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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DE LAGARTO

HABILIDADES PRÉ-CLÍNICAS III

RELATÓRIO DA DISCIPLINA

RAQUEL DOS SANTOS GONÇALVES

202100100693

LAGARTO-SE

2024
Aula 1: Propriedades dos Materiais Odontológicos

Os materiais dentários são os elementos utilizados para substituir qualquer tecido


dentário perdido ou auxiliar na reposição. A origem da sua utilização na tentativa de
recuperar estética/funcionalidade dentária pode ser datada em torno de 7000 a.C.,
época em que alguns povos utilizavam incrustações metálicas como adornos; foram
encontrados vestígios dos anos 2000 a.C. de próteses fixas de dentes presos por
amarrações com fios de ouro; foram observadas as tentativas de utilização de
dentes esculpidos em pedra ou em madeira em 300 a.C.; em 1700 foram produzidas
dentaduras com dentes em marfim e estrutura em madeira.

Na odontologia moderna podem ser mencionados a utilização de novos tipos de


materiais. Em 1896, o professor Black, tido como pai da odontologia, apresentou a
formação balanceada do amálgama. Em 1929, com uma preocupação estética mais
aflorada, foram utilizadas algo próximo, mais provisório, do que se conhece como
facetas de porcelana, principalmente em cineastas. Em 1962 é patenteada a resina
composta. No início da década de 70 surge o cimento de ionômero de vidro. Em
1975 é produzida a cerâmica à base de silicato de lítio. Em 1979 houve
consolidação dos processos de adesão.

Atualmente, são materiais odontológicos os elementos do fluxo digital da


odontologia, que consiste na realização de planejamento virtual dos casos, sejam
para a construção de guias, sejam para a confecção de próteses. Sua utilização é
um meio de preparação para procedimentos invasivos.

Os chamados materiais dentários são divididos em três grandes categorias:

Os materiais metálicos estão presentes na dentística, mas são ainda mais


frequentes na prótese e na implantodontia, por meio de diferentes tipos de liga que
ofertam propriedades diferentes. Nos implantes, por exemplo, é mais interessante a
utilização de ligas à base de titânio. Também, o amálgama é uma liga metálica
utilizada em restauração.

Os materiais cerâmicos são mais estéticos, e seu uso foi potencializado a partir do
maior desenvolvimento das técnicas de adesão, por volta da década de 70. As
lentes de contato são um exemplo da categoria, com uso em restaurações unitárias,
múltiplas e infraestruturas de próteses maiores.

Os materiais poliméricos são os mais utilizados na odontologia, uma vez que


possuem uma gama de recursos ampla, para uso direto ou indireto, em diversos
tipos de prótese e restaurações com resina composta (polímeros plásticos). Além
dos polímeros plásticos, existem os polímeros borrachóides, que são à base de
polivinil siloxano (silicone de adesão ou condensação), que são materiais elásticos
úteis na moldagem, servindo como acessórios.
Existem algumas certificações acerca dos materiais dentários. A primeira delas é a
ADA (American Dental Association), que testa e categoriza os materiais,
assegurando qualidade. A FDI (World Dental Federation) atua de forma semelhante.
Também, a ISO (International Organization for Standardization) mede a qualidade
dos produtos por meio da padronização da fabricação.

Para a definição de cada material utilizado, é necessária a compreensão de alguns


conceitos:

1. Ângulo de contato: ângulo formado entre um líquido e uma interface. Para um


controle maior na aplicação, o ângulo de contato do material com a superfície
será, idealmente, maior, que um material em que o efeito desejado é o
espalhamento pela superfície.

2. Umedecimento: Capacidade de um líquido escoar facilmente sobre toda a


superfície e aderir ao sólido, penetrando em reentrâncias e poros.

Propriedades físicas

Viscosidade: resistência de um fluido ao escoamento. A ciência que estuda as


características do escoamento da matéria é chamada de reologia. Quanto maior for
a viscosidade, menor o escoamento.

Escoamento: deformação plástica de um material submetido a uma carga pequena


(própria massa) – como virar um copo com água.

Creep: deformação plástica dependente do tempo de um material submetido a uma


carga estática ou tensão constante. Conceito utilizado para se referir a amálgama. O
asfalto sofre creep quando nos cantos da estrada o asfalto cede, e existe uma parte
do material que é empurrado para as laterais.

Propriedades ópticas

Cor: manifestação do espectro visível de luz que se situa entre 400nm (violeta) e
700nm (vermelho).
Fluorescência: emissão de energia luminosa por um material. Dentes respondem à
luz negra demonstrando sua florescência. Diferentes materiais possuem diferentes
fluorescências, uma vez que mesmo tentando chegar na fluorescência dos dentes,
existe diferença na composição.

Propriedades físico-mecânicas

Coeficiente de expansão térmica linear: mudança de comprimento por unidade de


comprimento original quando a temperatura é aumentada 1ºC. Ou seja, quanto esse
material expande ou contrai com uma mudança de temperatura. Essa diferença de
tamanho sobre o comprimento original é chamada de coeficiente de expansão
térmica linear.

Isso é importante para a escolha de materiais que não irão contrair e pressionar
tecidos dentários sem que a estrutura anatômica acompanhe nos momentos em que
o paciente entrar em contato com alguma fonte de calor.

Propriedades mecânicas

Tensão: É a força pela unidade de área em milhões de átomos ou moléculas em um


dado plano de material. A tensão pode se dividir em:

Tração – força que tende a alongar um corpo.

Compressão – força que tende a encurtar um corpo.

Cisalhamento – força que tende a deslocar uma porção de um corpo sobre outro.

Flexão – há ocorrência de diversas forças complexas, que pode envolver os tipos de


tensão mencionados anteriormente.

Deformação: resultado produzido no material pelas tensões. Podem ser de dois


tipos:

Elástica – desaparece quando a força é removida.

Plástica ou permanente – não desaparece quando a força é removida.

Resistência: valor necessário para levar a falha (seja uma fratura ou deformação).
Repetem-se as mesmas categorias da tensão.
Limite de proporcionalidade: limite no qual o valor de tensão deixa de ser
proporcional à deformação.

Limite elástico: é o valor de tensão que um material pode ser submetido e, quando
removida a força, o material retorna às suas dimensões originais. Força além desse
limite deforma o material.

Módulo de elasticidade: Representa a rigidez relativa do material por meio do


quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Não constitui
uma medida de resistência do material. Na verdade, quanto maior o módulo de
elasticidade, mais rígido é o material. Utilizando um material de rigidez muito
superior, pode acontecer do dente fraturar antes da restauração.

1) Friabilidade: relativa incapacidade de um material suportar deformação plástica


antes da fratura ocorrer. Uma lâmina de vidro, por exemplo, ao receber certa
força, quebra antes de deformar.

2) Ductibilidade: capacidade de um material suportar uma grande deformação


permanente sob uma carga de tração sem ruptura. Um exemplo é um fio de
ortodontia.

Dureza: capacidade da superfície de um material de resistir à penetração por uma


ponta sob uma carga específica. Propriedade importante para que a restauração de
um dente não venha a desgastar o dente antagonista.

Propriedades biológicas

Biocompatibilidade: Vive em harmonia com a vida e não causa efeitos prejudiciais


às funções biológicas. É medida com base na citotoxicidade localizada e
genotoxicidade (alergia) antes de serem liberados para uso.

As características de um material ideal seriam:

· Biocompatibilidade

· Resistência à fratura, ao desgaste e à corrosão

· Estética
· Estabilidade de cor

· Adesividade confiável

· Módulo de elasticidade, CETL e dureza semelhante às das estruturas dentárias.

· Radiopacidade

· Longevidade

Aula 2: Cimentos Odontológicos

Os cimentos odontológicos são indicados para restaurações temporárias ou


intermediárias, cimentação de próteses e aparelhos ortodônticos e proteção
do complexo dentino-pulpar. Possuem baixa resistência (por isso provisória, em
áreas de baixa carga de estresse). Sua apresentação pode ser em pó ou líquido.

Sua reação de presa é do tipo ácido-base, com exceção do hidróxido de cálcio; há


dissolução do pó básico em líquido ácido, formando sal. Mudar a proporção pó-
líquido altera a composição. Portanto, deve-se seguir o fabricante.

Na presença de maior proporção de pó que líquido, diminuem a dissolução, a


estabilidade química e as propriedades mecânicas.

Classificações dos cimentos odontológicos:

1. Consistência:

Tipo 1 ou primária: líquida, de melhor escoamento de modo geral.

Tipo 2 ou secundária: grossa, maior espessura e viscosidade. Não serve para


cimentação, mas serve para restauração.

2. Sal da matriz:

Cálcio : hidróxido de cálcio

Zinco : óxido de zinco-eugenol e o fosfato de zinco...

Alumínio: silicato e ionômero de vidro


A consistência e a viscosidade adequadas produzem o ponto de fio para a
consistência primária. O material “vem junto” da espátula, formando um fio até certa
distância do restante do material. Cimentos odontológicos também possuem alta
solubilidade, alta resistência mecânica (ionômero para restauração tem maior
resistência) e capacidade de união aos tecidos dentários (química do material com
dentina e esmalte + adesão micromecânica pelos poros do esmalte).

1) Tempo de Trabalho: para manipulação fora da boca. Passado o tempo de


trabalho, o material perde propriedades
2) Tempo de presa: manipulação no dente, onde são realizados os ajustes
anatômicos / estéticos.

Alguns cimentos são cariostáticos, como o cimento e o ionômero de vidro. Também,


quanto mais metal, maior radiopacidade. O material de proteção pode ser um pouco
mais radiopaco ou da mesma cor da polpa, idealmente. Geram confusão quando
ficam mais radiolúcidos.

Não é sempre que são necessárias essas proteções do complexo dentina pulpar;
depende do material que será colocado por cima. A ultrapassada restauração
sanduíche consistia em várias camadas de proteção antes do restaurador. Hoje
existem melhores adesivos.

Cavidade rasa (até 1mm da junção amelodentinária): apenas restauração.

Cavidade média (compromete ½ da espessura dentinária) + amálgama: precisa de


proteção se estiver próximo ou atingir a polpa.

Cavidade grande (mais da ½ da dentina) + amálgama: base+ selador

O hidróxido de cálcio pode ser usado em várias consistências, sendo cada uma
delas mais apropriada para um fim. Em forma de pasta cimento pode ser
autopolimerizável (quimicamente ativado) ou fotomerizável. Ele estimula a formação
de dentina reparadora, protege de estímulos termoelétricos e tem ação
antibacteriana ou bacteriostática. As soluções servem para a lavagem de cavidades
em exposições pulpares A pasta ou pó são usados no capeamento pulpar (também
chamado ele PA); um hemostático (estanca sangue). O cimento vai sobre base no
capeamento pulpar ou em cavidades muito profundas, sendo também chamado
como "pasta a pasta"
É muito importante que o material de proteção fique só no fundo. Se aparecer na
lateral, ele vai infiltrar.

O cimento de hidróxido de cálcio também é usado de diferentes formas. O "pasta


a pasta" só se usa se for aplicar ácido, por causa do tipo de resina. Há a pasta-base
- dióxido de titânio (56,7 %) em glicol salicilato pigmento - e a pasta catalizadora -
etilabueno sulfonamidas. O ph depende da marca. É importante comprar de marca
boa, porque estará em contato e afetará diretamente a polpa. Indicado para
forramento em cavidades muito profundas ou exposições pulpares sobre o hidróxido
de cálcio PA.

Ele é duro, de pouca resistência mecânica e impermeável às resinas adesivas.


Atende por dycal, que é na verdade o nome da marca. Hoje, as mais usadas são
liner e hidro C. Tem sua manipulação em placa de vidro e aplica-se com o aplicador
de hidróxido de Cálcio.

