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REFERÊNCIA
Rotas de Aprendizagem 1 a 6
Videoaulas 1 a 6, com prof. Achiles Batista Ferreira Junior
FERREIRA JR, Achiles Batista. Marketing político e eleitoral: uma analogia entre o
mundo corporativo e a política. Curitiba: Intersaberes, 2015.
Neste breve resumo, destacamos a importância para seus estudos de alguns temas
diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos
abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionarão
maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material complementar, que
juntamente com os livros, vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico
que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível.
Bons estudos!
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A comunicação verbal é aquela que ocorre por meio da fala ou da escrita, pois ambas
são formadas por palavras e frase concatenadas entre si. A comunicação não verbal
não ocorre por meio de palavras faladas ou escritas, mas por meio de símbolos como
sinais, placas, logotipos e ícones. A linguagem corporal nasce dos movimentos
gestuais e da postura que fazem com que a comunicação seja mais efetiva.
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O bom profissional de marketing político precisa conhecer muito bem como ocorrem
os processos comunicativos entre indivíduos em geral. Para isso, é preciso decompor
esses processos em elementos básicos, a fim de analisar a função de cada um deles.
São componentes do processo de comunicação: o emissor, ou seja, aquele que emite
a informação ou mensagem; o receptor, que dizer, aquele que recebe a mensagem;
a mensagem em si, ou seja, as informações que são veiculadas; o canal de
propagação, se físico ou virtual; o meio da mensagem, se verbal, não verbal ou
baseado em gestos e posturas; a resposta ou feedback daquele que recebeu a
mensagem; e o ambiente físico e social em que ocorre a troca comunicativa.
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Acredita-se que um profissional eficaz precisa conhecer o passado para compreender
o presente e planejar o futuro. O homem está em um processo natural de evolução e
esse processo envolve a comunicação, que passa por uma adequação contínua. A
evolução na comunicação vem desde os tempos do início do sistema pictográfico
(escritas feitas nas cavernas) até os dias de hoje. No mundo moderno a principal
descoberta foi a tipografia.
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Tema: Internet e Política
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O marketing político é um conjunto de técnicas e métodos de que uma organização
política dispõe para conhecer seu público e sobre ele exercer influência. Mais
precisamente, é o processo de apresentar de forma favorável um candidato aos seus
eleitores, diferenciando-o dos seus concorrentes.
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Segundo MANHANELLI (1988;1992), é possível perceber que as ações que se fazem
presentes nas eleições contemporâneas iniciaram na Antiguidade. Na Grécia Antiga,
por exemplo, havia o princípio de que os cidadãos gregos podiam votar nos candidatos
a alguns dos cargos da pólis (juízes, administradores, funcionários públicos, generais).
Porém, nem todas as pessoas eram consideradas cidadãs, esse título era reservado
apenas às classes mais altas da sociedade. As eleições aconteciam abertamente nas
ágoras (principais praças das pólis, as cidades-estados da antiga Grécia).
Se olharmos para a República Romana, podemos dizer que neste período surgem os
primeiros assessores sobre os quais temos conhecimento na história. Já na República
Romana, a nação votava segundo a divisão do território (em centúrias, cúrias e tribos),
das quais as duas últimas eram mais favoráveis ao povo e a primeira aos nobres.
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Esse sistema durou até a Era dos Gracos. Naquela época, o candidato tinha de
conhecer cada um de seus eleitores e cortejá-los à esquerda e à direita nos dias das
reuniões, bem como saudá-los um por um pelo nome, sob pena de impopularidade e
naufrágio eleitoral no caso de erro, equívoco ou desatenção. Foi assim que surgiram
os primeiros assessores sobre os quais temos conhecimento na história. Eles tinham
a função de lembrar aos seus amos os nomes de escravos e libertos que eram
encontrados pelas ruas. Os assessores sussurravam nos ouvidos de seus amos o
nome dos cidadãos obscuros e desconhecidos, facilitando-lhes a oportuna saudação.
Ou seja, algumas coisas não mudam muito, ainda hoje podemos observar tais práticas
como sendo primordiais para a escolha ou não de um candidato.
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O planejamento da campanha de marketing político digital é considerado uma das
etapas mais críticas e delicadas para a obtenção do sucesso de uma eleição. O
marketing eleitoral digital não é muito diferente do que acontece em uma campanha
tradicional, já que ele também necessita de um bom planejamento prévio. No entanto,
quando se trata de uma estratégia de web marketing, o processo funciona com base
nos métodos propostos, de forma antecipada, de disputa aos concorrentes ou
adversários políticos (LIMA, 2002). O marketing inclui o web marketing de uma forma
mais direcionada, pois, com as constantes mudanças no comportamento dos
eleitores, observa-se também um aumento na interação deles com os “novos” meios
de comunicação (celulares, internet, mídias sociais etc.), o que acaba por fomentar
um mercado digital que até um tempo atrás era inexistente em nosso dia a dia.
