução: A bichectomia é um procedimento cirúrgico indicado para pacientes que desejam redefinir, esculpir
ou melhorar seu contorno facial e que buscam redução de volume na região do músculo bucinador. Também é
indicada para indivíduos que apresentam uma pseudo-herniação do coxim adiposo. O presente trabalho relata
o caso de uma paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, que compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumato-
logia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, com queixas estéticas
e problemas de convívio social relacionados a aumento de volume bilateral na região do bucinador. A paciente
relatou possuir baixa auto-estima devido à alteração do seu contorno facial. Durante a anamnese, relatou fazer
uso diário de anticoncepcional oral, referiu quadro de sinusite crônica e negou outras comorbidades ou alergias.
Ao exame extrabucal, observou-se aumento de volume bilateral, de consistência macia, compatível com o tecido
mole fisiológico da face. Ao exame intrabucal, não foram detectadas alterações patológicas na mucosa. O plano
de tratamento proposto, aceito pela paciente, foi a realização de bichectomia bilateral, sob anestesia local. O
procedimento evoluiu sem intercorrências ou complicações no período pós-operatório. Atualmente, a paciente
se encontra no vigésimo primeiro mês pós-operatório e bastante satisfeita com o resultado alcançado, sendo
notória a atenuação do seu contorno facial.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

830 – PLANEJAMENTO INTEGRADO ENTRE IMPLANTODONTIA


E CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA O TRATAMENTO DE
DEFORMIDADE DENTOFACIAL.

Autores: VALESKA MARTINS REIS (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA);ANA KAROLI-
NE DE MORAIS PINA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA); FERNANDAFERRANDINI SAN-
TOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA); GIOVANNI GASPERINI (SERVIÇO DE RESIDÊN-
CIA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL HC/FO-UFG); MÁRIO SERRA FERREIRA (CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA)

Introdução: O Colapso oclusal oriundo das perdas de elementos dentários dificulta o tratamento das deformi-
dades dentofaciais. A condução destes casos requer do Cirurgião Bucomaxilofacial um conhecimento profundo
dos fundamentos oclusais e do restabelecimento da dimensão vertical. A instalação dos implantes osseointegra-
dos, dentro da base óssea corr, fornecendo assim uma oclusão satisfatória, auxilia no planejamento da cirurgia
ortognática. Este correto posicionamento torna-se extremamente importante para a estabilidade e êxito dos
procedimentos. Este trabalho tem o escopo de relatar um caso cirúrgico onde a paciente foi submetida a cirurgia
de enxerto autógeno proveniente da crista ilíaca, fornecendo assim dimensão adequada para posterior inserção
de implantes osseointegrados e reabilitação através da instalação de protocolo superior e inferior para auxiliar no
reposicionamento e movimentação dos maxilares durante a cirurgia ortognática, melhorando assim o prognós-
tico do caso.

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Apresentação: Cirurgia ortognática e estética facial

847 – BICHECTOMIA

Autores: ANDREZA MARIA CORREIA DE QUEIROZ (*) (UNIT);ARIANE HERNANDEZ DE BARROS (UNIT); IARA
PATRICIA DE MACEDO BENTO (UNIT); MARIANA LINS DA F. BARRETO ANGEIRAS² (UNIT); LUCIANO SCHWARTZ
LESSA FILHO³ (UNIT)

Introdução: A bichectomia nada mais é que a remoção de um tecido gorduroso, localizado na região das boche-
chas, que são chamados de corpo adiposo da bochecha mas conhecido como bola de bichat. Que foi descrito pelo
estudioso anatomista e fisiologista Marie François Xavier BICHAT, a qual levou seu sobrenome. Sendo um tecido
gorduroso, seu volume pode variar de acordo com o peso do paciente. Este trabalho, apresenta o sucesso cirúrgi-
co, realizado em uma paciente submetida à retirada do corpo adiposo da bochecha, pela técnica da bichectomia.
No procedimento cirúrgico, foi realizada anestesia local com incisão intraoral de 1 a 3 cm, na região do músculo
bucinador e masseter, relacionando-se com osso maxilar e os músculos pterigoideos e músculos temporais, com
retirada total das bolas de gordura e logo após realizada a sutura. O acompanhamento pós-operatório é simples
e logo serão vistos os resultados. Comumente a bichectomia é uma das cirurgias estéticas mais procuradas por
pacientes que não estão satisfeitos com sua aparência física, melhorando assim sua auto estima. Sendo indicada
para pacientes com aparecimento de dobras na pele e flacidez, pessoas que querem afinar a face e até mesmo em
casos de má formação congênita adquirida.

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856 – TRATAMENTO DO SORRISO GENGIVAL COM TOXINA


BOTULÍNICA: RELATO DE CASO

Autores: ISABELA WOLF GROTTO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE PAULISTA - FOUNIP);PA-
TRICIA RADAIC (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE PAULISTA - FOUNIP); JULIANA ANDERAOS
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE PAULISTA - FOUNIP); DOUGLAS R GOULART (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE PAULISTA - FOUNIP); JULIANA CAMPOS (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNI-
VERSIDADE PAULISTA - FOUNIP)

Introdução: A doença Botulismo foi descrita por Muller em 1793. Emile Van Ermengen isolou o Clostridium Bo-
tulinium, detectou a toxina e determinou a doença mediada e responsável por 30 casos de paralisia com 3 mortes.
Em 1950, Vernom Brooks prova que a toxina botulínica (BTX) bloqueia a liberação de acetilcolina nas extremi-
dades dos neurônios motores que induz o relaxamento do músculo. Diversas outras utilizações da BTX foram
sucessivamente descritas em diferentes condições clínicas relacionadas ao sistema nervoso, até que em 1990 o
FDA libera a BTX para tratamento de distonia cervical idiopática, hiper-hidrose axilar severa, linhas globulares,
desordens neurológicas, disfunções ATM incluindo parafunção, hipertrofia muscular, sialorréia e uso cosmético.
Relatamos um caso clínico de excesso vertical de maxila com exposição gengival ao sorriso tratado com aplicações
de BTX-A. A paciente F.R.A., gênero feminino, 28 anos, com queixa principal de exposição excessiva da gengiva
quando sorria. Ao exame clínico foi observado assimetria de sorriso, dificuldade de selamento gengival e overbi-
te. Na avaliação da dinâmica do sorriso, foi observada exposição completa dos incisivos maxilares mais exposição
variável de 5 a 12mm de gengiva da cervical dos dentes até linha do sorriso medida entre os dentes 16 ao 26. O
tratamento proposto foi orto-cirúrgico visando a correção esquelética, porém a paciente não considerou o opor-
tunidade cirúrgica naquele momento. Dessa forma, foi sugerido tratamento corretivo provisório com BTX-A da
marca BOTOX®. A diluição do BOTOX/100U em 4 ml/SF 0,9%, gerou uma solução de 2,5U/ml, aplicada na zona
entre o 1° e 2° estágio do sorriso, respectivamente estágio voluntário e espontâneo nos músculos Elevador do
Lábio Superior (ELS) , Zigomático Maior (ZM) , fibras superiores do Bucinador (B). Após 1 semana, apresentava
exposição de 5 mm na região dos dentes 24-26, e foi realizado um retoque de BTX-A nos músculos ZM e B. Em
15 dias apresentava total harmonia do sorriso, sem exposições. A BTX apresenta 7 formas distintas de neuro-
toxina. Utilizamos a tipo A (BTX-A) que atua na membrana plasmática pré-sináptica, a mais potente com efeito
duradouro e reversível. Seu mecanismo de ação impede a transmissão do impulso nervoso à placa motora do
músculo, enfraquecendo-o e assim reduzindo sua contração. Os efeitos clínicos ocorrem à partir do 3o dia da ad-
ministração, e atingem o efeito máximo em 15 dias mantendo um patamar moderado até a recuperação completa
do nervo em um período entre 3 a 6 meses. Podemos indicar no tratamento de sorriso gengival, com excesso
vertical de maxila que não desejam correção cirúrgica. A utilização da BTX-A no tratamento do sorriso gengival
é de caráter temporário, uma vez que os efeitos da toxina são remediados com a formação de novos receptores
nervosos, porém pode ser um elemento encorajador para o paciente realizar a correção cirúrgica posteriormente.

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Apresentação: Distracção osteogênica

56 – ANÁLISE DO OSSO NEOFORMADO POR DISTRAÇÃO


OSTEOGÊNICA SUBMETIDO À LASERTERAPIA E CAMPO
MAGNÉTICO EM MANDÍBULA DE COELHOS

Autores: ANGELO LUIZ FREDDO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);ADRIANA CORSETTI
(UFRGS); CAROLINE COMIS GIONGO (UFRGS); DEISE PONZONI (UFRGS); EDELA PURICELLI (UFRGS)

Introdução: A Distração osteogênica do esqueleto facial apresenta as possibilidades de tratamento para deformi-
dades dentofaciais e craniomaxilofaciais de diferentes etiologias. Para a otimização deste processo de alongamen-
to ósseo, o emprego do laser de baixa potência (LLLT) tem sido estudado por suas propriedades fotoquímicas
e fotobiológicas proporcionando maior neoformação óssea e maior rapidez na cicatrização do osso. Além disso,
sugere-se que o uso de campo magnético (CM) promove o aumento do metabolismo e da proliferação celular pro-
porcionando maior reparo ósseo. Dessa forma, esta pesquisa avaliou, em coelhos, o LLLT e o campo magnético
associado à técnica de distração osteogênica com o intuito de aferir a qualidade e quantidade do osso mandibular
neoformado. Dezoito coelhos, divididos em três grupos, 6 coelhos controle, 6 no grupo submetido à ação do cam-
po magnético e 6 no grupo LLLT. Em todos os animais foi realizada uma osteotomia da mandíbula e instalado
cirurgicamente um distrator osteogênico extraoral. A distração seguiu um mesmo protocolo nos três grupos, 05
mm a cada 12 horas durante uma semana, totalizando 7mm. No grupo CM foram instaladas arruelas imantadas
revestidas por ouro. Para o grupo laserterapia infravermelha, este foi aplicado a cada 48 horas, em 4 pontos de
5J/cm2 durante o período de consolidação do osso neoformado. Houve um período de 20 dias para a matura-
ção óssea e ao término foram realizadas as eutanásias. As peças ósseas foram analisadas através de microscopia
óptica com hematoxilina e eosina (HE) , Picrosirius e impregnação por prata (AgNor). Na análise microscópica
de HE, constatou-se grande quantidade de tecido ósseo neoformado no grupo com LLLT (64,74%) , grupo con-
trole (55,06%) e campo magnético (38,76%). Na análise com Picrosirius, observou-se uma média de produção
de fibras colágenas mais consistentes no grupo com campo magnético (60,37%) seguido do grupo do LLLT com
(55,35%) e com menor percentual o grupo controle (49,64%) , porém sem diferença estatisticamente significante
entre os grupos. Para verificar a intensidade da proliferação celular, utilizou-se a contagem de células com mais
de três AgNor e nesse parâmetro obteve-se maior marcação no grupo LLLT (32,33%) , controle (29,33%) e campo
magnético (26,16%) , com diferença estatística entre LLLT e CM. O grupo estimulado por LLLT apresentou a
maior quantidade de osso neoformado e maior quantidade de osteoblastos em fase de divisão celular. O grupo
estimulado por CM não teve diferença estatística comparado com o controle Palavras-chave: Distração osteogê-
nica; Laserterapia; Campo magnético.

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Apresentação: Distracção osteogênica

293 – DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA MANDIBULAR EM PACIENTE


COM SÍNDROME DE PIERRE ROBIN: RELATO DE CASO

Autores: LUIZ CARLOS ALVES JÚNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);HAROLDO
ABUANA OSÓRIO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMA-
NO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN-
DE DO NORTE)

Introdução: A Síndrome de Pierre-Robin refere-se à associação de micrognatia, glossoptose e fenda palatina em


forma de “U”. A fenda palatina é encontrada em cerca de 73-90% dos casos. Nesta síndrome pode ser encontrada
variados graus de obstrução das vias aéreas superiores (com ou sem hipoxemia) levando a problemas de alimenta-
ção e de crescimento. A obstrução das vias aéreas pode ocorrer espontaneamente ou com a alimentação, durante
a vigília, bem como durante o sono. A literatura atual revela que a distração histogênica como uma modalidade
de tratamento que se realizada ainda na fase de crescimento do paciente o benificia em vários aspectos evitando
a traqueostomia e melhorando a permeabilidade das vias áeras. Paciente G.B.S., 4 anos de idade, foi encaminha-
do ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) buscando alternativas para melhora da permeabilidade da via aérea superior. Na anamnese foi informa-
do que o mesmo era portador de Síndrome de Pierre Robin e que apresentava-se traqueostomizado desde o 18º
dia de nascimento. Aos 18 meses de nascido o mesmo foi submetido à uma palatoplastia sob anestesia geral. O
exame físico evidenciou a presença de um retrognatismo mandibular e incompetência labial, mordida aberta an-
terior e oclusão classe II de Angle. Paciente foi submetido à cirurgia sob anestesia geral para colocação de distrator
osteogênico na região de corpo mandibular bilateral, com acesso submandibular bilateral. Durante um período
de 10 dias o distrator foi ativado tendo um ganho de 10 mm de corpo mandibular. Após 3 meses, o distrator foi
removido. O paciente encontra-se com 1 ano de acompanhamento, com melhora na permeabilidade da via aérea
superior, estética facial satisfatória, está em desmame da traqueostomia. A distração mandibular com dispositi-
vos internos é um método útil e confortável para paciente em fase de cresimento para o posicionamento anterior
da mandíbula com objetivo de aumentar o espaço aéreo faríngeo.

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Apresentação: Distracção osteogênica

754 – ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DO PADRÃO DE RUGOSIDADE


PALATAL APÓS PROCEDIMENTO DE EXPANSÃO DA MAXILA

Autores: VINICIUS BALAN SANTOS PEREIRA (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP/
UPE);AUGUSTO CESAR PEREIRA DE OLIVEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP/UPE);
FABIANA DE GODOY BENE BEZERRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP/UPE); ANTONIO
AZOUBEL ANTUNES (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP/UPE); GABRIELA GRANJA PORTO
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP/UPE)

Introdução: A rugoscopia palatal ocupa lugar de destaque na identificação humana. Mas, ainda não há evidência
de que podem ocorrer mudanças no padrão morfológico de rugosidade palatal após realização de procedimentos
na maxila, e se de fato ocorrem até que ponto podem influenciar e colocar em dúvida a efetividade e confia-
bilidade deste método alternativo de identificação. O presente estudo terá como objetivo analisar as mudan-
ças de padrão morfológico de rugosidade palatal de pacientes submetidos à expansão da maxila e comparar os
padrões morfológicos das rugas palatais antes e após o tratamento. Esse estudo foi do tipo prospectivo e foi
desenvolvido, na Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP/UPE) , Camaragibe-PE. Participaram desta
pesquisa pacientes do ambulatório da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da (FOP/UPE)
, que foram submetidos ao procedimento de expansão maxilar com aparelho do tipo Hyrax. Modelos de estudo
do pré-tratamento e na finalização do tratamento foram realizados para avaliação. A amostra foi dividida em três
grupos: Grupo A: modelos de estudo em gesso de pacientes, registrados no período pré-tratamento da expansão
da maxila; Grupo B: modelos de estudo dos mesmos pacientes, registrados após expansão da maxila; Grupo C:
modelos de estudo de pacientes hígidos, escolhidos aleatoriamente, sem modificação na maxila – controle. Fo-
ram utilizadas as classificações de Thomas e Kotze (1983) e Hauser et al. (1989) modificadas, de acordo com a
morfologia das rugas primárias, forma da papila incisiva, direção do alinhamento das rugas e morfologia da rafe
palatina mediana. Aplicou-se uma segunda classificação de acordo com Santos (1954).Para avaliação dos resulta-
dos foi utilizada estatística descritiva tais como média, desvio padrão e percentual. A amostra compreendeu 16
pacientes no grupo A (pré-tratamento); 16 pacientes no grupo B (pós-tratamento) e 16 no grupo C (pacientes
sem tratamento – grupo controle). Com relação a morfologia das rugas primárias foi visto que 81,25% dos casos
houve alteração se comparado o grupo A com o grupo B. A forma ramificada foi a mais prevalente em ambos os
lados (31,25%) dos dois grupos. A forma da papila incisiva mostrou alterações em 68,75% dos casos ao comparar
o grupo A com o grupo B. A forma mais prevalente foi a diamante (37,5%) , seguido da mínima com 31,25% para
ambos os grupos. A direção do alinhamento das rugas mostrou-se alteradas em 56,25% dos casos na comparação
entre grupos. O alinhamento horizontal foi o mais frequente em 56,25% dos casos. A morfologia da rafe palatina
mediana mostrou-se alterada em 56,25% dos casos quando comparados os grupos A e B. A forma reta da rafe
palatina foi a mais frequente em 43,75% seguida da ondulada com 37,5%. A morfologia das rugas palatinas pode
sofrer alteração com a expansão da maxila, o que pode interferir na identificação se for utilizado este método e
colocar em dúvida a efetividade e confiabilidade neste grupo de pacientes.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

24 – INCORPORAÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO


HUMANO RECOMBINANTE (RHGH) EM MATRIZ DE POLÍMERO
BIODEGRADÁVEL

Autores: RICARDO FERNANDES GARCIA (*) (PUC RS);ROGÉRIO MIRANDA PAGNONCELLI (); ALINE ADELAIDE
PAZ DA SILVA DUARTE (); FERNANDA BOINGA

Introdução: Objetivo: Incorporar o hormônio de crescimento recombinante humano em um polímero biode-


gradável (PLGA). Material e método: As matrizes foram confeccionadas através da técnica de evaporação de
solventes. Foi feita uma mistura do polímero (poli ácido glicólico lático) e do hormônio do crescimento humano
recombinante (Saizen® Merck Serono S.A. Aubonne, Suíça). Essa mistura foi vertida em moldes de silicone cir-
culares de 01cm de diâmetro e aproximadamente 02mm de espessura e levadas para secagem em uma câmara
de evaporação de solvente por 48 horas. Após esse período, as matrizes foram imersas em PBS e passaram por
um banho termostatizado (ensaio de degradação hidrolítica) , in vitro, à temperatura de 37°C. As amostras foram
retiradas do banho no intervalo de 01, 02, 03, 04, 07, 10, 14 dias. Foi aferida a perda de massa, variação do pH
e concentração do hormônio liberado em função do tempo. Resultado: A concentração do hormônio liberado em
função do tempo foi aumentando ate o terceiro dia. No quarto dia, houve uma queda e, no sétimo, ocorreu um
aumento do hormônio liberado, estendendo-se até o décimo dia, no décimo quarto dia houve queda novamen-
te. O pH teve uma queda brusca de 7.4 para 3.2 no primeiro dia e mantendo uma pequena queda até o décimo
quarto dia. A perda de massa foi gradual, em relação ao tempo, como já era esperado. Conclusão: O PLGA é um
bom biomaterial para confecção de matrizes com hormônio do crescimento. Revelou-se possível incorporar o
rhGH nessa matriz, de modo a, então, desenvolver-se um substituto ósseo. Descritores: Polímeros; hormônio do
crescimento; biodegradação.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

65 – RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM


ENXERTO DE CRISTA ILÍACA, E REABILITAÇÃO ORAL EM
PACIENTE COM TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTO:
RELATO DE CASO.

Autores: LUIS CLAUDIO CARDOSO DOS SANTOS (*) (UFBA);IGOR ALEXANDRE DAMASCENO SANTOS (UFBA);
LUCIANO MACÊDO (HGCA); DANIEL GALVÃO (SESAB); RAVY CARVALHO (SESAB)

Introdução: O tumor odontogênico queratocístico é uma lesão intraóssea de comportamento invasivo com altas
taxas de recidiva em pacientes do sexo masculino na segunda década de vida. Dentre as opções de tratamento
estão a enucleação completa do tumor com minuciosa curetagem óssea à descompressão, ressecção cirúrgica do
tumor e marsupialização. Esses procedimentos reconstrutivos podem ser realizados sob a forma de enxertias
ósseas, onde as zonas doadoras são removidas da fíbula, crista ilíaca, costelas tem sido utilizados com sucesso em
regiões maxilo-mandibulares e nariz. Como forma de maximizar o sucesso das enxertias ósseas, a Oxigenoterapia
Hiperbárica (0H) tem sido aplicada com o objetivo de aumentar a tensão de oxigênio para promover regeneração
tecidual por alterações na reatividade vascular, angiogênese, produção de radicais livres, síntese de citocinas, e
na modulação da resposta imune. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é apresentar um caso clínico de
reconstrução mandibular pós-ressecção de tumor odontogênico ceratocístico, bem como a utilização de enxerto
ósseo autógeno de crista ilíaca e reabilitação com implantes e prótese dentária.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

82 – AVALIAÇÃO DO REPARO ÓSSEO EM FÊMUR DE RATO COM


O USO DE CÉLULAS-TRONCO ASSOCIADAS A IMPLANTE DE
CIMENTO DE FOSFATO DE CÁLCIO OU ESPONJA DE GELATINA
ABSORVÍVEL

Autores: RAISA MALDONADO SEVERO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);LUIS ALBERTO
SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ADRIANA CORSETTI (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL); NANCE NARDI (UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL); EDELA PURICELLI (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: AVALIAÇÃO DO REPARO ÓSSEO EM FÊMUR DE RATO COM O USO DE CÉLULAS-TRONCO


ASSOCIADAS A IMPLANTE DE CIMENTO DE FOSFATO DE CÁLCIO OU ESPONJA DE GELATINA ABSORVÍ-
VEL Corsetti, A; Nardi, N B; Maldonado, R.; Puricelli, E Este estudo busca avaliar, por resultado histológico, o re-
paro ósseo baseado na aplicação de células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (CTAD) , através do
preenchimento das cavidades cirúrgicas com bloco de cimento de &#61537;-fosfato tricálcico (&#945;-CFtC) e
esponja de gelatina absorvível (EGA). Metodologia: Foram usados 32 ratos da espécie Rattus novergicus albinus,
linhagem SHR, isogênicos, divididos em quatro grupos, mortos com sete, 14, 30 e 60 dias de pós-operatório. Na
diáfise óssea de fêmures (direito) , houve a confecção de duas cavidades: Controle 1 (C1) ou Teste 1 (T1) , locali-
zados na porção proximal do fêmur; Controle 2 (C2) ou Teste 2 (T2) , localizado na porção central do fêmur. No
leito T1 foi implantado o bloco de &#945;-CFtC, pré-incubado com CTAD, e em T2, fragmento de EGA associada,
no transcirúrgico, às CTAD. No leito C1, foi implantado o bloco de &#945;-CFtC, e no leito C2, fragmento de
EGA. Os leitos C1 e C2 não receberam as células-tronco. Avaliou-se o reparo ósseo, comparativamente entre os
grupos estudados, através de análise descritiva histológica e histomorfométrica. Resultados: Aos sete e 60 dias
pós-operatórios, observou-se que no Grupo Teste, que utilizou o bloco de &#945;-CFtC, houve uma aceleração no
processo de reparo ósseo, com maior neoformação óssea e maior oclusão da cavidade. O mesmo observou-se na
cavidade do Grupo Teste que continha o EGA com associação de células-tronco, aos 14 dias pós-operatórios. No
Grupo Controle que recebeu o EGA, de 14 e 30 dias, observou-se intensa fibroplasia, o que não foi verificado nos
demais grupos. Conclusões: A utilização de células-tronco, associadas aos biomateriais (&#945;-CFtC e EGA) ,
mostrou aceleração do processo de reparo ósseo, em ratos, quando comparadas às cavidades sem células. As cavi-
dades preenchidas com EGA, que não receberam células-tronco, quando comparadas com as cavidades que rece-
beram as CTAD, aos 14 e 30 dias, apresentaram intensa fibroplasia e consequente atraso na ossificação endóstea.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

147 – REABILITAÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA UTILIZANDO


PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA (BMP) – RELATO DE CASO

Autores: EDSON LUIZ CETIRA FILHO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);SAULO ELLERY SANTOS (UNI-
VERSIDADE DE FORTALEZA); JOÃO HILDO DE CARVALHO FURTADO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
CEARÁ);

Introdução: O objetivo do presente trabalho é relatar o tratamento de um paciente que compareceu ao setor de
Odontologia da Universidade Federal do Ceará em Fortaleza/CE, buscando reabilitação de maxila atrófica. Ao
realizar exames tomográficos, juntamente ao exame clínico, constatou-se a atrofia em maxila na região anterior.
Maxilas atróficas podem estar relacionadas com ausências dentárias e, além disso, com o decorrer dos anos a taxa
de reabsorção óssea passa a ser maior que a de neoformação no respectivo leito ósseo. A extração de dentes é con-
siderada como o ponto de partida da atrofia maxilar via estimulação da atividade dos osteoclastos. Quanto à rea-
bilitação do paciente, os implantes de titânio são muito utilizados nas clínicas odontológicas, oferecendo ótimos
resultados estéticos e funcionais, onde posteriormente é utilizada uma prótese implantossuportada. Porém, a
instalação dos implantes requer tecido ósseo de ótima qualidade e em quantidade suficiente, sendo os insucessos
geralmente relacionados à falta de integração da superfície de titânio com o tecido ósseo neoformado ao redor do
implante. Muitos materiais têm sido utilizados na tentativa de promover a formação e reparação do osso perdido
e melhorar a osseointegração dos implantes, entre eles as proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) , substâncias
osteoindutoras que iniciam o desenvolvimento dos tecidos através da estimulação da conversão fenotípica de
células indiferenciadas em células condroprogenitoras e osteoprogenitoras. Segundo alguns estudos em animais,
as BMPs são capazes de estimular a regeneração óssea, promover o preenchimento de defeito ósseo maxilo-man-
dibulares e de perdas ósseas causadas por doença periodontal, participar da regulação do crescimento esquelético
normal e da remodelação óssea em doenças metabólicas e acelerar a osseointegração e a formação óssea ao redor
do implante. A maxila apresenta certas características que podem dificultar o tratamento reabilitador, devido ao
alto padrão de reabsorção óssea e a presença de acidentes anatômicos, além da predominância de osso esponjoso,
onde o Cirurgião-dentista deve atentar para tais características no momento do planejamento reabilitador. A
atrofia óssea e às consequentes mudanças do tecido mole devem ser consideradas na reabilitação dentária, pois
tais fatores tornam estas reabilitações complexas e de resultados nem sempre satisfatórios. Pacientes que apre-
sentam maxilas atróficas muitas vezes possuem rebordo alveolar remanescente inviável à instalação de implantes
osseointegráveis convencionais. Portanto, a utilização de BMPs visa à restabelecer o volume e a qualidade óssea
perdida, melhorando o prognóstico quanto à utilização de implantes, onde tais BMPs são instaladas junto a um
aparato de retenção de tal composto, gerando aumento de volume ósseo maxilar em altura e em espessura.

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186 – RECONSTRUÇÃO DE MANDÍBULA ATRÓFICA POR MEIO


DA TÉCNICA SANDUÍCHE INVERTIDO: RELATO DE CASO

Autores: ANTONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);RO-
DRIGO RODRIGUES RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA
GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: O edentulismo é uma doença que afeta a população mundial, sendo a maioria pessoas idosas e po-
bres. Um dos mais desafiadores procedimentos em cirurgias reconstrutivas é a reabilitação de pacientes porta-
dores de mandíbulas atróficas. Pacientes com estes defeitos apresentam aparência senil, são severamente debili-
tados sob o ponto de vista funcional, e frequentemente apresentam um risco significativamente aumentado de
sofrerem fraturas patológicas da mandíbula. Atualmente a associação de implantes osseointegrados aos enxertos
ósseos autógenos parece ser a melhor maneira de tratar a atrofia óssea dos maxilares de uma maneira efetiva
e com resultados duradouros. Será apresentado o caso clínico referente a uma paciente do sexo feminino que
compareceu ao setor de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFRN com queixas funcionais diante de
prótese inferior mal adaptada. No exame físico inicial observa-se reabsorção mandibular severa, com perda em
altura e espessura, e na tomografia altura óssea inferior à 7 mm com superficialização do nervo alveolar inferior.
Planejou-se reconstrução óssea pela técnica do Sanduíche Invertido, por meio de acesso extra-oral e enxerto de
crista ilíaca. Realizou-se o acesso trans-cervical com exposição das superfícies superior e inferior do corpo man-
dibular e posicionamento e fixação de blocos córtico-medulares de crista ilíaca nessas por meio de parafusos. A
ferida cirúrgica foi fechada por primeira intensão. No pós-operatório de 4 meses, foi observado uma melhora no
contorno facial, associado a um ganho em altura mandibular (15-17mm) , confirmado por meio de tomografia
computadorizada, na qual observa-se bom posicionamento e integração dos enxertos. A paciente não apresenta
queixas neurossensoriais. Aos 5 meses de pós-operatórios realizou-se a cirurgia para instalação de quatro im-
plantes em região interforame para posterior reabilitação, os quais apresentaram bom travamento e estabilidade
primária. Atualmente a paciente encontra-se com 3 anos de pós-operatório, com boa evolução e sem queixas
funcionais ou estéticas.

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218 – ENXERTO ÓSSEO SECUNDÁRIO EM PACIENTE COM


FISSURA LÁBIO-PALATINA – RELATO DE CASO

Autores: TIAGO STANGARLIN FORGIARINI (*) (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL);GUSTA-
VO LARA ACHOA (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); ANTONIO EUGENIO MAGNABOS-
CO NETO (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); LEONARDO LUCAS REINERT (HOSPITAL
MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); LEVY HERMES RAU (HOSPITAL JOANA DE GUSMÃO, FLORIANÓ-
POLIS, SC, BRASIL)

Introdução: Resumo: Introdução: A fissura labiopalatal é uma malformação congênita frequente da face com in-
cidência de 1 para cada 650 nascidos vivos. É imperativa a necessidade dos pacientes fissurados serem avaliados
e acompanhados em centros de referência por equipe interdisciplinar. Objetivo: Relato de caso de uma paciente
com diagnóstico de fissura lábio palatina transforame incisivo em que foi realizado enxerto ósseo secundário
tendo a crista ilíaca como área doadora. Metodologia: Paciente do gênero feminino, 10 anos, meloderma, com
diagnóstico de fissura lábio palatina transforame incisivo em acompanhamento pelo Núcleo de Pesquisa e Rea-
bilitação de Lesões Lábio Palatais (NPRLLP) de Joinville / SC - Centrinho “Prefeito Luiz Gomes” – Joinville que
foi submetida a cirurgia de enxerto ósseo secundário em região de fissura lábio palatina. Discussão: O enxerto
ósseo secundário promove a estabilização do arco dental do paciente melhorando a simetria da face do paciente
permitindo a erupção dos elementos dentais permanentes e o fechamento da fistula oro nasal. A crista do osso
ilíaco tem sido relatada como melhor área doadora por ter boa qualidade óssea e que oferece a quantidade óssea
necessária a ser enxertada com morbidade mínima. Conclusão: O acompanhamento pós-operatório justifica a
realização de enxerto ósseo e cirurgias prévias notando-se melhora da estética facial e, portanto a satisfação
do paciente quanto a sua interatividade social. Palavras chave: fissura palatina, transplante ósseo, fissura. Refe-
rências AUROUZE, Catherine et al. The Presurgical Status of the Alveolar Cleft and Success of Secondary Bone
Grafting. Cleft Palate Craniofac J, Minneapolis, EUA, v. 2, n. 37, p. 179-184, mar. 2000. BOYNE, Philip J. Use
of Marrow-Cancellous Bone Grafts in Maxillary Alveolar and Palatal Clefts. Journal of Dental Research, Los
Angeles, EUA, v. 53, n. 4, p. 821-824, 1974. KAWAKAMI, Shingo et at. Longitudinal Evaluation of Secondary
Bone Grafting Into the Alveolar Cleft. Cleft Palate Craniofac J. Tokushima, JP, v. 40, n. 6, p. 569-576, nov. 2003.
OZAWA, Tomomichi et al. Factors Influencing Secondary Alveolar Bone Grafting in Cleft Lip and Palate Patients:
Prospective Analysis Using CT Image Analyzer. Cleft Palate Craniofac J, Yokohama, JP, v. 44, n. 3, p. 286-291,
maio 2007. SILVA FILHO, Omar Gabriel da et al. Comportamento do canino permanente na área da fissura fren-
te ao enxerto ósseo secundário. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial, Bauru, BR, v. 4, n. 5, p. 9-19, set-out. 1999.
TURVEY, Timothy A. et al. Delayed bone grafting in the cleft maxilla and palate: a retrospective multidisciplinary
analysis. Am J Orhod, Chapel Hill, EUA, v. 3, n. 86, p. 244-246, set. 1984. 48

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

220 – ENXERTO ALÓGENO PARA GANHO ÓSSEO EM MAXILA


PARA INSERÇÃO DE IMPLANTE

Autores: REBECA KAREN ALMEIDA DE MORAIS (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ);LUCAS
FORMIGA ARAÚJO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); CAMILA MENEZES COSTA CASTE-
LO BRANCO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); UBIRAJARA GALDINO PEREIRA (CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); TALVANE SOBREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
- UNIPÊ)

Introdução: O osso alógeno vem ocupado lugar de destaque, nas inúmeras pesquisas realizadas com os materiais
que podem ser utilizados com a finalidade de recuperar a estrutura óssea perdida. Esse tipo de tecido ósseo tem a
característica de ser originado da mesma espécie que os receptores, mas de genótipo deferente. O tecido é obtido
de doadores vivos ou de cadáveres, sendo processado, armazenado e fornecido pelos chamados Bancos de Teci-
dos Músculo-Esquelético. E como o osso enxerto autógeno necessita de uma área doadora (intra ou extra-oral) e
como isso aumenta a morbidade do pós-operatório. Isso levou os pesquisadores a procurarem outro substituto
para os procedimentos de enxertia óssea. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar tomograficamente o ganho ós-
seo, em pacientes que foram submetidos aos procedimentos de colocação de enxerto alógeno córtico-medular em
bloco, em região anterior de maxila atrófica, analisando as alterações volumétricas dimensionais e lineares atra-
vés das tomografias computadorizadas de feixe cônico, por meio dos softwares iCATVisio (mensurações lineares)
e Simplant Crystal Pro (mensurações volumétricas). Essas tomografias foram obtidas no pré-operatório (antes da
colocação dos enxertos) , 15 dias após e 6 meses após os enxertos. Foram analisados um total de sete pacientes,
quatro mulheres e três homens, com idade variando entre 30 e 70 anos, sendo fixados, no máximo dois blocos
de enxerto alógeno córtico-medular em cada indivíduo, na região anterior da maxila, portanto, foram fixados 14
blocos no total. Após seis meses os parafusos de fixação dos enxertos foram removidos e pôde ser notado que
os blocos apresentavam-se com uma consistência firme, bem incorporados e vascularizados, apresentando um
grau de reabsorção considerável, semelhante aos dos enxertos autógenos. E então foram instalados os implantes
osseointegráveis. Os resultados demonstraram que o osso alógeno representa uma boa alternativa ao osso autó-
geno, mesmo em defeitos mais críticos, mostrando-se satisfatório em seus resultados.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

231 – ESTUDO SPLIT-MOUTH ENTRE BIOMATERIAIS DE


ORIGEM XENÓGENA ASSOCIADOS OU NÃO AO PLASMA RICO
EM PLAQUETAS EM ALVÉOLOS PÓS-EXODÔNTICOS DE
CÃES: ANÁLISE HISTOMORFOMÉTRICA PELA TÉCNICA DE
PICROSIRIUS RED

Autores: CAROLINE RESQUETTI LUPPI (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ);WILLIAN PECIN JACO-
MACCI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); JACQUELINE NELISIS ZANONI (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE MARINGÁ); ÂNGELO JOSÉ PAVAN (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); EDEVALDO TADEU CAMARINI
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ)

Introdução: Reabilitar defeitos ósseos alveolares severamente atrofiados de forma previsível continua a ser um
motivo de preocupação em implantodontia. O objetivo deste trabalho é comparar, histologicamente, biomate-
riais de origem bovina (GenOx®) e equina (Bio-Gen®) associados ou não ao plasma rico em plaquetas (PRP) ,
analisando a maturidade óssea pela quantidade de colágeno maduro (tipo I) e imaturo (tipo III) presentes no
acompanhamento de 30, 60 e 90 dias pós-exodontia. Foram utilizados seis cães da raça Beagle, dos quais foram
extraídos os seis pré-molares da mandíbula. Os alvéolos continham, respectivamente: lado direito - Bio-Gen®
(grupo B) , coágulo (grupo C) , GenOx® (grupo G); lado esquerdo - Bio-Gen® associado ao PRP (grupo BP) , coá-
gulo associado ao PRP (grupo CP) e GenOx® associado ao PRP (grupo GP). Dois cães foram sacrificados em cada
acompanhamento e as peças foram histologicamente processadas e coradas por picrosirius red, um corante espe-
cífico para análise de diferentes tipos de colágeno. O biomaterial de origem bovina (GenOx®) apresentou maior
quantidade de colágeno maduro em 30 e 90 dias, ao passo que o biomaterial de origem equina apresentou alto
índice de colágeno imaturo em 90 dias. Grupos associados ao PRP se mostraram eficaz para a maior produção de
colágeno maduro e imaturo. O GenOx® associado ao PRP apresentou estágio mais avançado de maturação óssea,
sendo uma alternativa para preenchimentos de alvéolos pós-exodontia. Palavras chaves: Materiais Biocompatí-
veis, Regeneração Óssea, Bio-Gen, Genox, Plasma rico em plaquetas.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

266 – RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA:


VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO ORAL COM RHBMP-2
ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE
INSTALAÇÃO DE IMPLANTES

Autores: CAROLINE RESQUETTI LUPPI (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ);RÔMULO MACIEL LUSTOSA
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); PAULO NORBERTO HASSE (UNIVERSIDADE PARANAENSE); LILIAN
CRISTINA VESSONI IWAKI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); LIOGI IWAKI FILHO (UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL DE MARINGÁ)

Introdução: As técnicas de enxertia óssea são amplamente estudadas e discutidas para garantir tecido ósseo de
qualidade para a instalação dos implantes osseointegráveis. As proteínas morfogenéticas ósseas tipo 2 (rhBMP-2)
são uma alternativa osteoindutora para reconstruções extensas após ressecções tumorais. No entanto, a viabi-
lidade de rhBMP-2 para receber implantes osseointegrados e sua consequente reabilitação protética, ainda é
pouco descrita na literatura. Este trabalho relata o caso de uma reabilitação oral após ressecção de ameloblastoma
e reconstrução com rhBMP-2 e xenoenxerto. Paciente do gênero masculino, caucasiano, 44 anos de idade, quei-
xava-se de inchaço persistente em corpo mandibular direito a aproximadamente 24 meses, sem sintomatologia
dolorosa. Solicitou-se a realização de uma radiografia panorâmica, seguida de tomografia computadorizada para
melhor avaliação do caso. A avaliação tomográfica demonstraram uma lesão multilocular hipodensa em região de
corpo mandibular direito, com aproximadamente 4 cm. Realizou-se biopsia incisional, e a partir das característi-
cas microscópicas, a lesão foi diagnosticada como ameloblastoma sólido multicístico. O tratamento baseou-se na
ressecção segmentar da lesão, fixação da mandibula com placa e parafuso do sistema 2.4, seguida pelo uso off-la-
bel de rhBMP-2 associado à utilização de xenoenxerto de osso bovino. Após onze meses de acompanhamento,
não foi observado sinais e sintomas de recidiva da lesão e aspecto de boa neoformação óssea na área da ressecção.
Após este período o paciente foi reabilitado com implantes osteointegrados e 18 meses após a primeira cirurgia,
foram confeccionadas as próteses sobre implantes. O paciente encontra-se em acompanhamento, no momento
sem recidiva, e com a função mastigátoria recuperada após o tratamento da lesão, mostrando que a utilização da
rhBMP-2 associado à utilização de xenoenxerto pode ser um opção viável e menos morbida para reabilitação de
pacientes após tratamento de tumores odontogênicos. Palavras-chave: proteínas morfogenéticas ósseas, recons-
trução mandibular, xenoenxerto, implantes dentários.

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269 – ALTERNATIVAS NA RECONSTRUÇÃO DO OSSO DO SEIO


MAXILAR

Autores: MARIA DE FATIMA BATISTA MEDEIROS ALVES TEIXEIRA (*) (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE
URGÊNCIA DE CONTAGEM);KÉSSIA NARA ANDRADE SALES (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE URGÊN-
CIA DE CONTAGEM); FERNANDA BRASIL DAURA JORGE BOOS LIMA (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
DE URGÊNCIA DE CONTAGEM); SERGIO MONTEIRO LIMA JUNIOR (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE
URGÊNCIA DE CONTAGEM); LEANDRO NAPIER DE SOUZA (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE URGÊN-
CIA DE CONTAGEM)

Introdução: A elevação do seio maxilar (sinus lift) é um procedimento de aumento ósseo, realizado através de
uma abertura na parede vestibular do seio e cuidadoso descolamento e reposicionamento superior da mucosa
sinusal. A técnica mais comumente utilizada para o sinus lift é a de túnel subperiostial, descrita primeiramente
em 1982. Dentre as diferentes classes de biomateriais utilizados nesse procedimento, temos: materiais osteo-
gênicos, que incluem todos os materiais que contém células vivas com capacidade para se diferenciar em tecido
ósseo (osso autógeno); materiais osteocondutores, que incluem materiais cerâmicos sintéticos com uma compo-
sição semelhante à matriz óssea inorgânica (hidroxiapatita, biocompostos a base de fosfato de cálcio); materiais
osteoindutores, como a proteína morfogenética óssea, xenógenos (proveniente de outras espécies). As caracte-
rísticas desejáveis para um material utilizado na reconstrução óssea do seio maxilar incluem: menor morbidade,
promoção de neoformação óssea em níveis adequados e custo acessível. O objetivo deste trabalho é revisar as
evidências da literatura quanto à utilização de osso autógeno, beta-tricalciofosfato e proteína morfogenética
recombinante humana como opções de enxerto para cirurgia de sinus lift. Exemplificação a utilização de beta-tri-
calciofosfato e osso autógeno como opções de enxerto para cirurgias de sinus lift. Há um consenso na literatura
de que o melhor padrão de neoformação óssea é obtido com enxertos autógenos. Troedhan et al., 2015 demons-
trou que a utilização de biomateriais a base de fosfato de cálcio, associados ou não com Fibrina Rica em Plaquetas
(FRP) , se mostra superior quanto à estabilidade do osso alveolar restaurado, com relação ao demais materiais
cerâmicos. Triplett et al., 2009 realizou um estudo piloto, randomizado, paralelo, em que comparou-se a proteína
morfogenética recombinante humana-2 (rhBMP-2) com osso autógeno para sinus lift, e observou a formação de
novo osso, travamento de colocação, carga e função de 6 meses a 2 anos. Em seus resultados, observou-se que
não havia diferença nos parâmetros histológicos dos dois grupos. Com base nisso, pode-se concluir que apesar
dos diferentes tipos de materiais disponíveis para cirurgias de sinus lift, o osso autógeno continua se mostrando
com melhor neoformação óssea e com menor custo.

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295 – RECONSTRUÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA COM


OSTEOTOMIA LE FORT I E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA:
RELATO DE CASO

Autores: LUIZ CARLOS ALVES JÚNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);DANIEL-
LE CLARISSE BARBOSA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA
GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: A reabilitação de maxilas severamente atróficas configuram um grande desafio na reabilitação bucal
na Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. A atrofia severa de maxila é tratada com procedimentos de enxerto e com siste-
mas de implantes osteointegrados. A osteotomia Le Fort I com reposicionamento baixo e para frente da maxila
em associação com enxerto de interposição é uma opção de tratamento para obter uma relação anatômica maxilo
mandibular correta além de restaurar o volume ósseo suficiente para a colocação do implante. O enxerto autóge-
no de crista ilíaca se destaca como o padrão ouro para essas reabilitações fornecendo propriedades de osteocon-
dução, osteoindução e potencial osteogênico. Paciente A. N. S., 44 anos de idade, compareceu ao ambulatório de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – UFRN com queixa de dor durante a mastigação e desaptação da
prótese inferior o que lhe acarretava prejuízos estéticos, sociais e psicológicos. Ao exame intrabucal a paciente
apresentava tambem mandíbula edentula atrófica. Como tratamento foi realizado Osteotomia Le Fort I com
enxerto onlay de crista ilíaca. Após 5 meses foi realizada a instalação de 7 implantes na maxila. Após 6 meses da
inserção dos implantes osseointegração dos implantes, o paciente foi reabilitado com uma protese tipo protoco-
lo. A paciente encontra-se com protese instalada há um mês e sem queixas. A osteotomia Le Fort I associada a
enxerto ósseo de crista iliaca é um procedimento eficaz na reabiliatção de maxila com atrofia severa e pode ser
indicado com boa previsibilidade de resultados.

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320 – RECONSTRUÇÃO MAXILO-MANDIBULAR COM OSSO


AUTÓGENO ASSOCIADO A RHBMP-2: RELATO DE CASO

Autores: SIRSA GESSYKA DE QUEIROZ RODRIGUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);MARCELO


DINIZ CARVALHO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS); FABIANO RITO MACEDO (UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL DO AMAZONAS); AMANDA LUZIA MOREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); GIORGE PESSOA
DE JESUS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS)

Introdução: A atrofia maxilo-mandibular é uma resposta comum à remodelação óssea após a perda de elementos
dentais, com alterações nas estruturas que o circundam e reabsorção óssea . A terapia com implantes osseoin-
tegrados é o tratamento de eleição para reabilitar pacientes edêntulos totais e parciais. Enxertos autógenos são
amplamente utilizados graças as suas propriedades : biocompatibilidade, disponibilidade, osteogenia, osteoindu-
ção, e osteocondução.Por se tratar do preenchimento de um defeito ósseo extenso, as regiões extra-orais são mais
convenientes, sendo o osso ilíaco comumente aceito como doador.Quando associoado à rhBMP-2, a reabilitação
é influenciada de forma positiva, na precocidade de formação óssea, promovendo maior mobilização, diferen-
ciação, organização e remodelação celular e abrevia o tempo de formação óssea.O estudo tem como objetivo
relatar o caso de um paciente E.S.B, gênero masculino, 65 anos chegou ao serviço queixando-se de dificuldade
de mastigação devido a má adaptação das próteses. Após avaliação clínica foi observado edentulismo total com
pouca área chapeável, principalmente na mandíbula, onde se verificou reabsorção severa. Ao exame de TC consta-
tou-se haver atrofia severa da mandíbula, sendo realizado uma reconstrução com enxerto autógeno (osso ilíaco)
associado a rhBMP-2 e instalação dos implantes no mesmo momento. Aguardou-se 9 meses para reabertura e
adaptação dos cicatrizadores, sendo observado boa neoformação óssea e osseointegração dos implantes. Em
seguida foi encaminhada para reabilitação protética, sendo adaptada prótese provisória, com boa estabilidade e
recuperação da função mastigatória, além da melhora estética. É perceptivel que este tipo de regeneração óssea
depende também da colaboração e aceitação do paciente, principalmente por se tratar de um método invasivo,
com possibilidade de morbidade desde o sítio doador do osso, até o incômodo da espera para a finalização do
tratamento e recuperação da função, estética e satisfação pessoal.Neste caso, foi possível observar o sucesso do
tratamento de enxerto autógeno associado a BMP, com boa recuperação da função mastigatória e estética para o
bem-estar e satisfação do paciente.

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347 – REPOSICIONAMENTO DE PRÉ-MAXILA COM ENXERTO


ÓSSEO ALVEOLAR BILATERAL EM PACIENTE FISSURADO:
RELATO DE CASO

Autores: FELIPE SEOANE MATOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);ANDRÉ VICTOR PINTO SERRA (OSID/
UFBA); PAULO RIBEIRO QUEIROZ NETO (OSID/UFBA); LEONARDO MORAIS GODOY FIGUEIREDO (OSID/UFBA);
ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (OSID/UFBA)

Introdução: As fissuras labiopalatinas estão entre os defeitos craniofaciais mais comuns ao nascimento, poden-
do envolver lábio e/ou palato, uni ou bilateral. Ocorre devido à falha no processo de formação do nariz, lábio e
palato na vida intra-uterina, causado por fatores genéticos ou ambientais ainda não bem especificados. Podem
ser classificadas de acordo com o acometimento de tecido ósseo e em relação ao forame incisivo como fissuras
completas ou incompletas, pré, pós ou transforame incisivo, bem como, uni ou bilateral. Dentre os problemas dos
indivíduos com fendas, existe a má oclusão, deformidade nasal, problemas na alimentação, problemas auditivos e
de fonação, bem como psicossociais. Quando acomete tecido ósseo (completa) bilateralmente, nota-se a presença
de uma pré-maxila por vezes projetada exageradamente e com mobilidade. O Objetivo do reparo da fissura alveo-
lar é estabelecer continuidade óssea no rebordo alveolar maxilar; fornecer suporte ósseo para dentes adjacentes
à fissura e vedar a comunicação entre o nariz e a cavidade bucal quando há fístula buconasal presente; melhorar
a simetria facial além de reintregrar esse indivíduo na sociedade. O momento apropriado para executar o reparo
cirúrgico é um dos assuntos mais debatidos, mas sempre deve existir uma abordagem multidisciplinar. Para o
reposicionamento da pré-maxila é necessário a utilização de enxerto ósseo autógeno, normalmente realizado na
fase de dentição mista, aproveitando a época de erupção do canino, permitindo um melhor crescimento da ma-
xila nos planos transversal e horizontal. As áreas doadoras para o enxerto podem ser da costela, calota craniana,
sínfise mandibular e crista ilíaca, preferencialmente corticomedular. O objetivo do presente estudo é apresentar
um caso de tratamento de reposicionamento de pré-maxila com enxerto ósseo bilateral, autógeno, de crista ilía-
ca em paciente com fissura transforame bilateral, aos 14 anos de idade, a qual possuía significativa projeção e
mobilidade do segmento. Enxerto de medular e cortical fixado com 4 parafusos do sistema 2.0, com realização
de esplintagem das unidades anteriores no pós-operatório. Paciente evoluiu com boa incorporação de enxerto e
ausência de mobilidade, bem como melhora em sua aparência facial.

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449 – EMPREGO DE SÍTIOS DOADORES ALTERNATIVOS PARA


ENXERTIA ÓSSEA EM IMPLANTODONTIA: RELATO DE CASO

Autores: ISABELLA CUNHA COSTA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);DANILO BATISTA MARTINS BAR-
BOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); TÂNIA LEMOS COELHO RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA PARAÍBA); PAULO GERMANO CARVALHO BEZERRA FALCÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); FABIA-
NO GONZAGA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O osso alveolar, após extrações, sofre um processo fisiológico de reabsorção que, muitas vezes, limita
a quantidade de osso impossibilitando a reabilitação por meio de implantes. Uma alternativa para sanar esse
problema se baseia no uso de enxertia óssea. Os enxertos ósseos podem ser classificados em: autógeno, quando
obtido e transplantado no mesmo indivíduo; alógeno, quando obtido de um indivíduo e enxertado em outro da
mesma espécie; exógeno, quando há transplante ósseo entre indivíduos de espécies diferentes. Desses esses, o
primeiro apresenta melhores propriedades biológicas e uma maior previsibilidade de sucesso. A escolha de áreas
doadoras depende do volume ósseo necessário e do tipo de defeito apresentado. Para pequenas deficiências, os
sítios intrabucais como o mento, região ascendente de ramo mandibular, tuberosidade e processo coronoide,
podem ser áreas doadoras. O uso dos tórus mandibulares e palatinos também é viável para tal fim. Seu emprego
não provoca defeitos estéticos, tem fácil acesso cirúrgico, não causa distúrbios sensoriais e vem acompanhado
de discreta morbidade pós-operatória, se comparada sítios mentonianos e retro-molares. Objetivo: O objetivo
do presente trabalho é descrever a técnica de remoção de tórus palatino com posterior utilização como enxerto
autógeno em região anterior de maxila. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 33 anos, leucoderma, apre-
sentava perda dos elementos 11, 12, 21 e 22, desejando reabilitá-los por meio de implantes dentários. Ao exame
clínic e imaginológico, constatou-se volume ósseo insuficiente na região com indicação de enxerto ósseo prévio à
instalação de implantes. Sendo a paciente portadora de tórus palatino, sugeriu-se a sua utilização como enxerto.
Após clivagem do bloco ósseo palatino com brocas tronco-cônicas de baixa rotação e sua remoção com cinzel
curvo sob pressão controlada, os enxertos foram modelados, adaptados ao sítio receptor e fixados com parafusos
de titânio. O osso particulado obtido por meio de coletor foi disposto ao redor dos blocos ósseos. Suturou-se com
fio de seda 4.0. No pós-operatório imediato, observou-se uma evolução favorável. O procedimento cirúrgico foi
bem-sucedido, proporcionando um ganho ósseo adequado para a instalação de implantes e posterior reabilitação
protética no setor interessado. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, pôde-se concluir que o enxerto
autógeno a partir de tórus palatino é uma alternativa viável para pacientes portadores dessa manifestação que
necessitam de instalação de implantes e possuem limitação de volume ósseo. Apesar das qualidades observadas,
ainda existem poucos relatos dessa natureza, necessitando de mais estudos acerca do tema.

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475 – USO DE OSSO ALÓGENO FRESCO CONGELADO


ASSOCIADO COM OSSO BOVINO MINERAL EM ENXERTOS DE
LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR

Autores: KARLA SANTOS PINTO (*) (UNIVERSIDADE TIRADENTES);RAFAEL DIAS (UNIVERSIDADE DE SÃO PAU-
LO); FELIPE PERRARO SEHN (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); SAMUEL PORFÍLIO XAVIER (UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO); THIAGO DE SANTANA SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES)

Introdução: A utilização de osso alógeno fresco congelado Bio-Oss® (OBM) são materiais conhecidos como substitutos
ao osso autógeno em cirurgias de levantamento de seio maxilar. O objetivo deste estudo foi avaliar clínica, histológica
e histomorfometricamente o processo de reparo de enxertos alógenos com e sem a utilização de OBM, utilizados em
técnicas de levantamento de seio maxilar em humanos. Neste estudo do tipo prospectivo, randomizado, tipo série de
casos, comparativo, foram operados 34 seios maxilares de pacientes de ambos os sexos, que apresentavam um rebordo
ósseo residual com altura máxima de 5 mm na região de seios maxilares para reconstrução em altura para cirurgias de
levantamento de seio maxilar prévia à reabilitação por implantes. Os pacientes foram divididos em a) Grupo Controle:
Dezessete (17) seios maxilares enxertados somente com a utilização de osso alógeno e b) Grupo Teste: 17 seios maxila-
res reabilitados com osso alógeno e OBM, na proporção de 2:1. Seis meses após a enxertia, no momento da instalação
dos implantes, amostras ósseas foram coletadas por meio de trefinas para análise histológica e histomorfométrica. Os
dados da investigação foram submetidos ao teste t de Student para amostras independentes empregado para compara-
ções entre os dois grupos, Mann-Whitney e testes de correlação foram aplicados. 29 pacientes com uma média de idade
de 51,32 anos (± 6,44) , foram divididos em grupos controle (17) e teste (12) , sendo 34 seios avaliados no total. Não
houve diferença estatística entre os grupos com relação à idade (p = 0,23) e ao gênero (p = 0,56). Mediana do torque
de inserção dos implantes foi de 32N para o grupo controle, e 45N para o grupo teste (p < 0,0001). Taxa de sucesso no
grupo controle foi de 93,02% e 100% no grupo teste. Análise histológica apresentou no grupo controle osso alógeno
residual com lacunas osteocíticas vazias e padrão lamelar; osso neoformado com lacunas osteocíticas com osteócitos
viáveis e padrão imaturo; osteoblastos em íntimo contato matriz osteoide, formando pontes entre os blocos de osso
alógeno e osso neoformado; osteoclastos em proximidade às áreas remodelação óssea; ausência de sinais de infiltrado
inflamatório; tecido conjuntivo; e no grupo teste, todos os ítens acima e osso bovino mineral. Histomorfometria: mate-
rial enxertado remanescente (p = 0,74); osso alógeno remanescente (35.78% ± 6.21% grupo controle,19.72% ± 10.42%
grupo teste; p < 0,0001); OBM remanescente no grupo teste (14,78% ± 8,67); osso neoformado (11.94% ± 1.71% gru-
po controle, 25.79% ± 8.76% grupo teste; p < 0,001); osso total (47.72% ± 5.6% grupo controle, 58.96% ± 8.1% grupo
teste; p < 0,001); tecido conjuntivo (52.27% ± 5.6% grupo controle, 41.45% ± 8.4% grupo teste; p < 0,01). Adicionar
OBM ao osso alógeno em cirurgias de levantamento de seio maxilar mostrou-se uma técnica de enxertia eficaz para a
instalação de implantes. Resultou em maior torque de inserção, porcentagens maiores de osso neoformado e osso total,
permitindo a instalação de implantes e reabilitação protética funcional.

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Apresentação: Enxertos ósseos e biomateriais

511 – EFEITO DO ÓLEO DE COPAÍBA EM DEFEITO ÓSSEO


EXPERIMENTAL NA MANDÍBULA DE RATOS WISTAR

Autores: LAÍS CORDEIRO MENDES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);PRISCILLA FLORES SILVA (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DO PARÁ); MARCUS VINICIUS HENRIQUES BRITO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ);
FLÁVIA SIROTHEAU CORREA PONTES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); LOUIZE CAROLINE MARQUES
OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Introdução: Muitas substâncias anti-inflamatórias são frequentemente utilizadas na prática clínica após o en-
xerto de osso e fraturas, visando minimizar os sintomas pós-operatórios clínicos, no entanto, o seu efeito no
tecido ósseo pode minimizar ou atrasar o processo de incorporação e afetar a reparação do tecido ósseo. Apesar
da sua ação anti-inflamatória comprovada, o efeito do óleo de copaíba na reparação do tecido ósseo não está bem
estabelecido. O objetivo deste estudo experimental foi avaliar a influência do óleo de copaíba em defeitos ós-
seos experimentais preenchidos com dois substitutos ósseos (biovidro e tecido adiposo) em mandíbula de ratos.
Avaliando histologicamente a composição do tecido ósseo formado. A metodologia utilizada foi a criação de um
defeito aleatório na mandíbula de quarenta e dois ratos, que logo em seguida foram preenchidos com biovidro
ou tecido adiposo. Os ratos foram divididos em dois grupos (GBIO e Gcel) que foram subdivididos em três sub-
grupos com sete animais cada, de acordo com a administração por sonda: controle (água destilada) , óleo (óleo
de copaíba) e Melox (meloxicam). A eutanásia foi realizada após quarenta dias de pós-operatório. A formação
óssea foi analisada quanto aos aspectos histológicos . Como resultado, observamos que atividade de osteoclastos
estava presente em apenas em quatro subgrupos (p = 0,78). Em relação à presença de osteoblastos, que era muito
semelhante entre os subgrupos, a diferença foi devida às Gcel-Melox (p = 0,009) , que apresentaram uma menor
atividade osteoblástica. As células inflamatórias foram mais evidentes no subgrupo Gcel-Melox, no entanto, não
houve diferença em comparação com os outros subgrupos (p = 0,52). A formação óssea foi observada em todos
os subgrupos, apenas dois animais não apresentaram qualquer formação óssea, mesmo depois de 40 dias. Mais
do que 50% de mineralização da matriz do osso foi observada em 56% (23 animais) das áreas analisadas. A mi-
neralização da matriz óssea não foi diferente entre os subgrupos (p = 0,60). Os subgrupos que receberam óleo de
copaíba mostraram reparação óssea, embora não estatisticamente significativa em comparação com os subgrupos
tratados com meloxicam ou controle. Óleo de copaíba administrado por sonda não teve efeito na reparação óssea
neste modelo experimental.

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523 – MODIFICAÇÃO DE ACESSO OCHSENBEIN-LUEBKE PARA


REMOÇÃO DE ENXERTO EM MENTO: RELATO DE CASO

Autores: FELIPPE ALMEIDA COSTA (*) (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA);HENRIQUE DE
CARVALHO PETEAN (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); VINICIUS TATSUMOTO FAVARINI
(HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HOSPITAL GERAL DE
VILA PENTEADO JOSE PANGELLA); ÉLIO HITOSHI SHINOHARA (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO JOSE
PANGELLA)

Introdução: A reconstrução óssea dos maxilares com enxerto ósseo autógeno, referido como “padrão ouro” na
literatura, é opção viável e previsível para reestabelecer a anatomia alveolar alterada por processos fisiológicos e
patológicos na maxila e mandíbula. Entre os principais sítios intraorais doadores de tecido ósseo estão a tubero-
sidade maxilar, corpo, sínfise e ramo mandibular, borda inferior da mandíbula, processo corónoide e exostoses. O
enxerto de mento ou de sínfise mandibular é de grande valia para a realização de reabilitações. As vantagens dessa
área são: acesso fa¬cilitado, boa quantidade óssea disponível, variando de 1 a 3 cc, enxerto córtico-medular, mor-
bidade e tempo cirúrgicos menores comparativamente a outras áreas doadoras. Entre as desvantagens citadas na
literatura estão a maior intensidade e duração da dor pós-operatória, alterações sensitivas em torno de 43% dos
casos, ptose de lábio inferior e alterações do perfil facial. As técnicas usadas tradicionalmente para acessar a sín-
fise mandibular são: o acesso para mentoplastia e Neumann são os mais empregados. Estes acessos, embora con-
sagrados pelo uso, podem causar distúrbios sensoriais permanentes, o que justifica a procura de outro acesso. O
acesso Ochsenbein-Luebke é efetivo na exposição do leito cirúrgico, menor sangramento transoperatório e com
baixa ocorrência de retrações gengivais sendo indicado, principalmente, em pacientes com doença periodontal.
O objetivo deste trabalho é descrever a modificação da técnica de Ochsenbein-Luebke para remoção de enxerto
ósseo de mento com a finalidade de minimizar a incidência de distúrbios neuro-sensoriais. Paciente mulher, 36
anos, melanoderma, procurou o serviço queixando-se de “falta de dentes”. Durante o exame clínico foi observado
atrofia do rebordo alveolar maxilar anterior, classe IV de acordo com a classificação Cawood e Howell. Foi reali-
zado acesso modificado de Ochsenbein-Luebke 3 a 4 mm da gengiva marginal seguindo o contorno gengival e
relaxante em freio labial inferior para remoção de bloco ósseo em sínfise mandibular, sendo posicionado e fixado
em maxila anterior. Durante 6 meses de acompanhamento não foram observadas complicações como, deiscência
de sutura, retração gengival, alterações sensoriais e infecção. A modificação da técnica de Ochsenbein-Luebke
em pacientes com alterações periodontais patológicas mostrou-se eficaz na diminuição de alterações sensitivas,
retrações gengivais e sangramento quando comparado com os acessos tradicionalmente utilizados para remoção
de enxerto em mento.

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535 – ENXERTOS ÓSSEOS ALÓGENOS EM BLOCO PARA


RECONSTRUÇÃO DE REBORDO ALVEOLAR ATRÓFICO EM
IMPLANTODONTIA – RELATO DE CASO

Autores: JAMILE DE MENESES FONTE BOA (*) (UNIPLAC);MATHEUS WARMELING DOS SANTOS (UNIPLAC);
PROF.DR. NELSON LEVANDOWSKI JÚNIOR (UNIPLAC); PROF. DR. JEFFERSON VIAPIANA PAES (UNIPLAC); PROF.
DR. RENATO VALIATI (UNIPLAC)

Introdução: Na atualidade, os implantes dentais são empregados com grande previsibilidade, porém, a presença
de defeitos ósseos nos rebordos alveolares tem sido um grande obstáculo paras as reabilitações estética e funcio-
nal dos pacientes edêntulos. Este estudo objetivou em relatar o sucesso do enxerto alógeno e a instalação do im-
plante após seis meses. Trata-se de um relato de caso realizado na Universidade do Planalto Catarinense – UNI-
PLAC em Lages/SC. A paciente é do gênero feminino, leucoderma, 50 anos de idade, normossistêmica, relatava
desconforto ao mastigar. Como tratamento foi proposto o levantamento de seio maxilar direito, enxerto ósseo
alógeno em bloco e colocação de três implantes após realização dos enxertos devido a atrofia do rebordo alveolar.
Os implantes foram avaliados por meio de radiografia panorâmica. Como conclusão é possível afirmar que os
enxertos alógenos obtiveram sucesso em sua aplicação, uma vez que apresentam osseointegração aos implantes,
de acordo com análise clínica e radiográfica. Fato que vem sendo observado frequentemente na literatura. Sendo
necessário o acompanhamento por um período mais amplo, para maiores inferências.

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556 – USO DE METILMETACRILATO NAS FRATURAS DO OSSO


FRONTAL – RELATO DE CASO

Autores: REBECA KAREN ALMEIDA DE MORAIS (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ);MA-
RIA LÚCIA OLIVEIRA VIEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); FILLIPE MARINHO BRAGA
(CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); EVALDO SALES HONFI JUNIOR (CENTRO UNIVERSITÁRIO
DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); LEONARDO COSTA DE ALMEIDA PAIVA (HOSPITAL DE EMERGÊNCIA E TRAUMA
SENADOR HUMBERTO LUCENA - HETSHL)

Introdução: As fraturas do osso frontal são menos incidentes quando comparadas às maxilofaciais. O tratamento
cirúrgico dessas fraturas constitui em restaurar o contorno facial e prevenir infecções intracranianas. Materiais
aloplásticos, como metilmetacrilato surgiram para realizar correções em defeitos faciais rapidamente, sendo efi-
cientes e minimizando riscos cirúrgicos. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso do paciente vítima
de acidente motociclístico, com fratura do osso frontal, no qual foi feita a reconstrução com metilmetacrilato.
O paciente F.S.A., 23 anos, masculino, feoderma, vítima de acidente motociclístico. Compareceu ao Hospital de
Emergência e Trauma de João Pessoa-PB apresentando extenso ferimento lacerante em região frontal, onde foi
realizada sua síntese. Realizando tomografia computadorizada diagnosticou-se fratura da tábua anterior do osso
frontal. Devido à superlotação hospitalar, o paciente recebeu alta após estabilização do quadro clínico. Retornou
ao ambulatório do Hospital Ortotrauma, em João Pessoa/PB, para planejamento cirúrgico. Passados 40 dias do
trauma, com consequente consolidação da fratura (sequela) , optou-se pela reconstrução utilizando metilmeta-
crilato, já que o trauma cirúrgico seria menor que a refratura e fixação com miniplacas de microfragmentos. O
procedimento foi realizado sob anestesia geral, utilizou-se a cicatriz presente do trauma inicial, para abordagem
da fratura. Após exposição da área de interesse, realizou-se a reconstrução com metilmetacrilato, sendo fixado
com 03 placas do sistema 2.0 mm. O procedimento transcorreu sem intercorrências. O paciente seguiu em pro-
servação (06 meses) , sem queixas. O metilmetacilato é um importante aliado do cirurgião, auxiliando situações
onde faltem materiais de síntese óssea. Deve-se ter total atenção na fixação do implante, evitando-se, assim,
mobilização do mesmo no pós-operatório. O uso do referido implante mostra-se efetivo e eficaz.

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602 – MATRIZ DE COLÁGENO ASSOCIADA À OSSO BOVINO


LIOFILIZADO PARA PREENCHIMENTO DE GAP APÓS
IMPLANTE IMEDIATO: RELATO DE CASO.

Autores: STACY CASTRO PINHEIRO (*) (ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA/ESAMAZ);REBECA TEIXEIRA DOS
SANTOS (ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA/ESAMAZ); ALESSANDRA ARNAUD MOREIRA (ESCOLA SUPERIOR
DA AMAZÔNIA/ESAMAZ); RUBEM COSTA ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO -
HUCFF/UFRJ); FELIPE VILHENA BRILHANTE (ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA/ESAMAZ)

Introdução: Na última década, os avanços na tecnologia e pesquisa contínua forneceram protocolos eficientes
para tratar adequadamente situações clínicas cada vez mais exigentes, como por exemplo, o preenchimento de es-
paços deixados entre o implante e o tecido ósseo de alvéolo pós-extração (gap’s). Quando a distância entre o osso
e implante for maior do que 2 mm, recomenda-se a utilização de membranas de barreira para obter regeneração
óssea e para prevenir o crescimento de tecido mole na interface implante-osso. O osso autógeno particulado é
considerado “padrão ouro” como material de enxertia, porém possui disponibilidade limitada, além de poder cau-
sar algum transtorno pós-operatório ao paciente. Isso leva à utilização de substitutos ósseos, como aloenxertos,
xenoenxertos e aloplastos ou combinações. Atualmente, a utilização de membranas de colágeno reabsorvível
bovino e xenoenxerto bovino tem sido sugerida para esses casos de gap’s, pois promovem neoformação óssea e
evitam a reabsorção do espaço alveolar. Bio-Oss Collagen® (Geistlich Biomaterials, Wolhuser, Suíça) é um bioma-
terial/xenoenxerto bovino eficaz para a regeneração óssea em torno dos implantes de titânio, aumento e preser-
vação do rebordo alveolar. A aplicação dessa matriz de colágeno associada à osso bovino liofilizado para preencher
os defeitos entre a parede do alvéolo e o implante é, normalmente, vantajosa. O presente estudo de caso clínico
visa relatar a utilização desse biomaterial e os benefícios obtidos devido a essa associação da matriz de colágeno
ao osso bovino liofilizado após instalação de implante imediato. O resultado encontrado foi satisfatório, pois o
Bio-Oss Collagen® é um excelente material para preenchimento de gap após implante imediato, onde o mesmo
atuou na diminuição da comorbidade da paciente e no processo de reabsorção óssea, conforme foi observado
num acompanhamento de 6 meses e comprovado via radiografia periapical.

