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Expressões idiomáticas portuguesas

1. “Torcer o nariz”;

Esta vem geralmente acompanhada pelo gesto que sugere. Significa que não se
concorda com uma ideia ou que já se sabe à partida que não se estará muito aberto a
ela.

2. “Diz o roto ao nú!”;

Baseada num conto de crianças, expressa a pouca moralidade do acusador


respectivamente ao acusado.

3. “Chover a potes”;

Esta quer dizer literalmente que está a chover muito.

4. “Nunca mais é Sábado”;

Esta é para pessoas impacientes! Geralmente aplica-se quando algo está a levar muito
tempo até suceder ou quando se está enfastiado e se quer que o tempo passe um pouco
mais rápido.

5. “Tirar o cavalinho da chuva”;

Aplica-se quando uma pessoa já está entusiasmada com uma ideia que tem e
positiva em relação à resposta de uma terceira pessoa mas essa está completamente
em desacordo.

6. “Ficar a ver navios”;

Quando se espera muito por uma coisa, mas depois algo acontece e a missão
fracassa.

7. “Coisas do arco da velha!”;

Usa-se quando uma situação relatada não faz sentido nenhum e demonstra alguma
falta de noção por parte de quem a praticou.

8. “À grande e à francesa”;
Quando se quer fazer as coisas em grande, com muita pompa e circunstância,
costuma-se aplicar esta expressão.

9. “Nariz empinado!”;

Utiliza-se para falar de pessoas que estão muito convencidas de que têm sempre
razão e que querem sempre pôr em prática as suas ideias, não ouvindo a dos outros
mesmo que sejam mais conscientes e preferíveis.

10. “Quem tem boca vai a Roma! ";

Significa que uma pessoa faladora, disposta a ter a coragem de perguntar pelas


informações que precisa, será muito mais bem-sucedida que outra que não faça e
tenha uma atitude mais passiva.

11. “É uma agulha num palheiro”;

A ideia aqui é que algo é extremamente improvável de acontecer, que seria preciso


um grande momento de sorte para sair bem-sucedido. Pode ainda utilizar-se quando
temos poucas pistas para resolver uma situação.

12. “Lágrimas de crocodilo”;

Quando a pessoa parece fingir a sua tristeza ou quando o outro não acredita na
sinceridade dos seus sentimentos.

13. “Memória de elefante”;

"Memória de elefante" quer dizer que a pessoa tem uma memória muito poderosa,
capaz de se lembrar dos mais ínfimos detalhes muito tempo depois. É quase uma
interjeição em forma de palavra, usada para evidenciar características muito raras e
surpreendentes.

14. “À noite todos os gatos são pardos”;

Usa-se para chamar a atenção das pessoas sobre outras pessoas ou situações que
podem ser perigosas por não estarmos a tomar as respectivas previdências e por
estarmos a ignorar indícios evidentes de que algo pode estar ou vir a correr mal.
15. “À sombra da bananeira”;

Surge em casos em que a pessoa é mesmo muito preguiçosa e não tem vontade de
trabalhar, nem para o seu próprio bem. Tem um forte cunho pejorativo e é usada em
casos mesmo muito evidentes.

16. “Nasceste com o rabo virado para a lua”;

Supostamente as pessoas que nasceram com o rabo virado para a lua são pessoas
sortudas, que mesmo sendo desorganizadas, pouco trabalhadoras ou afins, têm sempre
sorte na vida. É quase utilizada para descrever uma situação injusta de
favorecimento divino!

17. “Bater as botas”;

Esta é uma forma de dizer que a pessoa morreu, sem usar as palavras em si.

18. “Bater o dente”;

Pode ter dois significados: ou estar com muito, muito medo ou estar com muito,
muito frio. O significado depende sempre do contexto e da situação em que é utilizado.

19. “Cabeça na lua”;

Descreve uma pessoa desatenta, que apesar de estar fisicamente no local não está
ciente daquilo que se passa. Retrata também uma pessoa que nunca sabe que dia é, se
esquece dos seus afazeres e não é muito eficiente.

20.  “Olho clínico”;

Diz-se que alguém tem "olho clínico" se é muito atenta ao pormenor ou não deixa
nada por investigar.

21. “Dar com o nariz na porta”;

Usa-se quando uma loja ou um serviço está quase para fechar ou por acaso a
pessoa não se lembra que este se encontra fechado.

22. “Engolir sapos”;


A origem da expressão popular “engolir sapos” deu-se por uma das histórias escritas na
Bíblia: As pragas do Egipto. Uma das pragas constituía da invasão de milhares de rãs,
por todo o território egípcio. Durante a preparação e ingestão de alimentos, lá estavam
os anfíbios. Os animais não apenas invadiam os ambientes – cozinhas, quartos -, como
também os pratos dos habitantes do reino. Daí a expressão: “Engolir sapos”, ou seja,
suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação.