O cimento de hidróxido de cálcio autoativado, que é apresentado sob a forma de


duas pastas, uma base e outra catalisadora. Devem ser utilizadas na mesma
proporção.

O cimento de hidróxido de cálcio polimerizável é uma pasta única, com adição


de uma resina polimérica. Tem propriedades físicas recomendadas (mais resistente
e menos solúvel; não adere à dentina e tem maior módulo de elasticidade). Pode ser
(F) forro, (R) restauração. (C) cimentação. Partículas de quartzo dão resistência.
Surge da aglutinação de um pó de vidro e um líquido. Seu tempo de trabalho é curto
e o de presa longo. Também é sensível à água e precisa ser coberto. Por fim, é
translúcido. É adesivo, biocompatível, libera flúor.

Sua composição consiste em 45% de água, 30% de água poliacrílico, 10% de ácido
tartárico (melhora características de manipulação, reduz grânulos, aumenta tempo
de trabalho e reduz presa. A composição também é classificada em convencional,
modificado por metal, modificado por resina (+ usado). Esse último também tem
ativação química.

As principais características do cimento de hidróxido de cálcio são: boas


propriedades físicas; relativamente solubilidade à ácidos; indicação como selante;
base e forramento; classes III e V; classe I conservativa; restaurações mistas e
cimentação (bandas ortodônticas); tempo de Trabalho curto /presa longa solúvel. A
água na reação permite hidratação lenta. Ou seja, ocorre a sinérese (perda de
água).
O ionômero de vidro modificado por resina possui melhor estética, resistência total,
menor sensibilidade à água; alteração de cor a longo prazo e caro. Ele tem liberação
de flúor como o original, maior resistência adesiva com condicionamento prévio,
espera de dois dias para fazer polimento. Na manipulação, agita-se para
desaglutinar, dosa-se pó conforme o fabricante e divide-se o conteúdo ao meio na
placa. Posiciona-se o frasco verticalmente para dispensação do produto líquido.
Uma gota a cada colher. Mistura-se cada metade por 15 segundos. Ao final forma-se
o ponto de fio.

Recomenda-se que a manipulação seja feita com a espátula de plástico e bloco de


papel, para que as partículas de vidro arranhem e desprendam outras partículas da
placa de vidro, assim como desprendam íons metálicos da espátula metálica, que
possam ambos, interferir nas propriedades do cimento ionomérico. Uma boa
inserção garante brilho, eliminação de bolhas e homogeneidade.

O óxido de zinco - eugenol (baixa adesão) é de uso temporário, fechamento de


câmaras pulpares, forramentos a ph 7.0. Tem baixa resistência, é incompatível
com resina (usar amálgama), curativo. Distinguem-se em tipo I e tipo II (com
aceleradores). Placa de vidro e espátula metálica para manipulação. O cimento de
óxido de zinco - eugenol tem reação autocatalítica.

Os agentes utilizados para base cavitária são materiais geralmente comercializados


nas formas de pó e líquido, que depois de misturados, formam uma película mais
espessa. As suas funções são proteger o material de forramento, reconstruir parte
da dentina perdida – diminuindo o volume de material restaurador definitivo – e
adequar o preparo cavitário para a inserção de material restaurador. São mais
efetivos na proteção contra estímulos termoelétricos. Devem ser usadas em
cavidades de média e grande profundidade.

Em uma cavidade profunda, com ou sem exposição pulpar, é necessário aplicar um


material para forramento. E para proteger o material de forramento, é indispensável o
uso de um material de base. Nos locais onde esses materiais não entraram em
contato com as paredes cavitárias, é necessário utilizar um agente para selamento.

Em cavidades rasas, apenas o uso de um agente para selamento é necessário para a


proteção do complexo dentinopulpar. O primeiro critério a ser analisado para a
escolha do material para proteção do complexo dentinopulpar deve ser a
profundidade cavitária ou quantidade de dentina remanescente.
Aula 3: Amálgama

Liga de mercúrio, prata, cobre e estanho que também pode conter paládio, zinco e
outros elementos para melhorar as características de manipulação e desempenho
clínico. É o material com maior durabilidade da odontologia.

A palavra “amálgama” vem da mistura. Origem na China - pasta de prata para


restauração de dentes, 659. Sucesso clínico: biocompatibilidade relativa, facilidade
de manipulação, baixa sensibilidade técnica, longevidade e baixo custo.

LIGA CONVENCIONAL: Ag (65-70%), Sn (25-30%) e Cu (0-6%)

Ag – dureza, resistência à compressão, resistência à corrosão.

Sn – redução de expansão de presa.

Cu – dureza, resistência à compressão, resistência à corrosão.

In – diminuir a evaporação de Hg, melhorar o molhamento, diminuir o creep e


aumentar a resistência inicial.

Zn – impedir a formação de óxidos de cobre (corrosão) / estanho e diminuir a


friabilidade, expansão se em contato com umidade (umidade provoca expansão
tardia do amálgama).

Reação básica do amálgama


Partículas da liga + Hg -> amalgamação -> amálgama + partículas da liga.

Classificação das partículas


Limalha: Obtida pela moagem ou limagem de um lingote (a serragem / desgaste do
metal). Precisa de mais Hg para gerar o amálgama. Possui condensabilidade
positiva e é granulosa durante a escultura.

Esféricas: Pulverização sob alta pressão. São mais fáceis de condensar, mas
precisam de condensadores maiores. Ligas esféricas se acomodam de uma forma
diferente, exigindo menos força na condensação, com facilidade na escultura. Sua
superfície é mais lisa e exige cunha e matriz adaptadas precisamente.

Misturas: Mistura de partículas esféricas e limalha – 2/3 de partículas esféricas de


alto teor de cobre. Características de condensação, escultura e acabamento
moderadas.

Classificação das ligas em relação à quantidade de cobre


Convencionais: 0-6% de cobre
Alto teor de cobre: 10-40% de cobre
Mecanismo de reação
1. Penetração do Hg
2. Formação de y1 e y2 (fases metalúrgicas).
3. Resíduos de partículas de Ag3Sn (liga inicial que não reagiu com mercúrio)
Ligas convencionais:
Ag3Sn + Hg -> Ag3Sn (fase y) + Ag2Hg3 (fase y1) + Sn8Hg (fase y2)

A fase y2 é muito ruim mecanicamente, fazendo com que o amálgama falhe. Por
isso é importante que seja eliminada.
● Dureza vickers baixa
● Grande responsável pela corrosão
● O2 e Cl2 presentes na saliva + y2 -> elevação de Hg
● Elevação Hg + Ag3Sn -> expansão do amálgama

Classificação das ligas de alto teor de cobre


Diferença: mecanismo de reação
Ligas de fase dispersa (Ag3Cu2)
Ligas de composição única Ag (40%), Sn (25-30%), Cu (10-40%).

Alto teor de cobre – vantagens


Redução significativa de y2
Afinidade do Cu pelo Sn é maior que a do Hg pelo Sn
Melhoria nas propriedades
Maior resistência à corrosão
Maior resistência à fratura marginal
Maior integridade marginal

Proporção mercúrio
Quantidade suficiente para proporcionar massa coesiva e plástica
Evitar remoção de excessos consideráveis
Composição de ligas
Tamanhos e formas das partículas
Tipo de tratamento
Baixa quantidade de Hg: mistura seca e granulosa, com adaptação dificultada.
Alta quantidade de Hg: maior conteúdo de Hg residual e maior teor de fase y2.

Apresentação comercial
O mercúrio junto com a liga (insumo + liga) era mais barato que a cápsula. Por outro
lado, o aparelho que faz a mistura da cápsula é mais barato que o aparelho que faz
a mistura da liga.
Cápsulas de amálgama – quantidades pré-proporcionadas, separação física Hg/liga,
diminuição da probabilidade de extravasamento.

Algumas das características do amálgama são: estabilidade dimensional,


resistência, escoamento, corrosão e toxicidade.

A ausência da estabilidade dimensional pode se manifestar na contração (que gera


microinfiltração e cárie recidivante) ou expansão (pressão sobre a polpa e
sensibilidade pós-operatória).

A contração pode ocorrer devido ao alto teor de cobre, presença de Sn, partículas
de corte fino ou micropartículas. A expansão ocorre em ligas convencionais, com
trituração insuficiente, falta de condensação e contaminação por umidade durante a
trituração ou condensação. Já a expansão tardia é provocada pela presença do Zn,
controle de umidade essencial e expande 4% de 3 a 5 dias.

Resistência à compressão – 250 MPa (alta)


Resistência à tração – 48 MPa (baixa)

A baixa resistência à tração é ruim em cavidades rasas, sendo possível que ocorra
fratura devido às forças de tração. O amálgama é friável, ocorrendo facilmente
fratura das margens, cristas e istmos.

Para ser amálgama, essas são as características necessárias (ADA):


- Valor máximo do creep (escoamento) – 3%;
- Valor mínimo de resistência a compressão – 80MPa (1h);
- Alteração dimensional de +- 20 micrometros no intervalo entre 5min e 24h
após a trituração.

O escoamento, também conhecido como creep, é a deformação permanente sob


ação das tensões menores que o seu limite de proporcionalidade. Ligas de alta
resistência possuem menor porcentagem de escoamento. Quanto mais alto o
escoamento, mais alto o grau de deterioração marginal, e quanto maior a fração de
y1, maior o escoamento. Há grande ocorrência de modificação dos contatos
interoclusais e desajustes das margens gengivais.

A prevenção ao escoamento (creep) se dá por meio da proporção mercúrio-liga


minimizada, pressão de condensação máxima nas ligas usinadas e dispersas e
atenção na trituração e condensação.
A corrosão é inerente a este material metálico. Acontece na interface entre o dente e
a restauração, promovendo um velamento marginal da restauração, impedindo
infiltração de bactérias e de uma recidiva (restauração autoselante). Por outro lado,
a corrosão também prejudica a textura superficial, provoca fraturas marginais,
descoloração do dente e possível toxicidade.

O manuseio de resíduos precisa ser em recipiente não-friável e hermeticamente


fechados, em superfícies impermeáveis e de fácil limpeza (em caso de
derramamento, a limpeza deve ser imediata), em cápsulas fechadas, com técnica
sem toque no manuseio e com resquícios de amálgama corretamente armazenados.
Esse manuseio deve ocorrer em local ventilado, com cuidado para que não haja
aquecimento do Hg ou do amálgama. Realizar sucção e refrigeração na remoção do
amálgama, com mensuração anual da equipe de trabalho e treinamento da equipe
que manuseia o mercúrio.

As restaurações em amálgama são indicadas para restaurações classe I, II e V,


núcleo de preenchimento e obturações retrógradas. É contraindicada para fins
estéticos, cúspides enfraquecidas, cavidades com translucidez, quantidade de
dentina remanescente, tratamento de cáries incipientes e fissuras cariadas e
alergias.

Entre suas vantagens estão o baixo custo, custo-benefício, técnica simples,


longevidade clínica, resistência adequada e pequena sensibilidade técnica. Já as
desvantagens são o maior desgaste dental, galvanismo, oxidação e corrosão,
pigmentação dos dentes e da gengiva, não promove reforço ao remanescente
dental, possível contaminação, falta de adesividade, deterioração marginal e estética
desfavorável.

O protocolo clínico inclui: checagem da oclusão, antissepsia, anestesia, preparo


cavitário, isolamento absoluto do campo operatório, limpeza da cavidade (pedra
pomes + escova de Robinson / agente de limpeza), proteção do complexo
dentino-pulpar (verniz cavitário, fluoreto de sódio 2% (2-4min), aplicação de cimento
de Ca(OH)2 e forramento com CIV.