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Sabemos que algumas marcas já são tão familiares que passam credibilidade de
forma imediata. O mercado tradicional se utiliza desta credibilidade para cada vez
mais conquistar o público e crescer em novos mercados. Podemos transportar este
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mercado, irá disputar espaço com outros de marcas diferentes já bem conhecidas dos
consumidores, o que também ocorre com os candidatos em um pleito eleitoral.
Nessas situações, um nome ou sobrenome já conhecidos no mercado eleitoral
correspondem a uma marca e a uma submarca no mercado convencional.
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Podemos destacar cinco principais áreas entre as funções da mercadologia. Cobra
(1992) propõe uma classificação para este tema.
As cinco principais áreas propostas por Cobra são:
1. Gerência de produto
2. Definição do preço
3. Distribuição
No caso de produtos, pode ser feita por um ou vários canais, na forma de venda direta
ao consumidor ou através de intermediários. No que se refere à política, à distribuição
do material de campanha e à distribuição das reuniões partidárias, deve-se fazer uma
gestão lógica.
4. Publicidade
5. Vendas
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É momento em que se dá o contato direto entre quem compra e quem vende. Os
fabricantes de bens de consumo em larga escala, embora não vendam diretamente
ao seu consumidor final, acabam por empregar um grande número de vendedores
para chegar aos intermediários de todo tipo, sejam eles atacadistas ou varejistas.
No caso da política, a venda é diferente, pois tem um dia e hora para acontecer, é o
chamado dia “D”, o dia da eleição. Por algumas horas, o eleitor pode ou não comprar
as ideias do candidato e, nesse caso, não se pode fazer a chamada “promoção”, pois
caracterizaria “boca de urna” ”Boca de urna” é a expressão utilizada para caracterizar
a ação de fazer propaganda eleitoral nas proximidades das seções eleitorais e no dia
da eleição. Trata-se de uma prática ilegal no Brasil, considerada como um crime
eleitoral passível de prisão e pagamento de multas pelo infrator. Fazer boca de urna,
de acordo com a Lei Orgânica Eleitoral n. 9.504/97, consiste em todo o ato que visa o
aliciamento do eleitor por parte de outrem, ou seja, quando alguém tenta convencer
uma pessoa a votar no candidato que lhe convém, o que é ilegal.
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Fazendo uma melhor exposição sobre a discussão a respeito da mercadologia
(termo brasileiro para marketing), é relevante que aprofundemos o conceito AIDAS.
O acrônimo nos remete às seguintes premissas: Atenção, Interesse, Desejo, Ação e
Satisfação. A Atenção se refere ao fato de se estar diante de um produto ou serviço
que se destacar entre muitos e assim acabe por despertar o Interesse, estimulando o
Desejo do consumidor em adquirir, o que culmina na Ação, a de adquirir, fazer o
pagamento, comprar o objeto de desejo, levando finalmente a Satisfação do
consumidor. A intenção então, não é somente a de conquistar o cliente, mas o de
fidelizá-lo, gerando recompras.
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Sob essa perspectiva, segundo a qual o marketing político seria uma área do
marketing, então o marketing eleitoral seria uma subárea. Seguindo essa lógica,
encontramos mais uma subárea no marketing político: a do período pós-eleitoral,
conforme visto anteriormente.
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Tema: Planejamento Eleitoral
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milionárias. Aqui o processo racional e cientifico que envolve o planejamento é
insubstituível.
O planejamento ainda é um modo de organizar as prioridades de uma campanha, e
permite saber para onde sopra o vento e como o candidato pode avançar com mais
segurança em seus projetos. Saber o rumo é o aspecto fundamental do planejamento.
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É a partir da dimensão do planejamento estratégico que será desenvolvida uma
missão clara, objetivos pontuais e estratégias funcionais para a campanha eleitoral.
No Plano ou nível Tático, se estabelece “o onde e o como”, neste espaço estão o
administrador, o gerente e coordenadores que pensam e planejam em médio espaço
de tempo.
No Plano de Ação ou Operacional, se estabelece o “o que”, neste espaço estão o
técnico, o executor, que pensam e planejam em curto espaço de tempo.
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Uma campanha eleitoral, como outros processos que são alvo da aplicação de
técnicas de marketing, passa por uma espécie de “ciclo de vida”, com um período
inicial, ou de introdução, um crescimento, um amadurecimento e um declínio.
Na fase de introdução, é preciso gerar a credibilidade da “marca”, no caso político, do
candidato ou partido. Na fase de crescimento, em que já há competição com
adversários, é preciso ressaltar as qualidades do produto. Na fase de maturidade, é
preciso diversificar a atuação, a fim de consolidar o crescimento. No caso da fase de
declínio, é preciso reposicionar a imagem do partido ou do candidato.
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A democracia contemporânea tem assistido à constituição de novas organizações
com poder de influência sobre a opinião pública e, portanto, sobre os resultados
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eleitorais. É o caso, por exemplo, dos institutos de pesquisa eleitoral, cujos resultados
acabam influenciando a dinâmica das eleições.