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734 – AVALIAÇÃO DA REPARAÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS


CRÍTICOS NA CALVÁRIA DE RATOS WISTAR SOB AÇÃO
SISTÊMICA DE ICARIIN: ESTUDO RADIOGRÁFICO,
HISTOMORFOLÓGICO E HISTOMORFOMÉTRICO

Autores: RAFAEL AUGUSTO BURIM (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
- FOUSP);VITOR PEREIRA RODRIGUES (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO -
FOUSP); MARCELO MINHARRO CECCHETI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVER-
SIDADE DE SÃO PAULO - HCFMUSP); MARIA DA GRAÇA NACLÉRIO HOMEM (FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - FOUSP); MARIA CRISTINA ZINDEL DEBONI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - FOUSP)

Introdução: A reconstrução de defeitos ósseos críticos é alvo de inúmeras pesquisas em cirurgia bucomaxilofacial.
Tais pesquisas visam, de maneira geral, a otimização da neoformação óssea e a eliminação dos procedimentos de
remoção de osso autógeno para reconstrução. Os modelos animais têm sido a metodologia mais utilizada para
avaliar a eficácia de novas substâncias e biomateriais na reparação óssea. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a
influência de um flavonoide, o icariin, na neoformação óssea de defeitos críticos confeccionados na calvária de
ratos Wistar. Um defeito ósseo crítico circular foi confeccionado em 40 calvarias de ratos por meio de uma broca
trefina de 8 mm de diâmetro sob irrigação salina constante. Ao final dos procedimentos cirúrgicos, os animais
foram divididos, aleatoriamente, em grupo teste (n=20) , que recebeu o icariin, na dose de 125 mg/kg de peso
e grupo controle (n=20) , que recebeu soro fisiológico. Ambas as substâncias foram administradas por meio de
gavagem até o dia da eutanásia. Ao final de cada período observacional de 7, 14, 21 e 42 dias, 5 animais de cada
grupo foram eutanasiados e as amostras da calvária foram removidas e mantidas em formol 10% por 48 horas.
As calvárias foram radiografadas e, após descalcificação, foram submetidas à avaliação histológica com coloração
hematoxilina-eosina sob microscópio de luz. Os defeitos foram analisados considerando a diminuição da área do
defeito na imagem radiográfica, as características de reparo ósseo e a osteogênese na região da ferida. Os resul-
tados da análise radiográfica mostraram que a área do defeito ósseo no grupo teste foi significativamente menor
que no grupo controle em todos os períodos observacionais. A avaliação histológica mostrou um aumento na
neoformação óssea do grupo teste (p=0,02). A histomorfometria demostrou osteogênese significante no grupo
teste com 7 dias (p=0,021) , 14 dias (p=0,014) , 21 dias (p=0,021) e 42 dias (p=0,009). Foi possível concluir que
o icariin sistêmico induziu uma maior neoformação óssea em defeitos críticos.

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758 – LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR COM ENXERTO


XENÓGENO E INSTALAÇÃO IMEDIATA DE IMPLANTES
OSTEOINTEGRÁVEIS: RELATO DE CASO

Autores: JOÃO DE SÁ DA SILVA NETO (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT);ALEX DOS SANTOS
ALMEIDA (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT); JURANDI SANTOS DE ALBUQUERQUE (CENTRO UNI-
VERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT); ANTÔNIO DIONÍZIO DE ALBUQUERQUE NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS - UFAL); ALISSON DOS SANTOS ALMEIDA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA)

Introdução: O fundamental na reabilitação com implantes é que a quantidade e qualidade do osso sejam adequadas. A
região posterior maxilar edêntula é desafiadora por causa da presença do seio maxilar, sendo este delimitado por uma
membrana fina e revestida por um epitélio pseudoestratificado ciliado, membrana de Schneider, aderida ao osso subja-
cente. O levantamento do assoalho do seio maxilar é utilizado para a reconstrução óssea de região posterior da maxila.
O osso autógeno é considerado a melhor opção, porém, o osso liofilizado ou homógeno fresco congelado ou qualquer
outro biomaterial, são alternativas evitando a utilização de um segundo local cirúrgico. A instalação dos implantes
poderá ser feita na mesma fase cirúrgica da elevação do seio, obrigando a existência de uma altura óssea mínima de 5
a 7mm, esse remanescente ósseo assegura a estabilidade primária dos implantes ou em 2 fases (elevação traumática
do seio maxilar e posterior colocação dos implantes) , geralmente utilizada em alturas ósseas compreendidas entre 1 e
4mm. As complicações comuns são as perfurações da membrana sinusal, dificuldades anatômicas dos seios maxilares,
membranas sinusais pouco resistentes em pacientes fumantes ou que fazem uso constante de descongestionantes na-
sais ou com sinusites e infecções nos seios maxilares. Objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de levantamento
de seio maxilar e instalação imediata de implantes osseointegráveis. Paciente do sexo feminino, 25anos, leucoderma,
compareceu ao consultório odontológico queixando-se de ausência de dentes. Optou-se pela instalação de dois im-
plantes na região dos elementos 24 e 25. Ao exame tomográfico notou-se pneumatização do seio maxilar e altura de
rebordo alveolar remanescente reduzida. Optou-se pelo levantamento do seio maxilar através da técnica aberta e, caso
possível, instalação imediata de dois implantes. Foi realizado sob anestesia local, seguindo-se com a incisão sobre a cris-
ta óssea alveolar, descolamento mucoperiosteal, confecção da janela nas paredes anterior e lateral do seio maxilar com
broca esférica e elevação da membrana com curetas específicas. Verificou-se bom travamento dos implantes optando-
-se por sua instalação imediata. A estabilização primária foi alcançada através da janela o assoalho do seio maxilar foi
preenchido com enxerto ósseo bovino liofilizado. Finalizando com a colocação de uma barreira de membrana biológica
reabsorvível entre o enxerto e o periósteo, sutura e orientações quanto ao pós-operatório. Está sendo feito acompanha-
mento periódico. O levantamento do seio maxilar é uma técnica eficiente que permite a reabilitação com implantes em
áreas antes contraindicadas por deficiência de altura do rebordo maxilar. A instalação imediata dos implantes diminui a
morbidade do tratamento, pois diminui a quantidade de tempos cirúrgicos. Bem indicados e executados, esses procedi-
mentos permitem a previsibilidade do tratamento e otimizam o sucesso, melhorando a qualidade de vida do paciente.

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781 – RECONSTRUÇÃO CONDILAR COM PROTESE DE RESINA


ACRÍLICA: RELATO DE CASO

Autores: IGOR RAFAEL CAVALCANTI MARQUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);EMERSON


FILIPE DE CARVALHO NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RICARDO JOSÉ DE HOLANDA
VASCONCELLOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); AIRTON VIEIRA LEITE SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL
DO AGRESTE); ANDRÉ LUIZ GUIMARÃES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Introdução: A reconstrução mandibular é um dos principais desafios para a cirurgia bucomaxilofacial no que diz
respeito ao reestabelecimento da estabilidade funcional, manutenção de uma estética satisfatória e criação de
condições ideais para reabilitação dentária. Atualmente, tem-se usado reconstruções através de enxertos autó-
genos e aloplásticos para grandes ressecções condilares. Dentre os materiais aloplásticos, a utilização da prótese
total de côndilo de titâneo é a melhor forma de reconstrução, porém, apresenta como maior desvantagem o alto
custo. Uma outra opção é a reconstrução através do uso do polimetilmetacrilato, a resina acrílica. Tendo como
maiores vantagens não causar morbidade adicional ao paciente, mínima reação inflamatória, fácil disponibilida-
de, possibilidade de melhor confecção do contorno anatômico, facilidade de adaptação local, e baixo custo. Como
desvantagens, apresenta alta adesão bacteriana, sendo pouco tolerante à infecção e relativamente pobre em os-
teocondutividade. A dificuldade na sua confecção pode ser amenizada com a utilização da prototipagem, o qual
facilita o planejamento cirúrgico, melhorando a qualidade da prótese, como também diminuindo o tempo opera-
tório. O presente trabalho, relata o caso clínico de uma paciente, 70 anos de idade, que procurou o Serviço de Bu-
comaxilofacial do Hospital Regional do Agreste, Caruaru-PE, com queixa de aumento de volume em mandíbula
direita. Após exames de imagens observou-se imagem radiolúcida, multiloculada, com margens bem definidas,
sugerindo lesão extensa em região de corpo, ramo mandibular e côndilo direiro. A hipótese diagnóstica dada foi
de Ameloblastoma Multicístico, que foi confirmada após biópsia incisional e exame histopatológico. A confecção
da prótese foi realizada ultilizando um modelo de prototipagem solicitado previamente. O tratamento de escolha
foi a mandibulectomia parcial e reconstrução com prótese aloplástica de resina acrílica, fixada com placa de re-
construção do sistema 2.7, e colocação de gordura como material interposicional. Após 12 meses, o paciente não
apresenta queixas, boa simetria facial, e movimentos mandibulares satisfatórios. A reconstrução condilar com a
utilização da resina acrílica mostra ser uma opção de baixo custo e com boa qualidade pós-operatória para casos
selecionados de ressecções mandibulares.

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809 – OSTEOTOMIA SEGMENTADA DA MAXILA E UTILIZAÇÃO


DO RHBMP-2 NO TRATAMENTO DE PACIENTE FISSURADO

Autores: JOSÉ THIERS CARNEIRO JUNIOR (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ/UNI-ABO PA/OPHIR LOYO-
LA);DOUGLAS VOSS (UNI-ABO PA/OPHIR LOYOLA); THIAGO DA FONSECA DE SOUZA (UNI-ABO PA/OPHIR
LOYOLA); ANA KARLA DA SILVA TABOSA (UNI-ABO PA/OPHIR LOYOLA); TÂMARA MELO NUNES OTA (UNI-ABO
PA/OPHIR LOYOLA)

Introdução: A formação da face e da cavidade oral é de natureza complexa e envolve o desenvolvimento de múl-
tiplos processo teciduais que devem se unir e se fusionar de modo extremamente ordenado. Distúrbios nesses
processos geram as fendas orofaciais, fazendo com que os pacientes fissurados precisem ser submetidos a vários
procedimentos cirúrgicos, para correção do terço médio da face e de má oclusão. O presente trabalho relata o caso
de um paciente masculino, 21 anos, que foi submetido ao tratamento secundário para fechamento das fissuras lá-
bio-palatais. Para tanto, foi realizado segmentação maxilar posterior e utilização de biomateriais, como BIO-OSS®
e rhBMP-2, para reconstrução óssea. Não houve complicações pós-operatório.

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25 – ANÁLISE QUÍMICA DA SUPERFÍCIE DE IMPLANTES


DENTÁRIOS APÓS CONTATO COM LUVA CIRÚRGICA

Autores: JULIANA SILVA MINHO SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA);TARCISIO MARTINS DE JESUS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MARIANA MACHADO MENDES DE CARVALHO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA); JOSÉ RODRIGO MEGA ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); SANDRA DE CÁSSIA SANTA-
NA SARDINHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Introdução: RESUMO Neste trabalho teve-se como objetivo realizar a análise química da superfície de implantes
dentários após contato com luva cirúrgica através de Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) e Espectrosco-
pia de Energia Dispersiva (EDS) , correlacionando os resultados obtidos com a literatura. Foram selecionados 5
implantes de titânio comercialmente puro (cp) com tratamento de superfície por meio do ataque ácido, fornecido
pela Conexão – Sistemas de Próteses®. Foi utilizado um par de luvas cirúrgicas de látex estéril da marca comercial
Madeitex® Indústria e Comércio de Artefatos de Látex Ltda. Inicialmente o implante e a luva foram analisados
quimicamente de forma isolada, através da técnica de EDS, com o objetivo de observar os elementos químicos de
suas superfícies, em seguida foi realizado o contato da superfície do implante com a luva cirúrgica e o implante
levado para análise por essa mesma técnica com o objetivo de identificar os possíveis contaminantes deixados
pela luva cirúrgica de látex na superfície do mesmo. Foram encontrados na superfície da luva cirúrgica Ca, Zn,
Mg, S, Si, Nb, sendo que os elementos predominantes em todas as amostras foram o Ca e o Zn. Em todos os im-
plantes foram encontrados Ti, sendo que 2 implantes apresentaram apenas esse elemento conforme descrição do
fabricante e em três deles foi encontrado Ca em pequenas quantidades, sendo o Ti o elemento prevalente. Na aná-
lise dos implantes após contato com a luva cirúrgica foram encontrados elementos que tinham sido observados
nas análises das luvas e que não estavam presentes nas análises dos implantes como o S, Zn, Si e Ca. Com esses
resultados e a partir dos dados disponíveis na literatura pode-se concluir que houve contaminação da superfície
do implante de titânio após contato com a luva cirúrgica e que elementos químicos inorgânicos podem alterar a
camada de óxidos de titânio levando a possíveis interferências no processo de osseointegração. Palavras chave:
Implante dentário. Topografia. Contaminação.

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Apresentação: Implantes ósseos integráveis

48 – REABILITAÇÃO IMPLANTO-SUPORTADA DE MANDÍBULA


SEVERAMENTE REABSORVIDA COM A TÉCNICA “TENT-POLE”.

Autores: RAFAEL FERREIRA E COSTA (*) (UNESP ARARAQUARA);VALFRIDO A. P. FILHO (UNESP ARARAQUARA);
BRUNO HENRIQUE ALONSO DA LUZ (UNESP ARARAQUARA); MARISA APARECIDA C. GABRIELLI (UNESP ARA-
RAQUARA); RENAN ROBERTO DA COSTA (UNESP ARARAQUARA)

Introdução: A reabilitação de mandíbulas severamente reabsorvidas é um desafio para reabilitação oral, devido
à altura óssea insuficiente para instalação de implantes. As técnicas preconizadas atualmente incluem o uso de
implantes curtos, aumento ósseo por meio de enxertos aposicionais e interposicionais (blocos ou particulados)
, reconstruções com osso de origem heterógena, proteína morfogenética BMP, enxertos fibulares e associações
de implantes com enxertos particulados. O objetivo desta apresentação é relatar a reabilitação de uma mandí-
bula severamente reabsorvida (< 6 mm) , por meio da variação da técnica do “Tent Pole” (expansão da matriz de
tecido mole) , primeiramente descrita por Robert Marx, em 2002, em que consiste na reabilitação mandibular
com implantes osseointegráveis associados a enxerto particulado da crista ilíaca, por meio de acesso extra-oral.
A técnica, permite expandir a matriz de tecido mole sem deiscência da mucosa oral, juntamente com a colocação
dos implantes. Paciente NGCM, gênero feminino, 65 anos, compareceu ao serviço de Cirurgia da Faculdade de
Odontologia da UNESP, com queixa de dor durante a mastigação e desadaptação da prótese total inferior. Ao
exame clínico, observou-se fundo de vestíbulo mandibular raso, rebordo mandibular em lâmina de faca, trauma
em inserção do músculo gênio-hioide e hiperplasia fibrosa inflamatória por traumatismo da prótese total inferior.
Ao exame tomográfico, observou-se mandíbula edêntula, severamente reabsorvida, com 6mm em seu maior diâ-
metro, enquadrando-se na classificação VI de Cawood. Propôs-se para a paciente uma reconstrução mandibular
com fixação de placa de reconstrução, concomitante ao enxerto autógeno removido da crista ilíaca anterior. A
paciente foi submetida a anestesia geral com entubação nasotraqueal, seguida de acesso transcervical, com desco-
lamento do periósteo mandibular em sua face vestibular e oclusal, com extensão do descolamento até o trígono
retromolar bilateral. Manteve o periósteo aderido à face lingual para garantir nutrição óssea. Instalou uma placa
de reconstrução 2.4 locking para reforço mandibular, previamente dobrada em protótipo. Foram instalados 5
implantes (CM 3,75 x 13mm, Neodent) dispostos entre os forames mentonianos, paralelos uns aos outros, com
contra-ângulo 20.1, perfurando ambas as corticais mandibulares, permanecendo externo ao osso cerca de 7mm
da superfície dos implantes. Então, procedeu-se à remoção de enxerto de crista ilíaca anterior, particulou cerca
de 60mL de osso medular e depositou o volume de osso particulado entre os implantes. A porção superior dos
implantes serviu como apoio ao periósteo, limitando a reabsorção do enxerto, servindo como “Tent Pole”, termo
que denomina a técnica. Após 6 meses, foi realizada a reabertura dos implantes e carga dos mesmos com prótese
tipo protocolo.

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175 – OSTEOTOMIA SEGMENTAR DE MAXILA COM ENXERTO


INTERPOSICIONAL PARA CORREÇÃO DE DEFEITO ÓSSEO
VERTICAL - RELATO DE CASO

Autores: SUYANY GABRIELY WEISS (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);FREDERICO DELIBERADOR (UNIVERSIDADE


POSITIVO); TATIANA MIRANDA DELIBERADOR (UNIVERSIDADE POSITIVO); LEANDRO KLUPPEL (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Introdução: O conhecimento de técnicas para correção de defeitos dos rebordos alveolares é de grande valia ao
cirurgião, visto que estão sendo bastante usadas na atualidade. Uma delas é a técnica de osteotomia segmentar de
maxila, indicada para defeitos moderados do rebordo alveolar em altura e reposicionamento cirúrgico de implan-
tes mal posicionados. Paciente R.A., 52 anos, sexo feminino, procurou atendimento odontológico com queixa
estética após instalação de implantes em hemiarcada superior direita. Ao exame clínico observaram-se implantes
osseointegrados na região dos elementos 12, 13, e 14 com coroas clínicas longas e cintas metálicas expostas.
Exames de imagem demonstraram defeito vertical significativo no local e posição extremamente apical dos im-
plantes além de proximidade dos dentes adjacentes com o implante. O plano de tratamento inicial foi a remoção
dos implantes na região do 12 e 13 e exodontia do elemento dentário 15. Após quatro meses, novos exames de
imagem foram solicitados e optou-se por efetuar cirurgia para realização de enxerto interposicional em maxila
do lado direito. A paciente foi submetida à anestesia geral e então foi realizado a osteotomia segmentar do bloco
ósseo na região. O bloco com o implante foi deslocado inferiormente e então fixado com duas placas em “L” e oito
parafusos monocorticais. No mesmo tempo cirúrgico, foi removido bloco ósseo do ramo direito da mandíbula
para ser interposto no local da osteotomia. O exame pós-operatório de sete dias se mostrou adequado com repo-
sicionamento e nivelamento do bloco ósseo. Após 15 dias, foi confeccionada prótese provisória removível. Após
seis meses foi realizada a remoção das placas e instalação dos implantes no mesmo tempo cirúrgico.

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228 – COMPLICAÇÕES APÓS INSTALAÇÃO DE IMPLANTES


ZIGOMÁTICOS PELA TÉCNICA DE STELLA E WARNER

Autores: DANIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (*) (UFRN);PRYSCYLA PASCALLY TARGINO ARAÚJO (UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES
(UFRN)

Introdução: A reabilitação implantossuportada de pacientes com maxilas atróficas consiste em um grande desafio
para o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial. Em severa reabsorção óssea, o cirurgião deve lançar mão de extensas recons-
truções para garantir a adequada ancoragem das próteses sobre implantes. O implante zigomático surge como
uma alternativa de tratamento, obtendo uma ancoragem firme ao osso zigomático e assim a reabilitação de maxi-
las atróficas com quatro ou dois implantes na região anterior do osso maxilar. A técnica foi originalmente descrita
por Branemark (1998) e modificada por Stella & Warner (2000). As complicações são incomuns e a técnica de
Stella e Warner carece de investigação. A saúde do seio maxilar é fator primordial para o sucesso do procedimento
cirúrgico. Dos 17 casos operados no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFRN, 14 foram
incluídos na pesquisa, totalizando 27 implantes zigomáticos. Desses, apenas um paciente evoluiu com compli-
cações de dor à palpação na região do seio maxilar, sensação de pressão e dores de cabeça, sendo diagnosticado
com sinusite maxilar. Verificou-se obstrução em óstio maxilar bilateral em tomografia computadorizada. A anti-
bioticoterapia instituída não foi resolutiva, indicando o procedimento cirúrgico de desobstrução, com abertura
do óstio maxilar por via endoscópica. A seleção de pacientes para instalação de implantes zigomáticos deve ser
criteriosa, considerando os fatores de risco associados ao hospedeiro, como história de rinite alérgica e sinusite
maxilar prévia, evitando complicações pós-operatórias.

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286 – REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA PARA REABILITAÇÃO COM


IMPLANTE EM MAXILA: RELATO DE CASO

Autores: AMANDA LUZIA MOREIRA SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);YLRI HIROKATSU
SATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); LORENA C.R. CAMARA GONDIM (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO AMAZONAS); GIORGE PESSOA DE JESUS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);

Introdução: Regeneração Óssea Guiada consiste no tratamento regenerativo que requer a colocação de uma bar-
reira física sobre o defeito ósseo, de modo que a proliferação de tecidos moles adjacentes para dentro da área
protegida seja evitada. Permite que vasos sanguíneos e células com potencial osteogênico das margens ósseas
existentes invadam o espaço criado e produzam osso. Barreiras físicas devem apresentar biocompatibilidade, in-
tegração tecidual, capacidade de criar e manter espaço adequado para suportar o tecido neoformado. Os enxertos
ósseos estão inúmeras vezes associados às técnicas de ROG, especialmente quando se almeja um bom aumento
de volume ósseo para posterior adaptação de implantes. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de paciente
N.O.A, 25 anos, vítima de acidente por queda de própria altura durante a adolescência, tendo perda do dente 11.
Iniciou tratamento ortodôntico para alinhamento dos dentes e foi indicado reabilitação com implante dentário.
Ao exame clínico/tomográfico, observou-se perda óssea significativa, em altura, do processo alveolar da maxila.
Desta forma foi planejado uma reconstrução óssea e implante na mesma sessão. Foi preconizada a técnica de re-
generação tecidual guiada utilizando-se tela de titânio e membrana reabsorvível, com enxerto de osso autógeno
associado ao osso particulado liofilizado. Após 8 meses foi realizada a reabertura para instalação de cicatrizador,
sendo verificado boa neoformação óssea. Em seguida iniciou-se a fase protética, estando atualmente com pró-
tese provisória, já sendo observado um bom resultado estético-funcional. Com este trabalho concluiu-se que a
regeneração óssea guiada com o uso de enxerto de osso autógeno particulado associado a substituto ósseo é uma
técnica comprovadamente eficiente e viável. A escolha terapêutica alcançou os resultados estéticos e funcionais
esperados pelo paciente.

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381 – PLANEJAMENTO VIRTUAL E CIRURGIA GUIADA NA


REABILITAÇÃO DE MAXILA EDÊNTULA

Autores: LÍVIA BONJARDIM LIMA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);MÁRIO DUILIO EVARISTO
HENRY NETO (INSTITUTO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO ODONTOLÓGICO); ANA CRISTINA PERES MA-
GALHÃES (INSTITUTO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO ODONTOLÓGICO); THIAGO DE ALMEIDA PRADO
NAVES CARNEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); PAULO CÉZAR SIMAMOTO-JÚNIOR (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: Com o avanço das tomografias computadorizadas, a consolidação das técnicas de prototipagem e as
evoluções na área da informática, as técnicas cirúrgicas com implantes osseointegráveis puderam ser executadas
com menores riscos cirúrgicos e com maior rapidez. A busca pela otimização das técnicas cirúrgicas culminaram
com o desenvolvimento de uma nova filosofia de reabilitação com implantes: a cirurgia guiada. Este trabalho
tem como objetivo ilustrar a técnica através de uma reabilitação de um paciente com este conceito de cirurgia,
utilizando a tecnologia Neoguide®. Os implantes foram instalados em uma maxila edêntula, direcionados por
um guia cirúrgico prototipado, produzido a partir de imagens tomográficas em um programa de manipulação de
imagens (Dental Slice®) e a tecnologia CAD/ CAM que projeta e usina o guia. Após a cirurgia, os implantes foram
submetidos à carga imediata através da instalação de uma prótese esplintada. As relações obtidas como posição
do implante e estética natural foram definidas a partir de um planejamento reverso criteriosamente executado.
Ao final da reabilitação, a expectativa em relação ao tratamento foi atingida, demonstrando grande precisão e
fidelidade em relação ao planejamento pré-operatório. Palavras-chave: Implantes dentários; Cirurgia assistida por
computador; Técnicas de planejamento.

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559 – USO DE PROTEÍNA ÓSSEA MORFOGENÉTICA


RECOMBINATE HUMANA SINTÉTICA TIPO 2 (RHBMP-2) EM
MAXILA ATRÓFICA COM FINALIDADE DE REABILITAÇÃO
PROTÉRICA IMPLANTOSSUPORTADA

Autores: LUCIANNA DE FREITAS PRADO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE


GOIÁS);MARIA ALVES GARCIA SANTOS SILVA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÁS); ROBSON RODRIGUES GARCIA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS);

Introdução: A busca pela reabilitação com implantes dentários aumentou expressivamente ao longo dos anos.
Para sua instalação, é necessário que haja uma quantidade de tecido ósseo de boa qualidade disponível possibili-
tando uma osseointegração adequada, o que nem sempre é encontrado. A solução desse problema se faz com uso
dos enxertos ósseos. Pesquisas são feitas com intuito de descobrir uma forma alternativa para o uso do osso au-
tógeno, considerado padrão ouro pela literatura, porém se faz necessário um segundo sítio cirúrgico. A Proteína
Óssea Morfogenética Recombinate Humana Sintética Tipo 2 (rhBMP-2) é uma substância osteoindutora e surgiu
recentemente como uma alternativa aos enxertos autógenos, oferecendo excelente padrão de neoformação óssea
e têm sido utilizada na regeneração periodontal e na osseointegração, possibilitando a reabilitação com próteses
implantossuportadas. Este trabalho tem o objetivo de discutir a efetividade desse biomaterial e apresentar um
caso clínico de reconstrução de maxila atrófica utilizando rhBMP-2.

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567 – CARGA IMEDIATA SOBRE PROTOCOLOS MANDIBULARES


UTILIZANDO IMPLANTES CURTOS– RELATO DE TRÊS CASOS.

Autores: LUIS FERNANDO DE OLIVEIRA GORLA (*) (UNESP-FOAR);MOURA, LB (UNESP-FOAR); GABRIELLI, MAC
(UNESP-FOAR); GABRIELLI MFR (UNESP-FOAR); PEREIRA-FILHO, VA (UNESP-FOAR)

Introdução: A reabilitação de mandíbulas reabsorvidas representa um desafio na implantodontia devido a quan-


tidade insuficiente de volume ósseo disponível no leito receptor. Diversas alternativas terapêuticas podem ser
empregadas a fim de permitir a reabilitação com implantes ósseo integráveis nestas situações adversas, tais como
a utilização de técnicas de enxertia, modificações na angulação das fixações ou opção por implantes curtos. Den-
tre estas alternativas, as altas taxas de sucesso dos implantes curtos, demonstradas por diversos estudos clínicos
recentes, bem como as vantagens em potencial destas fixações, têm os tornado uma excelente alternativa de tra-
tamento para os casos de atrofia óssea vertical. A carga imediata, por sua vez, pode ser definida como a adaptação
de uma reabilitação protética sobre o implante no mesmo momento da instalação deste, ou nas primeiras qua-
renta e oito horas após o procedimento cirúrgico. Este protocolo reduz o tempo de tratamento, proporcionando
ao paciente grande satisfação, no que diz respeito ao aspecto psicológico e funcional. Em decorrência das diversas
vantagens à utilização de implantes curtos, e vantagens da utilização de carga imediata, torna-se relevante asso-
ciar estes procedimentos, a fim de causar a menor morbidade possível, bem como reduzir o tempo e o custo do
tratamento. Este trabalho tem como objetivo apresentar três casos de pacientes atendidos no Departamento de
Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara, nos quais foram utilizados implantes curtos
em protocolos mandibulares e que receberam carga imediata. Estes estão em acompanhamento a 4 anos, com
avaliação de profundidade de sondagem e análise da estabilidade dos implantes, por meio do Osstell®.

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679 – ANÁLISE FOTOELÁSTICA DA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES


EM IMPLANTES DENTAIS SOB CARGA AXIAL E NÃO AXIAL
COMPARANDO-SE IMPLANTES CÔNICOS E CILÍNDRICOS E A
TOPOGRAFIA DAS ROSCAS

Autores: ANDRÉS HUMBERTO CACERES BARRENO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA -


UNICAMP);MILTON CRISTIAN RODRIGUES COUGO (MESTRE EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA PELA FOP-U-
NICAMP); PROFA. DRA. LUCIANA ASPRINO (PROFESSORA DA ÁREA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL DA
FOP-UNICAMP);

Introdução: A perda óssea ao redor dos implantes dentários geralmente está associada à concentração das cargas
mastigatórias na interface osso-implante e a propagação dessas tensões na crista do osso alveolar, acarretando
uma redução na longevidade dos implantes. O objetivo deste estudo foi avaliar, comparativamente, in vitro, o
efeito de diferentes desenhos do corpo e das roscas de implantes dentários, empregando a técnica experimental
da fotoelasticidade. Para isto foram testados implantes Neodent® com interface protética Cone Morse, de 3,5
mm de diâmetro e 13 mm de comprimento, variando-se o desenho dos implantes e das roscas entre: corpo cônico
com dupla rosca Alvim®, corpo cilíndrico e dupla rosca Titamax Ex® e corpo cônico com roscas duplas e progres-
sivas Drive®. Realizou-se avaliação qualitativa da distribuição das tensões geradas por incidência de cargas axiais
e não axiais de 0,5 Kg, assim como avaliação quantitativa da tensão nos terços cervicais, médios e apicais dos im-
plantes, após incidência destas cargas. Os valores das médias de tensões cisalhantes máximas foram submetidos
à Análise de Variância para dados com de dois fatores de estudo (ANOVA 2-Way) , seguidos pelo teste de Tukey
(p<0,05) para a comparação entre as médias. Os resultados mostraram que o grupo Alvim® apresentou maior
concentração de tensões em relação aos outros grupos, comparando-se os pontos cervicais. Quando submetido a
carregamento axial obteve-se os valores médios de 16,05 ± 5,75 Kgf e não axial de 25,03 ± 4,16 Kgf, significativa-
mente maiores que os outros grupos testados analisados. Em relação aos pontos médio e apicais não houve uma
diferença estatisticamente significante entre os grupos. Foi Observou-se constatado que os implantes com corpo
cônico e roscas duplas progressivas apresentam melhor distribuição das tensões.

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849 – IMPLANTES OSTEOINTEGRAVÉIS CURTOS EM


REABILITAÇÃO DE MANDÍBULA ATRÓFICA : RELATO DE CASO

Autores: ALEX DOS SANTOS ALMEIDA (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT);ALISSON DOS SANTOS
ALMEIDA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA/HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); ANTÔ-
NIO DIONÍZIO DE ALBUQUERQUE NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL); ISABELLE DE ARGOLO
MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL); JOÃO DE SÁ DA SILVA NETO (CENTRO UNIVERSITÁRIO
TIRADENTES - UNIT)

Introdução: O surgimento dos implantes osseointegráveis junto com as próteses implantossuportadas permi-
tiu a reabilitação satisfatória de áreas com altura e volume ósseos adequados. Porém, rebordos extremamente
reabsorvidos mostram-se desafiadores para a instalação de implantes convencionais. Consideradas como áreas
mais críticas as regiões posteriores de maxila e mandíbula,devido à presença do assoalho do seio maxilar e ca-
nal mandibular. A instalação dos implantes convencionais nestas áreas exige a realização de técnicas cirúrgicas
reconstrutivas,tais como: enxertos,transposição do nervo alveolar inferior e levantamento do seio maxilar. O
procedimento torna-se dispendioso,demorado,arriscado e exige do paciente maior colaboração e altos custos.
Como alternativa,o uso dos implantes osseointegrados curtos,que são definidos como menores que 10 mm. São
uma opção menos complexa,onerosa e traumática,confiável e com prognóstico previsível. Objetivo é relatar um
caso clínico de reabilitação de mandíbula atrófica com a utilização de implantes curtos de 8,5 mm. Paciente sexo
feminino,67 anos,leucoderma,compareceu ao serviço odontológico queixando-se de próteses totais superior e in-
ferior sem boa função. Observou-se rebordos alveolares reabsorvidos,com pouca altura e volume ósseo,confirma-
do através de exame radiográfico panorâmico e tomografia computadorizada. Optou-se pela confecção de prótese
total inferior implantossuportada,utilizando implantes curtos. Procedeu-se a anestesia local,incisão na crista
óssea alveolar e descolamento mucoperiosteal. Posicionou-se o guia cirúrgico,confeccionado previamente, para
seguir com a preparação dos sítios receptores. Verificou-se o alinhamento e angulação com os pinos de paralelis-
mo.Os sítios foram alargados conforme as dimensões dos implantes. Com o contra-ângulo para implante insta-
lou-se os implantes do tipo hexágono externo. Sutura com fio Nylon 5-0 em pontos simples.O acompanhamento
foi semanal no primeiro mês e mensal até o terceiro mês. No terceiro mês após confirmação radiográfica e clínica
da osseointegração,prosseguiu-se com o segundo tempo cirúrgico para a instalação dos cicatrizadores,através de
incisão semilunar sobre as plataformas dos implantes,sob anestesia local. Iniciando-se a fase protética da reabi-
litação. Implantes curtos tornam dispensável a reconstrução cirúrgica do rebordo alveolar, pois apresentam altas
taxas de sucesso, além de custo,tempo e morbidade reduzidos. O sucesso parece depender mais da qualidade
óssea,da geometria da superfície do implante e de outros fatores do que do comprimento do implante utilizado.
Situações aparentemente desfavoráveis são passíveis de reabilitação funcional e estética adequadas desde que
haja um correto planejamento,conhecimento das opções disponíveis e suas indicações,e domínio da técnica es-
colhida. Sendo assim, respeitando-se o princípio biomecânico da reabilitação com implantes,o uso de implantes
curtos é uma escolha segura no tratamento de áreas com limitações de altura e volume ósseo.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

5 – FASCEÍTE NECROSANTE DE ORIGEM ODONTOGÊNICA :


RELATO DE CASO

Autores: IVNA FEIJÓ AMARANTE (*) (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA);MURILO ALVES TEIXEIRA NETO (UNIVERSI-
DADE DE FORTALEZA); JOÃO EUDES TEIXEIRA PINHO FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); MANOEL
MELLO DE JESUS RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); LEONARDO DE FREITAS SILVA (UNIVER-
SIDADE DE FEDERAL DA BAHIA)

Introdução: A fasceíte necrosante (FN) da cabeça e pescoço é uma rara e potencialmente fatal infecção bacteriana
do tecido mole, que acomete principalmente indivíduos adultos e idosos, sem predileção por sexo. A maioria
dos casos tem origem odontogênica, envolvendo abscessos dentários e doença periodontal crônica, ou faríngea;
evoluindo com extensa necrose e formação gasosa no tecido subcutâneo e fascial subjacente, com elevado índice
de mortalidade. Diabetes melito não controlada, doenças vasculares periféricas, hepatopatias e doenças imuno-
lógicas são importantes fatores de risco para FN. Diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com ce-
lulite ou erisipela em seu estágio inicial. O tratamento é baseado na antibióticoterapia, debridamento cirúrgico e
controle. O presente trabalho objetiva apresentar, através de um relato de caso, tratamento realizado em paciente
portando FN. Paciente F.A.M.L., 30anos compareceu ao Instituto José Frota com aumento de volume e necrose
em região submandibular esquerda com evolução de 5dias, originado de abcesso odontogênico. O tratamento
consistiu em antibioticoterapia pré-cirúrgica, drenagem, debridamento cirúrgico dos tecidos necróticos, remo-
ção dos dentes 34, 35, 36, 37 e antibioticoterapia pós-operatória. Após procedimento cirúrgico aplicou-se pasta
antibiótica a base de sulfa, que permaneceu pelo primeiro dia; nos dias subsequentes o ferimento foi mantido
exposto para cicatrização por segunda intenção. Após 5dias de internação o paciente recebeu alta com prescrição
de amocixilina e metronidazol VO. Após 2meses retornou com cicatrização por segunda intenção, formação de
tecido cicatricial e fístula, sendo encaminhado para cirurgia plástica para correção do defeito cirúrgico. O presen-
te trabalho objetiva apresentar, através de um relato de caso,

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

8 – ODONTOMA COMPOSTO E CISTO DENTÍGERO: RELATO DE


CASO CLÍNICO

Autores: AMANDA LOPES (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) );JOÃO GILBERTO DUDA (UNIVERSIDADE POSITIVO
(UP) ); JULIANA FELTRIN (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) ); ESTELA MARIS LOSSO (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP)
); MELISSA RODRIGUES DE ARAUJO (UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) )

Introdução: Os odontomas e cistos dentígeros são lesões comuns dos maxilares. O diagnóstico e tratamento
precoce em crianças estão associados a um melhor prognóstico e possibilidade de preservação de dentes per-
manentes. O odontoma é um tumor odontogênico constituído de tecidos dentários duros dispostos de maneira
desordenada. É assintomático, tem predileção pela região posterior da mandíbula, não apresenta predileção por
sexo e são diagnosticados principalmente na segunda década de vida. O cisto dentígero é classificado como um
cisto odontogênico de desenvolvimento que envolve a coroa de um dente não irrompido. É frequente entre a
segunda e a terceira década de vida, com uma maior prevalência em caucasianos do sexo masculino. Comumente,
esse cisto localiza-se na região de molares inferiores. Relato do caso: um paciente do sexo masculino de 12 anos
de idade apresentou queixa principal: “dentes de leite que não amolecem”. Ao exame físico intra-oral obervou-se à
palpação aumento de volume em fundo de sulco vestibular na região do dente 31, de consistência dura. A mucosa
de revestimento apresentou-se íntegra, lisa e brilhante. O paciente apresentava somente os dentes decíduos 83
e 84, ausência dos dentes 43 e 44, e dos terceiros molares; demais dentes permanentes irrompidos e em oclusão.
A radiografia panorâmica mostrou dente 43 incluso, com aumento do folículo pericoronário, localizado na base
da mandíbula, em posição horizontal abaixo dos ápices dos dentes 32 ao 42. Observou-se múltiplas pequenas
estruturas radiopacas aglomeradas circundadas por uma estreita zona radiotransparente e um halo radiopaco,
localizado abaixo dos ápices dos dentes 83 e 84, medindo aproximadamente 0,7cm de diâmetro. O dente 44 es-
tava incluso e deslocado apical e distalmente, com a coroa tangenciando o terço apical do dente 45. O paciente foi
submetido à exodontia do dente 43 e exérese de múltiplos dentículos, compatível com Odontoma composto, em
ambiente hospitalar sob anestesia geral. O folículo pericoronário do dente 43 foi enviado para análise histopato-
lógica e o diagnóstico foi de cisto dentígero. Após 4 meses foi instalado o dispositivo para tracionamento do dente
44. A radiografia panorâmica deste período pós-operatório mostra neoformação óssea total na região da remoção
do dente 43 e na região do Odontoma ainda apresentava processo de cicatrização. O paciente encontra-se em
tratamento ortodôntico e acompanhamento clínico por 6 meses. Este caso ilustra a necessidade de diagnóstico
precoce de lesões do complexo maxilomandibular que podem interferir na erupção dentária. Além disto, mostra
a abordagem multidisciplinar da Odontopediatria, Cirurgia e Ortodontia, para o tratamento do paciente.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

10 – EXOSTOSE ÓSSEA GIGANTE EM MAXILA: RELATO DE


CASO INCOMUM

Autores: CÉSAR VIANA TOLEDO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI);MA-
RIANA LAIS SILVA CELESTINO (UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI); JORGE
ESQUICHE LEON (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANA TEREZINHA MARQUES MESQUITA (UNIVERSIDADE FE-
DERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI); CÁSSIO ROBERTO ROCHA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE
FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI)

Introdução: Exostoses são protuberâncias de tecido ósseo normal que se originam na cortical óssea. Na cavida-
de bucal, as exostoses normalmente acometem a linha média do palato duro e a superfície lingual do processo
alveolar da mandíbula. As exostoses em outras regiões do osso alveolar são incomuns e geralmente apresentam
menos de 1 cm de diâmetro. O objetivo deste trabalho é relatar um caso atípico de exostose em um paciente
masculino, 74 anos, feoderma. Na anamnese o paciente relatou que a lesão se iniciou há 56 anos mas começou
a crescer e a apresentar sintomatologia há 3 anos. A história médica mostrou hipertensão, diabetes, colesterol
elevado e distúrbio psiquiátrico, já sendo medicado para as referidas alterações. Ao exame clínico intraoral foi ob-
servada lesão nodular dolorida à palpação, consistência pétrea, coloração normal, formato ovoide, fixa, superfície
lisa, com limites nítidos, medindo cerca de 3 x 2 cm e no lado direito do rebordo alveolar posterior da maxila.
A radiografia panorâmica revelou massa radiopaca com áreas radiolúcidas, bem delimitada, no rebordo alveolar
superior direito. Para verificar se havia envolvimento do seio maxilar foi solicitada tomografia computadorizada,
que mostrou imagem hiperdensa na periferia e hipodensa no centro. Pediu-se hemograma, exames bioquímicos
e urina rotina e os resultados se apresentaram dentro da normalidade. Então as hipóteses diagnósticas foram
reduzidas a fibroma ossificante periférico e osteoma. Foi realizada biópsia incisional e a análise histopatológica
revelou fragmentos de tecido conjuntivo ricamente celularizado, com colagenização variável, presença de tecido
ósseo maduro, organizado em amplas trabéculas, tecido medular com celularidade variável. Diante de todos os
achados no exame clínico e complementares, o diagnóstico final foi de exostose óssea. A lesão foi removida, após
3 meses de proservação foi observado aspecto de normalidade na área operada O paciente foi encaminhado para
confecção de novas próteses.

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17 – PATOLOGIA DA HIPOMOBILIDADE MANDIBULAR:


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Autores: BRUNO LUIZ MENEZES DE SOUZA (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);DANIEL FERREIRA DO
NASCIMENTO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); ILKY POLLANSKY SILVA E FARIAS (HOSPITAL REGIONAL
DO AGRESTE); GABRIELA GRANJA PORTO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); PAULO ROBERTO FERREIRA
CERQUEIRA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE)

Introdução: Um grande número de distúrbios pode provocar limitação no grau de abertura bucal. A etiologia da
hipomobilidade mandibular é frequentemente associada a desarranjos internos das articulações temporoman-
dibulares, desordens dos músculos mastigatórios, anquiloses verdadeiras da ATM e neoplasias que afetam a
região articular ou regiões circunvizinhas. Outras possíveis causas, de baixa prevalência, que estão associadas a
limitação da abertura bucal incluem as alterações congênitas ou de desenvolvimento da mandíbula. A Hiperplasia
do Processo Coronoide (HPC) compreende uma dessas alterações, na qual, por obstrução mecânica, o processo
coronoide alongado impacta na parte posterior do osso zigomático, impedindo a abertura bucal plena. Sua exata
etiologia ainda permanece indefinida, porém múltiplas teorias têm sido propostas, como o trauma; interação
genética; estímulo endócrino e hiperatividade do músculo temporal. A HPC é uma condição rara, que geralmente
afeta homens jovens e que se desenvolve como condição progressiva e dolorosa de limitação de abertura bucal,
unilateral ou bilateral, podendo existir assimetria facial nos casos unilaterais. Como os sinais e sintomas das con-
dições de hipomobilidade mandibular são bastante comuns entre si, o estabelecimento do diagnóstico preciso
pode ser um desafio e gerar erros diagnósticos. Aliado ao exame clínico, exames de imagem complementares são
essenciais, como as radiografias panorâmicas e, principalmente, as tomografias computadorizadas e ressonâncias
magnéticas, as quais devem ser avaliados através das imagens em 3D e, também, dos cortes coronais, axiais e
sagitais, permitindo avaliação global do sistema articular temporomandibular e dos componentes vizinhos. O
objetivo do presente trabalho compreende discutir o diagnóstico diferencial e os meios de diagnóstico comple-
mentares para as patologias da hipomobilidade mandibular, ilustrando o caso de um paciente encaminhado ao
serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do Hospital Regional do Agreste com queixas de diminuição
progressiva e indolor de abertura de boca, o qual fora diagnosticado com hiperplasia bilateral das apófises coro-
noides da mandíbula.

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27 – HIPERPLASIA BILATERAL DO PROCESSO CORONOIDE:


RELATO DE CASO

Autores: EDUARDO DE ALMEIDA SOUTO MONTENEGRO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);PROF. DR.
MARCOS ANTONIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); PROF. DR. ANÍBAL HENRIQUE
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); RES. MS. CLAUDIO NUNES RIBEIRO NETO (HOSPITAL DE EMERGÊNCIA
E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA); RES. RODRIGO TOSCANO DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA)

Introdução: A hiperplasia do processo coronoide é uma condição rara, que apresenta-se clinicamente como uma
progressiva redução da abertura bucal, resultante da interferência do processo coronoide com o osso zigomático.
É uma patologia de etiologia ainda incerta, que compromete mais o sexo feminino, podendo ocorrer uni ou bila-
teralmente. O tratamento consiste basicamente na remoção cirúrgica do processo coronoide, permitindo assim,
a livre movimentação da mandíbula. A fisioterapia pós-operatória nesses casos tem grande importância como
também uma longa proservação desses pacientes. Paciente D.G.S., sexo masculino, 25 anos, branco, procurou o
serviço de cirurgia e traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Lauro Wanderley – UFPB com
queixa de limitação de abertura bucal, o mesmo relatou que este problema vinha progredindo desde sua infância,
com a perda gradual da abertura bucal. Ao exame físico extra-oral, o paciente não apresentava assimetria facial ou
qualquer outra alteração importante. Ao exame intra-oral, o mesmo apresentava severa limitação dos movimen-
tos mandibulares e comprometimento de alguns elementos dentários. Ao exame radiográfico e tomográfico, foi
observado um alongamento do processo coronoide mandibular bilateralmente, estando estes em íntimo contato
com os ossos zigomáticos. O tratamento proposto foi a remoção cirúrgica dos processos coronoide, através da
coronoidectomia. O paciente encontra-se no oitavo mês de pós-operatório, onde, até o momento, apresentando
bons resultados.

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32 – TRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR PATOLÓGICA


POR HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS

Autores: BRUNO LUIZ MENEZES DE SOUZA (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);DANIEL FERREIRA DO NAS-
CIMENTO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); ILKY POLLANSKY SILVA E FARIAS (HOSPITAL REGIONAL DO
AGRESTE); RAFAEL DE SOUSA CARVALHO SABOiA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); AIRTON VIEIRA LEITE
SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE)

Introdução: A Histiocitose de Células de Langerhans (HCL) compreende um grupo de desordens incomuns carac-
terizadas pela proliferação anormal de células de Langerhans derivadas da medula óssea e de eosinófilos, gerando
infiltração local e destruição dos tecidos onde há acúmulo patológico dessas células. A HCL é uma condição rara,
com incidência estimada em 8-9 casos por milhão/ano e de etiologia ainda desconhecida. A apresentação clínica
dessa patologia é bastante heterogênea, partindo desde casos com acometimento unifocal de curso geralmente
benigno, a condições multi-sistêmicas que ponham em risco a vida do paciente. Essa patologia pode se apresentar
em três variantes (Granuloma Eosinofílico; Síndrome de Hand-Schuller-Christian; Doença de Letterer-Siwe) que
compartilham aspectos clínicos e histológicos semelhantes, a depender de fatores como localização das lesões,
órgãos acometidos e agressividade da patologia, existindo casos relatados de envolvimento em pele, pulmões,
ossos, linfonodos ou uma combinação desses. O tratamento de escolha ainda permanece controverso, devendo
ser eleito com base na extensão e severidade de cada caso. Este trabalho objetiva relatar o caso clínico da paciente
V.A.M., 38 anos e do sexo feminino, a qual compareceu ao serviço de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial
do Hospital Regional do Agreste, Caruaru/PE, com queixa principal de dor crônica em região mandibular es-
querda e sensação de “ossos soltos no local” (sic). Ao exame clínico, não foram observadas alterações extra-orais
dignas de nota. Ao exame intra-oral, observou-se edentulismo total inferior e presença de mobilidade e crepita-
ção óssea em região de corpo mandibular esquerdo, local onde a paciente relatava dor. Ao exame de imagem pa-
norâmico, presença de extensa área de osteólise radiolúcida e perda da continuidade óssea em região basilar, em
corpo mandibular esquerdo, sugerindo fratura patológica. A paciente foi submetida a biópsia incisional, a qual
confirmou o diagnóstico de HCL. Foi solicitada cintilografia óssea para excluir possíveis lesões ocultas, confir-
mando lesão única em mandíbula e, portanto, diagnóstico clínico de Granuloma Eosinofílico. Nessas condições,
o tratamento de escolha foi o radical, com ressecção em bloco da lesão com margens de segurança e reconstrução
imediata com enxerto autógeno livre de crista ilíaca anterior fixado através de placa de reconstrução (2.7mm) e
parafusos bicorticais, permitindo a remoção da lesão e restabelecimento estético e funcional imediato a paciente.
Em avaliações pós-operatórias subsequentes, observou-se: cicatrização adequada, sem deiscência ou infecção;
preservação da função normal do ramo do nervo facial; integração satisfatória do enxerto ósseo. A mesma segue
em acompanhamento ambulatorial há 03 anos, sem sinais e/ou sintomas de recidiva.

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36 – SIALOLITÍASE EM GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO


DE CASO

Autores: JHONNY LAMIN MARQUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - FACULDADE DE ODONTOLO-
GIA - CAMPUS AC SIMÕES);MOISÉS OMENA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - FACULDADE DE
ODONTOLOGIA - CAMPUS AC SIMÕES); JOÃO TENÓRIO SOARES VIEIRA TAVARES (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE ALAGOAS - FACULDADE DE ODONTOLOGIA - CAMPUS AC SIMÕES); JANAINA ANDRADE LIMA SALMOS DE
BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - CAMPUS LAGARTO); RICARDO VIANA BESSA NOGUEIRA (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - FACULDADE DE ODONTOLOGIA - CAMPUS AC SIMÕES)

Introdução: A Sialolitíase é caracterizada pela interrupção do fluxo salivar devido a formação de cálculos, deno-
minados sialólitos, no interior do ducto ou no próprio parênquima da glândula salivar acometida. Não possui
etiologia bem definida e os sialolitos apresentam formato arredondado, oval ou alongado e tamanho variado
(desde um grão de milho até um caroço de azeitona). Entre as glândulas salivares maiores, a submandibular é a
mais frequentemente acometida. O diagnóstico é obtido por meio da história (desconforto local ao se alimentar)
, quadro clínico, exame físico, e visualização através de exames de imagem (como radiografias oclusais). O trata-
mento depende da duração dos sintomas, do número de repetições dos episódios, do tamanho e da localização do
sialólito. O presente trabalho objetiva relatar o caso clínico de um paciente de 64 anos de idade com sialolitíase
no ducto da glândula submandibular, tratado através da remoção cirúrgica do sialólito; como também, realizar
considerações atuais sobre o manejo dessa patologia.

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47 – TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA UNICISTICO EM


ADOLESCENTE : DO DIAGNÓSTICO À REABILITAÇÃO - RELATO
DE CASO CLINICO

Autores: FLÁVIA ANDREZZA GOMES ALVES (*) (INSTITUTO EDUCACIONAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE);PAULO
ALEXANDRE DA SILVA

Introdução: O ameloblastoma é o tumor odontogênico benigno mais comum, de crescimento lento e invasivo .
Os pacientes podem apresentar poucos sintomas durante o seu crescimento, podendo o mesmo expandir-se para
as corticais vestibular, lingual ou palatina. Radiograficamente podem se apresentar como unicístico ou multicísti-
co que se caracterizam por destruição óssea com caraterísticas especificas. O tratamento pode variar entre radical
com ressecção óssea e conservadora através de curetagem dependendo de cada caso. O presente relato se refere
a um paciente gênero masculino 13 anos de idade portador de ameloblastoma em região posterior de mandíbula
direita, o qual foi tratado de forma conservadora por meio de descompressão, seguida de enucleação, curetagem
e, posteriormente, realizada reconstrução e reabilitação com implantes osteointegráveis e coroas metaloerâmi-
cas, com seguimento de 52 meses, sem sinais de recidiva.

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49 – CISTO ODONTOGÊNICO BOTRIOIDE: RELATO DE CASO

Autores: FERNANDA SUELY BARROS DANTAS (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA);ALFREDO LUCAS
NETO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); CAROLINA DE LOURDES LOPES RÊGO (UNIVERSIDADE ES-
TADUAL DA PARAÍBA); GUSTAVO DIAS GOMES DA SILVA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); JOSÉ DAVI
PEREIRA MARTINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA)

Introdução: O Cisto Odontogênico Botrioide (COB) é uma lesão incomum dos ossos maxilares considerada uma
variante multicística do Cisto Periodontal Lateral em virtude de sua apresentação microscópica já que ambos
são revestidos por um epitélio delgado com espessamentos focais onde, por vezes, observam-se células claras.Os
espaços císticos são separados por finos septos de tecido conjuntivo, apresentam aspectos radiográficos de áreas
radiolúcidas que podem ser multiloculares e ausência de evidência de origem inflamatória. A histogênese dessa
lesão é incerta, porém a literatura acredita que resulte da proliferação de restos da lâmina dentária. Trata-se de
uma lesão benigna, porém de característica agressiva e recidivante. A Paciente S.L.O.C., 35 anos procurou atendi-
mento odontológico relatando aumento de volume em região de corpo mandibular direito, ao exame radiográfico
identificamos presença de lesão radiolúcida envolvendo o elemento 46 estendendo-se aos dentes vizinhos, foi
realizado a exodontia do 46 seguido de biopsia e constatou-se tratar de um cisto botrioide, então optou-se pelo
tratamento cirúrgico com ressecção parcial de mandíbula com enxerto ósseo da crista ilíaca, para reconstrução do
defeito produzido e posteriormente a reabilitação com implantes dentários.

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53 – SIALOLITO GIGANTE EM DUCTO SUBMANDIBULAR:


RELATO DE CASO

Autores: HIGINO FERNANDO PORFIRIO SILVA (*) (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE);JOSÉ RICARDO
MIKAMI (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE); RICARDO BESSA VIANA NOGUEIRA (INSTITUTO ODON-
TOLÓGICO DO NORDESTE); MARCUS ANTONIO BRÊDA JÚNIOR (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE);
MILKLE BRUNO PESSOA SANTOS (INSTITUTO ODONTOLÓGICO DO NORDESTE)

Introdução: A sialolitíase é uma condição patológica encontrada nas glândulas salivares devido à formação de
material mineralizado no interior da glândula ou no ducto, acarretando obstrução do fluxo salivar. A glândula
pode apresentar inflamação crônica e ocasionalmente processo infeccioso agudo. A maioria dos cálculos ocorre na
glândula submandibular, seguida da glândula parótida. A glândula sublingual e as salivares menores raramente
são afetadas. A sialolitíase é diagnosticada por uma associação de seus sinais, sintomas e exames de imagem. Os
sintomas clássicos da obstrução são manifestados por dor e edema da glândula envolvida principalmente du-
rante as refeições. As técnicas de diagnóstico por imagem incluem radiografias (oclusal) , sialografia, tomografia
computadorizada e sialoendoscopia. Existem várias técnicas para a remoção de cálculos salivares. O tratamento
depende principalmente da glândula afetada, do tamanho e da localização do sialolito. O objetivo deste trabalho
foi relatar o caso clínico de um paciente de 46 anos com aumento volumétrico na região do ducto submandibular
direito, com cerca de 3 cm de comprimento, recoberto por mucosa hiperemiada. Na palpação, o mesmo apresen-
tava-se com consistência dura e dolorosa com discreta saída de exudato purulento pela carúncula sub-lingual. Na
radiografia oclusal de mandíbula revelou imagem radiopaca de formato cilíndrico compatível com o trajeto do
ducto submandibular direito. Com a hipótese diagnóstico de sialolitíase, realizou-se uma incisão sobre o ducto
submandibular, sendo removido um sialolito com cerca de 3 cm de comprimento e 1 cm de largura. O paciente
evoluiu com melhora do quadro e sem complicações. O relato deste caso clínico torna-se relevante pelo fato de
sialolitos gigantes no ducto da glândula submandibular serem raros, sendo importante contribuir com mais ca-
sos para a literatura a fim de que outros cirurgiões-dentistas possam ter maior base científica para a condução de
novos casos.

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57 – CIRURGIA PARAENDODÔNTICA: TÉCNICA CIRÚRGICA E


RELATO DE CASO EM REGIÃO MANDIBULAR

Autores: ANA CAROLINA NIEHUES NUNES (*) (INSTITUTO CATARINENSE DE ODONTOLOGIA E SAÚDE -
ICOS);ANTÔNIO EUGÊNIO MAGNABOSCO NETO (INSTITUTO CATARINENSE DE ODONTOLOGIA E SAÚDE -
ICOS);

Introdução: Resumo: A cirurgia paraendodôntica possui como finalidade remover tecidos patologicamente alte-
rados próximos ao periápice, quando o tratamento ou retratamento endodôntico não revela sinais de reversão do
quadro patológico. Este trabalho apresenta um caso clínico de uma paciente de 28 anos do sexo feminino, com
dor à palpação nos elementos 37 e 38, apresentando ao exame de imagem presença de lesão cística intra-óssea.
Para descompressão e diminuição do volume da lesão foi aplicada a técnica de marsupialização, e no mesmo
momento punção aspirativa e biópsia incisional com resultado de cisto periapical. A exérese completa da lesão
foi realizada após a regressão do volume, de uma forma mais segura, minimizando desta forma as chances de
fratura mandibular. A técnica cirúrgica periapical é muito efetiva em casos onde a via endodôntica não obteve os
resultados satisfatórios, evitando exodontias e garantindo assim uma maior sobrevida dos elementos dentais.
Palavras-chave: Cirurgia Paraendodôntica. Técnica cirúrgica. Tratamento.

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68 – ADENOCARCINOMA DE GLÂNDULA SALIVAR MENOR:


RELATO DE 3 CASOS CLÍNICOS

Autores: KELLY BIENK DIAS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);ANACLÁUDIA PEREIRA
COSTA FLORES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); SÉRGIO ANTÔNIO SCHIEFFERDECKER
(HOSPITAL ERNESTO DORNELLES); MANOEL SANT’ANA FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
SUL);

Introdução: As neoplasias malignas de glândula salivar ou Adenocarcinomas são um grupo heterogêneo de doen-
ças que podem apresentar comportamento agressivo, por muitas vezes necessitando de ressecção cirúrgica com
margem de segurança, esvaziamento de cadeias linfáticas cervicais e radioterapia, com finalidade de evitar me-
tástase regional e à distância. Estas neoplasias representam aproximadamente 5% dos tumores malignos de
cabeça e pescoço e 10% da cavidade oral. De acordo com suas características clínicas iniciais, podem erronea-
mente ser confundidos com neoplasias benignas, que demandam de protocolos de tratamento muito diferentes
dos recomendados para as malignas. A última classificação da Organização Mundial da Saúde contém mais de
40 tipos de Adenocarcinoma, que possuem características clínicas e evoluções diferentes. Devido à sua gran-
de diversidade histológica podem necessitar de métodos auxiliares de análise, como a imunoistoquímica, para
determinar o diagnóstico definitivo e com isto, a indicação de terapêutica adequada. Os autores apresentam 3
casos clínicos de Adenocarcinoma, sendo o Carcinoma ex-adenoma pleomórfico, Adenocarcinoma polimorfo de
baixo grau e Carcinoma adenoide cístico, todos originados de glândula salivar menor porém de comportamentos
clínicos distintos. Os pacientes foram submetidos à biópsia, análise anatomopatológica e imunoistoquímica para
confirmação dos diagnósticos e foram tratados através de equipe multidisciplinar, incluindo Oncologia e Cirur-
gia de cabeça e pescoço. Considerando-se que o diagnóstico preciso é fundamental para o plano de tratamento,
podendo influenciar positivamente no curso da terapia empregada e no prognóstico dos pacientes, ressalta-se a
importância da conduta adequada frente a essas patologias, que fazem parte da rotina dos serviços de Cirurgia
Buco-maxilo-facial.

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75 – MEDIASTINITE DESCENDENTE NECROZANTE DE ORIGEM


DENTÁRIA

Autores: DEISE PONZONI (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL/HOSPITAL DE CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE);ADRIANA CORSETTI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ANGELO LUIZ FRE-
DDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL/HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE); EDELA
PURICELLI (COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE);

Introdução: Uma das mais graves e letais formas de mediastinite é a mediastinite descendente necrozante (MDN).
A mortalidade associada a essa condição varia de 30 a 40% dos casos. É causada pela propagação descendente
de infecções cervicais profundas (ICP) , na maioria das vezes de origem dentária (segundos e terceiros molares).
Relato de caso clínico: Paciente de 28 anos, masculino, com queixa de dor dentária associada aos molares infe-
riores esquerdos. Edema em região submandibular esquerda com quatro dias de evolução. Apresentando trismo,
disfagia e febre superior a 39ºC, dispnéia e queixa de dor compressiva na região torácica. Exame radiográfico
panorâmico evidenciou os dentes 38 e 36 com importante comprometimento por cárie. Histórico de dificuldades
para higienização, pericoronarite recorrente e dor na região do 38. Fratura coronária do dente 15. Os achados
clínicos intrabucais foram confirmados pela radiografia panorâmica e tomografia computadorizada de ossos da
face. Tomografia de tórax evidenciou derrame pericárdico, com espessamento/impregnação dos folhetos pericár-
dios; atelectasias subsegmentares em ambos os pulmões; derrame pleural bilateral; adenomegalia pré-vascular
inclusive com provável área de necrose central. O paciente foi submetido à toracotomia bilateral, com exploração
do mediastino, drenagem pleural e exploração cervical (onde foi observada a comunicação com espaço retrofa-
ríngeo e mediastino). O mesmo permaneceu sob cuidados intensivos recebendo cefepime e clindamicina por 21
dias. Nova toracotomia exploratória foi realizada com drenagem pericárdica. Diante da piora do quadro clínico a
antibioticoterapia foi substituída por meropenem e vancomicina por 14 dias. Discreta melhora do quadro, sendo
então o paciente submetido à intervenção bucomaxilofacial para remoção dos dentes causadores do processo.
Após as exodontias, houve estabilização clínica do paciente. O paciente recebeu alta hospitalar sete dias após a
intervenção. Discussão: A rápida propagação da MDN com origem dentária é facilitada pela gravidade, respira-
ção, pressão intratorácica negativa no mediastino e cavidades pleurais durante a inspiração, ausência de barreiras
nos planos fasciais, formação de gases tóxicos e necrose tecidual. O tratamento primário inclui antibioticoterapia
endovenosa, manutenção da via aérea, drenagem (acesso transcervical e/ou torácico) e remoção da causa. Consi-
derações finais: A MDN permanece sendo uma doença agressiva e fatal. A raridade da condição está associada ao
diagnóstico tardio e consequente atraso na instituição do tratamento, levando à alta letalidade da doença.

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79 – TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE:


RELATO DE CASO

Autores: LAYS NÓBREGA GOMES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);AMANDA SOARES COSTA (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); PEDRO EVERTON MARQUES GOES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PA-
RAÍBA); JOSÉ WILSON NOLETO RAMOS JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO
FARIAS DE PAIVA. (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante (TOEC) é uma lesão benigna de origem epitelial que
contempla menos de 1% de todos os tumores odontogênicos. Frequentemente acomete pacientes com idade en-
tre 30 e 50 anos e não há predileção por gênero. Em 95% dos casos apresenta-se como lesão intraóssea e em 5%
como extra óssea ou periférica. Clinicamente pode-se observar um aumento de volume indolor e de crescimento
lento. Radiograficamente apresenta considerável variação, podendo ser uni ou multilocular, com a presença ou
não de radiopacidades, dependendo do grau de calcificação no seu interior. Pode estar associado a um dente inclu-
so. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica podendo variar de uma intervenção conservadora á uma ressec-
ção mais agressiva. O presente trabalho objetiva apresentar a sequência de abordagens adotadas em um caso de
TOEC cístico diagnosticado no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário
Lauro Wanderley. Paciente do sexo masculino, 19 anos, leucoderma, chegou ao serviço apresentando como quei-
xa principal um aumento de volume indolor do lado direito da face. A ectoscopia foi detectada assimetria facial. A
oroscopia foi identificado um aumento de volume pouco consistente e de coloração normal da mucosa. Ao exame
radiográfico observou-se a presença de lesão intraóssea radiolúcida unilocular, de bordos bem definidos, associa-
do ao dente 17 incluso, assintomática, com tempo de evolução de cerca de seis meses (SIC) , ao exame tomográ-
fico observou-se rompimento da cortical. Para fins diagnósticos e de tratamento foi realizada punção aspirativa
revelando líquido sero-sanguinolento, seguida de biopsia incisional e descompressão da lesão. Após 14 meses de
acompanhamento, a lesão foi removida por enucleação com ostectomia periférica. O paciente foi acompanhado
por 18 meses, demonstrando neoformação óssea local. O presente relato mostrou que a descompressão de TOEC
cístico é uma abordagem válida que tem por objetivo diminuir o seu tamanho, para que, posteriormente, possam
ser removidos de forma mais segura, evitando danos a estruturas nobres.

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92 – ODONTOMA COMPLEXO - RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: WECKESLLEY LEONARDO DE ASSIS XIMENES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
NORTE);ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO
PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); DANIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)

Introdução: Odontomas são tumores odontogênicos considerados anomalias de desenvolvimento, resultantes do


crescimento de célualas epiteliais e mesenquimais diferenciadas. A etiologia permanence desconhecida, embora
traumatismo local, infecção, e fatores genéticos, têm sido sugeridos. Epidemiologicamente, Odontomas são os
mais frequentes tumores odontogênicos, com uma incidência de 22 a 67% de todos os tumores dos maxilares. As
lesões são mais frequentemente na primeira e segunda décadas de vida, sem predileção por gênero. Clinicamente
são lesões assintomáticas e diagnosticados em estudos de exames de imagens de rotina (Raio x panorâmica e/
ou Raio xperiapical). O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica da lesão e dos dentes envolvidos. O objetivo
deste trabalho é relatar e discutir um caso clínico de um paciente do sexo masculino, que compareu ao serviço de
CTBMF/UFRN, queixando-se de aumento de volume em região posterior de maxila do lado direito, com evolu-
ção de 1 ano. No exame de imagem foi observado lesão tumoral, associado ao elemento 16 (densa massa sólida
radiopaca, circunscrita por uma fino halo radiolúcido, com relação com o elemento 16 incluso). Após planeja-
mento cirúrgico, foi realizado acesso intra-bucal em crista alveolar com incisão anterior relaxante e osteotomias,
posteriormente realizando-se remoção da lesão em fragmentos e exodontia do elemento dentário envolvido.
Após 1 ano e seis meses de pós operatório, paciente encontra-se sem queixas, sem aumento de volume em face,
cicatrização normal da área operada, e sem recidiva da lesão.