Em seguida vem os passos com o amálgama:

1) Trituração:
Remoção de camada de óxido que recobre as partículas de limalha; íntimo contato
com Hg. Pode ser mecânica ou manual. A mecânica se dá pela utilização do
amalgamador, que permite padronização da trituração, economia de tempo, menor
desgaste do profissional e menor quantidade de Hg. A manual utiliza um “pilãozinho”
chamado grau.
2) Inserção:
Inserção do material na cavidade com o auxílio de um porta-amálgama. Sempre
iniciar pelas cavidades proximais quando existirem. Começar nessa fase a remoção
de excessos de Hg por meio da pressão do porta-amálgama contra a parede em que
o material é inserido.

3) Condensação:
Adaptação do amálgama com as paredes e ângulos dessa cavidade. Visa diminuir o
volume (condensar) e produzir restauração tão uniforme e livre de poros quanto
possível. Faz remoção de excessos de Hg. A condensação diminui o conteúdo de
Hg e deve ter início logo após a trituração da liga, para que haja mais tempo de
trabalho. Não aproveitando isso, haverá menos plasticidade e resistência para
trabalho. A condensação pode ser manual ou mecânica. Deve sempre ser iniciada
pelas caixas proximais. Deve ser realizada utilizando condensadores em ordem
crescente de tamanho.

4) Brunidura pré-escultura:
Melhora a adaptação às margens do preparo e diminui a quantidade de Hg,
utilizando um brunidor.

5) Escultura:
Visa devolver a anatomia oclusão. Amálgama deve oferecer ligeira resistência ao
corte do instrumento, que vai apoiado em estrutura dental remanescente seguindo a
inclinação das vertentes das cúspides.

6) Brunidora pós-escultura:
Menor conteúdo de Hg residual nas bordas da restauração, menor porosidade do
amálgama, superfície mais lisa (posterior ao polimento), melhor adaptação marginal
e melhor desempenho clínico das restaurações. Vai melhorar o selamento, promover
menor evaporação do amálgama cristalizado. Não compensa
trituração/condensação inadequada e nem substitui acabamento e polimento das
restaurações.

7) Acabamento e polimento:
Remover excessos e melhorar a forma. Só pode ser feito de 24-48h após a
execução da restauração. Diminui aspereza, regulariza bordas, refina escultura,
corrige oclusão e diminui acúmulo de placa bacteriana. Não deve gerar calor
excessivo para não aflorar Hg à superfície da restauração. Usam-se brocas
multilaminadas, borrachas abrasivas, pastas de polimento e óxido de
zinco+álcool/branco de Espanha.
Aula 4: Resinas Compostas

A resina é um polímero - material feito de diversões monômeros que sofre uma


polimerização e forma uma espécie de plástico. Foram patenteadas pelo professor
Bowen em 1962. Sua composição consiste em: matriz orgânica, partículas de carga
inorgânica, agente de união e acelerador-iniciador.

● Na matriz inorgânica, encontram-se monômeros – Bis GMA ou UDMA (alto


peso molecular, alta viscosidade e baixo poder de penetração) e diluentes –
TEGDMA. Produz consistência de pasta e pode produzir contração de
polimerização em desequilíbrio. Toda resina composta contrai.

● Na carga inorgânica há partículas de vidro, quartzo e/ou sílica de diferentes


tamanhos, formas e quantidades. Diminui a absorção de água, reduz a
contração de polimerização, diminui coeficiente de expansão térmico-linear
(alteração de dimensão com a alteração de temperatura) e aumenta
resistência ao desgaste.

● O agente de união tem uma molécula anfótera, o que permite a união entre a
parte orgânica e a inorgânica de uma resina composta.

● Aceleradores-iniciadores são aparelhos responsáveis pela reação de


polimerização.

Propriedades ideais das resinas compostas:


- Resistência ao desgaste;
- Lisura superficial;
- Contração de polimerização;
- Resistência à fratura;
- Estabilidade de cor;
- Expansão higroscópica;
- Expansão térmica;
- Radiopacidade.

Classificação quanto ao escoamento

Compactável – mais resistentes à abrasão e compressão, pouco desgaste de


superfície, contração de polimerização < 2% e alta densidade possibilitando melhor
escultura, acomodação e obtenção de ponto de contato.

Convencional – Mais usadas, com melhora das propriedades constantes. Podem


ser utilizadas em áreas de grandes esforços, têm lisura superficial melhorada, maior
contingente de marcas atuais, tem indicação universal, bem como dispositivos e
técnicas especiais para contato proximal.

Flow – Ou resinas fluídas, tem indicações restritas devido ao alto desgaste de


superfície. Usada para cáries incipientes, reparo de restaurações e selantes.
Regulariza cavidades e amortece choques. Menor estresse interno de contração –
vedamento marginal.

Classificação das resinas quanto ao tamanho de partículas

Macropartículas: partículas de 15 a 100μm com 60% a 65% de carga. Usada para


dentes posteriores, promovendo mais resistência.

Micropartículas: partículas de 0,01 a 0,1μm com 30 a 50% de carga. Usada em


dentes anteriores, promovendo mais lisuras.

Híbridas: partículas de 0,6 a 5μm com 60 a 65% de carga.

Microhíbridas: combinação de partículas de 0,04μm e partículas maiores que 2μm


com 60% de carga.

As mais usadas hoje:

Nanopartículas: partículas de 20 a 75nm com 60% de carga.


● Propriedades mecânicas iguais às das resinas híbridas e micro-híbridas
● Baixa contração de polimerização
● Alta resistência ao desgaste
● Lisura superficial superior à das resinas de micropartículas
● Manutenção do brilho superficial

São partículas tão pequenas que formam agrupamentos que se comportam, em


certos aspectos, como macropartículas. No polimento, são tiradas partículas muito
pequenas.

Nanohíbridas: partículas entre 0,04 e 3μm.

Entre as vantagens de se usar resinas compostas, estão a estética, preservação da


estrutura dental, adesividade, radiopacidade, reforço da estrutura remanescente e
facilidade de reparo.
Entre as desvantagens estão a contração de polimerização, resistência ao desgaste,
técnica sensível e restabelecimento do ponto de contato proximal.

O Fator C (Fator de configuração cavitária) consiste no nº de superfícies de resina


aderidas a paredes da cavidade / nº de superfície de resina não aderidas. Quanto
maior o fator C, maior a contração.

Para contornar a contração de polimerização, existem algumas técnicas de


posicionamento da resina dentro do dente:
Técnica incremental - contornando o fator C.
Técnica de fotopolimerização por soft-start ou por pulso tardio - aumenta o
tempo da fase pré-gel.

As resinas bulk-fill podem ser utilizadas em incrementos único convencional ou


flow, de 4 a 5 mm- menor tempo clínico. Quebram a tensão por meio da substituição
de partículas. Dão sensação de dente acinzentado por causa da translucidez.
Exigem cuidados como a potência do fotopolimerizador (800 a 1000 mW/cm2),
translucidez da resina e adaptação da matriz e cunha.

As resinas supra-nanométricas tem partículas de tamanho de 100-300nm -


suprananométricas esféricas monodispersas, gerando efeito “camaleão”. Ocorre
difração da luz pelas partículas esféricas de vidro. Exemplo: Palfique LX5.

Quanto às classificações de cores de resina composta:

Sistemas VITA: cores de dente (esmalte e dentina). Classificam em matriz e


saturação. Variam de A1 a D4.
Sistemas não-VITA: classificam em opacidade e efeitos.

Indicações de resina composta


- Restaurações de classes I, II, III, IV e V;
- Lesões cervicais não-cariosas;
- Cimentação de restaurações indiretas;
- Restaurações indiretas e PPF;
- Recontorno dental;
- Colagem de brackets;
- Fechamento de diastemas;
- Selamento apical.
Aula 5: Anatomia dental

Incisivos centrais superiores


Dente absolutamente indispensável na estética facial e o mais importante na
articulação das palavras para a emissão de sons línguo e labiodentais. Como todos
os incisivos, têm forma de cunha ou de chave de fenda, para cortar alimentos. Sua
face vestibular apresenta dois sulcos rasos de disposição cervicoincisal,
consequência da fusão dos lobos de desenvolvimento. Como nos demais incisivos
recém-erupcionados, ele exibe borda incisal serrilhada, pela presença de três
mamelões, os quais são pequenas eminências que, à semelhança dos sulcos
vestibulares, constituem vestígios da separação dos lobos de desenvolvimento.
Depois que os incisivos completam a erupção e adquirem uma posição funcional, o
uso e a atrição provocam o gradual desaparecimento dessas saliências.

Face vestibular - vista por esta face, a coroa é estreita no terço cervical e larga no
terço inicial. Isso significa que as bordas mesial e distal convergem na dire. são
cervical. Mas a borda mesial é mais retilínea e continua em linha com a superfície
mesial da raiz. A borda distal é mais convexa, mais inclinada, e ao encontrar a
superfície distal da raiz o faz em ângulo. Na borda incisal, o ângulo mesioncisal é
mais agudo do que o ângulo distoincisal, que é mais obtuso ou arredondado. O
desgaste excessivo faz desaparecer o arredondamento dos ângulos. Por causa da
inclinação da face distal e do arredondamento do ângulo distoincisal, a área de
contato distal situa-se mais cervicalmente do que a área de contato mesial, que se
situa bem próximo ao ângulo mesioincisal.

Face lingual - é mais estreita do que a precedente em virtude da convergência das


faces mesial e distal para a lingual. Seu terço cervical mostra uma saliência
arredondada bem desenvolvida chamada cíngulo. Em seus terços médio e incisal
observa-se uma depressão - a fossa lingual - de profundidade variável, dependendo
das elevações que a circundam. Limitando a fossa lingual, as cristas marginais
mesial e distal também variam em proeminência em diferentes dentes. As cristas
marginais são espessas próximo ao cíngulo e vão perdendo espessura à medida que
se aproximam dos ângulos incisais. Com isso, a fossa lingual vai perdendo
profundidade ao se aproximar da borda incisal. Cristas marginais elevadas dão ao
incisivo central superior uma forma de pá. Esta forma é mais comum entre os povos
amarelos. Japoneses e seus descendentes, por exemplo, não raro, exibem cristas
marginais extremamente desenvolvidas na superfície lingual da coroa. O cíngulo
tem, às vezes, uma extensão que invade a fossa lingual. Sulcos, fossetas ou forame
cego não são comuns nesta face do dente.

Faces de contato - as vistas mesial e distal deste dente ilustram o seu aspecto de
cunha. As faces vestibular e lingual convergem acentuadamente na direção incisal.
Ambas as faces têm uma inclinação lingual, de modo que a borda incisal e o ápice
da raiz ficam centrados no eixo longitudinal do dente. Como em todos os incisivos,
sua face vestibular é convexa, porém, os terços médio e incisal são planos. Por este
ângulo de observação pode-se ver o bisel* da borda incisal, que avança pela face
lingual, quando há desgaste. O diâmetro vestibulolingual é grande no terço cervical,
diminuindo 1mm ou menos junto à linha cervical.

Incisivo lateral superior


Pela sua forma, lembra o incisivo central. No entanto, é menor em todas as
dimensões, com exceção do comprimento da raiz. Incisivos laterais superiores
variam muito quanto à forma, mais do que qualquer outro dente. Ocasionalmente, as
variações são tão grandes que são consideradas anomalias de desenvolvimento, tais
como: forma pontiaguda da coroa, presença de tubérculos pontiagudos como parte
do cíngulo, sulco lingual profundo abrangendo cíngulo e parte da raiz, coroas e raízes
torcidas e outras malformações.

Face vestibular - por ser mais estreita que a do incisivo central, a coroa do incisivo
lateral tem convexidade mais acentuada no sentido mesiodistal. As bordas mesial e
distal são mais convergentes e os ângulos mésio e distoincisal, mais arredondados,
principalmente este último. Isto torna a borda incisal bem inclinada para a distal. As
áreas de contato são mais distantes da incisal do que no incisivo central.

