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Exemplos de expressões idiomáticas

Agora que você já sabe o que é são as expressões idiomáticas e para o que elas servem, pode, finalmente, conhecer
as principais frases desse tipo que são usadas em nossa língua. Confira, a seguir, uma lista com 169 expressões
bastante recorrentes no português:

1. A céu aberto: ao ar livre


2. Abandonar o barco: desistir de uma situação difícil
3. Abotoar o paletó: morrer
4. Abrir mão de alguma coisa: renunciar alguma coisa
5. Abrir o coração: desabafar, declarar-se sinceramente
6. Abrir o jogo: denunciar ou revelar detalhes
7. Abrir os olhos a alguém: alertar ou convencer alguém de alguma coisa
8. Acabar em pizza: quando uma situação não resolvida acaba encerrada (especialmente em casos de
corrupção, quando ninguém é punido)
9. Acertar na lata: acertar com precisão, adivinhar de primeira
10. Acertar na mosca: acertar com precisão, adivinhar de primeira
11. Adoçar a boca: conseguir um favor de alguém com elogios
12. Agarrar com unhas e dentes: agir de forma extrema para não perder algo ou alguém
13. Agora é que são elas: momento em que começa a dificuldade
14. Água que passarinho não bebe: pinga ou bebida alcoólica
15. Amarrar o burro: descansar ou se comprometer romanticamente com alguém
16. Amigo da onça: amigo falso, interesseiro ou traidor
17. Andar feito barata tonta: estar distraído
18. Andar na linha: estar elegante ou agir corretamente
19. Andar nas nuvens: estar distraído
20. Ao deus dará: abandonado ou sem rumo
21. Ao pé da letra: literalmente
22. Aos trancos e barrancos: de forma desajeitada
23. Armar um barraco: discutir ou brigar em público
24. Armar-se até aos dentes: estar preparado para qualquer situação
25. Arrancar cabelos: desesperar-se
26. Arrastar as asas: insinuar-se romanticamente para alguém
27. Arregaçar as mangas: começar uma atividade ou um trabalho com afinco
28. Arrumar sarna para se coçar: procurar problemas
29. Até debaixo d’água: em todas as circunstâncias
30. Babar ovo: idolatrar alguém incondicionalmente
31. Baixar a bola: acalmar-se ou ser mais comedido
32. Banho de gato: lavar superficialmente as partes do corpo
33. Banho de água fria: desiludir ou quebrar as expectativas de alguém
34. Barata tonta: perdido, desorientado, sem saber o que fazer
35. Barra pesada: situação difícil ou pessoa violenta
36. Bate e volta: ir e voltar de um evento ou de um lugar rapidamente
37. Bater as botas: morrer
38. Bater na mesma tecla: insistir no mesmo assunto
39. Bater papo: conversar informalmente
40. Bode expiatório: aquele que leva a culpa no lugar de outro
41. Bola para frente: expressão de encorajamento, para se seguir em frente mesmo frente a adversidades
42. Bom de bico: galanteador ou alguém que tenta convencer os outros com conversa
43. Botar a boca no trombone: revelar um segredo ou tornar algo público
44. Botar o carro na frente dos bois: pular etapas de forma inapropriada, geralmente atrapalhando o andamento de
uma situação
45. Botar para quebrar: fazer algo com extrema intensidade, em geral em sentido positivo
46. Briga de cachorro grande: embate entre grandes forças
47. Cair a ficha: dar-se conta de algo ou entender um assunto tardiamente
48. Cara de pau: descarado ou sem-vergonha
49. Chutar o balde: agir irresponsavelmente em relação a um problema
50. Chutar o pau da barraca: agir irresponsavelmente em relação a um problema
51. Colocar melancia na cabeça: exibir-se ou querer chamar a atenção dos outros
52. Comer cru e quente: ser apressado
53. Comprar gato por lebre: ser enganado
54. Conversa fiada: falar uma mentira ou inventar uma desculpa
55. Cutucar a onça com vara curta: provocar alguém indevidamente
56. Dar a volta por cima: recuperar-se
57. Dar bola: insinuar-se romanticamente para alguém