Neste caso c significa que nos abstemos de dizer aquilo que gostaríamos de dizer por
alguma condicionante maior ou que assim o parece.

23. “Dor de cotovelo”;

Usada de forma muito corrente, "dor de cotovelo" foi convencionada como sendo a dor
dos invejosos.

24. “Dar o braço a torcer”;

Permitir que nos torçam o braço visa expressar que cedemos a uma opção que
inicialmente não era a nossa.

25. “Quem anda à chuva, molha-se!”;

Quer dizer que todas as acções têm consequências e que, no fim, é necessário lidar
com elas.

26. “Chegar a roupa ao pelo”;

Quando se ameaça alguém de “se lhe chegar a roupa ao pelo”, ameaça-se de violência


física subtilmente.

28. “Dia D" / "Hora H”;

"É hoje o dia! " ou "É esta a hora! ". Indica confiança e que a pessoa acredita que
algo de bom acontecerá naquele momento. Se alguém disser "Chegaste mesmo na
Hora H! ", também quer dizer que se chegou mesmo no momento exacto ou na hora
pretendida. É tão improvável chegar num momento exacto, que esse momento tende a
ser ressaltado.
27. “Serve-te a carapuça”;

"Serviu-te a carapuça? " é uma pequena pergunta irónica que se faz quando se sabe
que a pessoas reconheceu um dos seus erros num exemplo dado ou em algo que tenha
sido mencionado propositadamente sem determinar exatamente a quem se dirigia.

28. “Fazer um negócio da China”;

Interjeição utilizada quando um negócio parece bom demais para ser verdade, de


tão vantajoso ou rentável. Associa-se à China negócios rápidos e de retorno rápido,
por neste momento terem capacidade económica para os fazer.

29. “Ferver em pouca água”;

Quem "ferve em pouca água", é uma pessoa irritadiça, que não tem muita paciência e
que não aceita situações desfavoráveis.

30. “Muitos anos a virar frangos”;

Esta não é propriamente a expressão mais polida de sempre mas é muito utilizada em
tom de brincadeira para ressaltar que já se é muito bom numa determinada atividade
por a fazer há anos (ou há muito tempo).

31. “Ver tudo cor-de-rosa”;

Esta expressão provavelmente vem do Inglês "through rose-tinted glasses" (através de


óculos de lente cor-de-rosa) e tem exatamente o mesmo significado. É um modo de ver
o mundo de um ponto de vista indevidamente alegre, otimista ou favorável.

32. “Línguas de perguntador”;

Esta é uma resposta muito comum que se dá às crianças, em tom de brincadeira,


quando, estas perguntam muito insistentemente "O que é que é o jantar? ". Também se
utiliza na brincadeira num tom jocoso entre adultos se alguém demonstra
grande impaciência em relação à refeição. Implica que o cozinheiro irá servir a língua
de quem pergunta pela comida.

33. “Paninhos quentes”;

"Tratar alguém com paninhos quentes" significa tratar alguém com condescendência,


por esta ser incapaz de lidar com as consequências de uma qualquer situação. É
uma expressão corriqueira e que geralmente é usada por uma terceira pessoa que acusa
alguém de numa qualquer situação quotidiana tratar a outra como se fosse uma criança
ou a protege de forma irracional das consequências dos seus actos.

34. “O gato comeu-te a língua”;

Quem não tem língua, não pode falar. É uma expressão divertida que se aplica quando
alguém, que até costuma ser bastante falador e social, está estranhamente calado,
retraído e fechado no seu mundo, sem razão aparente.

35. “Não chegar aos calcanhares”;

Quando alguém diz que “não lhes chegamos aos calcanhares” significa que, segundo o
seu juízo, não estamos ao mesmo nível num qualquer campo, dependendo do sentido
da conversa. Demonstra que alguém se sente superior por algum motivo, tendo ou não
razão.

36. “Meter a pata na poça”;

Quando alguém "mete a pata na poça" está a fazer asneira. É uma expressão para
apontar erros e falhanços.

37. “Partir o coco a rir”;

Um coco é um fruto bastante rijo e difícil de partir. Requer alguma prática, perícia e um
golpe certeiro. A expressão usa-se quando alguém ri tanto que perde o controlo de
tanto rir.

38. “Pensar na morte da bezerra”;


Quando alguém tem um ar distraído, vazio e não presta atenção a ninguém que lhe
fale diz-se que está a pensar na morte da bezerra.

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