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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

TERMODINÂMICA

Termodinâmica do
Equilíbrio I

Prof. Dra. Francine Antelo

1° Semestre/2015
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TERMODINÂMICA

Introdução

Termodinâmica

Estabelece relações entre os estados de um sistema que sofre um


determinado processo.

Até aqui!

1ª Lei 2ª Lei
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TERMODINÂMICA

1ª Lei 2ª Lei

Aplicação a processos reversíveis e irreversíveis para obter...

Potência necessária ou fornecida


Quantidade de calor absorvida ou dissipada
Valor de uma propriedade desconhecida do estado final
(ou inicial)
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TERMODINÂMICA

Agora!!

Estudo da composição de uma mistura quando esta alcança o


equilíbrio entre fases coexistentes ou na presença de reações
químicas.

Processos trabalhados constantemente

Substâncias químicas reagem para formar os produtos


desejados que devem ser separados de outros subprodutos ou
de reagentes que não reagiram.
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TERMODINÂMICA

Esquemas de separação típicos envolvem contato/formação de


fases distintas nas quais um dos componentes da mistura se
separa de forma preferencial.

O que é desejável?

Que possamos calcular o grau em que as substâncias reagem


quimicamente e o grau em que uma determinada espécie se
transfere para uma outra fase em função das condições do
processo.

Segunda área principal da termodinâmica


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TERMODINÂMICA

Segunda área principal da termodinâmica

Sistemas em equilíbrio

Deseja-se calcular como as espécies químicas se distribuem


entre as fases quando existir mais de uma fase
(equilíbrio de fases)
ou qual é a distribuição das espécies (quando se chega ao
equilíbrio) quando as moléculas do sistema reagem
quimicamente
(equilíbrio de reações químicas)
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Equilíbrio de fases

Cálculos restritos a sistemas em equilíbrio, fornecendo


informações sobre a direção da força motriz para um determinado
sistema (o sistema segue espontaneamente para seu estado de
equilíbrio).

,   podem representar qualquer fase, S, L, V

Equilíbrios de interesse L-V, L-L, L-S, G-S, S-S


T P
 Sistema fechado
Pode estar em equilíbrio dinâmico

7
Sistema aberto??
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Sistema em equilíbrio Sistema em equilíbrio


mecânico térmico

Não pode haver gradiente Não pode haver gradiente


de P de T

P = P  T = T

O que ocorreria se T > T por exemplo?

T P
 A energia fluiria do quente para o
frio até que as energias se
igualassem.

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Equilíbrio de fases

Na formulação de problemas, devemos medir somente a P e a T


de uma fase pois esses valores tem que ser os mesmos no
sistema todo.

A montagem pistão-cilindro é usada para



nos lembrar que o sistema tem que ser
capaz de variar o seu volume para
 estabelecer os equilíbrios térmico e
mecânico.
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Equilíbrio químico

Força motriz para transferência de espécies químicas - Não é tão


facilmente visualizável!!

Questões relevantes:

Quais são os critérios para o equilíbrio químico de uma espécie


i?

Como usamos esses critérios para resolver problemas de


equilíbrio de fases (com T e P conhecidas)?
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Equilíbrio de Fases de Substâncias


Puras

Equilíbrio de fases de uma substância pura

Critérios que indiquem quando duas fases coexistem em equilíbrio.

Um caminho
2ª Lei
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Entropia Relacionada à direcionalidade de um processo.

Representa estado que um sistema não tem


Equilíbrio tendência a mudanças (nenhuma
direcionalidade resta).

Estado de equilíbrio ocorre quando a entropia do universo atinge


um máximo.

Critério de estabilidade
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Critério de estabilidade

Se o critério de estabilidade não for satisfeito, então o sistema se


separa em duas ou mais subsistemas homogêneos que são as
fases em equilíbrio.
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Abordagem que nos permita calcular o equilíbrio de fases


considerando somente as propriedades do sistema (ao contrário
da entropia do universo, que envolve vizinhança).

Combinação 1ª e 2ª Leis

Energia de Gibbs
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Determinando-se G para cada fase de um sistema, podemos


estabelecer quando duas fases coexistem em equilíbrio.

Como G fornece essa informação?