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98 – LIPOMA EM REGIÃO MAXILOFACIAL: RELATO DE CASO

Autores: FLAVIA LOUISE GREZE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);AÉCIO ABNER CAMPOS
PINTO JUNIOR (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); VITOR JOSÉ FONSECA
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); JOANNA FARIAS DA CUNHA (HOSPI-
TAL DAS CLÍNICAS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); WAGNER HENRIQUES DE CASTRO (HOSPITAL
DAS CLÍNICAS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)

Introdução: RESUMO COBRAC RESUMO (VÍDEO-POSTER) Lipoma em região Maxilofacial: Relato de Caso
Flávia Louise Greze* Aécio Abner Campos Pinto Junior Vitor José Fonseca Joanna Farias da Cunha Wagner
Henriques de Castro O lipoma é caracterizado como uma neoplasia mesenquimal de tecido adiposo, sendo a
mais comum dentre esses tipos de lesões. Acomete, com maior frequência, a região torácica e porção proximal
das extremidades, sendo pouco frequente na cavidade bucal e região maxilofacial. Apresentamos o caso de uma
paciente, do gênero feminino, melanoderma, 52 anos de idade, que compareceu ao Serviço de CTBMF do Hospi-
tal das Clínicas da UFMG apresentando queixa de aumento de volume do lado esquerdo da face. Ao exame físico
extrabucal foi observada a presença de uma tumefação, em face do lado esquerdo, bem delimitada, de consistên-
cia macia, assintomática, localizada inferiormente ao osso zigomático, próxima ao ramo e ângulo mandibulares
do mesmo lado. Foi solicitado exame de ultrassonografia que revelou a presença de tumor sólido heterogêneo
na espessura do subcutâneo, visível, macio, com limites mal definidos, medindo 40x40x13,5mm. Com base nos
achados clínicos e imaginológicos foi sugerida a hipótese diagnóstica de lipoma. Foi proposto à paciente uma
intervenção cirúrgica, sob anestesia geral, visando a biópsia excisional da lesão. O tratamento foi realizado con-
forme a proposição aceita pela paciente, através de acesso extra-oral (submandibular). A peça cirúrgica removida
foi encaminhada ao laboratório, para análise histopatológica, que apontou resultado compatível com lipoma re-
vestido por fina cápsula fibrosa. A paciente evoluiu sem complicações e está em acompanhamento pós-operatório
de um ano, sem sinais de recidiva da lesão.

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123 – DISPLASIA FIBROSA EM MAXILA: RELATO DE UM CASO


DE RECIDIVA

Autores: ANA CAROLINA NIEHUES NUNES (*) (INSTITUTO CATARINENSE DE ODONTOLOGIA E SAÚDE -
ICOS);ANTÔNIO EUGÊNIO MAGNABOSCO NETO (INSTITUTO CATARINENSE DE ODONTOLOGIA E SAÚDE -
ICOS);

Introdução: A displasia Fibrosa é uma alteração óssea benigna, de etiologia incerta, caracterizada pela substitui-
ção do tecido ósseo por tecido conjuntivo fibroso, entremeado por trabéculas ósseas irregulares. Este trabalho
apresenta um caso clínico de Displasia Fibrosa de uma paciente do sexo feminino, 27 anos, envolvendo a maxila
direita, com obstrução do seio maxilar, proptose ocular e deformidade facial. A paciente realizou procedimento
cirúrgico há cerca de 10 anos para ressecção da mesma, retornando com recidiva e deformidade facial presente.
O tratamento preconizado foi de ressecção cirúrgica e devido à possibilidade de 25 a 50% de recidiva, a paciente
encontra-se em proservação. Palavras-chave: Displasia Fibrosa. Recidiva. Tratamento.

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136 – ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU


MIMETIZANDO LESÃO ODONTOGÊNICA

Autores: ANACLÁUDIA PEREIRA COSTA FLORES (*) (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE);FERNANDO
ZUGNO KULCZYNSKI (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE); WAGNER BREIT (POLICLÍNICA MILITAR DE
PORTO ALEGRE); RICARDO FERNANDES GARCIA (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE); KELLY BIENK
DIAS (HOSPITAL ERNESTO DORNELES)

Introdução: Os autores apresentam caso de paciente do sexo masculino, 42 anos de idade que percebeu aumento
de volume indolor em palato duro com quinze dias de evolução. A tumefação apresentava 2cm de diâmetro e era
recoberta por mucosa normal exceto por uma área, que apresentava ulceração. Radiograficamente, observou-se
associação com dente supranumerário retido e a tomografia computadorizada revelou dente envolto por área
unilocular expansiva. De acordo com o aspecto clínico e radiográfico a hipótese diagnóstica foi de lesão odonto-
gênica. Entretanto, devido ao curto tempo de evolução (15 dias) relatado pelo paciente, levantou-se a hipótese
de lesão maligna e foi realizada biópsia incisional. Ao exame anatomopatológico constatou-se a proliferação de
células epiteliais cuboidais que invadiam o tecido conjuntivo formando ilhas, cordões, estruturas ductiformes
e áreas de invasão perineural, compatível com lesão maligna de origem glandular sugerindo Adenocarcinoma
Polimorfo de Baixo Grau (APBG) ou Carcinoma Adenoide Cístico (CAC). Na literatura, preconiza-se o mesmo
manejo cirúrgico para as duas patologias, ou seja, em ambos os casos a ressecção com margem de segurança está
indicada e, a partir disso, onde é obtido material suficiente para análise imunoistoquímica e assim com o diag-
nóstico final, pode ser definida ou não a necessidade de terapia adjuvante bem como o prognóstico do paciente.
O presente caso demonstra que, através da biópsia incisional não se obteve um diagnóstico definitivo, porém, foi
possível definir a conduta terapêutica inicial, que foi a ressecção total da lesão com margens negativas de tumor,
através da hemi-maxilectomia realizada pela equipe de cabeça e pescoço e, após investigação imunoistoquímica o
diagnóstico final de APBG, definindo, junto à equipe de oconcologia, a radioterapia como terapêutica adjuvante.
Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento e livre de recidiva onde, após o tratamento radioterá-
pico, foram instituídas sessões de fisioterapia para evitar fibrose e limitação funcional e instalada prótese maxi-
lo-facial para correção temporária do defeito. Tendo em vista o caso apresentado salienta-se que a indicação de
biópsia incisional na suspeita de malignidade e o tratamento multidisciplinar após o diagnóstico definitivo são de
extrema importância para o correto tratamento sendo decisivos no prognóstico desse tipo de lesão.

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138 – CISTO ODONTOGÊNICO ORTOCERATINIZADO DE MAXILA


COM ODONTOMA: RELATO DE CASO

Autores: FERNANDO ZUGNO KULCZYNSKI (*) (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE);ANACLÁUDIA PE-
REIRA COSTA FLORES (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE); WAGNER BREIT (POLICLÍNICA MILITAR DE
PORTO ALEGRE); RICARDO FERNANDES GARCIA (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE); KELLY BIENK
DIAS (HOSPITAL ERNESTO DORNELES)

Introdução: O presente caso clínico relata uma mulher de 33 anos com queixa principal de alteração da posição
dos dentes 11 e 12 com tempo de evolução de aproximadamente 12 meses. A tomografia computadorizada reve-
lou uma imagem hipodensa com limites definidos localizada na maxila da distal do 21 à distal do 15. Notou-se
abaulamento e adelgaçamento das corticais vestibular e palatina. No interior dessa imagem observou-se uma
massa hiperdensa homogênea sugestiva de odontoma. Observou-se deslocamento dos elementos dentários 11
e 12 sem reabsorção das raízes. A enucleação da lesão foi feita sob anestesia local e o exame anatomopatológico
revelou o diagnóstico de cisto odontogênico ortoceratinizado com odontoma complexo. O cisto odontogênico
ortoceratinizado (COO) caracteriza-se por ser uma cavidade cística contendo escamas de ceratina, revestida por
epitélio escamoso estratificado com superfície descamativa ortoceratinizada. Também há presença de grânulos
de ceratoialina na camada epitelial abaixo da ortoceratina. A espessura epitelial é fina e externamente nota-se
cápsula de tecido conjuntivo fibroso com discreto infiltrado inflamatório crônico. O COO foi reconhecido como
uma variante do tumor odontogênico ceratocístico pela presença abundante de ortoceratina na camada desca-
mativa. O odontoma é um hamartoma composto por vários tecidos dentários como esmalte, cemento, dentina e
em alguns casos polpa. Eles têm crescimento lento como os tumores benignos mostrando comportamento não
agressivo. Essa lesão é extremamente rara, sendo somente relatado um caso de ocorrência simultânea dessas
duas lesões na literatura de língua inglesa. Assim sendo, as lesões extensas dos maxilares devem ser investigadas
para que se possa fazer distinção entre lesões de natureza maligna e benigna a fim de que o correto tratamento
seja empregado. Pela natureza benigna das duas lesões o tratamento escolhido de enucleação foi o suficiente e a
paciente vem sendo acompanhada sem sinais de recorrência.

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141 – OSTEONECROSE DOS MAXILARES INDUZIDA


POR BIFOSFONATOS (BP’S) : ASPECTOS CLÍNICOS,
FARMACOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO.

Autores: LISANDRA EDA FUSINATO ZIN CIAPPARINI (*) (UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO
URUGUAI E DAS MISSÕES - URI - CAMPUS DE ERECHIM);WOLNEI LUIZ AMADO CENTENARO (UNIVERSIDADE
REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES - URI - CAMPUS DE ERECHIM);

Introdução: Osteonecrose dos maxilares induzida por bifosfonatos (BP’s) : Aspectos clínicos, farmacológicos e
diagnóstico. CENTENARO, Wolnei Luiz Amado (Professor do Curso de Odontologia da URI-Campus de Ere-
chim-RS) , CIAPPARINI, Lisandra Eda Fusinato Zin (Acadêmica do Curso de Odontologia da URI – Campus de
Erechim-RS). Revisão bibliográfica em periódicos disponíveis nas bases de dados Medline, Portal de Periódicos
da CAPES, PubMed, LILACS e Bireme durante o período de 1995 – 2015 a respeito da osteonecrose induzida por
bifosfonatos. O aumento da expectativa de vida faz com que ocorra um aumento na administração dos fármacos
bifosfonatos. Considerando o número crescente de casos de Osteonecrose dos Maxilares associada ao uso de
fármacos bifosfonatos, a morbidade associada a esta patologia e a evidenciação da mesma após procedimentos
odontológicos aliada a dificuldade de resposta aos tratamentos com antimicrobianos convencionais, torna- se
necessário mais pesquisas sobre o assunto, para que cirurgiões – dentistas possam alertar seus pacientes sobre
a possibilidade do desenvolvimento da doença, além de estabelecer medidas preventivas no planejamento e exe-
cução de procedimentos odontológicos. O desenvolvimento da osteonecrose dos maxilares pode estar ligada a
vários fatores de risco, dentre os quais a potência de cada tipo de bisfosfonato, o tipo de administração, a duração
do tratamento, presença ou não de traumas cirúrgicos (principalmente extrações) e pobre higiene oral. Apesar
dos benefícios terapêuticos dos bifosfonatos, estes estão associados com o desenvolvimento desta patologia de
difícil reversibilidade, principalmente após procedimentos odontológicos invasivos. Desta forma os cirurgiões
dentistas devem estar cientes para instituir protocolos preventivos em pacientes usuários deste medicamento.
Palavras-chave: Osteonecrose dos Maxilares, Bifosfonatos e Alendronatos.

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144 – EXCISÃO DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR POR


SIALODENITE CRÔNICA: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: ALEX TUBINO FERREIRA (*) (ODONTOPOS - INSTITUTO ODONTOLOGICO DE POS-GRADUAÇÃO);SÉR-


GIO ANTÔNIO SCHIEFFERDECKER (HOSPITAL ERNESTO DORNELLES); RUBENS DE SOUZA JÚNIOR (HOSPITAL
ERNESTO DORNELLES); KELLY BIENK DIAS (HOSPITAL ERNESTO DORNELLES);

Introdução: A glândula submandibular é o local mais acometido pelos sialolitos. As causas que tendem a favo-
recer a ocorrência maior de cálculos nesta glândula se dão através de sua localização anatômica que favorece
a estagnação salivar através de seu ducto de trajeto longo e ascendente, tornando o fluxo salivar mais lento e
contra a gravidade, e a saliva alcalina, rica em mucina e cálcio. Existem inúmeros tipos de tratamento para sia-
lolitíase dependo da localização e do tamanho do cálculo, onde pode ser indicado tratamento medicamentoso,
exclusivamente sintomático, estimulação glandular ou sialendoscopia com finalidade de eliminar o mesmo e,
excisão da glândula acometida. As sialodenites crônicas, representadas por processos inflamatórios e infecciosos
recorrentes originados por sialolitos podem, ao longo do tempo, causar atrofias e perda de função das glândulas
salivares devido à substituição do parênquima glandular por infiltrado inflamatório crônico e fibrose, indicando
a excisão das mesmas. Os autores apresentam caso clínico de sialodenite recorrente em glândula submandibular
devido à sialolitíase onde, após tentativas de tratamento não cirúrgico foi indicada a excisão da glândula através
de abordagem transcervical.

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155 – TRATAMENTO DE DISPLASIA FIBROSA EM MAXILA :


RELATO DE CASO CLINICO

Autores: SARAH CAROLINA DUARTE LOUZADA (*) (UFMG);VITOR JOSÉ DA FONSECA (HOSPITAL DAS CLINI-
CAS); AÉCIO ABNER CAMPOS PINTO JÚNIOR (HOSPITAL DAS CLINICAS); LUIZ CÉSAR FONSECA ALVES (UFMG /
HOSPITAL DAS CLINICAS); WAGNER HENRIQUES DE CASTRO (UFMG/ HOSPITAL DAS CLINICAS)

Introdução: Paciente LGS, 15 anos, gênero masculino, compareceu à clínica de Patologia e Semiologia da Facul-
dade de Odontologia da UFMG apresentando queixa de “elevação na face do lado esquerdo”, assintomática, com
evolução de aproximadamente 07 anos. Os responsáveis pelo paciente apresentaram preocupação com o aspecto
psicossocial do mesmo. Durante a anamnese, o responsável pelo paciente relatou não existirem alterações sistê-
micas. Ao exame extrabucal observou-se assimetria facial, com aumento de volume do lado esquerdo. O exame
intrabucal revelou a presença de uma tumefação, de consistência firme, recoberta por mucosa normal, envolven-
do fundo de vestíbulo maxilar, do lado esquerdo. Exame radiográfico apresentou imagem radiopaca, com limites
difusos, em maxila do lado esquerdo, acometendo, inclusive, o seio maxilar ipsilateral. Visando a delimitação da
lesão, foi solicitado ao paciente exame de Tomografia Computadorizada por feixes cônicos que apresentou ima-
gem hiperdensa medindo aproximadamente 40mm em seu maior diâmetro. Após a realização de biópsia incisio-
nal que apresentou resultado compatível com lesão fibro-óssea benigna, foi proposto ao paciente e responsáveis
a opção de plastia/“shaving” da referida lesão, através de acesso intrabucal, sob anestesia geral. Por se tratar de
paciente ainda em fase de desenvolvimento esquelético, foi explicitada a possibilidade de novo crescimento da
lesão e da necessidade de nova intervenção cirúrgica no futuro. A proposição foi aceita pelo paciente e o procedi-
mento ocorreu sem intercorrências. Atualmente, o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de
03 meses, sem queixas, apresentando boa simetria facial e satisfeito como resultado alcançado.

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161 – INTERACTION OF STROMAL AND MICROVASCULAR


COMPONENTS IN KERATOCYSTIC ODONTOGENIC TUMORS

Autores: VANESSA SOUSA NAZARÉ GUIMARÃES (*) (OSWALDO CRUZ FOUNDATION, FIOCRUZ AND SCHOOL
OF DENTISTRY, FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA);ERNESTO SANTOS SOUSA NETO (SCHOOL OF DENTISTRY,
FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA); CLARISSA ARAÚJO GURGEL (OSWALDO CRUZ FOUNDATION, FIOCRUZ AND
SCHOOL OF DENTISTRY, FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA); BRAÚLIO CARNEIRO JÚNIOR (SCHOOL OF DENTIS-
TRY, FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA, AND IRMÃ DULCE HOSPITAL); JEAN NUNES DOS SANTOS (LABORATORY
OF ORAL SURGICAL PATHOLOGY, SCHOOL OF DENTISTRY, FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA)

Introdução: Objetive: The aim of this study was to investigate the role of mast cells (MCs) , myofibroblasts, ma-
crophages and their possible association with angiogenesis and lymphangiogenesis in keratocystic odontogenic
tumors (KCOTs) , radicular cysts (RCs) and pericoronal follicles (PFs). Material and Methods: 30 cases of KCOTs
were included and analyzed by immunohistochemistry for mast cell tryptase, &#945;-SMA, CD34, CD163, D240.
Fifteen cases of RC and seven PFs were also included. Results: Significant difference in MC density between RCs
and PFs and KCOTs (p = 0.00) , as well as between KCOTs and PFs (p = 0.00). Significant difference in the den-
sity of MFs was observed for KCOTs when compared to RCs and PFs (p = 0.00) , but no between RCs and PFs
(p > 0.05). No significant difference in macrophage (p = 0.084) and CD34-positive vessels (p = 0.244) densities
was observed between KCOTs, RCs and PFs. Significant difference in lymphatic vessel density was observed for
KCOTs when compared to RCs and PFs (p = 0.00) but no difference was observed between RCs and PFs (p>0.05).
Positive correlation was observed between mast cell tryptase and CD34 in KCOTs (p = 0.025). Inverse correlation
between &#945;-SMA and CD34 in RCs (p = 0.017) and PFs (p = 0.049) was observed. Conclusion: This study
demonstrated a significant interaction between the MC population and CD34-positive vessels in KCOTs, as well
as an inverse relationship between MFs and CD34-positive vessels in RCs and PFs, supporting the hypothesis
that MCs and blood vessels contribute to the formation and aggressiveness of KCOT.

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170 – CORTICOSTEROIDE INTRALESIONAIS NO TRATAMENTO


DE QUERUBISMO: RELATO DE CASO

Autores: PATRICK ARCANGELO PERTEL (*) (FAESA);MARTHA ALAYDE ALCANTARA SALIM VENANCIO (UFES/
FAESA); CECÍLIA WETLER MARCON (UFES); ROSSIENE MOTTA BERTOLLO (UFES); DANIELA NASCIMENTO SILVA
(UFES)

Introdução: O querubismo é uma doença fibro-óssea benigna que causa uma degradação óssea excessiva dos ma-
xilares desenvolvendo uma massa de tecidos fibrosos e geralmente está relacionado com uma herança genética. A
doença geralmente tem início entre 2 e 10 anos de idade, sua incidência é desconhecida e mostra graus variáveis
de remissão ou involução espontânea após a puberdade. O presente trabalho tem por objetivo descrever as carac-
terísticas clínicas, imaginológicas e histopatológicas do querubismo, por meio do relato do caso de uma paciente
jovem com envolvimento de múltiplos ossos do esqueleto craniofacial, com lesões ósseas graves ativas ainda aos
17 anos, enfatizando a terapia com injeção intralesional de corticosteroides em região anterior de mandíbula. Foi
utilizado o hexacetonido de triancinolona 20 mg associada ao cloridrato de levobupivacaína 0,5% com epinefrina
1:200.000, na proporção de 2:1ml, administrado em regime quinzenal, totalizando 17 aplicações. O corticosteroi-
de inibe a reabsorção dos osteoclastos maduros através da inibição da produção extracelular da reabsorção óssea,
por meio da mediação de proteases lisossomais e pela indução de apoptose de células osteoclásticas. A terapia
resultou em regressão e estabilização da lesão ao final do protocolo das aplicações e aumento da densidade óssea
observada radiograficamente. A injeção de corticosteroides intralesional na lesão mostrou-se como uma terapia
alternativa para lesão central de células gigantes extensa presente no querubismo, na qual a remoção cirúrgica
acarretaria em mutilação da face. É um procedimento de natureza menos invasiva, apresentando menor custo,
menor risco e permite tratar a lesão cirurgicamente com tamanho mais reduzido em um tempo posterior, se
necessário. As desvantagens desta terapia incluem: necessidade de sucessivas injeções do corticosteroide, longo
tempo de tratamento e colaboração do paciente. Recomenda-se acompanhamento periódico a longo prazo, em
virtude do potencial recidivante da lesão. É necessário maior número de estudos para consolidar a indicação e
aumentar a segurança das injeções de corticosteroides intralesionais nestas lesões, com objetivo de diminuir a
morbidade do tratamento e oferecer melhor qualidade de vida para o paciente.

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173 – MIXOMA ODONTOGÊNICO EXTENSO EM MAXILA:


CONSIDERAÇÕES CIRÚRGICAS

Autores: ANTONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);-
FRANCISCO DE ASSIS SOUZA JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS
PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO RIO GRANDE DO NORTE)

Introdução: Os Mixomas odontogênicos são neoplasias benignas, localmente invasivas, não metastatizantes,
visto quase que exclusivamente em áreas de suporte dos dentes. O seu tratamento pode variar de uma simples
excisão local, curetagem ou enucleação à ressecção radical. A recorrência é considerada estar diretamente rela-
cionada com o tipo de terapia. O presente trabalho apresenta um caso de tratamento cirúrgico ressectivo de um
extenso mixoma em região de maxila direita e uso de solução de Carnoy, abordado pelo acesso de Weber Ferguson
com extensão subciliar, com imediata reconstrução do defeito ósseo com tela de titânio (previamente modelada
em modelo prototipado) e bola de bichat. Atualmente a paciente encontra-se com um ano de pós-operatório sem
sinais clínicos e radiográficos de recidiva da lesão.

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188 – MIOFIBROMA INTRAÓSSEO EM MANDÍBULA: RELATO DE


CASO

Autores: HUGO LEONARDO MENDES BARROS (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO);CAIO BELI-
NI LOVISI (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO); FÁBIO RAMOA PIRES (UNIVERSIDADE DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO); HENRIQUE MARTINS DA SILVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO);

Introdução: Miofibroma intraósseo é um tumor raro, caracterizado pela proliferação localizada de células com
fenótipo miofibroblástico. Na região maxilofacial a localização mais comum é a mandíbula, seguida pela língua e
mucosa jugal, e mostra predileção por crianças e adultos jovens. Quando há envolvimento ósseo, a mandíbula é o
osso mais acometido. Clinicamente apresenta-se como uma massa de crescimento lento, em alguns casos poden-
do ser rápido, nodular, firme, sem queixas álgicas que raramente apresentam ulcerações. Por ser uma neoplasia
rara, o miofibroma, deve ser diferenciado de outras lesões que podem aparentar características semelhantes,
como leiomioma, neurofibroma, leiomiossarcoma, e fibroma desmoplásico. O tratamento de escolha para essas
lesões é a enucleação cirúrgica, embora alguns autores optem por ressecção, quando estes apresentam um quadro
mais agressivo. Normalmente o prognóstico após estes tipos de tratamento são excelentes e poucas recidivas
são relatadas. O objetivo desse trabalho é realizar um relato de caso sobre o tratamento conservador de um
miofibroma intraósseo em mandíbula em uma criança de dois anos de idade que procurou o serviço de cirurgia
e traumatologia bucomaxilofacial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Hospital Universitário Pedro
Ernesto, apresentando aumento de volume na região de ângulo da mandíbula com evolução de dois meses e
sem queixas álgicas. No exame físico notou-se uma massa firme de aproximadamente 5 x 2 centímetros, sem
acometimentos da região cervical e/ou linfonodos. No exame intra-oral a mucosa apresentava-se intacta com um
grande abaulamento do processo alveolar. Não foi relatado nenhum histórico familiar de lesões ou doenças sig-
nificativas. No exame de tomografia computadorizada, apresentava-se como uma lesão hipodensa, multilocular,
bem definida, se estendendo da região de sínfise a ângulo mandibular do lado esquerdo, com um grande abaula-
mento das corticais, apresentando pontos de descontinuidade em determinados locais. Paciente foi submetido à
biopsia incisional por acesso intra-oral, tendo sido diagnosticado como neoplasia mesenquimal benigna a escla-
recer. Com este resultado o paciente foi submetido à enucleação da lesão com ostectomia periférica, por acesso
intra-oral. O tumor foi cuidadosamente dissecado e removido em uma única peça. Foram realizadas ostectomias
periféricas em todo rebordo ósseo. O paciente evoluiu com um excelente pós-operatório, sem queixas álgicas, e
alta hospitalar 24h após o fim do procedimento. No exame histopatológico foi observada proliferação de células
fusiformes mostrando núcleos evidentes e citoplasma mal definido, dispostas em feixes e de forma aleatória, em
meio a vasos sanguíneos de pequeno calibre. Não foram observadas mitoses nem áreas de necrose. O paciente
encontra-se em acompanhamento ambulatorial sem sinais e sintomas que mostrem recidiva ou defeitos no de-
senvolvimento mandibular

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190 – GRANULOMA PIOGÊNICO EM REGIÃO PERI-IMPLANTAR:


RELATO DE CASO

Autores: ADRIANA CORSETTI (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);LUIZA BASTOS NOZARI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ANGELO LUIZ FREDDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL); DEISE PONZONI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);

Introdução: O Granuloma Piogênico apresenta-se como uma lesão proliferativa séssil, exofítica ou pediculada.
Esta lesão desenvolve-se em resposta a uma variedade de estímulos, como fatores hormonais, irritações locais
ou injúria traumática (Jafarzadeh H, et al., 2006). A instalação de implantes é um dos fatores que podem ocasio-
nar o desenvolvimento de granuloma piogênico, chamando assim a atenção para uma cirurgia que deve seguir
rigorosamente os cuidados na técnica e controle pós-operatório (AL-SHAMIRI, Hashem Motahir et al., 2015.)
Segundo os autores (GORDÓN-NÚÑEZ, Manuel Antonio et al., 2010.) o desenvolvimento da lesão está também
associado a uma higiene oral deficiente, que promovem o acúmulo de agentes irritantes que podem induzir fa-
tores de crescimento endotelial, fibroblastos ou fator de crescimento de tecido conjuntivo. No caso apresentado,
a paciente buscou o atendimento da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(FO-UFRGS) para confecção de prótese sobre implante. Ao exame clínico observou-se uma lesão sobre o implante
localizado em mandíbula à esquerda. Foi realizada a remoção cirúrgica e a análise histopatológica para confirma-
ção de hipótese diagnóstica. O laudo histopatológico teve como diagnóstico Granuloma Piogênico. É importante,
além de uma adequada técnica cirúrgica, uma rigorosa instrução pós-operatória ao paciente, a fim de evitar ocor-
rências de lesões peri-implantares.

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191 – CARCINO SARCOMA SINONASAL - RELATO DE CASO

Autores: BRUNO THIAGO CRUZ E SILVA (*) (HOSPITAL OPHIR LOYOLA);THIAGO DA FONSECA DE SOUZA (HOS-
PITAL OPHIR LOYOLA); RAÍSSA PEREIRA DE TOMMASO (HOSPITAL OPHIR LOYOLA); DEISE CIBELLE NUNES DE
ALMEIDA (HOSPITAL OPHIR LOYOLA); JOSE THIERS CARNEIRO JUNIOR (HOSPITAL OPHIR LOYOLA)

Introdução: Paciente gênero feminino, melanoderma, 54 anos, foi encaminhado ao Departamento de CTBMF do
Hospital Ophir Loyola pelo Serviço de Cirurgia da Cabeça e do Pescoço (CCP) do mesmo hospital apresentando
lesão expansiva em região de maxila esquerda. Ao exame extra-oral verificou-se tumefação sintomática em maxi-
la esquerda, endurecida ao toque, superfície normocorada, com aproximadamente 3 anos de evolução. Ao exame
intra-oral apresentava tumefação em maxila e palato esquerdo com perda de fundo de vestíbulo, sem sinais de
ulceração, infecção, ou historia de trauma na região. A paciente apresentava-se sem comorbidades sistêmicas
associadas, e ausência de linfonodos cervicais palpáveis. Ao exame tomográfico verificou-se lesão com aspecto
destrutivo envolvendo maxila, parede nasal, soalho orbital, zigoma e infiltração nas células etmoidais. A paciente
apresentou laudo histopatológico com diagnóstico de Ameloblastoma. Foi realizado procedimento cirúrgico, sob
anestesia geral, em conjunto com a CCP, e através do acesso Weber-Ferguson foi feita a exposição e remoção do
tumor. Ainda no mesmo tempo operatório foi realizada a reconstrução do soalho orbital com tela de titânio. A
peça cirúrgica foi encaminhada para nova análise anatomo-patológica. Não houve intercorrências no período
pós-operatório. Após resultado histopatológico da peca cirúrgica obteve-se o diagnóstico de Carcino Sarcoma de
origem Sinonasal após extensa bateria imunohistoquimica. A paciente foi encaminhada para tratamento oncoló-
gico e permanece em acompanhamento pela equipe de CTBMF e CCP.

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192 – RESSECÇÃO MANDIBULAR E RECONSTRUÇÃO


IMEDIATA COM ENXERTO AUTÓGENO NO TRATAMENTO DE
AMELOBLASTOMA MULTICÍSTICO: RELATO DE CASO

Autores: RODRIGO RODRIUGES RODRIGUES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);DA-
NIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA
GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: O ameloblastoma é um tumor do epitélio odontogênico que corresponde a, aproximadamente, 10%


dos tumores odontogênicos e 1% de todos os tumores e cistos da mandíbula. As modalidades de tratamento
desta patologia têm sido divididas em conservadoras e radicais. Este trabalho relata o caso de uma paciente do
gênero feminino, 26 anos de idade, compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte com a queixa de um aumento de volume na boca. Ao exame clínico
apresentava discreto aumento de volume em região hemimandibular esquerdo, discreto aumento de volume in-
tra-oral e sem sintomatologia associada. Ao exame de imagem identificou-se a presença de lesão radiolúcida mul-
tilocular na região posterior de mandíbula esquerda, com reabsorção radicular em “lâmina de faca”. O tratamento
inicial foi à realização de biópsia incisional, a qual teve como laudo de ameloblastoma multicístico. O tratamento
definitivo consistiu de ressecção do tumor mandibular com margens de segurança e reconstrução imediata de
com enxerto livre de crista de ilíaco e placa de reconstrução do sistema 2.4mm. Após 06 meses a paciente evoluiu
com infecção e foi realizado novo procedimento cirúrgico com enxerto de ilíaco e irrigação com plasma rico em
plaquetas. Atualmente, a paciente encontra-se com 02 anos de acompanhamento pós-operatório, sem sinais de
recidivas da lesão ou novo episódio infeccioso.

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194 – BISFOSFONATOS E OSTEONECROSE MAXILAR: RELATO


DE CASO

Autores: CAROLINA DE LOURDES LOPES RÊGO (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA);FERNANDA SUELY
BARROS DANTAS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); GUSTAVO DIAS GOMES DA SILVA (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DA PARAÍBA); TONY SANTOS PEIXOTO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); ROBÉRIA LÚCIA DE
QUEIROZ FIGUEIREDO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA)

Introdução: Os bisfosfonatos são medicamentos administrados a pacientes portadores de metástases tumorais e


para tratamento da osteoporose. A presença da osteonecrose dos maxilares tem sido relatada ao uso dos bisfos-
fonatos, principalmente em pacientes submetidos à exodontia. Assim, ressalta-se o caso clínico de uma paciente
com 69 anos, leucoderma, gênero feminino, que foi diagnosticada com câncer de mama, submetida a quimio-
terapia e radioterapia, obtendo-se bons resultados destes tratamentos. Após um ano e quatro meses, com o
surgimento de metástase óssea, a paciente passou a utilizar bisfosfonato Zometa®, 4 mg, via endovenosa. A mes-
ma relatou que há quatro meses, percebeu que havia surgido espontaneamente uma área necrótica em rebordo
alveolar da maxila, lado esquerdo, distalmente localizada, em relação ao dente 27, com sintomatologia dolorosa
e desconforto discreto na região comprometida. Tendo em vista essas condições, o oncologista optou por substi-
tuir a medicação por Xeloda®, não obtendo êxito. A paciente foi encaminhada ao cirurgião Bucomaxilofacial para
tratamento adequado. A primeira conduta adotada pelo profissional foi solicitar ao oncologista a suspensão do
Xeloda® e a introdução de antibioticoterapia, associada a bochechos de clorexidina 0,12% quatro vezes ao dia,
na tentativa de remição do quadro. Como não se obteve resultado satisfatório, 60 dias após a suspensão do bis-
fosfonato, realizou-se o tratamento cirúrgico em ambiente ambulatorial, que consistiu no debridamento do osso
necrótico, até o surgimento de margens sangrantes. Realizou-se, ainda, a exodontia dos dentes 26 e 27, adjacen-
tes à lesão, que possuíam comprometimento periodontal. Foi prescrito ciprofloxacino 500 mg, 12/12 horas, por
30 dias. Presença a cada três meses da cirurgia, foram realizadas, a fim de detectar possíveis sinais de recidiva do
caso.No presente momento (2 anos) a paciente encontra-se sem alterações clínicas e assintomática.

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202 – CORISTOMA OSTEOCARTILAGINOSO EM MUCOSA


ALVEOLAR MAXILAR: CASO RARO

Autores: EMMANUEL LAWALL DOMINGOS (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA);EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOAO PAULO MARINHO
DE RESENDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELLI
MONTEIRO DE CASTRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); ADRIANO
DE CARVALHO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: Coristomas são lesões de crescimento semelhante a um tumor, apresentando tecido histológico nor-
mal em uma localidade ectópica. Em cavidade bucal, essas lesões são raras, podendo ser formadas por diferentes
tipos histológicos, tais como: ósseo, cartilaginoso, misto, mucosa gástrica, glândulas e de células da glia. Ocor-
rem geralmente em língua, sendo menos frequente em outros sítios da cavidade bucal. Sua etiopatogenia ainda
é desconhecida. Este trabalho relata o caso de uma paciente do sexo feminino, 17 anos de idade, que buscou
atendimento no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da Universida-
de Federal de Juiz de Fora, apresentando nódulo em mucosa alveolar maxilar à direita, palpável, assintomática.
Foi submetida à excisão cirúrgica sob anestesia geral e apresentou boa evolução pós-operatória, sem sinais de
recidiva no acompanhamento de 6 meses. O diagnóstico definitivo de Coristoma Osteocartilaginoso em mucosa
alveolar maxilar foi dado pelo laudo histopatológico em associação com as características clínicas da lesão. Sendo
assim, são necessários mais estudos para o esclarecimento da causa da lesão e o tratamento é feito pela excisão
cirúrgica, sendo raro a ocorrência de recidiva.

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209 – ADENOMA PLEOMÓRFICO EM ESPAÇO BUCAL – RELATO


DE CASO

Autores: TIAGO STANGARLIN FORGIARINI (*) (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL);AN-
TONIO EUGENIO MAGNABOSCO NETO (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); GIULIANO
TEIXEIRA PACHER (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); LEONARDO LUCAS REINERT
(HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL); MARCELA OLIVEIRA ANDRADE (HOSPITAL MUNICI-
PAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE, SC, BRASIL)

Introdução: Resumo: Introdução: O adenoma pleomórfico é uma neoplasia benigna assintomática, móvel, de
crescimento lento, predominante na 4ª e 5ª década de vida tendo leve prevalência pelo gênero feminino. Objeti-
vo: Relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de adenoma pleomórfico localizado em espaço bucal do lado
direito. Metodologia: Paciente do gênero feminino, 44 anos, meloderma, apresentando lesão nodular, localizada
em espaço bucal com evolução de 25 anos. A paciente compareceu ao ambulatório de cirurgia e traumatologia
bucomaxilofacial (ctbmf) do hospital municipal são josé ( hmsj ) e não relatava dor, apresentava-se móvel, en-
durecida, medindo aproximadamente 6 cm. Discussão: O adenoma pleomórfico acomete preferencialmente as
mulheres entre a 4ª e 5ª década de vida. O exame de imagem padrão é a ultrassonografia ou ressonância mag-
nética. Conclusão: A exérese total da neoplasia é o tratamento realizado mais indicado conforme a literatura
sendo o prognóstico excelente com taxas de recidivas relativamente baixas. Palavras chave: adenoma pleomorfo,
neoplasias bucais, biópsia.

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212 – TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTÍCO: RELATO DE


CASO

Autores: AMANDA SOARES COSTA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);LAYS NÓBREGA GOMES (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); KAROLINE GOMES DA SILVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);
EDUARDO DE ALMEIDA SOUTO MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO
FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O Tumor Odontogênico Ceratocistico (TOC) é considerado uma neoplasia de natureza benigna, de
evolução lenta, geralmente assintomática, cuja etiologia está associada aos remanescentes da lâmina dentária.
Mais frequente em indivíduos entre 10 e 40 anos, com uma leve predileção pelo sexo masculino. A mandíbula
é o osso mais acometido, com marcante tendência para o envolvimento da região posterior. Radiograficamente
apresentam-se como uma imagem radiolúcida, com margens frequentemente bem definidas, podendo apresen-
tar-se uni ou multiloculares e estar associado a um dente incluso. Seu diagnóstico baseia-se necessariamente pelo
exame histopatológico. O tratamento de eleição é a enucleação completa do tumor, com minuciosa curetagem
óssea, porém, em alguns casos, podem ser utilizadas outras técnicas cirúrgicas, tais como a descompressão e a
marsupialização. Apresenta uma taxa de recidiva em torno de 30%.O presente trabalho objetiva elucidar a con-
duta clinica e o tratamento conservador de um Tumor Odontogênico Ceratocistico.Paciente, gênero feminino,
40 anos, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Lauro
Wanderley com queixa de um aumento de volume em região posterior de mandíbula, sendo esta assintomática
e de crescimento lento. Ao exame extra-oral detectou-se assimetria facial com aumento de volume em região
massetérica do lado esquerdo. No exame intra-oral, observou-se um abaulamento em região de corpo mandibular
esquerdo, firme a palpação, proporcionando um apagamento do sulco gengivolabial na região. Ao exame radio-
gráfico visualizou-se uma imagem radiolúcida, unilocular, de bordas bem definidas em região posterior de corpo
mandibular esquerdo estendendo-se para região de ângulo e ramo ipslateral. No exame tomográfico observou-se
perfuração da cortical óssea lingual e vestibular. Para fins de diagnóstico e tratamento foi realizada uma biópsia
incisional, sendo precedida por uma punção aspirativa que expôs líquido citrino e posterior instalação de dispo-
sitivo de descompressão. Na análise histopatológica confirmou-se o diagnóstico de um Tumor Odontogênico
Ceratocistico. A paciente encontra-se no seu 12º mês de acompanhamento pós operatório apresentando bons
resultados até o momento, com total regressão da lesão e sem sinais de recidiva.

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222 – ANGINA DE LUDWIG ODONTOGÊNICA: ESTUDO


PROSPECTIVO DE NOVE CASOS CONSECUTIVOS.

Autores: CAROLINE BALLARDIN (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);THIAGO HENRIQUE MARTINS


(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); FERNANDA HERRERA DA COSTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA); RENAN BORDINI CARDOSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); GLAYKON ALEX VITTI STA-
BILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: A Angina de Ludwig caracteriza-se como uma infecção grave e potencialmente letal, que se disse-
mina rapidamente através dos espaços fasciais submandibulares, sublingual e submentoniano bilateralmente. É
classificada como rara dentre todas as infecções odontogênicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de
um estudo prospectivo de 52 meses (abril/2009 a julho/2013) , o perfil epidemiológico de pacientes que apre-
sentaram Angina de Ludwig de origem odontogênica atendidos em um hospital público terciário, as modalidades
de tratamento empregado e evolução clínica dos mesmos. Foram analisados 108 pacientes diagnosticados com
infecção de origem dentária, sendo que destes, nove casos (8,33%) obtiveram quadro clínico compatível com
Angina de Ludwig. O gênero masculino foi o mais acometido com uma proporção de 3,5:1; a média de idade dos
pacientes foi de 40 anos. Todos os pacientes foram classificados clinicamente como imuno-competentes, por não
possuírem doença de base com comprometimento sistêmico. Os que foram submetidos a extrações dentárias
recentes correspondem a 44,0% dos casos, sendo os segundos e terceiros molares inferiores os dentes com maior
incidência. O tabagismo foi relatado em 44,0% dos casos, estando sempre associado ao uso de bebida alcoólica.
Entre os casos atendidos, 66,0% já haviam recebido atendimento inicial em outras instituições de saúde. Os
primeiros sintomas foram relatados em média 5,1 dias antes do encaminhamento ao hospital de nível terciário.
Queixa álgica em face e disfagia foram comuns a todos pacientes e, 77% apresentaram trismo importante com
dispneia de moderada à grave. Como protocolo do serviço, a associação de clindamicina e ceftriaxona foi utilizada
como antibioticoterapia empírica inicial destas infecções, seguida por drenagem cirúrgica e remoção da causa no
mais curto espaço de tempo possível, sendo necessária uma abordagem multidisciplinar em 100% dos casos. Em
33% dos pacientes houve necessidade de modificação da terapia antibiótica por recomendação da comissão de
controle de infecção hospitalar/infectologia. A média de tempo de internação foi de 10,7 dias após intervenção
cirúrgica. Todos os pacientes foram submetidos a procedimento sob anestesia geral, dos quais 66,6% permane-
ceram em recuperação em unidade de terapia intensiva (UTI) , em média de 4,5 dias. Dois pacientes evoluíram a
óbito, um por parada cardiorrespiratória no momento da indução anestésica e outro tardiamente por pneumonia
nosocomial. Concluiu-se que a ocorrência desta entidade segue um evidente padrão dos estudos presentes na
literatura, principalmente quando se diz respeito ao perfil epidemiológico e o protocolo de tratamento estipulado
de modo individualizado para cada paciente, sendo que todos os atendimentos foram realizados em caráter de
urgência por equipe multidisciplinar, com necessidade de longo período de internação hospitalar.

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229 – ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE LESÕES EM GLÂNDULAS


SALIVARES TRATADAS CIRURGICAMENTE NA FUNDAÇÃO
HOSPITAL ADRIANO JORGE (FHAJ-AM) ENTRE OS ANOS DE
2006 E 2014

Autores: KALINE DE MOURA SILVA (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE NORTE- UNINORTE);ADREZZA LAURIA DE
MOURA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE- UNINORTE);

Introdução: O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento epidemiológico retrospectivo de lesões de
glândulas salivares maiores e menores em pacientes tratados cirurgicamente no período de agosto de 2006 a
dezembro de 2014 na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) em Manaus-Amazonas. Foram colhidas infor-
mações referentes à idade, gênero, tempo de evolução, classificação da lesão (exame histopatológico) , localiza-
ção anatômica e procedimento cirúrgico realizado. Os resultados mostraram que foram tratados 234 pacientes,
entretanto, foram incluídos para o estudo apenas 113, cujos prontuários continham todas as informações de-
vidamente preenchidas. Os tumores de glândulas salivares representaram 73,4% de todas as lesões tratadas e
26,2% foram caracterizadas como outras lesões de glândulas salivares. Dentre todos as neoplasias, 92,7% foram
benignas e 7,2% malignas. Notou-se predominância pelo gênero feminino e a média de idade foi de 43,7 anos. O
local mais atingido foi a glândula parótida, seguida pela submandibular e glândulas salivares menores e sublin-
gual. A média do tempo de evolução das lesões, citado pelos pacientes, foi de 3,3 anos, sendo a parotidectomia o
procedimento cirúrgico realizado em 54,86% dos casos, seguido pela submandibulectomia em 22,12% dos casos.
Estes resultados ratificaram que várias características clínicas das lesões de glândulas salivares são semelhantes
aos encontrados em outras regiões do Brasil e do mundo. Palavras-chaves: glândulas salivares, lesões e cirurgia.

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232 – HIPERPLASIA DE CORONOIDE BILATERAL: ABORDAGEM


CIRÚRGICA EXTRA-ORAL

Autores: DANIELLE CLARISSE BARBOSA COSTA (*) (UFRN);HAROLDO ABUANO OSÓRIO JÚNIOR (UFRN); ADRIA-
NO ROCHA GERMANO (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES (UFRN)

Introdução: Hiperplasia de coronoide é definida como alongamento anormal do processo coronoide mandibular,
formado por osso normal, e que resulta em interferência desse com o corpo ou arco do osso zigomático durante
a abertura bucal. Os pacientes apresentam diminuição lenta e progressiva da abertura bucal, com crepitação
durante a palpação ao corpo do zigoma. A patologia normalmente envolve adolescentes do sexo masculino e a
etiologia não é definida, sendo apontado como fatores etiológicos o aumento da motilidade do músculo tempo-
ral, a hipomobilidade mandibular e o trauma. Diante da obstrução mecânica, o tratamento realizado é cirúrgico,
com a coronoidectomia por acesso intra ou extra-oral. Será discutido o caso do paciente de 15 anos de idade que
compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFRN com queixa de limitação de
abertura bucal com evolução de cinco anos. No exame clínico observou-se abertura bucal de 15mm associada a
dor e crepitação na região de arco zigomático e corpo do zigoma. No exame tomográfico verificou-se íntima rela-
ção do processo coronoide com o arco zigomático bilateralmente e durante abertura bucal máxima verificou-se in-
terferência mecânica do coronoide com a porção posterior do corpo do zigoma. Diante da dificuldade encontrada
para o acesso intra-bucal, foi optado pela abordagem extra-oral para a remoção total do processo coronoide. Por
acesso coronal realizou-se a osteotomia do arco zigomático para coronoidectomia. No pós-operatório imediato
foi instituído fisioterapia intensa. Atualmente o paciente encontra-se com aproximadamente 1 ano e meio de
pós-operatório, abertura bucal de 38mm e em avaliação tomográfica de controle ausência de sinais de recidiva. O
acesso extra-oral está bem indicado nos casos em que o intra-oral é insuficiente, resultando em dificuldade ope-
ratória importante, risco de formação de hematoma e consequentemente fibroses, com possibilidade de falhas
no tratamento.

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235 – AGULHAMENTO SECO E INFILTRAÇÃO ANESTÉSICA NA


SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL: RELATO DE 2 CASOS
CLÍNICOS

Autores: MIRELLY RAIANNE DE LIRA TORRES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);ALISSON DOS SAN-
TOS ALMEIDA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA/HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS);
TAMARES ANDRADE DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); PRISCILLA DANTAS SAMPAIO (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); STELA MARIS WANDERLEY NOBRE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: A Síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma condição dolorosa musculoesquelética regional carac-
terizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis e pontos gatilhos (PGs) que quando estimulados
por palpação digital ou durante a punção localizada com agulha ocasionam dor local ou referida à distância. Os
critérios de diagnóstico da SDM são clínicos e dependem do achado de PGs e de bandas de tensão. O agulhamento
seco com ou sem infiltração anestésica consiste em inativar os PGs através de múltiplas inserções de uma agulha
promovendo o alongamento do músculo e alívio da dor. Foram utilizados artigos disponíveis nas bases de dados
eletrônicas PubMed, SciELO e Periódicos Capes publicados entre 1996 e 2014. Utilizaram-se os descritores: dor
fascial, mialgia e lidocaína. O objetivo do presente estudo é relatar dois casos de SDM tratados através do agu-
lhamento seco e infiltração de anestésico local. Caso 1: paciente de 59 anos do gênero feminino, melanoderma,
procurou o hospital universitário Professor Alberto Antunes HUPAA/UFAL apresentando queixa principal de
dor na face, ouvido, pescoço e ombro do lado esquerdo e cefaleia intensa com evolução de aproximadamente dois
anos. Durante o exame extraoral foram detectados PGs no músculo esternocleidomastoideo e borda superior do
músculo trapézio. Realizou-se a técnica de agulhamento seco diretamente nos PGs, utilizando-se agulhas de acu-
puntura. Antes da técnica do agulhamento seco a paciente relatou dor de intensidade (8) e imediatamente após
o agulhamento houve uma redução passando para (6). Após 48 horas, a paciente foi reavaliada e relatou ausência
das dores (0). Caso 2: paciente de 24 anos, melanoderma, gênero feminino procurou o setor de odontologia da
Universidade Federal de Alagoas com queixa principal de dores na face, bochechas, cabeça, pescoço e durante
a mastigação do lado direito com evolução de aproximadamente dois anos. Foi realizada Infiltração anestésica
com 0,1 ml de lidocaína 2% sem vaso constritor nos PGs localizados no músculo masseter, utilizando-se seringa
carpule auto-aspirativa e agulha curta (unoject) de calibre 27 G. Antes da infiltração a paciente relatou dor de
intensidade (7) e imediatamente após o procedimento houve uma redução passando para (3). Após 48 horas, a
paciente relatou alívio do quadro álgico finalizando em (1). De acordo com a literatura as técnicas de agulhamento
direto nos PGs, tanto a seco quanto infiltração de lidocaína 2% sem vasoconstrictor, mostraram-se eficazes no
alívio da dor.

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238 – TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO


RECIDIVANTE NA MANDIBULA: RELATO DE CASO

Autores: MARIANA MACHADO MENDES DE CARVALHO (*) (GRADUANDA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA


UFBA, SALVADOR - BA - BRASIL.);ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (COORDENADOR DO SERVIÇO DE CIRUGIA
BUCOMAXILOFACIAL UFBA EM PARCERIA COM AS OBRAS SOCIAIS IRMÁ DULCE,); IGOR ALEXANDRE DAMAS-
CENO SANTOS (RESIDENTE DO SEGUNDO ANO DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL UFBA); ANDRÉ VICTOR
PINTO SERRA (GRADUANDA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFBA, SALVADOR - BA - BRASIL.); JULIANA
SILVA MINHO SOUZA (RESIDENTE DO SEGUNDO ANO DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL UFBA)

Introdução: O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem ectodérmica, o qual apesar de ser benigno
apresenta comportamento localmente infiltrativo, sendo classificado em: unicístico, sólido ou multicístico e peri-
férico (extra ósseo) e carcinoma ameloblástico. Esta neoplasia benigna apresenta crescimento lento, assintomá-
tico, persistente, afeta principalmente a mandíbula e, raramente, a maxila. O prognóstico de um paciente com
ameloblastoma vai depender do tipo da lesão, do tamanho, das estruturas envolvidas, do estado sistêmico do pa-
ciente, do tratamento instituído e do acompanhamento, já que devido ao seu crescimento lento pode levar anos
para recidivar. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente, 60 anos de idade, gênero femi-
nino que compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial das Obras Sociais Irmã Dulce, no
ano de 2003, onde foi diagnosticada com Ameloblastoma Unicístico localizado em região anterior da mandibula.
O tratamento primeiramente instituído foi mais conservador optando-se pela exodontia das unidades envolvi-
das e curetagem; pois, segundo a literatura o mesmo apresenta característica pouco invasiva e de baixa recidiva.
O acompanhamento foi realizado apenas no primeiro ano após a cirurgia devido a não colaboração da paciente,
os exames radiográficos indicaram satisfatória deposição óssea, posteriormente a paciente só compareceu ao ser-
viço após 10 anos com recidiva da lesão. Então, foi realizada a ressecção cirúrgica da região anterior da mandíbula
e colocação de placa de reconstrução no sistema 2.4. É importante salientar a raridade de malignização dessas
lesões, a capacidade de recidivas tardias, apesar de incomum nos ameloblastomas unicísticos, e a importância do
acompanhamento á longo prazo desses pacientes. Sendo assim, o presente trabalho demonstra-se contribuinte
para a um maior entendimento quanto ao tratamento e comportamento biológico do ameloblastoma unicístico,
bem como para o estabelecimento de critérios de sucesso clinico e radiográfico, os quais, interferem diretamente
no tratamento e prognóstico contribuindo para a qualidade de vida do paciente.

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245 – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO LIPOMA INTRAORAL:


RELATO DE 2 CASOS CLÍNICOS

Autores: ISABELLE DE ARGOLO MELO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);TAMARES ANDRADE DA


SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); LUIZ ARTHUR BARBOSA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO NORTE); ANTONIO DIONÍZIO DE ALBUQUERQUE NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALA-
GOAS); JOSÉ DE AMORIM LISBOA NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: Lipoma é uma neoplasia benigna comum do tecido adiposo, entretanto, esta lesão é relativamente
rara na cavidade oral e região maxilofacial, representando de 1 a 5% dos tumores bucais. Embora sua etiologia
seja desconhecida, as possíveis causas podem incluir trauma, infecção, irritação crônica e alteração hormonal. Sua
patogênese permanece incerta, porém, parece ser mais comum em pessoas obesas, apesar de ser completamente
independente do metabolismo lipídico corpóreo normal. Acomete principalmente indivíduos acima dos quarenta
anos, com uma distribuição equilibrada entre os gêneros. Clinicamente, apresenta-se como uma lesão única ou
lobulada, de consistência amolecida, ligada por uma base séssil ou pediculada, tendo como principais localizações
intraorais, a mucosa jugal e o fundo de vestíbulo. Usualmente, lesões superficiais apresentam uma típica colora-
ção amarelada com telangiectasias evidentes sobre o tumor. O diagnóstico definitivo depende da correlação entre
a análise histológica e das características clínicas e o tratamento dos lipomas orais, incluindo todas as variantes
histológicas, é a excisão cirúrgica simples. Foram utilizados artigos na língua inglesa e portuguesa disponíveis
nas bases de dados eletrônicas PubMed, SciELO e Periódicos Capes publicados entre 2003 e 2015. Utilizaram-se
os descritores: lipoma, neoplasias orais, tumores da cavidade oral. Este trabalho tem o objetivo relatar dois casos
de lipomas intraorais. O primeiro em um paciente do gênero masculino, melanoderma, 56 anos, que procurou
atendimento odontológico com queixa de uma “massa na boca”. Ao exame intraoral foi observada um aumento
de volume nodular, séssil, bem delimitado, com superfície íntegra e lisa, coloração levemente amarelada, consis-
tência amolecida, localizado no fundo de sulco vestibular entre os dentes 32 e 34. O segundo em uma paciente
do gênero feminino, leucoderma, 45 anos, com queixa de “caroço na bochecha” há cerca de quatro anos. Clini-
camente notou-se a presença de lesão nodular, pediculada, consistência amolecida, normocrômica, em mucosa
jugal do lado direito. Em ambos os casos as lesões foram submetidas à biópsia excisional, sem intercorrências.
Os materiais foram encaminhados ao laboratório de Anatomia Patológica sendo estabelecido o diagnóstico de
Lipoma. Os pacientes encontram-se em acompanhamento sem sinais clínicos de recidiva das lesões.

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246 – SÍNDROME DA FISSURA ORBITAL SUPERIOR: RELATO DE


CASO

Autores: MARIANA MACHADO MENDES DE CARVALHO (*) (GRADUANDA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA


UFBA, SALVADOR - BA - BRASIL.);ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (COORDENADOR DO SERVIÇO DE CIRUGIA
BUCOMAXILOFACIAL UFBA EM PARCERIA COM AS OBRAS SOCIAIS IRMÁ DULCE,); IGOR ALEXANDRE DAMAS-
CENO SANTOS (RESIDENTE DO SEGUNDO ANO DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL UFBA); JULIANA SILVA
MINHO SOUZA (GRADUANDA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFBA, SALVADOR - BA - BRASIL.); DANIEL
MIRANDA DE PAULA (RESIDENTE DO SEGUNDO ANO DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL UFBA)

Introdução: A Síndrome da Fissura Orbital Superior (SFOS) é uma complicação rara do trauma orbital, refletin-
do lesões de estruturas da fissura orbital, afetando os nervos cranianos III, IV, VI e a primeira divisão do V par
craniano. A SFOS de origem traumática foi descrita pela primeira vez por Herschfeld em 1858 e Lakke definiu a
síndrome completa em 1962. A síndrome se manifesta por pupila fixa e dilatada, ptose, oftalmoplegia, midríase,
proptose, anestesia da região frontal e pálpebra superior e pode ocorrer de forma completa ou parcial. Além do
trauma, outras causas comuns incluem neoplasias, hemorragia e infecções, também podendo precipitar-se após
redução de fraturas do terço médio. As formas de tratamento utilizadas são: uso de esteroides para redução da
inflamação ao redor dos nervos; a descompressão cirúrgica, onde há redução dos fragmentos ósseos, descompres-
são da fissura orbital superior, poupando danos aos nervos cranianos; ou apenas acompanhamento do caso. O
objetivo do presente trabalho é apresentar um caso clínico de síndrome da fissura orbital superior.

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250 – CISTO DENTÍGERO TRATADO COM DESCOMPRESSÃO:


RELATO DE CASO

Autores: PATRICK ARCANGELO PERTEL (*) (FAESA);CAIO ZUCOLOTO (FAESA); GABRIELA MAYRINK (FAESA);
LILIANE SHEDEGGER ZANETTE DA SILVA

Introdução: O cisto dentígero ou folicular é originado da separação do folículo que fica ao redor da coroa de um
dente inclus, sua presença é bem comum dentre os cisto de desenvolvimento, sendo responsável por 20% de to-
dos os cistos revestidos por epitélio granulomatoso . Sua patogenia é incerta, mas aparentemente se desenvolve
pelo acúmulo de fluido entre o epitelio reduzido do esmalte e a coroa do dente. É uma lesão benigna associada a
epitélio, de crescimento lento e assintomático, podendo estar associada a síndromes e apresenta predileção pelo
sexo masculino. Sua etiopatologia não é totalmente conhecida . No exame radiografico apresenta-se como uma
área radiolucida unilocular associada a coroa do elemento margem bem definida podendo apresentar trabeculos
ósseos. Sua imagem radiográfica é semelhante a do tumor odontogênico ceratocístico e do ameloblastoma uni-
cístico, sendo imprescindível o diagnóstico diferencial, visto que o comportamento dessas lesões e sua forma de
tratamento são diferentes. O tratamento usual do cisto dentigero é a enucleação, juntamente com remoção do
elemento quando recomendada. A descompressão é uma alternativa para casos em que a enucleação possa lesar
estruturas nobres vizinhas, como seio maxilar e plexo vásculo-nervoso alveolar inferior. RELATO DE CASO : Pa-
ciente gênero feminino, 30 anos, descobriu ocasionalmente, em exame radiográfico de rotina, lesão envolvendo o
dente 30 incluso. Ao exame físico, não havia aumento de volume ou dor na região. Ao exame radiográfico pano-
râmica, observou- se imagem radiolúcida, unilocular, com bordos arrendodados, envolvendo a junção cemento-
-esmalte do 38 (deslocado para a região de ângulo mandibular) e se estendendo até as raízes do 37. As hipóteses
diagnósticas mais prováveis eram de cisto dentígero ou tumor odontogênico ceratocístico. A fim de diagnóstico,
foi realizada biópsia da lesão e, simultaneamente, exodontia do 38 e instalação do dispositivo para descompres-
são. A opção de tratamento se deu em virtude da proximidade da lesão com o nervo alveolar inferior e com as
raízes do dente 37. Caso fosse realizada uma enucleação, os riscos de lesão a estas estruturas aumentariam. A
paciente foi orientada a irrigar a abertura criada cirurgicamente com SF 0,9% diversas vezes ao dia. O resultado
histopatológico foi de cisto dentígero. Em virtude de suas características benignas e baixa recidiva, a descom-
pressão foi o único tratamento de escolha e acompanhamento radiográfico, sendo optado por não realizar um
segundo procedimento de enucleação. Após 3 anos do procedimento, a paciente permanece sem sintomatologia,
sem parestesia, e as imagens radiográficas mostram formação óssea no local do cisto.

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251 – TRATAMENTO NÃO-CIRÚRGICO DE LESÃO CENTRAL DE


CÉLULAS GIGANTES NA MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: MARK JON SANTANA SABEY (*) ();FABIO RICARDO LOUREIRO SATO (); ROGÉRIO ALMEIDA DA SILVA ();
FERNANDO ZAHORCSAK (); MARCELO RODRIGO DE SOUZA MELO

Introdução: O granuloma central de células gigantes (GCCG) é uma lesão osteolítica agressiva e destrutiva de
origem osteoclástica. Com maior predileção pela mandíbula, na região anterior aos primeiros molares. Sua preva-
lência é maior entre indivíduos do gênero feminino (65%) com idade abaixo dos 30 anos. A etiologia é indefinida,
alguns autores sugerem ser uma reação local reparativa devido a uma inflamação, trauma local ou hemorragia.
Clinicamente apresenta-se como uma lesão de crescimento lento, assintomático com expansão da cortical óssea.
Em alguns casos podem apresentar perfuração da cortical óssea e parestesia. O tratamento convencional é a re-
moção cirúrgica que pode ser realizada através de curetagem ou ressecção em bloco, dependendo da agressividade
da lesão, localização, tamanho e aparência radiográfica. Uma abordagem não-cirúrgica vem sendo descrita e utili-
zada, utilizando corticosteroides, calcitonina e interferon alfa-2a. Essa alternativa apresenta vantagem para curar
ou reduzir o tamanho das lesões, minimizando a chance de ressecção extensa da lesão. O objetivo deste trabalho
é apresentar os resultados preliminares do tratamento não-cirúrgico de uma paciente de 23 anos, gênero femini-
no que apresenta uma lesão extensa de granuloma central de células gigantes em região de corpo mandibular e
sínfise com o uso de injeções intra-lesionais de triancinolona e spray nasal de calcitonina.

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256 – EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA


ALVEOLAR EM RATAS OSTEOPÊNICAS

Autores: CAROLINE RESQUETTI LUPPI (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ);JOSÉ HENRIQUE SANTANA
QUINTO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); MARIA RAQUEL MARÇAL NATALI (UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL DE MARINGÁ); ROBERTO KENJI NAKAMURA CUMAN (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ); GUSTAVO
JACOBUCCI FARAH (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ)

Introdução: A osteonecrose do complexo maxilomandibular é um dos efeitos adversos pelo uso crônico de Bisfos-
fonatos. Neste trabalho foi desenvolvido uma pesquisa com o objetivo de avaliar a neoformação ósseo. Quinze
ratas foram separadas nos seguintes grupos experimentais: 1) grupo controle (GC) submetido a exodontia e a
uma abertura de cavidade em calota craniana preenchida por coágulo e não tratada com Alendronato; 2) grupo
osteopênico tratado com Alendronato uma vez por semana durante três semanas e submetido a exodontia do
incisivo central superior direito e a enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota craniana (BO); 3) grupo osteo-
pênico submetido a exodontia do incisivo central superior direito, enxerto xenógeno na cavidade aberta em calo-
ta craniana e tratado com Alendronato (OB). Os resultados obtidos pela análise histológica descritiva qualitativa,
mostraram neoformação óssea nos grupos BO e OB. Entretanto, no grupo BO, foi verificado um epitélio gengival
mais fino e reduzido. Nossos resultados sugerem que, pacientes osteopênicos em tratamento com Alendronato,
com baixa dose e frequência, poderiam ser submetidos a procedimentos odontológicos invasivos; porém o mais
indicado é que esses pacientes realizem uma avaliação odontológica antes de iniciarem o tratamento medicamen-
toso. Palavras-chave: Bisfosfonatos, Osteonecrose, Osteoporose.

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259 – OSTEONECROSE EM PACIENTE COM MIELOMA


MÚLTIPLO

Autores: CHRISTIAN BARROS FERREIRA (*) (HOSPITAL CÔNEGO MONTE RASO/ BAEPENDI - MG);PAULIANE
FRANÇA CARLOS DE SOUSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS - MG); SANDRO ISAÍAS
SANTANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS - MG); ÁTILA ROBERTO RODRIGUES (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO/ ALFENAS - MG);

Introdução: O mieloma múltiplo é uma neoplasia progressiva e incurável de células da medula óssea. Os bifosfa-
natos (BFs) são indicados como medicamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com esta doença,
pois reduzem a frequência de fraturas vertebrais. Os BFs alteram o metabolismo do tecido ósseo em vários níveis,
inibindo a reabsorção e diminuindo o turnover ósseo. Sua ação, em particular a do zoledronato, é a inibição da
angiogênese, o que reduz a oxigenação tecidual. Isto favorece a invasão, em planos mais profundos, de bactérias
anaeróbias bucais, promovendo infecções oportunistas. São fatores de risco para a osteonecrose dos maxilares as-
sociada aos bifosfanatos (OMAB) : extração dentária concomitante ao uso de BFs, próteses mal adaptadas, idade
do paciente e tempo de diagnóstico da doença. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons definiu
3 características que determinam ser uma OMAB: paciente que usa ou já usou bifosfanatos; exposição necrótica
óssea nos maxilares persistindo por mais de oito semanas e sem irradiação sobre o sítio anatômico. O tratamento
pode ser conservador: debridamentos dos sequestros ósseos e bochechos diários com clorexidina 0,12%, asso-
ciado a analgésicos e antimicrobianos. Porém, pode ser necessário tratamento mais radical: quando há sequestro
ósseo sintomático removendo o osso necrótico. O Objetivo deste trabalho é relatar um caso de OMAB de um
paciente portador de Mieloma Múltiplo. Para evitar fraturas recorrentes especialmente na coluna vertebral, o
paciente fez uso de zoledronato por 2 anos em doses mensais. Posteriormente desenvolveu a osteonecrose na
maxila e na mandíbula. A maxila foi tratada com sucesso com sequestrectomia. A lesão da mandíbula apresentava
infecções recorrentes e muita dor. Para contribuir com a qualidade de vida do paciente, foram realizadas cirurgias
de ressecção da área necrosada da mandíbula e utilização de placa de reconstrução adaptada previamente em
biomodelo. Obteve-se êxito até o óbito do paciente pelo Mieloma Múltiplo.

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270 – RESSECÇÃO DE CARCINOMA AMELOBLÁSTICO DE


MANDÍBULA APÓS RECIDIVA EM PERÍODO GESTACIONAL:
RELATO DE UM CASO

Autores: VANESSA LORENA DO NASCIMENTO (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);DANILO RODRIGUES PAI-


XÃO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); EVERALDO PINHEIRO DE ANDRADE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PERNAMBUCO); DANYEL ELIAS DA CRUZ PEREZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RÔMULO
OLIVEIRA DE HOLLANDA VALENTE (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS DE PERNAMBUCO)

Introdução: Os Ameloblastomas compreendem 13-58% de todos os tumores odontogênico, sendo um tumor de


origem epitelial, indolor, crescimento lento, localmente invasivo, mas raramente se apresenta com comporta-
mento agressivo ou com disseminação metastática. O ameloblastoma é encontrado no tecido de suporte dentá-
rio, ocorrendo na mandíbula e maxila, sendo mais comum em região posterior de mandíbula. Imaginologicamen-
te, os ameloblastomas são osteolíticos, lesões uniloculares ou multiloculares com frequente expansão cortical e
seu tratamento varia desde conservador como a enucleação, curetagem e crioterapia ao tratamento radical com a
ressecção total. No entanto, o carcinoma ameloblástico é uma lesão de caráter acentuadamente agressivo, invasi-
vo, de crescimento rápido e doloroso. O termo carcinoma ameloblástico indica um ameloblastoma com aspectos
citológicos de malignidade no tumor primário, na recorrência. A frequência de malignidade nos ameloblastomas
ocorre em menos de 1% em relação aos ameloblastomas, tendo sinais e sintomas clínicos mais comuns incluin-
do o aumento de volume facial, dor, trismo e fístula intra-oral ou extra-oral. Imaginologicamente apresenta-se
como uma lesão radiolúcida multilocular, com margens mal definidas, apresentando destruição da cortical óssea
e extensão até os tecidos moles adjacentes. O tratamento para o carcinoma ameloblástico permanece de cer-
ta forma, indefinido. Completa excisão, com margens cirúrgicas livres, parece ser o tratamento de escolha. O
objetivo do presente trabalho é de relatar um caso de uma paciente do sexo feminino, 35 anos, melanoderma,
que compareceu a um consultório odontológico com um aumento de volume em região anterior de mandíbula
com envolvimento de três dentes. Imaginologicamente visualizou-se uma lesão radiolucida, expansiva, unilo-
cular com envolvimento dentário. Optou-se por uma exérese da lesão da lesão com osteotomia periférica e dos
dentes envolvidos. Histologicamente foi diagnosticado o ameloblastoma. Após um ano, houve recidiva da lesão
bilateralmente no corpo mandibular durante a gestação da paciente. Imaginologicamente apresentou-se com as
mesmas caraterísticas da lesão anterior e optou-se por ressecção da lesão com margem de segurança e recons-
trução do contorno mandibular com placa de reconstrução de titânio, ocorrendo posterior exposição da mesma.
Sendo assim, houve a remoção da placa. O espécime foi enviado ao exame histopatológico e foi diagnosticado o
carcinoma ameloblástico. Até a presente data, três anos após o segundo procedimento cirúrgico, a paciente não
apresenta sinais clínicos e radiográficos de recidiva da lesão.