É sabido por todos que se envolvem na atividade político-eleitoral a influência que
exercem no eleitorado as tendências de opinião apuradas pelos institutos de
pesquisas. Partidos frágeis ou candidatos inexpressivos que se dão bem nas
pesquisas acabam ganhando fôlego na competição, enquanto partidos fortes e
candidatos notáveis não raro se fragilizam quando da divulgação de resultados que
lhes são desfavoráveis. É que uma fatia razoável do eleitorado entende que perde o
voto quando o candidato de sua preferência está na iminência de ser vencido, o que
pode gerar uma mudança de opção.
O processo de pesquisa eleitoral influencia as estratégias de campanha ao
oferecerem subsídios de informações ao staff, fazendo com que este possa alterar,
se necessário, os rumos do trabalho realizado. Esses subsídios, portanto, são
fundamentais para o refinamento constante das estratégias de campanha.
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Se olhamos para o mercado eleitoral, estamos falando de um conjunto de pessoas
que procura, em um candidato ou partido, uma entidade que potencialmente realize
seus anseios e interesses. Nesta direção, o político precisa descobrir quem são essas
pessoas. Para isto, é preciso reunir o maior numero de informações possível, para ter
mais chances de acertar o público alvo e de ajustar as propostas em relação aos
anseios deste público. Aqui temos a relevante função das pesquisas eleitorais, que
têm por objetivo mapear interesses e expectativas do eleitorado. Parte relevante do
processo de planejamento, as pesquisas garantirão as informações seguras para o
desenvolvimento da campanha. Essas pesquisas, contudo, podem adotar dois tipos
de métodos distintos, ora privilegiando análise minuciosa de alguns poucos casos de
eleitores, ora analisando grandes séries de características do mercado eleitoral.
Quando falamos em método de pesquisa, falamos em pesquisa qualitativa e
quantitativa. A chamada pesquisa qualitativa tem como vantagem acessar os mapas
cognitivos dos eleitores no caso da sua realização, sendo possível tentar descobrir
aquilo que eles estão pensando no momento, o que torna esta prática fundamental
para qualquer tipo de tomada de decisão. Na pesquisa com metodologia qualitativa
(em que o valor está na qualificação), há a possibilidade de trabalharmos com
interpretação e análise causal; dessa forma, podemos ampliar e aprofundar os
objetivos do trabalho.
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Tema: Equipe de Campanha
Para Iten e Kobayashi (2002), a formação de uma boa equipe precisa estar de acordo
aos seguintes preceitos básicos de conhecimento e aptidão:
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É muito conhecida a frase de Rego (2002), quando diz: “[Marketing] não ganha uma
campanha, quem ganha uma campanha é o candidato”. O Marketing auxilia com
planejamento e estratégias. Assim, temos que ressaltar as estratégias utilizadas em
alguns cases de sucesso. Em 2002, Paulo Paim, candidato, obtém ou conta com
preferências com base no seu nome, em virtude de seu talento pessoal para dar início
a uma reação emocional, sua habilidade em utilizar a mídia de massa e sua
capacidade de projeção.
Neste caso de sucesso, um dos elementos que ressalta é o papel da comunicação de
massa. Por Comunicação de Massa subentendem-se milhares de pessoas
heterogêneas de camadas sociais diferenciadas, níveis culturais distintos, idades
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variadas, religiões e profissões diversas, constituindo um único grupo, o qual é
atingido simultaneamente por uma mensagem.
Outro elemento que contribuiu para a campanha vencedora foi a nacionalização da
campanha com a aproximação á candidatura de Lula desde o princípio.
Também uma agenda de campanha voltada para os grandes centros e a capitalização
das conquistas do governo Olívio Dutra são elementos que contribuíram para o
sucesso desta campanha.
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É muito conhecida a frase de Rego (2002), quando diz: “[Marketing] não ganha uma
campanha, quem ganha uma campanha, é o candidato”. O Marketing auxilia com
planejamento e estratégias. Assim, temos que ressaltar as estratégias utilizadas em
alguns cases de sucesso mas também temos que evidenciar, em outros, o fato de que
a estratégia escolhida, pode render a perda de uma campanha. É o caso de Esperidião
Amim na campanha de 2002.
Um dos problemas que levou Amin ao fracasso em 2002, quando perdeu para Luiz
Henrique da Silveira no segundo turno, mesmo tendo ficado em primeiro lugar no
primeiro turno, foi a campanha subliminar desenvolvida pela imprensa desde o ano
anterior, por meio de manchetes ostentosas e sem qualquer fato que lhes dessem
base jornalística ou veracidade. Foram manchetes do tipo a seguir. A coordenação da
campanha viveu e incorporou uma realidade alternativa, isso pode ser classificado
como grande erro de posicionamento. Durante aquela campanha, em sintonia com o
slogan de Amin, essas propagandas ideológicas pretendiam criar um clima de euforia
que fosse capaz de mascarar a dura realidade enfrentada pela maioria e a população
que convivia com o crescimento do desemprego, com a queda do poder aquisitivo e
com o aumento da inflação real, principalmente na área de serviços.
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Sumário
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