Face lingual - tem os mesmos elementos arquitetônicos do incisivo central, porém,


com cristas marginais geralmente mais salientes e fossa lingual mais profunda. O
cíngulo, apesar de alto e bem formado, é mais estreito. Entre o cíngulo e a fossa
lingual surge frequentemente uma depressão em forma de fosseta, o forame cego.

Faces de contato - são muito parecidas com as do incisivo central, mas a menor
dimensão vestibulolingual ao nível do terço cervical faz com que a linha cervical seja
de curva mais fechada. A borda incisal coincide com o longo eixo do
dente.

Incisivo central inferior


É o menor e mais simétrico dente da dentição permanente humana. Seus elementos
anatômicos, como sulcos e cristas, são os menos evidentes.

Face vestibular - sua largura corresponde a dois terços da largura da mesma face do
incisivo central superior. E convexa no terço cervical, mas torna-se plana nos terços
médio e incisal. As bordas mesial e distal encontram a borda incisal em ângulos
quase retos, muito pouco ou nada arredondados. As áreas de contato estão no
mesmo nível, muito próximas desses ângulos. O desgaste da borda incisal provoca a
inclinação desta para a mesial, isto é, há maior desgaste próximo ao ângulo
mesioincisal, numa oclusão normal. As bordas mesial e distal convergem para o
colo, mas não muito acentuadamente; elas tendem ao paralelismo mais do que em
qualquer outro incisivo.

Face lingual - a face lingual, levemente côncava, é menor que a vestibular em razão
da convergência das faces de contato para a lingual e para a cervical, o que lhe dá
um contorno tendendo para triangular. O cíngulo é baixo e as cristas marginais são
dificilmente perceptíveis. Isto faz com que a fossa lingual seja apenas uma leve
depressão.

Faces de contato - as faces mesial e distal são triangulares, ou seja, relativamente


espessas no terço cervical com perda de espessura à medida que as faces
vestibular e lingual convergem para a borda incisal. Esta borda está deslocada para a
lingual em relação ao longo eixo do dente. Os dois terços incisais da coroa
aparecem, então, inclinados para o lado lingual em relação à raiz. As faces mesial e
distal são planas, ou quase planas, nos terços médio e cervical e convexas no terço
incisal. Nelas, a linha cervical descreve uma curva bem fechada, que se estende
incisalmente até um terço do comprimento da coroa e é mais fechada ainda no lado
mesial. Por esse ângulo de observação pode-se ver o contorno arredondado da
borda incisal. Após o desgaste, identifica-se uma forma de bisel na borda incisal, que
se estende pela face vestibular.

Incisivo lateral inferior


É muito parecido com o incisivo central inferior, mas ligeiramente maior em todas as
dimensões da coroa e da raiz. Até a borda incisal é um pouco mais larga.

Face vestibular - vista por vestibular, a coroa do incisivo lateral difere da do central
por apresentar as bordas mesial e distal mais inclinadas (mais convergentes), o que
lhe dá um aspecto tendente a triangular. Além disso, a borda mesial é ligeiramente
mais alta que a distal; o desgaste acentua essa diferença, provocando grande
inclinação no sentido cervical, de mesial para distal. O ângulo distoincisal é mais
arredondado e obtuso. Todos esses detalhes fazem com que a área de contato distal
esteja um pouco mais deslocada para a cervical em relação à área de contato
mesial.

Face lingual - por esta vista são observados os mesmos aspectos citados na vista
vestibular.
Faces de contato - a diferença mais significativa entre ambos os incisivos inferiores
é a projeção lingual do ângulo distoincisal. A borda incisal não está em perfeita linha
reta, isto é, não corta o diâmetro vestibulolingual em ângulos retos. Ao contrário, ela
é girada distolingualmente, de tal forma que o ângulo distoincisal fique em posição
mais lingual que o ângulo mesioincisal. Este detalhe pode ser mais bem observado
pela vista incisal do dente. O cíngulo também acompanha essa rotação, pois sua
maior proeminência fica ligeiramente distal em relação ao longo eixo do dente. A
rotação da borda incisal corresponde à curvatura do arco dental.

Canino superior
É o mais longo dos dentes. A coroa tem o mesmo comprimento da coroa do incisivo
central superior, mas a raiz é bem mais longa. A forma da coroa dá ao canino um
aspecto de força e robustez.

Face vestibular - visto por vestibular, difere dos incisivos por ter uma coroa de
contorno pentagonal e não quadrangular. Isto se deve à presença de uma cúspide na
borda incisal, que a divide em duas inclinações. O segmento mesial da aresta
longitudinal é mais curto e menos inclinado. O maior e mais pronunciado segmento
distal torna o ângulo distoincisal mais arredondado e mais deslocado para a cervical
do que o ângulo mesioincisal. As bordas mesial e distal convergem para o colo; a
convergência da borda distal é mais acentuada. A borda mesial é mais alta e mais
plana do que a borda distal, que é mais baixa e mais arredondada. As áreas de
contato estão em níveis diferentes; a posição da área de contato distal é mais
cervical (no terço médio). A face vestibular tem no centro uma elevação longitudinal
em forma de crista que termina na ponta da cúspide. É acompanhada de cada lado
por sulcos rasos, que dão um aspecto trilobado à face, sendo que o lobo central é o
mais proeminente. A cúspide está alinhada com o longo eixo do canino, isto é, o eixo
passa pelo ápice da raiz, corta todo o dente e alcança o vértice da cúspide. Toda a
face vestibular é bastante convexa. Quando vista por incisal, seu contorno convexo
mesiodistal mostra uma particularidade própria dos caninos (superior e inferior): a
metade mesial é mais convexa, mais proeminente e mais projetada para a vestibular
do que a metade distal.

Face lingual - tem a mesma silhueta da face vestibular, mas é mais estreita,
principalmente no terço cervical, devido à convergência pronunciada das faces de
contato para a lingual e para a cervical. As cristas marginais e o cíngulo são bem
desenvolvidos no canino superior. O cíngulo é especialmente robusto, lembrando
uma pequena cúspide. Frequentemente, está unido à cúspide por uma crista
cervicoincisal, semelhante àquela da face vestibular. Quando presente, esta crista
lingual divide a fossa lingual, que já é rasa, em uma mesial e outra distal, mais rasas
ainda. Algumas vezes, a face lingual é lisa, sem a presença de crista ou de fossas.

Faces de contato - as faces mesial e distal são triangulares, lisas e convexas em


todos os sentidos. A face mesial é maior e mais plana. Comparando com os
incisivos, o canino é bem mais espesso vestibulolingualmente; a linha cervical tem
uma curva mais aberta e a borda vestibular é mais convexa. Quando desgastada, a
borda incisal mostra um plano inclinado em direção lingual.

Canino inferior
Em comparação com o canino superior, o canino inferior tem a coroa mais longa e
estreita. Na realidade, ela habitualmente é só um pouco mais longa, mas a sua
reduzida dimensão mesiodistal dá-lhe a aparência de coroa bem alta.

Face vestibular - por ser um dente mais estreito que o canino superior, sua face
vestibular é mais convexa, mas não tem a crista cervicoincisal tão marcada. Os
sulcos de desenvolvimento são apenas vestigiais. A borda mesial é mais alta que a
distal, mais retilínea, e continua alinhada com a superfície mesial da raiz. A borda
distal, mais inclinada e curva, forma um ângulo com a superfície distal da raiz. Como
o dente é mais estreito, a convergência dessas bordas para a cervical é menor em
relação ao canino superior. A coroa não tem simetria bilateral, porque o segmento
mesial da aresta longitudinal da cúspide é menor e menos inclinado (quase
horizontal) que o distal. Os ângulos mesioincisal e distoincisal e as áreas de contato
se dispõem como no canino superior. Dividindo-se a face vestibular ao meio, nota-se
que a metade distal é mais larga e prolonga-se no sentido distal. Por outro lado, a
metade mesial é mais robusta e se projeta vestibularmente, como no canino
superior. Verifica-se esse detalhe posicionando corretamente o dente, de tal modo
que a linha de visão coincida com o longo eixo, a partir do vértice da cúspide.

Face lingual - em contraste com o canino superior, nem o cíngulo nem as cristas
marginais são bem marcados. Também não há crista que una o cíngulo à cúspide.
Sua forma acompanha, assim, a dos incisivos inferiores, com uma fossa lingual
pouco escavada.

Faces de contato - por esta vista, a borda vestibular é menos convexa que a do
canino superior. O diâmetro vestibulolingual também é menor. O vértice da cúspide
está centrado sobre a raiz. Quando há desgaste, percebe-se por esta vista um plano
inclinado invadindo a face vestibular a partir da cúspide. A propósito, os desgastes
acentuados tornam a borda incisal quase reta e o dente fica parecendo um incisivo
lateral superior pelo aspecto da coroa.
Canino inferior
Face vestibular - esta face é semelhante à do canino superior, apesar de ser um
quarto menor e ter seus sulcos e convexidades menos desenvolvidos. A única
grande diferença no formato é o segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide,
mais longo que o segmento distal da mesma cúspide. No canino, dá-se o contrário.
Aliás, em ambos os caninos e em todos os outros pré-molares dá-se o contrário.

Face lingual - tem o mesmo contorno da face vestibular, mas é mais lisa, convexa e
menor em todas as dimensões. Por ser menor, o contorno da face vestibular pode
ser visualizado pelo aspecto lingual. O segmento distal da aresta longitudinal da
cúspide lingual é maior que o mesial. Desse modo, o vértice da cúspide acha-se
deslocado para a mesial em relação ao ponto médio da coroa. Esta é uma
característica diferencial forte do primeiro pré-molar superior.

Faces de contato - as bordas vestibular e lingual das faces de contato são quase
paralelas, mas ainda assim convergem para a oclusal. A borda lingual é mais
convexa e inclinada; nela, a maior projeção lingual situa-se no terço médio. Na borda
vestibular, a maior projeção fica entre os terços cervical e médio. As cúspides, vistas
pelas faces de contato, ficam com seus vértices projetados dentro do contorno das
raízes, isto é, a distância de um vértice da cúspide ao outro é menor do que a maior
distância vestibulolingual da raiz. A cúspide vestibular, além de ser a mais volumosa,
é cerca de 1mm mais alta. A linha cervical, de ambos os lados, mostra-se em curva
bem aberta. Ao seu nível, no lado mesial, há uma depressão característica; ela
ocupa o terço cervical da coroa e invade parte da raiz. A face distal é toda convexa,
não tendo depressão no terço cervical. Outra diferença marcante entre as faces
mesial e distal é a presença constante do prolongamento do sulco principal da face
oclusal, que cruza a crista marginal mesial. Sulco similar no lado distal é muito raro.

Face oclusal - tem forma pentagonal porque a borda vestibular é nitidamente


dividida em mesiovestibular e distovestibular. Pode apresentar-se menos angular, de
forma oval, com maior largura vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a
lingual, já que a face lingual é menor que a vestibular. Pela vista oclusal tem-se uma
melhor ideia da forma, tamanho e posição das cúspides. Ligando-as, veem-se as
cristas marginais mesial e distal. A mesial (interrompida por um sulco) é reta
vestibulolingualmente; a distal é convexa. O deslocamento mesial do vértice da
cúspide lingual em relação à linha central do dente pode ser visto nitidamente por
oclusal. Isto faz com que o segmento distal da aresta longitudinal seja mais longo
que o mesial. Contrariamente, na cúspide vestibular, um ligeiro deslocamento da
extremidade desta cúspide para a distal resulta em um segmento mesial um pouco
maior que o distal. Devido ao tamanho desproporcional das duas cúspides, o sulco
que as separa se encontra ligeiramente deslocado para a lingual. É retilíneo e
termina no encontro da crista marginal de cada lado em fossetas principais mesial e
distal. Nelas terminam também sulcos que margeiam as cristas marginais, de
disposição vestíbulo-oclusal e línguo-oclusal. Por ser a fosseta formada pela reunião
de três sulcos, autores da língua inglesa a denominam "fossa triangular". Sulcos
secundários, sobre as vertentes triturantes das cúspides, são escassos ou mesmo
raros.