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271 – RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO COM


RECONSTRUÇÃO IMEDIATA UTILIZANDO ENXERTO DE CRISTA
ILÍACA- RELATO DE CASO

Autores: DANIEL HABER OLIVEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);RAFAEL LOPES QUADROS DA SILVA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE
BARROS BARRETO); JADER FADUL DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Os ameloblastomas são tumores de origem epitelial odontogênica incomuns, com crescimento lento,
localmente invasivo e tem desenvolvimento benigno na maioria dos casos. O ameloblastoma unicístico é uma
das três variantes do ameloblastoma, que atinge na maioria das vezes jovens, na segunda década de vida. A lesão
é geralmente assintomática e com agressividade inferior comparado aos ameloblastoma multicístico e periférico.
Frequentemente o tumor localiza-se na região posterior da mandíbula e tem associação com dentes não irrompi-
dos, principalmente 3º molares inferiores. Radiograficamente apresenta-se radiotransparente, unilocular e bem
definida às vezes pericoronária. O ameloblastoma unicístico possui três padrões histológicos, sendo o mural o
mais agressivo. Usualmente, o diagnóstico de ameloblastoma unicístico é dado pelo exame histopatológico, de
lesão removida ou à biopsia incisional. O ameloblastoma unicístico apresenta o melhor prognóstico, dentre os
ameloblastomas, com baixo índice de recidiva, mesmo tratado por cirurgias conservadoras, como enucleação
e/ou curetagem da lesão. Em casos de ressecção de um segmento mandibular as reconstruções ósseas podem
ocorrer com enxertos ósseos livres, sendo o ilíaco anterior a área doadora mais utilizada. O presente trabalho
objetiva apresentar um caso clínico de ameloblastoma unicístico do tipo mural em mandíbula, tratado através de
ressecção segmentar com margens de segurança e reconstrução imediata com enxerto ósseo de crista ilíaca ante-
rior. O paciente L. B. Q., sexo masculino, com 39 anos de idade, procurou o serviço de CTBMF do Hospital Divina
Providência queixando-se de aumento de volume consistente e assintomático em mandíbula. Foi realizada bióp-
sia incisional e o material encaminhado para exame histopatológico, o qual evidenciou diagnóstico de ameloblas-
toma unicístico do tipo mural. Exames complementares foram solicitados e analisados, o que constatou fratura
patológica em ramo mandibular esquerdo e grande extensão tumoral. Foi executada ressecção com margens de
segurança de 1,5cm, através de acesso submandibular e enxerto livre de crista ilíaca anterior, fixado através de
placa de reconstrução do sistema 2.4 e parafusos bicorticais, o que possibilitou a preservação do contorno facial
favorecendo o reestabelecimento mais rápido.

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274 – PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS DE


BACTÉRIAS OPORTUNISTAS, ISOLADAS DA CAVIDADE ORAL DE
PACIENTES COM CÂNCER BUCAL OU CÉRVICO-TORÁCICO

Autores: DARLAN KELTON FERREIRA CAVALCANTE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);NATHALY


ESPERIDIÃO DE MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); BÁRBARA CRISTINA MELO PEDROSA (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); ITHALLO SATHIO BESSONI TANABE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);
REGIANNE UMEKO KAMIYA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: Por apresentar elevadas taxas de incidência e mortalidade na população, o câncer é considerado um
problema de saúde pública. Infecções oportunistas são frequentes em indivíduos imunocomprometidos e podem
ser causadas por diversos micro-organismos oportunistas, dentre eles Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus
spp. e Enterobactérias. Os tratamentos do câncer seja excisão cirúrgica, radioterapia e/ou quimioterapia também
influenciam na redução da imunidade local e sistêmica. Diante disso, o presente trabalho objetivou analisar o
perfil de resistência aos antibióticos de bactérias previamente isoladas da cavidade oral de pacientes diagnosti-
cados com câncer bucal ou cérvico-torácico e atendidos no Centro de Alta Complexidade para o tratamento do
Câncer (CACON) do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas. Metodologia: Micro-organismos
previamente isolados da saliva estimulada de 62 pacientes com câncer bucal ou cérvico-torácico foram identifica-
dos bioquimicamente e avaliados mediante o método de Kirby-Bauer quanto à resistência aos antibióticos mais
comumente utilizados. Foram testadas 48 cepas de P. aeruginosa, 40 de Enterobactérias e 66 de Staphylococcus
spp. Tal experimento seguiu a metodologia preconizada pelo CLSI (Clinical & Laboratory Standards Institute).
Resultados e Discussão: Foi detectada alta frequência de resistência à cefoxitina e à amoxicilina associada ao
ácido clavulânico em cepas de P. aeruginosa e enterobactérias. Em contrapartida, 5 a 15% das cepas de entero-
bactérias foram resistentes à azitromicina, cefotaxima, ceftriaxona, ciprofloxacina, imipenem e piperacilina +
tazobactam. Em adição, 2 a 28% das cepas de P. aeruginosa foram resistentes a ceftazidima (2%) , ceftriaxona
(10%) e cefotaxima (28%). Apesar da baixa frequência de resistência de bactérias Gram negativas aos antibióticos
testados, cerca de 10% das cepas de enterobactérias apresentou perfil de multirresistência. Quanto às 66 cepas de
Staphylococcus spp., 12% (8) apresentou perfil de resistência à Meticilina (MRSA ou MRS) , o que é importante,
pois a amostra estudada é considerada comunitária, e esse perfil de resistência é mais comumente encontrado
em ambiente hospitalar. Conclusão: com base nos resultados supracitados, é notória a importância de estudos
que analisem o perfil epidemiológico e de resistência aos antibióticos de micro-organismos isolados de pacientes
sob tratamento oncológico. A presença de micro-organismos resistentes e multirresistentes aos antibióticos na
cavidade oral desses pacientes pode consubstanciar em maior risco de infecções metastáticas e de difícil terapêu-
tica. Além disso, somam-se a imunossupressão desses indivíduos, o perfil oportunista, patogênico e invasivo das
bactérias envolvidas e a presença de ulcerações e intervenções cirúrgicas, que podem predispor às bacteremias e
infecções sistêmicas.

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290 – CEFALEIA INTENSA ASSOCIADA À


CERATOAMELOBLASTOMA NO SEIO MAXILAR: RELATO DE
CASO

Autores: ISABELLE DE ARGOLO MELO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);TAMARES ANDRADE DA


SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); STEFÂNIA LEITE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS); MYKAELL GOMES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); STELA MARIS WAN-
DERLEY NOBRE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: Ceratoameloblastoma é uma variante histológica do ameloblastoma, caracterizada pela produção


de queratina do epitélio ameloblástico. Patologia rara com maior prevalência na mandíbula, ocorrendo mais fre-
quentemente entre a terceira e quinta década de vida, apresentando predileção pelo gênero masculino. Análises
do resultado histopatológico, comportamento, extensão e localização anatômica da lesão definem o tratamento
adequado. Diversas formas têm sido utilizadas para o tratamento dessa lesão como curetagem, enucleação e
ressecção. Foram utilizados artigos disponíveis nos bancos de dados eletrônicos PubMed e Periódicos Capes na
língua inglesa e portuguesa publicados entre 1997 e 2015 utilizando os descritores: ameloblastoma, seio maxi-
lar, tumores odontogênicos. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente do gênero
feminino de 30 anos, melanoderma, encaminhada para o setor de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do
hospital universitário Professor Alberto Antunes HUPAA/UFAL com história de cefaleia intensa, foi observado
ao exame físico aumento de volume na região de maxila do lado direito. Foram solicitados radiografia panorâmica
e tomografia computadorizada (Cone Beam) e através desses observou-se a presença de um terceiro molar su-
perior direito (18) localizado na parede latero-medial do seio maxilar associado a uma lesão radiolúcida extensa,
hipodensa, pseudolocular, provocando acentuada expansão e perfuração das corticais e ocupando quase todo o
volume do seio maxilar direito. A paciente foi submetida a cirurgia através do acesso de Caldwell-Luc e exposição
do seio maxilar, foi puncionado um liquido de coloração branco-leitosa e em seguida foi realizado exodontia do
elemento 18, enucleação e curetagem da lesão. Após irrigação abundante, foi colocada membrana absorvível
(Collatape®) visando impedir a penetração do tecido conjuntivo no interior do seio maxilar e prosseguiu-se com a
sutura da mucosa. No trans e pós-operatório foram utilizados medicamentos à base de antibióticos, anti-inflama-
tório e analgésico. De acordo com o resultado histopatológico foi confirmado tratar-se de ceratoameloblastoma.
A paciente encontra-se atualmente sob controle clínico e radiográfico e até o momento não apresentou recidivas.

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299 – EFICIÊNCIA DE ANTISSÉPTICOS ORAIS CONTRA


BIOFILMES DE BACTÉRIAS ISOLADAS DA CAVIDADE ORAL DE
PACIENTES COM CÂNCER BUCAL E CÉRVICO-TORÁCICO

Autores: DARLAN KELTON FERREIRA CAVALCANTE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);ISADORA VEN-
TURA DO AMARAL (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); IGOR RAPHAEL ROLIM GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS); THAYS CAROLINE ÁVILA GONÇALVES DE VASCONCELOS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE ALAGOAS); REGIANNE UMEKO KAMIYA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Introdução: O câncer de cabeça e pescoço é considerado um grande problema de saúde pública por apresentar elevadas
taxas de incidência e mortalidade na população. Pesquisas têm detectado micro-organismos como S. aureus e P. aerugi-
nosa na cavidade oral de vários brasileiros. Assim, existe a possibilidade de bactérias e seus produtos, presentes em altos
níveis nas infecções bucais, eventualmente se disseminarem para outros órgãos, causando infecções à distância. Esse
risco é aumentado principalmente em indivíduos internados, com comprometimento da imunidade local e sistêmica,
apresentando ulcerações e sob antibioticoterapia prolongada, como é o caso de muitos pacientes com câncer bucal
tratados em hospitais públicos do país, o que demanda uma preocupação com o eficiente controle antimicrobiano em
ambiente hospitalar. Diante disso, o presente trabalho objetivou analisar a eficiência antimicrobiana de antissépticos
orais contra biofilmes de bactérias isoladas da cavidade oral de pacientes com câncer bucal e cérvico-torácico tratados
no Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas. Metodologia: biofilmes pré-formados de 20 cepas de P.
aeruginosa e 21 de Staphylococcus spp. previamente isoladas foram submetidos à ação dos antissépticos Clorexidina
0,12%, Cloreto de Cetilpiridínio 0,05% e Triclosan 0,2%. As células sobreviventes do biofilme foram diluídas e pla-
queadas para contagem de células viáveis (UFCmL-1). O controle correspondeu ao tratamento do biofilme com salina
esterilizada. Resultados e discussão: 61,9% das cepas de P. aeruginosa apresentaram algum grau de diminuição do cres-
cimento após uso da clorexidina, enquanto que 52,4% tiveram seu crescimento reduzido após tratamento com cloreto
de cetilpiridínio e triclosan. Quanto às cepas de Staphylococcus spp., 90% tiveram o crescimento diminuído após uso
da clorexidina, 75% após tratamento com cloreto de cetilpiridínio e 65% após uso do triclosan. De maneira geral, a
clorexidina 0,12% obteve os melhores resultados, devido ao largo espectro antimicrobiano e substantividade elevada.
Acredita-se que o triclosan 0,2% tenha obtido os piores resultados pela sua ação ser direcionada a prevenir a formação
do biofilme, sendo pouco eficiente contra biofilmes já formados. Estatisticamente, nenhum dos antissépticos utiliza-
dos foi eficiente na redução do crescimento dessas bactérias, refletindo resistência circunstancial, quando organizadas
em biofilmes. Conclusão: diante dos resultados supracitados, é notória a importância do estudo acerca dos métodos
de controle antimicrobiano em ambiente hospitalar, ainda mais se tratando de indivíduos com risco aumentado de
infecção, como os pacientes oncológicos. Sendo assim, diante da ineficácia dos antissépticos testados contra biofilmes
pré-formados, devido à resistência circunstancial das bactérias organizadas desta forma, ressalta-se a importância da
higienização da cavidade bucal e remoção do biofilme bacteriano, preliminar à aplicação de antissépticos.

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301 – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE CISTO PERIAPICAL

Autores: LAURA MALTA LOBO FERREIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);IGOR FIGUEIREDO
PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); LEANDRO NAPIER (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS); ANDRÉ FERNANDES MAIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);

Introdução: Paciente K.A.C., 26 anos, sexo masculino, feoderma, sem alterações sistêmicas, não tabagista/etilis-
ta, com relato de trauma em região de incisivos superiores há 3 anos, encaminhado à clínica de Cirurgia e Trau-
matologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da UFMG após achado radiográfico por ortodontista.
Ao exame, dente 11 apinhado, dentes 11 e 21 com sinais de necrose pulpar, periodonto saudável e sem pro-
fundidade de sondagem, aumento de volume vestibular e palatino firme à palpação sugestivo de lesão intra-ós-
sea. Aos exames radiográfico e tomográfico, presença de lesão com características císticas, de aproximadamente
23x17mm, em região anterior de maxila se estendendo da distal do dente 11 (deslocado) à mesial do dente 23,
envolvendo parte da região palatina e em íntima relação com a mucosa nasal, sugestiva de cisto periapical. O pa-
ciente foi encaminhado para a realização do tratamento endodôntico radical dos elementos 11 e 21. Em seguida,
foi programada uma punção aspirativa seguida de uma biópsia incisional da lesão. Durante a punção aspirativa
confirmou-se a presença de líquido amarelo-citrino, típico de lesão cística de origem inflamatória. Foi realizada
então a biópsia incisional a partir de uma incisão linear de aproximadamente 1,5cm em região de mucosa ves-
tibular acima dos dentes 21 e 22 e osteotomia circular da tábua óssea até a exposição parcial da cápsula cística.
Removeu-se um fragmento da cápsula de aproximadamente 3x3mm que foi enviado junto ao material da punção
aspirativa ao laboratório para realização do exame anatomo-patológico. Em seguida, foi realizada a canulização
através da instalação de um dispositivo fenestrado para descompressão da lesão. Após 7 dias, o resultado da
biópsia confirmou o diagnóstico inicial de cisto periapical. Foi elaborado um cronograma de acompanhamento
do tratamento de descompressão durante 120 dias, seguido de enucleação e acompanhamento por mais 2 anos.
O cisto periapical compreende 7 a 54% das lesões radiolúcidas periapicais, porém apesar de corriqueiros, em
casos raros pode formar um carcinoma de células escamosas ou ser confundido com outras lesões, justificando
a realização de biópsia. Cistos com extensão acima de 2,0cm devem ser tratados cirurgicamente para prevenção
de contínuo desenvolvimento e acometimento de estruturas nobres, pois o tratamento endodôntico somente
não é suficiente. Porém deve-se considerar a descompressão prévia para redução do lúmen das mesmas antes da
enucleação a fim de evitar mutilações ou defeitos estético/funcionais.

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302 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FIBROMA OSSIFICANTE


JUVENIL AGRESSIVO:
RELATO DE CASO

Autores: YLRI HIROKATSU SATO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);SIRSA GESSYKA DE QUEIROZ
RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); JULIANA MARIA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO AMAZONAS); LORENA C. R. C. GONDIM (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); GIORGE PESSOA DE
JESUS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS)

Introdução: O fibroma ossificante juvenil consiste em um neoplasma benigno incomum, que abrange cerca de
2% dos tumores bucais. Geralmente ocorre entre 5 e 15 anos de idade, divergindo assim, do fibroma ossificante
convencional que acomete pessoas na 3ª e 4ª décadas de vida. A literatura relata o acometimento de regiões
como maxila, seios paranasais, órbita e complexo fronto-etmoidal, no entanto, poucos casos de mandíbula foram
relatados. O diagnóstico do FOJ se inicia pela observação de alguns fatores, a exemplo da idade do paciente, his-
tória e comportamento da lesão. Clinicamente pode se apresentar como uma expansão assintomática e indolor
do osso que leva a uma assimetria facial. Radiograficamente apresenta-se unilocular ou multilocular com áreas
radiopacas bem demarcadas com possível opacificação central e presença de uma linha entre o tumor e o tecido
ósseo saudável. Pode-se observar nos casos mais agressivos perfurações da cortical óssea. O tratamento para
o FOJ pode variar de acordo com a agressividade do tumor. No caso de lesões com altas taxas de crescimento,
fragilidade da cortical óssea, deslocamento dentário ou reabsorção radicular, requer uma ressecção em bloco com
margens conservadoras para prevenir sua recorrência. É objetivo deste trabalho é relatar o caso do paciente E.S.L,
13 anos de idade, gênero feminino, procurou o serviço de CTBMF da UFAM encaminhada pelo ortodontista para
avaliação de lesão osteolítica da mandíbula, descoberta em exame radiográfico de rotina. Clinicamente observou-
-se discreto abaulamento das corticais lingual e vestibular. Ao exame de imagem observou-se lesão envolvendo
corpo mandibular do dente 33 ao 36, com rompimento de corticais. Após biopsia incisional foi diagnosticado em
laudo histopatológico como fibroma ossificante juvenil agressivo. Desta forma, foi preconizado um tratamento
cirúrgico com ressecção parcial da mandíbula seguida de reconstrução imediata com enxerto autógeno do osso
ilíaco associado a rhBMP2. Após 9 meses foi realizado reabertura cirúrgica para remoção de tela de titânio, utili-
zada no momento da rescontrução, para instalação dos implantes dentários, não sendo observado nenhum sinal
sugestivo de recidiva da lesão.

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307 – RESSECÇÃO DE FIBROMA OSSIFICANTE COM


PRESERVAÇÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR- RELATO DE
CASO

Autores: LAÍS CORDEIRO MENDES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RAFAEL LOPES QUADROS DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO JOÃO DE BARROS BARRETO); NAYARA CRISTINA MONTEIRO CARNEIRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO
DE BARROS BARRETO); ALADIM GOMES LAMEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Fibroma ossificante é uma neoplasia benigna fibro-óssea caracterizada pela formação de cemento, osso ou
ambos. A lesão é assintomática até produzir tumefação visível e deformidade moderada. Geralmente se manifesta na
terceira ou quarta décadas de vida. Embora ocorra predominantemente nos maxilares, especialmente na mandíbula
(75%) , pode também surgir, na base do crânio, seios paranasais e ossos temporais. Radiograficamente apresenta-se
como uma lesão unilocular bem demarcada que pode ter diferentes graus de opacificação, variando do radiolúcido ao
radiopaco. Histologicamente é composta de tecido conjuntivo rico em fibroblastos e altamente vascularizado. O trata-
mento para esta neoplasia é conservador para pequenas lesões, onde podem ser realizadas curetagem ou enucleação.
Esta opção de tratamento pode preservar a função do nervo alveolar inferior, a função mastigatória e o crescimento
normal do osso acometido. Para lesões maiores a ressecção cirúrgica radical é o tratamento de escolha. O presente tra-
balho relata um caso de clínico de uma paciente JCC, sexo feminino, 12 anos de idade, que compareceu ao Serviço de
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Barros Barreto (HUJBB) , queixando-se de aumento de volume
em corpo de mandíbula esquerda na região do dente 36, assintomático. Ao exame extra-oral observou-se aumento de
volume em região submandibular esquerda, endurecido a palpação, com margens bem definidas e sem limitação de
abertura bucal. Ao exame intra-oral observou-se ausência do elemento 36 com região em bom aspecto de cicatrização,
sem sinais de infecção. Solicitou-se, tomografia computadorizada para melhor avaliação e diagnóstico, onde se obser-
vou imagem hipodensa com pontos de calcificação em seu interior, estendendo-se da região do elemento 34 ao angulo
mandibular com reabsorção de cortical vestibular e lingual. Foi realizada biópsia incisional, onde através do resultado
histopatológico a mesma foi diagnosticada com Fibroma Ossificante. Devido o tamanho da lesão e a possibilidade de
fratura patológica com necessidade de fixação imediata da fratura optou-se por realizar a exérese da lesão sob aneste-
sia geral. Foi realizado acesso submandibular para melhor visualização da lesão facilitando e garantindo sua completa
remoção. Após a exposição completa da lesão realizou-se bloqueio intermaxilar com parafusos de bloqueio e fio de aço
nº 01 para manutenção da oclusão em caso de fratura patológica trans-operatória. O Fibroma foi descolado das corti-
cais mandibulares com descoladores de periósteo tomando o devido cuidado na preservação do nervo alveolar inferior
(NAI). Foram extraídos os elementos 35, 37 e 38 que estavam envolvidos na lesão. Houve fratura patológica de corpo
mandibular e devido isto se realizou fixação da fratura com placa de reconstrução angulada e parafusos de titânio do
sistema 2.4 para melhor estabilidade e manutenção do contorno mandibular. Paciente encontra-se em acompanha-
mento pós-operatório de 2 anos.

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311 – CRIOCIRURGIA NO TRATAMENTO DAS LESÕES EM


CAVIDADE ORAL E RELATO DE UM CASO CLÍNICO

Autores: MARIA EDUARDA BENÉ DE OLIVEIRA SABINO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DO RECIFE);JOSÉ
RODRIGUES LAUREANO FILHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); PEDRO THALLES BERNARDO DE CARVA-
LHO NOGUEIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); LUCIANO LEOCÁDIO TEIXEIRA NOGUEIRA FILHO (UNIVER-
SIDADE DE PERNAMBUCO); EMANUEL DIAS DE OLIVEIRA E SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: A criocirurgia é uma modelo terapêutico que tem como objetivo a destruição celular através da aplica-
ção local de baixas temperaturas. A aplicação do gelo em tecidos vivos causa consequências irreversíveis ao meta-
bolismo celular, levando à destruição tecidual em poucos minutos, o que é vantojoso em tecidos patológicos. Este
método tem sido amplamente empregado no tratamento de lesões tanto na área médica como odontológica. As
vantagens na utilização desta técnica estão em seu uso simples, ausência de hemorragia trans-operatória e baixo
índice de infecção. Paciente do gênero feminino, 65 anos, leucoderma, com queixa principal de lesão arroxeada
em bordo lateral esquerdo de língua, diagnosticada como Hemangioma Cavernoso. Foi submetida à criocirurgia
sob anestesia local, através da técnica do spray com nitrogênio líquido, realizando sessão única de dois ciclos de
1 minuto, com intervalo entre ciclos de 2 minutos para tratamento da lesão. Observou-se aspecto esbranquiçado
da lesão caracterizando o congelamento da mesma, e minutos após a utilização da técnica. Notava-se, também, a
formação de edema e eritema na área tratada. Nos primeiros dias de pós-operatório, foi relatada sintomatologia
dolorosa leve. Atualmente, 18 meses após o tratamento, a paciente apresenta-se clinicamente bem, nota-se ape-
nas uma discreta retração cicatricial no local da lesão pré-existente.

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313 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMORES


CERATOCÍSTICOS ODONTOGÊNICOS EM PACIENTE COM
SÍNDROME DE GORLIN GOLTZ

Autores: ANA SOFIA RIBEIRO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL);ISABELA BERGAMASCHI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); EDUARDO DAUDT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL); ANGELO FREDDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL); ADRIANA CORSETTI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Introdução: O tumor odontogênico ceratocístico é um tumor do desenvolvimento que surge a partir de restos
celulares da lâmina dental e merece consideração especial, pois foi incluído na classificação dos tumores odon-
togênicos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005 (NEVILLE et al., 2009; BLANCHARD, 1997).
Apesar do caráter agressivo e recorrente, só são sintomáticos, associados à dor e edema, quando infectados (LI-
GEN, 2011). Ao exame clínico, observa-se a mucosa sobrejacente com coloração e consistência normais, exceto
se o cisto erodiu a cortical óssea quando então nota-se a flutuação à palpação, por essa razão, comumente são
achados radiográficos. Radiograficamente aparecem como uma área radiolúcida com margens escleróticas bem
definidas por osso reacional (osteíte condensante) , por vezes associada a um dente não erupcionado. Cerca de
5% de todos os tumores ceratocísticos odontogênicos estão associados à síndrome de Gorlin-Goltz, conhecida
também como síndrome do carcinoma nervoide basocelular (AGARAM et al, 2004). Trata-se de uma condição
hereditária autossômica dominante causada por mutações em um gene supressor de tumor (NEVILLE et al,
2009). O tratamento para esses cistos é a enucleação, mas, dada a taxa de recidiva elevada desses cistos quando
associadas à síndrome (82% dos casos) , em muitos pacientes, cistos adicionais continuarão a se desenvolver e as
operações deles resultam em vários graus de deformidade dos ossos gnáticos, sendo a infecção dos cistos também
relativamente comum (NEVILLE et al, 2009; PHILIPSEN, 2005). No presente trabalho, apresenta-se o relato de
caso de um paciente diagnosticado com síndrome de Gorlin-Goltz que passou por três procedimentos cirúrgicos
de enucleação dos tumores ceratocísticos odontogênicos nos maxilares. O tratamento foi realizado no Complexo
Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) e o paciente segue em acompanhamento clínico e
radiográfico a cada 6 meses, devido a elevada recorrência de ceratocistos odontogênicos em pacientes portadores
dessa síndrome. O Termo de Consentimento Informado foi assinado pela pessoa responsável pelo paciente, o
qual é menor de idade, liberando o uso de imagem dele para fins didáticos.

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322 – CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE –


CONSIDERAÇÕES CIRÚRGICAS

Autores: MARÍLIA DE LIMA SARAIVA MAIA (*) (UFRN);ANTONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (UFRN); PETRUS
PEREIRA GOMES (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN)

Introdução: O cisto odontogênico calcificante (COC) é uma lesão odontogênica rara, proveniente do epitélio
odontogênico remanescente dos ossos gnáticos. Caracteriza-se clinicamente como uma massa indolor, de cresci-
mento lento, afetando a mandíbula e a maxila em mesma proporção, acomete, especialmente, a região de caninos
e incisivos. Essa lesão apresenta- se mais comumente na segunda e terceira década de vida, sem preferência por
raça ou gênero. O presente trabalho apresenta o tratamento cirúrgico de um Cisto Odontogênico Calcificante em
um paciente do gênero masculino, 59 anos, que compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Ma-
xilo-Facial do Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN, queixando-se de aumento de volume em região
anterior de maxila com dois anos de evolução. Ao exame físico intra-oral observou-se aumento de volume com
coloração normal de mucosa, crepitante à palpação, séssil, com aproximadamente 2 cm em seu maior diâmetro,
localizado em região anterior de maxila. Ao exame radiográfico foi observada uma lesão radiolúcida unilocular
e bem delimitada. Foi realizada a punção aspirativa com a obtenção de conteúdo amarelo escuro, em seguida a
biópsia incisional e instalado o dispositivo de descompressão no mesmo momento. O resultado da análise histo-
patológica comprovou a presença de um Cisto Odontogênico Calcificante. O paciente permaneceu com a marsu-
pialização por quatro meses, período após o qual foi observada uma regressão considerável da lesão, permitindo
sua enucleação. Atualmente o paciente encontra-se com oito meses após a enucleação com boa evolução clínica,
sem sinais de recidiva e sem queixas no momento.

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323 – CISTO EPIDERMOIDE DE FACE – RELATO DE CASO

Autores: ANA YÊDA MENDES GONÇALVES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ/FACULDADE DE ODONTO-
LOGIA);RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PROGRAMA DE
RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUC); WILLY FERNANDES DE MEDEIROS (HOSPITAL UNIVER-
SITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUC);
JOÃO MATEUS MENDES CERQUEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PROGRAMA DE
RESIDÊNCIA EM CTBMF); HELTER ANTÔNIO REBELO PONTES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS
BARRETO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM CTBMF)

Introdução: O Cisto epidermoide, é uma lesão cística, assintomática, de desenvolvimento raro, crescimento lento
de natureza benigna. A etiologia é ainda incerta, contudo, acredita-se que esteja associada a infundíbulo folicu-
lar, ocorrendo uma implantação traumática do epitélio ou aprisionamento de restos epiteliais durante a fusão
embrionária. O tratamento desta lesão é usualmente cirúrgico. O presente trabalho tem por objetivo relatar um
caso clinico de Cisto epidermoide acometendo um paciente do gênero masculino de 47 anos de idade, melano-
derma, localizado na face, na região zigomática esquerda, apresentou-se ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia
Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto evidenciando, clinicamente, uma lesão de
base séssil, consistência flácida, bem circunscrita, com cerca de 20 meses de evolução, sem relato de trauma ou
infecção e sem evidência de linfadenopatia. O tratamento de escolha foi exérese da lesão sob anestesia local, em
ambiente ambulatorial. Após a exérese da lesão enviou-se ao Laboratório de Patologia bucal do HUJBB, cujo o
diagnóstico foi confirmado pelo exame histopatológico, de Cisto Epidermoide. Atualmente, o paciente, realiza
acompanhamento pós operatório sem sinais de perdas funcionais e estéticas.

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329 – LESÕES ORAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES


ATENDIDOS EM CENTROS DE REFERÊNCIA DE
UNIVERSIDADES PÚBLICAS BAIANAS

Autores: RAÍSA CAVALCANTE DOURADO (*) (UFBA);CAMILA PORTO PESSÔA (UEFS); TÉCIA DALTRO BORGES
ALVES (UEFS); MÁRCIO CAMPOS OLIVEIRA (UEFS);

Introdução: O presente estudo teve como objetivo identificar as lesões orais mais frequentes em crianças e ado-
lescentes atendidos em Unidades de Referência de Lesões Bucais de Universidades Públicas Baianas, no período
de 1996 a 2010, além de estimar a associação entre fatores sócio-demográficos e tipo de lesões orais. Trata-se de
um estudo transversal utilizando dados obtidos a partir de prontuários, fichas de requisições e laudos de biópsias
de indivíduos atendidos em tais unidades. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise descritiva das variáveis,
a bivariada pelo teste X2 (qui-quadrado) de Pearson, fixado nível de significância de 5% para verificação da asso-
ciação entre lesão oral e fatores sócio-demográficos (sexo, idade e cor da pele) , e a análise de potenciais modifica-
dores de efeito e confundimento, através da modelagem de regressão logística. Foram encontrados 360 prontuá-
rios de indivíduos entre 0 e 19 anos (8,7% do total de prontuários). Os resultados revelaram 68 tipos diferentes
de lesões. As que exibiram maior prevalência foram: mucocele (12,2%) , granuloma piogênico (5,2%) e fibroma
(4,4%). A prevalência de lesões não neoplásicas foi de 75%, enquanto a de lesões neoplásicas foi de 24%. Tanto as
lesões neoplásicas (p=0,013) quanto as lesões não neoplásicas (p=0,012) apresentaram associação positiva com
sexo, antes do ajuste de confundimento. Após o cálculo das taxas ajustadas pelos potenciais confundidores, foi
possível observar significância estatística apenas em relação a lesões não neoplásicas e idade (p=0,000). O estudo
possibilitou identificar a prevalência de lesões orais e o perfil dos pacientes infanto-juvenis que foram atendidos
em centros de referência de universidades públicas baianas, no período de 1996 a 2010.

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Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

343 – AMELOBLASTOMA: RELATO DE DOIS CASOS

Autores: LILIANE MARIA DANTAS LIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);CARLOS HUMBERTO TADEU
SOUZA DE OLIVEIRA (FUNDAÇÃO DE BENEFICÊNCIA HOSPITAL DE CIRURGIA); BÁRBARA PEREIRA FERNAN-
DES (FUNDAÇÃO DE BENEFICÊNCIA HOSPITAL DE CIRURGIA);

Introdução: Os ameloblastomas são tumores que se originam do epitélio odontogênico. De crescimento lento e
assintomático, são localmente invasivos e benignos. Tem a região posterior da mandíbula como local de predi-
leção. Podem ser divididos em três subtipos clínicos: unicístico, policístico e periférico e se apresentam histolo-
gicamente como plexiforme, acantomatoso, folicular, de célula granular ou de célula basal. Acometem uma faixa
de idade muito ampla, porém estima-se que possa ser predominante entre a 3ª e 4ª década de vida. São tratados
cirurgicamente através de curetagem ou de ressecção nos casos de lesões extensas. Objetivo: relatar dois casos de
ameloblastoma em mandíbula. Caso 1: paciente V.B.S,20 anos, feminina e de cor parda procurou o ambulatório
do Serviço de cirurgia buco maxilo facial da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia de Aracaju-SE em
janeiro deste ano apresentando aumento de volume do lado esquerdo da mandíbula. Após realização de biópsia
incisional da região, o exame histopatológico determinou o diagnóstico de ameloblastoma do padrão histológico
plexiforme. A paciente foi submetida a cirurgia após aproximadamente 3 meses de evolução da lesão. O pro-
cedimento cirúrgico consistiu na ressecção do segmento mandibular que se estendia da região de incisivos até
terceiro molar esquerdo. Atualmente a paciente tem o acompanhamento da fisioterapia para melhoria de suas
funções motoras de mastigação. Caso 2: paciente A.V.S, 24 anos, feminina e de cor parda procurou o ambulatório
do Serviço de cirurgia buco maxilo facial da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia de Aracaju-SE em
janeiro deste ano por encaminhamento profissional após achado radiográfico casual de imagem radiolúcida em
região posterior esquerda de mandíbula. Apresentava aumento de volume na região correspondente. Após exame
histopatológico determinou-se o diagnóstico de ameloblastoma. A paciente foi submetida a remoção da lesão
após aproximadamente 4 meses de evolução. O procedimento consistiu na ressecção do segmento mandibular
que se estendia da região de pré molares à ramo esquerdo. Atualmente a paciente tem o acompanhamento da
fisioterapia para melhoria de suas funções motoras de mastigação. Referências bibliográficas Regezi, Joseph A et
al. Patologia oral: correlações clínicopatológicas. 5ª edição.Rio de Janeiro: Elsevier,2008. Sapp, J Philip et al. Pa-
tologia bucomaxilofacial contemporânea. 2ª edição. São Paulo: Santos, 2012. Neville,Brad W et al.Patologia oral
e maxilo facial.2ª edição.Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.

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354 – RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO


MICROVASCULARIZADO DE FÍBULA APÓS RESSECÇÃO DE
AMELOBLASTOMA

Autores: BRUNO GOMES DA SILVA (*) (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG);GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL DAS
CLINICAS - UFG); ALESSANDRO ROCHA LELLIS (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG); ITALO CORDEIRO DE TOLEDO
(HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG); ALEX ALVES DA COSTA ANDRADE (HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG)

Introdução: Ameloblastoma consiste em um tumor odontogênico benigno, localmente agressivo,derivado do


epitélio odontogênico, de remanescentes de lâmina dentária; órgão reduzido do esmalte e epitélios de cistos, em
especial cisto dentígero. Geralmente acomete indivíduos entre a terceira e sétima décadas de vida, não exisitindo
predileção por gênero. Caracteriza-se como tumor odontogênico mais comum representando cerca de 11% de to-
dos os tumores odontogênicos. Localizam-se principalmente na mandíbula, com prevalênciade 85%, sendo a re-
gião posterior mais acometida. Clinicamente apresentam-se como lesões de crescimento lento, geralmente assin-
tomáticos, causando mobilidades dos dentes envolvidos, expandindo corticais, podendo perfurá-las infiltrando
nos tecidos moles adjacentes. Radiograficamente são imagens radiolúcidas, uni ou multiloculares, dependendo
do tipo da lesão. Se multilocular apresenta forma característica de “bolhas de sabão” ou “favos de mel”, podendo
ou não estar associado a dentes impactados. A definição do tratamento depende das classificações clínico-radio-
gráfica e histológica da lesão, tamanho, localização anatômica, proximidade a estruturas nobres, idade, condições
físicas e expectativas do paciente. Lesões pequenas geralmente são tratadas de forma conservadora com cure-
tagem e enucleação e lesões maiores através da ressecção radical do tumor, resultando em grandes defeitos que
dificultam a reconstrução. O tratamento ideal do ameloblastoma deve minimizar recidiva, restaurar função do
aparelho estomatognático, restabelecer a estética perdida pelo defeito ósseo e apresentar baixa morbidade do
sítio doador. A reconstrução com enxerto ósseo de fíbula microvascularizado é uma das opções de tratamento
existentes que pode ser utilizada para estabelecer esses critérios. O objetivo do presente trabalho é apresentar um
caso de um paciente com diagnóstico de ameloblastoma multicístico em mandíbula que foi submetido à cirurgia
de ressecção em bloco e reconstrução imediata com enxerto osteocutâneo microvascularizado de fíbula. Paciente
atualmente encontra-se em preparo para reabilitação protética com implantes dentários.

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358 – TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE FOLICULAR


EM MAXILA - RELATO DE CASO

Autores: MARIA CLARA LOPES DE ALMEIDA (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);FABIO
LUIZ NEVES GONÇALVES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); PRISCILLA FLORES SILVA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO JOÃO DE BARROS BARRETO); CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS
BARRETO)

Introdução: O Tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é uma lesão benigna incomum de origem odontogê-
nica, caracterizado pelo crescimento lento, progressivo, indolor, de consistência firme, com tamanho que nor-
malmente não atinge grandes proporções. Há predileção pela região anterior de maxila e o envolvimento de um
dente impactado, geralmente o canino. O TOA apresenta três variantes: folicular, extrafolicular e periférica, que
não se distinguem microscopicamente, sendo distinguíveis de modo clínico ou radiográfico. O tipo folicular é o de
maior ocorrência. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de uma paciente do sexo feminino,
V.M.M., 21 anos, que procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário
João de Barros Barreto, com queixa de tumefação indolor situada no vestíbulo da maxila esquerda, com mucosa
de coloração e aspecto normal. Através de exame radiográfico, foi constatado a presença de canino permanente
impactado na região de maxila anterior, circundado por radiolucência de bordas escleróticos, contendo ainda fo-
cos de calcificação em seu interior, com extensão do dente 22 ao dente 27. Após biopsia incisional e diagnóstico
histopatológico de TOA a paciente foi submetida à enucleação e curetagem da lesão. A paciente encontra-se em
proservação clínico-radiográfico de 30 meses, sem quaisquer sinais de recidiva e/ou sintomatologia.

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360 – LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE


CASO RECIDIVANTE.

Autores: DANIELA MENESES SANTOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);LAEZA ALVES SAMPAIO
(ACADÊMICA DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UFS); KLINGER DE SOUZA AMORIM (MESTRANDO EM CLÍNICA
ODONTOLÓGICA DA UFS); MARTA RABELO PIVA (PROF. DRA DE PATOLOGIA ORAL DA UFS); LIANE MACIEL DE
ALMEIDA SOUZA (PROF. DRA DE CIRURGIA E ANESTESIA DA UFS)

Introdução: A lesão periférica de células gigantes (LPCG) apresenta crescimento semelhante a um tumor, relati-
vamente comum na cavidade bucal. Representa uma lesão reacional provocada por trauma e agentes irritantes .
Apresenta-se como uma massa nodular vermelha ou vermelho-azulado, apresentando tamanho variado e rara-
mente excedendo 2cm de diâmetro. São assintomáticos com predominância em mulheres na mandíbula na região
de pré-molares. O diagnóstico final é confirmado pelo histopatológico, caracterizado,basicamente, pela presença
de células gigantes multinucleadas em um estroma que mostra graus variados de inflamação e vascularização. O
tratamento recomendado é a excisão cirúrgica, recidivas são raras. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de
lesão periférica de células gigantes recidivante. Paciente ISM, 33 anos, sexo feminino, melanoderma. Apresentan-
do abaulamento da face do lado direito, e lesão que se estende da região retromolar direito ao primeiro pré-molar
direito. Radiografia apresentando uma massa tecidual circunscrita. Foi diagnosticada na disciplina de cirurgia do
Departamento de odontologia da UFS. O tratamento optou-se pela remoção cirúrgica conservadora e remoção
do fator irritante. O material foi enviado para o histopatológico confirmando o diagnostico de LPCG. A paciente
não apresentou reclamação posterior e nem retorno ao longo do folow up.

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365 – MEDIASTINITE NECROSANTE DESCENDENTE COM


ORIGEM ODONTOGÊNICA – RELATO DE CASO

Autores: IGOR FIGUEIREDO PEREIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);ERYKSSON SOUZA DE
SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); CHRISTOPHER CADETE DE FIGUEIREDO (SINDICATO
DOS ODONTOLOGISTAS DO ESTADO DA PARAÍBA); LAURA MALTA LOBO FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS); JOSÉ AUGUSTO DIAS ARAÚJO (HOSPITAL MUNICIPAL ODILON BEHRENS)

Introdução: Mediastinite é uma afecção normalmente secundária a outras comorbidades como sequelas de per-
furação esofágica e complicação de toracotomia. Ocasionalmente, pode ter como causa base, infecções da oro-
faringe e assim denomina-se Mediastinite Necrozante Descendente (MND). Os critérios diagnósticos incluem
manifestações clínicas de infecção severa, características radiológicas, comprovação de infecção mediastinal ne-
crotizante no transoperatório ou post morten (ou ambos) e estabelecimento da relação da infecção com orofa-
ringe. Essa patologia pode ter curso fulminante com sepse e morte. Objetivo: descrever um caso de mediastinite
necrosante descendente por infecção odontogênica. Relato de caso: paciente sexo masculino, 33 anos, sem ne-
nhuma alteração sistêmica, com relato de nunca ter ido ao dentista, referindo dor de dente, com evolução de 1
semana. Ao exame clínico, demonstrou disfagia, dislalia e dispnéia com evolução rápida. Apresentava edema em
espaços submandibular e sublingual bilateral e edema em espaço submentoniano, além de eritema em região
torácica. À tomografia computadorizada de região cervical com contraste, foi observado desvio de via aérea e cole-
ção purulenta acentuada na região supracitada. Tratamento: Foi então realizada a traqueostomia, com drenagem
cervical e torácica. O paciente teve uma evolução lenta, mas satisfatória, com 17 dias em uso de Clindamicina em
associação à Gentamicina endovenosa. Após um manejo adequado, com tratamento cirúrgico associado a uma
antibioticoterapia agressiva e prolongada, além de um monitoramento intenso, o paciente teve uma evolução
satisfatória e a remissão do quadro. Discussão: Cerca de 70% das destas patologias tem como origem infecções
odontogênicas, podendo ter um curso fulminante com sepse e morte. Relatos mais antigos da literatura revelam
até 50% de taxa de mortalidade nos casos, atualmente, na era da antibioticoterapia esse índice decresceu. Con-
clusão: o cirurgião bucomaxilofacial deverá estar consciente da possibilidade de desenvolvimento e disseminação
de processos infecciosos, oriundos na cavidade bucal e, que o não tratamento correto pode acarretar sérios riscos
ao paciente. O diagnóstico precoce, abordagem cirúrgica de drenagem e antibioticoterapia apropriada são pontos
fundamentais para obtenção de sucesso no tratamento deste tipo de infecção, além da atuação multidisciplinar.
Palavras Chave: Controle de Infecções Dentárias, Mediastinite, Traqueostomia.

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366 – INFECÇÕES PÓS OPERATÓRIAS: A TERAPÊUTICA


ANTIBIÓTICA É O SUFICIENTE?

Autores: FABIO LUIZ DOMINGOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA);IRACI TOSIN (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DE SANTA CATARINA); CLARICE LIGOCKI PINTO PEDRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA); LUIZ GARCIA DHEIVER PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA); KARINE PIÑERA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA)

Introdução: O presente trabalho traz uma discussão acerca das possibilidades de infecções pós operatórias e suas
consequências patológicas em uma abordagem microbiológica. O Cirurgião Dentista deve estar atento aos passos
anteriores e posteriores do ato operatório para garantir que não haja uma contaminação do local operado. Nota-
-se uma importante relação do ambiente cirúrgico do procedimento, do ambiente da residência do paciente, da
higiene das mãos dos profissionais e dos pacientes e da escovação dental com a possível causa de uma infecção
pós operatória, explicitando o alto grau de contaminação desses. A higienização bucal pós operatória deve ser rea-
lizada considerando os cuidados necessários para que a escova esteja desinfetada. As escovas são potentes meios
de transmissão de patógenos para o meio bucal, tendo em vista o elevado grau de contaminação. O ambiente
cirúrgico e de recuperação assim como a residência do paciente precisam ser limpos e adequados aos procedimen-
tos clínicos e o profissional e seu paciente devem sempre realizar a higienização das mãos antes do procedimento.
De acordo com a análise laboratorial de coleta de amostras em placas de Petri obtidas de ambientes fechados e
higienizados, mãos dos profissionais e escovas dentais usadas foi possível inferir que todas as placas obtidas
continham microrganismos, o que demonstra a importância de um melhor controle da contaminação de super-
fícies, mãos e escovas. O Cirurgião Dentista que atribuir para sua rotina de trabalho as considerações sobre a boa
higiene bucal do paciente e as instruções de técnicas para a desinfecção de mãos, ambiente e escovas diminuirá
exponencialmente o risco de insucesso em um procedimento cirúrgico por causas infecciosas.

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367 – NEOPLASIAS MALIGNAS EM REGIÃO DE CABEÇA


E PESCOÇO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES
SUBMETIDOS À RADIOTERAPIA/QUIMIOTERAPIA ATENDIDOS
NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFMG

Autores: IGOR FIGUEIREDO PEREIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS);VLADIMIR REIMAR
AUGUSTO DE SOUZA NORONHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); CHRISTOPHER CADETE DE
FIGUEIREDO (SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS DO ESTADO DA PARAÍBA); VAGNER RODRIGUES SANTOS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); LUIZ CLÁUDIO NOMAM FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MINAS GERAIS)

Introdução: No Brasil, a mortalidade por doenças crônico-degenerativas vem mostrando uma ascensão progres-
siva, destacando-se as neoplasias malignas como a segunda causa de morte. O câncer bucal possui uma predo-
minância em países em desenvolvimento, em especial na classe social com níveis socioeconômicos mais baixos.
Objetivo: verificar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à radioterapia/quimioterapia e atendidos na
Faculdade de Odontologia da UFMG. Metodologia: Realizou-se um estudo quanti-qualitativo, documental, ana-
lítico, do tipo transversal. Foram analisados todos os registros dos pacientes atendidos no projeto “Atendimento
de suporte odontológico ao paciente portador de neoplasia maligna e irradiado em região de cabeça e pescoço”,
no intervalo de 2005 a 2014. Após a coleta, os dados foram digitados em um banco criado no programa R versão
3.0.3 e analisados por estatística descritiva. Resultados: Dos 458 registros analisados entre 2005 e 2014 351
(76,6%) corresponderam a indivíduos do sexo masculino e 107 (23,4%) , ao sexo feminino, sendo a idade média
encontrada de 55,57 (±12,2) anos. Verificou-se que o carcinoma de células escamosas foi o mais prevalente com
334 (73,2%) dos casos. Em relação à localização do tumor, a cavidade oral apareceu com 193 (43,0) dos casos, já
os tumores localizados em faringe e laringe, apareceram com 156 (34,7%). Em relação ao tratamento, a radio-
terapia foi realizada em 409 (89,7%) dos pacientes, já a quimioterapia foi realizada em 237 (52,7%) dos casos.
Ao analisar as complicações pós-radioterapia, foram registrados 144 (32,6%) casos de mucosite, 76 (17,2%) de
candidose e apenas 40 (10,6%) de osteorradionecrose. Discussão: o presente estudo corrobora com as demais
pesquisas da área, apresentando uma proporção de cerca de 3 homens para cada mulher com Câncer de cabeça
pescoço, proporção que vem diminuindo ao longo dos anos. O carcinoma de células escamosas também segue
os demais trabalhos publicados na área, tendo uma maior prevalência na região. A associação álcool e tabaco se
mostra relevante na predisposição cada vez maior dessa neoplasia. Conclusão: Houve uma maior prevalência de
pacientes do sexo masculino, com a sexta década de vida, como a mais acometida, sendo expressivo o número
de casos em que o tratamento preconizado foi a radio e quimioterapia. O tipo de Câncer mais frequente foi o de
células escamosas, localizados principalmente na cavidade oral e a complicação pós-radioterapia mais encontrada
foi a mucosite. Palavras Chave: Neoplasias Bucais, Radioterapia, Quimioterapia.

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371 – REMOÇÃO DE CISTO PERIAPICAL COM OBTURAÇÃO


SIMULTÂNEA DE CANAL RADICULAR: RELATO DE CASO

Autores: AMANDA SILVA SANTOS (*) (UFBA);ANDRÉ VICTOR PINTO SERRA (OSID/UFBA); LEONARDO MORAIS
GODOY FIGUEIREDO (OSID/UFBA); IGOR ALEXANDRE DAMASCENO SANTOS (OSID/UFBA); ROBERTO ALMEIDA
AZEVEDO (OSID/UFBA)

Introdução: O cisto periapical ou cisto radicular nada mais é do que um cisto odontogênico inflamatório que pode
ocorrer em ápices de dentes desvitalizados, provenientes de infecções odontogênicas ou traumas dentários. Pode
ser assintomático ou não, com ou sem secreção purulenta. Existem diversos tratamentos relatados, dentre eles
apenas o tratamento endodôntico (conservador) ou adicionado à procedimentos cirúrgicos de curetagem peria-
pical, marsupialização, descompressão e enucleação cística, realizados também após exodontia da unidade, se
optado. O objetivo do presente trabalho é apresentar um caso clínico de tratamento de cisto radicular em paciente
do gênero feminino, 43 anos de idade, que compareceu ao ambulatório com histórico de traumatismo dento-al-
veolar há dois anos, encaminhada por endodontista que relatava impossibilidade de obturação da unidade 12,
já instrumentada, devido à persistente saída de secreção purulenta. Observou-se presença de imagem sugestiva
de cisto radicular associada à referida unidade. Optou-se por um tratamento alternativo: enucleação cística com
obturação transcirúrgica convencional, sem apicectomia. No pós-operatório de seis meses foi observado ausên-
cia de sinais de infecção e ausência de sintomatologia. Ao exame radiográfico, observa-se início de neoformação
óssea e canal radicular da unidade 12 devidamente selado. Conclui-se que a enucleação cística seguida de trata-
mento endodôntico convencional sem apicectomia em mesmo tempo cirúrgico é uma possibilidade simplificada
de tratamento com alto índice de sucesso para o cisto radicular. Palavras-chave: Cisto radicular, cirurgia oral,
endodontia.

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372 – MIÍASE ORAL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: FABIANA BRITO DA CUNHA (*) (UFPA);WILLY FERNANDES DE MEDEIROS (HUJBB); RAFAEL LOPES
QUADROS DA SILVA (HUJBB); THIAGO BRITO XAVIER (HUJBB); WENDER LUIS BARROSO TAVARES (HUJBB)

Introdução: MIÍASE - RELATO DE CASO CLÍNICO CUNHA, Fabiana Brito; MEDEIROS, Willy Fernandes; SIL-
VA, Rafael Lopes Quadros; XAVIER, Thiago Brito; TAVARES, Wender Luis Barroso; RESUMO Miíase é uma pa-
tologia causada por larvas de dípteros que atingem tecidos debilitados de animais e humanos. Dentre os fatores
predisponentes da doença, tem-se: a selinidade, déficit neuropsicomotor, respiração bucal noturna, hemiplegia e
halitose severa. Apesar de raramente acometer a cavidade oral, quando ocorre, as manifestações clínicas podem
variar de acordo com a região acometida, destacando-se entre as principais o eritema, edema, algia, necrose teci-
dual e sangramento. O tratamento consiste na remoção mecânica das larvas, associado ou não ao uso sistêmico
de substâncias farmacológicas, como a Ivermectina. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico
de Miíase acometendo um paciente portador de paralisia cerebral do gênero masculino, 17 anos de idade, desco-
berto pela mãe, quando percebeu a presença de larvas na cavidade oral do filho. Clinicamente, o paciente apre-
sentava odor fétido, mucosa gengival eritematosa com presença de sangramento, expansão da região anterior do
palato devido a presença de múltiplas larvas na região de sulco gengival palatino, estendendo-se do elemento 15
ao 21. O tratamento cirúrgico foi realizado sob anestesia local, onde 55 larvas foram retiradas mecanicamente da
cavidade oral do paciente. O mesmo foi medicado e a mãe orientada quanto aos cuidados locais e gerais. O acom-
panhamento por quatro semanas mostrou a remissão do odor fétido, melhora significativa da mucosa gengival
palatina, bem como ausência de recidivas.

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374 – ANGINA DE LUDWIG: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO –


RELATO DE CASO

Autores: RODOLPHO FERREIRA LIMA VILELA (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL);HENRIQUE
PEREIRA BARROS (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL); STEFANNIE LOPES DE FREITAS (CENTRO
UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL);

Introdução: Angina de Ludwig é definida como uma celulite, por disseminação aguda e edemaciada, propagada
através dos tecidos moles e planos faciais, antecedida de um processo inflamatório agudo, acometendo bilate-
ralmente os espaços submandibulares e sublinguais, podendo disseminar para o espaço submentoniano. Sua
etiologia é geralmente odontogênica, envolvendo microrganismos como a Staphylococus alfahemolítico, Staphy-
lococus aureus, S. epidermides e H. influenza. Outros fatores podem estar associados com a etiologia da Angina
de Ludwig, tal como fraturas mandibulares, traumas na região do assoalho bucal, laceração dos tecidos moles
bucais, tumores ou cistos infectados e abcessos parafaríngeos ou peritonsiliares. A sua sintomatologia inclui dor,
edema do assoalho bucal, protrusão lingual, disfagia, odinofagia, trismo e calafrios. A maioria dos índices de
mortalidade relacionada à Angina de Ludwig acontece devido a obstrução das vias aéreas por aumento do volume
dos tecidos afetados. O objetivo deste estudo é discutir a abordagem clínico-cirúrgica para o tratamento da doen-
ça, além da importância do diagnóstico precoce da Angina de Ludwig, diminuindo consideravelmente o risco de
mortalidade do paciente. Foi realizada uma pesquisa literária sobre o tema, em bibliotecas virtuais, adotando os
descritores em Ciências da Saúde (Http://decs.bvs.br/) e do relato de caso clínico, de paciente do sexo feminino,
com evolução de um abscesso dentário do elemento 33 para o quadro de Celulite e Angina de Ludwig, áreas ne-
cróticas em região cervical e esternal, com quadro séptico em franca evolução, obstrução respiratória parcial pelo
edema nas vias aéreas, sendo tratada cirurgicamente por drenagem, debridamentos e posteriores enxertos, além
de terapêutica medicamentosa, saindo do quadro agudo e depois de 6 meses, estando reabilitada. Parece-nos
lícito afirmar que a utilização de exames clínicos e imaginológicos para um diagnóstico precoce, aliado a medi-
cação efetiva e intervenção cirúrgica são de extrema relevância para prevenir a manutenção da vida do paciente.
Palavras-Chave: Angina de Ludwig, Infecção Focal Dentária, Cirurgia Bucal, Patologia Oral.

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Área: Vídeo poster

Apresentação: Patologia oral e maxilo-facial

379 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMIELITE NO


PALATO:
RELATO DE CASO

Autores: YLRI HIROKATSU SATO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);HECTON TOMOHIKO OLIVEIRA
SATO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); FABIANO CONRADO GONÇALVES (RESIDENCIA DE CTBMF
DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); THIAGO VEIGA DE BRITTO FREITAS (UNIVERSIDADE DO ESTA-
DO DO AMAZONAS); GUSTVAO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: A osteomielite que acomete esqueleto facial é uma séria e debilitante doença, não existindo predi-
leção por sexo ou idade. Dentre os ossos da face, a osteomielite crônica é mais frequentemente observada na
mandíbula e, em menor número, na maxila, mas geralmente limitada a um único sítio anatômico. A grande
dificuldade em se lidar com esta enfermidade é devido a sua etiopatogenia, isto é, a presença de uma microbiota
que vem sendo alterada; à resistência dos microorganismos aos antimicrobacterianos; à possibilidade de reações
adversas e à presença de fatores predisponentes sistêmicos e metabólicos. É objetivo do presente trabalho, apre-
sentar um caso clínico do paciente J.C.O, 76 anos, gênero masculino, leucoderma, que compareceu ao serviço
de cirurgia e traumatologia buco maxilo facial, com a história de surgimento de fístulas há cerca de 6 meses em
região de palato duro, que produziam exsudato purulento, dor severa ao mastigar, alteração na fonação e hálito
fétido. Durante anamnese mesmo relatou tratamento de câncer de próstata hà 13 anos, porém não utilizava
nenhuma medicação paliativa . Ao exame clínico intrabucal, observou-se um quadro sugestivo de osteomielite
supurativa ativa no palato com duas fístulas comunicando a cavidade bucal com a cavidade nasal. O mesmo
havia sido submetido a exodontias múltiplas, debridamento e antibióticoterapia persistente, devido a presença
de restos radiculares na maxila associados à infecção odontogênica crônica, porém sem sucesso na involução do
quadro infeccioso. Solicitou-se uma tomografia de face, a qual revelou a presença de sequestro ósseo no palato,
e duas fístulas buco-nasal de aproximadamente 5 mm cada. Foi realizado procedimento cirúrgico sob anestesia
geral, através de retalho em envelope, de espessura total, sobre a crista óssea maxilar, seguido de debridamento
cauteloso da lesão, com remoção do sequestro ósseo e reconstrução imediata do palato ósseo associado ao uso
de proteína óssea morfogenética. Sabe-se que a osteomielite acomete com maior frequência a mandíbula quando
comparado à maxila, porém, independente da região o tratamento deverá ser invasivo com terapia antibiótica ri-
gorosa. No caso optou-se pela reconstrução imediata com o objetivo de tratar a comunicação buco-nasal e manter
a arquitetura palatina.

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384 – MEDIASTINITE DESCENDENTE NECROSANTE


ODONTOGÊNICA: RELATO DE CASO

Autores: MESACK DA SILVA SOARES (*) (CESMAC);RAPHAEL TEIXEIRA MOREIRA (FOP/UPE); TAYGUARA CER-
QUEIRA CAVALCANTI (CESMAC); CAMILA MARIA LIMA DE CASTRO (UFAL); LARISSA VILELA BARROS (UFAL)

Introdução: Mediastinite é definida como a inflamação dos tecidos do mediastino (situado entre os dois sacos
pleurais). Pode ser do tipo aguda, com desenvolvimento repentino, ou crônica, desenvolvendo-se lentamente. É
a complicação mais temível das infecções cervicais profundas e suas causas principais são adenotonsilar e odon-
togênica (mediastinite descendente necrosante odontogênica - MDN). Seus sintomas são: Dor torácica de mode-
rada a anginiforme, hiperpirexia, disfagia, dispnéia, tosse, sibilos e estertores, alterações de voz e taqui ou bradi-
cardia. Para diagnosticar uma MDN é preciso verificar: Manifestações clínicas de infecção severa, demonstrações
de achados radiológicos, documentação de infecção mediastinal e estabelecimento da relação de infecção descen-
dente. Os exames por imagem que ajudam no diagnóstico são: Radiografia panorâmica dos maxilares, radiografia
de perfil cervical, radiografia de tórax, ultra-sonografia e tomografia computadorizada. Pode-se acessar as vias aé-
reas através de entubação endotraqueal, fibroscopia flexível, cricotiroidostomia ou traqueostomia. O tratamento
cirúrgico deve ser realizado precocemente, removendo a causa e drenando a lesão. Paciente do gênero feminino,
42 anos, leucoderma com hiperpirexia apresentava secreção purulenta em cavidade oral e halitose, trismo, limi-
tação dos movimentos da cabeça e edema e eritema no terço inferior da face, na região cervical e região torácica
alta. Após a tomografia computadorizada, a paciente recebeu diagnóstico de MDN. Realizou antibióticoterapia
endovenosa (EV) com: -Ceftriaxona 1g a cada 12 horas; -Metrodidazol 500mg a cada 8 horas;e -Gentamicina 80
mg a cada 8 horas; O acesso às vias aéreas foi realizado por traqueostomia e foi realizado tratamento cirúrgico. O
tratamento realizado após a cirurgia foi: Internamento em unidade de tratamento intensivo (UTI); Septicemia;
Hidratação EV com solução fisiológica; Suplementação calórica com solução glicosada; Controle da pirese com
tenoxicam 20 mg EV a cada 12 horas; e Alta hospitalar após 11 dias do tratamento cirúrgico. A MDN é uma com-
plicação rara das infecções cervicais profundas, pode originar-se a partir da exodontia de um 3º molar inferior,
o conhecimento de sua fisiopatologia contribuiu para o diagnóstico precoce e tratamento adequado e, apesar do
prognóstico duvidoso com altos índices de morbimortalidade, a paciente evoluiu de maneira satisfatória.

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451 – LIPOMA: RELATO DE CASO

Autores: RAIZA SALES NUNES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);YURI SILVA PIMENTA (HOSPITAL UNIVER-
SITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); NAYARA CRISTINA MONTEIRO CARNEIRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BAR-
RETO); JADER FADUL DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O lipoma é um tumor benigno que representa o mais comum dos tumores mesenquimais. São en-
contrados em regiões em que tecido adiposo é normalmente presente. Os lipomas não são frequentes em região
oral e maxilo facial, atingindo mais o tronco e porções proximais. Tem patogênese incerta e atinge mais indiví-
duos obesos. Usualmente eles são aumento de volume assintomáticos, nodulares, macios e cobertos por mucosa
normal que particularmente ocorrem em mucosa jugal, vestíbulo, língua, assoalho de boca, lábios, glândulas sali-
vares e rosto. Histologicamente, o tumor é composto de células de gordura maduras subdivididas em lóbulos en-
volvidas por uma fina camada de tecido conjuntivo fibroso de cor amarelada podendo apresentar-se rosado se for
infiltrativo. Com base em características microscópicas, eles podem ser classificados como lipoma, fibrolipoma,
lipoma de células fusiformes, angiolipoma, lipoma pleomórfico e intramuscular. Esse último apresenta-se mais
infiltrativo podendo causar dor e comprometer outras estruturas e possui grande taxa de recidiva. O objetivo
do presente estudo é relatar um caso clínico de um lipoma em região submandibular e o tratamento de escolha.
Paciente A. S. O. 31ª, Melanoderma, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, do
Hospital Universitário João de Barros Barreto, da Universidade Federal do Pará, com queixas estéticas, apresen-
tando assimetria facial ás custas de um aumento de volume em região de ângulo mandíbular direita. O exame
extra oral mostrou nódulo firme a palpação de consistência macia. Ao exame intra-oral não foram visualizadas
alterações. Foi realizado o tratamento cirúrgico sob anestesia local, com incisão extra-oral, sobre a lesão, divulsão
por planos, visualização e exérese da massa tumoral. A peça cirúrgica foi colocada em formol a 10%, flutuando
na solução, sugerindo o diagnóstico de Lipoma. A amostra excisada foi de 12x08x06 mm de tamanho, cor acasta-
nhada, semelhante a tecido gorduroso. O laudo histopatológico (características hp) o seu diagnóstico de lipoma
com características...... A avaliação pós-operatória de 07 dias mostrou suturas em posição e sem débitos. Lipomas
intra-orais são uma entidade rara que podem ser notadas durante exames odontológicos de rotina. Geralmente
a maior preocupação do paciente é em relação à estética ou desconforto. A maioria deles raramente causam dor,
resultando em uma demora a procura tratamento.

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486 – ODONTOMA COMPOSTO ASSOCIADO A UM CISTO


DENTÍGERO NA REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO
DE CASO

Autores: RAIZA SALES NUNES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);NAYARA CRISTINA MONTEIRO CARNEI-
RO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); JENNIFER SANZYA SILVA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSI-
TÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); CÉLIO ARMANDO COUTO DA CUNHA JÚNIOR (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O cisto dentígero, também chamado de cisto folicular é um cisto odontogênico que se desenvol-
ve, associado com a coroa de um dente impactado, predominantemente em terceiros molares mandibulares de
pacientes jovens. O Odontoma é um tumor ectomesenquimal de origem desconhecida, são consideradas mais
como malformações de desenvolvimento (hamartomas) do que neoplasias verdadeiras. Ocasionalmente, o cisto
dentígero pode estar associado a um odontoma. O artigo tem como objetivo relatar um caso de tratamento cirúr-
gico de cisto dentígero associado a um odontoma composto em dente incluso na região anterior da mandíbula.
Paciente do sexo masculino, 17 anos de idade, procurou a equipe de Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial
do Centro de Especialidades Odontológicas de Horizonte, Ceará, Brasil, queixando-se de falha na erupção do ele-
mento 42. Após exame radiográfico, foi visualizado lesão sugestiva de odontoma composto, associado a um cisto
dentígero, localizado superiormente ao elemento 42. A cirurgia foi planejada objetivando a remoção do odon-
toma, bem como do elemento 42 e a curetagem da cavidade óssea com remoção da cápsula cística. A remoção
da sutura foi realizada 7 dias após a cirurgia, onde foi possível observar uma boa cicatrização. O tratamento de
escolha foi a excisão cirúrgica das lesões juntamente com o dente envolvido. Não foram observadas complicações
pós-operatórias, indicando o sucesso do tratamento planejado.

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503 – MIOEPITELIOMA EM GLÂNDULAS SALIVARES MENORES


– RELATO DE CASO

Autores: MARIANA LIMA DE FIGUEIREDO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE);ANTÔNIO
BRUNNO GOMES MORORÓ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); ADRIANO ROCHA GER-
MANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PETRUS PEREIRA GOMES (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE)

Introdução: Os mioepiteliomas são tumores raros, de evolução predominantemente benigna que representam
cerca de 1% dos tumores de glândulas salivares. Nas glândulas salivares maiores, tem predileção pela parótida,
e nas salivares menores, pela região do palato. Acredita-se que há um espectro de tumores benignos compostos
predominantemente por células mioepiteliais, mas que apresentam variações histológicas distintas, tornando-os
diferentes. A incidência da doença é praticamente igual entre os sexos, ou tende a ser ligeiramente maior nas mu-
lheres. A faixa etária varia de 8 a 86 anos, mas principalmente em torno de 50 anos de idade. Evolui clinicamente
como um tumor de crescimento lento, e o seu tamanho varia de 1 a 5cm de diâmetro. O diagnóstico preciso do
mioepitelioma é difícil devido à sua raridade e histopatologia variável. No entanto, usando imuno-histoquímica
pode diminuir estes desafios de diagnóstico. Imunorreactividade positiva contra a proteína S-100, calponina,
proteína ácida fibrilar glial, actina, CK14, e várias citoqueratinas é geralmente uma ferramenta de diagnóstico
sensível ou focal. Este trabalho apresenta um relato de caso da paciente K.C. 12 anos de idade, sexo feminino,
leucoderma que recorreu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial DOD-HUOL/UFRN com a
queixa de um “caroço no céu da boca”. Durante a anamnese, relatou a presença desse aumento de volume com
tempo de evolução de aproximadamente 1 ano, sem história prévia de trauma, infecção ou procedimento cirúr-
gico na região. O exame extra-oral não se evidenciou alterações. No exame intra-oral foi observado a presença
de lesão nodular, de coloração normal da mucosa circundante, base séssil, moderadamente macia à palpação,
com aproximadamente 3 cm em seu maior diâmetro, localizada na região posterior de palato duro. Ao exame
tomográfico, observou-se uma lesão hipodensa bem circunscrita, com reabsorção na porção palatina da maxila
sem fenestração para cavidade nasal. Foi realizada uma biópsia incisional obtendo o diagnóstico histopatológico
de mioepitelioma, e, portanto, sugerindo a realização da remoção total da lesão. Foi realizada a exérese cirúrgica
total da lesão, sob anestesia local (Mepivacaína a 2%). Uma incisão intrasucular com acesso em envelope. Após
o descolamento do retalho palatino mucoperiosteal, a lesão foi exposta, descolada e removida. Após a exérese, a
lesão foi armazenada em um recipiente contendo uma solução de formol a 10% e encaminhada ao setor de Ana-
tomia Patológica do DOD-UFRN, para realização do exame histopatológico confirmando o diagnóstico prévio de
mioepitelioma. Atualmente a paciente encontra-se sob acompanhamento ambulatorial há 06 meses, segue sem
queixas e não apresenta sinais clínicos ou radiográficos de recidiva da lesão.

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530 – ACHADOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS DA DISPLASIA


ÓSSEA FLORIDA SINTOMÁTICA: RELATO DE CASO

Autores: NATÁLIA LINS DE SOUZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);ANÍBAL HENRIQUE BARBOSA
LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); MARCOS ANTONIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA PARAÍBA); PEDRO EVERTON MARQUES GOES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); FRANCISCO PAULO
ARAÚJO MAIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: A Displasia Óssea Florida (DOF) corresponde a uma lesão benigna, rara, fibro-óssea dos maxilares,
cuja etiologia ainda é desconhecida. Acomete, principalmente, paciente do sexo feminino, negra e de meia-ida-
de. A DOF é diagnosticada em exames clínico e radiográfico de rotina, geralmente é assintomática, tornando-se
sintomática quando a infecção ocorre. Radiograficamente, apresenta-se como imagem radiolúcida e radiopaca de
forma lobular e borda irregular localizada nos quatro quadrantes dos maxilares, limitadas a região alveolar. Quan-
do assintomático o tratamento consiste em rigorosa higiene bucal, prevenção de infecção e acompanhamento da
lesão, necessitando apenas de intervenções cirúrgicas em casos sintomáticos. Sendo assim, o presente trabalho
descreve o caso clínico da paciente MGF, sexo feminino, negra, 78 anos de idade, que se apresentou ao Serviço
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Lauro Wanderley relatando queixa
álgica latejante e persistente em hemiface esquerda, halitose e sangramento espontâneo da lesão. Ao exame fí-
sico de face apresentava tumefação em região de corpo mandibular esquerdo. Ao exame intra-oral foi observado
aumento de volume em região posterior do rebordo alveolar esquerdo, com a mucosa hiperemiada; exposição
da lesão na cavidade oral, com drenagem espontânea de coleção sero-sanguínea e expansão das tábuas ósseas
alveolares. Ao exame radiográfico verificaram-se lesões densas, com múltiplos lóbulos radiopacos e radiolúcidos,
bilateralmente na mandíbula. O tratamento da patologia consistiu na associação da exérese total da lesão do lado
esquerdo da mandíbula associado com a antibioticoterapia, bochechos com clorexidina 0,12%, rigorosa higiene
bucal e acompanhamento periódico da paciente. A peça cirúrgica foi encaminhada para análise histopatológica,
onde se confirmou o diagnóstico de DOF. Paciente atualmente encontra-se em acompanhamento, apresentando
bons resultados e sem indícios de recidiva da infecção.