58. Dar com a cara na porta: receber um “não” como resposta ou procurar algo e não encontrar
59. Dar com a língua nos dentes: dizer algo que não podia ter sido dito
60. Dar mancada: cometer um deslize ou descumprir uma promessa
61. Dar o braço a torcer: retomar uma decisão ou deixar o orgulho de lado
62. Dar uma de João sem braço: fazer-se de desentendido
63. Dar uma mãozinha: dar uma pequena ajuda
64. De uma forma ou de outra: quando tem certeza de que algo vai acontecer
65. Deixar na mão: abandonar ou não ajudar
66. Descascar o abacaxi: resolver um problema complicado
67. Dormir no ponto: perder uma oportunidade
68. Encher linguiça: enrolar ou preencher espaço com embromação
69. Enfiar o pé na jaca: cometer excessos
70. Engolir sapo: fazer algo contrariado, ser alvo de insultos ou acumular ressentimentos
71. Entornar o caneco: beber muito
72. Entrar numa fria: se dar mal
73. Entrar pelo cano: se dar mal ou ficar encrencado
74. Enxugar gelo: fazer um trabalho inútil
75. Estar com a bola murcha: estar sem ânimo
76. Estar com a cabeça nas nuvens: estar distraído
77. Estar com a cabeça quente: estar muito irritado
78. Estar com a corda no pescoço: estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros
79. Estar com a corda toda: estar animado ou empolgado
80. Estar com a faca e o queijo na mão: estar com poder ou condições para resolver algo
81. Estar com a pulga atrás da orelha: estar desconfiado
82. Estar com aperto no coração: estar angustiado
83. Estar com dor de cotovelo: ter uma decepção amorosa ou estar com ciúmes
84. Estar com um pé atrás: estar desconfiado
85. Estar com o pé na cova: estar para morrer
86. Estar com uma pedra no sapato: ter um problema por resolver
87. Estar dando sopa: estar inadvertidamente vulnerável
88. Estar de mãos abanando: não conseguir o que pretendia
89. Estar de mãos atadas: não poder fazer nada
90. Estar na aba de alguém: usar algo emprestado ou de graça
91. Fazer boca de siri: manter segredo sobre algum assunto
92. Fazer de olhos fechados: fazer com muita facilidade
93. Fazer nas coxas: fazer sem cuidado
94. Fazer tempestade em copo d’água: transformar uma banalidade em tragédia
95. Fazer um negócio da China: aproveitar uma grande oportunidade
96. Fazer vista grossa: fingir que não viu, relevar ou negligenciar
97. Feito cego em tiroteio: desorientado ou perdido
98. Ficar a ver navios: ficar sem nada ou sem coisa alguma
99. Gritar a plenos pulmões: gritar com toda a força
100. Ir catar coquinho: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
101. Ir desta para melhor: morrer
102. Ir para o espaço: não funcionar, falhar ou dar errado
103. Ir pentear macaco: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
104. Ir tomar banho: pedir para alguém ir fazer outra coisa ou para não se intrometer no assunto
105. Jogado para escanteio: posto de lado, descartado ou ignorado
106. Lavar a roupa suja: acertar as diferenças com alguém
107. Lavar as mãos: não se envolver
108. Levado da breca: pessoa difícil ou que faz coisas impensáveis
109. Levantar com o pé esquerdo: ter um dia ruim
110. Levar ferro: fracassar ou se dar mal
111. Levar toco: ser dispensado romanticamente
112. Levar um fora: ser dispensado ou desprezado romanticamente
113. Mandar ver: fazer algo com extrema intensidade, em geral em sentido positivo
114. Matar a cobra e mostrar o pau: assumir um ato com fervor
115. Meter o dedo na ferida: insistir em uma situação problemática
116. Meter o rabo entre as pernas: submeter-se ou se acovardar
117. Meter os pés pelas mãos: confundir-se no raciocínio ou agir com pressa ou desajeitadamente
118. Mudar da água para o vinho: mudar totalmente ou radicalmente
119. O gato comeu a língua: pessoa calada
120. Onde Judas perdeu as botas: lugar muito distante