1ª Lei considerando só trabalho:

Para P cte (equilíbrio mecânico) e utilizando a definição de


entalpia
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2ª Lei:

2ª Lei considerando combinada à 1ª Lei :


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Para T cte (equilíbrio térmico):

Então para sistema fechado:


T e P lembram que a
expressão é válida a T e P
constantes!
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Para um processo espontâneo, a energia de Gibbs de um sistema,


à pressão e temperatura constantes, sempre diminui ou fica
constante.

Essa energia nunca aumenta!

O sistema quer minimizar sua energia de Gibbs.

O equilíbrio é o estado em que as propriedades do sistema não


variam, portanto o equilíbrio ocorre no mínimo da energia de
Gibbs.
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Gibbs total de uma substância pura i, para duas fases  e 

ni, ni: número de moles de i


nas fases  e 

Critério para o equilíbrio químico


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T = T

P = P 

g = g

A variável auxiliar, a energia de Gibbs, embora não seja


diretamente mensurável, fornece a mesma informação em
relação ao equilíbrio químico que a T fornece para o equilíbrio
térmico e a pressão para o equilíbrio mecânico.
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A termodinâmica nos proporciona um modo de prever a


localização das curvas de equilíbrio.

Admitindo que duas fases estão em equilíbrio numa


determinada P e T, se alterarmos a P, temos que ajustar a T
para um valor diferente garantindo que as duas fases
permaneçam em equilíbrio.

Deve haver uma relação entre a alteração na P que fizemos e a


alteração na T que temos de fazer de modo a assegurar que as
duas fases permaneçam em equilíbrio.
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Em equilíbrio, duas fases tem a mesma energia de Gibbs!

Quando a T é
alterada para que as
duas fases
permaneçam em
equilíbrio, a P deve
ser mudada de
modo que as
energias de Gibbs
das duas fases
permaneçam iguais.
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Equação de Clapeyron

Dá o aumento de pressão, dP que é necessário para manter o


equilíbrio de fases de uma substância quando a temperatura
aumentou de dT.

Fornece o coeficiente angular de qualquer


curva de equilíbrio em termos da entropia e
do volume da transição.
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Equação de Clapeyron
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Superfícies da energia de Gibbs para cada fase.

Representa as Em um
condições em determinado
que é satisfeita conjunto de
e as duas fases condições
estão em para P e T na
À esquerda equilíbrio
linha de
coexistência,
ambas as
fases têm
energias de
Gibbs iguais,
assim  e 
coexistem em
À direita equilíbrio
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Aplicações

Aplicável para qualquer transformação física entre


fases (fusão, alotropia, ebulição) que são
transformações que ocorrem a T e P constantes.

Equilíbrio sólido-líquido.

Equilíbrio líquido-vapor.

Equilíbrio sólido-vapor.
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Equação de Clausius-Clapeyron

Idealizações

vliq é desprezível em comparação à vgas.

P é baixa o suficiente de modo que vgas pode ser calculado a


partir da equação de estado.
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TERMODINÂMICA

Mostra que para uma determinada


variação de T, quanto maior a entalpia
de vaporização, maior a variação da P
de vapor .

Permite o cálculo da P de vapor a uma


determinada T desde que a P de vapor
seja conhecida numa outra T.
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TERMODINÂMICA

Termodinâmica das Misturas

Do ponto de vista de combinações de interações moleculares, as


misturas são mais complexas do que substâncias puras.

Substâncias puras

Todas interações intermoleculares são idênticas e as


propriedades termodinâmicas resultantes são uma manifestação
dessas interações.
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Propriedades da mistura

Dependem da natureza e da quantidade de


cada um dos componentes que formam a
mistura.

Os valores das propriedades da mistura não serão afetados


somente pelo comportamento dos componentes presentes, mas
também pelo modo como eles interagem entre si.
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Exemplo:
Se misturarmos 50 mL de etanol com 20 mL de água, a 25°C e
medirmos o volume da solução final, teremos 67 mL!!

A solução “diminuiu” porque o agrupamento entre o etanol e a água


é mais eficaz do que as substâncias puras.

Isso se deve à natureza da ligação hidrogênio envolvida na estrutura


do líquido.

Como a massa é uma grandeza aditiva, ela se conserva, no entanto o


volume é diferente da soma do volume das substâncias puras.