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538 – TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA SÓLIDO


CONVENCIONAL, RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: HELEN PATRÍCIA DA SILVA ARAÚJO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);JADER FADUL DE LIMA
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO JOÃO DE BARROS BARRETO); NAYARA CRISTINA MONTEIRO CARNEIRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO
DE BARROS BARRETO); CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno, proveniente do tecido epitelial, de crescimento


lento, invasivo e geralmente assintomático, na maioria dos casos é descoberto após exames radiográficos de roti-
na. O ameloblastoma Sólido convencional é encontrado em grande variação etária, maior prevalência entre 30 e
70 anos, sem predileção por gênero, classificado como o tipo de ameloblastoma mais agressivo. Radiograficamen-
te caracteriza-se como uma lesão radiolúcida multilocular, com aspectos de “bolhas de sabão”, com margens irre-
gulares. Nos aspectos histopatológicos essa lesão subduvide-se em folicular, plexiforme, acantomatoso, de células
granulares, de células basais e desmoplásico. Várias são as formas de tratamento para o ameloblastoma sólido,
que depende do tamanho da lesão, podendo ser ela de uma abordagem conservadora a mais radical, que vai de
uma enucleação seguida de curetagem, crioterapia à ressecção marginal ou em bloco e até hemimandibulectomia.
Esse trabalho científico tem por objetivo apresentar um caso de ameloblastoma multicístico, bem como a histó-
ria da doença, suas características radiográficas e histopatológicas e tratamento. Paciente R.R.S, 40 anos, gênero
feminino, compareceu ao Serviço de Cirurgia e Diagnósticos de Patologia Oral do Hospital Universitário João de
Barros Barreto (HUJBB) , em Abril de 2013, com hipótese diagnóstica de ameloblastoma, através de radiografia
panorâmica de rotina. Foi realizada biópsia incisional, no qual foi diagnosticado ameloblastoma multicístico em
região de corpo e ângulo mandibular esquerdo. Ao exame radiográfico e tomográfico foi evidenciada presença
de lesão radiolúcida, aspecto multilocular em região de corpo, ângulo e ramo mandibular esquerdo. Paciente
foi submetida à internação para cirurgia programada no Hospital Divina Providência, situado no município de
Marituba, região metropolitana de Belém do Pará, em Maio de 2013, seguindo o protocolo de tratamento para
procedimento cirúrgico desta patologia, ou seja, ressecção parcial, realizado pela equipe do programa de residên-
cia em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial do HUJBB. Os aspectos histopatológicos da lesão confirmam
diagnóstico de Ameloblastoma multicístico ou sólido convencional, padrão folicular. Os retornos da paciente fo-
ram programados a cada seis meses para acompanhamento e solicitação de exames radiográficos e tomográficos
para prognóstico da lesão e evolui em prognóstico excelente, sem queixas após 2 anos.

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543 – DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA PRÓ-MIELOCÍTICA


AGUDA ATRAVÉS DE COMPLICAÇÃO DE PROCEDIMENTO
ODONTOLÓGICO – RELATO DE CASO

Autores: JEFFERSON LUIZ FIGUEIREDO LEAL (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);LUIS FELIPE OLIVEIRA
MACIEL (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); GABRIELA GRANJA PORTO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);
SUZANA CÉLIA DE AGUIAR S. CARNEIRO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); BELMIRO CAVALCANTI DO EGITO
VASCONCELOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: A leucemia é uma doença maligna que acomete os tecidos hematopoiéticos. As células afetadas po-
dem apresentar um aspecto imaturo, quando ditas agudas ou denominadas crônicas no caso de células maduras.
Considerando as muitas possibilidades de sangramento pós-exodontia, incluindo os pacientes com leucemia, nos
quais o diagnostico precoce e inicio imediato do tratamento é imprescindível. O presente estudo relata um caso
onde o paciente cujo diagnóstico de leucemia pró-mielocítica foi realizada quando o mesmo deu entrada em ser-
viço de emergência apresentando hemorragia resultante de uma exodontia simples com aproximadamente 6h de
evolução. O paciente foi a óbito no sexto dia de internamento. Diante deste caso observa-se que procedimentos
odontológicos simples em pacientes com doenças sistêmicas podem resultar em complicações graves devido a
ausência da realização de correta anamnese e de exames laboratoriais. PALAVRAS-CHAVE Cirurgia bucal; Pró-
-Leucemia; Morte.

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544 – DENTE INCLUSO EM BASE MANDIBULAR ASSOCIADO À


FÍSTULA EXTRA-BUCAL – RELATO DE CASO

Autores: REBECA KAREN ALMEIDA DE MORAIS (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ);CAMI-
LA MENEZES COSTA CASTELO BRANCO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); LUCAS FORMI-
GA ARAÚJO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); EVALDO SALES HONFI JUNIOR (CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ); LEONARDO COSTA DE ALMEIDA PAIVA (HOSPITAL DE EMERGÊN-
CIA E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA - HETSHL)

Introdução: Dente incluso é aquele que não erupciona cavidade oral permanecendo retido dentro dos tecidos.
Vários fatores podem causar uma retenção dentária: falta de espaço nos arcos dentários, excesso de tecido mole,
tecido ósseo denso, dentes associados a cistos. O presente caso tem como objetivo relatar o caso da paciente M.
J.S., 59 anos, gênero feminino, feoderma, apresentou-se no serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital
Ortotrauma em João Pessoa/PB, com fístula em região submentoniana. Referia sintomatologia dolorosa e apre-
sentava fístula submentoniana, relatando início há 10 dias sem resolução, mesmo sob uso de amoxicilina pres-
crita por dentista clínico. Ao exame intraoral estava tudo normal. Ao exame extraoral havia a fístula drenando se-
creção purulenta. Foi solicitada radiografia panorâmica que mostrou dente incluso na base mandibular em região
mentoniana. Optou-se em fazer a cirurgia sob anestesia geral. Foi feito incisão em crista, com duas relaxantes
oblíquas. Com a broca troncocônica 702 realizou-se a osteotomia e ostectomia com odontosecção, logo após, o
dente incluso foi removido. Foi colocada uma placa do sistema 2.0, devido à fragilidade óssea na região. Poste-
riormente foi realizado a fistulectomia. Acompanhamento de 12 meses com melhora total do quadro. A remoção
cirúrgica é o tratamento sugerido na tentativa de prevenir qualquer associação patológica a um dente incluso.

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552 – OSTEONECROSE POR ALENDRONATO DE SÓDIO EM


MAXILA COM COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL E SINUSITE:
RELATO DE CASO CLÍNICO.

Autores: KESSIA NARA ANDRADE SALES (*) (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE URGÊNCIA DE CONTA-
GEM);MARIA DE FÁTIMA BATISTA MEDEIROS ALVES TEIXEIRA (FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DE UR-
GÊNCIA DE CONTAGEM); PROFº DR. LEANDRO NAPIER DE SOUZA (); PROF.MS. CARLOS HENRIQUE BETTONI
CRUZ DE CASTRO (); PROFª MS. FERNANDA BRASIL DAURA JORGE BOOS LIMA

Introdução: A osteonecrose dos maxilares (ONM) é caracterizada por um osso necrótico exposto, na maxila ou na
mandíbula sem sinal de cicatrização, provocada pelo uso medicamento anti-reabsortivos, em pacientes não irradiados
em cabeça e pescoço. A ONM está associada a medicamentos usados para tratamento das disfunções do metabolismo
ósseo como osteoporose, hipercalcemia maligna, doença de Paget, mieloma múltiplo e metástases ósseas. O diagnósti-
co baseia-se na história, no exame clínico e imaginológico do paciente. Os sintomas podem incluir edema, mobilidade
dental, infecção e/ou drenagem, dor, exposição óssea, disestesia ou parestesia, afrouxamento dos dentes, infecção e em
alguns casos assintomático. O tratamento visa a preservação da qualidade de vida, remoção dos sequestros ósseos, con-
trole da infecção e minimizar a progressão ou a ocorrência de novas áreas de necrose óssea. As taxas de sucesso de trata-
mento são variadas, não existindo um consenso de como deve ser a abordagem. O presente trabalho descreve um caso
clínico para exemplificar o tratamento desta condição. Paciente do gênero feminino, 74 anos, apresentou sequestro
ósseo associado à comunicação bucosinusal em região de 26-27, com exodontia do 26 há cinco meses. Relatou episódio
de cirurgia de implantação de válvula cardíaca há 4 anos, em uso de Carvedilol, Lasix, Losartan, Espironolactona, Puran
T4 e Marevan; alem de Alendronato de Sódio por 2 anos. A tomografia evidenciou sequestro ósseo alvéolo-maxilar com
comunicação bucosinusal e sinusite. O diagnóstico de ONM associada a medicamento anti-reabsorção óssea foi estabe-
lecido. Sob anestesia geral com intubação nasotraqueal foi realizada a cirurgia de remoção de sequestro ósseo, sinusec-
tomia esquerda, reconstrução do assoalho com tela de titânio e parafusos de 1.5mm e cobertura com retalho de tecidos
moles. A paciente evoluiu bem do ato cirúrgico, recebendo alta hospitalar no 3º dia. Não há sinais de complicações ou
alterações em 3 meses de controle clínico. A profilaxia antes da administração sistêmica bisfosfonato deve ser sempre
considerada, eliminando infecções bucais ativas e orientando manutenção da saúde bucal e tratamento preventivo. De-
ve-se evitar procedimentos invasivos com envolvimento ósseo. O tratamento da ONM é baseado no desbridamento da
ferida e remoção do osso necrosado e dos sequestros ósseos. A ressecção segmentar pode ser necessária. Associa-se o
uso constante de bochechos com clorexidina a 0,12% e em alguns casos antibióticos . Oxigenoterapia hiperbárica pode
ser efetiva como coadjuvante. Pode associar também o uso de plasma rico em plaquetas e a terapia com laser de baixo
grau. O objetivo do tratamento é promover o fechamento adequado da ferida cirúrgica com cobertura do osso sadio
a fim de evitar recidiva. Se necessário, a reconstrução com placa de titânio ou enxerto microvascular de fíbula podem
ser considerados. Conclui-se que e deve ser realizado o mais precoce a fim de minimizar a progressão ou a recorrência.

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564 – CISTO DERMOIDE EM LÁBIO SUPERIOR: RELATO DE


CASO

Autores: MARIA LÚCIA OLIVEIRA VIEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);EDUARDO DE ALMEIDA
SOUTO MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); PRISCILLA SARMENTO PINTO (UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA); REBECA KAREN ALMEIDA DE MORAIS (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA);
ANIBAL HENRIQUE BARBOSA LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O cisto dermoide é uma má formação cística de desenvolvimento incomum. Geralmente é classifi-
cado como uma forma benigna de teratoma, embora não contenha tecidos das três camadas germinativas. Tal
cisto é revestido por epitélio semelhante à epiderme, e na parede contém anexos cutâneos. Quanto à etiologia,
este cisto deriva do aprisionamento de epitélio no fechamento dos arcos branquiais. Ocorrem mais comumente
na linha média do assoalho bucal, lateralmente a este ou em outras localizações. Geralmente indolor e com cres-
cimento lento, de coloração róseo-amarelada, pode variar em tamanho e é mais comum nas crianças e adultos
jovens. Ambos os gêneros podem ser afetados. Objetivo: Relatar um caso de cisto dermoide em lábio superior,
diagnosticado e tratado no Serviço de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais no Hospital
Universitário Lauro Wanderley na cidade de João Pessoa - Paraíba. Relato de caso: Paciente do sexo feminino,
2 anos, feoderma, apresentando ao exame clínico um aumento de volume nodular em lábio superior, de cresci-
mento lento, coloração semelhante a mucosa, sem histórico de trauma na região, que, devido ao seu tamanho
e localização, causava disfagia, transtornos fonéticos e estéticos a paciente. A paciente foi submetida à cirurgia
sob anestesia geral, que constou da enucleação da lesão. O exame histopatológico mostrou lesão cística revestida
por epitélio pavimentoso hiperortoceratinizado, lúmen preenchido por ceratina descamada e na cápsula cística
evidenciou-se a presença de anexos cutâneos, como glândulas sebáceas, confirmando a hipótese diagnóstica de
cisto dermoide. Conclusão: As características clínicas do cisto dermoide podem levar a erros no diagnóstico. O
diagnóstico definitivo só pode ser determinado após análise histopatológica realizando cortes seriados a fim de
se avaliar toda a lesão. Outro aspecto relevante que merece destaque é a localização no lábio superior, nesse caso,
raramente descrita na literatura. O seu tratamento é bem estabelecido na literatura, sendo improvável a sua reci-
diva após biópsia excisional. Até o momento, o tratamento obteve bons resultados e a paciente permanecerá em
acompanhamento. Palavras-chave: Cisto Dermoide, Lábio Superior, Relato de Caso.

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566 – GRANDE ODONTOMA COMPLEXO EM ERUPÇÃO: RELATO


DE CASO

Autores: RAÍNA MARQUES DA CONCEIÇÃO (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);JADER
FADUL DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOS-
PITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); JOÃO MATHEUS MENDES CERQUEIRA (HOSPITAL UNI-
VERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Odontomas são lesões de origem odontogênica epitelial e mesenquimal, classificados pela Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS) em composto e complexo, de acordo com a disposição dos tecidos constituintes
da lesão, tais tecidos consistem em esmalte, dentina e quantidades variáveis de cemento e polpa dentária, to-
dos histologicamente maduros, quando esses tecidos se encontram desorganizados classifica-se como odontoma
complexo. O presente trabalho descreve o relato de caso de uma paciente do sexo feminino, 21 anos, portando
um grande odontoma complexo em erupção, condição rara, tal erupção pode ser atribuída ao seu crescimento
que pode levar ao sequestro do ósseo sobrejacente, causando ainda impacção dental do elemento 37. Foi optado
como plano de tratamento a exérese do Odontoma complexo sob anestesia local, e preservação do elemento 37,
não havendo quaisquer acidentes ou complicações pós operatórias. A paciente encontra-se em acompanhamento
de 1 ano e 6 meses com o elemento 37 já em oclusão normal, com vitalidade, e observa-se sinais de neoformação
óssea normal na área onde encontrava-se o odotoma complexo.

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572 – TRATAMENTO CONSERVADOR DE AMELOBLASTOMA


MULTICÍSTICO: RELATO DE CASO

Autores: VITOR JOSÉ DA FONSECA (*) (HC-UFMG);JOANNA FARIAS DA CUNHA (HC-UFMG); FELIPE EDUARDO
BAIRES CAMPOS (HC-UFMG); LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN (HC-UFMG); WAGNER HENRIQUES DE CASTRO
(HC-UFMG)

Introdução: O ameloblastoma é uma neoplasia odontogênica benigna de crescimento lento, localmente invasivo,
que se infiltra pelos espaços medulares dos ossos maxilares, podendo também destruir a cortical óssea adjacente
e invadir tecidos moles. Este tumor apresenta altas taxas de recidiva associadas às diferentes técnicas cirúrgicas
utilizadas no seu tratamento, sendo a ressecção do tumor com margem de segurança o procedimento terapêutico
clássico para esta patologia. Este trabalho relata o caso clínico de um paciente que procurou o ambulatório do
Programa de Residência em CTBMF do Hospital das Clínicas da UFMG apresentando uma discreta tumefação
assintomática na região submandibular, lado direito, com história de evolução de 24 meses. Intrabucalmente
observou aumento de volume na região de fórnice, na região de pré-molares e molares inferiores direitos. Radio-
grafia panorâmica revelou extensa lesão radiolúcida, bem delimitada, multilocular, localizada no corpo direito
da mandíbula, associada aos dentes 45, 46 e 47, sendo que os 02 últimos apresentavam reabsorção radicular. O
paciente não apresentou outras alterações bucais ou sistêmicas dignas de nota. Com o diagnóstico provisório de
ameloblastoma multicístico, mixoma odontogênico, tumor odontogênico queratocístico e lesão central de células
gigantes foi realizada uma biópsia incisional que estabeleceu o diagnóstico de ameloblastoma multicístico. O
dente 46 foi extraído no mesmo procedimento cirúrgico. Após esta data o paciente não compareceu às consultas
agendadas, apresentando-se ao nosso ambulatório apenas 04 meses após a biópsia. Então foi solicitada uma to-
mografia computadorizada da mandíbula do paciente, que surpreendentemente mostrou uma imagem sugestiva
de neoformação óssea na basilar da mandíbula na região afetada pela lesão. O tumor foi removido, sob anestesia
geral, através de uma ressecção marginal da mandíbula e a loja cirúrgica tratada através de ostectomia periférica
e aplicação de solução de Carnoy. Os dentes 45 e 47 também foram extraídos. A peça cirúrgica foi enviada ao La-
boratório de Patologia da Faculdade de Odontologia da UFMG que confirmou o diagnóstico de ameloblastoma.
O paciente encontra-se em período de proservação, sem apresentar sinais de recidiva da lesão após 02 anos de
pós-operatório.

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585 – MAXILECTOMIA PARA TRATAMENTO DE MIXOMA


ODONTOGÊNICO, COM RECONSTRUÇÃO IMEDIATA.

Autores: KAROLINE ARAUJO LIMA (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);ALBUQUERQUE, G.C


(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); ARANTES, P.H.R (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);
GONÇALVES, F.C (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);

Introdução: Maxilectomia para tratamento de mixoma odontogênico, com reconstrução imediata O mixoma
odontogênico pode ser definido como uma neoplasia benigna rara, de origem ectomesenquimal, sem predileção
por gênero, com localização preferencial em mandíbula e maior prevalência em adultos jovens, especialmente
entre a segunda e terceira década de vida. Apesar de seu padrão histológico benigno, os mixomas odontogênicos
são considerados lesões localmente agressivas, uma vez que não são encapsulados e tendem a infiltrar o osso
adjacente, apresentando alta taxa de recidiva. Clinicamente, quando de tamanho menor, pode não mostrar qual-
quer alteração, exceto ao exame radiográfico, porém à medida que evolui pode apresentar expansão indolor da
cortical óssea e causar deslocamento de dentes ou reabsorção de raízes. Quando a maxila é a região acometida,
pode evoluir rapidamente pelo trabecular ósseo. Seu aspecto radiográfico é de uma imagem radiolúcida unilocular
ou multilocular, de margens irregulares, lembrando “bolhas de sabão” ou “raquete de tênis”. Histologicamente, o
tumor é composto por células arranjadas de formato estrelado, fusiforme ou arredondado, em um estroma abun-
dante, frouxo e mixoide. O tratamento de escolha para evitar a recorrência é a ressecção, uma vez que a simples
curetagem pode resultar em remoção incompleta da lesão. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico
de um mixoma odontogênico, com invasão de seio maxilar, tratado cirurgicamente através de maxilectomia,
reconstrução imediata com tela de titânio e reabilitação oral provisória com prótese obturadora. LIMA, K.A.*;
ARANTES, P.H.R; GONÇALVES, FC; J ALBUQUERQUE, G.C

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587 – CISTO DENTÍGERO BILATERAL EM MANDÍBULA: RELATO


DE CASO

Autores: MARIA LÚCIA OLIVEIRA VIEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA);PAULO GERMANO CARVA-
LHO BEZERRA FALCÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); DANILO BATISTA MARTINS (UNIVERSIDADE FE-
DERAL DA PARAÍBA); FABIANO GONZAGA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); TÂNIA LEMOS
COELHO RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: O cisto dentígero é o segundo cisto odontogênico mais frequente nos maxilares. É uma lesão benig-
na, derivada do epitélio dentário da coroa de um dente não erupcionado, porém possui etiopatogenia incerta. A
maioria dos cistos dentígeros apresenta-se de forma solitária; múltiplas lesões são raras e geralmente são encon-
tradas em pacientes sindrômicos. Apesar das características clássicas, o diagnóstico definitivo deve sempre ser
baseado através do exame histopatológico. A remoção do dente associado e a enucleação cuidadosa da lesão é o
tratamento definitivo na maioria dos casos desta patologia, mas também podem ser tratados através marsupia-
lização/descompressão e descompressão seguida por enucleação. Objetivo: Relatar um caso de cisto dentígero
bilateral em mandíbula, diagnosticado e tratado na disciplina de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Universidade
Federal da Paraíba, no Hospital Universitário Lauro Wanderley na cidade de João Pessoa. Relato de caso: Pacien-
te do sexo masculino, 22 anos, chegou ao serviço queixando-se de inchaço e dor na região de molares inferiores
bilateralmente. Ao exame clínico intra-oral, notou-se a presença de aumento de volume na região posterior de
mandíbula em ambos os lados, sendo mais acentuado do lado esquerdo, sem extravasamento de líquido ou secre-
ção e com expansão das corticais ósseas. Foram solicitados exames de imagem, observando-se lesões radiolúcidas
bilaterais, uniloculares, associadas aos dentes 38 e 48 inclusos. Inicialmente, realizou-se a descompressão das le-
sões, com a implantação de dispositivos nas regiões acometidas, exodontia dos elementos 38 e 48 (envolvidos na
lesão) , com enucleação da lesão 8 meses após a instalação dos dispositivos, após regressão e neoformação óssea
parciais, visando a preservação óssea e menor morbidade cirúrgica. Após a enucleação total da lesão, o material
foi enviado novamente para análise histopatológica e confirmou-se o diagnóstico de cisto dentígero. Conclusão:
O diagnóstico dos cistos dentígeros é feito através de correlação clínica, radiográfica e histopatológica, podendo
ser dificultado pelo grau de semelhança com outras lesões intra-ósseas de perfil cístico. O tratamento neste caso
foi eficaz e definitivo, corroborando com os achados literários. Trata-se de um caso atípico, pois, segundo a lite-
ratura, normalmente os pacientes que apresentam cisto dentígero bilateral são sindrômicos, ao contrário do caso
descrito. Palavras-chave: Cisto Dentígero; Terceiro Molar; Descompressão.

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597 – CISTO ÓSSEO SIMPLES - RELATO DE CASO

Autores: FELIPE ANDRÉ OMENA BISPO (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC);TAYGUARA CERQUEIRA CA-
VALCANTI (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC); CAMILA MARIA BEDER RIBEIRO (CENTRO UNIVERSITÁRIO
CESMAC); LAURA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC); RAFAELA PEREIRA DE
MORAES (CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC)

Introdução: Cisto Ósseo Simples – Relato de Caso O cisto ósseo simples da mandíbula é uma lesão rara, denomi-
nada de maneira genérica de cisto, porém, não possuem características morfológicas de uma lesão cística como
cápsula e revestimento epitelial com evidência própria. Trata-se de uma cavidade intra-óssea delimitada por fina
camada de tecido conjuntivo frouxo e sem revestimento epitelial. É descoberto geralmente de forma acidental,
em avaliações de rotina, como a radiografia periapical ou panorâmica, observando-se, na maioria dos casos, uma
única área radiolúcida. Devido a sua etiologia e patogênese ainda não estarem definitivamente estabelecidas,
permanece, assim, sujeita a controvérsias, podendo ser confundido com cisto dentígero, ceratocisto odontogê-
nico, tumor odontogênico adenomatoide, ameloblastoma, granuloma central de células gigantes ou ainda, estar
associado com outra patologia como púrpura trombocitopênica. O tratamento cirúrgico consiste na curetagem
da cavidade, que geralmente se apresenta vazia e com paredes internas brilhantes. Desta forma, será apresentado
um caso clínico de cisto ósseo simples, envolvendo região de sínfise mandibular com acompanhamento de 06
meses. Descritores: Cistos Odontogênicos. Cisto Ósseo Simples. Patologia Bucal.

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612 – LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE


UM TRATAMENTO CONSERVADOR

Autores: KAROLINE ARAUJO LIMA (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);GONÇALVES, F.C.; (UNIVER-
SIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); SÁ J.L (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); BRANDÃO, S.C.O
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); MARTINS, V.B (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: As lesões centrais de células gigantes (LCCG) podem ser definidas como lesões intraósseas incomuns,
benignas, formadas por tecido fibroso com múltiplos focos de hemorragia, agregação de células gigantes mul-
tinucleadas e, ocasionalmente, trabéculas de tecido ósseo imaturo. São consideradas por alguns autores como
um processo reparativo, resultante de fatores traumáticos, contudo a sua verdadeira natureza permanece ainda
desconhecida. Correspondem a 7% dos casos de lesões não neoplásicas dos maxilares e são mais comumente en-
contradas em mandíbula de crianças ou adultos jovens, com predileção para o gênero feminino. São, usualmente,
classificadas como “não agressivas”, as quais apresentam crescimento lento, assintomático e sem perfuração de
cortical óssea e/ou reabsorção radicular ou como “agressivas”, que evoluem rapidamente e demonstram uma taxa
maior de recidiva e tendência de reabsorção radicular e sintomatologia dolorosa. Ao exame de imagens, a maioria
das LCCG aparece como um defeito radiolúcido extenso, unilocular ou multilocular, podendo ou não ter margens
definidas. O tratamento tradicional da LCCG nos maxilares consiste na remoção cirúrgica com curetagem ou res-
secção óssea em bloco e, por vezes, complementado com criocirugia e ostectomia periférica. Outros tratamentos
alternativos incluem radiação e terapias sistêmicas de calcitonina e injeção intralesional com corticosteroides. O
presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico de LCCG em região de corpo e ramo mandibular,
de paciente do gênero feminino, tratado de forma conservadora, através de injeções semanais de Triancinolona e
com tempo de proservação de 15 meses.

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624 – SÍNDROME DE TREACHER COLLINS

Autores: LUANNA CRISTINA MARTINS ARRUDA (*) (UNIEVAGELICA);ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (HOSPI-
TAL SANTO ANTONIO - OBRAS SOCIAIS IRMÃ DULCE); ÍTALO CORDEIRO DE TOLEDO (HOSPITAL DAS CLINICAS
UFG); ALEXANDRA ALVES ROCHA (UNIEVAGELICA); GUSTAVO HUMBERTO MOREIRA REBOUÇAS (UNIEVAGELI-
CA)

Introdução: Síndrome de Treacher Collins - Relato de caso Arruda LCM*; Toledo IC; Rebouças GHM; Rocha AA,
Azevedo RA A síndrome de Treacher Collins é uma desordem hereditária, autossômica dominante, que se carac-
teriza em anomalias craniofaciais. Dentre as principais manifestações podemos citar: inclinação antimongoloide
das fendas palpebrais, hipoplasia dos ossos da face, em especial os do terço médio e da mandíbula, podem ainda
apresentar fenda palatina e malformações do pavilhão auricular. Paciente faioderma, sexo masculino, um ano e
oito meses de idade, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Bucomaxilofacial do Centro de Reabilitação e Trata-
mento de Anomalias craniofaciais, do Hospital Santo Antonio com suspeita de alterações craniofaciais. Ao exame
físico se constatou assimetria facial, fissuras palpebrais com inclinação antimongoloide, hipoplasia dos zigomáti-
cos e mandíbula, coloboma palpebral inferior bilateral, ausência e espaçamento dos cílios, malformação bilateral
dos pavilhões auriculares e estenose do conduto auditivo e alterações na morfologia das orbitas. Ao exame intra-
-oral foi constatado fissura palatina. Confirmou-se então o diagnostico clínico de Síndrome de Treacher Collins.
O objetivo desse trabalho é alertar a importância do diagnostico precoce da síndrome, principalmente pelos
cirurgiões dentistas que estão mais propícios ao contato com esses casos, contribuindo para o aperfeiçoamento
do tratamento, melhor prognostico e minimizando o estigma social a que este paciente é submetido. Palavras
chaves: Síndrome de Treacher Collins- Anomalias craniofaciais- Diagnostico precoce.

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675 – TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO EM MAXILA.


RELATO DE CASO, ABORDAGEM CIRÚRGICA E CULTIVO
CELULAR.

Autores: ANA MARIA BIATRIZ SIMÕES JASTES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA);EDUARDO LUÍS
DE SOUZA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); FRANCISCO NEVES (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE ODONTOLOGIA – ABO/PA); THIAGO SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); JOÃO DE JESUS
VIANA PINHEIRO (LAB. DE CULTIVO CELULAR - UFPA.)

Introdução: O Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) é uma entidade patológica singular, devido a sua inva-
sividade local e sua propensão à recorrências. É classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um
tumor odontogênico benigno devido ao seu comportamento clínico, expressão de fatores de crescimento e muta-
ções genéticas características. O TOQ, apresenta-se histologicamente como um cisto revestido por epitélio pavi-
mentoso estratificado paraqueratinizado de 8 a 10 camadas e superfície corrugada. As células da camada basal se
dispõem em paliçada com o epitélio apresentando uma interface plana com a cápsula cística que é constituída por
tecido conjuntivo fibroso. Clinicamente apresenta crescimento predominantemente antero-posterior, predileção
por região posterior de mandíbula em jovens adultos, principalmente do sexo masculino, geralmente assinto-
mático, podendo atingir grandes proporções. Radiograficamente apresenta-se como imagem radiolúcida bem
definida com predomínio do padrão unilocular que pode envolver a coroa de um dente. O objetivo deste trabalho
é relatar um caso de queratocisto na maxila em indivíduo jovem do sexo feminino. A paciente foi encaminhada ao
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial em decorrência de achado radiográfico, histórico de tu-
mefação facial, fístula vestibular e dor. Após Tomografia Computadorizada por feixe cônico (TCFC) evidenciou-se
lesão unilocular envolvendo canino superior esquerdo incluso, grande destruição óssea com ruptura da cortical
vestibular. Foi realizada punção-biópsia, sendo positiva para líquido seroso com conteúdo purulento, em seguida
foi realizada biópsia incisional. O diagnóstico histológico foi de TOQ. O tratamento consistiu de enucleação da
lesão, tratamento das margens ósseas e remoção das invaginações tumorais identificadas por TCFC. Parte do
tumor foi coletado, mantido em meio de cultivo DMEM F12 + 10% SFB + 20% Penicilina/Estreptomicina para
a realização de cultura celular primária em frascos próprios. Este método possibilita estudos mecanicistas que
permitirão uma melhor compreensão da tumorigênese desta neoplasia. Abordagem cirúrgica deve ser baseada
no comportamento biológico do tumor. A importância do diagnóstico e a compreensão dos eventos tumorais no
Queratocisto, associada a obtenção da linhagem celular do TOQ viabilizará estudos futuros e são passos cruciais
para estabelecer o melhor tratamento e prognóstico. Palavras-chave: Queratocisto; Maxila; Cirurgia; Cultura de
células.

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682 – CISTO ODONTOGÊNICO ORTOCERATINIZADO: RELATO


DE CASO

Autores: RÔMULO VINICIUS TRIGUEIRO MONTEIRO (*) (FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS);FLAVIANO FAL-
CÃO DE ARAÚJO (FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS); RAISSA VITORIA TRIGUEIRO DE ALMEIDA MONTEIRO
(FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS); (); ()

Introdução: Cisto odontogênico ortoceratinizado se refere a um cisto odontogênico que microscopicamente apre-
senta um revestimento epitelial ortoceratinizado. Esses representam de 7% a 17% de todos os cistos ceratinizados
dos ossos gnáticos e ocorrem predominantemente em adultos jovens, mostrando uma razão de 2:1 entre homens
e mulheres. A lesão ocorre duas vezes mais frequentemente na mandíbula do que na maxila, com uma tendência
a envolver as regiões posteriores de tais ossos. OBJETIVO: Relatar a experiência vivida acerca do atendimento
prestado a um paciente apresentando cisto odontogênico ortoceratinizado. Abranger conhecimento acerca de hi-
póteses de diagnóstico diferencial. RELATO DE CASO: Paciente A.J.M, 40 anos acompanhado de exames tomo-
gráficos apresentava lesão tumoral de aspecto cístico envolvendo corpo e ângulo de mandíbula medindo 4cm em
sua maior proporção de dores na região retromolar do lado esquerdo, trismo e indícios de exodontia recente na
região afetada conforme constatação radiográfica. A conduta clínica preconizada indicou planejamento cirúrgico
em dois tempos com intervenção prévia de biópsia incisional e intervenção complementar para enucleação total.
O resultado do exame histopatológico confirmou Cisto Odontogênico Ortoceratinizado entre as três hipóteses
de diagnóstico: Ameloblastoma, Cisto Pericoronário e Cisto Residual. A intervenção cirúrgica complementar sob
anestesia geral para enucleção total da lesão transcorreu sem intercorrências e o espécimen excisado foi enca-
minhado para laboratório para novo exame histopatológico. CONCLUSÃO: A indicação da biópsia incisional é o
caminho mais correto diagnóstico prévio e determina o planejamento cirúrgico e sua abrangência como melhor
plano de tratamento. A confirmação do diagnóstico de cisto odontogênico ortoceratinizado foi obtida a partir de
dados clínicos, radiográficos e laboratoriais que amplia experiências e determina a conduta clinica de uma equipe
multidisciplinar. Descritores: Cistos; Odontogênico; Ceratina; Enucleação.

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710 – REAÇÃO DE CORPO ESTRANHO SIMULANDO


OSTEOSSARCOMA EM MANDÍBULA – RELATO DE CASO

Autores: GABRIELA CAOVILLA FELIN (*) (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO);PEDRO HENRIQUE SIGNORI (UNI-
VERSIDADE DE PASSO FUNDO); MATEUS GIACOMIN (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); RENATO SAWAZAKI
(UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); FERDINANDO DE CONTO (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO)

Introdução: A genioplastia e o aumento do volume do mento têm sido amplamente descritos para procedimen-
tos estéticos na mandíbula. Próteses de silicone tem obtido destaque no uso para preenchimento do tecido mole
na cavidade oral e na região maxilofacial. Este artigo relata o caso de paciente do gênero feminino que procurou
atendimento odontológico para tratamento convencional e, no exame radiográfico panorâmico doi observado,
ao acaso, presença de lesão radiolúcida, assintomática, multiloculada na região dos dentes 31 ao 34. Dentre as
hipóteses de diagnóstico, a partir dos exames de imagem, granuloma central de células gigantes e osteossarcoma
estavam como os mais prováveis. Quando questionada, paciente negou qualquer alteração de saúde ou procedi-
mento local recente. Após a realização de exame histopatológico e insistência no exame anamnésico, foi possível
diagnosticar mais precisamente o caso e instituir terapia adequada. O uso de material aloplástico tem sido repor-
tado como um fator etiológico de lesões de corpo estranho e os cirurgiões dentistas assim como os patologistas
orais devem estar cientes da ocorrência devido ao grande aumento desses procedimentos e das dificuldades rela-
cionadas ao seu diagnóstico.

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712 – MARSUPIALIZAÇÃO DE CISTO DENTÍGERO PARA


ERUPÇÃO DE DENTES PERMANENTES INCLUSOS: RELATO DE
CASO

Autores: RAISSA PINHEIRO MORAES (*) (UFMA);EIDER GUIMARÃES BASTOS (UFMA); LUIS RAIMUNDO SERRA
RABÊLO (UFMA); PAULO MARIA SANTOS RABÊLO JÚNIOR (UFMA); ELESBÃO FERREIRA VIANA JÚNIOR (UFMA)

Introdução: O cisto dentígero pode ser definido como um cisto que inclui a coroa de um dente incluso, expande-
-se ao folículo e está ligado à junção amelocementária de um dente não irrompido, sendo o tipo de cisto odon-
togênico de desenvolvimento mais comum. O objetivo do presente trabalho consiste em relatar o caso de um
cisto dentígero tratado com marsupialização para erupção de dentes permanentes inclusos em uma paciente do
sexo feminino, de sete anos de idade, queixando-se de aumento de volume na região do corpo mandibular do
lado direito, sem queixas álgicas e evidências de infecção. O exame extraoral revelou uma expansão óssea flácida
recobrindo a mandíbula e, no exame intraoral, os tecidos moles da cavidade oral estavam dentro dos limites de
normalidade. Os exames imaginológicos mostraram imagem radiolúcida envolvendo os germes dos dentes 43,
44 e 45, além de expansão da cortical vestibular. A opção de tratamento de acordo com as características da lesão,
a idade da paciente e o número de dentes acometidos foi a marsupialização. Em ambiente ambulatorial e sob
anestesia local, foi realizado o procedimento e, posteriormente, o acompanhamento clínico e radiográfico, a fim
de evitar uma fragilização da mandíbula e permitir a conservação e a erupção dos dentes permanentes envolvidos
no processo. Após um ano de acompanhamento, observou-se radiograficamente uma regressão do cisto e uma
discreta movimentação dos germes, e após dois anos constatou-se clinicamente a presença dos dentes na cavida-
de oral. Dessa forma, conclui-se que o tratamento escolhido apresentou sucesso.

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723 – TUMOR ODONTOGÊNICO CÍSTICO QUERATINIZANTE:


RELATO DE CASO

Autores: PEDRO HRNRIQUE JOSE ROZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);LUISA PAULA ALVES
FERREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); JEFFERSON FERNANDES DO NASCIMENTO (CEN-
TRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); EUGÊNIA LEAL DE FIGUEIREDO (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO,
RECIFE-PE); CAROLINE CHAVES GAMA AIRES (HOSPITAL DA RESTAURAÇÃORECIFE-PE)

Introdução: O tumor odontogênico ceratocístico queratinizante é uma lesão cística que se origina de remanes-
centes da lâmina dentária. Em geral tem uma evolução lenta, assintomática, alta taxa de recidiva e, dentre os
tumores odontogênicos, apresenta uma prevalência de aproximadamente 35,8%. Acomete preferencialmente
o sexo masculino, com predileção pela região posterior e ramo ascendente da mandíbula, estando na maioria
dos casos associado a um dente incluso. Paciente, F.G.S., 25 anos, do sexo Feminino, compareceu ao serviço de
Cirurgia e Traumatologia BucoMaxilo-Facial do Hospital Geral de Areias, Recife-Pe em Abril de 2012 . Queixan-
do-se de aumento de volume em corpo mandibular, perceptível também durante exame físico. Solicitado exame
radiográfico, observou-se imagem unilocular de crescimento anteroposterior em região de corpo de mandíbula,
que se estendia da região posterior de mandíbula até os pré-molares, associada à inclusão do elemento 38. Por ca-
racterísticas clínicas e radiográficas optou-se pela instalação de dispositivo de descompressão, a fim de promover
uma diminuição da pressão endocística, modificação por parte do epitélio cístico e apresentar melhora do nível
ósseo e preservação de estruturas nobres mais curetagem e remoção do elemento 38. O material removido pela
curetagem foi submetido ao exame histopatológico onde se confirmou que se tratava de um tumor ceratocístico
odontogênico queratinizante. Um ano pós-tratamento observou-se nos exames radiográficos, imagem sugestiva
de neoformação óssea na região do tumor, sem sinais de recidiva da lesão, evidenciando resultado satisfatório do
tratamento realizado.

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724 – CASO RARO DE TUMOR ODONTOGÊNICO


ADENOMATOIDE EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: JOÃO DE SÁ DA SILVA NETO (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT);ALISSON DOS SANTOS
ALMEIDA (ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA - EBMSP); MARCUS ANTÔNIO BREDA JUNIOR
(CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT); MARCELO MAROTTA ARAUJO (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAU-
LISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO); RICARDO VIANA BESSA NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
- UFAL)

Introdução: O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é classificada como uma lesão de caráter benigno, re-
lativamente incomum e em sua maioria assintomática. Tem origem do epitélio odontogênico com predileção a
região anterior da maxila. Este tipo de lesão acomete preferencialmente pacientes do sexo feminino na segunda
década de vida e são evidenciados por aumento ósseo da região de canino superior, confirmado através de exames
radiológicos geralmente com região radiolúcida unilocular bem delimitada na cortical, algumas apresentando
focos radiopacos com indicativo de calcificações e com envolvimento do elemento em questão. O TOA pode apre-
sentar três variantes clínico-patológicos, são elas: folicular, quando envolve a coroa do dente, encapsulando-o;
extrafolicular, não está associada ao dente em questão, localizando-se na região interradicular provocando afas-
tamento entre as raízes; e extra-óssea ou periférica, mostra-se clinicamente visível na mucosa com semelhança
à um fibroma gengival. A lesão do TOA aparece histologicamente com proliferação de células epiteliais que se
agrupam e formam estruturas chamadas de pseudoductos, por serem semelhantes a ductos. Esses pseudoduc-
tos são preenchidos em algumas áreas com material eosinófilo e em outras são escassos ou inexiste o material
e, algumas vezes material calcificado encontra-se nesses espaços. O TOA tem seu diagnóstico bem diferenciado
de algumas outras lesões, como o ameloblastoma, cisto dentígero, cisto residual, cisto periodontal lateral e, em
relação aos focos radiopacos da radiografia a cisto odontogênico calcificante e tumor odontogênico epitelial cal-
cificante. O tratamento de escolha consiste na exérese total da lesão porque o TOA está separado do osso, o que
facilita a remoção completa na abordagem cirúrgica. No entanto, o presente trabalho tem o objetivo de mostrar
um relato de caso raro de Tumor Odontogênico Adenomatoide em mandíbula num individuo do sexo masculino,
apresentando suas características clínicas, radiográficas e histopatológica, além da terapêutica aplicada ao caso.

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732 – ADENOMA PLEOMÓRFICO EM PALATO: RELATO DE CASO.

Autores: GABRIELA ROCHA DE SÁ PEIXOTO (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);FABIANO CONRA-


DO GONÇALVES (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); VALBER BARBOSA MARTINS (UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO AMAZONAS); MARCELO VINICIUS OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);
TIAGO NOVAES PINHEIRO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: Paciente L. P. S. 20 anos, feoderma, sexo feminino, compareceu ao serviço de Residência em Cirurgia
e Traumatologia BucoMaxiloFacial da Universidade do Estado do Amazonas com queixa de “caroço no céu da
boca”. Durante anamnese referiu aparecimento da lesão em palato há cerca de 5 anos. Relata que a lesão apresen-
tou crescimento lento e assintomático durante toda a sua evolução. Não apresentou nenhuma alteração na revi-
são dos sistemas ou doença de base digna de nota. Também negou intervenção cirúrgica prévia no local. Ao exa-
me físico intra-oral observou-se aumento de volume em palato duro abrangendo de região de rebordo alveolar até
linha mediana, do lado direito, séssil, sem alteração de cor, sem ulcerações assim como ausência de sangramento.
À palpação observa-se lesão de consistência firme e indolor. Ao exame de imagem, TC de face em reconstrução
3D, observa-se grande imagem hipodensa, unilocular, uniforme, invadindo o seio maxilar direito e assoalho da
fossa nasal, sugerindo uma lesão capsulada. Realizada biópsia incisional, obteve-se o laudo anátomo-patológico
sugestivo de Carcinoma ex-Adenoma de baixo grau de malignidade. Por indicação do patologista oral, realizou-se
também exame biomolecular de imuno-histoquímica para investigação específica de malignidade onde foi adqui-
rido laudo conclusivo de Adenoma Pleomórfico . Diante do resultado obtido pelo exame específico de imuno-his-
toquímica, adenoma pleomórfico, realizou-se procedimento cirúrgico para remoção completa da lesão. A peça
removida foi então enviada para novo exame anátomo- patológico de imuno- histoquímica, recebendo o laudo
de Adenoma Pleomórfico. A paciente está sendo acompanhada em consultas regulares pós-operatórias de rotina
onde apresenta-se em bom estado geral de saúde sem queixas álgicas e sinais de recidiva.

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736 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CORPO ESTRANHO NO


SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO

Autores: ELLEN CRISTINE DE CARVALHO SIQUEIRA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);EMERSON


FILIPE DE CARVALHO NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARCONI EDUARDO SOUSA
MACIEL SANTOS (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); TATIANA NUNES SILVA ALENCAR (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE PERNAMBUCO); VANESSA PATRÍCIA DE LIMA LIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Introdução: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CORPO ESTRANHO NO SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO O


deslocamento de corpos estranhos para o interior do seio maxilar é uma situação de rara ocorrência, em que,
mais comumente, ocorre após iatrogenias no tratamento odontológico, sendo mais frequente o deslocamento
dentário após tentativa de exodontia. A remoção desses corpos estranhos pode ser feita através da técnica de
Caldwell-Luc. Já as fístulas bucossinusais que normalmente estão associadas aos deslocamentos dentários, o
tratamento mais indicado é a fistulectomia e fechamento com o uso dos retalhos intrabucais. Desses, o avanço do
retalho bucal e a rotação do retalho palatino são as técnicas mais utilizadas. O primeiro apresenta-se como uma
técnica rápida e de fácil execução, e o segundo apresenta boa irrigação do retalho, preservação do fundo de sulco
vestibular, e a eficácia no fechamento de comunicações amplas. O presente trabalho tem o objetivo de relatar o
caso de uma paciente do sexo feminino, 37 anos de idade, que compareceu ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilofa-
cial da Faculdade ASCES, Caruaru/PE, com queixa de “dor na face, saída de secreção pelo nariz, e mal hálito”, 3
meses de evolução, e história de exodontia do 26 previamente ao aparecimento dos sintomas. Ao exame físico,
observou-se presença de fístula em região desdentada em maxila direita. A tomografia computadorizada de-
monstrou perda de continuidade do assoalho do seio maxilar esquerdo, velamento, e imagem hiperdensa no seu
interior, o que sugeriu a presença de secreção e corpo estranho no seio maxilar. Consequentemente, as hipóteses
diagnósticas foram de fistula bucossinusal associada a sinusite, e corpo estranho no seio maxilar. O planejamento
do caso consistiu em controle do quadro infeccioso previamente, remoção do corpo estranho, seguida da fistu-
lectomia e seu fechamento com rotação de retalho bucal. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico sob
anestesia local, e o corpo estranho foi removido pela técnica de Caldwell Luc, que confirmou a hipótese de deslo-
camento dentário. Logo em seguida realizou-se a fistulectomia e seu fechamento com o avanço do retalho bucal.
A paciente apresentou recidiva da comunicação no 30º dia de pós-operatório, necessitando de nova abordagem
cirúrgica, sendo a rotação do retalho palatino a técnica escolhida. Após incisão e descolamento supraperiosteal o
retalho palatino foi rotacionado e posicionado fechando a comunicação existente. Foi realizado sutura e colocação
de cimento cirúrgico. A paciente foi acompanhada por 120 dias evoluindo sem queixas, como também não foi
observada deiscência ou infecção local, nem recidiva do processo patológico.

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745 – TRATAMENTO DE RÂNULA COM A UTILIZAÇÃO DE


MATERIAIS ALTERNATIVOS

Autores: YSLÁVIA PRISCCILLA SOARES (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA);JEANE PAULA FERREI-
RA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); TÂMARA MARJORE T. DOS S. L. B. DE MEDEIROS
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA); FERNANDO ANTÔNIO PORTELA DA CUNHA FILHO (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DA PARAÍBA);

Introdução: Rânulas são lesões benignas que onde ocorre o acúmulo de saliva na região de assoalho bucal devido
a algum estímulo não fisiológico as glândulas sublinguais. Normalmente a lesão apresenta aumento de volume
na região afetada, coloração azulada, consistência amolecida e base séssil. A rânula é considerada uma das lesões
mais frequentes que envolvem as glândulas salivares. O tratamento desta lesão glandular pode ser radical como
a exérese da glândula afetada ou tratamentos mais conservadores tais como a marsupialização ou micromarsu-
pialização. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura acerca dos tratamentos conservadores da rânula e apre-
sentar um caso clínico-cirúrgico com técnica ainda não descrita na literatura. Relato do Caso: Paciente 13 anos de
idade, procurou atendimento no hospital de Emergência e Trauma Dom Luis Gonzaga Fernandes em Campina
Grande- PB, relatando dor e aumento de volume em região submandibular direita. Ao exame físico intrabucal
observou-se lesão em assoalho bucal com tumefação característica de rânula. O tratamento foi realizado através
da marsupialização e colocação de um aparato (embolo de borracha de seringa de 10ml previamente preparado)
com o objetivo de impedir o fechamento primário da ferida cirúrgica. O paciente evoluiu com sem complicações
e a lesão desapareceu completamente. Conclusão: Tratamentos conservadores para este tipo de lesão devem ser
sempre a primeira escolha. A técnica de marsupialização utilizada juntamente com o aparato adaptado mostrou-
-se eficaz para o tratamento deste caso, apresentando-se como alternativa para serviços que não dispõem de
material específico.

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756 – SESSENTA MESES DE ESTUDO RETROSPECTIVO DE


PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM INFECÇÃO ODONTOGÊNICA
ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO

Autores: BRUNA BARCELOS FERREIRA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);FERNANDA HERRERA DA


COSTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); THIAGO HENRIQUE MARTINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE LONDRINA); CECÍLIA LUIZ PEREIRA-STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); GLAYKON ALEX
VITTI STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: As infecções que acometem os espaços da cabeça e pescoço podem se estabelecer como processos
locais ou disseminar para estruturas anatômicas importantes, representando um risco para a população devido
à possibilidade de gerar complicações potencialmente graves, inclusive óbito. A maior parte destas infecções está
associada a focos odontogênicos, sendo assim, uma das condições comumente encontradas na prática clínica
diária dos cirurgiões-dentistas e consideradas um problema de saúde pública, devido à alta morbidade e mortali-
dade que apresentam, embora a incidência destas infecções tenha diminuído ao longo dos anos. O objetivo deste
trabalho foi de avaliar retrospectivamente o perfil epidemiológico dos pacientes com infecção de origem dentária
atendidos no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2013 em um hospital público terciário. Após análise dos
critérios de inclusão e exclusão foram selecionados os prontuários de 87 pacientes, os quais apresentaram idade
média de 30,6 anos, e 53,0% pertenciam ao gênero masculino. Quando consideramos o foco inicial das infecções
odontogênicas, encontramos que aproximadamente 44,0% estavam relacionados aos terceiros molares inferio-
res, sendo, no geral, os elementos dentários acometidos por necrose pulpar (42,5%) , seguido de complicações
pós-operatórias de sua exodontia (23,0%) , curativo endodôntico (18,4%) , pericoronarite (11,5%) e doenças pe-
riodontais crônicas (4,6%). O espaço fascial mais envolvido pelas infecções foi o submandibular (72,4%). Entre os
87 pacientes, 10,3% obtiveram o diagnóstico de Angina de Ludwig. Em relação à manutenção da via aérea utiliza-
da para tratamento dos pacientes, 54,0% necessitaram de anestesia geral, sendo que destes, 15,5% foram subme-
tidos à cricotireoidostomia/traqueostomia de urgência. O protocolo de tratamento mais empregado (95,0%) foi
uma combinação de remoção imediata da causa (exodontia e/ou debridamento) associada à drenagem cirúrgica
(intra e/ou extrabucal) , com instalação de drenos e antibioticoterapia, onde 5,7% necessitaram de re-intervenção
para resolução do quadro infeccioso e 3,4% evoluíram a óbito (1 paciente durante indução anestésica / 2 óbitos
tardios). Com este estudo podemos concluir que o cirurgião-dentista exerce papel fundamental na prevenção e
no tratamento primário adequado, sendo que a resolução da causa em estágio precoce ainda é a melhor forma de
se evitar o desenvolvimento de complicações potencialmente graves. Além disso, devido à procura significativa
de pacientes acometidos por infecção odontogênica em nível de atenção terciário, encaminhados ao cirurgião bu-
co-maxilo-facial, faz-se necessário a elaboração de outros estudos epidemiológicos, para que se tenha um maior
conhecimento do perfil desta população e entendimento do motivo da demanda por este tratamento, para que
desta forma seja possível municiar políticas de saúde pública direcionadas.

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759 – CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE EM PACIENTE JOVEM –


RELATO DE CASO

Autores: BRUNA BARCELOS FERREIRA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);THIAGO HENRIQUE MAR-
TINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); JOÃO PAULO BONARDI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULIS-
TA); GLAYKON ALEX VITTI STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CECILIA LUIZ PEREIRA-STABILE
(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: Os carcinomas de glândulas salivares são considerados raros, compreendendo menos de 5% das
malignidades da cabeça e pescoço, podendo acometer glândulas salivares maiores ou menores. Entre eles o car-
cinoma mucoepidermoide é o de maior prevalência. Particularmente em crianças e adolescentes, tumores de
glândulas salivares, especialmente os de origem epitelial, são extremamente raros. O aspecto clínico comum
a diferentes patologias, representa um desafio no diagnóstico. O objetivo do trabalho é elucidar o diagnóstico
de lesão em palato duro de um paciente adolescente, do gênero masculino, encaminhado ao setor de Cirurgia
Bucal da Universidade Estadual de Londrina. Durante avaliação inicial, o paciente relatou aumento de volume
progressivo em palato nos últimos dois meses, assintomático, com ausência de sinais extras bucais, nódulos
submandibulares e de cadeia cervical estavam sem alterações de diâmetro. Ao exame intrabucal, notou-se lesão
em palato duro de forma ovalada, limitada ao lado direito, com extensão de 3 cm de diâmetro, séssil, flutuante a
palpação, com coloração rósea avermelhada, não ulcerada, com discreto abaulamento ósseo em vestíbulo bucal
acima do elemento 13. Não observou-se mobilidade ou movimentação dentária na região acometida, com teste
positivo para sensibilidade dental em todos os elementos envolvidos. Ao exame tomográfico, sem contraste, no-
tou-se imagem hipodensa, com bordas bem definidas envolvendo ápice dentário dos elementos 13, 14 e 15, com
extensão para seio maxilar direito, fossa nasal e cortical óssea palatina, de aproximadamente 5 cm de diâmetro.
Devido às características clínicas, optou-se pela punção intralesional na região palatina, com aspiração de conteú-
do líquido amarelado, citrino, de alta viscosidade. Com o propósito de evitar possível comunicação buco sinusal,
foi realizada biópsia incisional utilizando acesso cirúrgico por vestíbulo bucal. Foi possível observar cortical óssea
fina e friável, bem como tecido de fácil descolamento do tecido ósseo adjacente sadio, sem qualquer sinal de
infecção. O tecido foi enviado para análise histopatológica, onde foi estabelecido diagnóstico de carcinoma mu-
coepidermoide, no entanto, com necessidade de outra biópsia para comprovação do padrão histológico e análise
imunohistoquímica. Depois de estabelecido diagnóstico, o paciente foi encaminhado para tratamento médico on-
cológico em hospital referenciado. Conclui-se com este trabalho que a intervenção precoce para se estabelecer o
diagnóstico pode favorecer o prognóstico clínico e é essencial para garantir o adequado tratamento da patologia,
especialmente em casos de rara ocorrência como o relatado.

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772 – CONTAMINAÇÃO POR TÉTANO ATRAVÉS DE FERIMENTO


EM FACE: RELATO DE CASO

Autores: THAISA REIS DE CARVALHO SAMPAIO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE ALAGOAS - FOUFAL);ANTONIO DIONIZIO DE ALBUQUERQUE NETO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - FOUFAL); LUCIANO LEOCÁDIO TEIXEIRA NOGUEIRA FILHO (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP-UPE); LUCIANO SCHWARTZ LESSA FILHO (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DA PUC-RS); PEDRO THALLES BERNARDO DE CARVALHO NOGUEIRA (FACULDADE DE ODON-
TOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP-UPE)

Introdução: O tétano é uma doença potencialmente fatal, adquirida através da inoculação de uma ferida com
esporos do Clostridium tetani, uma bactéria gram positiva anaeróbica que produz uma neurotoxina, a Tetanos-
pamina, que bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios como glicina e ácido gama-aminobutírico
nos neurônios motores, levando à rigidez muscular característica da doença. O período de incubação varia entre
1 e 60 dias, com uma média de 1 semana e o desenvolvimento da doença depende da história de vacinação do
paciente, da natureza da ferida e da correta profilaxia antitetânica. Manter a vacinação em dia, garantir os devi-
dos cuidados do ferimento após o trauma e administrar a correta profilaxia antitetânica são medidas essenciais
na prevenção do tétano. Quando o tétano é adquirido, o tratamento deve ser iniciado assim que a doença for
diagnosticada para garantir a possibilidade de cura. Esse trabalho trata-se de um relato de caso clínico de um
paciente do sexo masculino, 29 anos, que procurou atendimento com queixa de dificuldade de abertura de boca
e história de queda de escada há sete dias, apresentando uma lesão corto-contusa em região frontal. Ao exame
tomográfico foi constatado afundamento da parede anterior do seio frontal. Suspeitou-se então de Apraxia Buco
facial e o paciente ficou em observação, no decorrer do dia ele evoluiu com agitação, trismo facial severo, fotofobia
e sialorréia, quando foi diagnosticado o tétano. Foi realizado o debridamento da ferida, limpeza copiosa com soro
e sutura e o paciente foi encaminhado ao setor de infectologia onde foi realizado o tratamento. O paciente evolui
bem com cura total da doença.

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774 – HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA NO PALATO:


RELATO DE CASO

Autores: MESACK DA SILVA SOARES (*) (CESMAC);LUCAS CARNAUBA NOBRE AMORIM (CESMAC); VICTOR
HUGO VIEIRA (CESMAC); RAPHAEL TEIXEIRA MOREIRA (FOP/UPE);

Introdução: As hiperplasias fibrosas representam processos proliferativos não-neoplásicos, de origem inflamató-


ria, decorrentes de estímulos produzidos pela ação de agentes físicos, em geral traumas crônicos. A hiperplasia
fibrosa inflamatória (HFI) é a denominação dada a lesões proliferativas benignas, que se originam na cavidade
bucal a partir de um traumatismo crônico de baixa intensidade. É uma lesão bastante frequente em idosos, por
estar frequentemente associada ao uso de próteses dentárias totais ou parciais mal adaptadas, entretanto a HFI
pode ainda ter como fatores etiológicos diastemas, arestas de dentes cortantes, má higienização, manobras ia-
trogênicas profissionais, dentre inúmeras outras. Clinicamente, a HFI apresenta-se como nódulos e/ou cordões,
de coloração avermelhada ou rosa-pálido, de consistência variando entre firme à flácida à palpação, de tamanho
e formato irregulares, de crescimento lento e geralmente assintomático. O tratamento de escolha é a remoção
cirúrgica com pequena margem de segurança. Após a remoção cirúrgica faz-se a sutura ou proteção da área com
cimento cirúrgico ou ainda utilizar pastas para moldagem na própria prótese do paciente. O prognóstico é favorá-
vel, porém se a prótese não for ajustada ou refeita haverá risco de reincidência. Paciente do gênero masculino, 37
anos, leucoderma apresentava múltiplos nódulos em região de palato, paciente relata que os nódulos apareceram
em sua primeira prótese parcial removível (PPR) e seu dentista indicou a troca da mesma, alegando que as lesões
cederiam com o tempo, após a confecção de segunda prótese, o paciente procurou o Centro Universitário CES-
MAC com a sua PPR e uma PPR provisória indicada por outro dentista, até a remoção do tecido ser realizada. o
tratamento foi a remoção cirúrgica e proteção da área com cimento cirúrgico, com uma prescrição de paracetamol
750 mg, 08 comprimidos, tomando um comprimido a cada 6 horas. A peça cirúrgica foi enviada para a análise
histopatológica, que acusou de hiperplasia fibrosa inflamatória. Com 7 dias, o paciente retornou para a avaliação
da recuperação cirúrgica, que estava aceitável, e remoção do cimento cirúrgico, que foi adaptado na PPR provisó-
ria do paciente.

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777 – TRATAMENTO DE TUMOR ODONTOGÊNICO


QUERATOCÍSTICO ATRAVÉS DE DESCOMPRESSÃO: RELATO DE
CASO

Autores: FLAVIA SANTOS FERREIRA (*) (MARINHA DO BRASIL);FERNANDA GARCIA PAIVA (MARINHA DO BRA-
SIL); FABIANO MENEGAT (MARINHA DO BRASIL); PATRÍCIA PINTO FASSARELA MESSIAS (MARINHA DO BRASIL);

Introdução: O objetivo do trabalho foi fazer um relato de caso clínico de Tumor Odontogênico Queratocístico
tratado com descompressão em paciente melanoderma, gênero feminino e 14 anos de idade. A paciente foi aten-
dida na Odontoclínica Central da Marinha, apresentando lesão única, radiolúcida, unilocular, com margens bem
definidas, localizada em ramo mandibular do lado esquerdo, medindo 3,7 cm em seu maior diâmetro, associada
a terceiro molar incluso, com deslocamento do canal mandibular ipsilateral em direção à base óssea. Ao exame
clínico intra oral, foi observado discreto aumento de volume, sem crepitação ou drenagem. Como conduta tera-
pêutica, foi realizada remoção do dente associado à lesão, biópsia incisional, instalação de obturador, no mesmo
momento cirúrgico, e exame histopatológico. O diagnóstico microscópico foi de queratocisto odontogênico. O
caso está em acompanhamento há 5 anos, com completa remissão da lesão e neoformação óssea observada em
exames de imagem seriados. O sucesso do tratamento do Tumor Odontogênico Queratocístico tem respaldo
da literatura. Kolokythas et al., em 2007, descreveram em seu estudo, que alterações epiteliais e bioquímicas
na parede da lesão levam à redução do potencial agressivo e recidivas, sem necessidade de segunda intervenção
cirúrgica para enucleação do remanescente. Apesar do resultado favorável, para assegurar o sucesso da terapia, a
literatura indica o acompanhamento do caso por longo período.

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796 – TRATAMENTO DE SINUSOPATIA MAXILAR FÚNGICA EM


PÓS-OPERATÓRIO DE FRATURA MÚLTIPLA DE FACE

Autores: VINICIUS CORREIA CUTRIM (*) (CIEC - SÃO LUÍS/MA, BR);CIRO BORGES DUAILIBE DE DEUS (HOSPI-
TAL DE BASE - BAURU/SP, BR); JEFFERSON MOURA VIEIRA (HOSPITAL DE BASE - BAURU/SP, BR); ERIK NEIVA
RIBEIRO DE CARVALHO REIS (HOSPITAL DE BASE - BAURU/SP, BR); PROF. DR. MARCOS MAURICIO CAPELARI
(HOSPITAL DE BASE - BAURU/SP, BR)

Introdução: As sinusites crônicas fúngicas são raras, porém a sua incidência vem aumentando em virtude do uso
indiscriminado de antibióticos de amplo espectro, corticoides e imunossupressão. De 05 a 10% das sinusites crô-
nicas são de origem fúngicas e, são classificadas de acordo com suas características clínicas, histopatológicas e tra-
tamento em: aspergiloma ou micetoma, alérgica, indolente e invasiva. Esse trabalho tem por finalidade, discutir
o diagnóstico e tratamento da sinusite crônica fúngica, por meio de estudo do relato de caso clínico cirúrgico de
um paciente com 42 anos de idade, do gênero masculino, feoderma, que foi atendido pelo serviço de CTBMF do
Hospital Beneficiência Portuguesa Bauru-SP, relatando dores e sensação de plenitude na região anterior de maxila
lado direito, odontalgia nos elementos superiores posteriores ipsilateral, drenagem de secreção mucopurulenta
via nasal e aparecimento espontâneo de edema em região anterior de maxila lado direito há 01 ano e meio. Na
anamnese, o mesmo relatou ser vítima de queda de nível que resultou em fratura panfacial há 02 anos. Durante
exploração cirúrgica, macroscopicamente observou-se espessamento da membrana de Schneider e presença de
secreção purulenta e tecido com aspecto necrótico. Realizou-se a sinusectomia e, após a mesma foi realizada con-
tra-abertura lateral. O material removido foi submetido à avaliação microscópica, confirmando-se o diagnóstico
histopatológico, de fungos compatíveis com Aspergillus sp. O paciente encontra-se em pós-operatório de 02 anos
sem sinais e sintomas de inflamação dos seios maxilares.

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806 – FASCEÍTE NECROTIZANTE CERVICO FACIAL COMO


COMPLICAÇÃO DA INFECÇÃO ODONTOGÊNICA: RELATO DE
CASO

Autores: MARIANA LINS DA FONSECA BARRETO ANGEIRAS (*) (UNIT- CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES,
ALAGOAS);RAPHAEL TEXEIRA MOREIRA (HOSPITAL DO AÇUCAR DE ALAGOAS); JOSÉ ZENOU COSTA FILHO
(HOSPITAL DO AÇUCAR DE ALAGOAS); PEDRO JORGE CAVALCANTE COSTA (HOSPITAL DO AÇUCAR DE ALA-
GOAS); LUCIANO SCHWARTZ LESSA FILHO (UNIT- CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES, ALAGOAS)

Introdução: Fasceíte necrotizante é uma grave doença infecciosa de natureza polimicrobiana, que normalmente
afeta pacientes imunodeprimidos. Inicia-se com acometimento da derme profunda e tecido subcutâneo seguido
de invasão rápida do tecido conjuntivo mole, resultando em edema, infiltração linfocitica e trombose vascular,
culminando na necrose das fáscias. Clinicamente, apresenta-se como uma lesão avermelhada, quente, dolorosa e
inchada, com equimose de fronteiras indefinidas. À medida que o processo se propaga, a dor local é substituída
por dormência que ocorre como um resultado da compressão ou destruição de nervos cutâneos. Inicialmente
a pele fica pálida, em seguida, roxa, e finalmente, gangrenosa, podendo originar mediastinite, choque séptico,
falência cardíaca, e em alguns casos, morte. Os fatores de risco conhecidos para fasceíte necrotizante incluem
diabetes, desnutrição, doença vascular periférica, insuficiência renal, alcoolismo, obesidade e uso prolongado de
corticosteroides. A Infecção odontogênica é a maior causa dessa afecção, seguida de infecção faríngea, cirurgias
e traumas. Debridamento cirúrgico agressivo imediato, antibioticoterapia venosa, manutenção das vias aéreas
e monitoramento constante são fatores fundamentais para o tratamento bem sucedido. O objetivo do presente
estudo é relatar um caso de um paciente do gênero masculino, 28 anos de idade, com histórico de dor de dente e
inchaço na região facial durante cinco dias consecutivos. O paciente não relatou doenças crônicas ou uso de medi-
cação controlada na anamnese. Durante o exame físico o mesmo apresentava-se febril e dispnéico, com aumento
de volume hiperemiado e ruborizado, difuso e endurecido envolvendo os espaços submandibular, submentual
bilateralmente e sublingual com área necrótica em região geniana direita. Foi solicitada tomografia computado-
rizada e realização exames laboratoriais de bioquímica sanguínea. Sendo o mesmo diagnosticado com angina de
Ludwig que evoluiu para fasceíte necrotizante decorrente do dente 48 semi incluso. Drenagem, debridamento
cirúrgico e antibioticoterapia endovenosa foram eleitos como a melhor opção terapêutica. Após o tratamento, o
caso foi acompanhado por um período de seis meses, e não se observaram sinais de infecção.

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826 – LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES AGRESSIVA EM


MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: WILLAMES RAFAEL DE JESUS CAVALCANTE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);LUIZ FER-
NANDO BARBOSA DE PAULO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); FLAVIANA SOARES ROCHA (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); JONAS DANTAS BATISTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);
DARCENY ZANETTA BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: A Lesão Central de Células Gigantes (LCCG) é uma lesão intra-óssea benigna que apresenta tecido
fibroso com focos múltiplos de hemorragia, agregação de células gigantes multinucleadas e, ocasionalmente,
trabéculas de tecido ósseo. Manifesta-se principalmente em adultos jovens do gênero feminino. Por ser assin-
tomático, sua descoberta se dá comumente em exames radiográficos de rotina. Sua etiologia ainda é incerta e
seu comportamento biológico pobremente estudado. A escolha do tratamento, bem como a taxa de recorrência
dependem de fatores como idade do paciente, localização, extensão e comportamento clínico da lesão. Neste tra-
balho apresentamos um caso de curetagem mandibularpara tratamento de LCCG. Paciente S.C.D.V. de 9 anos, gê-
nero feminino, leucoderma, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do hospital
de Clínicas de Uberlândia, queixando-se de aumento de volume em região de sínfise mandibular, assintomática.
Os exames tomográficos evidenciaram uma lesão expansiva envolvendo desde os dentes 34 até o dente 43, com
deslocamentos dos demais elementos dentários intermediários. A punção aspiratória foi negativa para líquido
e a biópsia incisional apresentou diagnóstico de LCCG. No intuito de se tentar uma abordagem mais conserva-
dora e reduzir o tamanho lesional, foi realizado um protocolo de 8 aplicações intralesionais de 2 em 2 semanas
de 20 mg/ml de triancinolona hexacetonida diluído em solução anestésica. Ao final das aplicações, a paciente
permaneceu ausente por 9 meses, retornando com um aumento considerável da lesão, que determinava uma
face aberrante para a criança proveniente de uma lesão que agora se estendia dos dentes 36 até o 45 com grande
expansão vestibulo-lingual. Diante do caráter agressivo da lesão e da falta de reposta às injeções intralesionais do
corticoide, a paciente foi levada para curetagem da lesão em ambiente hospitalar e instalação de placa de recons-
trução mandibular. A paciente apresentou boa cicatrização, melhora estética, sem sinais de recidiva e aguarda o
fim do seu desenvolvimento esquelético para reconstrução óssea na região operada.