121. Pagar o pato: ser responsabilizado por algo que não cometeu
122. Pendurar as chuteiras: aposentar-se ou desistir
123. Pensar na morte da bezerra: distrair-se
124. Perder a linha: perder a educação ou a elegância
125. Perder as estribeiras: desnortear-se
126. Pirar na batatinha: pensar ou propor uma coisa improvável ou impossível de acontecer
127. Pisar na bola: cometer um deslize
128. Plantar bananeira: colocar-se de cabeça para baixo
129. Procurar chifre em cabeça de cavalo: procurar significados ou imaginar problemas que não existem
130. Procurar sarna para se coçar: envolver-se em problemas sem necessidade
131. Procurar uma agulha num palheiro: tentar algo quase impossível
132. Prometer mundos e fundos: fazer promessas exageradas
133. Pôr as barbas de molho: precaver-se
134. Pôr as cartas na mesa: expor os fatos
135. Pôr minhoca na cabeça: criar ou refletir sobre problemas inexistentes
136. Pôr mãos à obra: trabalhar com afinco
137. Pôr os pingos nos “is”: esclarecer uma situação detalhadamente
138. Puxar saco: idolatrar alguém incondicionalmente
139. Quebrar o galho: improvisar ou dar uma solução precária
140. Receber um balde de água fria: situação inesperada que transforma entusiasmo em desilusão
141. Resolver um pepino: solucionar um problema
142. Riscar do mapa: fazer desaparecer
143. Segurar vela: acompanhar um casal ou ser o único solteiro numa roda de casais
144. Sem eira nem beira: destituído de tudo
145. Sem pés nem cabeça: sem lógica ou sem sentido
146. Sentir dor de corno: sentir despeito amoroso
147. Sentir dor de cotovelo: sentir inveja
148. Ser um barbeiro: motorista descuidado
149. Ser um chato de galocha: ser uma pessoa desagradável
150. Ser um joão-ninguém: ser uma pessoa sem importância ou sem dinheiro
151. Ser um maria-vai-com-as-outras: não ter personalidade própria ou deixar se influenciar facilmente pelos
outros
152. Ser uma mala sem alça: ser uma pessoa desagradável ou difícil de ser tolerada
153. Ser uma mão na roda: ser prestativo
154. Ser uma pedra no sapato: ser uma pessoa desagradável
155. Soltar a franga: desinibir-se
156. Subir pelas paredes: desesperar-se
157. Tempestade em copo d’água: dar importância muito grande a uma coisa muito pequena
158. Tirar de letra: fazer algo com muita facilidade
159. Tirar o cavalo (ou cavalinho) da chuva: desistir com relutância por motivo de força maior
160. Tirar onda: brincar ou sacanear
161. Tirar água do joelho: urinar
162. Tomar um chega para lá: ser descartado
163. Trocar alhos por bugalhos: confundir fatos
164. Trocar as bolas: atrapalhar-se
165. Trocar seis por meia dúzia: trocar uma coisa por outra que não vai fazer a menor diferença
166. Uma mão lava a outra: trabalhar em equipe ou para o mesmo fim
167. Viajar na maionese: não entender alguma coisa ou dizer um absurdo ou algo sem sentido
168. Virar a casaca: mudar de ideia facilmente
169. Voltar à vaca fria: retornar a um assunto inicial da discussão depois de uma divagação
Essas são algumas das expressões linguísticas mais usadas no português. Há, sim, centenas de outras, mas nem
todas elas são tão conhecidas, já que são usadas em apenas algumas regiões do país.

Por isso, ao criar o seu conteúdo, é importante pensar se a frase será entendida por leitores que vivem fora dos nossos
limites geográficos. Por exemplo: alguém que vive no sul do Brasil pode não fazer ideia do que é “quebrar a tripa
gaiteira”. Por outro lado, boa parte dos nordestinos vai entender que essa expressão é o mesmo que gargalhar sem
controle.

Você gostou deste post com algumas das principais expressões idiomáticas do português? Então confira nosso
super Guia de Português e Gramática e nunca mais deslize na ortografia!

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