A diferença na mistura é devida à natureza das interações etanol-


água e ao fato delas serem diferentes das interações entre as
substâncias puras (água-água, etanol-etanol).
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TERMODINÂMICA

Substância como parte de uma mistura

Contribui para as propriedades da mistura pois as propriedades


totais da solução dependem da quantidade de cada um dos
componentes presentes e das suas respectivas interações.

Perde sua identidade!!

Meio de contabilizar a contribuição de cada um dos


componentes para uma propriedade da solução.

Propriedade parcial molar


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Grandeza parcial molar


Contribuição (por mol) que uma substância faz a uma propriedade
total da mistura.

Volume parcial molar


Representa a contribuição que uma substância faz ao volume total
da mistura.

Apesar de 1 mol de uma substância, quando pura, ter um


volume característico, 1 mol da mesma substância pode
contribuir diferentemente para o volume total de uma mistura,
pois as moléculas interagem de forma diferente nas
substâncias puras e nas misturas.
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TERMODINÂMICA

Volumes parciais molares conhecidos

Obtenção do volume total da mistura

Em uma mistura de composição especificada,quando um certo nº


de moles nA de A são adicionados, a composição permanece
virtualmente constante, mas o volume da amostra aumenta nAVA.

Da mesma forma, quando um certo nº de moles nB de B são


adicionados, o volume aumenta de nBVB.

O aumento total no volume é, então de nAVA + nBVB.


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A mistura ocupa agora um volume maior, mas a proporção entre


os componentes continua a mesma.

Em seguida, retiramos do sistema, cujo


volume aumentou, uma amostra que
contém nA moles de A e nB moles de B.

O volume dessa amostra é nAVA + nBVB.

Uma vez que o volume é uma função de


estado, a mesma amostra poderia ter
sido preparada simplesmente
misturando-se as quantidades
apropriadas de A e B.
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TERMODINÂMICA

Se K (símbolo) representar qualquer propriedade termodinâmica


extensiva possível (V, U, H, S, G), pode-se definir a propriedade
parcial molar como:

O nº de moles de todos
os outros
componentes é
Sempre em mantido cte, exceto o
termos de ni e de i
Sempre
nunca xi
mantenha as
propriedades
intensivas P e T
constantes
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TERMODINÂMICA

Uma propriedade parcial molar sempre é definida à T e P


constantes, dois critérios para o equilíbrio de fases.

Se, além de manter T e P ctes, mantivermos também a


composição da mistura cte (ou seja, a fração molar de todos os
componentes) então as propriedades parciais molares são
constantes.
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TERMODINÂMICA

Equação de Gibbs-Duhem

T e P cte

Estabelece vínculos entre as propriedades parciais molares dos


diferentes componentes presentes em uma mistura.

Em uma mistura binária, se conhecermos os valores de uma


propriedade parcial molar de um dos componentes, pode-se
aplicar essa relação para calcular valores da propriedade parcial
molar do outro componente.
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Para encontrar, por exemplo, o volume parcial molar do


componente B em uma solução binária, tendo conhecimento da
dependência do volume parcial molar do componente A, VA, em
função da composição, tem-se:
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Se dispormos de uma expressão para o volume


parcial molar do componente A em
contraposição à fração molar, podemos aplicar a
equação acima para obter a expressão
correspondente para o componente B.
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As expressões para as propriedades parciais molares não são


independentes, elas estão ligadas pela equação de Gibbs-
Duhem!

As propriedades parciais molares são governadas pela forma


com que uma substância se comporta na mistura.

De um ponto de vista molecular, espera-se que as propriedades


parciais molares de A e B estejam relacionadas, pois é a
mesma interação entre A e B que determina a diferença entre o
modo como cada uma delas se comporta na mistura,
comparado ao modo como se comportam quando a substância
está pura.
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TERMODINÂMICA

Para sistemas binários

Propriedades parciais são facilmente calculadas diretamente a partir


de uma expressão para a propriedade da solução como uma função
da composição, a T e P constantes.
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TERMODINÂMICA

Diferentes tipos de propriedades termodinâmicas

Tipos de propriedades a serem acompanhadas nas misturas

Propriedades totais da solução

Propriedades das substâncias puras

Propriedades parciais molares


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Propriedades totais da solução

São as propriedades da mistura do ponto de vista global.

Extensiva: K = V, G, U, H, S

Intensiva: k = K/n = v, g, u, h, s
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Propriedades das substâncias puras

São as propriedades de qualquer um dos componentes da


mistura quando existe puro à T, P e fase da mistura,
representada com um subscrito i.