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829 – RELATO DE CASO CLÍNICO DE CISTO DENTÍGERO COM


DESCOMPRESSÃO PRÉVIA AO TRATAMENTO CIRÚRGICO

Autores: DANIELA MARTI COSTA (*) (UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO);CARLOS EDUARDO XAVIER DOS SAN-
TOS RIBEIRO DA SILVA (); ANDRÉ CARVALHO RODRIGUEZ (); VALDIR DE OLIVEIRA (); MARCIO MARTINS

Introdução: O Cisto Dentígero é o segundo tipo mais comum de cisto odontogênico, sendo mais prevalente em
mandíbula. O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de uma lesão em um paciente jovem do gênero
masculino que procurou a disciplina de Estomatologia da UNISA - SP. Após punção aspirativa e biópsia incisio-
nal, foi instalado um dispositivo de borracha para a descompressão da lesão. Após 9 meses a lesão foi removida
por meio de um procedimento cirúrgico sob anestesia geral. O caso vem sendo acompanhado radiograficamente,
onde observamos a neo formação óssea total da área operada, após 6 meses de pós operatório.

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835 – RECONSTRUÇÃO DE MANDÍBULA COM ENXERTO


COSTOCONDRAL APÓS HEMIMANDIBULECTOMIA POR LESÃO
CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES AGRESSIVA.

Autores: YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (*) (HUJBB);RADAMÉS BEZERRA MELO (HUJBB); THIAGO BRI-
TO XAVIER (HUJBB); CAIO DE ANDRADE HAGE (HUJBB); CÉLIO ARMANDO COUTO DA CUNHA JUNIOR (HUJBB)

Introdução: A Lesão Central de Células Gigantes (LCCG) é considerada uma lesão não neoplásica, apresentando
características expansivas e de grandes proporções de acometimento nos ossos gnáticos. Possui maior prevalên-
cia em pacientes com média de idade de 30 anos, do sexo feminino e com 70% dos casos localizados em mandi-
bular. As características clínicas e radiográficas da LCCG podem definir a lesão como agressiva ou não agressiva,
segundo os padrões de velocidade de crescimento, extensão de envolvimento ósseo, sintomatologia clinica e taxa
de recidivas. São lesões radiolúcidas uni ou multiloculares evidenciadas nos exames radiográficos, apresentando-
-se bem delimitadas e variando de pequenas lesões até defeitos ósseos maiores de 10 cm no seu maior diâmetro.
O direcionamento para o diagnóstico é realizado, sobretudo, pala associação dos achados clíbicos e radiograficos
ao exame histopatológico, que evidencia as numerosas células gigantes multinucleadas, caracteristicas da lesão,
encontradas em um fundo de células mesenquimais arredondadas. O presente trabalho descreve um caso de
lesão central de células gigantes com padrão agressivo, diagnosticado e tratado no Serviço de Cirurgia e Trau-
matologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto de Belém/PA. O caso acometeu
um paciente de 14 anos, do gênero masculino, que chegou ao serviço com queixa de assimetria de face à custa
de aumento de volume em região submandibular direita. Apresentava sintomatologia dolorosa esporádica sem
déficit sensorial na área acometida. Após a confirmação do diagnóstico através do exame histopatológico, foi o
optado pela técnica de tratamento conservador com triancinolona intralesional. Os exames de imagem após o
tratamento conservador não demonstram sucesso, pois não evindenciou-se redução da lesão, sendo o paciente
direcionado para tratamento cirúrgico. A ressecção com margens de segurança anterior a lesão foi planejada com
1.5 cm em osso saudável, sendo o seguimento posterior optado pela remoção juntamente com o seguimento con-
dilar pelo extenso envolvimento lesional e fragilização óssea, foi optado pela manutenção do disco articular como
tecido interposicional após enxertia. A reconstrução foi realizada no mesmo tempo cirúrgico com a utilização de
placa de reconstrução 2.4 modelada no pré operatório com auxilio de prototipagem e enxerto costocondral de 8
cm ósseo e com 2 mm de cartilagem posicionado em contato com o o disco articular mantido. O paciente segue
em acompanhamento pós operatório de 1 ano, apresentando abertura bucal irrestrita e sem sinais de recidiva da
lesão.

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840 – TRATAMENTO CIRURGICO DE AMELOBLATOMA EM


LOCALIZAÇÃO INCOMUM COM AUXILIO DE PROTOTIPAGEM.

Autores: YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (*) (HUJBB);RADAMÉS BEZERRA MELO (HUJBB); THIAGO BRI-
TO XAVIER (HUJBB); CAIO DE ANDRADE HAGE (HUJBB); CÉLIO ARMANDO COUTO DA CUNHA JUNIOR (HUJBB)

Introdução: O Ameloblastoma é definido na literatura como uma neoplasia de tecido dentário, sendo o mais co-
mum de todos os tumores odontogênicos. Classicamente seu crescimento lento está associado a uma progressão
benigna da lesão, apesar de alguns casos está associado a padrões de crescimento gerando massas de grande vo-
lume. As características clinicas e radiográficas da lesão dividem o Ameloblastoma em três padrões: Multicístico,
Unicístico e Periférico. O Ameloblastoma multicistico, mais comuns entre os padrões, apresenta uma prevalência
semelhante entre os 20 aos 70 anos de idade, sendo incomum seu aparecimento em faixas etárias menores,
não tendo predileção por gêneros. Com maior frequência é encontrado em regiões posteriores de mandíbula se
apresentando como um aumento de volume em expansão sem sintomatologia dolorosa. O padrão de reabsorção
óssea multilocular da lesão fornece, ao exame radiográfico, imagens semelhantes a “bolhas de sabão” ou “favos
de mel”, com potencial de reabsorção de elementos dentários em alguns casos, podendo se apresentar, também,
como uma lesão radiolucida unilocular mimetizando inúmeros cistos. Histologicamente, o ameloblastoma se
apresenta em 6 padrões: Folicular, Plexiforme, Acatomatoso, de Células Granulares, Desmoplásico e de Células
Basais. Basicamente, os padrões se caracterizam por apresentar o tecido epitelial odontogênico em um estroma
de tecido conjuntivo, dispostos em diferentes formas de acordo com cada padrão, apresentando pouca relação
com o comportamento do tumor. O tratamento de escolha para grandes ameloblastomas é a ressecção com mar-
gens de 1 a 1,5 cm além dos limites da lesão, com uma taxa de recidiva menor quando comparado a curetagem,
apesar de frequentemente está associada a uma demora de muitos anos para desenvolver características clinicas
relevantes quando apresenta recidiva. O presente estudo relata um paciente do sexo masculino, 33 anos, que foi
encaminhado ao Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto, com
queixa de aumento de volume em região mentual, apresentando, também, expansão das corticais ósseas. O pa-
ciente não apresentava sintomatologia dolorosa e nem déficit sensorial na área acometida. Foi realizada biópsia
incisional para análise histopatológica, sendo confirmado o diagnóstico de ameloblastoma multicistico. O trata-
mento realizado foi a ressecção da lesão com margens de segurança em osso saudável seguido de reconstrução
com placa e parafuso de titânio do sistema 2.4 modelada no pré operatório sobre prototipagem. O paciente segue
em acompanhamento pós operatório em bom estado geral, sem queixas clinicas ou sinais de recidiva da lesão com
1 ano de acompanhamento pós cirúrgico.

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845 – CARCINOMA EX-ADENOMA PLEOMÓRFICO EM


GLÂNDULA PARÓTIDA: RELATO DE CASO

Autores: PAMELA SAUNIER GONÇALVES (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);FLÁVIO T. FAYAD


(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); MARCELO VINÍCIUS OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO
AMAZONAS); TIAGO NOVAES PINHEIRO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); VALBER BARBOSA MAR-
TINS (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: Carcinoma Ex-Adenoma Pleomórfico em Glândula Parótida: Relato de caso GONÇALVES, P.S; FA-
YAD, F.T, OLIVEIRA, M.V; PINHEIRO, T.N, MARTINS, V.B. Neoplasias malignas da parótida são relativamente
raras envolvendo de 1 a 3% dos cânceres de cabeça e pescoço. O adenoma pleomórfico é o neoplasma mais comum
da parótida, acometendo 50 % de todos os tumores dessa glândula. No carcinoma ex-adenoma pleomórfico, uma
malignidade epitelial é desenvolvida em associação com adenoma primário ou recorrente. Aproximadamente 1,3
a 7, 5% dos adenomas podem apresentar mudanças malignas e desenvolvem-se em mais de 25% dos adenomas
não tratados. A condição acomete indivíduos de meia-idade, com prevalência da 6ª a 8ª décadas de vida e é de
difícil diagnóstico no pré-operatório, devido à apresentação clínica ser semelhante a muitos casos de adenoma
pleomórfico. O tratamento deve ser individualizado com base na localização, no envolvimento de estruturas
adjacentes, subtipo histológico e grau. O prognóstico depende no nível da invasão, do envolvimento linfático
e da metástase local ou à distância. É objetivo do presente trabalho relatar o caso de paciente R.M.S, 60 anos,
sexo masculino, o qual compareceu ao serviço com massa endurecida a palpação em hemiface direita, associada
a sintomatologia dolorosa e paralisia dos músculos da mímica facial com tempo de evolução de quatro anos. O
mesmo não relatou nenhuma cirurgia prévia ou alteração digna de nota. Foi realizada biópsia excisional da lesão
sob anestesia geral, com acesso transcutâneo para ritidectomia e, ao realizar divulsão por planos, a mesma foi
isolada para completa remoção. O aspecto macroscópico revelou aspecto encapsulado, consistente e flexível, for-
mato oval e superfície irregular. No exame histopatológico foi observado tecido conjuntivo organizado de forma
capsular, lóbulos de glândulas serosas, tecido adiposo, células claras, células hipercromáticas, com pleomorfismo
e mitose. O paciente encontra-se em proservação sem sinais clínicos de recidiva.

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857 – FRATURA PATOLÓGICA DE MANDÍBULA ASSOCIADA A


TUMOR MARROM DO HIPERPARATIREOIDISMO: RELATO DE
CASO CLÍNICO

Autores: ALEX ALVES DA COSTA ANDRADE (*) (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG);GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL
DAS CLINICAS UFG); ITALO CORDEIRO DE TOLEDO (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG); BRUNO MIRANDA SILVA
LIMA (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG); BRUNO GOMES DA SILVA (HOSPITAL DAS CLINICAS UFG)

Introdução: O tumor marrom é uma lesão focal de células gigantes associada ao hiperparatireoidismo primário
ou secundário, invasivo em alguns casos. É mais comum em ossos longos, mas podem ocorrer em qualquer
osso, inclusive maxila e mandíbula, cujas lesões são raras. Devem ser considerados no diagnóstico diferencial os
outros tumores ósseos da face como o tumor de células gigantes, lesão central de células gigantes e cisto ósseo
aneurismático. Objetivo: Apresentar um caso de fratura patológica de mandíbula associada ao tumor marrom do
hiperparatireoidismo, tratado por remoção cirúrgica da lesão e redução e fixação da fratura mandibular. Relato de
caso: Paciente do sexo feminino, 25 anos, melanoderma encaminhada ao serviço de CTBMF HC/UFG por outra
unidade de saúde para tratamento de fratura patológica após curetagem de lesão central de células gigantes em
mandíbula. Após exame físico e radiográfico foi detectada fratura de corpo mandibular direito e evidências de
lesão ainda presente. Visto o diagnóstico histopatológico de lesão central de células gigantes foi solicitado exa-
mes complementares. Os exames apresentaram elevados índices sanguíneos de PTH, fosfatase alcalina e cálcio
fechando o diagnóstico de tumor marrom do hiperparatireoidismo. Após investigação radiográfica dos ossos
longos, diagnosticou-se lesões compatíveis com a patologia em úmero, fêmur e tíbia. Optou-se pelo tratamento
cirúrgico da lesão mandibular restante junto a ossteossíntese da fratura devido ao comprometimento funcional
importante presente no caso. Após a exposição da lesão e segmentos fraturados, relizamos a curetagem e osteo-
tomia periférica da lesão, seguido pela redução anatômica e fixação com placa do sistema 2.4 mm dos seguimen-
tos. Paciente evoluiu com oclusão estável, cicatrização total do acesso cirúrgico, simetria e funcionalidade mandi-
bular e ausência de sinais de recidiva até o momento. Para os ossos longos optou-se pelo tratamento conservador
pelas equipes de ortopedia e endocrinologia. Discussão: As opiniões em relação ao tratamento das lesões ósseas
são bastante divididas. Autores acreditam na regressão das lesões após a terapêutica do hiperparatireoidismo e
compensação dos níveis do PTH . Outros preconizam a remoção cirúrgica das lesões, simultaneamente ou pos-
teriormente à paratireoidectomia quando se trata de hiperparatireoidismo primário. Em nosso caso optamos
pelo tratamento cirúrgico devido o importante prejuízo funcional associado a fratura patológica de mandíbula.
Conclusão: O hiperparatireoidismo deve ser considerado e pesquisado diante do diagnóstico anatomopatológico
de lesão central de células gigantes. O tratamento cirúrgico mostrou-se satisfatório neste cado dado a evolução
satisfatória com a reparação total da fratura mandibular e ausência de recidivas da lesão.

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884 – TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO MANDIBULAR:


RELATO DE CASO

Autores: PAMELA SAUNIER GONÇALVES (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);FLÁVIO T. FAYAD (UNI-
VERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); TIAGO NOVAES PINHEIRO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZO-
NAS); VALBER BARBOSA MARTINS (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); MARCELO VINÍCIUS OLIVEIRA
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Introdução: Tumor Odontogênico Ceratocístico Mandibular: Relato de Caso Gonçalves, P.S; Fayad, F.T; Pinheiro,
T.N; Martins, V.B;Oliveira, M.V O tumor ceratocístico odontogênico é um neoplasma benigno com potencial
de comportamento agressivo e infiltrativo. Considera-se uma das neoplasias mais comuns da mandíbula, espe-
cialmente em região posterior de corpo, sendo definido pela OMS como um tumor benigno uni ou multicístico,
intraósseo, de origem odontogênica, com revestimento de epitélio escamoso estratificado paraqueratinizado. Tal
tumor é relatado como um dos mais agressivos devido à habilidade de expansão, extensão nos tecidos adjacentes
e rápido crescimento. Origina-se de células da lâmina dental e mostra uma parede fina, friável, com dificuldade
de enucleação e apresenta cistos satélites que contém parede fibrosa. A aparência radiográfica demonstra radio-
lucência uni ou multilocular com margens suaves . Em cerca de 25 a 40% dos casos, há um dente não irrompido
envolvido na lesão e dor e edema estão presentes na maioria dos pacientes. As modalidades de tratamento estão
divididas em conservadora e agressiva, acreditando-se na idéia de que os tratamentos mais radicais resultam em
menores taxas de recorrência. Em muitos estudos, o fator observado é baseado nas dimensões do tumor. As taxas
de recorrência estão relacionadas com o período da lesão, com a modalidade de tratamento, o tamanho da lesão e
a presença de cistos satélites. O objetivo do referido trabalho é relatar o caso clínico de paciente I.S.O.F, 45 anos,
apresentando algia, deformidade facial e limitação de abertura bucal com evolução de 6 anos. Ao exame de ima-
gem, observou-se lesão osteolítica extensa, de aspecto multilocular em região posterior de corpo mandibular di-
reito. O exame histopatológico apresentou uma cavidade cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado,
camada basal hipercromática e com arranjo cuboidal, infiltrado inflamatório e áreas hemorrágicas. Foi realizado
acesso transcutâneo submandibular e divulsão por planos a fim de expor tecido ósseo. Em seguida, realizou-se
hemimandibulectomia envolvendo os elementos dentários 42, 43, 44, 45 e 47 tendo como aspecto macroscópico
uma lesão multiloculada, de aspecto cístico, contendo tecido mole e apresentando um líquido amarelo citrino. No
mesmo ato cirúrgico, foi instalada uma placa de reconstrução do sistema 2.4. O paciente encontra-se em proser-
vação sem alterações significativas.

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886 – DEFEITO ÓSSEO DE STAFNE

Autores: CAIO ZUCOLOTO PEREIRA (*) (UFES);MARTHA ALAYDE ALCÂNTARA SALIM VENÂNCIO (UFES); DANIE-
LA NASCIMENTO SILVA (UFES); ROSSIENE MOTTA BERTOLLO (UFES); SÉRGIO LINS DE AZEVEDO VAZ (UFES)

Introdução:O defeito ósseo de desenvolvimento da mandíbula foi descrito pela primeira vez por Edward Stafne,
em 1942, atualmente conceituado como uma concavidade localizada na superfície lingual da mandíbula, poden-
do estar localizada na região posterior (associado com a glândula submandibular) localiza-se abaixo do canal da
mandíbula, região anterior (relacionado com a glândula sublingual) entre os caninos e pré-molares e raramente
na superfície medial do ramo ascendente da mandíbula (relacionado com a glândula parótida). Esta alteração é
assintomática e ocorre principalmente em homens de meia-idade e, na maioria das vezes, é descoberta ao acaso,
por meio de exames radiográficos de rotina. Alguns autores definem como etiologia deste defeito a hiperplasia e/
ou hipertrofia da glândula submandibular, com contribuição da vascularização local ou um defeito de ossificação
nas depressões mais amplas que profundas e em área de cobertura muscular. Podendo ser ocupada por tecido
glandular salivar, tecido adiposo ou por estruturas de tecido mole, sugerindo nódulos linfoides, vasos, tecido
conjuntivo. Radiograficamente aparece como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, com margem de esclerose
óssea, geralmente unilateral, podendo ser confundida com lesões de origem odontogênica, entretanto o diagnós-
tico pode ser confirmado por meio de tomografia computadorizada, imagem por ressonância magnética ou sialo-
grafia associado a suas características clínicas. Estes parâmetros são considerados suficientes para estabelecer um
diagnóstico definitivo, evitando procedimentos exploratórios invasivos desnecessários, tendo em vista que este
defeito não necessita de tratamento. R.de Caso:Paciente do sexo masculino, com idade de 51 anos, compareceu
ao ambulatório na disciplina de Cirurgia Bucomaxilofacial II da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ,
para avaliação de uma “lesão intraóssea unilateral”, indolor, com aspecto radiográfico radiolúcido, unilocular, cir-
cunscrito, bem limitado, localizada entre elementos dentários 45 e 47 e acima do canal mandibular. O elemento
dentário 45 apresentava tratamento endodôntico com discreta rarefação apical. Foi solicitada Tomografia Cone
Beam da mandíbula na qual foi identificado lesão única, bordos internos irregulares e descontinuidade da cortical
lingual. No exame clínico intrabucal foi identificada área de depressão correlacionada à “lesão” sem alteração do
tecido mole. Foi realizada cirurgia de caráter exploratório e o tecido presente internamente no defeito removido
e enviado para exame histopatológico, cujo resultado foi descritivo indicando que os cortes microscópios eram
de tecido conjuntivo fibroso bem vascularizado com presença de numerosas fibras musculares esqueléticas e
células adiposas. Relacionando os achados clínicos, imaginológicos e histológicos foi definido como um Defeito
de Stafne, que uma vez diagnosticado, não requer tratamento, pois representa uma cavidade autolimitante, não
causando agravo ao paciente.

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889 – CISTO PERIAPICAL EXTENSO EM MAXILA: DIAGNÓSTICO


DIFERENCIAL E TRATAMENTO CIRÚRGICO

Autores: FELIPE LEDO DE ANDRADE (*) (FOUNIP);VICTOR FABBRI (FOUNIP); DOUGLAS GOULART (FOUNIP);
GABRIEL PASTORE (FOUNIP);

Introdução: O cisto radicular ou periapical é a lesão de natureza inflamatória mais comum dos cistos odontogêni-
cos, correspondendo uma frequência de 7 a 54% das radiotransparências periapicais. Caracteristicamente, a lesão
é assintomática, geralmente localizada na porção anterior de maxila e variando na maioria das vezes de 5 mm a
1,5 cm. Entretanto, pode assumir dimensões suficientes para produzir destruição da cortical óssea, podendo ser
observada flutuação e alguma sintomatologia, especialmente se existir infecção secundária no local. Radiografi-
camente verifica-se uma imagem radiolúcida unilocular bem definida circundando o ápice de um dente, tais áreas
periapicais com aparência radiográfica radiolúcida. Quanto ao tratamento pode ser conservador por meio do
tratamento endodôntico do dente desvitalizado com ou sem apicetomia. Também pode ser realizado tratamento
cirúrgico com a extração da unidade dentária seguida de curetagem periapical, marsupialização ou a enucleação.
O objetivo do trabalho é apresentar um caso clínico e discutir o diagnóstico e tratamento do cisto periapical.
Um paciente do gênero masculino, de 33 anos, compareceu ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital
Regional de Ferraz de Vasconcelos Dr. Osires Florindo Coelho – São Paulo, com queixa de bolha na boca, sem
queixas álgicas. Ao exame físico foi observada simetria facial, edentulismo parcial maxilar e aumento de volume
em região vestibular da maxila a direita com modificação da coloração da mucosa. Ao exame da radiografia pa-
norâmica foi observada imagem radiolúcida com os bordos definidos envolvendo a região periapical dos dentes
16 ao 21, além de reabsorção radicular dos dentes 11 e 13. Foi solicitada uma tomografia computadorizada em
que foi observada lesão extensa de 5x2x3 cm, com expansão da lesão para o interior do seio maxilar e fossa nasal
direita. A partir dos sinais e sintomas foram estabelecidas as hipóteses diagnósticas de: cisto periapical, ameblas-
toma unicístico e tumor odontogênico queratocísto. O paciente foi submetido a cirurgia sob anestesia geral, pri-
meiramente foi realizada aspiração em que foi observado conteúdo com coloração marrom. Seguiu-se a realização
de retalho mucoperiosteal trapezoidal na região dos dentes 17 ao 23. Ao expor a lesão foi observada consistência
cística com parede fina e friável associada a sequestro ósseo e mobilidade dentária. Foi realizada enucleação da
lesão, exodontia do 11, 13 e da raiz residual do dente 12 e remoção dos fragmentos ósseos. A peça foi enviada
para exame anatomopatológico em que foi confirmado o diagnóstico de cisto periapical. O paciente evoluiu bem
sem complicações pós-operatórias e foi encaminhado para tratamento odontológico clínico e reabilitação oral.
Conclui-se que o cisto periapical consiste em uma lesão que apresenta grande variedade da apresentação clínica,
o tratamento com enucleação foi efetivo no tratamento desta lesão.

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901 – MARSUPIALIZAÇÃO E ENUCLEAÇÃO DE TUMOR


QUERATOCÍSTICO ODONTOGÊNICO

Autores: LARISSA GONÇALVES CUNHA RIOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA);VANESSA ÁLVA-
RES DE CASTRO ROCHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); ANTÔNIO IRINEU TRINDADE NETO (SAL-
VADOR); CÉLIO JESUS DO PRADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); DARCENY ZANETTA BARBOSA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Introdução: O Tumor Odontogênico Queratocístico é uma patologia benigna, cuja importância se deve a alta
taxa de recidiva e ao comportamento agressivo e invasivo que pode acarretar grandes perdas ósseas, tumefações,
alterações no posicionamento dental, dor e parestesia. Por essas característica o diagnóstico deve ser realizado
através dos achados clínicos, radiográficos e histopatológicos, e o tratamento escolhido através da análise do grau
da lesão e comprometimento de estruturas nobres. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de um
paciente de 21 anos que após o resultado histopatológico de tumor odontogênico queratocístico foi submetido
à marsupialização da lesão, pois a mesma se encontrava adjacente à estruturas nobres da mandíbula. Após três
meses de acompanhamento foi realizada enucleação da lesão e acompanhamento pós-operatório que evidenciou
regeneração óssea sem evidências de recidiva tumoral. Com isso, podemos concluir que por se tratar de um tu-
mor agressivo e com alta taxa de recidiva deve-se avaliar a melhor forma de tratamento, a fim de evitar danos à
estruturas nobres e perda funcional.

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902 – SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ. RELATO DE CASO

Autores: VIVIANE CARDOSO NADDEO (*) (HOSPITAL IFOR);MARIANA SOARES GONZALES (HOSPITAL IFOR);
MAURÍCIO BENTO (HOSPITAL IFOR); NELSON CORAZZA JÚNIOR (HOSPITAL IFOR);

Introdução: A síndorme de Gorlin Goltz é uma patologia rara, também denominada síndrome GorlinGoltz, sín-
drome do nevo basocelular ou síndrome do carcinoma nevoide de células basais é desordem autossômica domi-
nante causada por mutações no Patched (PTCH) , gene supressor de tumor localizado no cromossomo 9q. Diver-
sas manifestações clínicas estão presentes e as principais são múltiplos carcinomas basocelulares que se iniciam
em idade precoce, tumores odontogênicos e alterações esqueléticas. Manifestações neurológicas, oftalmológicas,
endócrinas e genitais também fazem parte dessa desordem. A prevalência é de 1/57000 e a incidência varia na
literatura de 1/164000 a 1/256000. Está presente em 2% dos pacientes portadores de carcinoma basocelular com
menos de 45 anos de idade. Foi descrita pela primeira vez em 1894 por Jarish e White, mas melhor definida por
Gorlin e Goltz em 1960

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905 – TRATAMENTO DE DOR OROFACIAL COM ONDAS DE


CHOQUE

Autores: VIVIANE CARDOSO NADDEO (*) (HOSPITAL IFOR);MARIANA SOARES GONZALES (HOSPITAL IFOR);
MAURÍCIO BENTO DA SILVA (HOSPITAL IFOR); NELSON CORAZZA JÚNIOR (HOSPITAL IFOR);

Introdução: O Tratamento Por Ondas de Choque (radiais ou focais) é uma nova modalidade de tratamento para
os pacientes com problemas músculo esqueléticos tais como tendinites que não melhoram com os tratamentos
habituais, dores musculares crônicas e falhas na consolidação de fraturas. Por que a maioria dos pacientes cos-
tumam melhorar com os tratamentos habituais porém muitos ficam com dor e limitação persistente ? Um das
explicações é a formação de tecido chamado fibrose nas lesões crônicas com alteração dos tecidos dos tendões e
músculos que perdem a elasticidade e sofrem diminuição da circulação sanguínea local gerando dor persistente e
espessamento do tendão, deixando de ser somente uma inflamação (tendinite) passando para um estágio crônico
degenerativo (tendinose). As Ondas de Choque são um tipo de energia mecânica e não um choque elétrico, que
penetra no tecido lesado e provoca um fenômeno chamado cavitação, onde microbolhas se rompem provocando
microrroturas no tecido inflamado, determinando a liberação de substâncias anti-inflamatórias locais e também
estimulando um aumento na microcirculação local.Este aumento de nutrição no local leva a uma progressiva cura
natural do processo inflamatório-degenerativo. Existem vários modelos de máquinas que, por trabalharem com
diferentes intensidades da onda aplicada no local de tratamento, podem tratar tanto lesões musculares como
tendinosas ou ósseas. Podemos controlar a intensidade da energia com que as ondas de choque atingem o local a
ser tratado. Quando utilizamos baixa energia produzimos alívio da dor e relaxamento muscular, quando se utiliza
média energia ocorre a reparação tecidual e com alta energia pode ocorrer a estimulação óssea.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

46 – REDUÇÃO E FIXAÇÃO DE FRATURAS DE ARCO


ZIGOMÁTICO ATRAVÉS DO ACESSO DE AL-KAYAT

Autores: FERNANDO PIMENTA XAVIER (*) (UNIARARAS - HRC);SELMAR ALVES LOBO JR (UNIARARAS - HRC);
CRISTIAN ALEXANDRE CORREA (UNIARARAS - HRC); DOUGLAS ROGERIO OLIVEIRA (UNIARARAS - HRC); SAU-
LO RENATO FERRAZ (UNIARARAS - HRC)

Introdução: Nas fraturas Faciais, o complexo zigomático é a segunda área mais acometida por injurias, superada
apenas por fraturas dos ossos nasais. O arco zigomático fratura-se em decorrência de traumas direto na região,
devido a sua estrutura frágil, perdendo assim a curvatura convexa normal na área temporal. Este trabalho tem
como objetivo relatar caso clinico de fratura de arco zigomático com fixação interna rígida, sendo o acesso de Al
Kayat uma alternativa válida, para exposição da fratura. O paciente, H.R.B, 19 anos, sexo masculino deu entrada
no serviço de urgência e emergência do HRC/Cotia, vítima de acidente prática desportiva apresentando, afun-
damento em região de arco zigomático esquerdo, limitação de abertura Bucal, relata dor á palpação, sem edema.
Após a realização de TC de seios da Face, o paciente foi diagnosticado com fratura de arco zigomático do lado
esquerdo, e submetido a redução e fixação do arco zigomático, através do acesso Al Kayat.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

55 – PSEUDO ANEURISMA DA ARTÉRIA MAXILAR – UMA


COMPLICAÇÃO PÓS TRAUMÁTICA TARDIA. RELATO DE CASO.

Autores: EDUARDO SOUZA ABDUCH RODRIGUES (*) (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS);PEDRO HENRIQUE DE AZAMBUJA CARVALHO (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); MARCOS
ANTÔNIO TORRIANI (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS
JÚNIOR (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: Pseudoaneurisma da artéria maxilar é uma ocorrência rara que ocorre devido a eventos traumáticos
decorrentes de acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo, arma branca e explosões. Também ocorre
devido a trauma direto no vaso sanguíneo como procedimentos endovenosos ou cirúrgicos que causam lesão
na parede do vaso, assim como processos infecciosos e ainda trauma causado pela radiação em pacientes que
foram submetidos a esse tratamento. O diagnóstico depende de um detalhado exame clínico, o qual seja capaz
de diferenciar quando se trata de uma hemorragia maciça, que não cessa aos tratamentos convencionais, e que
se manifesta tardiamente, associado a um exame de imagem que verifique a integridade dos vasos sanguíneos.
É importante estar atento a evolução do paciente vítima de trauma para diagnosticar o pseudoaneurisma, pois
o mesmo pode levar o paciente a óbito. Existem varias formas de tratar o pseudoaneurisma, pode se lançar mão
de diversos recursos sistêmicos e locais para a resolução da hemorragia, mas o importante é o tempo entre diag-
nóstico e tratamento. A embolização está indicada em casos de lesões profundas que apresentam difícil acesso
cirúrgico e que podem apresentar alta morbidade. Os casos de pseudoaneurisma da artéria maxilar ou algum de
seus ramos apresentam como características o episódio de hemorragia tardia e maciça, que não se resolve com
tamponamento nasal anterior e posterior. Este trabalho visa apresentar um caso clínico de um paciente vítima de
acidente automobilístico, atendido no Pronto Socorro Municipal de Pelotas/RS pela equipe de Residência em Ci-
rurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFPel, o qual apresentava fratura complexa de terço médio de face
e que foi transferido para o hospital universitário aguardando a oportunidade cirúrgica. Sete dias após o trauma
o paciente começou a apresentar epistaxe maciça, então foi realizado tamponamento nasal anterior com cadarço
e posterior com sonda Foley a qual apresentava sangramento assim que o balonete perdia a pressão. O paciente
recebeu suporte da equipe clínica a qual indicou reposição sanguínea. Devido ao sangramento abundante, houve
a suspeita de pseudoaneurisma, sendo diagnosticado por exame de Angiotomografia. Sendo assim, foi contorna-
do o sangramento posterior inflando o balonete da sonda Foley com soro fisiológico e encaminhando o paciente
para o serviço de referencia em tratamento endovascular, que tratou com embolização da artéria maxilar. Pode-se
concluir que sangramentos faciais que persistem mesmo depois dos procedimentos convencionais de hemostasia
locais e sistêmicos devem ser imediatamente investigados em busca de lesões arteriais para sua rápida resolução,
visto que pode levar o paciente a óbito.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

81 – REDUÇÃO DE FRATURA DO ARCO COMBINADA COM


DESLOCAMENTO DO CORPO DO OSSO ZIGOMÁTICO COM
EMPREGO DE ANESTESIA LOCAL: RELATO DE CASO

Autores: ALEXANDRE CORREA TREMEA (*) (INSTITUTO ODONTOLOGICO DE PÓS-GRADUAÇÃO-ODONTOPÓS


E HOSP. PRONTO SOCORRO PORTO ALEGRE);SÉRGIO ANTÔNIO SCHIEFFERDECKER (ODONTOPÓS E HOSP.
PRONTO SOCORRO PORTO ALEGRE);

Introdução: REDUÇÃO DE FRATURA DO ARCO COMBINADA COM DESLOCAMENTO DO CORPO DO OSSO


ZIGOMATICO COM EMPREGO DE ANESTESIA LOCAL: RELATO DE CASO A possibilidade de simplificar um
procedimento sem prejuízo dos seus objetivos é uma constante no desenvolvimento da ciência e compreende o
processo natural da evolução das diversas tecnologias. Na ciência da saúde, a simplificação de um procedimento
representa em redução dos seus custos através da redução dos recursos necessários à sua realização e em conse-
quência é proporcionada a ampliação do seu emprego e principalmente acaba por representar um maior conforto
ao paciente beneficiado. As fraturas do complexo zigomático são rotina nos serviços de emergência bucoma-
xilofacial e tem alta prevalência nos casos de fraturas de face. Este estudo propõe-se a revisar o conhecimento
acerca das técnicas empregadas na redução de fraturas do complexo zigomático envolvendo a fratura do arco e
deslocamentos pequenos e favoráveis do corpo ósseo através do emprego de anestesia local. É relatado o caso de
um atendimento no Serviço de Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre
– HPS/Poa, onde procedeu-se a técnica. A casuística vigente aponta para a realização dos procedimentos de re-
dução de tais fraturas através do emprego de anestesia geral, e poucos relatos sobre o emprego de anestesia local
para os casos favoráveis são encontrados na literatura. No caso estudado, é relatada a técnica de redução fechada,
com acesso intraoral sob anestesia local. O objetivo específico do estudo é proporcionar a comunidade científica
odontológica o conhecimento da técnica baseado na correta seleção de caso através do conhecimento anatômico
e do correto diagnóstico da fratura, em pacientes estáveis clinicamente.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

83 – ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE TRAUMA DE FACE NO


HOSPITAL METROPOLITANO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA

Autores: CAIO DE ANDRADE HAGE (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);PRISCILLA FLORES
SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); FÁBIO LUIZ NEVES GONÇALVES (HOSPITAL UNI-
VERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); DIEGO ASSUNÇÃO CALIXTO DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO
DE BARROS BARRETO); ANA ALESSANDRA ROSA ALVES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: A violência é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, o que tem como consequência
o gasto de milhões de dólares na reparação de danos, e um grande impacto social e psicológico. Com relação aos
tipos de violência que podem acometer os indivíduos, o trauma físico, resultante de impactos exercidos direta
ou indiretamente sobre o corpo humano, pode causar graves danos ao indivíduo. Dentre as diversas lesões cor-
porais, as localizadas na face geralmente ocorrem em maior número, pelo fato da mesma ser o primeiro objeto
de interação entre os indivíduos. As principais fraturas faciais são decorrentes de acidentes automobilísticos,
agressões, quedas, acidentes esportivos e de trabalho. O objetivo deste estudo epidemiológico foi quantificar e
qualificar a magnitude e gravidade dos traumatismos faciais dos pacientes acompanhados pela equipe de Cirurgia
e Traumatologia Buco-Maxilo-Facialdo no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) na região
Metropolitana de Belém do Pará, no período de maio de 2013 a maio de 2014. As informações foram coleta-
dos por meio de formulário padronizado, cujas variáveis encontravam-se distribuídas nos seguintes parâmetros:
nome do indivíduo atendido, número de atendimento, idade, sexo, etiologia do trauma, e descrição da lesão.
A amostra avaliada compreendeu 718 pacientes. Desse total, 635 eram homens (88,4%) , e 83 eram mulheres
(11,6%). Os acidentes motociclísticos foram o principal fator etiológico dos traumatismos (48,7%) , seguidos das
agressões físicas (16,5%) , armas de fogo (12,2%) , das quedas (5,4%) , acidentes desportivos (3,9%) , acidentes
automobilísticos (3,6%) , atropelamentos (3,5%) , acidentes de trabalho (2,6%) , acidentes ciclísticos (1,5%) ,
armas brancas (1%) , acidentes rurais (0,5%) e acidentes navais (0,2%). Neste estudo, os ossos da face com maior
ocorrência de fratura foram a mandíbula e o osso zigomático (29% e 28%dos casos, respectivamente). A região
de maior incidência das fraturas de face é muito variável na literatura, entretanto, em relação à mandíbula e ao
zigoma, dados semelhantes aos encontrados nesta pesquisa foram mencionados em outros trabalhos. Conclui-se
que o perfil predominante dos pacientes acometidos de trauma de face no estado do Pará são pacientes jovens
(entre 14 e 35 anos) , em sua maioria vítimas de acidente motociclístico, apresentando fratura em mais de um
osso da face. Desta forma é possível que a partir dos resultados encontrados possam ser desenvolvidas políticas
públicas direcionadas para a redução da demanda e a gravidade de pacientes com trauma de face, consequente-
mente a redução dos custos hospitalares com o tempo de internação e cirurgias desses pacientes, bem como a
conscientização do uso de capacetes, rigorosidade na aplicação das multas em todos os municípios do Estado, a
fim de minimizar os danos ao indivíduo e ao coletivo.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

85 – FIXAÇÃO LAG SCREW DE FRATURAS DO ARCO


ZIGOMÁTICO: UMA ADAPTAÇÃO DA TÉCNICA PARA FRATURAS
SAGITAIS DO ARCO.

Autores: RUBEM COSTA ARAUJO (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO/ HUCFF-UFRJ);AN-
DRÉ LUÍS RIBEIRO RIBEIRO (EASTMAN DENTAL INSTITUTE UNIVERSITY COLLEGE LONDON/ EDI-UCL); JOÃO DE
JESUS VIANA PINHEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ / UFPA); MARIA APARECIDA DE ALBUQUERQUE
CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO/ HUCFF-UFRJ); ÍTALO HONORATO ALFRE-
DO GANDELMANN. (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO/ HUCFF-UFRJ)

Introdução: A abordagem das fraturas do arco zigomático, é de grande importância para a correção estética e fun-
cional das fraturas do terço médio da face. Tradicionalmente, a fixação do arco zigomático é realizada utilizando
miniplacas de titânio e parafusos que, em determinados tipos de fratura, podem ser de difícil aplicação. Em situa-
ções especificas, pode ser necessária a utilização de recursos diferentes para se alcançar uma fixação adequada.
Os autores observam, em sua prática cirúrgica, um padrão de fratura do arco zigomático que está geralmente as-
sociada a fraturas complexas envolvendo o complexo zigomático-maxilar e também do terço médio da face. Esta
fratura ocorre principalmente a um traumatismo frontal de alto impacto, no qual há uma força de deslocamento
posterior comprimindo o arco zigomático, causando pelo menos duas linhas de fratura: uma fratura com deslo-
camento lateral na porção central do arco zigomático e a outra, objeto deste estudo, que ocorre em uma direção
sagital na raiz do arco zigomático, estendendo-se para a cortical externa do osso acima da cavidade glenoide.
Nesta situação, a utilização de miniplacas e parafusos requer um grande afastamento posterior de tecidos moles,
com maior necessidade de deslocamento tecidual e aumentando os riscos de danos a estruturas nobres. Por estas
razões, os autores adaptaram a técnica de fixação interna com parafusos interfragmentários para a fixação deste
tipo especifico de fratura. Esta técnica requer acesso cirúrgico ao arco zigomático que podem ser obtidos através
de acesso hemi ou bicoronal e utilização de um ou dois parafusos de titânio do sistema 2.0mm, com 10mm a
12mm de comprimento. A fixação da fratura sagital da raiz do arco zigomático é realizada através de perfuração
da cortical externa do arco zigomático e ancoragem na região mastoidea do osso temporal, sendo os parafusos
inseridos cuidadosamente em um ângulo de 100 a 150 no sentido inferior evitando o risco de perfuração intra-
craniana. Esta técnica se mostra como uma alternativa viável para fixação de fraturas do complexo zigomático-
-maxilar e do terço médio da face que tenham envolvimento da raiz do arco zigomático. A técnica foi realizada em
15 casos cirúrgicos e mostrou excelentes resultados em termos de redução, fixação e estabilidade a longo prazo
do arco zigomático, sendo os pacientes acompanhados por um período de pelo menos um ano após a cirurgia. As
razoes e possíveis vantagens na execução da técnica são: diminuir o deslocamento dos tecidos moles, pois não
exige fixação de placas e parafusos em região do osso temporal não fraturado, rapidez e facilidade durante o pro-
cedimento cirúrgico durante todas as fases do tratamento (acesso cirúrgico, redução e fixação); potencial redução
de custos, diminuindo o número total de parafusos e, eventualmente, evitando a utilização de mini placas.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

88 – FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO

Autores: PEDRO HRNRIQUE JOSE ROZA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);ELIZABETH ARRUDA
CARNEIRO PONZI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); EUGÊNIA LEAL DE FIGUEIREDO (HOSPITAL DA
RESTAURAÇÃO-RECIFE-PE); ANTONIO DE FIGUEIREDO CAUBI (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBU-
CO);

Introdução: O osso zigomático tem formato piramidal e é formado por um corpo robusto e quatro processos:
temporal, maxilar, orbital e frontal. Este osso atua como dissipador e transmissor das forças mastigatórias, prin-
cipalmente através do pilar zigomático maxilar, além de oferecer proteção ao globo ocular e ainda ser responsável
pela projeção do terço médio de face. As fraturas do complexo zigomático são desafiadoras por estarem em íntima
relação com diversas estruturas nobres da face, podendo lesá-las causando danos estéticos e funcionais. Relato
do caso: paciente D.J.S., 22 anos de idade, sexo masculino, encaminhado ao serviço de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial do Hospital da Restauração de Pernambuco após acidente automobilístico. Ao exame físico
apresentava hiposfagma, equimose periorbitária, diplopia e oftalmoplegia em olho direito, sendo esta que oca-
sionou a restrição dos movimentos de abdução, supra e infra abdução e diminuição de amplitude a supra-adução,
perda de projeção antero-posterior do zigoma. Ademais, apresentou limitação de abertura bucal e mobilidade
em maxila direita. Ao exame tomográfico sugere presença de solução de continuidade compatível com fratura
blow-out, complexo zigomático direito e lanelong. Sendo a fratura do zigomático classificada por Knight e North
em Tipo V. Foi optado por realizar um procedimento cirúrgico com três acessos e três pontos de fixação interna
rígida mais a colocação de tela para reconstrução do assoalho de orbita. Palavras- chave: osso zigomático, zigo-
mático-orbitário, assoalho de órbita

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

102 – CORPO ESTRANHO ORGÂNICO EM TERÇO MÉDIO DE


FACE: RELATO DE CASO.

Autores: GILBERTO LEAL GRADE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS);ÂNGELO NIEMCZEWSKI BOBRO-
WSKI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS JUNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); MARCOS ANTONIO TORRIANI (UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: Corpos estranhos na região maxilo-facial não são achados incomuns, e podem causar infecção e
edema associados. A maior parte dos casos é de objetos inorgânicos e está relacionada à iatrogenia odontológica,
como a manipulação dentária; e alguns casos podem ser causados por ação deliberada do paciente. O corpo es-
tranho pode se alojar nas cavidades oral e orbitárias, em tecidos moles adjacentes, espaços fasciais, tecido ósseo e
seios da face. Pedaços de madeira, pontas de lápis, fragmentos de cachimbo e objetos metálicos já foram descritos
na literatura. Objetos orgânicos tornam-se difícil sua visualização em exames de imagem, desta forma impedin-
do a investigação da posição exata e das relações anatômicas. Em apenas 15% dos casos é possível a visualização
radiográfica, sendo que na fase aguda pode-se observar gordura e ar à tomografia computadorizada (TC). Pode-se
ainda lançar mão de marcadores radiográficos para precisar a posição do objeto. O histórico da doença e a pal-
pação digital tornam-se então os fatores de maior impacto no diagnóstico. A conduta depende de fatores como
material de composição, contaminação, toxicidade, impacto em estruturas vitais, impacto na função e estética,
posicionamento intra articular ou intravascular, dor, infecção e reação alérgica. O tratamento cirúrgico depende
da localização, orifício de entrada, do formato e tamanho do objeto. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho
é apresentar o caso clínico de um paciente do sexo masculino, 38 anos, melanoderma, que apresentou um corpo
estranho orgânico (palito de churrasco) em região de maxila esquerda de difícil diagnóstico devido a condições
inerentes ao paciente e ao material de composição do objeto. O tratamento foi cirúrgico, com remoção completa
do corpo estranho.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

122 – MINIPLACA NA REGIÃO DE LINHA OBLÍQUA:


MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE CHAMPY

Autores: JULIANA TEREZINHA GARCIA (*) (HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ DRº HOMERO DE MIRANDA
GOMES - HRSJHMG);AIRA MARIA BONFIM SANTOS (PROFª DRª UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA -
UFSC); BRUNA PHILIPI (CIRURGIÃ DENTISTA - UFSC); EDUARDO MEURER (DRº EM CTBMF E CHEFE DO SERVI-
ÇO DE CTBMF DO HRSJHMG);

Introdução: A fratura de ângulo mandibular representa aproximadamente 29% das fraturas mandibulares e está
relacionada com um alto índice de complicações pós-operatórias como infecção, união tardia, não união, deiscên-
cia de sutura, soltura de parafusos e desadaptação da placa. Devido às características anatômicas da linha oblíqua
a adaptação da placa à superfície óssea é dificultada. Com o objetivo de diminuir as complicações relacionadas a
esse tipo de fixação, foi realizada uma modificação da técnica de Champy. Desgaste ósseo foi realizado na linha
oblíqua da mandíbula com broca esférica diamantada e, obtivemos uma melhor adaptação da miniplaca do sis-
tema 1.5 sem a necessidade de muita torção do hardware, além de fixação dos parafusos perpendicular ao osso.
Esta técnica vem sendo utilizada no Hospital Regional de São José Drº Homero de Miranda Gomes – HRSJHMG
pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.

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169 – TRATAMENTO CIRÚRGICO CONCOMITANTE DE FRATURA


CRANIOFACIAL E FÍSTULA LIQUORICA.

Autores: FRANCISCO AURELIO LUCCHESI SANDRINI (*) (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL
DO CARIRI);IVO CAVALCANTE PITA NETO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI);
EDUARDO FERNANDO CHAVES MORENO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI);
DAVID GOMES ALENCAR GONDIM (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); CICERO DO
JUAZEIRO JOB MACIEL (CLÍNICA PRIVADA)

Introdução: Na atualidade acidentes de transito estão entre as principais causas de trauma crânioencefálico e fra-
turas faciais (BELAPETRAVICIUS, 2010). Objetivo: O presente relato tem o objetivo de apresentar o tratamento
concomitante de redução e fixação de múltiplas fraturas craniofacias associado ao fechamento cirúrgico de fístula
liquórica. Relato do Caso: Paciente MVS, masculino, 33 anos, envolvido em acidente motociclístico, apresen-
tou fraturas de osso frontal (com grande deslocamento do rebordo supraorbitário direito) , disjunção zigomá-
ticofrontal direita, fratura tipo Le Fort II unida ao bloco frontal, degrau infraorbitário bilateral, além de fratura
mandibular sinfisária com perda de segmento e avulsão dentaria. Não houve contusão encefálica associada. O
paciente apresentou fístula liquorica no 3º dia pós trauma persistindo ativa por mais 5 dias. O tratamento reali-
zado consistiu em redução e fixação das fraturas craniofaciais concomitante com fechamento cirúrgico da fístula
liquórica. Realizou-se acesso coronal para a realização de craniotomia frontal, localização e fechamento da fístula
liquorica por via extradural com adesivo Bioglue® e redução e fixação das fraturas do osso frontal, rebordos supra
orbitários e pilar zigomático frontal direito. Por acesso infraorbitário foi realizada a fixação da fratura infraorbi-
tária direita, por acesso intrabucal realizou-se a redução e fixação das fraturas maxilares e mandibular com ótimo
resultado estético e funcional após 30 dias. Considerações Finais: Observou-se através do relato apresentado que
o tratamento neurocirúrgico das fístulas liquoricas concomitante com a redução e fixação das fraturas craniofa-
ciais pode ser bastante benéfico ao paciente nos casos com indicação de fechamento cirúrgico da fístula liquorica.

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176 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS COMINUTIVAS


DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO ORBITARIO MAXILAR, – RELATO
DE CASO CLINICO

Autores: FRANCISCO AURELIO LUCCHESI SANDRINI (*) (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO
CARIRI);IVO CAVALCANTE PITA NETO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); EDUAR-
DO FERNANDO CHAVES MORENO (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); DAVID
GOMES ALENCAR GONDIM (FACULDADE LEÃO SAMPAIO; HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI); JULIO LEITE DE
ARAÚJO JÚNIOR (ACADÊMICO FACULDADE LEÃO SAMPAIO)

Introdução: O complexo zigomático-maxilar assim como os ossos nasais, em virtude da sua proeminência e es-
trutura mais frágil em relação aos demais ossos faciais, estão entre as áreas mais atingidas por lesões. Objetivo:
Discutir um caso clínico de fratura cominutiva do complexo zigomático orbitário maxilar tratados com fixação in-
terna estável por meio de acessos transcutâneos e intra-oral. Relato do Caso: Paciente F. F.P do gênero masculino,
leucoderma, 49 anos de idade, vitima de acidente motociclítico compareceu a emergência do Hospital Regional
do Cariri-CE, apresentando ao exame clinico e tomográfico fratura cominutiva do complexo zigomático orbitário
à direita. Foi realizado o procedimento sob anestesia geral e intubação submentoniana. Inicialmente, o processo
zigomático frontal foi fixado por acesso superciliar lateralizado e após o rebordo infra- orbital e parede medial da
orbita foram fixados via acesso subtarsal e reabordagem de laceração na região medial orbitária. Após o bloqueio
maxilo mandibular transitório foram fixadas a fratura transversa maxilar e o pilar zigomático maxilar por acesso
intra oral. Após foi instalada a tela para reconstrução do soalho órbitario. As fraturas foram fixadas por meio de
placas e parafusos dos sistemas 1.5 e 2.0 mm. Foi realizada então a redução cirúrgica das fraturas dos ossos pró-
prios nasais e septo nasal. Nos retornos ambulatoriais observou-se a necessidade de correção de alteração oclusal
progressiva e de deficiência anteroposterior residual do zigoma. Foi realizada osteotomia Le Fort I e reposiciona-
mento lateral para resolução da alteração oclusal e instalação de tela de titânio para aumento da projeção do zigo-
ma. Considerações finais: O diagnóstico preciso das fraturas cominutivas do terço médio facial destacando-se as
da região zigomático-orbitario-maxilar é fundamental para a manutenção da função e estética facial satisfatória.

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183 – FRATURA COMINUTA DE MANDÍBULA POR FAF

Autores: SAULO RENATO FERRAZ (*) (UNIARARAS - HRC);SELMAR ALVES LOBO JR (UNIARARAS - HRC); CRIS-
TIAN ALEXANDRE CORREA (UNIARARAS - HRC); DOUGLAS ROGERIO OLIVEIRA (UNIARARAS - HRC); FRANCIS-
CO VIEIRA (UNIARARAS - HRC)

Introdução: Nos dias atuais, principalmente em grandes centros urbanos, tem se tornado comum lesões faciais
em decorrência de disparos por arma de fogo. Na maioria das vezes trata-se de ferimentos de grandes proporções,
com avulsão tecidual, hemorragias de difícil controle, comprometimento estético e mutilação, sendo de extre-
ma importância uma abordagem multiprofissional do paciente. Com base na literatura atual podemos perceber
uma tendência de abordagem cirúrgica para as fraturas mandibulares, ao passo que no passado preconizava-se
tratamentos fechados e conservadores. Dessa forma, o presente trabalho, visa demonstrar um caso clínico de
tratamento cirúrgico de fratura cominuta de mandíbula em decorrência de FAF, através de fixação interna estável
com placas de reconstrução do sistema 2.4. Tal procedimento restabeleceu de forma satisfatória os movimentos
mandibulares e contatos oclusais, melhorando de forma significativa sua qualidade de vida e reinserindo-o de
forma mais rápida ao convívio social.

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184 – OSTEONECROSE COMO COMPLICAÇÃO DO TRATAMENTO


DE FRATURA MAXILAR: RELATO DE CASO

Autores: MARA MAGNOLER SAMPAIO MEI (*) (SANTA CASA DE CAMPO GRANDE-MS);GUILHERME NUCCI DOS
REIS (SANTA CASA DE CAMPO GRANDE-MS);

Introdução: A osteonecrose dos maxilares é uma patologia decorrente da interrupção do suprimento sanguíneo
na região maxilo-facial resultando em exposição crônica do osso necrótico. Pode ser classificada em necrose sép-
tica e asséptica, uma proveniente de infecções sistêmicas, e outra de trauma facial, radiação, cirurgias ósseas e te-
rapia com bifosfonato, respectivamente. O quadro clínico clássico sugere ulceração na mucosa oral com exposição
do osso subjacente e sintomatologia dolorosa podendo estar associado à comunicação buco-sinusal e infecções.
O diagnóstico é determinado através de exame clínico e imaginológico, sendo o tratamento definido de acordo
com o estágio da lesão e tratado, na maioria dos casos, cirurgicamente. Sua relação com o trauma é pouco descrita
na literatura. Desta forma, é de fundamental importância que o tema seja melhor elucidado. O objetivo desse
trabalho é relatar o caso do paciente gênero masculino, feoderma, 30 anos, politraumatizado vítima de acidente
motociclístico apresentando fratura complexa de maxila, comunicação buco-sinusal e presença de elemento den-
tário em seio maxilar esquerdo. Permaneceu sob os cuidados de equipe multidisciplinar em unidade de terapia
intensiva. Após vinte e três dias do trauma foi submetido a tratamento cirúrgico da fratura maxilar através de
redução e fixação interna estável funcional, além da remoção do corpo estranho do seio maxilar. Com quarenta
e cinco dias pós-operatórios, observou-se extensa área de osteonecrose asséptica em estágio avançado com mo-
bilidade dentária do segmento relacionado, odor fétido, exposição das placas de osteossíntese e comunicação
buco-sinusal. Aos exames laboratoriais, encontrava-se com quadro anêmico, plaquetose, leucocitose com desvio
e febre intermitente. Foi necessário um segundo procedimento cirúrgico com osteotomia e debridamento para
remoção de tecido ósseo necrótico onde obtivemos um selamento adequado da mucosa oral. Após o procedimen-
to, observou-se melhora do quadro clínico e laboratorial. Em controle pós-operatório de trinta dias, observa-se
o aspecto clinico satisfatório da cavidade oral, porém com comunicação buco-sinusal presente. Paciente ainda
se encontra em tratamento clínico e, após seis meses, foi proposto a reabilitação através de enxerto autógeno
e prótese implanto suportada. A necessidade de acompanhamento sistemático desses pacientes pelo cirurgião
buco-maxilo-facial é fundamental por existir uma possibilidade de evolução desfavorável com complicação pós-
-operatória. Uma vez diagnosticada, deve ser realizado o tratamento adequado o mais breve possível diminuindo
a morbidade do quadro.

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187 – ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES


ACOMETIDOS POR FRATURAS BUCOMAXILOFACIAIS TRATADOS
CIRURGICAMENTE NO HOSPITAL DE CLINICAS DR. ALBERTO
LIMA / MACAPÁ - AP

Autores: CAMILA FIALHO DA SILVA NEVES DE ARAUJO (*) (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA);PATRICIA
LENORA DOS SANTOS BRAGA (HOSPITAL DE CLÍNICAS DR. ALBERTO LIMA);

Introdução: O trauma é a principal causa de óbito entre adultos jovens e representa um grande e crescente desafio
socioeconômico ao Brasil. Os acidentes e a violência configuram um problema de saúde pública de grande magni-
tude e transcendência, que tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da população. O trauma
bucomaxilofacial é notável, por levar a graves consequências sociais, emocionais e funcionais, com a possibilidade
de deformidades permanentes. O conhecimento clínico e epidemiológico prévios relativos às fraturas faciais pode
resultar em um tratamento mais rápido com maiores possibilidades de sucesso. Esse estudo se propõe a avaliar
de forma retrospectiva os pacientes acometidos por traumas faciais que necessitaram de tratamento cirúrgico
especializado entre os anos de 2008 a 2012, atendidos pelo serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial
(CTBMF) do Hospital de Clinicas Dr. Alberto Lima (HCAL) , levando em consideração as características intrín-
secas a esses eventos, tais como, etiologia, sítio anatômico e município de origem relacionando-os as diversas
faixas etárias, ao gênero, ao grau de escolaridade e ocupação profissional dos indivíduos envolvidos, bem como
determinar qual a sazonalidade dos eventos cirúrgicos desenvolvidos pelo serviço de CTBMF do HCAL.

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203 – FIXAÇÃO MAXILO-MANDIBULAR ATRAVÉS DE


MINIPLACAS EM PACIENTE EDÊNTULO COM FRATURA
COMINUTIVA DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Autores: ADRIANO LIMA GARCIA (*) (CENTRO INTEGRADO DE APERFEIÇOAMENTO);AUREMIR ROCHA MELO
(FOP-UPE); MARCELO FERNANDO DO AMARAL (FOP-UPE); THIAGO DE SANTANA SANTOS (UNIT); JOSÉ RODRI-
GUES LAUREANO FILHO (FOP-UPE)

Introdução: O método mais comum utilizado para fixação maxilo-mandibular (FMM) consiste em bloqueio por
barras e fios de aço, ainda que hajam várias alternativas descritas para o mesmo propósito. Métodos tradicionais,
como a Barra de Erich, possuem desvantagens como o tempo necessário para instalação e remoção, o risco de
perfuração acidental pelo manuseio dos fios de aço e a impossibilidade de uso em pacientes com destruições
coronárias ou reabilitações protéticas. Parafusos específicos para FMM eliminam esses problemas e permitem
a manutenção da saúde periodontal nos casos que necessitam de fixação prolongada. Nos pacientes edêntulos
aptos para o tratamento conservador das fraturas, nenhum desses métodos convencionais pode ser instituído
para a FMM que, nestes casos, pode ser alcançada com o auxílio das próteses dentárias totais do paciente ou com
a confecção de splints. Em contrapartida, esses métodos levam a dificuldades de higiene oral e de alimentação.
Este trabalho objetiva relatar um caso de um paciente edêntulo apresentando uma fratura cominutiva de man-
díbula tratada por uma técnica raramente descrita na literatura, que consiste em uma FMM alcançada por meio
de miniplacas de titânio. Paciente do gênero masculino, 45 anos, leucoderma, relatando ter sido vítima de lesão
por projétil de arma de fogo, encaminhado por uma unidade de saúde de menor complexidade onde foram rea-
lizados os cuidados primários e solicitado o diagnóstico e conduta da Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Fa-
cial. Queixando-se de parestesia na região labial inferior e mentoniana direita, o paciente apresentava ao exame
físico um discreto edema em face direita, sem comprometimento de vias aéreas, ferimento já suturado próximo
à comissura labial esquerda, otorragia e equimose retroauricular no lado direito, ferimentos na mucosa oral e no
dorso lingual, edentulismo na maxila e apenas as UD 34 e 44. À palpação, detectou-se enfisema subcutâneo na
região pré-auricular direita, bem como crepitação óssea na região de ramo mandibular ipsilateral, acompanhada
por dor. Os exames de imagem revelaram uma imagem sugestiva de fratura cominutiva em região de ramo e
cabeça mandibular do lado direito. Foi adotado um tratamento conservador através de redução fechada e FMM
por método não convencional devido à impossibilidade da instalação das barras de Erich ou de outro tratamento
convencional, bem como visando manter a dimensão vertical posterior. Foram fixadas miniplacas de titânio nas
porções alveolares da maxila e mandíbula com parafusos monocorticais (uma na região correspondente aos inci-
sivos centrais e uma em cada lado da mandíbula na região de pré-molares). Após 45 dias, a radiografia panorâmica
revelou uma área de consolidação óssea no local da fratura. O sucesso do tratamento foi confirmado aos 6 meses
de follow-up, com o paciente apresentando uma abertura bucal de 42 mm. O resultado deste caso sugere que o
uso de miniplacas é uma alternativa viável para FMM em casos específicos.

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211 – FRATURAS DO PROCESSO CONDILAR DA MANDÍBULA:


ANÁLISE PROSPECTIVA DE 131 PACIENTES ATENDIDOS
EM PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE UM HOSPITAL PÚBLICO
TERCIÁRIO

Autores: FERNANDA HERRERA DA COSTA (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA);THIAGO HENRIQUE


MARTINS (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); JOÃO PAULO BONARDI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA); HEDELSON ODENIR IECHER BORGES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); GLAYKON ALEX
VITTI STABILE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Introdução: Dentre as fraturas dos ossos da face, as de côndilo mandibular são retratadas como o tipo mais
comum dentre as fraturas de mandíbula, com a frequência variando entre 10% a 40%. A etiologia se dá por
traumas diretos e indiretos, variando com o perfil sócio-ecônomico da população estudada. Dentre as filosofias
de tratamento mais aceitas, estão a não-cirúrgica com estabilização da oclusão dentária, restrição de dieta e te-
rapia funcional, ou cirúrgica com redução cruenta associado à fixação interna rígida. O objetivo deste trabalho
foi avaliar, por meio de um estudo prospectivo de 84 meses, o perfil epidemiológico de pacientes com fratura do
processo condilar da mandíbula, atendidos em um hospital público terciário, as modalidades de tratamento em-
pregadas, acidentes e complicações associados ao tratamento escolhido e os resultados funcionais obtidos. Foram
analisados 131 pacientes diagnosticados com fratura de côndilos mandibulares, sendo que 35 desses apresenta-
vam fraturas bilaterais, totalizando 166 fraturas condilares. O gênero masculino foi o mais acometido (81,0%); a
média de idade dos pacientes foi de 30,49 anos, variando de 6 a 77 anos. Os agentes etiológicos foram: acidentes
de trânsito (49,0%) , quedas da própria altura (24,0%) , agressão física (14,0%) , ferimento por projétil de arma
de fogo (5,0%) , acidentes desportivos (5,0%) e outros (2,0%). O tratamento cirúrgico foi realizado em 39,0% dos
casos, sendo o restante conduzido sem cirurgia. Dos 131 pacientes da amostra, 36 (22,0%) apresentaram quadro
clínico classificado com complicações decorrentes do tratamento, sendo essas temporárias ou não, como fístulas
salivares, paralisia facial, desvio durante os movimentos de abertura bucal e limitação da amplitude de abertura
bucal, má-oclusão dentária e infecção. O tratamento cirúrgico foi responsável por 75,0% das complicações re-
gistradas, entretanto a maior parte delas temporárias. A respeito das complicações permanentes, a limitação de
abertura bucal (42,0%) e o desvio de linha média mandibular durante abertura bucal (19,0%) foram as principais
sequelas permanentes encontradas, sendo estas decorrentes em sua maioria do tratamento não-cirúrgico. Con-
clui-se que a ocorrência de fraturas de côndilo mandibular segue um evidente padrão nos trabalhos presentes
na literatura, principalmente quando se diz respeito ao gênero, idade e etiologia, e que qualquer modalidade de
tratamento, seja ela cirúrgica ou não, deve ser planejada de modo individualizado para cada paciente, e indepen-
dente do protocolo a ser seguido, está sujeito a riscos e complicações inerentes a cada intervenção, as quais devem
ser abordadas de acordo com suas características clínicas.

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213 – RECONSTRUÇÃO DE PAREDE MEDIAL ORBITAL - RELATO


DE CASO.

Autores: LEONARDO LUCAS REINERT (*) (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL);GIULIANO
TEIXEIRA PACHER (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); ANTONIO EUGÊNIO MAGNABOS-
CO NETO (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); TIAGO STANGARLIN FORGIARINI (HOS-
PITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); JEAN FRANCISCO KIPPER (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO
JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL)

Introdução: Resumo: Introdução: As paredes mais comumente fraturadas da órbita são o assoalho e parede me-
dial e o reparo é indicado em casos de encarceramento muscular extra-ocular, diplopia, globo mal posicionado,
e significativa expansão de volume orbital, sendo a enoftalmia a base mais importante para reparo cirúrgico.
Objetivo: Apresentar um relato de caso de um paciente masculino, leucoderma, 62 anos, vítima de acidente náu-
tico, apresentando fratura de parede medial orbital à esquerda com comprometimento de movimentação ocular,
enoftalmia e diplopia.Metodologia: Ao exame físico verificou-se edema, equimose periorbital esquerda, quemose
e hemorragia transconjuntival, o paciente apresentava restrição de movimentaçao ocular, diplopia e enoftalmia
maior de 2mm. No exame de tomografia computadorizada evidenciou-se fratura de parede medial orbital com
encarceramento muscular e tecidual medial. Discussão: Com os avanços tecnológicos recentes em modalidades
de diagnóstico por imagem as fratura de paredes orbitais tem sido detectadas com uma maior frequências. Os
métodos de tratamento para as fraturas orbitais podem ser divididos em tratamento conservador e cirurgia. Con-
clusão: O uso de tomografia computadorizada é de suma importância no diagnóstico preciso de fraturas orbitais,
o tratamento cirúrgico quando indicado deve ser realizado o quanto antes possível para o retorno precoce dos
aspectos sensoriais, motores e morfológicos da região. Palavras chave: Órbita, fraturas orbitárias, fraturas ósseas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Raymond I. Cho, MD, FACS Brett W. Davies, MD. Combined Orbital Floor
and Medial Wall Fractures Involving the Inferomedial Strut: Repair Technique and Case Series Using Preshaped
Porous Polyethylene/Titanium Implants. Craniomaxillofacial Trauma and Reconstruction 2013. 2. Yun Sik Sung,
Chan Min Chung, In Pyo Hong. The Correlation between the Degree of Enophthalmos and the Extent of Fracture
in Medial Orbital Wall Fracture Left Untreated for Over Six Months: A Retrospective Analysis of 81 Cases at a
Single Institution. Archives of plastic surgery 2013. 3. Kim IT, Choi JB. Normal range of exophthalmos values on
orbit computerized tomography in Koreans. Ophthalmo- logica 2001;215:156-62. 4. Caranci F, Cicala D, Cappa-
bianca S, et al. Orbital fractures: role of imaging. Semin Ultrasound CT MR 2012;33:385- 91. 15. 5. Kim HW,
Kim YI, Won IK. Clinical analysis of blow-out fracture with ocualr motion limitation: comparison of surgi- cal and
conservative treatment. J Korean Ophthalmol Soc 1999;40:632-8. 16. 6. Kim SK, Chang HK. The clinical study
of treatment of blowout fracture. J Korean Ophthalmol Soc 1995;36:1629- 35.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

217 – LESÃO FACIAL OCASIONADA POR ARMA BRANCA –


RELATO DE CASO.