Segundo pré-molar superior


A coroa é similar à do primeiro pré-molar, mas é menor em todos os sentidos, além
de ter os elementos descritivos (elevações e depressões) menos marcados. Seus
ângulos, mais arredondados, dão às faces vestibular e lingual um aspecto ovóide e
não angular.
É um dente mais simétrico, no qual as cúspides são aproximadamente do mesmo
tamanho (a vestibular ainda é ligeiramente maior); os segmentos das arestas
longitudinais não têm predomínio de extensão um sobre o outro; o vértice da cúspide
lingual não está tão deslocado para a mesial; não há sulco interrompendo a crista
marginal mesial e nem há depressão no terço cervical da face mesial.

Face oclusal - o contorno da face oclusal é oval ou circular e não pentagonal.


O sulco primário é central e não deslocado para a lingual como no primeiro
pré-molar. O vértice da cúspide lingual encontra-se alinhado com o ponto médio da
coroa. A diferença entre as cristas marginais é menos acentuada. O diâmetro
mesiodistal do lado lingual não é muito menor do que do lado vestibular (são quase
iguais).
Uma característica marcante do segundo pré-molar superior é a pequena extensão
do sulco principal no centro da coroa. As fossetas mesial e distal estão mais
próximas entre si. Às vezes, estão tão próximas que o sulco passa a ser muito curto,
a ponto de se transformar em uma fosseta central. Outra característica é a presença
de muitos sulcos secundários, que dão à face oclusal uma aparência enrugada.

Primeiro pré-molar
Face vestibular - lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente
simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer
que os segmentos mesial e distal da aresta longitudinal são de mesmo tamanho.
Não raro, há assimetria e, então, o segmento mesial é um pouco menor e menos
inclinado; consequentemente, o vértice da cúspide se desvia para a mesial. As áreas
de contato mesial e distal estão em um mesmo nível, entre os terços oclusal e
médio. Ocasionalmente, a área de contato distal está em posição um pouco mais
oclusal. A partir dessas áreas, as faces mesial e distal convergem com acentuada
obliquidade para o colo. A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual.

Face lingual - é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das
faces mesial e distal em direção linguocervical e às pequenas dimensões da cúspide
lingual. Desse modo, pelo aspecto lingual do dente vê-se quase toda a cúspide
oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual.
O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da
fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente, ete separa a cúspide lingual
da crista marginal mesial.

Faces de contato - observando-se o dente por mesial ou por distal, nota-se a forte
convexidade da face vestibular, sua inclinação para a lingual e a saliência do terço
cervical, que é a bossa vestibular. Com a inclinação lingual, o vértice da cúspide
vestibular coincide com o longo eixo do dente (cai sobre o eixo vertical da raiz). A
face lingual não se inclina muito, sendo quase vertical.
A crista marginal mesial é mais cervical em posição (mais baixa) do que a distal e
também mais inclinada da vestibular para a lingual.

Face oclusal - o aspecto oclusal do dente é ovóide, com polo maior na vestibular.
As bordas mesial e distal convergem para a lingual. A cúspide vestibular domina a
face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face. As cúspides vestibular e
lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte*, que limita de cada lado
uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais
lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular.
Algumas vezes, a ponte de esmalte é cruzada por um sulco central mesiodistal em
forma de arco com concavidade vestibular. É o sulco principal, em cujas
extremidades se encontram as fossetas mesial e distal.

Segundo pré-molar inferior


A coroa deste dente é mais volumosa que a do primeiro pré-molar inferior, e
notabiliza-se por possuir uma cúspide lingual de proporções bem maiores. As
diferenças anatômicas entre as coroas dos pré-molares inferiores são bem maiores
do que as dos superiores.

Face vestibular - iniciando uma comparação com seu vizinho mesial, nota-se que
as faces vestibulares são semelhantes, mas no segundo pré-molar inferior a cúspide
vestibular é menos pontiaguda, com sua aresta longitudinal mais horizontalizada. As
bordas mesial e distal são menos convergentes para o colo. A área de contato
mesial fica em um nível ligeiramente mais alto. Tal como no primeiro pré-molar, a
face vestibular inclina-se para a lingual, principalmente os seus terços médio e
oclusal.

Face lingual - essa é mais larga no segundo pré-molar, podendo ser tão larga
quanto a face vestibular. A cúspide lingual é central ou um pouco deslocada para a
mesial. Há constante depressão entre a cúspide e a crista marginal distal. A cúspide
lingual é, muitas vezes, dividida em duas cúspides subsidiárias: uma mesial, maior,
outra distal, menor. O sulco que as separa é, portanto, mais distal. Ele avança sobre
a face lingual em pequena extensão.

Faces de contato - das faces de contato, a mesial é mais alta e larga. Como a
cúspide lingual é proporcionalmente maior neste dente, a convergência das bordas
vestibular e lingual para a oclusal é menos aguda do que no primeiro pré-molar
inferior. O vértice da cúspide vestibular cai alinhado ao centro do dente. Em
consequência, depreende-se que a face vestibular tem grande inclinação para a
lingual. O vértice da cúspide lingual fica alinhado com a superfície lingual da raiz.

Face oclusal - a face oclusal tem um contorno circular por causa das grandes
dimensões da cúspide e da face lingual. Mesmo assim, as bordas mesial e distal
com as respectivas cristas marginais tendem a convergir para a lingual. Os padrões
morfológicos da face oclusal são muito variáveis. As duas formas gerais mais
comuns são a bicuspidada e a tricuspidada. Na primeira, um sulco divisório
mesodistal, em formas arco aberto para a vestibular, corre entre as duas cúspides.
Da metade distal desse sulco parte uma depressão rasa em direção lingual. Da
metade vestibular, ocasionalmente a depressão rasa em direção lingual. Às vezes,
o sulco é interrompido por uma ponte de esmalte. Na forma tricuspidata, um sulco
lingual, partindo do sulco mesiodistal, separa a cúspide mesiolingual da distolingual.
Na união de ambos os sulcos surge uma fosseta central.

Primeiro molar superior


A coroa do primeiro molar é da mesma altura da coroa dos pré-molares do mesmo
arco, mas é duas vezes mais larga.
Face vestibular - seu contorno é trapezoidal de grande baseoclisa. Os lados mesial
e distal do trapézio convergem a partir das áreas de contato em direção cervical. A
área de contato mesial fica entre os terços médio e oclusal e a distal do terço médio.
Consequentemente, a borda mesial é mais alta, além de ser mais reta, menos
convexa. Na borda oclusal, a cúspide mesiovestibular é mais alta e mais larga do
que a cúspide distovestibular. Um sulco vestibular se estende entre as cúspides até
o terço médio da coroa, local onde termina em fosseta ou de forma imperceptível.
Na base menor do trapézio, a linha cervical é pouco arqueada e caracteriza-se por
uma pequena projeção pontiaguda em direção ao espaço entre as duas raízes
vestibulares.

Face lingual - sua silhueta é a mesma da vestibular, com a diferença de que é


maior. Contrariando a regra geral, o primeiro molar superior tem a face lingual da
coroa mais larga que a vestibular. Das duas cúspides visíveis por esta face, a
mesiolingual é maior e a distolingual, menor. O sulco que as separa inicia-se na face
oclusal e, com a forma de um arco de concavidade distal, alcança o centro da face
lingual. A partir daí, ele continua reto em direção cervical, como uma depressão rasa
e larga, até a depressão similar longitudinal da raiz lingual.
Como característica deste dente, a face lingual mostra na sua metade mesial (junto
à cúspide mesiolingual) um tubérculo que foi descrito pela primeira vez pelo dentista
austríaco Carabelli. O tubérculo de Carabelli, assim chamado, varia muito em forma
e tamanho, podendo ser uma quinta cúspide bem formada, um tubérculo de
tamanho razoável, uma pequena elevação que quase não se nota ou até mesmo
uma depressão vestigial. De qualquer modo, é discernível bilateralmente em 60%
dos casos e adquire o tamanho de uma verdadeira cúspide em 10 a 15% das
pessoas.

Faces de contato - são retangulares; mais largas vestibulolingualmente do que


altas cérvico-oclusalmente. A face distal é convexa e a mesial achatada, quase
plana. A face mesial é maior em todas as dimensões e isto permite que, em uma
vista distal, o contorno da face mesial seja distinguido. As bordas vestibular e lingual
convergem para a oclusal. Enquanto a borda lingual é uniformemente convexa do
colo até a face oclusal, a vestibular é convexa cervicalmente e daí continua como
uma linha reta até a oclusal.

Face oclusal - seu contorno é losângico; os ângulos agudos são o mesiovestibular e


o distolingual, e os ângulos obtusos são o mesiolingual e o distovestibular. Desta
maneira, a longa diagonal estende-se de mesiovestibular a disto-lingual e a curta, de
mesiolingual a distovestibular. A cúspide mesiolingual é a maior de todas, seguida
em tamanho pela seguinte ordem: mesiovestibular, distovestibular e distolingual. As
cúspides mesiais são, pois, maiores. É maior, em todos os sentidos, a metade
mesial do dente. Obviamente, a crista marginal mesial é também mais longa e mais
alta que a distal. A cúspide distolingual é arredondada, em contraste com as demais,
que são típicas pirâmides de base quadrangular.

Segundo molar superior


E menor que o primeiro molar em todas as dimensões. Quando visto por vestibular,
nota se que a cúspide distovestibular é muito menor do que a mesiovestibular, que
no primeiro molar é apenas menor. A grande diferença de tamanho faz com que a
borda oclusal se incline cervicalmente de mesial para distal. O sulco que separa
essas cúspides é menor e raramente termina em fosseta.

Face lingual - a cúspide distolingual é mais reduzida em tamanho do que aquela do


primeiro molar. Esta redução pode ser muito grande, a ponto de desaparecer. Neste
caso, o dente será tricuspidado, com a cúspide mesiolingual deslocando-se para o
centro da face lingual. O sulco lingual, que separa as cúspides linguais (quando a
cúspide distolingual falta, ele não existe), é mais curto e menos profundo. Não há
tubérculo de Carabelli.

Faces de contato - são basicamente da mesma forma encontrada no primeiro


molar, com a diferença de que não há tubérculo de Carabelli presente.

Face oclusal - comparando-se com o primeiro molar, nota-se na face oclusal


sensível modificação ditada pelo contorno: por ser a cúspide distolingual bem menor,
a borda lingual desta face é menor que a borda vestibular. Portanto, as bordas
mesial e distal convergem para a lingual e não para a vestibular. Nos casos em que
falta a cúspide distolingual, a convergência é muito mais acentuada e a face oclusal
passa a ter um contorno triangular. No segundo molar, a convergência das faces
livres para a distal é também mais acentuada. Os sulcos principais da face oclusal
são basicamente os mesmos descritos para o primeiro molar, com a diferença de
que o sulco que une a fosseta central à fosseta distal, passando transversalmente
sobre a ponte de esmalte, é bem mais profundo. Ele divide realmente a ponte de
esmalte que, por sua vez, não é tão elevada. Nos dentes tricuspidados o arranjo dos
sulcos deixa de ter a forma de um H e passa a ter a de um T, pela ausência do sulco
lingual. De 5 a 10% dos casos o segundo molar tem a "forma de compressão", em
que as cúspides mesiolingual e distovestibular, que já eram ligadas pela ponte de
esmalte, unem-se formando uma só. Resulta daí que a face oclusal terá uma forma
ovalada longa, com o maior eixo indo de mesiovestibular para distolingual.