Extensiva: Ki = Vi, Gi, Ui, Hi, Si

Intensiva: ki = Ki/ni = vi, gi, ui, hi, si


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Propriedades parciais molares


Podem ser vistas como a contribuição específica da substância i
para a propriedade total da solução.

Ki = Vi, Gi, Ui, Hi, Si


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Propriedades de mistura
Descreve quanto uma determinada propriedade varia como
resultado do processo de mistura.

É a diferença entre a propriedade total da solução e a soma das


propriedades das substâncias puras que constituem as
misturas, calculadas de forma proporcional às quantidades de
cada substância presente na mistura.
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Matematicamente:

Por exemplo:
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As propriedades das substâncias puras são definidas à T e P da


mistura.

É determinada pela soma proporcional da diferença entre a


propriedade parcial molar e a propriedade da substância pura,
para cada um dos componentes da mistura.

Uma propriedade parcial molar de uma determinada substância é


justamente a contribuição dessa substância para a mistura
enquanto a propriedade da substância pura é indicativa de como
a substância se comporta sozinha
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Relação entre a energia de Gibbs total de qualquer sistema


fechado e a T e a P

n é o nº total de moles do sistema

Sistema monofásico fechado:


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Sistema monofásico aberto - Matéria pode entrar e sair do sistema


e nG se torna uma função do nº de moles das espécies químicas
presentes e ainda de T e P.

Potencial químico
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Relação fundamental entre propriedades para sistemas de


fluidos monofásicos com massa e composição variáveis

Assim: Outras propriedades de


soluções vem de definições,
por exemplo:
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TERMODINÂMICA

Quando a energia de Gibbs é representada como uma função de


suas variáveis T e P, ela assume o papel de uma função de
geração, fornecendo os meios para o cálculo de todas as outras
propriedades termodinâmicas através de operações
matemáticas simples (diferenciação e álgebra elementar), e
implicitamente representa uma informação completa sobre
propriedades.
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As propriedades parciais estão relacionadas entre si:

Utilizando Maxwell:
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Considerando-se ainda:

Simplificando:

Permitem o cálculo dos efeitos de P e T na energia de Gibbs


parcial (ou no potencial químico).
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TERMODINÂMICA

Cada equação que fornece uma relação linear entre


propriedades termodinâmicas de uma solução com composição
constante, tem como sua correlata uma equação ligando as
propriedades parciais correspondentes de cada espécie na
mistura.
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Equilíbrio de Fases de Sistemas


Multicomponentes

Critérios de equilíbrio de fases

Descrição de misturas

Sintetiza todo o problema de equilíbrio de fases


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Variação diferencial da energia de Gibbs total como soma da


variação diferencial de cada fase:

Pela relação entre as propriedades fundamentais:


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Aplicando os critérios de equilíbrio químico e mecânico:

Se houver uma variação diferencial da T da fase , ela terá que


ser compensada por uma variação diferencial idêntica na T da
fase .
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Combinando, então:

Surgindo o conceito já exposto anteriormente de potencial


químico:

Lembrar: potencial químico e


energia de Gibbs parcial molar
são sinônimos!
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Então, em termos do potencial químico:

Para um sistema fechado, qualquer espécie química que saia da


fase  entrará na fase  e:
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Dessa forma:

E de forma geral:

Aplicável a todos m componentes do sistema, ou seja, existem,


neste caso, m equações diferentes.
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Potencial químico

Conceito bastante abstrato visto que não pode ser medido


diretamente.

Relação potencial químico x transferência de massa

Idêntica à relação entre a T e o transporte de energia ou a P e o


transporte de momento.
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TERMODINÂMICA

Dois sistemas com potenciais químicos


diferentes para a espécie química i

Haverá transporte da espécie química i do potencial químico


maior para o potencial químico menor até que os potenciais
químicos se igualem e o equilíbrio químico seja alcançado.
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TERMODINÂMICA

A maior dificuldade de se entender o potencial químico é que ele é


um conceito abstrato, enquanto que a T e a P são propriedades
mensuráveis.

Contudo, podemos aplicar o conceito de potencial químico para


aprender sobre a força motriz para a transferência de espécies
químicas da mesma maneira que associamos a T ao transporte de
energia.

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