Autores: LEONARDO LUCAS REINERT (*) (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL);GIULIANO
TEIXEIRA PACHER (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); ANTONIO EUGÊNIO MAGNABOS-
CO NETO (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); TIAGO STANGARLIN FORGIARINI (HOS-
PITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL); MARCELA OLIVEIRA ANDRADE (HOSPITAL MUNICIPAL
SÃO JOSÉ, JOINVILLE - SC - BRASIL)

Introdução: Resumo: Introdução: Ferimentos dos tecidos moles da face assumem um papel de destaque no aten-
dimento à pacientes politraumatizados nas emergências, já que essas lesões podem comprometer definitivamen-
te a vida do ser humano, pois, quando mal abordadas, deixam sequelas, marginalizando o indivíduo do convívio
social, resultando, muitas vezes, em incapacidade de trabalho. Ferimentos são lesões resultantes de agressão
sobre as partes moles, provocadas por um agente traumático, acarretando dano tecidual, podendo ser superficiais
ou profundos. Em geral, causam dor e sangramento de intensidades variáveis, com risco de infecção local. Ob-
jetivo: Relato de caso de um paciente vítima de agressão por arma branca (facão) , apresentando fratura maxilar
e ferimento corto contundente extenso em região facial bilateral. Metodologia: Paciente do sexo masculino, 36
anos, leucoderma. Ao exame físico verificou-se edema facial generalizado, ferimento extenso transfixante bila-
teral, múltiplos cortes intra bucais, exposiçao maxilar com fratura e soltura da mesma. No exame de tomogra-
fia computadorizada evidenciou-se fratura maxilar à esquerda, pilares piriforme, zigomaticomaxilar. Discussão:
Embora o aspecto dos ferimentos faciais seja geralmente deformante, deve- mos considerar o paciente como um
todo, respeitando os princípios do atendimento inicial ao paciente traumatizado, priori- zando as lesões que pos-
sam causar risco de vida a ele. Estabelecidas as prioridades, deve-se avaliar a extensão da lesão, agente etiológico,
estado geral do paciente, além de identificar eventuais fraturas faciais. Antes de instituir uma terapêutica clíni-
co- -cirúrgica dos ferimentos faciais, deve-se garantir que o paciente não apresente le- sões que ponham sua vida
em risco. Conclusão: Os ferimentos faciais variam am- plamente na sua apresentação e com- plexidade, sendo
tratados de acordo com sua extensão, profundidade, grau de contaminação, agente etiológico e tempo do trauma,
devendo ser aborda- dos de forma especial, a fim de resti- tuir a função e estética do paciente. Os cuidados e co-
nhecimentos dos processos de reparação e cicatrização tecidual contribuíram para o desenvolvimento de técnicas
que proporcionam bons resultados. Palavras chave: Traumatismos faciais, maxila, ferimentos e lesões, fixação
interna de fraturas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Peterson LJ, Ellis E, Hupp JR, Tucker MR. Cirurgia oral
e maxilofacial contemporâ- nea. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. 2. DANTAS LF et al. Lesão de
tecidos moLes causada por arma branca – revisão de Literatura . Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo 2013; 25 (1)
: 40-6, jan-abr. 3. American CoS. Advanced trauma life support Chicago: ATLS; 2004; Available from. 4. Fonseca
RJ. Oral and maxillofacial surgery. Philadelphia: W. B. Saunders; 2000. 5. Miloro M. Princípios de cirurgia buco-
maxilofacial de Peterson. 2 ed. São Paulo: Santos; 2009.http://www.facs.org/trauma/atls/index.html.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

221 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS DO SEIO


FRONTAL: SÉRIE DE CASOS

Autores: PEDRO HENRIQUE DE AZAMBUJA CARVALHO (*) (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS);EDUARDO SOUZA ABDUCH RODRIGUES (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELO-
TAS); LETÍCIA KIRST POST (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); MARCOS ANTONIO
TORRIANI (HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS JÚNIOR
(HOSPITAL ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: As fraturas do osso frontal representam cerca de 5 a 15% das fraturas faciais, enquanto um terço
destas envolvem apenas a parede anterior do seio dois terços envolvem as paredes anterior e posterior e o ducto
nasofrontal. Essas fraturas frequentemente estão associadas a traumas de alto impacto e a etiologia mais comum
é o acidente automobilístico. Quando envolvem apenas a parede anterior a cirurgia é indicada nos casos com
prejuízo estético ou funcional. Já nos casos em que as paredes anterior e posterior estão envolvidas o tratamento
envolve uma equipe multidisciplinar com a presença do neurocirurgião, e varia conforme a complexidade, fra-
turas com paredes posteriores cominuídas muitas vezes necessitam de cranialização, com patência e obliteração
do ducto nasofrontal. Este trabalho visa apresentar 05 casos de fraturas de seio frontal. Três casos apresentaram
fratura cominuída da parece anterior e fratura da parede posterior do seio, estes pacientes foram tratados com
cranialização e suspensão da dura-máter. Foi realizado acesso coronal e na sequência a remoção dos fragmentos
cominuídos da parede anterior. Os fragmentos da parede posterior foram removidos e a dura-máter explorada.
Após recuperar a integridade da meninge, foi realizada ancoragem da mesma no osso sadio, em um dos casos a
parede anterior e a posterior foram utilizadas na reconstrução e a cavidade preenchida com enxerto de gordura
enquanto nos outros dois foi removido enxerto de calota craniana, nestes três casos o seio frontal foi curetado,
o ducto nasofrontal localizado e obliterado com surgicel e cola de fibrina e na sequencia os fragmentos recons-
truídos ou o enxerto foram recolocados e fixados com placas e parafusos de 1,5mm. Finalmente as placas foram
cobertas com cera óssea e a sutura do acesso realizada mantendo-se dreno a vácuo. Outros dois pacientes vítima
de acidente automobilístico apresentavam fratura da parede anterior do seio frontal, isolada em um dos casos e
combinada a fratura panfacial em outro, ambos sem evidência de fratura da parede posterior ao exame tomográfi-
co. Em ambos foi realizado acesso coronal para exposição da fratura, após o acesso um dos casos não apresentava
cominução extensa da fratura e os fragmentos fraturados foram osteotomizados para permitir a redução da fra-
tura e parafusos foram fixados aos fragmentos para reduzir a fratura que foi então fixada com placas e parafusos
de 1,5 mm. No outro caso a fratura apresentava grande cominução e associada a fratura do tipo Le Fort III, foi
utilizada malha de titânio e os fragmentos fixados nesta para reconstrução da parede anterior do seio e parede
medial da orbita direita, e corrigidas as outras fraturas da face. As suturas foram realizadas e dreno a vácuo foi
mantido por 48 horas. Todos os pacientes evoluíram bem, com melhora estética e sem queixas funcionais, com
follow up médio de 70,8 (± 50,6) dias.

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226 – REDUÇÃO TARDIA DE FRATURA CONDILAR BAIXA

Autores: WAGNER BREIT (*) (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE - EXÉRCITO);FERNANDO ZUGNO KULC-
ZYNSKI (POLICLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE - EXÉRCITO); ANACLÁUDIA PEREIRA COSTA FLORES (POLI-
CLÍNICA MILITAR DE PORTO ALEGRE - EXÉRCITO); RICARDO FERNANDES GARCIA (POLICLÍNICA MILITAR DE
PORTO ALEGRE - EXÉRCITO);

Introdução: Os autores relatam um caso clínico sobre o paciente do sexo masculino, com 19 anos de idade, que
sofreu um trauma facial e que apresentou fratura em sínfise mandibular e fratura condilar baixa no lado esquerdo.
O paciente veio encaminhado ao serviço de CTBMF da PMPA pela fisioterapeuta, uma vez que o mesmo já tinha
sido submetido a cirurgia para redução de fratura de sínfise há dois meses, porém com indicação de tratamento
conservador fisioterápico para a fratura do côndilo . Clinicamente o mesmo apresentava limitação de abertura de
boca e dor, fatos estes que o fizeram procurar outro serviço. A nossa conduta foi solicitação de tomografia atuali-
zada que mostrou que o côndilo estava posicionado medialmente em relação ao ramo mandibular, como também
estava acontecendo anquilose óssea, tanto do côndilo com o ramo mandibular e da superfície superior do ramo
com a fossa articular. O paciente foi orientado quanto à sua situação e após a sua anuência o novo tratamento
proposto foi feito e consistiu na redução cirúrgica da fratura condilar, com acessos submandibular e endaural e
colocação de placa e parafuso para a estabilização. No pré–operatório foi instalado ortodontia fixa para auxiliar
na consolidação do calo ósseo na posição correta após a cirurgia. O tratamento proposto para a fratura condilar
foi o cirúrgico, uma vez que as fraturas condilares baixas, com ângulo de inclinação maior do que quarenta e cinco
graus e com deslocamento para medial têm essa indicação bem descrita na literatura (referenciar). O resultado
obtido com a cirurgia aberta no nosso caso clínico, esta de acordo com os últimos estudos, que na comparação
entre a redução aberta com fixação rígida e somente bloqueio maxilomandibular, conseguimos obter uma melhor
abertura bucal, movimentos de lateralidade, movimento de protrusão, oclusão e menos sintomas de dor.

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230 – CORPO ESTRANHO IMPACTADO EM REGIÃO ORBITAL:


SÉRIE DE NOVE CASOS

Autores: ADRIANO LIMA GARCIA (*) (CENTRO INTEGRADO DE APERFEIÇOAMENTO);AUREMIR ROCHA MELO
(FOP-UPE); THIAGO DE SANTANA SANTOS (UNIT); PAULO ALMEIDA JÚNIOR (UNIT); EDWALDO DOURADO (FOP-
-UPE)

Introdução: Traumatismos orbitários com um corpo estranho podem provocar danos estruturais e funcionais
graves para os olhos ou o conteúdo orbital. O tratamento e o prognóstico dependem da composição, localização
e presença ou não infecção secundária. A apresentação clínica do corpo estranho orbitário é variável. Objetos
metálicos e de vidro são os mais frequentes e bem tolerados, enquanto corpos estranhos orgânicos podem provo-
car reações inflamatórias que levam a sérias complicações. É frequentemente difícil identificar e localizar corpos
estranhos orgânicos intraorbitais, apesar de modernos métodos de exames de imagem. Com o objetivo de ilustrar
e discutir o diagnóstico e tratamento deste tipo de lesão, este estudo apresenta uma revisão de nove casos de
corpos estranhos impactados na região orbital. Os dados coletados e seus respectivos resultados foram: idade
(média=31,4 anos) , gênero (masculino=100%) , etiologia (agressão física=33,3%; quedas=22,2%; acidentes com
arma de fogo=22,2%; outros=22,3%) , ocorrência de fratura (55,56%) , localização anatômica da fratura (órbita
direita: n=3; assoalho orbital direito: n=3; ápice orbital e esfenoide esquerdo: n=1; órbita esquerda: n=1; teto
da órbita esquerdo, etmoide e esfenoide esquerdo: n=1) , tipo de objeto (haste de madeira: n=5; fragmento de
rifle: n=2; guidão de motocicleta: n=1; serra: n=1) , sinais e sintomas (dor: n=9; amaurose: n=4; oftalmoplegia:
n=2, lesão cerebral: n=2) , tipo de exame de imagem utilizado (tomografia computadorizada=100%; radiografias
P.A. e lateral de face=33,3%) , acesso (mesmo trajeto da inserção objeto=100%; acesso coronal=22,2%; acesso
infraorbital=11,1%) , complicação trans-operatória (hemorragia: n=1) e a ocorrência de óbito (n=1). Ferimentos
provocados por corpos estranhos na região orbital podem ser tratados pela combinação da suspeita clínica, testes
de conhecimentos básicos de diagnóstico, habilidade e experiência do cirurgião. A soma de tais fatores leva à
redução do risco de iatrogenia em relação ao risco inerente de retenção intraorbitária de corpo estranho orgânico.

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244 – UTILIZAÇÃO DO PARAFUSO DE CARROL GIRRARD NO


TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS DO COMPLEXO
ZIGOMÁTICO

Autores: HÉRICKSON DE OLIVEIRA NASCIMENTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS);RICARDO BESSA


VIANA NOGUEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); MARCUS ANTÔNIO BRÊDA JÚNIOR (FOP- UNIVER-
SIDADE DE PERNAMBUCO); LUCIANO SCHWARTZ LESSA FILHO (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES (UNIT)
); MARCELO MAROTTA ARAUJO (HOSPITAL POLICLIN / CLÍNICA DR. ANTENOR ARAÚJO)

Introdução: Resumo Utilização do parafuso de Carrol Girrard no tratamento cirúrgico de fraturas do complexo zigomá-
tico Serviço: Hospital Policlin / Clínica Dr. Antenor Araújo O zigoma é um osso quadrangular que fornece a projeção
lateral anterior da parte central da face. O zigoma articula-se com os ossos frontal, temporal, maxila e esfenoide nas
suturas zigomaticofrontal, zigomaticotemporal, zigomaticomaxilar e zigomaticoesfenoidal. Essas suturas articuladas
são áreas de fragilidade e, portanto, os sítios mais comumente fraturados. A fratura do complexo zigomático pode nor-
malmente envolver o rompimento das quatro suturas. As fraturas do terço médio da face incluem aquelas que afetam
a maxila, o zigoma e complexo naso-órbito-etmoidal. De tal forma que o tipo mais comum de fraturas do terço médio
da face é a do complexo zigomático. Os sinais e sintomas geralmente associados às fraturas do complexo zigomático
são: crepitação óssea no vestíbulo bucal, principalmente na área do pilar zigomático; equimose e edema periorbitários;
equimose subconjuntival; hipoestesia do nervo infra-orbitário; epistaxe unilateral; degrau no rebordo orbitário infe-
rior; degrau na sutura fronto- zigomática e assimetria facial. Podem estar presentes sinais e sintomas de fraturas das
paredes orbitárias e limitação de abertura bucal. Knight e North, classificaram as fraturas do complexo zigomático com
base nos desvios apresentados pelo zigoma em : sem rotação, com rotação medial, com rotação lateral e cominutiva.
O exame por imagem de maior valor consiste na tomografia computadorizada, porém a radiografia em posição de
Waters fornece elementos suficientes para o diagnóstico em fraturas mais simples sem alteração funcional, embora a
sutura frontozigomática não seja bem visualizada. A projeção de Cadwell é útil na avaliação da rotação ( ao redor do eixo
horizonatal ) e a projeção submentovértex é útil na avaliação do arco zigomático e projeção malar. De acordo com AO
Surgery Reference, o tratamento de fraturas do complexo zigomático pode ser realizado com três abordagens: fechada,
aberta sem reconstrução orbital e aberta com reconstrução orbital. Nos casos expostos, foi escolhido o tratamento
aberto com reconstrução orbital e fixação de três pontos: sutura frontozigomática, borda orbital inferior e pilar zigomá-
tico. O acesso escolhido para os referidos casos foi o acesso com abordagem transcutânea da pálpebra, onde segundo
AO Surgery Reference, existem três modos, subciliar, subtarsal e infraorbital, sendo que, o escolhido para o caso foi o
acesso subciliar. Para redução do complexo zigomático dos referidos casos, foi usado o parafuso de Carrol Girard, o qual
corroborou de maneira adequada na estabilização tridimensional, devolvendo a anatomia e funcionalidade do comple-
xo fraturado. Este relato de dois casos vem expor a funcionalidade e eficácia do uso do parafuso de Carrol Girard, no
tratamento de pacientes que sofreram trauma com fratura do complexo zigomático, com resultado estético e funcional
satisfatórios.

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254 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA ORBITÁRIA


BLOW-OUT PURA: RELATO DE CASO

Autores: HUMBERTO PEREIRA CHAVES NETO (*) (UFRN);ANTONIO BRUNNO GOMES MORORÓ (UFRN); PETRUS
PEREIRA GOMES (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN)

Introdução: As fraturas blow-out acometem exclusivamente o assoalho e/ou a parede medial orbitária, normal-
mente nos pontos mais fracos dessas paredes, como a porção situada medialmente ao canal infra-orbitário no
assoalho e a lâmina papirácea do etmoide na parede medial. A fisiopatologia é incerta, mas é explicada por duas
teorias, a teoria hidráulica, onde a força é transmitida através do impacto no globo ocular, o qual sofre retropro-
pulsão e eleva a pressão intra-orbital. Esta pressão é transmitida à parede medial ou inferior, enquanto a borda
orbitária permanece intacta. E a teoria do impacto direto da força na borda orbitária, que é transmitida para a
parede de menor espessura, causando a fratura. O objetivo desse trabalho é relatar e discutir um caso clínico
de blow-out reconstruído com malha de titânio. O paciente A.R.M.F, 24 anos, gênero feminino, compareceu
ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Onofre Lopes - UFRN,
queixando-se de visão dupla após ter sido vítima de atropelamento por carro. Ao exame físico, leve distopia, não
se observou sinais de enoftalmo, sem restrições dos movimentos oculares e boa acuidade visual. A tomografia
computadorizada evidenciou fratura de assoalho orbital esquerdo com herniação do conteúdo orbital para o seio
maxilar. A paciente foi submetida à cirurgia sob anestesia geral para a reconstrução do assoalho orbital com tela
de titânio através do acesso subciliar. Após acesso ao assoalho da órbita foi realizado o desencarceramento dos
tecidos orbitais herniados para o interior do seio maxilar, em seguida a tela de titânio foi devidamente recortada,
adaptada e fixada com parafusos do sistema 1.5 mm. Atualmente a paciente encontra-se com 15 meses de pós-
-operatório com regressão total da diplopia.

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257 – TRATAMENTO DE FRATURA COMINUTIVA DE


MANDÍBULA POR PAF: RELATO DE CASO

Autores: VANESSA LORENA DO NASCIMENTO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO - UNIVER-


DADE DE PERNAMBUCO);STEFANNY TORRES DOS SANTOS (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); DANIELLA CRIS-
TINA DA COSTA ARAÚJO (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); THALLES MOREIRA SUASSUNA (HOSPITAL GETÚLIO
VARGAS); JOAQUIM CELESTINO DA SILVA NETO (ORIENTADOR) (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS)

Introdução: As fraturas que acometem a mandíbula podem ser classificadas em várias formas, e uma delas é a fratura
cominutiva. Esta consiste em uma única região que é comprometida de maneira múltipla, apresentando um ou mais
fragmentos intimamente relacionados na fratura. A mandíbula, apesar de ser um osso resistente e pesado, está sujeita
a essas fraturas por se localizar na região inferior da face. o propósito principal do tratamento é restabelecer a oclusão
e a função mastigatória. Tem-se duas linhas de tratamento, a de forma conservadora e a cirúrgica. O tratamento con-
servador, conhecido como Redução Fechada consiste na utilização do bloqueio maxilomandibular (BMM) , por até 7
dias, e associado à fisioterapia pós-operatória. Este tipo está mais indicado para pacientes com presença de elementos
dentários, tanto na maxila quanto na mandíbula. A barra de Erich é um instrumento fundamental para uma boa es-
tabilização primária, bem como para o BMM rígido, apresentando uma técnica de instalação relativamente simples,
com resultados positivos. As fraturas cominutivas grosseiras são, via de regra, melhor tratadas pela redução fechada,
porque as técnicas abertas iriam comprometer o suprimento sanguíneo dos pequenos fragmentos ósseos e levar a uma
probabilidade aumentada de infecção, (Michael Miloro, 2008). Já em relação ao tratamento cirúrgico, estão sendo mais
utilizados a medida em que os sistemas de fixação foram melhorados. É realizada uma redução cirúrgica da fratura e
posterior fixação, através do uso de miniplacas e parafusos de titânio, lag screw ou fios de Kirschner, (SUGIURA, 2001).
A fixação interna rígida (FIR) , que pode ser intra ou extrabucal, tem sido mais empregada em relação à osteossíntese
a fio de aço, visto que a mesma promove a consolidação óssea primária sem a necessidade de BMM no pós-operatório,
resultando em maior benefício para o paciente. Este tratamento cruento está indicado quando há presença de fraturas
instáveis, propensas ao desvio; fraturas expostas intra ou extrabucais; portadores de algum tipo de comprometimento
psiquiátrico, crises convulsivas, dentição mista ou edêntulos totais superior e inferior sem as próteses totais. O objeti-
vo desse trabalho é relatar um caso clínico, onde será discutida a história de um paciente do Hospital Getúlio Vargas,
que apresentou fratura cominutiva de mandíbula por PAF, na região próxima ao ângulo mandibular. O paciente FJC,
melanoderma, 24 anos de idade, deu entrada no Hospital Getúlio Vargas com história de agressão por PAF. Ao exame
físico, verificou-se várias lesões em face e pescoço. Ao exame de imagens tomográfico, observou-se a fratura cominu-
tiva na região de ângulo esquerdo da mandíbula. A partir do diagnóstico, foi realizado o procedimento cirúrgico com
abordagem estética para a região de fratura. O tratamento escolhido foi o cirúrgico extrabucal. Portanto, para fraturas
de mandíbula no geral, deve-se analisar a situação do paciente e escolher a forma adequada de tratamento para cada
paciente específico. Vale ressaltar que, quando se tem fratura de ângulo mandibular, o paciente queixa-se de contato
prematuro na região posterior da maxila, o que impede o fechamento normal da boca.

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288 – ABORDAGEM CIRÚRGICA DE SEQUELA DE FRATURA


PANFACIAL: RELATO DE CASO

Autores: THALLYS EMANNUEL FERREIRA CLEMENTE (*) (UFRN);HAROLDO ABUANA OSÓRIO JÚNIOR (UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UFRN); JOSÉ SANDRO PEREIRA DA SILVA (UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES
(UFRN)

Introdução: São denominadas fraturas panfaciais ou complexas da face, quando o terço superior, médio e inferior
são atingidos concomitantemente, que com frequência estão associadas a outras lesões sistêmicas as quais neces-
sitam de tratamento primário, protocolo esse que de certa forma prolonga o tratamento definitivo das mesmas.
A face abriga estruturas ósseas complexas que estão diretamente relacionadas a vários órgãos, como respiração,
visão e audição. A presença de um trauma facial pode ocasionar não só a perda de continuidade anatômica,como
também resultar em lesões aos tecidos moles e deformidades funcionais e estéticas permanentes. O objetivo
desse trabalho é apresentar um caso clínico de paciente portador de fratura panfacial que envolveu os três terços
da face. Paciente do gênero feminino, 40 anos, procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DOD-HUOL) ,vítima de acidente automobilístico resultando
em inúmeras fraturas em terço superior, médio e inferior da face, apresentando sequelas. As fraturas foram
tratadas com redução aberta e fixação interna rígida. No transoperatório fez-se uso da traqueostomia, devido à
necessidade do bloqueio maxilo-mandibular e as acesso as fraturas de NOE. O diagnóstico preciso e um plano de
tratamento individualizado de fraturas de face é fundamental para o restabelecimentoda função e estética facial
satisfatória. O acompanhamento clínico é imprescindível para todos os casos, pois suas complicações e sequelas
podem gerar déficits sensoriais e, por vezes, funcionais. A terapêutica cirúrgica empregada mostrou-se eficaz com
bom alinhamento ósseo e resultados pós-operatórios satisfatórios.

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291 – USO DE PMMA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO EM


FRATURA DE OSSO FRONTAL – RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: PAULA RIZERIO D’ANDREA ESPINHEIRA (*) ();CARLOS VINICIUS AYRES MOREIRA (); BRAULIO CARNEI-
RO JÚNIOR (OSID/UFBA); ROBERTO ALMEIDA DE AZEVEDO (OSID/UFBA);

Introdução: As fraturas dos ossos da face geram complicações tanto estéticas quanto funcionais quando não tra-
tadas adequadamente e em um curto intervalo de tempo. A cortical externa do seio frontal é a porção envolvida
com mais frequência nos casos de solução de continuidade do frontal e a fratura pode resultar em uma desar-
monia facial importante e evidente. A ausência tratamento acarreta o surgimento de sequelas e repercussões
psicológicas e sociais. A abordagem tardia das fraturas requer um planejamento adequado considerando a pos-
sibilidade de remodelação óssea, dificultando consideravelmente a redução satisfatória dos fragmentos. Sendo
assim, é importante a consideração de um substituto ósseo para reconstrução destes defeitos, e o polimetilmeta-
crilato ou PMMA se classifica no grupo de materiais aloplásticos mais utilizados para as cirurgias reparadoras e
reestabelecimento do contorno frontal. Dentre suas vantagens podem ser citadas o baixo custo, a mínima reação
inflamatória, boa disponibilidade e a adaptação excelente ao contorno dos defeitos. O presente trabalho propõe
o relato de caso de um paciente do sexo masculino, 29 anos, que procurou o serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial OSID/UFBA, com queixa principal estética quanto à perda de projeção frontal. O planejamento
considerou o acesso coronal e o uso de PMMA, sendo este material modelado e aplicado diretamente sobre o
tecido ósseo (técnica direta). O paciente foi acompanhado no pós operatório sem apresentar complicações.

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292 – INCIDÊNCIA DE PNEUMOENCÉFALO ASSOCIADO AO


TRAUMA DE FACE

Autores: SAMARA ANDREOLLA LAZARO (*) (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO);RENATO SAWAZAKI (UNIVERSI-
DADE DE PASSO FUNDO); MATEUS GIACOMIN (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); GABRIELA CAOVILLA FELIN
(UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO); FERDINANDO DE CONTO (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO)

Introdução: O pneumoencéfalo é a presença de ar na cavidade craniana. Habitualmente ocorre com a fratura de


crânio-facial com ruptura da dura-máter . Esta entidade patológica pode aumentar o risco de dano neurológico e
gravidade do trauma. Objetivo: Analisar a taxa de pneumoencéfalo em pacientes com trauma de face, determinar
qual tipo de fratura facial é mais comumente associado aos casos de pneumoencéfalo, se existe essa correlação em
casos de traumatismo crânio-encefálico e trauma de face e identificar o perfil do individuo que apresentou esta
entidade patológica. Materiais e Métodos: Foi desenvolvida uma revisão de laudos tomográficos e prontuários
de pacientes que foram atendidos no Hospital da Cidade, na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil,
no período de 1º de Julho de 2009 a 31 de Julho de 2014. A partir dos prontuários foram analisados aqueles que
apresentaram diagnóstico de traumatismo crânio-encefálico (TCE) , trauma facial (TF) e politrauma (PT) que fo-
ram submetidos à tomografia computadorizada, com a finalidade de identificar os indivíduos que apresentaram
pneumoencéfalo. Resultados: Apenas 55 indivíduos apresentaram TF associado ao TCE. A incidência de pneu-
moencéfalo correspondeu a 27,3%. Dos indivíduos com pneumoencéfalo, 66,7% apresentavam trauma de órbita,
sendo que, foi encontrada uma associação entre trauma de cavidade orbitaria e pneumoencéfalo (p= 0,050) , e
correlação entre as variáveis (r= -0,261, p=0,050). Conclusão: Pacientes do gênero masculino, na faixa etária
de 10-39 anos, vítimas de acidentes de trânsito, politraumatizados, são o grupo mais propenso a desenvolver
pneumoencéfalo. Quanto maior cinética do trauma, maior a probabilidade de apresentar injúrias no complexo
crânio-maxilofacial. As fraturas de cavidade orbitarias são as mais correlacionadas com o pneumoencéfalo devido
a proximidade anatômica craniofacial onde as paredes laterais e superiores, podem, potencialmente, se comuni-
carem com a cavidade craniana após um trauma.

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304 – FERIMENTO POR ARMA DE FOGO COM PROJÉTIL EM


SOALHO DE ÓRBITA:
RELATO DE CASO

Autores: THAISA DE BARROS LOBO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);YURI EDWARD DE SOUZA DAMAS-
CENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI DA SILVA PIMENTA (HOSPITAL UNIVERSI-
TÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); HÉLDER ANTÔNIO REBELO PONTES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE
BARROS BARRETO); NICOLAU CONTE NETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Por ser uma localização anatômica comumente exposta a região maxilofacial é frequentemente ví-
tima de traumas craniofaciais seja por conflitos pessoais ou acidentes cotidianos e que devem ser tratados com
significativa importância pela proximidade com estruturas anatômicas relevantes, por afetarem fisica e psico-
logiamente o paciente e pela possibilidade de causar deformidades estéticas e sequelas funcionais irreversíveis.
Tais traumas podem caracterizar lesões de pequena abrasão a fraturas extensas sendo dependentes de sua causa
(acidentes de trânsito, acidentes esportivos, agressão física, ferimento por arma branca, ferimento por arma de
fogo, etc.). Os ferimentos por arma de fogo (FAF) recebem atenção especial, pois, além de causarem destruição
dos tecidos no seu trajeto, há a liberação de energia cinética aos tecidos vizinhos. Caracterizado como ferimento
pérfuro-contuso, o FAF pode ser penetrante ou perfurante, quando resulta em retenção do projétil dentro do
tecido injuriado ou quando há um ferimento de entrada e outro de saída, respectivamente. O relato de caso tra-
ta-se de um paciente do sexo masculino, 33 anos, atendido no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência
de Belém do Pará, pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, vitima de ferimento por arma de
fogo, apresentando retenção de projeto em região periorbitaria esquerda, evidenciado pelo exame tomografico.
Foi submetido a procedimento cirúrgico para remoção de projetil com posterior reconstrução de soalho de orbita
com tela e parafusos de titânio. O tratamento do paciente vítima de FAF é primordial para um bom prognóstico
tendo como pré-requisito uma equipe multidisciplinar variando de acordo com a sua extensão, profundidade,
grau de contaminação, agente etiológico e tempo do trauma. A primeira fase do tratamento se caracteriza pela
verificação das funções vitais do paciente através da manutenção hermodinâmica e das vias aéreas. Após sua
estabilização, exames de imagem como a tomografia computadorizada e a angiografia são realizados quando se
pretende visualizar a localização do projétil e extensão da fratura e quando há comprometimento de vasos. O tra-
tamento específico da lesão varia de acordo com suas características, sendo responsabilidade do cirurgião optar
pela melhor conduta, dentre elas, profilaxia antibiótica, vacinação antitetânica, tratamento da infecção, debrida-
mento de tecidos desvitalizados, reconstrução dos tecidos moles e duros, redução e fixação de segmentos ósseos.
Como mencionado anteriormente, o prognóstico do paciente vítima de FAF é dependente de fatores como a
qualificação técnica da equipe, o tempo decorrido entre o trauma e o início do tratamento e o acompanhamento
pós-operatório.

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305 – FERIMENTO EM FACE POR ARMA BRANCA:


RELATO DE CASO

Autores: THAISA DE BARROS LOBO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);YURI EDWARD DE SOUZA DAMAS-
CENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI DA SILVA PIMENTA (HOSPITAL UNIVER-
SITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); THIAGO BRITO XAVIER (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS
BARRETO); WENDER LUIS BARROSO TAVARES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: Os acidentes que ocorrem diariamente trazem como consequência vítimas com grau e tipos de lesões
distintas e é de extrema importância ter o conhecimento da correta abordagem que deve ser realizada para cada
paciente. A região craniofacial é comumente acometida por tais lesões, muitas delas resultado de ferimento por
arma branca ou de fogo. Por se tratar de uma área nobre, deve ser dada atenção especial ao tratamento com a
finalidade de restabelecer ou preservar a função e a estética do paciente. Dentre os tipos de ferimentos faciais,
o ferimento corto-contuso é causado por objetos que apresentam mecanismo de corte e, ao mesmo tempo, são
contundentes, caracterizando os ferimentos por arma branca (FAB). Os FAB podem resultar em diferentes in-
júrias como laceração em tecido mole, laceração em tecido mole e fratura do tecido ósseo e laceração em tecido
mole e fratura do tecido ósseo com retenção de corpo estranho na região. Visando um melhor prognóstico para o
paciente, uma abordagem adequada multidisciplinar requer conhecimentos como o tipo de lesão em tecido mole
da face (levando em consideração sua profundidade, complexidade e contaminação) , a anatomia craniofacial, o
tempo de espera para o tratamento, a correta manipulação dos tecidos moles e a imunização do paciente contra o
tétano, além do auxílio de exames de imagem. O risco de comprometimento de funções vitais envolvendo o nível
de consciência, respiração e a circulação, exige uma atenção redobrada na abordagem inicial do paciente vítima
de FAB e nos casos onde o corpo estranho permanece na lesão este não deve ser removido inicialmente devido
ao risco de hemorragia. Dentre os diversos tipos de armas brancas existentes com potencial causar ferimento, o
terçado é uma das mais comuns no estado do Pará. Relato de caso da paciente M. N. C. C., sexo feminino, 84 anos,
vítima de ferimento por arma branca (terçado) em região geniana esquerda a bucinadora direita, apresentando
fratura de osso zigomático esquerdo e maxila direita. Foi realizada cirurgia de osteossíntese das fraturas utili-
zando miniplacas e parafusos de titânio do sistema 2.0. Os FCC’s foram suturados internamente com vycril 3-0,
pele com nylon 5-0 e septo nasal com prolene 3-0. Foi administrado antibiótico cefalotina pré e pós operatório e
realizada imunização contra o tétano. Acompanhamento satisfatório de 1 ano da paciente.

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306 – CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO DAS FRATURAS DE


CÔNDILO MANDIBULAR

Autores: LÍVIA MARIA VIDIGAL QUINTÃO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA);JANE DE FREITAS
REIGOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA); JOÃO PAULO MARINHO DE RESENDE (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE JUIZ DE FORA); LUCAS NARDELI MONTEIRO DE CASTRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE
FORA); EDUARDO STEHLING URBANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)

Introdução: O presente estudo teve como objetivo classificar as fraturas do côndilo mandibular de acordo com o
seu tratamento e relatar dois casos clínicos, um tratado de forma cirúrgica e outro de forma conservadora, anali-
sando as indicações e contraindicações do tratamento cirúrgico e conservador, bem como as vantagens e desvan-
tagens. O processo condilar é uma área frágil da mandíbula, que geralmente sofre fraturas por trauma indireto,
quando a sínfise ou o corpo da mandíbula são atingidos. O tratamento das fraturas condilares pode ser conser-
vador, utilizando técnicas de bloqueios maxilomandibulares (BMM) e também cirúrgico, consistindo em uma re-
dução aberta e fixação óssea com placas e parafusos de titânio ou fio de aço. No entanto, não existe um consenso
quanto à indicação da melhor terapêutica, uma vez que depende de fatores como idade do paciente, localização
da fratura, grau e direção de deslocamento do segmento fraturado, fraturas de face associadas, assimetria facial
em repouso e durante a abertura de boca, ausência ou presença de dentes, facilidade em estabelecer a oclusão,
presença de corpo estranho, o estado geral do paciente e complicações pós-tratamento. Recomenda-se interven-
ções cirúrgicas (tratamento aberto) em fraturas com luxação, para o restabelecimento da dimensão vertical; em
casos nos quais os pacientes apresentam considerável comprometimento estético e/ou funcional, com limitação
dos movimentos mandibulares ou severas alterações na oclusão. Já o tratamento conservador (fechado) é indi-
cado principalmente em fraturas sem luxação do côndilo, com desvio ou sem desvio significativo com o ramo da
mandíbula. As fraturas do processo condilar merecem atenção especial devido à controvérsia de tratamento. O
procedimento terapêutico será sempre individualizado, levando-se em consideração a história clínica, exame físi-
co do paciente, as condições que ocorreram a fratura e os exames de imagem. Além disso, os riscos inerentes ao
procedimento deverão ser ponderados, bem como a fisioterapia pós-operatória por um longo período, que é fun-
damental para o sucesso do tratamento, tanto cirúrgico, quanto conservador. As dissecções cirúrgicas minuciosas
para os casos cruentos minimizam as sequelas vasculares e nervosas decorrentes dos procedimentos cirúrgicos.

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312 – TRATAMENTO DE FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA


EM PACIENTE SISTEMICAMENTE COMPROMETIDO: RELATO
DE CASO CLÍNICO

Autores: ÂNGELO NIEMCZEWSKI BOBROWSKI (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS);GILBERTO LEAL


GRADE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); LETÍCIA KIRST POST (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS);
MARCOS ANTONIO TORRIANI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS); OTACÍLIO LUIZ CHAGAS JR. (UNIVERSI-
DADE FEDERAL DE PELOTAS)

Introdução: As Fraturas de Mandíbula Atófica apresentam um desafio único para o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial
devido as dificuldades associadas à redução e imobilização que comumente podem resultar em um falta de união
óssea. Normalmente, estas fraturas ocorrem em indivíduos mais velhos em que a osteogênese é diminuída, o
risco operatório é significativo e os fatores locais relacionados com a atrófia, como osso cortical denso e forneci-
mento inadequado de suprimento sanguineo, contribuem para aumentar a dificuldade do tratamento. O objetivo
deste relato é apresentar um caso de fratura de mandíbula atrófica em corpo bilateral em paciente sistemicamente
comprometido e uma breve revisão de literatura, uma vez que a baixa incidência destas fraturas resulta em falta
de experiência e confronto entre os cirurgiões no manejo desses pacientes. Paciente Z.M.P., 69 anos, gênero fe-
minino, leucoderma, foi encaminhada ao serviço de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
devido à fratura bilateral de corpo de mandíbula atrófica após ter sido vítima de atropelamento por motocicleta.
Ao exame físico, apresentava edema e equimose em região submentoniana, submandibular bilateral e em lábio
inferior, mobilidade entre os segmentos fraturados. Paciente Diabética Tipo I e em tratamento para Hipertensão
Arterial e Insuficiencia Cardíaca Congestiva. Tomograficamente observou-se mandíbula extremamente atrésica
e deslocamento da fratura. Foi submetida a osteossíntese da fratura com placa de recontrução (sistema 2.4) via
acesso submandibular bilateral. No pós-operatório a paciente evolui bem, não apresentando sinais de compli-
cação após 4 meses de acompanhamento. A utilização de uma abordagem aparentemente mais “agressiva” para
tratar as fraturas da mandíbula atrófica pode ser mais “conservadora” do que uma abordagem menos invasiva.
Mesmo quando apresentam idade avançada e/ou co-morbidades clínicas associadas, os pacientes toleraram bem
a cirurgia e passam bem no pós-operatório.

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318 – ACESSO CORONAL PARA TRATAMENTO CIRÚRGICO


DE FRATURA DE PAREDE ANTERIOR DE SEIO FRONTAL
DECORRENTE DE ACIDENTE DESPORTIVO – RELATO DE CASO
CLÍNICO

Autores: WALLYSON LUIS MAUES DA FONSECA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);DIEGO PACHECO
FERREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); RADAMÉS BEZERRA MELO (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); WILLY FERNANDES DE MEDEIROS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI EDWARD DE SOUZA DAMASCENO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE
BARROS BARRETO)

Introdução: As fraturas do osso frontal são um problema pouco comum, quando comparadas aos demais tipos
de fraturas faciais. A fratura pode afetar a parede anterior ou posterior, com ou sem envolvimento do ducto na-
so-frontal. O osso frontal está localizado em uma área de estruturas importantes, tanto estruturas vitais como
estruturas estéticas, deste modo o tratamento dessas fraturas se faz de extrema importância. As fraturas do seio
frontal normalmente estão associadas ao trauma de grande impacto, sendo a maioria dos casos associados a aci-
dentes de trânsito, tendo uma menor parcela dessas fraturas se apresentam oriundas de acidentes desportivos.
As abordagens dessas fraturas mais comuns são via acesso translesional, supraciliar ou por acesso coronal, sendo
este último acesso vantajoso para a equipe de cirurgia na medida que possibilita uma melhor visibilidade do sítio
da fratura no momento da cirurgia. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de fratura de pare-
de anterior de seio frontal decorrente de acidente desportivo (Taekwondo) com abordagem por acesso coronal
e tratado com fixação interna estável pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital
Universitário João de Barros Barreto no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

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330 – FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO COM


ROTAÇÃO LATERAL: RELATO DE CASO

Autores: MARIA CATARINA DA COSTA NETA (*) (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS);DANIELLA CRISTINA DA COSTA
ARAÚJO (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); STEFANNY TORRES DOS SANTOS (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS);
THALLES MOREIRA SUASSUNA (HOSPITAL GETÚLIO VARGAS); DAVID MORAES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE
DO PERNAMBUCO)

Introdução: O complexo zigomático, em razão da sua posição projetada na face, é sede frequente de trauma-
tismos e, depois do nariz, é a estrutura óssea facial mais sujeita a fraturas. Considerando que a forma da face é
influenciada pelo esqueleto ósseo, o complexo zigomático-orbitário e o arco zigomático têm um papel importante
no contorno facial. A lesão desta área específica da face pode gerar comprometimentos funcionais e / ou estéti-
cos importantes. Isso se deve também ao íntimo relacionamento do complexo zigomático-orbitário com outras
estruturas da face, como a órbita, o arco zigomático e a mandíbula, tornando seu tratamento, em diversos casos,
essencial para a restauração funcional e estética. Os principais sinais e sintomas que são identificados nestes ti-
pos de fraturas são: dormência no território de inervação do nervo infraorbitário, epistaxe, assimetria facial por
afundamento da região zigomática, equimose subconjuntival, edema e hematoma palpebral, degrau em região
infraorbitária, edema e equimose em mucosa jugal, degrau em pilar zigomático e diplopia. O tratamento tem va-
riado desde o conservador até a redução aberta e fixação interna rígida de diferentes áreas. A decisão para a inter-
venção deveria basear-se nos sinais, sintomas e possíveis alterações funcionais, porém a maioria dos cirurgiões
recomenda a redução e fixação dos segmentos fraturados em fraturas do complexo zigomático com deslocamento
significativo. O diagnóstico e tratamento precoces, em geral, oferecem a melhor oportunidade para restauração
funcional e estética. Entretanto, lesões não diagnosticadas ou traumas não buco maxilo faciais concomitantes,
com risco de morte, poderiam levar ao atraso do tratamento. O presente trabalho tem como objetivo relatar um
caso clínico de fratura do complexo zigomático-orbitário com rotação lateral atendido em um serviço de emer-
gência na cidade do Recife-PE.

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345 – LUXAÇÃO CONDILAR PÓSTERO-SUPERIOR PARA O


INTERIOR DA FOSSA CRANIANA MÉDIA: RELATO DE CASO

Autores: ANTONIO DIONIZIO DE ALBUQUERQUE NETO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE ALAGOAS (FOUFAL) );THAISA REIS DE CARVALHO SAMPAIO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (FOUFAL) ); LUCIANO LEOCÁDIO TEIXEIRA NOGUEIRA (HOSPITAL OS-
WALDO CRUZ, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HOC/FOP-UPE) ); JOSÉ
RODRIGUES LAUREANO FILHO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (FOP-U-
PE) ); PEDRO THALLES BERNARDO DE CARVALHO NOGUEIRA (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSI-
DADE DE PERNAMBUCO (FOP-UPE) )

Introdução: A luxação da articulação temporomandibular é uma situação que não é incomum, no entanto sua
apresentação para o interior da fossa craniana média é rara. Dados os mecanismos de segurança oferecidos pela
morfologia dos componentes da articulação temporomandibular. Alterações desta morfologia e função masti-
gatória facilitam sua ocorrência. Acomete principalmente indivíduos jovens e do gênero feminino. Devido seu
aspecto clínico semelhante ao de uma fratura condilar unilateral, deve ser feito tal diagnóstico diferencial. Sua
fisiopatologia implica em alterações neurológicas graves que podem levar o indivíduo ao óbito, tais como: lesões
a estruturas nervosas (nervo facial e vestibulococlear) , hematoma epidural/subdural, lacerações da dura-máter,
concussão/contusão cerebral, drenagem de liquido cefalorraquidiano, aumento da pressão intracraniana e coma.
Alguns fatores influenciam diretamente no plano de tratamento, o intervalo de tempo entre o trauma e a abor-
dagem, presença de alterações neurológicas e os achados imaginológicos quanto ao encarceramento condilar. A
abordagem poderá ser feita de forma fechada sob anestesia geral, aberta com craniotomia associada e por meio de
uma condilotomia. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de paciente do gênero masculino, 27 anos
de idade, vítima de acidente moto-ciclístico que cursou em trauma na região mentoniana e TCE grave. Ao exame
físico e imaginológico foi verificada fratura do teto da fossa glenoide e deslocamento intracraniano do côndilo
mandibular. O paciente evoluiu com alterações neurológicas advindas de hematoma subdural que culminou no
óbito. Em casos como este a abordagem conjunta com a equipe de neurocirurgia se faz necessária. Mesmo na
ausência do sucesso clínico do caso, devido atraso no encaminhamento do mesmo, procede-se a necessidade de
discussão dos diferentes mecanismos implicados no mesmo.

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356 – USO DO RETALHO FRONTONASAL NO TRAUMA DE FACE:


RELATO DE CASO

Autores: PLÍNIO NOBRE DE ASSIS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) );CHRISTOPHER CADETE
DE FIGUEIREDO (ESPECIALIZAÇÃO EM CTBMF PELO SINDICATO DOS ODONTÓLOGOS DA PB); BEETHOVEN
SOARES DE CASTRO FILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) ); LEONARDO COSTA DE ALMEIDA
PAIVA (STAFF DO SERVIÇO DE CTBMF DO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCE-
NA); ()

Introdução: O trauma de face é uma entidade bastante comum, devido à posição anteriorizada que a mesma
ocupa e constantemente exposta a agressões de diversas ordens e magnitudes. Os tecidos e órgãos contidos na
face podem ter variadas lesões com comprometimentos estéticos e/ou funcionais. Dentre as lesões no trauma
de face, as contusões e lacerações são as mais comuns. Objetivo: Relatar o uso de um retalho local, o frontonasal,
como tratamento de um ferimento corto-contuso, com perda de substância, na região de dorso nasal. Relato
de caso: Depois de realizado exame físico e descartado fratura dos ossos da face, foi feito o planejamento para
o tratamento do ferimento. Foi realizada lavagem abundante com soro fisiológico e demarcação da incisão com
lápis cirúrgico. Após o planejamento, foi realizada antissepsia com PVPI tópico, aposição de campo cirúrgico e
anestesia terminal infiltrativa (com aspiração) com Lidocaína a 2% e adrenalina 1:200.000. A escolha do lado do
pedículo foi deita de modo a proporcionar uma melhor rotação do retalho. A incisão foi feita com bisturi a frio
(lâmina nº15) , com incisão de apenas pele e tecido subcutâneo, com deslocamento superficial ao músculo, no
sentido do pedículo e posteriormente a pele foi rebatida. O descolamento foi feito com auxílio de uma tesoura de
ponta romba e a hemostasia feita por compressão. Discussão: Dentre as opções de tratamento para as lacerações
de tecido mole temos: fechamento primário, cicatrização por segunda intenção, enxerto de pele e retalho local.
O fechamento primário deve, sempre que possível, ser a primeira opção para tratamento. Em casos de lacerações
com perda de substância, o fechamento se torna inviável devido a alta tensão das bordas da ferida e risco de
necrose. Cicatrização por segunda intenção são tratamentos simples e barato, porém restrito a pequenas perdas
de substância e em áreas pouco estéticas, devido ao resultado não estético. Enxertos necessitam de um segundo
tempo cirúrgico, aumentando o risco de infecções, morbidade, além de risco de necrose, já que o suprimento
sanguíneo é bastante limitado. O retalho regional proporciona excelentes resultado estéticos e funcionais, pois
possuem cor e textura semelhante com a pele perdida, além de manter irrigação sanguínea quando movidos. O
retalho frontonasal constitui uma excelente forma de tratamento para defeitos nasais. Considerações finais: Esse
tipo de retalho é uma opção, relativamente simples, que demanda poucos custos e que possui uma ótima resolu-
ção funcional e estética. Descritores: Lacerações, Retalho, Traumatismos Faciais.

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369 – REVISÃO DE LITERATURA DE FRATURA DE CÔNDILO


MANDIBULAR

Autores: ERONILDIA NASCIMENTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÀ - FACULDADE DE ODONTOLOGIA);-


THIAGO BRITO XAVIER (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
EM CTBMF); RAFAEL LOPES QUADROS DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PRO-
GRAMA DE RESIDÊNCIA EM CTBMF); CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS
BARRETO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM CTBMF); WENDER LUIS BARROSO TAVARES (HOSPITAL UNIVERSI-
TÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM CTBMF)

Introdução: O côndilo, componente mandibular, que forma, juntamente com a fossa e eminência articular do
temporal, a articulacão temporomandibular, apresenta uma grande frequência dentre as fraturas faciais, isso
pode ser explicado devido seu formato anatômico, onde possui um colo mais afinado, que, quando em caso de
impacto é levado a fratura-se; e por sua localização, estar numa posição mais proeminente, o que lhe permite
receber grande parte dos traumas do terço inferior da face. Este trabalho tem como objetivo avaliar através da
revisão de literatura, as classificações e as formas de tratamento para cada tipo das fraturas de côndilo. As fraturas
do côndilo se caracterizam por desconforto articular, dor, edema, limitação da abertura bucal, desvio ao abrir a
boca, mudança da oclusão; presença de sangue no canal auditivo; dor à palpação; ausência de movimento condilar
à palpação, dentre outros sintomas. E podem ser classificadas de acordo com a posição anatômica e o seu grau de
deslocamento ou luxação. Para o diagnóstico, além da análise das características clinicas, são necessários exames
complementares, onde serão percebidos o grau da fratura, conduzindo assim, a escolha da forma de tratamento.
Em vista disso, o resultado de um tratamento satisfatório depende do diagnóstico e da classificação das fraturas.
E o tratamento das fraturas de côndilo mandibular é fundamental na restauração da função da articulação tem-
poromandibular, no ajuste da oclusão e simetria facial.

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370 – REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO EM FACE COM O


AUXÍLIO DE MONITOR FACIAL PARA PRESERVAÇÃO DO NERVO
FACIAL RELATO DE CASO

Autores: ZINALTON GOMES DE ANDRADE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS);GUSTAVO CAVAL-


CANTE DE ALBUQUERQUE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS); JEAN GLAYDSON DE SOUZA FIALHO
(HOSPITAL MILITAR DE MANAUS);

Introdução: Agressão física e lesões por arma branca em face, normalmente, não colocam a vida do paciente em
risco, porém, causam sérios prejuízos funcionais devido rica vascularização e inervação como os ramos do nervo
facial e trigêmeo, além de danos estéticos e psicológicos. São considerados traumatismos penetrantes devido as
características da ação e do tipo de ferimento, o exame físico associado ao imaginológico são indispensáveis para
tomada de decisão terapêutica. O objetivo desse trabalho é de relatar o caso de A.M.F, 38 anos, gênero masculino,
leucoderma, hipertenso, chegou ao serviço de pronto atendimento em urgência e emergência do Hospital Adven-
tista de Manaus, relatando ter sido vítima de agressão física (garrafada) , apresentando escoriações, hematomas,
ferimento edemaciado corto contuso em região de abdômen e face lado esquerdo seguido de sangramento espon-
tâneo em orofaringe. Paciente encaminhado a UTI para estabilização do quadro e solicitada avaliação do serviço
de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Ao exame clinico observamos déficit motor no lábio superior
esquerdo. Na análise de exame tomográfico (TC) observou-se presença em grande quantidade de corpo estranho
alojado no tecido muscular e tegumentar em face lado esquerdo, seguido de edema pronunciado e ausência de
fratura. Após 72hs de internação em UTI para estabilização de quadro geral, foi realizada, sob anestesia geral,
cirurgia exploratória para desbridamento de ferida com remoção de estilhaços, com auxílio da monitorização
neurofisiológica intraoperatória para mapeamento, identificação e preservação do nervo facial, seguido de repo-
sicionamento de tecidos moles, sutura e curativo obtendo resultados estéticos e funcionalmente satisfatórios.

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422 – RELATO DE CASO: FÍSTULA CARÓTIDA CAVERNOSA APÓS


TRAUMA FACIAL.

Autores: MATHEUS DANTAS DE ARAÚJO BARRETTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NOR-
TE - UFRN);LUANA MARIA FERREIRA NUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN);
ADRIANO ROCHA GERMANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN); JOSÉ SANDRO
PEREIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN); PETRUS PEREIRA GOMES
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN)

Introdução: As fístulas carótido-cavernosas (FCC) representam condições clínicas infrequentes que são carac-
terizadas pela comunicação anômala entre a carótida interna (ACI) ou seus ramos e/ou os ramos da carótida
externa (ACE) com o seio cavernoso gerando uma abrupta mudança na direção e distribuição do fluxo sanguíneo
cérebro-orbitário. O seio cavernoso tem proximidade anatômica com inúmeras estruturas vasculares, nervosas e
anatômicas importantes da face. Assim, devido a essa proximidade é que as complicações pela comunicação são
geradas. Barrow et al (1985) classificou as FCC em quatro subtipos (A, B, C e D) de acordo com o suprimento
arterial dessas comunicações permitindo definir adequadas estratégias terapêuticas para cada caso em particu-
lar. De maneira didática, as fístulas podem ser diretas ou indiretas, mas clinicamente, manifestam-se de forma
semelhante. O padrão clínico clássico dessas fístulas é formado pela tríade: sopro pulsátil, propotose e quemose.
A avaliação imaginológica inicial das FCC pode ser feita através da tomografia computadorizada (TC) e da res-
sonância nuclear magnética, contudo, o padrão ouro para avaliação da FCC é angiografia cerebral. O tratamento
de escolha para as FCC é a abordagem endovascular emergencial a qual objetiva o bloqueio do sítio fistuloso,
redução da pressão venosa e melhora da sintomatologia. Esse trabalho faz o relato de caso de um paciente do gê-
nero masculino, 32 anos de idade, o qual relatou acidente motociclístico 3 dias anteriores à consulta. O paciente
buscou o serviço de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da UFRN, queixando-se de inchaço e dor no olho.
O exame clínico revelou a presença de quemose, oftalmoplegia, amaurose, hemorragia subconjuntival, equimo-
se periorbitária, proptose, dor e ruído durante ausculta. O paciente foi encaminhado ao setor de oftalmologia,
cujo parecer não relatou alterações no arcabouço ósseo da cavidade orbitária. A angiografia constatou a dilatação
da artéria oftálmica superior, dilatação do seio cavernoso e da ACI esquerdas. Com base nos achados clínicos e
imaginológicos, o paciente foi submetido a tratamento cirúrgico com abordagem endovascular para embolização
do seio cavernoso esquerdo. O procedimento de embolização se deu através da utilização de coils e ocorreu sob
sedação profunda com acesso através da artéria femoral esquerda. O paciente foi acompanhado durante o pós-
-operatório e apresentou melhora significativa do quadro clínico. Dois anos de após o procedimento, o paciente
não relata dor, observou-se ausência de proptose e discreta ptose palpebral. Assim, o presente trabalho objetiva
relatar um caso clínico de FCC após trauma facial além de trazer uma breve revisão da crítica da literatura à cerca
do diagnóstico e tratamento dessas comunicações.

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433 – REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO EM FACE: RELATO DE


CASO

Autores: MARIA CLARA LOPES DE ALMEIDA (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO);CÉ-
LIO ARMANDO COUTO DA CUNHA JUNIOR (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); CAIO DE
ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); YURI DA SILVA PIMENTA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); JENNIFER SANZYA SILVA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O conhecimento acerca da impacção de objetos na região maxilofacial é de extremo valor, devido
ao potencial de morbidade que apresentam. A faixa etária de maior acometimento é de 19 a 30 anos, do gênero
masculino, por estarem mais expostos aos fatores desencadeantes a exemplo temos o uso de álcool, a agressão e
assaltos. Os ferimentos por corpos estranhos na região maxilofacial podem ser causados por objetos em baixa ou
alta velocidade, sendo os de alta velocidade geralmente ocasionados por arma de fogo, e os de baixa velocidade
por armas brancas. Os tratamentos dessa modalidade de ferimentos devem ser pautados em um exame clínico
apurado, e exames complementares eficazes, usualmente a tomografia computadorizada, afim de indicar a retira-
da do corpo estranho sob condições de baixo risco a complicações e melhor resposta pós operatória. Este trabalho
tem por objetivo apresentar o caso do paciente de iniciais B.M.O.F, sexo masculino, 34 anos, atendido pela equipe
de Cirurgia e Traumatologia do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência da região metropolitana de
Belém do Pará com histórico de acidente motociclístico, sem uso de capacete, com histórico de ingestão de bebida
alcoólica, apresentando presença de corpo estranho em fossa infra-temporal direita. Ao exame clínico observou-
-se tratar da manete de freio da motocicleta. O objeto foi removido sob anestesia geral pois estava impactado
entre o processo coronoide da mandíbula e o arco zigomático, dentro da fossa infra-termporal. Após a cirurgia o
paciente realizou fisioterapia para abertura bucal pois apresentava limitação funcional pós-trauma. Atualmente o
paciente encontra-se sob acompanhamento de 01 ano sem queixas e sem déficits.

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436 – TRATAMENTO DE FRATURA MÚLTIPLA DE MANDÍBULA


ATRÓFICA VIA ACESSO TRANSCERVICAL: RELATO DE CASO

Autores: HENRIQUE DE CARVALHO PETEAN (*) (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO);VINICIUS TATSUMOTO
FAVARINI (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO); ROGÉRIO DE ALMEIDA SILVA (HOSPITAL GERAL DE VILA
PENTEADO); FELIPPE ALMEIDA (HOSPITAL GERAL DE VILA PENTEADO); DANIEL DA PAIXÃO UYEDA (HOSPITAL
GERAL DE VILA PENTEADO)

Introdução: Tratamento de fratura múltipla de mandíbula atrófica via acesso transcervical: Relato de caso Trau-
mas faciais em pessoas idosas são decorrentes principalmente de queda de própria altura. A fratura em mandíbula
atrófica é comum devido à sua posição proeminente, menor maleabilidade óssea e menor capacidade desse osso
de dissipar forças. Isso ocorre devido à perda do osso alveolar, diminuição da porção orgânica e osso trabeculado,
fragilizando a estrutura óssea mandibular. Nos idosos há diminuição da vascularização óssea, menor número de
células osteogênicas e desaceleração do metabolismo, os quais tornam a reparação óssea mais lenta. As doenças
sistêmicas comuns nessa população, como o diabetes melito e osteoporose, também prejudicam a cicatrização
óssea. O tratamento das fraturas pode ser realizado com abordagem incruenta, quando há pouco deslocamento
entre os cotos ósseos com o uso de próteses dentárias. Em caso de fratura com grande deslocamento, a abor-
dagem cruenta, com fixação interna estável é preferida. A fragilidade óssea da mandíbula atrófica requer maior
rigidez do material de fixação. Fratura múltipla mandibular que necessita de redução e fixação interna estável
requer abordagem ampla, com múltiplos acessos ou um acesso de grande extensão. Paciente feminina, 81 anos,
procurou o serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial relatando queda em escada com trauma em
face há 3 dias, não apresentando trauma crânio-encefálico, com queixa de dor em região mandibular e dificuldade
de abertura bucal. Ao exame físico observou-se edentulismo total, mandíbula atrófica, degraus ósseos palpáveis
com mobilidade em corpo mandibular direito e esquerdo, hipoestesia em região topográfica de nervo alveolar
inferior esquerdo. O diagnóstico foi de fratura múltipla de mandíbula localizada bilateralmente em corpo. O
tratamento executado foi a redução mais fixação interna estável com duas placas de reconstrução do sistema
2.4, e seis parafusos do sistema 2.4 bloqueantes em cada uma, através do acesso transcervical. A cirurgia não
teve intercorrências, bons resultados funcionais e estéticos foram alcançados e permaneceram satisfatórios até o
acompanhamento de 5 meses. O acesso transcervical é efetivo para abordagem de fratura múltipla de mandíbula,
pois permite máxima exposição das fraturas, manipulação e fixação dos cotos facilitada, menor chance de danos
às estruturas nobres devido à melhor visualização do campo cirúrgico e localização da incisão, e menor tempo
cirúrgico do que quando realizado múltiplos acessos menores.

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442 – CONDUTA DE PSEUDOANEURISMA PÓS-TRAUMÁTICO EM


ARTÉRIA MAXILAR - RELATO DE CASO

Autores: MAYRA AMARAL DOS SANTOS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);THIAGO BRITO XAVIER (HOS-
PITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); NICOLAU CONTE NETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO
DE BARROS BARRETO); WALDNER RICARDO SOUZA DE CARVALHO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BAR-
ROS BARRETO); VICTOR HUGO GUERREIRO AMÉRICO GOMES (HOSPITAL METROPOLITANO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA)

Introdução: Pseudoaneurisma em artéria maxilar é uma complicação vascular rara. Para nossos conhecimentos,
poucos casos são relatados na literatura. Esta lesão vascular comumente é confundida com abcesso ou hematoma.
Pulsações e auscultação são manobras para diagnóstico diferencial. O rompimento da lesão causa significativa
morbidade ao paciente. O trabalho tem por objetivo salientar a importância de um diagnóstico precoce, conduta
adequada e acompanhamento por uma equipe multidisciplinar de especialistas, através de relato de caso de injú-
ria por arma de fogo, resultando em pseudoaneurisma em artéria maxilar direita, o qual foi diagnosticado através
de tomografia computadorizada com contraste e subsequentemente tratado por conduta de ressecção cirúrgica.

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487 – INCIDÊNCIA DO TRAUMATISMO DE FACE DECORRENTE


DE ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS EM PACIENTES ATENDIDOS
EM UM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA E TRAUMA

Autores: DERYCK ANTONNY DE SOUSA HENRIQUES (*) (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA);KAIANE TAVA-
RES PONTES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA); FELIPE ALEXANDRE DE ARAUJO NETO (UNIVERSIDADE
ESTADUAL DA PARAIBA); TAMARA MARJORIE TARGINO DOS S. L. B. DE MEDEIROS (UNIVERSIDADE ESTADUAL
DA PARAIBA); RAFAEL GROTTA GREMPEL (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA)

Introdução: Os acidentes motociclísticos têm aumentado nos últimos anos. Eles atingem um grande número de
vítimas e são considerados um grave problema de saúde pública no Brasil. Em geral, essas vítimas apresentam
quantidade considerável de lesões na face consequentes da enorme exposição e pouca proteção nesta região. Le-
sões resultantes de eventos traumáticos podem ocasionar deficiências e incapacidades temporárias ou permanen-
tes, que interferem na qualidade de vida dos acidentados e, até mesmo o óbito. Objetivo: Este trabalho tem por
finalidade analisar características pertinentes aos traumatismos faciais em motociclistas, vítimas de acidentes de
trânsito, atendidos em um Hospital de Emergência e Trauma, no período compreendido entre janeiro de 2011 e
dezembro de 2012. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo observacional, transversal e retrospectivo, em
que foram analisados 757 prontuários que pertenciam à área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. As
variáveis analisadas foram: gênero, faixa-etária, etiologia do trauma, presença de fratura facial região da fratura
facial, uso de dispositivo de segurança (capacete) , tipo de tratamento, tempo de internação. Os dados coletados
foram submetidos à análise estatístico-descritiva. Resultados: Do total de 757 pacientes, 377 foram referentes a
acidentes motociclísticos (49,8%). Destes, observou-se que 354 apresentavam fratura facial (93,8%). Quanto ao
gênero, o masculino totalizou 354 casos (93,9%). A faixa etária mais acometida foi dos 20 aos 29 anos (43,7%).
O padrão único de fratura facial foi mais prevalente no osso zigomático (30,7%) , seguido da mandíbula (12,9%).
Entre as fraturas simples em mandíbula, as regiões de sínfise e corpo foram as mais acometidas (34,7% e 32,6%,
respectivamente). A respeito do tipo de tratamento, 88,9% dos casos foram cirúrgicos. O uso de dispositivo de
segurança (capacete) foi verificado em oito pacientes (2,1%) , demonstrando que a maioria (53,6%) da amostra
não fez uso do capacete. Um total de 260 pacientes permaneceu internado de 0 a 7 dias (69,1%). Conclusões: As
informações obtidas permitiram conhecer a natureza e alguns fatores relacionados aos acidentes com motociclis-
tas, além de atestar que o envolvimento facial nos traumas físicos decorrentes das colisões é considerável. Assim,
fica clara a necessidade de mais educação e fiscalização no trânsito. Palavras-chave: Motocicletas. Traumatismos
Faciais. Epidemiologia.

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496 – REABILITAÇÃO ORAL APÓS FRATURA COMINUTIVA DE


CORPO DE MANDÍBULA POR PAF: RELATO DE CASO.

Autores: ANTONIO PERGENTINO NUNES NETO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ);RICARDO AUGUSTO
CAVALCANTE ARRAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ); RICARDO FRANKLIN GONDIM (INSTITUTO JOSÉ
FROTA); NEY ROBSON BEZERRA RIBEIRO (INSTITUTO JOÉ FROTA); ARIEL VALENTE BEZERRA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ)

Introdução: Com o aumento da violência nos grandes centros urbanos, cresce também o índice de traumas ma-
xilofaciais ocasionados por projétil de arma de fogo (PAF). Na região facial, esses traumas acometem principal-
mente a mandíbula com predomínio de fraturas cominutivas. O tratamento cirúrgico nos pacientes com lesões
por PAF é necessário em aproximadamente 3 a cada 4 casos e, quando realizado de maneira precoce, apresenta
melhores resultados funcionais e estéticos. Este trabalho tem o objetivo de relatar a reabilitação após o trata-
mento cirúrgico de um caso de fratura de mandíbula por projétil de arma de fogo onde se optou pelo tratamento
emergencial definitivo.Paciente FSCN, 27 anos, gênero masculino, foi admitido no serviço de emergência do
Instituto Dr. José Frota de Fortaleza, portando trauma por PAF em face. Após o inicial seguindo diretrizes do
ATLS, foi realizado o exame clínico- radiográfico, constatando a presença de fragmentos do projétil alojados na
região da língua e assoalho bucal, fratura cominutiva dos processos alveolares da região acometida, fratura do
corpo da mandíbula e perda dos elementos dentários 44, 45 e 46. Sob anestesia geral, foi realizada limpeza aten-
dimento cirúrgica, bloqueio maxilomandibular, redução dos cotos mandibulares e fixação interna rígida (FIR)
com sistema 2.4 mm locking. Após 2 meses de acompanhamento pós-operatório, o paciente apresentou oclusão
satisfatória, tecidos moles em boas condições cicatriciais e ausência de queixas funcionais, estando apto a realizar
a reconstrução óssea da região alveolar. Foi realizada reconstrução dessa região com osso autógeno removido do
ramo mandibular esquerdo e sínfise mentoniana bilateral em bloco e particulado. Foi utilizado tela de titânio e
membrana de colágeno para que a estabilização e proteção do enxerto fossem obtidas, respectivamente. Após
acompanhamento de um ano, foram instalados 3 implantes osseointegráveis cônicos de 8mm. O paciente encon-
tra-se na fase protética de seu tratamento.

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521 – TRATAMENTO DE FRATURA DE MANDÍBULA POR ARMA


DE FOGO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: FRANCISCO PAULO ARAUJO MAIA (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY–UFPB);ANÍBAL
HENRIQUE BARBOSA LUNA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY–UFPB); EDUARDO DE ALMEIDA
SOUTO MONTENEGRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY–UFPB); NATÁLIA LINS DE SOUZA (HOS-
PITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY–UFPB); PEDRO EVERTON MARQUES GOES (HOSPITAL UNIVERSITÁ-
RIO LAURO WANDERLEY–UFPB)

Introdução: As lesões causadas por arma de fogo (PAF) são consideradas das mais difíceis injúrias tratadas pelas
equipes multidisciplinares de trauma. Traumas gerados no esqueleto craniofacial podem causar morbidade sig-
nificativa, devido a energia cinética transferida do projétil, comprometendo várias estruturas vásculo–nervosas.
O tratamento ideal das fraturas causadas por PAF é controverso nos termos de tempo e técnicas reconstrutivas.
Por essas razões, a avaliação sistemática e plano de tratamento são necessários. O objetivo desse trabalho é re-
latar o caso clínico de um paciente vítima de PAF, com fratura cominutiva de ramo e ângulo mandibular direito
associada a lesão vascular. Paciente FGRJ, 19 anos, sexo masculino, admitido no Hospital Estadual de Emergên-
cia e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa–PB, vítima de PAF em face, com orifício de entrada
em região geniana direita e saída em zona III cervical ipsilateral. Durante o atendimento primário foi realizado a
rafia de veia jugular interna para posterior tratamento cirúrgico bucomaxilofacial, com a utilização de bloqueio
maxilo–mandibular, placa de reconstrução e miniplacas de titânio. O paciente evoluiu de forma satisfatória, com
restabelecimento de altura facial e oclusão. Conclui–se que o tratamento das fraturas ocasionadas por PAF po-
dem ser tratadas de várias formas, dependendo do tempo de tratamento e grau de destruição gerado aos tecidos
pelos projéteis.

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537 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA BLOWOUT:


RELATO DE CASO

Autores: PLÍNIO NOBRE DE ASSIS (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) );CHRISTOPHER CADETE
DE FIGUEIREDO (SINDICATO DOS ODONTÓLOGOS DA PB); ADRIANO DUARTE QUINTANS (SINDICATO DOS
ODONTÓLOGOS DA PB);

Introdução: O segmento craniofacial é uma das partes do organismo mais expostas a traumas; em especial o seg-
mento facial, que por ser mais anteriorizado e conter a maioria dos órgãos sensoriais, torna o trauma facial uma
entidade bastante comum. As fraturas orbitárias isoladas correspondem de 4 a 10% de todas as fraturas faciais.
Se incluídas as fraturas associadas com o complexo zigomático e naso-orbitoetmoidais, a prevalência passa a ser
de 30 a 55% de todas as fraturas faciais. As fraturas do tipo blowout são as que acometem exclusivamente a pare-
de medial e/ou assoalho orbitário, sendo raros os casos isolados e provocam, muitas vezes, alterações estéticas e
funcionais. Objetivo: Relatar o tratamento de um caso de fratura do tipo blowout. Relato de caso: Paciente vítima
de acidente doméstico, por queda em banheiro, apresentando trauma contuso de face em órbita esquerda, rela-
tando alteração visual com quadro de diplopia e dor à palpação e sem outros sintomas associados. Optou-se por
redução aberta, utilizando o acesso infrapalpebral e reconstrução do defeito com malha de titânio. No 2º dia de
pós-operatório, a paciente já não apresentava mais o quadro de diplopia. Discussão: As indicações de tratamento,
melhor momento para o tratamento cirúrgico, tipo de material utilizado na reconstrução e acesso cirúrgico, é bas-
tante controverso na literatura. Diversos fatores devem ser avaliados para a escolha do tipo de tratamento, inclu-
sive a habilidade do cirurgião e preferências individuais. A escolha pelo tratamento cirúrgico se deu, basicamente
por dois motivos: o quadro de diplopia e o visível defeito ósseo observado na tomografia computadorizada de
face. O acesso de escolha, além de permitir uma visualização mais abrangente da área, possui resultados altamen-
te estéticos, já que a incisão é feita nos sulcos naturais da face, apresentando cicatrizes imperceptíveis, além de
não formar queloides, já que a pele da região é muito delgada. O material utilizado para reconstrução foi a malha
de titânio, por ser uma material biocompatível, maleável, de fácil adaptação, por suportar as forças orbitárias sem
sofrer deformações, por ser uma material barato e bastante acessível. Considerações finais: Devemos analisar
cada caso de forma criteriosa, sempre procurando sanar os defeitos funcionais e estéticos e considerar as melho-
res opções para a resolução do caso. É de suma importância também, a colaboração do paciente no pós-operatório
para um melhor resultado estético. Descritores: Traumatismos Faciais, Traumatismos Oculares, Reconstrução.