Terceiro molar superior


Este dente tem aspectos morfológicos muito variáveis, mais do que qualquer outro
dente. As modificações geralmente levam a uma simplificação na coroa dos
molares. A forma da coroa lembra aquela do segundo molar tricuspidado, com a
face oclusal de contorno triangular. Quando a cúspide distolingual está presente é
muito pequena. Sua face oclusal costuma ser caracterizada por numerosos sulcos
secundários, que lhe dão uma aparência enrugada.
Algumas vezes, a complexidade da morfologia reside no aumento do número de
cúspides e no confuso sistema de sulcos. Há casos de uma simplificação tão
acentuada que a coroa fica reduzida a um pequeno cone. Normalmente, a face distal
do terceiro molar é mais convexa do que as dos outros molares superiores e, como
característica diferencial, não se observa nela desgaste referente à área de contato.
Outras características da coroa do terceiro molar que a distinguem são as
frequentes manchas brancas (hipocalcificação) e a aparência levemente enrugada
causada pela presença de diminutas cristas verticais lado a lado, que deixam as
faces livres e de contato menos lisas.
Primeiro molar inferior
É o maior dente da boca. Sua coroa é alongada (lembra um paralelepípedo), em
contraste com a coroa dos molares superiores, que não tem predominância de
dimensões (como no cubo).

Face vestibular - tem um contorno trapezoidal de grande base oclusal. A base


menor coincide com a linha cervical, que é praticamente reta, mas manda uma ponta
de esmalte na direção da bifurcação das raízes. Os elementos descritivos mais
importantes desta face ficam por conta das três cúspides mesiovestibular, vestibular
mediana e distovestibular, separadas por sulcos verticais. O sulco mesiovestibular é
mais profundo e mais longo do que o sulco distovestibular e frequentemente termina
numa fosseta no centro da face vestibular. A cúspide mesiovestibular é a mais
volumosa e mais alta, seguida em tamanho pela vestibular mediana e, finalmente,
pela distovestibular, que é a menor das três. Isto significa que a borda oclusal é
inclinada de mesial para distal. Portanto, a borda mesial é mais alta do que a distal,
com a área de contato na junção dos terços médio e oclusal, além de ser mais
retilínea. A borda distal, mais arredondada, tem a área de contato no terço médio.
Ambas convergem bastante para o colo. A face vestibular é muito convexa no terço
cervical (bossa vestibular). Os dois terços restantes são mais planos e muito
inclinados para a lingual.

Face lingual - tem o contorno semelhante ao da face vestibular, mas é menor


porque as faces mesial e distal convergem para a lingual. As cúspides mesiolingual
e distolingual projetam-se na borda oclusal. O sulco lingual que as separa não é
muito destacado e não termina em fosseta.
A face lingual, convexa em todas as direções, não se inclina como a vestibular.

Faces de contato - examinando o dente por uma das faces de contato,


reconhece-se a inclinação lingual da face vestibular, que por sinal se acentua com o
desgaste fisiológico.
A face mesial é toda maior que a distal. Deste fato depreende-se que, no sentido
horizontal, as faces livres convergem para a distal.

Face oclusal - é mais larga na borda mesial do que na distal, e mais larga na borda
vestibular do que na lingual. Entende-se, pois, que no sentido horizontal as faces
vestibular e lingual convergem para a distal e as faces mesial e distal, para a lingual.
A borda vestibular, entrecortada pelas cúspides e sulcos que as separam, é
curvilínea, com acentuação dessa curva na porção distal. É, portanto, convexa,
muito mais que a borda lingual. As cúspides mesiais são as maiores (a mesiolingual
é a maior de todas) e perfazem metade, ou mais da metade, da coroa. Os sulcos
principais da face oclusal arranjam-se de maneira variável. A maneira mais simples,
se bem que não é a mais comum, é a disposição em dois sulcos retilíneos cruzados.
Um deles é mesiodistal, com início na fosseta mesial e término bifurcado. O ramo
lingual da bifurcação interrompe-se na crista marginal distal (fosseta distal), e o ramo
vestibular desloca-se para a vestibular e passa entre as cúspides vestibular mediana
e distovestibular. O outro é vestibulolingual (formado pelos sulcos vestibular e
lingual); separa as cúspides mesiais das demais e cruza o primeiro sulco em
ângulos retos, formando a fosseta central. Uma outra disposição de sulcos, mais
complicada, é de maior ocorrência.
Neste arranjo, o sulco mesiodital não é retilíneo, mas em linha quebrada, com três
ângulos, como se fosse uma letra W de ramos bem abertos. No ângulo do meio,
onde se unem os ramos internos do W, termina o sulco proveniente da face lingual,
formando a fosseta central. Nos vértices dos outros dois ângulos terminam os sulcos
provenientes da face vestibular. O sulco mesiovestibular é ligeiramente mesial em
relação à fosseta central, e o distovestibular une-se com o sulco mesiodistal entre a
fosseta central e a fosseta distal. Sulcos secundários são comuns nas vertentes
triturantes das cúspides. Terminam principalmente no sulco mesiodistal.

Segundo molar inferior


Difere do primeiro molar inferior por ser um pouco menor e possuir quatro cúspides.
A ausência da quinta cúspide provoca modificações na configuração da coroa.

Face vestibular - mostra na sua borda oclusal somente duas projeções relativas às
cúspides mesiovestibular e distovestibular, como são chamadas, e somente um
sulco vestibular.
A convergência das bordas mesial e distal para o colo é mais discreta neste dente.

Face lingual - menor que a precedente, com o sulco lingual pouco evidente.

Faces de contato - a única diferença com suas homólogas do primeiro molar é uma
face distal menos convexa e sem projeção correspondente à quinta cúspide. No seu
lugar aparece a concavidade da crista marginal.

Face oclusal - é nesta face onde se encontram as maiores diferenças. Seu contorno
retangular é mais nítido porque as bordas, duas a duas, estão mais próximas do
paralelismo. Mesmo assim, distingue-se a convergência menos acentuada das faces
livres para a distal e das faces de contato para a lingual, no sentido horizontal. As
quatro cúspides estão simetricamente dispostas na face oclusal. Um sulco
vestibulolingual, retilíneo, separa as cúspides mesiais, maiores, das distais, menores.
Dividindo as cúspides vestibulares das linguais, corre outro sulco reto da fosseta
mesial até a fosseta distal. Ambos os sulcos cruzam-se em ângulos retos no centro
da face oclusal (fosseta central).

Terceiro molar inferior


Este dente pode ter um padrão morfológico característico tanto do primeiro quanto
do segundo molar inferior. No entanto, tem uma larga diversidade de formas, as
quais frequentemente se mostram muito complicadas. Algumas dessas formas são
multicuspidadas (ou multituberculadas), de arranjo muito irregular. Na grande
maioria dos casos, o terceiro molar inferior tem quatro ou cinco cúspides. Mesmo
assim, elas não são bem definidas, devido à presença de cristas e sulcos
secundários. Quando tem cinco cúspides, a quinta cúspide é francamente distal. Sua
face distal é muito convexa.

Aula 6: Instrumentais em dentística restauradora

Os instrumentos e materiais empregados durante o preparo de cavidades


compreendem todos aqueles itens responsáveis, direta ou indiretamente, pela
estrutura dental.

Estes podem ser divididos de acordo com seu mecanismo de ação em:
- Rotatórios;
- Manuais;
- Alternativos.

Os instrumentos rotatórios são aqueles nos quais a remoção da estrutura


acontece devido à ação mecânica da ponta ativa, girando em velocidade controlada.
A rotação é gerada por um micromotor, que gira a um máximo de 20.000 rotações
por minuto. Podem ser acoplados ao micromotor o contra-ângulo de baixa rotação e
a peça reta.

O contra-ângulo é um dispositivo de uso intraoral, utilizado com brocas de baixa


rotação, escovas Robinson, taças de borracha, discos abrasivos, etc. A peça reta é
de uso extraoral, com discos, brocas, feltros e outros instrumentos.

Quando há necessidade de uma rotação maior que a oferecida pelo micromotor,


emprega-se uma turbina de alta rotação, que pode chegar a 120.000 rpm. Devido ao
calor gerado pela alta velocidade, as turbinas apresentam sistemas de refrigeração
de 3 a 4 saídas de spray de ar/água direcionadas à ponta ativa da broca ou ponta
diamantada.

Nas situações em que se deseja empregar instrumentos específicos da alta rotação,


como as pontas diamantadas, porém com o controle e suavidade que somente a
baixa rotação é capaz de oferecer, pode-se usar um mandril adaptador ou um
contra-ângulo multiplicador.
Os instrumentos rotatórios podem remover estruturas por meio de corte ou
desgaste:

● Os instrumentos de corte são conhecidos como brocas e são compostos por


haste, intermediário/colo e ponta ativa.

As brocas de uso intraoral são diferenciadas por duas características: o diâmetro da


haste - menor nas de alta rotação - e o encaixe - liso nas brocas para alta rotação e
edentado nas bocas para baixa rotação.

● Os principais instrumentos rotatórios que agem por desgaste são as pontas


diamantadas. Seguem a mesma divisão.

Ambas as categorias podem ser utilizadas para cortar/desgastar esmalte e dentina.


Tradicionalmente, as pontas diamantadas são instrumentos para alta rotação,
enquanto as brocas são encontradas para os dois formatos.

A seleção das brocas e pontas diamantadas deve levar em conta:

- O formato da ponta ativa - esférico, ovóide, cilíndrico, troncocônico, cone


invertido, etc. - uma vez que cada formato atende a finalidades distintas.
- O diâmetro da ponta ativa.
- O potencial de corte ou de desgaste - nas brocas, essas características
estão relacionadas com o desenho das lâminas (lisas ou picotadas) e ao
número de lâminas (convencionais ou multilaminadas. Nas pontas
diamantadas, classifica-se em graus de abrasividade (convencional, fina e
extrafina).
- O formato do ângulo da borda, que determina os ângulos internos da
cavidade - a tendência atual é o uso de brocas que proporcionem ângulos
vivos na borda. A suavização dos ângulos internos reforça a estrutura dental.

Além das brocas e pontas diamantadas, em determinadas situações, é possível usar


discos abrasivos, especialmente nas etapas de acabamento e polimento de
preparos indiretos e na suavização de ângulos vivos em cavidades Classe IV.
Os discos são compostos por partículas abrasivas, aderidas a uma base flexível.

Entre os equipamentos e instrumentos alternativos estão:

- As pontas ultrassônicas, que atuam por vibração, produzindo desgaste. São


indicadas em intervenções minimamente invasivas nas faces proximais e no
refinamento dos preparos.
- A abrasão a ar remove a estrutura dental pelo jateamento de partículas
abrasivas.
- As pontas oscilatórias atuam em movimento de vaivém e têm um amplo leque
de indicações.
- A remoção de estrutura dental também é possível com lasers de alta potência
em um processo conhecido como ablação.

Os instrumentos manuais podem executar certas tarefas de maneira mais


apropriada. Em essência, os instrumentos cortantes manuais são indicados para
remoção de dentina cariada e regularização de margens.

As curetas para dentina estão disponíveis em diversas formas, tamanhos e


angulações. As também conhecidas como “colheres” de dentina permitem avaliação
tátil da consistência.

Entre os instrumentos usados para polimento e acabamento, os discos abrasivos


estão disponíveis em várias granulações. Quanto mais escuro, maior o poder de
desgaste.

As pontas diamantadas finas e extrafinas são fundamentais ajuste oclusal de


restaurações posteriores e definição de detalhes anatômicos e texturização da
superfície de dentes livres.