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547 – TRATAMENTO DE FRATURA PANFACIAL:


RELATO DE CASO

Autores: YLRI HIROKATSU SATO (*) (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS / UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS);HECTON TOMOHIKO OLIVEIRA SATO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); GUSTAVO
CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); MARCEL KIYOSHI LIMA KIMURA
(HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS); JEAN GLAYDSON DE SOUZA FIALHO (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA
DE MANAUS)

Introdução: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) , os traumas estão entre as principais
causas de morte e morbidade no mundo. Todo ano 5,8 milhões de pessoas morrem por trauma no mundo, 32%
a mais que a soma das mortes por malária, AIDS e tuberculose. Neste contexto, as fraturas panfaciais, também
denominadas de fraturas múltiplas de face, representam as mais destrutivas e complexas afecções traumáticas
do esqueleto facial. A definição das fraturas panfaciais ainda é objeto de controvérsia na literatura. Outro ponto
que também divide opiniões dos especialistas é quanto ao manejo da redução das fraturas, uma vez que na maio-
ria dos casos não há estruturas estáveis disponíveis para usar como um ponto focal. Além do manejo extrema-
mente complexo das fraturas, este tipo de trauma apresenta graves consequências emocionais e grande impacto
socioeconômico. É objetivo deste trabalho relatar um caso de fratura panfacial de alta complexidade. Paciente
R.M.C.F. de 40 anos, gênero feminino, compareceu ao Serviço de CTBMF, vítima de tentativa de estupro seguido
de agressão física, relatando bastante dor, défict de acuidade visual e restrição no movimento de abdução lado
esquerdo. Ao exame físico constatou-se assimetria facial, principalmente no lado esquerdo da paciente, local mais
acometido pela agressão. O exame tomográfico revelou o quadro de fratura panfacial, com presença de fraturas
no complexo zigomático bilateral, corpo e ramo da mandíbula unilateral, soalho orbital entre outras estruturas.
Optou-se por tratamento cirúrgico sob anestesia geral, intubação submentoniana e monitorização intraopera-
tória do nervo facial através de potenciais evocados. . Foi feito então acesso aos sítios de fratura, exploração dos
locais afetados, redução e fixação interna rígida através de placas e parafusos de titânio, buscando promover
uma melhor reabilitação estético-funcional. Os objetivos propostos foram alcançados, devolvendo harmonia e
contorno facial ao paciente. O pós-operatório foi o esperado pela equipe de cirurgia, com edema compatível ao
procedimento e satisfação do paciente.

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561 – ABORDAGEM CIRÚRGICA DE FRATURA DE MANDÍBULA


POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO : RELATO DE CASO

Autores: RODRIGO TOSCANO DE BRITO (*) (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEI - UFPB);LUDMILA
SILVA DE FIGUEIREDO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEI - UFPB); DIEGO DANTAS MOREIRA DE
PAIVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEI - UFPB); PATRÍCIO JOSÉ DE OLIVEIRA NETO (HOSPITAL
DE EMERGÊNCIA E TRAUMA SENADOR HUMBERTO LUCENA); ANÍBAL HENRIQUE BARBOSA LUNA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEI - UFPB)

Introdução: O trauma ocasionado por meio de projéteis de arma de fogo pode gerar danos significativos aos teci-
dos moles e duros da face, com o predomínio de fraturas cominutivas, resultando no comprometimento estético
e funcional do paciente. O tratamento a ser instituído dependerá das características clínicas da lesão, que podem
variar de acordo com o tipo do projétil, deslocamento e velocidade, além das características dos tecidos envol-
vidos. Proposição: Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de fratura cominutiva de mandíbula
por projétil de arma de fogo (PAF) , de um paciente vitima de disparo acidental proveniente de uma arma popu-
larmente conhecida como “espingarda de soca”. Relato de caso: Paciente J.P.S, pardo, 23 anos, sexo masculino,
admitido no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HEETSHL) , na cidade de
João Pessoa-PB, vítima de PAF. Ao exame físico de face apresentava ferimento corto-contuso em região mentual,
já suturado, edema em região de terço inferior à direita e limitação de abertura bucal. Ao exame intra-oral, obser-
vou-se mobilidade óssea acentuada em região de corpo mandibular direito, ferimentos com áreas de tecido ne-
cróticos em região de mucosa jugal e assoalho de língua, perda dos elementos dentários 46 e 47 e mordida aberta
posterior do lado direito. Ao exame tomográfico visualizou-se fratura cominutiva da mandíbula, com soluções
de descontinuidade óssea em região de corpo mandibular direito. Foi instituído tratamento cirúrgico através de
redução aberta, realizando-se, inicialmente, acesso submandibular com exposição da área de cominução óssea,
seguido do bloqueio maxilo-mandibular, sendo necessária a simplificação da fratura com uma miniplaca reta do
sistema 2.0mm em base mandibular e posterior fixação dos cotos fraturados por meio de uma placa de recons-
trução reta do sistema 2.4mm. O paciente encontra-se em acompanhamento há 60 dias, evoluindo com boa
cicatrização dos ferimentos, abertura bucal satisfatória e leve disfunção do nervo facial. Considerações Finais: O
tratamento cirúrgico das lesões causadas por PAF em face, por meio de redução aberta e fixação interna funcio-
nalmente estável, possibilita uma melhor reabilitação, minimizando sequelas, resultando em uma menor taxa de
complicações.

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568 – PERFIL DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DOS TECIDOS MOLES


FACIAIS

Autores: JOSÉ RODRIGUES LAUREANO FILHO (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);LUIS FELIPE OLIVEIRA
MACIEL (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); DANIELLA CRISTINA DA COSTA ARAÚJO (UNIVERSIDADE DE PER-
NAMBUCO); MARIA LUÍSA SOARES RIBEIRO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); CAMILA LINS VIEIRA (UNIVER-
SIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Introdução: Este presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência e o perfil lesões de tecido mole na face
de pacientes atendidos no Hospital da Restauração- HR. Para compor a amostra foram selecionados 160 pacien-
tes com trauma de face atendidos na emergência de Cirurgia Bucomaxilofacial. Os dados foram obtidos a partir
de questionário, referentes aos dados pessoais, grau de instrução, hora do trauma, local do trauma, etiologia da
lesão, uso dos dispositivos de segurança, carteira de habilitação e se ingeriu bebida alcoólica. A outra parte da
coleta de dados se deu através do exame físico para verificar a presença das lesões nos tecidos moles faciais, sen-
do sua localização e aspecto registrados e documentados. Os traumatismos faciais ocorreram, preferencialmen-
te, em homem (81,9%) na fase adulto jovem (34,4%) , sendo a maioria decorrente de acidente automobilístico
(46,2%) e violência interpessoal (22,5%). A falta no uso de proteção adicional e a grande exposição ao trauma nos
pacientes que conduziam motocicletas permitiu uma maior possibilidade de ter alguma lesão no tecido mole fa-
cial e o consumo de álcool positivo, em 58%, um fator associado a todas as etiologias que potencializa a incidência
de casos. Os locais anatômicos mais comuns das lesões nos tecidos moles na face foram a região frontal (43,8%)
, lábio superior e inferior (20,6%) e a periorbitária (19,4%) , com maior parte do tipo corto-contundente (87%).
O tamanho das lesões em tecido mole variaram de 0,2 cm à 24 cm, 58,6% dos pacientes apresentaram lesão de
1,01- 5cm, 31,7% de 0,01- 1 cm, 7,9% de 5,01- 10cm e apenas 1,8% com mais de 10 cm. Fraturas dos ossos da
face foram positivas em 36,3% e fraturas dentais em 14,6%. Concluiu-se que as lesões de tecido mole acometem
principalmente indivíduos do gênero masculino em decorrência de acidentes de trânsito, sendo estas lesões va-
riáveis de 0,2 cm à 10 cm de tamanho, com predominância de uma lesão por paciente e a região mais acometida
foi a frontal. PALAVRAS-CHAVE: Traumatismos faciais, Lesão, Face.

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575 – FRATURA DE ARCO ZIGOMÁTICO POR QUEDA DA


PRÓPRIA ALTURA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA
LITERATURA

Autores: MARIA LUISA SOARES RIBEIRO (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);KAROLINE MARIA SANTOS DE
OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIAGO COELHO GOMES DA SILVA (UNIVERSIDADE
DE PERNAMBUCO); JEFFERSON DO NASCIMENTO LIMA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);

Introdução: O complexo zigomático-maxilar se apresenta no terço médio da face, sendo assim uma unidade esté-
tica e funcional do esqueleto facial. Em virtude da sua localização enquadra-se como uma das áreas mais atingida
por injúrias, vindo após, apenas, pelos ossos nasais. Os traumas relacionado à esse complexo geralmente resulta
em fraturas múltiplas, mas pode ocorrer uma fratura isolada do arco zigomático. O arco zigomático fratura-se sob
ação direta de forças em decorrência de sua estrutura frágil, resultando em perda da curvatura convexa normal.
Objetivo: Apresentar um caso clínico de um paciente com fratura de arco zigomático tratado por redução com
anestésico local por acesso de Keen. Relato de Caso: Paciente do gênero masculino, leucoderma, encaminhado
ao serviço de Cirurgia BucomaxiloFacial do Hospital da Restauração, com histórico de queda da própria altura e
cursou com fratura do arco zigomático simples (Classe II de KNIGHT e NORTH, 1961) , apresentando limitação
de abertura bucal e depressão visível na região de arco zigomático direito. Ao exame de imagem confirmou a
fratura. Realizou-se a redução da fratura pelo método de Keen (Intra-oral) , com a utilização de anestésico local
com vasoconstrictor. Na realização do procedimento foi utilizado uma tesoura hemostática curva pesada e fez-se
a redução do arco zigomático. Após 15 dias verificou-se excelente recuperação morfofuncional e estética. Conclu-
são: A técnica utilizada proporcionou ao paciente excelentes resultados estéticos e funcionais. Conseguindo uma
consolidação óssea satisfatória e não resultando em nenhuma complicação pós-operatória.

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576 – USO DE FIXADOR EXTERNO EM FRATURA COMPLEXA


DE MANDÍBULA CAUSADA POR ARMA DE FOGO: RELATO DE
CASO CLÍNICO

Autores: THYAGO MORAIS VICENTE DA SILVA (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO);KAROLINE MARIA SANTOS
DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA LUISA SOARES RIBEIRO (UNIVERSIDADE
DE PERNAMBUCO); CAMILA CARLA MARIA XIMENES OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); EMANUEL
DIAS DE OLIVEIRA E SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO)

Introdução: A violência e o uso indiscriminado das armas de fogo, independente da classe social, tornaram os
ferimentos por projétil de arma de fogo, comum nos grandes centros e geralmente acometem a região maxilofa-
cial, principalmente o terço inferior da face. Nos ferimentos por arma de fogo em face, predominam as fraturas
cominutivas em mandíbula e a presença de focos infecciosos. Apesar das diversas possibilidades para tratamento
das fraturas mandibulares, o uso de fixadores externos tornou-se uma opção válida principalmente nos casos de
fraturas complexas associadas ou não a um quadro infeccioso, mesmo sendo adaptados para o uso em face. O ob-
jetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de um paciente do gênero masculino, 27 anos, leucoderma víti-
ma de ferimento por arma de fogo em face com fratura cominutiva em região sinfisária de mandíbula, admitido
na Emergência do Hospital da Restauração – Pernambuco-PE e atendido pela equipe de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial. O tratamento proposto foi a redução incruenta da fratura e estabilização usando o sistema
ortopédico de fixação externa de punho.

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588 – FERIMENTO FACIAL EXTENSO EM TECIDO MOLE:
RELATO DE CASO

Autores: PRISCILLA SARMENTO PINTO (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA);EDUARDO DE ALMEIDA SOU-
TO MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA); FRANCISCO PAULO ARAÚJO MAIA (UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAIBA); ANIBAL HENRIQUE BARBOSA LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA); RODRIGO
TOSCANO DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA)

Introdução: Ferimentos são lesões que resultam de agressão sobre partes moles, provocadas por um agente trau-
mático, acarretando dano tecidual. Tais lesões causam dor e sangramento local. A abordagem nesses casos deve
ser imediata evitando assim possíveis perdas volêmicas consideráveis e infecções que podem ser desencadeadas
devido a um prolongado tempo de exposição dos tecidos, como também deve haver avaliação secundária para
observação de danos a estruturas nobres da região. Os ferimentos dos tecidos moles da face assumem um papel
de destaque no atendimento a pacientes politraumatizados nas emergências em gerais, já que essas lesões podem
comprometer definitivamente a vida do ser humano, pois, quando mal abordadas, deixam sequelas, margina-
lizando o indivíduo do convívio social, resultando, muitas vezes, em incapacidade de trabalho, condenando-o
ao segregamento econômico. Objetivo: Relatar um caso de um paciente atendido no Hospital de Emergência e
Trauma na cidade de João Pessoa-PB apresentando extensos ferimentos em face. Relato de Caso: Paciente RSF,
gênero masculino, 21 anos de idade, vítima de ferimentos por arma branca (foice). Ao exame físico de face, o
mesmo apresentava extensos ferimentos corto-contudentes envolvendo toda a face, com lesão grave de vasos,
nervos e do globo ocular esquerdo, que evoluiu com sangramento abundante, e comprometimento de vias aéreas.
Ao exame tomográfico visualizou-se múltiplas fraturas em região de face e crânio. Foi realizado procedimento de
urgência para manutenção de via aérea e o paciente encaminhado para o centro cirúrgico, onde, sob anestesia ge-
ral foram realizados procedimentos de hemostasia, higienização e debridamento da ferida com posterior sutura,
além de procedimento cirúrgico para evisceração do globo ocular, pela oftalmologia. Conclusão: Ferimentos fa-
ciais variam muito em apresentação e amplitude, necessitando de um conhecimento vasto por parte do Cirurgião
Buco-Maxilo-Facial para um adequado tratamento, partindo do pressuposto que o insucesso da conduta pode
trazer ao paciente consequências funcionais e estéticos, que implicarão na sua vida social.

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592 – FRATURA COMINUTIVA DE SÍNFISE E PARASSÍNFISE


MANDIBULAR – RELATO DE UM CASO CLÍNICO

Autores: HECTON TOMOHIKO OLIVEIRA SATO (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);JEAN GLAYD-
SON DE SOUZA FIALHO (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS); GUSTAVO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); YLRI HIROKATSU SATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZO-
NAS); MARCEL KIYOSHI LIMA KIMURA (HOSPITAL MILITAR DA ÁREA DE MANAUS)

Introdução: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os traumas estão entre as principais causas de
morte e morbidade no mundo. Nas últimas décadas houve um aumento significativo dos traumas crânio-ma-
xilo-faciais, sendo que a fratura de mandíbula ocupa o segundo lugar entre as fraturas dos ossos da face, com
incidência em torno de 38%³. O elevado índice de traumas de face encontrado nos dias atuais parece ter como
principal responsável a crescente violência urbana, representada por acidentes automobilísticos em número ex-
cessivo e as agressões físicas de diversas origens². Sendo a mandíbula o único osso da face que apresenta mobili-
dade e o restante fazendo parte do esqueleto fixo da face, a sua fratura não passa jamais despercebida. As fraturas
mandibulares podem levar a deformidades, sejam por deslocamentos ou perdas ósseas não-restauradas, com al-
terações de oclusão dentária ou da articulação temporomandibular (ATM) ³&#8242;&#8308;&#8242;&#8309;.
A redução aberta das fraturas de sínfise e parassínfise é indicada quando houver deslocamento, uma vez que,
se for uma fratura posicionada, pode-se usar, de forma eficaz, no tratamento fechado com odontossíntese e
bloqueio maxilomandibular. A imobilização óssea é importante no tempo de tratamento das fraturas mandi-
bulares. O uso de fixação interna rígida é tido como o tratamento padrão, mesmo nos casos de lesões cominu-
tivas&#8310;&#8242;&#8311;&#8242;&#8312;. Os principais objetivos nas abordagens cirúrgicas deste tipo
de fratura é obter uma oclusão estável, restaurar os movimentos mandibulares, minimizar o desvio mandibular,
promover uma articulação livre de dor em repouso ou em função, evitar o desarranjo interno da articulação
temporomandibular (ATM) do lado lesionado ou contralateral e evitar distúrbios, a longo prazo, no crescimento
de pacientes em desenvolvimento&#8313;. Paciente A. L. P, sexo feminino, 28 anos, farmacêutica – militar, es-
tava em São Gabriel da Cachoeira, quando sofreu acidente moto-ciclístico na ausência de capacete, acometendo
impacto na região de mento. Foi socorrida pelo serviço de emergência do Hospital Militar do Exército. Evacuada
pela equipe da aeronáutica, para o Hospital Militar da Área a de Manaus. Onde foi submetida tratamento cirúrgi-
co para redução das fraturas mandibulares. O procedimento foi então no Hospital Adventista de Manaus. Devido
à fisiopatologia variável dos acidentes traumáticos, não se indica um único padrão de tratamento para as fraturas
cominutivas. Seguindo um protocolo de fixação das partes fixas para as partes móveis, respeitando a anatomia
e simetria da paciente, foram utilizados parafusos e placas de titânio. Reabilitando-a estético e funcionalmente.

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617 – FRATURA NASO-ORBITO-ETMOIDAL: RELATO DE CASO.

Autores: WILKELLY ALVES DE LIMA (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);THIAGO BRITO XAVIER (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); WILLY FERNANDES DE MEDEIROS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO); CAIO DE ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRE-
TO); CÉLIO ARMANDO COUTO DA CUNHA JUNIOR (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: As fraturas naso-orbito-etmoidal (NOE) são traumas do terço médio da face que envolvem estruturas
complexas e delicadas. A região NOE representa uma intrincada estrutura esquelética pela confluência dos ossos
do nariz, órbita, maxila e etmoide. As fraturas podem ser classificadas como: tipo I, II e III de acordo com o grau
de cominuição e avulsão do ligamento cantal medial. Com frequência, ocorrem em traumas de alto impacto, des-
tacando-se acidentes automobilísticos. A pesquisa tem como objetivo apresentar um caso clínico de fratura NOE
e o tratamento utilizado. Paciente D.O.L, sexo feminino, etnia negra, 18 anos de idade sofreu acidente motoci-
clístico e compareceu ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em Belém, Pará. Ao exame clínico foi
identificado presença de extenso ferimento corto contuso (FCC) em região frontal, assimetria facial e anosmia.
Nos exames radiográficos há evidente descontinuidade óssea na região naso-orbito-etmoidal. A partir dos acha-
dos clínicos e radiográficos foram estabelecidos o diagnóstico e o plano de tratamento. A cirurgia foi realizada sob
anestesia geral, a redução e fixação das fraturas foram atingidas por meio de acesso direto através de ferimento
corto contuso em região fronto nasal e fixação de placas e parafusos de titânio. As fraturas localizadas no terço
médio da face são muito frequentes e ocupam o terceiro lugar dentre as fraturas faciais. Contudo, com o aumento
do uso de dispositivos de retenção e airbags em veículos automotivos, estudos evidenciam uma diminuição global
do número de casos. O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado o mais breve possível. Nesse prisma, é possível
estabelecer estratégias de tratamento a partir dos seguintes passos: identificação exata do tipo de fratura através
de um detalhado estudo tomográfico; redução anatômica precisa; e fixação funcionalmente estável com mini
ou microplacas. O reparo cirúrgico mostra-se difícil devido a alta prevalência de sequelas funcionais e estéticas
decorrentes do elevado índice de complicações. Com sequelas pós-trauma a vida do paciente é comprometida no
aspecto estético, social e psicológico. As fraturas NOE são, com frequência, difíceis de serem tratadas. A inter-
venção precoce mostra-se como um dos fatores determinantes para o sucesso do tratamento cirúrgico, de modo
a atender a exigência estética e funcional almejada.

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627 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DO COMPLEXO


ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO UTILIZANDO TELA DE MARLEX

Autores: ALEXANDRA ALVES ROCHA (*) (UNIEVANGELICA);ÍTALO CORDEIRO DE TOLEDO (HOSPITAL DAS CLÍ-
NICAS UFG); GIOVANNI GASPERINI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFG); BRUNO GOMES DA SILVA (HOSPITAL DAS
CLÍNICAS UFG); LUANNA CRISTINA MARTINS ARRUDA (UNIEVANGELICA)

Introdução: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO UTILI-


ZANDO TELA DE MARLEX Rocha AA*; Arruda LCM; Gasperini G; Silva BG; Toledo IC. Estudos de prevalência
das fraturas faciais indicam que as fraturas zigomático-orbitária são as mais comuns do terço médio da face,
juntamente com fraturas nasais. Com relação à etiologia, os acidentes automobilísticos são os mais frequentes.
Os principais sinais e sintomas que são identificados são: dormência no território de inervação do nervo in-
fraorbitário, epistaxe, assimetria facial por afundamento da região zigomática, equimose subconjuntival, edema
e hematoma palpebral, degrau em região infraorbitária, edema e equimose em mucosa jugal, degrau em pilar
zigomático e diplopia.Os exames radiográficos são essenciais para o diagnóstico e tratamento desse tipo de fra-
tura. Com o advento da tomografia computadorizada sendoutilizadas em cortes axiais, coronais e sagitais, um
melhor diagnóstico e planejamento pode ser executado devido a localização precisa das imagens, uma vez que
não há sobreposição de imagens como nas radiografias convencionais. Quando indicada a cirurgia para recons-
trução do complexo zigomático-orbitário,a fixação interna rígida, que consiste em fixação através da utilização
de miniplacas e parafusos é a mais utilizada atualmente. Essa fixação pode ser feita em pilar zigomático, sutura
fronto-zigomática, rebordo infraorbitário, podendo fixar um, dois ou os três pontos. Quando a necessidade da
reconstrução do soalho orbitário, ainda não existe um consenso sobre que material se deve utilizar, sejam eles
de origem autógena, alógena ou aloplastica. O material ideal para a reconstrução deve ser de fácil obtenção,
disponível em quantidade suficiente, adaptável e capaz de resistir á infecção e reabsorção. Deve também ser
inerte, resistente, de fácil esterilização e não impedir a função de outras estruturas. O objetivo deste trabalho é
apresentar um caso clínico do tratamento cirúrgico da fratura do complexo zigomático-orbitário sendo realizado
a fixação dos 3 pontos anatômicos e utilizado como material reconstrutor do soalho orbitário a tela de marlex.
Palavras-chave:Tratamento Cirúgico; Reconstrução; Material.

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661 – FRATURA MANDIBULAR POR PROJÉTIL DE ARMA DE


FOGO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: GABRIEL CASTRO DALL AZEN (*) (UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINESE ( UNIPLAC) );PROF. ESP.
ANDRÉ MARTINS NARCISO (HOSPITAL NOSSA SENHORA DOS PRAZERES); PROF. ESP. THIAGO WESTPHAL DA
SILVA (HOSPITAL NOSSA SENHORA DOS PRAZERES); PROF. DR. RENATO VALIATI (HOSPITAL NOSSA SENHORA
DOS PRAZERES - UNIPLAC); PROF. DR. JEFFERSON VIAPIANA PAES (HOSPITAL NOSSA SENHORA DOS PRAZE-
RES - UNIPLAC)

Introdução: Atualmente os ferimentos por arma de fogo tem se tornado cada vez mais frequentes, isto devido
ao aumento da violência. Nos grandes centros esse número é ainda maior, constituindo um problema de saúde
pública mundial, independente da classe social. O aumento da violência urbana tem feito um grande número de
vítimas de ferimentos por arma de fogo, obrigando os profissionais a estarem habilitados para tratar da melhor
maneira possível estes pacientes, diminuindo assim as morbidades e mortalidades. Este trabalho tem por finali-
dade apresentar um caso clínico de fratura mandibular causada por arma de fogo de grosso calibre, expondo as
dificuldades encontradas no tratamento e bem como a técnica cirúrgica e materiais utilizados.

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678 – FRATURA DE MANDÍBULA IATROGÊNICA ASSOCIADA A


REMOÇÃO DE TERCEIRO MOLAR: RELATO DE CASOS

Autores: REBECCA ANDRADE LEANDRO BEZERRA (*) (ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPE-
RIOR);AIRTON VIEIRA LEITE SEGUNDO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); RAFAEL DE SOUSA CARVALHO SA-
BOIA (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE); DIOGO DE OLIVEIRA SAMPAIO (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);

Introdução: RESUMO A cirurgia para remoção de terceiro molar incluso é um procedimento comumente realiza-
do por cirurgiões-dentistas e especialistas em Cirurgia Bucomaxilofacial, e apresenta, dentre os possíveis aciden-
tes e complicações, o risco de fratura mandibular imediata ou tardia. A fratura de ângulo de mandíbula decorrente
da remoção de terceiro molar é rara, porém, grave. Geralmente ocorre devido a preparação ou execução inadequa-
da do plano de tratamento, a técnica e instrumental inapropriados e pelo uso de força excessiva durante o deslo-
camento do dente. Os fatores locais como, o grau de impactação, presença prévia de infecção, o ângulo e volume
do dente, assim como as condições fisiológicas do paciente, são fatores importantes para a ocorrência dessas
fraturas. O presente trabalho tem por objetivo relatar dois casos de pacientes com fratura de mandíbula imediata
causada pela remoção de terceiro molar e abordar técnicas que podem ser utilizadas para minimizar o risco da
ocorrência dessas fraturas. O primeiro caso relata uma paciente do sexo feminino, 42 anos de idade, que fora
submetida a cirurgia para remoção de terceiro molar incluso, a paciente relatou ter ouvido um estalido que poste-
riormente evoluiu para um quadro de dor, edema e crepitação óssea em região de mandíbula (lado direito). Foram
solicitados os exames imaginológicos onde foi constatada a fratura do ângulo da mandíbula, o procedimento de
escolha foi a cirurgia para tratamento da fratura em ambiente hospitalar sob anestesia geral. A paciente retornou
ao ambulatório para acompanhamento clínico e radiográfico, evoluindo bem, sem queixas e/ou intercorrências,
boa redução e fixação óssea em acompanhamento de 6 meses. O segundo caso clínico relata uma paciente do
sexo feminino, 31 anos de idade, que também foi submetida a cirurgia para remoção de terceiro molar incluso e
relatou ter ouvido um estalido que evoluiu com trismo e dor na região de ângulo de mandíbula (lado direito). Os
exames imaginológicos confirmaram o diagnóstico de fratura de ângulo de mandíbula e o procedimento de esco-
lha foi a cirurgia para tratamento da fratura em ambiente hospitalar sob anestesia geral. A paciente retornou ao
ambulatório para acompanhamento clínico e radiográfico, evoluindo bem, sem queixas e/ou intercorrências, boa
redução e fixação óssea em acompanhamento de 6 meses. Para que os riscos de fratura de mandíbula iatrogênica,
durante a remoção de terceiro molar sejam minimizados é imprescindível a realização de um bom exame clínico
e radiográfico para que se alcance um diagnóstico preciso, assim como um bom planejamento cirúrgico, levando
em consideração as condições fisiológicas do paciente e a localização e posicionamento do elemento dentário,
fazendo uso de técnicas menos traumáticas e assim evitando complicações trans e pós-operatórias. Descritores:
terceiro molar, fixação interna de fraturas, mandíbula.

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686 – TRATAMENTO DOS FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO NA


FACE. RELATO DE CASO

Autores: RHONA BEATRIZ PINO RODRIGUEZ (*) (SAO LEOPOLDO MANDIC (CAMPINAS) );ANTONIO CARLOS
MALULI DE OLIVEIRA (SAO LEOPOLDO MANDIC, HOSPITAL CARLOS CHAGAS GUARULHOS); MAYLUI MARYANA
AVILAN BELISARIO (SAO LEOPOLDO MANDIC); ANTONIO GUILHERME HOPPE (HOSPITAL CARLOS CHAGAS DE
GUARULHOS); RUBENS GONÇALVES TEIXEIRA (SAO LEOPOLDO MANDIC)

Introdução: TRATAMENTO DOS FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO NA FACE. RELATO DE CASO RESU-
MO INTRODUÇÃO: Os ferimentos por arma de fogo (FAF) na face são raramente relatados. A mortalidade
diretamente relacionada ao trauma facial e incomum. (1). Deve-se considerar a gravidade de qualquer ferimento
penetrante, relacionada com a proximidade das feridas aos órgãos vitais e grandes vasos, a natureza da lesão e
influenciada pela dinâmica do projetil e dos tecido que ocorre durante o processo de penetração. (2) Como há
um número ilimitado de possíveis vetores de projétil e velocidades, ferimentos por arma de fogo apresentam
problemas únicos para cada paciente. As lesões do esqueleto craniofacial, em particular, podem causar morbidade
significativa, como a energia transferida a partir do projétil para os tecidos moles e duros pode provocar danos
longe do caminho do projétil. Esses danos colaterais requerem de varias especialidades relacionadas ao trauma
como: oftalmologia, neurocirurgia, otorrinolaringologia, cirurgia bucomaxilofacial, neurocirurgia, neurologia,
além de cirurgia plástica. (3) OBJETIVO: Relatar o atendimento primário e cirúrgico de um paciente internado
com ferimentos por arma de fogo em face atendido no Hospital Carlos Chagas de Guarulhos São Paulo Brasil.
MÉTODO: Busca de artigos científicos no acervo digital dos sites PubMed e Science-Direct, no período de 2005
a 2015. Relato de um caso de pronto atendimento em paciente com FAF. PALAVRAS-CHAVES: Gunshot wou-
nds, maxillofacial traume. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ferimentos de projeteis na face são complexos devido
ao envolvimento e comprometimento das vias aéreas superiores, vascularização e danos aos tecidos e estado
psicológico do paciente. Não e possível estabelecer um padrão de atendimento devido a necessidade de etapas ci-
rúrgicas para a reconstrução facial. Devera ser feito uma abordagem multidisciplinar para o correto atendimento
e acompanhamento do paciente submetido a esse tipo de ferimentos.

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687 – ABORDAGEM CIRÚRGICA COM REDUÇÃO ABERTA E


FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA DAS FRATURAS DA CABEÇA DA
MANDÍBULA

Autores: MAYLUI MARYANA AVILAN BELISARIO (*) (SAO LEOPOLDO MADIC (CAMPINAS) );ANTONIO CARLOS
MALULI DE OLIVEIRA (SAO LEOPOLDO MANDIC, HOSPITAL CARLOS CHAGAS GUARULHOS); RHONA BEATRIZ
PINO RODRIGUEZ (SAO LEOPOLDO MANDIC); AARON TRUJILLO (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO
PARANA); RUBENS GONÇALVES TEIXEIRA (SAO LEOPOLDO MANDIC)

Introdução: Abordagem cirúrgica com redução aberta e fixação interna rígida das fraturas da cabeça da mandí-
bula. Revisão de literatura. As fraturas mandibulares são comuns na região facial e 25-40% envolvem a cabeça
da mandíbula. A maioria são causadas por forças indiretas dirigidas a essa parte da mandíbula proveniente dum
trauma em outro lugar; fatores como, a direção da Força, a posição da Mandíbula durante o trauma e a estabilida-
de da oclusão dentaria são determinantes no deslocamento das fraturas. A abordagem cirúrgica das fraturas da
cabeça da mandíbula (FCM) depende dos sinais clínicos é radiográficos; extensão da lesão, unilateral ou bilateral,
a localização anatômica da fratura e o grau de deslocamento ou luxação. As abordagens das FCM apresentam
muita controvérsia na Cirurgia BucoMaxilofacial, pela quantidade de técnicas e opiniões reportadas na literatura.
A Redução Aberta e Fixação Interna Rígida (RA/FIR) permitem o reposicionamento anatômico e função imediata
dos maxilares, mas tem o risco de dano ao nervo facial e uma cicatriz na região do aceso cirúrgico. Atualmente
as melhoras no processamento de imagens, materiais de osteossíntese e os progressos em laboratório e pesqui-
sa animal, permitiram o aumento na utilização de fixação interna rígida para o tratamento de FCM Objetivo:
Apresentar as vantagens do tratamento cirúrgico das fraturas da cabeça da mandíbula com fixação interna rígida
. Métodologia. Busca de artigos científicos no acervo digital dos sites PubMed e Science-Direct, no período de
2007 a 2015, levando-se em consideração as seguintes palavras-chave: Condylar Frature, Mandible,ORIF, Occlu-
sion,Open reduction, Closed reduction. Discussão: Essam;Ellis (2015) amostram no seu estudo que RA/FIR leva
a melhorias na maioria das medidas do côndilo e mobilidade mandibular ( laterotrusão, protrusão e preservação
de linha media ). Além disso, a redução da dor pós-operatória e oclusão foram melhores para os pacientes trata-
dos com cirurgia aberta. Vesnaver, Uro, Janez (2011) amostraram que os resultados do tratamento cirúrgico das
fraturas da cabeça da mandíbula são superiores aos resultados do tratamento conservador, e o procedimento é
seguro com a técnica cirúrgica adequada . A pesar das constantes indagações da correta conduta a ser seguida
para o tratamento das fraturas da cabeça da mandíbula, os resultados estadísticos resultantes do acompanha-
mento é controle pós-operatórios demonstram a superioridade do tratamento cirúrgico. Considerações Finais:
Considerando a importância do restabelecimento da função e a oclusão no menor tempo possível, os estudos
reportam que os resultados provenientes da RA/FIR são superiores estatisticamente e com menor porcentagens
de morbidade.

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703 – MIOSITE OSSIFICANTE DE MASSÉTER: RELATO DE CASO


PÓS-TRAUMA

Autores: ALINE FERNANDA COSTA VAZ (*) (UNIVERSIDADE POSITIVO);NAYLIN DANYELE DE OLIVEIRA (UNIVER-
SIDADE POSITIVO); ALLAN GIOVANINI (UNIVERSIDADE POSITIVO); LEANDRO KLUPPEL (UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO PARANÁ); RAFAELA SCARIOT (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Introdução: A Miosite Ossificante Traumática (MOT) é uma lesão não-neoplásica caracterizada pela proliferação
de tecido fibroso e pela formação de grandes quantidades de osso no tecido muscular. A MOT do músculo mas-
séter é uma condição rara que tem por principal característica a limitação da função e movimentos mandibulares.
O diagnóstico diferencial com as disfunções temporomandibulares (DTM) deve ser observado pelo cirurgião-
-dentista. Paciente LP, 38 anos, sexo masculino buscou atendimento de emergência em Serviço de Cirurgia Bu-
comaxilofacial referindo história de trauma direto em face há 9 dias e consequente limitação da abertura bucal.
Ao exame clínico foi observado ausência de lacerações, presença de edema na região posterior da mandíbula do
lado esquerdo e limitação de abertura bucal em 9mm. Na palpação do masséter esquerdo observou-se aumento
de volume enrijecido e circunscrito. A tomografia computadorizada cone bean mostrou fratura incompleta entre
a cabeça da mandíbula e o processo coronoide. A ultrassonografia da região apresentou uma massa calcificada
em masséter esquerdo medindo 1,5 x 0,7 x 1,6cm, a cerca de 0,8cm da pele. O plano de tratamento proposto foi
biópsia excisional da lesão em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. A fratura não precisou ser fixada por não
apresentar deslocamento nos fragmentos. A remoção do processo coronoide e desinserção do músculo temporal
foi realizada a fim de ampliar os movimentos de abertura bucal. O material foi enviado para análise histopatoló-
gica comprovando o diagnóstico de Miosite Ossificante Circunscrita. Atualmente o paciente encontra-se estável,
com a função mandibular reestabelecida, abertura bucal de 30mm e permanece com tratamento fisioterápicos
mandibulares.

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Apresentação: Trauma maxilo-facial

728 – PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS FRATURAS DE


CABEÇA DA MANDÍBULA EM CRIANÇAS: RELATO DE CASO

Autores: KILDARE RANIERY SANTOS DE ANDRADE (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA);PATRICK BARBO-
SA RESENDE TELES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); JOSÉ WILSON NOLETO (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA PARAÍBA); MARCOS ANTÔNIO FARIAS DE PAIVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); OLAVO SOUTO
MONTENEGRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Introdução: Princípios do tratamento das fraturas de cabeça da mandíbula em crianças: relato de caso Kildare Ra-
niery Santos de Andrade Patrick Barbosa Resende Teles José Wilson Noleto Marcos Antônio Farias de Paiva Ola-
vo Souto Montenegro Fraturas na região de face apresentam características complexas e que demandam destreza
em seu tratamento, particularmente em pacientes pediátricos. Estudos epidemiológicos mostram que fraturas
de mandíbula em pacientes pediátricos não são frequentes, correspondendo cerca de 1% a 5% de todos os trau-
mas da região maxilofacial, incluindo adultos e crianças. Fratura de cabeça da mandíbula é o trauma facial mais
comum em crianças, alcançando mais de 50% das fraturas faciais pediátricas. Os principais a gentes etiológicos
são quedas de bicicleta, quedas de grandes alturas e atividades esportivas, sendo os pacientes do gênero mas-
culino mais comumente acometidos. Embora as fraturas faciais neste grupo sejam incomuns em relação a sua
incidência em adultos, uma profunda compreensão de questões pertinentes ao manejo do paciente pediátrico é
fundamental para que haja sucesso no tratamento a longo prazo. A diferença em relação a prevalência de traumas
faciais entre adultos e crianças pode ser explicadas pelo fato de pacientes pediátricos apresentarem tecido ósseo
mais flexível e uma posição mais retruída da porção inferior da face em relação a região frontal. Com o aumento
da idade e do crescimento facial em um sentido para baixo e para frente, o terço médio da face e a mandíbula se
tornam mais proeminentes, consequentemente, aumentando a ocorrência de fraturas nessa região. As fraturas
de mandíbula em pacientes pediátricos, especialmente as que envolvem cabeça da mandíbula, necessitam de uma
atenção especial, pois essa estrutura corresponde a um dos centros de crescimento da mandíbula. O potencial de
remodelação óssea e de cura é maior do que em adultos, o que requer menor tempo de imobilização maxiloman-
dibular (IMM) em casos tratados de maneira conservadora. Nestes casos, a restauração da função mandibular
utilizando fisioterapia em uma fase precoce pode prevenir complicações como assimetria, interferência no cres-
cimento facial e anquilose. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de uma paciente de 10 anos de
idade, vítima de queda de bicicleta, cursando em fratura intracapsular bilateral dos côndilos mandibulares e de
parasínfise do lado direito. Ao exame clínico pré-operatório a mesma apresentava má oclusão do tipo classe II
com mordida aberta anterior e limitação de abertura bucal causada pelas fraturas. O exame de imagem eviden-
ciava a cominuição dos côndilos. O tratamento preconizado foi a redução cruenta da fratura parasinfisária com
placas bioabsorvíveis para que a fisioterapia pudesse ser instituída precocemente aos côndilos. A paciente foi
acompanhada por sete anos, não sendo observadas sequelas.

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742 – TRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR OCASIONADA


POR ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO.

Autores: GABRIELA ROCHA DE SÁ PEIXOTO (*) (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS);FABIANO CON-


RADO GONÇALVES (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); GUSTAVO ALBUQUERQUE (UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO AMAZONAS); VALBER BARBOSA MARTINS (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS); YURI
SATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS)

Introdução: Em virtude do aumento da violência nos grandes centros urbanos, os traumas causados por arma de
fogo tornaram-se frequentes nos serviços de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial dos hospitais perten-
centes a esses grandes centros. O correto diagnóstico e o tratamento a esse tipo de trauma são de fundamental
importância para alcançarmos sucesso evitando maiores sequelas ao paciente, os ferimentos por arma de fogo
na região Maxilo-Facial representam a causa de 18,36% das fraturas mandibulares e são um importante proble-
ma de saúde pública. O objetivo deste trabalho é discutir um caso clínico de um paciente vítima de projétil de
arma de fogo (PAF) ocasionando fratura complexa de mandíbula, tratado cirurgicamente. Paciente SMF 45 anos,
foi vítima de projétil de arma de fogo (PAF) ocasionando trauma de face. O mesmo compareceu ao serviço de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial apresentando orifício em região mentual com hemorragia, edema
submandibular acentuado, hematoma sublingual, disfagia, desoclusão e crepitação óssea em região de corpo e
mento. Ao exame de imagem observamos fratura cominutiva e biselada à direita na mandíbula. Foi realizado
acesso submandibular, redução e fixação das fraturas utilizando a técnica de LagScrew e placa de reconstrução
2.4mm e 1.5mm devolvendo a correta função e a arquitetura mandibular. As fraturas mandibulares cominutivas,
ocasionadas por projétil de arma de fogo, requerem equipe multidisciplinar para o eficaz diagnóstico e plano de
tratamento, reduzindo assim, a taxa de morbidade e melhorando o prognóstico do paciente, reintegrando-o ao
seu ciclo social.

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743 – ACESSOS CIRÚRGICOS TRANSCUTÂNEOS PARA


FRATURAS DO REBORDO INFRA ORBITÁRIO E ASSOALHO DE
ÓRBITA

Autores: ANDRÉ CARVALHO RODRÍGUEZ (*) (APCD);CARLOS EDUARDO XAVIER S R SILVA (); DANIELA MARTI ();
VALDIR DE OLIVEIRA (); MARCIO MARTINS

Introdução: Revisão de literatura para os acessos cirúrgicos transcutâneos utilizados para abordagem de fraturas
do rebordo infra orbitário e assoalho de órbita.

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752 – RECONSTRUÇÃO TARDIA DE FRATURA DE SOALHO DE


ÓRBITA – RELATO DE CASO

Autores: LAÍS CORDEIRO MENDES (*) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ);PRISCILLA FLORES SILVA (HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); HELDER ANTONIO REBELO PONTES (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO PARÁ); FABIO LUIZ NEVES GONÇALVES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO); CAIO DE
ANDRADE HAGE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO)

Introdução: O trauma de face destaca-se pela sua importância, uma vez que apresenta repercussões emocionais,
funcionais e possibilidade de deformidades permanentes. Além disso, representa 7,4%-8,7% dos atendimentos
efetuados na emergência. As fraturas do soalho orbitário, também chamadas de fraturas blowout, caracterizam-
-se pela herniação do seu conteúdo para o interior do seio maxilar, podendo causar diplopia, enoftalmia e disfun-
ção motora do globo ocular. Estas fraturas requerem tratamento efetivo, a fim de se evitar sequelas funcionais e
estéticas aos pacientes. Muitos pacientes necessitam de cirurgia, e o reparo precoce (2 semanas) dessas fraturas é
preconizado por vários cirurgiões. No entanto, outros acreditam que os sinais/sintomas de alguns pacientes me-
lhorem espontaneamente e preferem esperar por 6 meses antes de fazer alguma cirurgia. A cirurgia é recomen-
dada para pacientes selecionados, incluindo aqueles com fraturas extensas de uma ou mais paredes da cavidade
orbitária, envolvendo mais da metade de sua extensão, associado com fratura da parede medial, enoftalmo de
mais de 2 mm nas primeiras duas semanas após o trauma, diplopia e limitação da mobilidade. Após a redução da
fratura do soalho orbitário, o defeito ósseo pode ser reconstruído por várias alternativas, incluindo: osso autóge-
no, fáscias musculares e materiais aloplásticos, como malhas de titânio ou lâminas de poly-p-dyoxanon (PDS). O
objetivo deste trabalho é apresentar o caso de um paciente com complexo trauma de face e TCE, com fratura do
teto e soalho orbitário esquerdo. A fratura do osso frontal foi abordada em caráter de urgência em conjunto com
a equipe da NCR, tendo sido removido os fragmentos ósseos cominuídos e reconstruído o rebordo supra-orbitá-
rio o contorno do osso frontal com mini-placa do sistema 2.0 e tela maleável de titânio. No primeiro momento,
optou-se por não abordar a fratura do soalho orbitário, visto que o paciente apresentava preservação da acuidade
visual, sem sinais de diplopia e manutenção dos movimentos oculares extrínsecos para todos os campos visuais.
8 meses após a cirurgia o paciente evoluiu com redução significativa do conteúdo orbitário e esotropia. Os exa-
mes tomográficos demonstraram aumento do volume orbitário e velamento do seio maxilar esquerdo. Após pla-
nejamento do caso, realizou-se exploração e reconstrução tardia do soalho orbitário com tela maleável de titânio.
No pós-operatório, o paciente apresentou melhora imediata na projeção do globo ocular, correção do enoftalmo
e preenchimento da cavidade orbitária; permanência da esotropia; manutenção da acuidade visual e dos movi-
mentos oculares. Nos exames tomográficos após a reconstrução, o soalho orbitário esquerdo encontrava-se em
altura equivalente ao lado não afetado com redução satisfatória do volume orbitário. Encontra-se atualmente
em acompanhamento com a equipe da Oftalmologia realizando exercícios de ortóptica para fortalecimento da
musculatura extrínseca na tentativa de minimizar a esotropia.

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760 – TÉCNICA ANESTESICA LOCAL PARA REDUÇÃO DE


FRATURA DO ARCO COMBINADA COM DESLOCAMENTO DO
CORPO DO OSSO ZIGOMATICO: RELATO DE CASO

Autores: ALEXANDRE CORREA TREMEA (*) (ODONTOPÓS E HOSPITAL PRONTO SOCORRO - POA/RS);SÉRGIO
ANTÔNIO SCHIEFFERDECKER (ODONTOPÓS E HOSPITAL PRONTO SOCORRO - POA/RS);

Introdução: TÉCNICA ANESTESICA LOCAL PARA REDUÇÃO DE FRATURA DO ARCO COMBINADA COM
DESLOCAMENTO DO CORPO DO OSSO ZIGOMATICO: RELATO DE CASO A possibilidade de simplificar um
procedimento sem prejuízo dos seus objetivos é uma constante no desenvolvimento da ciência e compreende o
processo natural da evolução das diversas tecnologias. Na ciência da saúde, a simplificação de um procedimento
representa redução dos seus custos através da redução dos recursos necessários à sua realização e em conse-
quência proporciona a ampliação do seu emprego e principalmente acaba por representar um maior conforto ao
paciente beneficiado. As fraturas do complexo zigomático são rotina nos serviços de emergência bucomaxilofacial
e tem alta prevalência nos casos de fraturas de face. A casuística vigente aponta para a realização dos procedimen-
tos de redução de tais fraturas através do emprego de anestesia geral, e poucos relatos sobre o emprego de anes-
tesia local para os casos favoráveis são encontrados na literatura. Este estudo propõe-se a revisar o conhecimento
acerca das técnicas anestésicas locais que podem ser empregadas para redução de fraturas do complexo zigomá-
tico. É relatado o caso de um atendimento no Serviço de Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Pronto
Socorro de Porto Alegre – HPS/Poa, onde procedeu-se a técnica de anestesia local para redução de uma fratura
do arco combinada com pequeno deslocamento do corpo do osso zigomático. O objetivo específico do estudo é
proporcionar a comunidade científica odontológica uma revisão do conhecimento necessário ao emprego da téc-
nica baseado na correta seleção de caso e no correto diagnóstico da fratura, em pacientes clinicamente estáveis,
evidenciando os aspectos anatômicos relacionados, de forma a alicerçar seu emprego nas rotinas do atendimento
em traumatologia bucomaxilofacial.

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767 – ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS NO BRASIL: ESTUDO


OBSERVACIONAL DA OPERAÇÃO ‘’LEI SECA’’

Autores: ILKY POLLANSKY SILVA E FARIAS (*) (HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE);CAIO CÉSAR GONÇALVES
SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); VINÍCIUS BALAN SANTOS PEREIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBU-
CO); JULIANA JOB DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); GABRIELA GRANJA PORTO (UNIVERSIDA-
DE DE PERNAMBUCO)

Introdução: Para diminuição dos índices de morbidade pela associação do uso de álcool e condução de veículos
automotores, campanhas educacionais aliadas à criação de leis rigorosas foram instituídas. O objetivo deste tra-
balho foi realizar levantamento epidemiológico dos dados decorrentes de acidente automobilísticos no Brasil.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo observacional dos dados epidemiológicos dos acidentes de carro
ocorridos no período de 2003 a 2013. Os dados foram coletados no site do Ministério da Saúde, DATASUS. Fo-
ram obtidos os números anuais de autorizações de internações hospitalares (AIH´S) pagas, valores gastos e dias
de internamento. Após a coleta dos dados, foi utilizado o software Microsoft Excel® para tabulação dos dados.
Os resultados foram avaliados cinco anos antes e depois do ano de 2008, período de implantação da “Lei Seca”.
RESULTADOS: Dos dez anos abordados pôde observar que os números de AIH pagas foram liderados pela região
sudeste, que em 2003 apresentou acima de 6000 internações. Em 2008, os valores e AIH´s sofreram queda signi-
ficativa (abaixo dos 5000 casos) , e foram aumentando gradativamente até 2011, quando chegou a mais de 7000
casos. Entre 2012/2013 sofreu reduções significativas, com menos de 5000 internações. CONCLUSÕES: Obser-
vou-se diminuição das taxas de internações envolvendo acidentes automobilísticos desde que houve o aumento
da rigorosidade da Operação “Lei Seca”.

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783 – TRAUMATISMOS FACIAIS CAUSADOS POR VIOLÊNCIA


CONTRA MULHERES

Autores: BERNARDO FERREIRA BRASILEIRO (*) (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);SÉRGIO RICAR-
DO CRUZ FONSECA (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LAYSE BARRETO OLIVEIRA BORGES (UFS
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE);

Introdução: Traumatismos faciais causados por violência contra mulheres Layse Barreto Oliveira Borges, Sérgio
Ricardo Cruz Fonseca, Bernardo Ferreira Brasileiro, UFS - Universidade Federal de Sergipe (Av. Claudio Batista,
s/n, Bairro Santo Antônio, Aracaju/SE) Os cirurgiões bucomaxilofaciais podem ser os primeiros profissionais
da saúde a tratar os pacientes com lesões faciais vítimas de agressão física. As mulheres são particularmente
envolvidas neste tipo de evento devido à violência doméstica, cujas características epidemiológicas são muito
bem definidas. Em uma avaliação literária mais específica sobre as agressões contra as mulheres, tem sido ob-
servada inadequada documentação descrevendo os eventos relacionados ao traumatismo facial. Portanto, este
trabalho tem como objetivo uma avaliação epidemiológica prospectiva, transversal e observacional das mulheres
atendidas no Hospital de Urgência de Sergipe no período de 2007 a 2010, vítimas de agressões físicas. Oito-
centos e quarenta e cinco pacientes foram avaliados de acordo com o gênero, idade, tipo de traumatismo, lesões
corporais associadas, tipo e agente agressor e mecanismo do trauma. Os acidentes de trânsito foram os eventos
mais comuns (54%) , enquanto que as agressões físicas representaram o segundo evento etiológico de trauma
de face (25%). Os resultados mostraram que entre 58 mulheres vítimas de traumatismos por agressão, houve
prevalência epidemiológica por indivíduos no grupo etário de 21-40 anos (66%). Foi observado também que o
principal agente agressor foi o próprio cônjuge (45%) e que o mecanismo mais utilizado foi o soco ou chute (78%).
As fraturas faciais ocorreram em 355 das mulheres, com prevalência pela fratura nasal (69%). as lesões corporais
associadas foram prevalentes nos membros superiores (12%) das pacientes com lesões faciais. Portanto, pode-se
concluir que os padrões terapêuticos destas vítimas devem ser criados com base nestes dados, otimizando-se a
assistência às vítimas e contribuindo-se para que as autoridades governamentais possam atuar preventiva e con-
troladoramente sobre os agressores. Palavras-chave: Traumatismos faciais, violência; agressões físicas; epidemio-
logia. AROSARENA, OA; FRITSCH, TA; HSUEH, Y; AYNEHCHI, B; HAUG, R. Maxillofacial injuries and violence
against women. Arch Facial Plast Surg, v.11, n.1, p.48-52, 2009. BRASILEIRO, BF; PASSERI, LA. Epidemiological
analysis of maxillofacial fractures in Brazil: a 5-year prospective study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Ra-
diol Endod, v.102, n.1, p.28-34, 2006. SELIC, P; PESJAK, K; KERSNIK, J. The prevalence of exposure to domestic
violence and the factors associated with co-occurrence of psychological and physical violence exposure: a sample
from primary care patients. BMC Public Health, v.11, p.621-30, 2011.

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815 – FERIMENTO TRAUMÁTICO DE GRANDES PROPORÇÕES


COM IMPORTANTE ACOMETIMENTO NASAL.
RELATO DE CASO CLÍNICO.

Autores: SYLVIO VIVONE (*) (HCFMUSP);FREDERICO YONEZAKI (); CAROLINE LEONE (); GUSTAVO GROTHE
MACHADO

Introdução: Relato de caso de laceração em face de grandes proporções, após acidente motociclistico, sem uso
de capacete, com importante acometimento nasal. Foi realizado procedimento de urgencia, sob anestesia geral,
com hemostasia local, reconstrução da membrana nasal, reposicionamento do septo nasal, e suturas por planos .
Foi mantido internado pelo periodo de 05 dias recebendo antibioticoterapia e acompanhamento da lesão, que se
apresentou com hiperemia local, sem dor ou qualquer outra queixa. Houve acompanhamento ambulatorial, no
qual, apresentou-se com sutura posicionadas, sem deiscencia de suturas, e sem necrose tecidual. Manteve-se com
permeabilidade nasal preservada. Não houve prejuizos funcionais e minimos prejuizos estéticos.

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819 – FERIMENTO PERFURANTE PROFUNDO CAUSADO POR


GALHO DE ÁRVORE.
RELATO DE CASO CLÍNICO.

Autores: SYLVIO VIVONE (*) ();FREDERICO YONEZAKI (); ANDRESSA BUENO (); GUSTAVO GROTHE MACHADO

Introdução: Paciente atendido na urgencia, transferido de outro hospital, apresentando trauma em face, após
queda da arvore de 3 mts de altura, evoulindo com ferimento por corpo estranho (galho) , perfurante, em região
submentoniana, perfurando palato e atingindo celulas etmoidais. Foi realizado procedimento de urgencia, em
sala operatoria, sob anestesia geral. Foi removido o corpo estranho em 2 estagios trans operatorio, sendo o pri-
meiro a remoção intraoral e segundo remoção extra oral. Foi colocado dreno de Penrose extra oral, o qual foi saca-
do dois dias após o procedimento cirurgico, junto a alta do paciente. Foi mantido durante internação hospitalar,
cefazolina e após alta hospitalar foi mantido com cefalexina. Em 1 semana pós operatoria foi realizado primeiro
PO, apresentando suturas posicionadas, ausencia sinais flogisticos.

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823 – PROTETOR FACIAL PARA REABILITAÇÃO PRECOCE DE


ATLETAS PROFISSIONAIS.

Autores: HEROS FRANCISCO FERREIRA FILHO (*) (UNIT-AL);EVERALDO OLIVEIRA SOUTO NETO (UNIT-AL);
CLARA ALBUQUERQUE LIMA (UNIT-AL); MARIANA LINS DA FONSECA BARRETO ANGEIRAS (UNIT-AL); LUCIANO
SCHWARTZ LESSA FILHO (UNIT-AL)

Introdução: A incidência de traumas faciais durante prática esportiva é significativa e vem aumentando nas últi-
mas décadas acompanhando evoluções no desenvolvimento físico dos atletas. O maior problema na recuperação
de atletas profissionais é o elevado tempo em que este fica impossibilitado de realizar treinamentos em que haja
contato físico. A utilização dos protetores faciais esportivos visa devolver precocemente os atletas as suas ativi-
dades rotineiras. Inúmeros protocolos de fabricação destes protetores faciais são descritos na literatura, variando
método de obtenção do molde facial e material utilizado na confecção. O objetivo deste trabalho é esclarecer a
importância do protetor facial esportivo e demonstrar o protocolo utilizado em nosso serviço para confecção
deste tipo de aparato, utilizando para isto o relato de um caso clínico de reabilitação de um atleta profissional de
futebol.

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824 – TRATAMENTO DE FRATURAS FACIAIS EM PACIENTES


PEDIÁTRICOS: RELATO DE UM CASO.

Autores: GUSTAVO SAMI ANTAR (*) (UNIP- SÃO PAULO);RAQUEL MEDEIROS (UNIP- SÃO PAULO); JULIANA CAM-
POS (UNIP- SÃO PAULO); PATRICIA RADAIC (UNIP- SÃO PAULO); GABRIEL PASTORE (UNIP- SÃO PAULO)

Introdução: As fraturas faciais em pacientes pediátricos apresentam baixa prevalência quando comparadas aos
adultos, ocorrendo em média de 1,4 a 10% do total de fraturas faciais, sendo abaixo de 5 anos de idade, de 0,7 a
1,2%. Esta baixa incidência pode ser explicada pela estrutura óssea do seu esqueleto, já que a alta quantidade de
cartilagem e osso medular, baixa mineralização, pouco desenvolvimento da cortical, assim como linhas de sutura
mais flexíveis conferem grande elasticidade ao esqueleto facial, aumentando a resistência às fraturas faciais e
produzindo às fraturas em galho verde. Além disso, a gordura existente no tecido celular subcutâneo ao redor dos
ossos da face contribui para reduzir a frequência destas fraturas. As causas mais frequentes dos traumatismos
faciais em crianças são quedas de própria altura, acidentes ciclísticos, agressão física e acidentes esportivos, que
acometem numa maior frequência crianças, do gênero masculino, de 5 a 10 anos de idade. O osso mais acometi-
do nas fraturas é a mandíbula, e quando o osso zigomático e a orbita estão envolvidos geralmente houve trauma
de alto impacto. O tratamento nas fraturas em crianças vai depender das inerentes caraterísticas da fratura,
complexidade, idade do paciente, o estado do desenvolvimento dentário e dos traumatismos associados. Além
disso, devem-se considerar outros fatores como o centro de crescimento condilar mandibular, grande potencial
osteogênico e rápidas taxas de cicatrização observadas nestes pacientes. As complicações decorrentes de fraturas
faciais em crianças são raras e, quando presentes, estão relacionadas principalmente a casos de cominuição seve-
ra ou a fraturas com grande deslocamento. Distúrbios de crescimento secundários a fraturas severas de côndilo
podem ocorrer em 15% dos pacientes pediátricos. O estudo da traumatologia facial em crianças tem o objetivo
de elucidar métodos e condutas corretas para o tratamento e prevenção de possíveis complicações e sequelas que
levam a graves deformidades. O presente trabalho trata-se de um relato de caso sobre paciente G.P.N, gênero
masculino, 7 anos, vitima de queda de skate, apresentando fratura em sínfise e côndilo direito, sendo submetido
a redução e fixação interna estável das fraturas sob anestesia geral com intubação nasotraqueal, foi realizado a
instalação de uma placa 2.0 lock de 4 furos, com parafusos monocorticais em região de sínfise, e optou-se em
realizar tratamento conservador na região de côndilo, não foram relatados intercorrências no trans-operatório.
Paciente evoluiu sem limitações de movimentação mandibular, com boa abertura bucal. Palavras-chave: Trauma
infantil, reconstrução facial, trauma facial.

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832 – FRATURA DE ÂNGULO MANDIBULAR NO TRANS-OPERATÓRIO


DE EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR: RELATO DE CASO.

Autores: ALEX DOS SANTOS ALMEIDA (*) (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES);RAPHAEL TEIXEIRA MOREIRA
(ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA/HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); JOSÉ RICARDO
MIKAMI (HOSPITAL GERAL DO ESTADO- HGE); MARCELO MAROTTA ARAÚJO (HOSPITAL POLICLIN E CLÍNICA
PROF. DR. ANTENOR ARAÚJO); MARCUS ANTÔNIO BRÊDA JÚNIOR (DOUTORANDO PELA UNIVERSIDADE DE
PERNAMBUCO - FOP - UPE)

Introdução: A exodontia dos terceiros molares inferiores é o processo cirúrgico mais comum na cirurgia oral.
A fratura mandibular nesse processo é de caráter raro, incomum, com prevalência de 0, 0046% a 0, 0075% dos
casos podendo ocorrem durante o trans ou pós-operatório. Resultante do diferencial entre força aplicada e re-
sistência óssea, juntamente com fatores adicionais dos quais potencializam a ocorrência como: espessura óssea,
idade, grau de impactação, erro no planejamento ou associado a alguma patologia. À área acometida comumente
é a região de ângulo da mandíbula devido sua anatomia desfavorável no aspecto físico de resistência, além do
espaço deixado pela exérese do elemento dentário. Essas fraturas são classificadas em quatro tipos: galho verde,
simples, cominutiva e compostas. As fraturas do tipo galho verde é incompleta, pois não há separação total de
ambas as corticais o que garante certo grau de flexibilidade ao osso sem que o mesmo apresente mobilidade per-
ceptível à palpação da área fraturada; no tipo simples, possui um traçado único; as cominativas apresentam-se
bastante fragmentado e nas compostas ocorre o desnivelamento das bordas do osso fraturado permitindo assim
o rompimento de tecido periodontal e possibilitando o contato com meio externo. Pode ser consideradas: favo-
ráveis (sempre que a direção de tração muscular tornar viável o sentido de união óssea) ou desfavoráveis (sempre
que a musculatura tender a separar os fragmentos ósseos). Apresentando características clínicas: a dificuldade de
abertura, dor, crepitação óssea, contato prematuro posterior, edema local e desoclusão. O tratamento pode ser
incruento (conservador) ou cruento (cirúrgico). O tratamento incruento esta indicado nos casos que apresentam
algumas características positivas associada, como presença de elementos dentais na maxila e mandíbula que po-
dem proporcionar um bloqueio maxilomandibular rígido e estável, com utilização de barras de Erich, porém só
é possível utilizar em caso de fraturas favoráveis e pacientes que possam permanecer nestas condições de seis a
oito semanas . O tratamento cirúrgico ou cruento, estar indicado quando da presença de fraturas instáveis, pro-
pensas ao desvio; portadores de algum tipo de comprometimento psiquiátrico, crise convulsiva, dentição mista
ou edêntulos totais superiores e inferiores sem próteses totais. Em razão da presença de inserções musculares
e da ausência de dentes no fragmento proximais a fraturas de ângulo mandibular são encontradas geralmente
com deslocamento; a técnica mais recomendada é a de champy; por possui a vantagem de possibilitar um acesso
intraoral à zona de tensão (região de linha oblíqua) , por ser de rápida instalação da placa (utilizasse apenas uma
placa) , reduzir e estabilizar a fratura. Este trabalho objetiva relatar um caso raro de fratura mandibular durante
a exodontia de terceiro molar. O tratamento preconizado foi o método de Champy, com o reestabelecimento da
oclusão e sem complicações pós-operatórias.

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COBRAC 2015 : 25 a 29 de agosto de 2015 : Salvador - BA TRABALHOS CIENTÍFICOS

Área: Vídeo poster

Apresentação: Trauma maxilo-facial

833 – INTUBAÇÃO SUBMENTUAL

Autores: MURILLO ANTONIO DE MELO NASCIMENTO (*) (UNIEVANGELICA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANA-
POLIS);VALESKA MARTINS REIS (UNIEVANGELICA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANAPOLIS); FERNANDA FER-
RANDINI SANTOS (UNIEVANGELICA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANAPOLIS); BRUNO MIRANDA (SERVIÇO DE
RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL HC/FO-UFG); MÁRIO SERRA FERREIRA
(DEPARTAMENTO DE CIRURGIA BUCAL DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANGÉLICA.)

Introdução: O tratamento do trauma bucomaxilofacial complexo apresenta-se como um desafio para o cirurgião
e o anestesista. Na maioria dos casos, o bloqueio maxilomandibular trans-cirurgico torna-se essencial para a
redução e fixação de fratura. A intercuspidação dos dentes deve ser feita com a maior fidelidade sem qualquer
alteração na oclusão. Assim, nos casos de fratura maxilar, recomenda-se a utilização de entubação nasotraqueal.
No entanto, este trajeto torna-se indisponível se houver envolvimento da base do crânio e lesões de estruturas
nasais. Para estes casos, pode ser utilizada a traqueostomia, intubação submental ou intubação oral via retromo-
lar para manutenção das vias aéreas. Por causa dos riscos de complicações inerentes a traqueostomia, esta não
se torna melhor opção. O objetivo do presente trabalho é demonstrar, através do relato de um caso, a técnica de
derivação submentual, que pode ser utilizada de forma eficaz e segura como uma alternativa em pacientes com
trauma facial grave. Palavras-chave: trauma maxilofacial, intubação, anestesia geral, intubação submentual

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Área: Vídeo poster

Apresentação: Trauma maxilo-facial

848 – TRATAMENTO DE ABSCESSO ORBITÁRIO SUBPERIOSTEAL


ASSOCIADO À FRATURA DE ÓRBITA: RELATO DE CASO

Autores: THAISA REIS DE CARVALHO SAMPAIO (*) (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE ALAGOAS –FOUFAL);ANTONIO DIONIZIO DE ALBUQUERQUE NETO (FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS –FOUFAL); LUCIANO LEOCÁDIO TEIXEIRA NOGUEIRA FILHO (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP-UPE); JOSÉ RODRIGUES LAUREANO FILHO (FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP-UPE); PEDRO THALLES BERNARDO DE CARVALHO NOGUEIRA (FACUL-
DADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO FOP-UPE)

Introdução: A infecção orbitaria merece destaque entre as infecções facias, por ser associada a complicações po-
tencialmente graves, onde suas manifestações clínicas se apresentam como edema periorbitário, proptose, diplo-
pia, dor ocular, quemose, oftalmoplegia intrínseca e extrínseca, amaurose, assim como também causa alteração
no estado geral do paciente, sendo a trombose séptica do seio caverno sua maior complicação. A sua íntima
relação anatômica próxima aos seios paranasais, faz com que se torne uma complicação de uma sinusite. O pre-
sente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico de um paciente pediátrico que cursou com infecção
orbitária oriunda de sinusite e fratura de margem superior de órbita, a qual foi tratada através de drenagem e
descompressão orbitária, antrostomia maxilar e antibioticoterapia venosa de amplo espectro devido ao risco
eminente de sua disseminação, evoluindo com resolução de quadro clínico, verificado através de exame clínico-
-imaginologico. Além de ressaltar as características clínicas, diagnósticas e opções de tratamento

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Área: Vídeo poster

Apresentação: Trauma maxilo-facial

853 – RECONSTRUÇÃO DE LESÃO EM LÁBIO SUPERIOR POR


MORDEDURA ANIMAL EM CRIANÇA

Autores: MANOELA MOURA DE BORTOLI (*) (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-HOSPITAL UNIVERSITÁRIO


OSWALDO CRUZ);MARÍLIA GABRIELA MENDES DE ALENCAR (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); EDMILSON ZACARIAS DA SILVA JÚNIOR (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-
-HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); BRUNO JOSÉ CARVALHO MACEDO NERES (HOSPITAL NAVAL DE
RECIFE-MARINHA DO BRASIL); EMANUEL DIAS DE OLIVEIRA E SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-HOSPI-
TAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ)

Introdução: Os ferimentos ocasionados por mordeduras animais são comuns e de importância na saúde pública,
tendo consequências como desfiguração, infecção e até mesmo a morte em casos mais graves. A conduta frente
a essas lesões é controversa, principalmente no ponto de vista do fechamento primário da ferida e à profilaxia
de doenças infecto-contagiosas originadas a partir do contato da saliva do animal com a ferida. O atendimento
desses doentes na urgência consiste no controle da infecção, reabilitação funcional e consequentemente estética,
a fim de minimizar danos psíquicos e possibilitar retorno ao convívio social. O presente trabalho relata o caso
de ferimento em lábio superior de uma criança decorrente de agressão por mordida canina. A reconstrução foi
realizada através da rotação de retalho romboide de mucosa oral, bem como avanço retilíneo de retalho cutâneo
associado aos triângulos de Descarga. Além disso, foi instituída uma antibioticoterapia específica. Desta maneira,
foi obtido um resultado estético e funcional satisfatório, sem complicações infecciosas pós-operatórias ou deis-
cências de suturas.

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