As brocas multilaminadas são indicadas também para ajuste e anatomização,


consideradas instrumentos de escolha para restauração em amálgama.

Aula 7: Sistemas adesivos

● O condicionamento ácido faz com que haja melhor fixação do material


restaurador em esmalte.

● Limpeza é fundamental para a adesividade - contaminantes prejudicam o


molhamento. O molhamento depende da angulação, que deve ser a menor
possível, e da alta energia superficial.

● Realizar isolamento do campo operatório (evitando umidade).

● Condicionamento ácido, começando do esmalte, e lavando a superfície com


um spray de ar/água. Remove-se também o excesso de umidade. Pode ser
com jato de ar no esmalte, mas não na dentina, devido a sua natureza
orgânica. Usam-se bolinhas de algodão.
○ No esmalte, o condicionamento ácido aumenta o molhamento, energia
superficial e microrretenções (mediante a desmineralização).
○ Na dentina, o objetivo é a remoção da smear layer.

Há dificuldade de adesão na dentina pelos seguintes fatores:


- Composição;
- Túbulos e canalículos;
- Smear layer;
- Permeabilidade;
- Tensões de interface adesiva;
- Coeficiente de expansão térmico.

A smear layer é uma camada de dentina desorganizada e outros dendritos formados


por instrumentos rotatórios que atrapalham a adesão à dentina. Ou seja, é resultado
do preparo cavitário. Ela deve ser removida para que haja adesão.

Graças a natureza úmida e orgânica e a baixa energia de superfície, a dentina


condicionada não é um bom substrato para a adesão. Por isso, antes de usar um
adesivo, aplica-se um primer. Os componentes do primer estabilizam a rede de
fibras colágenas e promovem a evaporação do excesso de água, aumentando a
energia livre de superfície de dentina.

O adesivo vem em seguida, preenchendo os espaços da rede de fibras colágenas


expostas, penetrando em alguns túbulos dentinários e é polimerizado. Junto com os
componentes da dentina, forma-se a camada híbrida.

Aplica-se o adesivo além dos limites da cavidade. Suaves jatos de ar podem ser
empregados para uniformizar a espessura da camada adesiva. Os tags de resina
são prolongamentos do material que passam pelos túbulos dentinários.

Adesivos de 1ª (Sevitron) e 2ª geração (Clearfil, scotchbond 3M, blondlite Kerr,


Jonhson)
-> A primeira e segunda geração de agentes de união utilizados durante a década
de 60 e 70 não recomendavam condicionamento ácido da dentina, e se baseavam
na adesão à smear layer.
● 1ª geração: união através do sistema de quelação de cálcio
● 2ª geração: interação polar entre os grupos fosfato da resina e os grupos
cálcio encontrados na smear layer

Adesivos de 3ª geração (Scotchbond 2 3M e Bond ⅔ Detsply)


-> A terceira geração de sistemas adesivos dos anos 80 introduziu o
condicionamento ácido da dentina e um primer separado desenhado para penetrar
nos túbulos dentinários como um método para aumentar a força de união. Ou seja,
procurava-se tratar e infiltrar a smear layer, mas através de um substrato pouco
funcional. Primeiro adesivo reconhecido pela ADA.

Adesivos de 4ª geração
-> Vendidos até hoje, a quarta geração de sistemas adesivos funcionam por meio da
remoção da smear layer, desmineralização da dentina e formação de camada
híbrida para condicionamento ácido total. Padrão ouro dos adesivos.

● Primer: parte hidrofílica se liga à dentina e parte hidrofóbica com afinidade


para a resina.

● Condicionamento ácido em esmalte: limpar, remover a smear layer,


aumentar microscopicamente a rugosidade e a energia de superfície.

● Condicionamento ácido em dentina: Aumenta porosidade intertubular para


infiltração de monômeros, remoção completa da smear layer, desmineralizar e
expor fibras colágenas dentinárias; desobstruir e ampliar a luz nos túbulos
dentinários.

● Bond: resina fluida com ou sem carga.

-> Produtos nessa categoria incluem All-Bond® 2 (Bisco), OptiBond® FL (Kerr), e


Adper Scotchbond® Multipurpose (3M ESPE).

Adesivos de 5ª geração
-> A quinta geração de sistemas adesivos, introduzida em meados dos anos 90,
conta com primer e adesivo em um único frasco enquanto mantinham altas forças de
união. Tem menor resistência adesiva e menos tempo clínico. O condicionamento
ácido é feito à parte.Sensíveis a variações de técnica (solvente).

-> Exemplos de produtos nessa categoria incluem Excite (Ivoclar Vivadent),


OptiBond Solo Plus® (Kerr), Prime and Bond® NT (Dentsply), e Adper Singlebond®
(3M ESPE). Embalagens de dose única foram introduzidas.

Adesivo de 6ª geração
-> A sexta geração de sistemas adesivos introduzida no final da década de 90 e
início dos anos 2000 – também conhecida como “primers auto-condicionantes” –
foram um grande avanço tecnológico.
-> Alguns produtos nesta geração são o Clearfil® SF Bond (Kurarray), Simplicity®
(Apex), Adper Prompt®, e L-Pop® (3M ESPE).

-> Estes sistemas foram também relacionados com uma menor incidência de
sensibilidade pós-operatória em relação a sistemas anteriores. Entretanto, a força de
união à dentina e esmalte é menor que a quarta e quinta geração de sistemas
adesivos.

Adesivos de 7ª geração
-> A última geração de sistemas adesivos são os adesivos “all-in-one” que
combinam ácido, primer e adesivo em uma única solução. Também chamado de
“adesivo universal”.

-> Produtos nessa categoria incluem iBondTM (Heraeus), G-Bond® (GC), Complete
(Cosmedent), Xeno® IV (Dentsply) e OptiBond® All-In-One (Kerr).

Aula 8: Princípios dos preparos cavitários

O preparo cavitário cria condições para a retenção da restauração em amálgama,


para compensar suas propriedades mecânicas insatisfatórias e falta de adesão aos
tecidos dentais. Diante da necessidade de restauração dentária, deve-se avaliar
primeiro se é mais apropriada a utilização de resina ou amálgama:

● Avaliação do paciente;
● Dimensão da cavidade;
● Necessidade estética;
● Localização;
● Tipo de contato.

Havendo possibilidade de isolamento, deve-se optar pela restauração em resina.


Entre as vantagens do amálgama estão: longevidade da restauração, facilidade no
trabalho e menor tempo clínico. Entre as desvantagens do amálgama estão: a
estética, presença de mercúrio e preparo.

O preparo deve preservar o máximo possível da estrutura dentária. É importante


respeitar as distâncias e espaços biológicos.

De acordo com os princípios atuais de preparo cavitário, as cavidades devem ser


preparadas com base em dois princípios básicos: máxima conservação de estrutura
dental sadia e bom senso.
Um dos principais objetivos é obter adesão. A adesão é um excelente meio de
adesão - ela proporciona a união de um material restaurador ao dente sem depender
da retenção macromecânica, o que significa que é possível remover menos tecido.
Em muitos casos, o preparo não é necessário (não havendo cárie, sendo necessária
a restauração por outra forma de perda de tecido).

Classe I: Acesso ao tecido cariado por broca ou ponta diamantada pequena, em alta
rotação. Depois, remove-se a dentina cariada e amolecida por meio de curetas ou
brocas esféricas lisas, com baixa rotação.

Classe II: O espaço pela proximal pode ser conseguido por borrachas de
afastamento, instaladas de 24 a 48h antes do preparo do dente adjacente. Na
impossibilidade de executar um preparo direto, o ideal é o preparo tipo slot
horizontal, no qual o acesso é feito pela vestibular/lingual/palatal. Alternativamente,
pode-se realizar um slot vertical ou túnel pela face oclusal.

Classe III: Devem ser acessadas sem acessar a vestibular sempre que possível.
Realiza-se afastamento mediato com tiras de borracha ou remoção de restauração
deficiente no dente adjacente. Dar preferência para remover tecido pela
palatal/lingual.

Classe IV: Não é necessário, embora alguns autores recomendem o preparo de um


bisel na superfície vestibular.

Classe V: Usar fios ou grampos retratores.

Também, dentro dos objetivos, estão a remoção de dentina cariada - que deve ser
guiada pela consistência -, acabamento das paredes do esmalte e limpeza da
cavidade.

Características para cavidades classe I em amálgama

Forma de retenção: Cavidades com paredes paralelas e profundidade igual ou


maior que o istmo vestibulolingual são consideradas autorretentivas. O preparo com
brocas 329 e 330, de forma de cone invertido, facilitam a obtenção de cavidades
convergentes para a oclusal.

Forma de resistência: O amálgama necessita de 1,5 mm de espessura para que


sua resistência seja adequada. A espessura deve ser regular por toda a restauração.
Cavidades muito rasas podem não apresentar 1,5 mm de profundidade. Nesse caso,
deve-se executar uma restauração de sulcos e fossas rasas. O ideal é que o ângulo
das paredes circundantes com as paredes externas seja de 70º - 90º, a fim de
promover a espessura adequada do amálgama e da estrutura dental.

Forma de contorno: Consiste na delimitação do preparo. Idealmente, toda


restauração deve ser supragengival. O contorno varia com a localização da cárie. Os
cantos devem estar arredondados.

Forma de conveniência: toda ação que facilita os passos operatórios, como o


isolamento ou os separadores interdentais.

Características para cavidades classe II em amálgama

Convergência da caixa proximal: as paredes livres da caixa proximal devem


convergir levemente para a oclusal.

Acabamento das margens: remoção de espículas de esmalte debilitadas por meio


de recortadores de margem gengival e machados para esmalte.

Orientação dos prismas de esmalte: ângulo cavossuperficial o mais próximo


possível de 90° com a superfície externa.

Características e requisitos para restaurações indiretas

Expulsividade: é a principal diferença entre restaurações diretas e indiretas. Uma


vez que os procedimentos de confecção, acabamento e polimento são realizados
extraoralmente, é bom necessário que o preparo permita a remoção e restauração,
tantas vezes quanto necessário. Por isso, a angulação das paredes circundantes
seja determinada pela divergência para a oclusal.

Retenção: nas restaurações indiretas, a retenção depende de um agente


cimentante. A cimentação adesiva viabiliza alguns tipos de preparo que, com os
cimentos não adesivos, não seria possível.

Resistência: apresentar espessura adequada.

Término marginal: margens nítidas e bem definidas para receber o molde.

Aula 9: Isolamento do campo operatório


O isolamento do campo operatório coopera para o melhor desempenho dos
materiais restauradores por meio de inúmeros benefícios.

Isolamento Absoluto
Só deixa amostra a coroa do dente, mantendo o espaço de trabalho limpo e seco,
promove melhor acesso e visibilidade, aumenta propriedades de materiais
restauradores, protege paciente e dentista e aumenta eficiência operatória.

Não usar em pacientes com asma não controlada, dentes em erupção


incompleta,alergia ao látex e respiradores orais.

Itens necessários para isolamento absoluto:

● Lençóis de borracha, em diferentes espessuras;


● Arco de Young - a parte côncava deve ficar voltada para o lençol de borracha;
● Perfurador de borracha - cinco orifícios de diâmetros diferentes;
● Pinça porta-grampos;
● Grampos;
● Tesoura;
● Fio dental;
● Pinças (de Palmer e de Brewer);
● Carpule, anestésico e agulha;
● Espátula de ponta romba - nº1;
● Caneta;
● Lubrificante hidrossolúvel;
● Tiras de lixa.

Marca-se o lençol de borracha na boca do paciente, pontuando o centro da parte


superior (incisal/oclusal), começando do último dente do hemiarco.

Grampos 200 a 205: molares.


Grampos 206 a 209: pré-molares.
Grampos 14, 14A e W8A (sem asa): molares parcialmente irrompidos.
Grampo 26 (sem asa): molares com pouca retenção.
Grampo 212: retração gengival.

Os grampos ainda podem ser classificados em retentivos (corpos expulsivos, com


erupção incompleta ou raízes a serem tratadas endodonticamente - posicionados
abaixo da margem gengival) ou não retentivos (acima da margem gengival).

Pode-se utilizar a godiva, uma cola para estabilização do campo.


Usa-se amarria no dente a ser restaurado e grampo no último dente da hemiarcada.

Técnicas para a colocação do grampo:


1. Técnica de Stibbs: 1º grampo sem asa, depois borracha e arco.
2. Técnica de Ryan: 1º borracha e arco, depois grampo.
3. Técnica de Ingraham (ou do capuz): 1º borracha e grampo com asa, depois
arco.
4. Técnica de Parulla: tudo junto.

Aula 10: Nomenclatura e classificação das cavidades

Classificação com relação à complexidade (nº de faces que ocorre)


- Simples: 1 face.
- Composta: 2 faces.
- Complexa: +3 faces.

A classificação das faces dos dentes envolvidos é feita de acordo com o nome das
faces.

Classificação de acordo com a extensão das cavidades


- Intracoronária: não envolve cúspide (inlay).
- Extracoronária parcial: alguma cúspide está intacta (onlay).
- Extracoronária total: completamente destruída (overlay ou overlay total).

A nomenclatura das cavidades segue os nomes dados aos terços dos dentes.
● Vestíbulo-mesial Vestíbulo-medial Vestíbulo-distal
● Médio-mesial Médio-medial Médio-distal
● Palato-mesial Palato-medial Palato-distal

As partes constituintes das cavidades são as paredes (toda superfície preparada) e


os ângulos (união entre paredes).

As paredes podem ser classificadas em circundantes - limite lateral, que recebe


nome de face - e de fundo - pulpar, se for direcionada para a polpa, e axial, se
estiver no longo eixo do dente. A parede gengival é uma circundante que fica
próxima a gengiva, perpendicular à parede axial.

A borda externa da cavidade, na região de duas paredes circundantes, é o ângulo


cavossuperficial. Os ângulos podem ser classificados em diedros ou triedros.

Ângulos diedros:
1º grupo: paredes circundantes.
2º grupo: parede circundante + parede de fundo.
3º grupo: paredes de fundo.
Envolvendo paredes circundantes vestibular e palatina, o ângulo diedro/triedo pode
ser chamado de incisal (voltado para a incisal).

Ângulos triedros:
Utilização dos nomes de paredes como nos ângulos diedros.

Classificação de Black - localização da cavidade


Etiológico: áreas suscetíveis à cárie. Ex.: cavidades de cicatrículas e fissuras.
Artificial: localização. Classes de I a V.

Classe I - cicatrículas e fissuras, face oclusal de pré-molares e molares, ⅔ oclusais


da face vestibular de molares e face palatina dos incisivos e molares superiores.

Classe II - faces proximais de pré-molares e molares.

Classe III - faces proximais de dentes anteriores sem envolver incisal.

Classe IV - faces proximais de dentes anteriores com envolvimento incisal.

Classe V - terço gengival de qualquer dente.

Classificações complementares à de Black

Classe VI - restrita à borda de cúspide ou borda incisal.

Classe I de Sockwell - em cicatrículas e fissuras na face vestibular de dentes


anteriores e em pontas de cúspide em dentes posteriores. Pode ser tipo ponto, tipo
risco, tipo olho de cobra (cristas intactas, pontinhos em sulco) e tipo shotgun.

Classe II de Sockwell - face proximal sem nenhum envolvimento oclusal. Faz-se o


preparo por slot vertical (ruptura da crista mesmo intacta), tipo túnel (evitar a crista
marginal, mas desgastar a oclusal até chegar na lesão) ou slot horizontal.

Aula 11: Preparos Cavitários Classe I e II

A resina é soberana. Sua resistência é igual ou maior que a do amálgama. Com


pouca higienização, a resina solta, enquanto o amálgama pode fraturar o dente, mas
permanece.
Critérios para a seleção de material
- Avaliação do paciente;
- Necessidade estética;
- Possibilidade de isolamento;
- Dimensão da cavidade;
- Localização e tipo de contato.
Vantagens do amálgama: longevidade na restauração, facilidade de trabalho, menor
custo e tempo clínico.
Desvantagens do amálgama: estética, presença de mercúrio e preparo.

Preparo Classe I
● Realizar profilaxia antes da restauração (remoção de placa e visualização da
lesão);
● Odontograma - radiografias (periapical e interproximal);
● Avaliar contato oclusal (demarcação) antes de abrir o dente;
● Anestesia e isolamento de campo;
● Princípios: forma de contorno, conveniência, resistência e retenção; remoção
de tecido cariado, acabamento das margens e limpeza da cavidade.

Objetivos gerais: eliminar tecido variado, impedir recidiva de cárie, prover


resistência à restauração e ao dente, garantir retenção e estabilidade à restauração
e devolver ao dente seu estado primitivo de função.

Forma de resistência: Profundidade> largura (amálgama), profundidade mínima de


2mm (amálgama), parede pulpar plana, paredes circundantes convergentes para a
oclusal (amálgama), ângulos internos arredondados e ângulo cavossuperficial sem
bisel.

Por fim, acabamento de preparo - instrumentos manuais e rotatórios. Limpeza de


cavidade com escovas de Robinson.

Paredes circundantes geralmente são levemente convergentes, enquanto as de


fundo são retas ou levemente divergentes.

Preparo Classe II
Preparo clássico: istmo 1/3, paredes V e L paralelas e ângulos internos vivos.
Preparo moderno: istmo 1/4, paredes V e L levemente convergentes para a oclusal
com ângulos arredondados.
● Forma de contorno oclusal primeiro, depois a proximal. Proteger dentes
vizinhas com tiras de matriz (aço) e cunha de madeira.
● Forma de resistência: parede axial plana e levemente inclinada no sentido
G-O; paralelismo de faces/ convergência para a oclusal. Curva reversa de
Hollemback. Fazer leve curva para delimitar ângulo de 90º - acentuada em
vestibular. Ângulo áxio-pulpar arredondados como os demais.
● Forma de retenção (apenas amálgama).
● Remover esmalte sem apoio dentinário (só em amálgama).
Slot vertical - cáries proximais que envolvem a crista.
Slot horizontal - cárie proximal distante da crista (2mm)

Aula 12: Acabamento e Polimento

Acabamento é sobre naturalidade estética. Removem-se os excessos da


restauração com bisturi nº 12 ou tiras de lixa (produção de uma superfície convexa).
Após, no mínimo, 48h da sessão restauradora, o paciente volta ao consultório para o
acabamento intermediário e o polimento final.

➔ O acabamento intermediário é iniciado com discos flexíveis abrasivos. Seus


primeiros objetivos são refinação da relação altura-largura, definir a
localização dos contatos proximais, ajustar os planos de inclinação vestibular
e esculpir a forma ideal das ameias.

➔ As etapas finais são a suavização da textura e polimento. A textura precisa


ser suave em regiões mais salientes, como os lóbulos, e acentuada nas
regiões menos salientes, como sulcos.

➔ A suavização é feita com borrachas ou discos flexíveis com baixa


abrasividade. O polimento é feito com escovas Robinson ou discos de feltro,
associadas a pastas com abrasividade decrescente, e finalizado com pasta
de granulação extrafina (brilho).

1. Anatomia primária: Forma e contorno básico do dente


● Pontas diamantadas ou brocas carbide
● Baixa rotação
● Também pode utilizar disco de lixa de várias granulações
A anatomia primária está relacionada com a área plana e de convexidade da face
vestibular e proximal, sendo delimitadas pelas áreas de reflexão de luz – linhas de
brilho.
Essas linhas de brilho representam a área de transição entre a face vestibular (área
plana) e a face proximal e incisal (área de convexidade). A disposição destas
mesmas linhas está relacionada com o contorno dentário e irá influenciar na
percepção da forma;
● Paralelas entre si: os dentes se aproximam de um aspecto quadrado ou
retangular.
● Divergentes no sentido cérvico-incisal: aspecto mais triangular.
● Convergência do terço médio para incisal e cervical: aspecto ovóide.

➔ Alterações na área plana podem favorecer o resultado estético. Uma área


plana maior pode fazer com que o dente pareça maior, e vice-versa.

2. Anatomia secundária: É caracterizada pelos sulcos e lóbulos de


desenvolvimento verticais, que se encontram na face vestibular.
● Broca carbide esféricas
● Brocas tronco cônicas (na vestibular – de cervical a apical)
● Pontas diamantadas f ou ff
● Baixa rotação

➔ As depressões longitudinais dos Incisivos Centrais Superiores podem ser


empregadas por meio de uma ponta diamantada troncocônica extrafina e com
o extremo arredondado lateralmente.

➔ Detalhes da morfologia incisal, como irregularidades e delta incisais, podem


ser confeccionadas com pontas diamantadas de pequeno calibre.

3. Anatomia terciária = Onde são criados sulcos de desenvolvimento


horizontais vestibulares
● Pontas diamantadas de extremidades afiladas (tronco cônica bem fina)
● Alta rotação ou contra ângulo multiplicador
● Pontas diamantadas de granulação grossa em baixa rotação
● Preferencialmente os sulcos horizontais devem ser feitos em baixa rotação
com o auxílio de um contra ângulo multiplicador

➔ Em área vestibular, existem os sulcos horizontais, que consistem em


semicírculos cujo centro é a borda incisal, e podem ser criados com ponta de
granulação fina. As periquimácias, sulcos rasos e numerosos, podem ser
criados com pontas diamantadas.

Aula 13: Diagnóstico e Plano de Tratamento

➔ Diagnóstico quer dizer: através dos sinais e sintomas.

➔ Diagnóstico forma a base para a decisão de tratamento, permite ao


profissional aconselhar e informar o paciente e responsáveis
•Objetiva a identificação das necessidades ou doenças apresentadas pelo paciente;
• Exame sistemático, ordenado e completo.

Conhecimento da doença mediante exame clínico, que de comprometimento,


atividade da doença e risco de cárie, mediante a anamnese, fatores locais e fatores
sistêmicos.

1º dia - profilaxia e raspagem. Em seguida, realizar planejamento e observar melhora


do paciente antes de fazer o procedimento.

Tomada de decisão: intervir apenas quando houver cavitação (sonda CMS+ raioX)

Plano de Tratamento: lista de procedimentos. Começar por posterior. Atentar para


presença da doença, grau de destruição dental (bacteriana ou não), qualidade de
restaurações presentes e necessidades estéticas.

• Exame clínico (visual + fio dental)


• Separação dentária (24h-48h)
• Radiografia interproximal

Lesão em esmalte sem cavitação: Flúorterapia + Medidas educacionais para


controle da atividade da doença cárie + controle do profissional.

Lesão em dentina /cavitada: Tratamento restaurador


● Selecionar material restaurador de acordo com a extensão da lesão;
● Selecionar e executar o preparo cavitário;
● Confeccionar a restauração;
● Programa de manutenção (a cada 3, 4 ou 6 meses).

Cárie oculta ou selamento biológico? RESTAURAÇÃO


➔ A cárie oculta apresenta uma pequena mancha exterior e uma enorme lesão
radiográfica. O selamento biológico apresenta uma pequena mancha exterior
em região de civatrículos ou fissuras, mas a lesão de cárie não está presente -
PROSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO.

Lesão em esmalte incipiente: selante ou restauração conservadora.


• Necessidade estética e funcional;
• Profundidade da lesão;
• Hipersensibilidade;
• Funcionalidade.

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